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PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS

Evolução portuária:
1- Primeiro estágio: portos pequenos, pequena profundidade, pequenas povoações
2- Segundo estágio: Portos maiores, aumento da profundidade, aumento
populacional, surgimento de ferrovias
3- Terceiro estágio: Grandes portos, grande profundidade, grande população
atendida, presença de ferrovias e rodovias.

Zona Econômica Exclusiva (ZEE): Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, os países
podem declara uma zona econômica exclusiva correspondente a uma faixa de 200 milhas
náuticas (370,4 km) de sua costa (1 milha náutica = 1,852 km)

sistema aquaviário – composto pelo transporte marítimo, transporte fluvial e transporte


lacustre.

1. Transporte Marítimo

Vantagens:
- baixo índice de poluição
- baixo custo (transporta grandes quantidades a longas distâncias)
- Grande eficiência energética

Desvantagens:
- Investimento inicial em infraestrutura muito elevado
- Custos operacionais elevados
- Transporte lento (água é mais densa que o ar)

Tipos de navegação marítima:


- longo curso – entre portos de países distintos (longas distâncias)
- cabotagem - dentro do próprio país (entre os portos marítimos e entre portos marítimos
e fluviais. Não entre fluviais apenas)
- apoio marítimo – (apoio logístico a embarcações dentro das águas territoriais nacionais)
- apoio portuário – (apoio logístico a embarcações dentro dos portos)

2 - Transporte Fluvial
Ocorre através de rios.

3 - Transporte Lacustre
Ocorre através de lagos.

Brasil:
- faixa litorânea brasileira: 7.367 km
- 96% das exportações via portos
- 89% das importações via portos
- Qualidade da infraestrutura portuária brasileira:
135ª posição mundial (Argentina – 101ª, Índia - 80ª, México – 64ª, Chile – 34ª) [dados de
2012]
Materiais embarcados: [dados de 2011]
Minério de ferro – 62%
Contêineres – 7%
Soja – 7%
Açúcar – 4,5%
Combustíveis – 4%
Produtos siderúrgicos – 2%
Milho – 2%

Materiais desembarcados: [dados de 2011]


Contêineres – 25%
Combustíveis – 23%
Fertilizantes – 14%
Carvão mineral – 12%
Trigo – 4%

Etapas da movimentação de cargas no transporte marítimo


1- Chegada e saída das cargas nos portos por via terrestre (trens e caminhões) – são
responsáveis pela entrega ou retirada da carga o transportador e o embarcador.

2- Movimentação das cargas no porto –


Responsáveis:
- Administração do porto: fiscalizar as operações internas quanto à pontualidade,
segurança, respeito ao meio-ambiente.
- Órgão gestor de mão-de-obra (OGMO): oferecer a mão-de-obra e trabalhadores avulsos
(estivadores)
- Operadores portuários: movimentação, transporte interno, embarque e desembarque
das cargas.
- ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): Fiscalização interna e do
transporte.
- Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis):
fiscaliza transporte que afetam ou se relacionam ao meio ambiente.
- Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): fiscaliza aspectos relativos à segurança
sanitária.
- receita federal: fiscalização alfandegária para evitar contrabando e prejuízos ao fisco.
- Polícia federal: controle de imigração.

3- Atracação/desatracação dos navios


Praticagem (serviço de auxílio à navegação no porto) e atuação de rebocadores. O armador
fornece a equipagem (tripulação) do navio, sendo ou não seu proprietário.

Elementos dos portos

Portos são constituídos de:


4- Anteporto – área do corpo molhado destinada ao acesso e espera.
5- Bacia de evolução – área do corpo molhado destinada a manobras.
6- Ancoradouro e berços – locais destinados à atracação das embarcações.
7- Retroporto – local circunvizinho onde se encontram os depósitos, instalações
administrativas, áreas de manobras e circulação, interface modal, etc.

Classificação dos portos

1- Quanto à sua natureza: naturais ou artificiais


2- Quanto à modalidade: marítimos, fluviais ou lacustres
3- Quanto à localização: exteriores, interiores ou off shore (afastados da costa)
4- Quanto à finalidade:
4.a – Comerciais (cargas, passageiros ou mistos)
4.b – de serviços (reparos, abastecimento, pesca, etc.)
4.c – Militar (bases navais ou guarda costeira)
4.d – de lazer (marinas)
5- Quanto ao tamanho e abrangência:
5.a – Porto Hub (Cubo) ou portos de transbordo, ou concentradores – grande
abrangência, navios de grande porte.
5.b – Portos Feeder (alimentador) – chamados portos secundários, recebem a
carga do exportador e a embarcam em navios menores, que a levarão aos
portos concentradores.

