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b) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de lagos
e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os seguintes limites, em áreas com
freqüência de banhistas:
1) embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a partir de cem (100)
metros da linha base;
c) As embarcações de aluguel (banana-boat, plana sub etc) que operam nas imediações das
praias e margens, deverão ter suas áreas de operação perfeitamente delimitadas, por meio de
bóias, pelos proprietários das embarcações, sendo essas áreas devidamente aprovadas pela
CP/DL ou AG. A atividade deverá ser autorizada pelas autoridades competentes sendo os seus
limites então estabelecidos;
e) Em princípio, a extremidade navegável das praias, ou outra área determinada pelo poder
público competente, é o local destinado ao lançamento ou recolhimento de embarcações da
água ou embarque e desembarque de pessoas ou material, devendo ser perfeitamente
delimitada e indicada por sinalização aprovada pela Autoridade Marítima.
Especial atenção deve ser dada à presença de banhistas onde se esteja trafegando,
procedendo-se com a maior cautela possível. Atitude idêntica deve ser adotada quanto à
existência de embarcações atracadas ou fundeadas, que poderão ser danificadas devido a
marolas provocadas por velocidade incompatível com o local. As embarcações que se
aproximem de praias devem fazê-lo no sentido perpendicular.
O fundeio nessa área será permitido apenas pelo tempo mínimo necessário ao embarque ou
desembarque de pessoal, material ou para as fainas de recolhimento ou lançamento da
embarcação
CAPÍTULO 02
NOMENCLATURA DA EMBARCAÇÃO
PROA: Região da extremidade de vante da embarcação. Normalmente tem o formato afilado
para melhor cortar a água.
POPA: Região da extremidade de ré da embarcação. Normalmente tem seu formato projetado
para facilitar o escoamento da água.
BORDOS: Partes simétricas em que o casco é dividido por um plano longitudinal que corta a
proa e a popa.
BOMBORDO: Bordo esquerdo da embarcação. Olhando de popa para a proa.
BORESTE: Bordo direito da embarcação. Olhando de popa para proa.
BOCHECHA (AMURRA): São as parte curvas do costado de um bordo e de outro, próximo á
proa.
ALHETA: São as partes curvas do costado de um bordo e de outro, próximo á popa.
BORDA LIVRE - É o convés completo mais elevado que a embarcação possui, de tal forma que
todas as aberturas situadas nas partes expostas do mesmo disponham de meios permanentes
de fechamento que assegurem sua estanqueidade.
TRAVES: Linha que corta a embarcação de proa a popa. Perpendicular ao plano longitudinal.
BOCA: Maior largura de uma embarcação.
CASCO: É uma espécie de vaso que serve de base á embarcação. Em sua parte inferior corre a
quilha.
QUILHA: Peça estrutural e principal de uma embarcação correndo de proa a popa em sua parte
mais baixa de uma embarcação. Constitui a sua “espinha dorsal”. COSTADO: É a parte externa
do casco, acima da linha de flutuação.
LINHA DÁGUA: Linha pintada no casco da embarcação, que representa a região em que ela
flutua.
OBRAS VIVAS: É a parte do casco abaixo do plano de flutuação. Parte submersa na água.
OBRAS MORTAS: Parte do costado que fica acima do plano de flutuação. Parte acima da água.
OBS : Se um objeto estiver mais para a proa do que outro diz-se que ele está por Ante-
AVante (AAV) dele; se está mais para a popa, diz-se que está por Ante-A-Ré (AAR).
Ancoras Danforth: É atualmente a mais usada em embarcações amadoras.
FUNDEAR (ANCORAR)
A manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a embarcação segura e parada
em determinado local no mar é fundear ou ancorar; a manobra de recolher a amarra do fundo
para permitir a movimentação da embarcação é chamada de suspender.
Por ocasião de fundear devemos tomar certos cuidados:
FUNDEIO Deve-se fundear a embarcação de esporte e recreio, com a âncora Danforth, evitando
os fundeadouros de tença de areia dura. A bóia de arinque é utilizada para indicar o local onde a
âncora ficou presa no fundo. A âncora Danforth é a mais comum a bordo das embarcações de
esporte e recreio. A regra simples para se determinar a quantidade de amarra a se largar num
fundeio normal é de, no mínimo, 3 vezes a profundidade local. Quando houver risco de mau
tempo ou o fundeio for muito demorado, a regra para se largar a amarra, com segurança da
embarcação não sair da posição é de 5 vezes a profundidade local. Para se pegar uma bóia,
para amarrarmos uma embarcação, devemos proceder aproados a ela, com pouco seguimento.