Maiores portos brasileiros (em bilhões de US$ anuais) (2012)


1- Santos-SP (63,8)
2- Vitória-ES (23,9)
3- Itaguaí – RJ (23,4)
4- Paranaguá-PR (18,9)
5- São Luiz-MA (13,5)

Principais tipos de embarcações


- Navio de carga geral: navio mercante destinado ao transporte de mercadorias e cargas.
Capacidade de até 4000 contêineres. Munidos de guindastes e gruas.

- Gaseiro: navio para transportar gás liquefeito de petróleo. Possui tanques em formato
arredondado acima do convés e não tem guindastes.

- Graneleiro: destinado ao transporte de grãos. Possui convés reto e não tem guindastes.

- Porta-contêineres. Os porões são munidos com guias para agilizar a acomodação e


movimentação dos contêineres.
- Petroleiros: convés horizontal desprovido de guindastes. Tanques nos porões.

- Barco Rebocador/empurrador: barco de pequeno porte com grande força de tração,


utilizada para manobrar grandes navios na atracação e desatracação.

Tipos de carregamento/descarregamento

1- Navios “ro-ro” (roll on – roll off) – carga entra e sai geralmente pela popa (podendo
também ser a meia nau ou pela proa – menos comum) por mecanismos ou veículos de
rodas, através de rampas, mediante a elevação do casco.

2- Navios “lo-lo” (lift on – lift off) – carga (geralmente contêineres) entra e sai por meio de
içamento por guindastes.

3- Navios “flo-flo” (float on – float off) - Carga entra e sai por meio de outras embarcações.

4- Carregamento em fluxo - carga e descarga de granéis líquidos e sólidos por meio de


bombas, tubulações ou esteiras transportadoras.

Contêineres (contendores)

Equipamento utilizado para transportar cargas, inventado pelo americano Malcon Mc Lean em
1937. Geralmente metálicos, mas também podem ser de madeira. Atualmente há mais de 17
milhões de containeres em operação no mundo. As dimensões aproximadas mais comuns são
2,5 x 2,5 x 6,0m e 2,5 x 2,5 x 12,0m.
Tipos de containeres:

Carregamento final

Contêiner básico intermodal com portas no final, para cargas gerais não requerendo controle
de meio ambiente quando em rota. Usado para cargas gerais secas (dry box).

Carregamento lateral

Equipado com porta lateral para uso em acondicionamento em descarga de carga onde não
seja prático o uso de portas finais. Além das portas tradicionais, temos as laterais (somente na
lateral direita ou ambas).

Abertura de Topo (Open Top)

Usado para carretos pesados, ou itens desajeitados onde o carregamento ou descarregamento


da carga através das portas finais e laterais seja impraticável.

Isolantes

Para cargas que não poderiam ser expostas a mudanças rápidas ou bruscas de temperatura.
Disponíveis em versões ventiladas e não ventiladas. Algumas transportadoras provêm
contêineres com sistema de aquecimento.

Refrigerados

Isolante e equipadas com sistema refrigeração embutido, por sistema elétrico alimentado por
geradores a gasolina ou a diesel.

Volume líquido

Contêiner tipo tanque para transporte de líquidos.

Volume Seco

Transporte de cargas como produtos químicos secos e grãos.


Principais vantagens

▪ Transporte de diferentes cargas;


▪ Estocagem de mercadoria em áreas descobertas;
▪ Redução da taxas de capatazia.

Principais Desvantagens:

▪ Espaços perdidos dentro da unidade de carga;


▪ Alto investimento em equipamentos para a movimentação da unidade de carga;
▪ Aluguel do contêiner;
▪ Custos de reparos, reposição e retorno dos containeres.

Capacidade de carga de navios porta-contêineres

- terceira geração (década de 80 do século XX) – 3 a 4 mil unidades

- quarta geração (1989-2000) – 4 a 5 mil unidades

- quinta geração (2000-atual) – 5 a 8 mil unidades

MATÉRIA DA PRIMEIRA PROVA – ATÉ AQUI

Dragagem

É o processo de desassoreamento, alargamento, derrocamento ou escavação do fundo de rios,


lagoas, mares, baías e canais de acesso a portos. É realizado por dragas de sucção e recalque.
Remove materiais como lodo, pedras e areia.