A tença é um tipo de fundo (qualidade). Deve-se evitar fundear em área onde o espaço de giro
da embarcação seja limitado. Para se suspender de um fundeadouro, devemos ir recolhendo a
âncora, com máquina devagar adiante, caso a amarra esteja tesada para vante. Para fundear
deve-se inverter a máquina e quando estiver caindo a ré, largar âncora. Para se fundear com
correnteza e vento, deve-se aproar ao vento, caso a embarcação tenha uma estrutura alta no
convés.
Logo que a embarcação se estabilizar no fundeadouro, fazer marcações de pontos de terra para
determinarmos nossa posição na carta. Escolher tanto quanto possível pontos que possam ser
vistos tanto de dia quanto de noite, possibilitando assim que a qualquer hora possamos verificar
se a embarcação está “garrando” (soltando) no fundeadouro ou não.
ÁREAS DE SEGURANÇA
Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas consideradas de
segurança:
a) a menos de duzentos (200) metros das instalações militares;
b) áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas, cujos limites serão
fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pelo reservatório de água, em
coordenação com o CP, DL ou AG da área; c) fundeadouros de navios mercantes;
d) canais de acesso aos portos;
e) proximidades das instalações do porto;
f) a menos de 500 (quinhentos) metros das plataformas de petróleo;
g) áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes; e
h) as áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas, conforme estabelecido no item
anterior.
CAPÍTULO 04
Para uma embarcação se movimentar, isto é, sair navegando, é preciso que tenha um aparelho
de governo.
Cana do leme é uma barra de madeira ou ferro com a qual se pode movimentar o leme para
governar a embarcação (Além da cana do leme, o leme pode ser comandado por um timão ou
por uma roda de leme).
Porta - é sobre a porta que age a pressão da água para fazer o barco mudar de rumo. No leme,
existem ainda as governaduras que são peças de latão ou ferro que dão apoio ao leme e
permitem o movimento vertical - é uma espécie de dobradiça.
Teoricamente, o efeito máximo do leme é obtido com 45° de inclinação da porta em relação à
quilha da embarcação: porém, na prática, verificou-se que o seu efeito máximo não vai além de
35°, para cada bordo. Na marcha atrás o efeito do leme é contrário ao da marcha adiante, porém
muito menor.
Em uma embarcação de um só hélice o efeito do leme variará com a sua posição em relação a
quilha e o sentido de rotação do hélice .
TENDÊNCIA DA PROA DAS EMBARCAÇÕES:
• Quando se vira o leme para a direita (boreste) a proa vira para a direita (boreste), sempre.
• Quando se vira o leme para a esquerda (bombordo); na situação de embarcação e hélice
em marcha a VANTE, a proa vira para a esquerda (bombordo), sempre; na situação de
embarcação e hélice em marcha a RÉ, a proa vira para a direita (boreste), sempre; na
situação de embarcação com seguimento a VANTE e hélice dando atrás, inicialmente a
proa vira para a esquerda (bombordo) e em seguida para a direita (boreste) rapidamente;
invertendo-se o seguimento da embarcação e o hélice dando adiante, a proa vira para a
direita (boreste) lentamente.
• LEME E SEUS EFEITOS Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme
a meio, com seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste
lentamente. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, com
seguimento e hélice em marcha a ré a proa guinará para boreste lentamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, com seguimento e
hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste.Uma embarcação com um hélice,
com rotação direita, com leme a boreste, com seguimento e hélice em marcha a ré, a proa
guinará para boreste lentamente. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita,
com leme a bombordo, com seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para
bombordo. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo,
com seguimento e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste rapidamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo do repouso e
hélice em marcha avante, a proa guinará para bombordo lentamente. Uma embarcação
com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo do repouso e hélice em
marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente.
Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, partindo do
repouso e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste lentamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, partindo do repouso
e hélice sem marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente. Uma embarcação com
um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, partindo do repouso e hélice em
marcha avante, a proa guinará para bombordo rapidamente. Uma embarcação com um
hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, partindo do repouso e hélice em
marcha a ré, a proa guinará para boreste muito lentamente. Quando numa embarcação
de dois hélices, um deles dá atrás e outro adiante, com a mesma rotação, essa
embarcação tende a girar a proa para o mesmo bordo do hélice que dá atrás.