A draga é uma embarcação ou plataforma flutuante.

O processo de dragagem também é utilizado para a exploração de depósitos minerais,


diamantes e recursos marinhos de valor comercial. O material dragado é transferido para local
de despejo autorizado por órgãos competentes.
Tipos de Dragas - mecânica, hidráulica e mista.

Dragas mecânicas: são utilizadas para a remoção de cascalho, areia e sedimentos coesivos,
como argila, turfa, e silte. Removem sedimentos de fundo através da aplicação direta de força
mecânica para escavar o material. Os principais tipos de dragas mecânicas são as escavadeiras
flutuantes (de caçamba e de garras) e as dragas de alcatruzes que dispõem de uma corrente
sem fim com caçambas que trazem o material de fundo.

Dragas hidráulicas, que respondem por 95% das atividades de dragagem, são mais adequadas
à remoção de areia e silte pouco consolidado, removendo e transportando o sedimento na
forma líquida. São em geral bombas centrífugas, acionadas por motores a diesel ou elétricos,
montadas sobre barcas e que descarregam o material dragado através de tubulações que
variam de 0,15 m a 1,2 m de diâmetro, mantidas sobre a água através de flutuadores. As
dragas hidráulicas, ao aspirar o sedimento, trazem junto uma grande quantidade de água.
Conforme os tanques das barcaças e de dragas auto-transportadoras vão se enchendo, é
necessário eliminar esta água excedente fazendo-a transbordar para fora da embarcação. Este
processo chama-se "overflow".

Alargamento/aprofundamento de canais – aferição por ecobatimetria

- Dragagem

- Derrocamento

Demolição submarina

Navegação e Transporte Fluvial

É a navegação realizada em rios, córregos e canais.


Bacias hidrográficas brasileiras

Vantagens:

- inexistência de custos na construção das vias

- reduzidos custos unitários de transporte, resultantes da grande capacidade de carga das


embarcações.

Desvantagens:

- Transporte lento

- Necessidade de transbordo (intermodal)

- Distribuição irregular das vias fluviais

- Caudais irregulares
- Limitação às áreas de planície ou regiões de fracos declives

- Custo das obras de engenharia para facilitar a navegação.

fonte: www.portalsaofrancisco.com.br

Quanto à velocidade das águas (morfologia)

- Alto curso (mais próximo às nascentes)

O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de
materiais é muito intenso. A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do
terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando quedas de água, gargantas ou
desfiladeiros.

- Médio curso (rios de planaltos)


No curso médio do rio, a inclinação diminui e as águas perdem força e a sua capacidade de
transporte diminui e começa a depositar os materiais mais pesados que já não consegue
transportar. Os vales tem a forma de V aberto. Na época das cheias, o rio transborda,
depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes
planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.

- Baixo curso (rios de planície)


O curso inferior do rio corresponde às zonas mais próximas de sua foz. A inclinação do terreno
torna-se quase nula, há pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio
corre sobre os sedimentos depositados. A foz pode estar livre de sedimentação ou podem
surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o
nome de estuário e no segundo, formam-se os deltas. [http://www.geografia.seed.pr.gov.br]

Classes de hidrovias

- Rios de corrente livre


São naturalmente navegáveis. Não há barragens ao longo do curso. Podem precisar de
melhorias nas condições de navegabilidade, como a regularização do leito ou dragagens.

(Vazão mínima: 50m3/s; declividade máxima: 25cm/km)

Tietê: Qmáx: 160; Qmín: 70

São José dos Dourados: Qméd: 0, 8

Baguaçu: Qméd: 0,6

Amazonas: Qméd: 209.000

Nilo: Qméd: 2.830

- Rios canalizados

São os rios represados para adequar vazão mínima e declividade máxima.

Sistemas para transposição de desníveis: mecânicos (elevadores) e hidráulicos (eclusas)

Elevadores: constituídos por uma cuba munida de partes móveis de acesso nas extremidades.
A cuba é mantida preenchida com água, para manter a flutuação das embarcações e içada por
cabos e contrapesos.

Transposição de desníveis

Podem ser feitos de duas maneiras: mecânica (elevadores, planos inclinados e rampas
hidráulicas) ou hidráulica (eclusas)

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