CAPÍTULO 05
ESPIAS E SEU USO
CAPÍTULO 06
Atracar e Desatracar
De uma maneira geral, para atracar, levamos a embarcação com pouco seguimento, e fazendo
um ângulo de cerca de 45°, em relação ao cais, de maneira a passar um cabo de proa logo que
pudermos, carregando-se o leme para o bordo oposto ao cais para fazer a popa vir a este. A
embarcação deve ser mantida atracada ao cais, passando-se um cabo “dizendo” para vante e
outro “dizendo” para ré. Havendo corrente, facilmente verificada pela posição de outras
embarcações que filam a ela, deve-se aproveitá-la, isto é, atracar contra a corrente. Isso trás
vantagem, pois a corrente agirá sobre a popa, aproximado-a e facilitando a atracação .
Prender uma embarcação a um cais ou a outra embarcação que já esteja atracada é atracar,
neste caso diz-se que a atracação foi a contrabordo de outra embarcação; desprender do cais
ou de outra embarcação onde esteve atracado é desatracar;
Tê-lo seguro a uma bóia é amarrar; largar a bóia onde esteve é desamarrar ou largar;
ATRACAÇÃO COM VENTO OU CORRENTE PERPENDICULAR AO CAIS
APROXIMAÇÃO POR BARLAVENTO
Capitulo 07
HOMEM AO MAR
1º Método: rotação
Usa-se quando se avista alguém a cair a água; Virar o leme para o lado do náufrago de
maneira a fazer uma volta completa, de forma deixar o náufrago a sotavento (lado para onde
sopra o vento).
CAPÍTULO 8
RIPEAM
Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
O Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamentos no Mar, também conhecido como
RIPEAM, é o conjunto de regras que, tendo a força de lei, prescreve como deveremos conduzir
as embarcações na presença de outras, bem como, informá-las de nossas intenções ou ações,
por sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneira que possamos desenvolver
manobras corretas e seguras, afastando assim do perigo do abalroamento (colisão).
O RIPEAM se aplica a todas as embarcações em mar aberto e em todas as águas a este ligada.
Luz de mastro é uma luz branca visível continua em um setor horizontal de 225°.
Luz de bordo é uma luz verde a boreste e encarnada a bombordo, visível em setores de
112,5° de cada bordo.
Luz de alcançado é uma luz branca situada tão próximo possível da popa, visível em um setor
horizontal de 135°.
Luz de reboque é uma luz amarela com as mesmas características da luz de alcançado quanto
ao seu posicionamento e visibilidade 135°.
• luz de alcançado;
• luzes de bordo; e
• todas as outras luzes iguais ao caso anterior (comprimento de reboque inferior a 200m).
Como identificar, de dia e de noite, uma embarcação sem governo e uma embarcação com
capacidade de manobra restrita.
Sem governo
De noite deve exibir 2 luzes circulares disposta em linha vertical. Com seguimento, luzes
de bordo e alcançado.
Marca
Marca
Marca
SINAIS SONOROS
Apito curto - duração aproximada de 1 segundo.
REGRAS DE GOVERNO
Situação de Roda a Roda
Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, estiverem se aproximando em rumos
diretamente ou quase diretamente opostos, em condições que envolvam risco de colisão, cada
uma deverá guinar para boreste, de forma que a passagem se dê por bombordo uma da
outra.
SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS Quando duas embarcações a propulsão mecânica
navegam em rumos que se cruzam em situação que envolve risco de colisão, a embarcação que
avista a outra por boreste deverá se manter fora do caminho dessa, e caso as circunstâncias o
permitam, evitará cruzar sua proa.
Manobra de Ultrapassagem ou de Alcançando
Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando outra, deverá
manter-se fora do caminho desta.
Regra de navegação em rios e canais Estreitos
Uma embarcação que estiver navegando ao longo de um canal estreito, ou via de acesso,
deverá se manter tão próxima quanto seja possível e seguro da margem a seu boreste,
tendo cuidado com pedras e bancos de areia.
Uma embarcação não deve cruzar um canal estreito quando sua manobra atrapalhar outra
embarcação que só possa navegar com segurança dentro do canal.
Para fazer uma ultrapassagem em um canal estreito a embarcação deve emitir os sinais sonoros
apropriados: dois apitos longos e um curto (ultrapassar por boreste) ou dois apitos longos e dois
curtos (ultrapassar por bombordo).
Uma embarcação que será ultrapassada em um canal estreito deve emitir os sinais sonoros
apropriados se concordar com a ultrapassagem: um apito longo, um curto, um
longo e um curto, nesta ordem.
Quando uma embarcação estiver se aproximando de uma curva ou de um local onde outras
embarcações possam estar ocultas devido a obstáculos, deverá navegar com atenção e cuidado
redobrados, bem como emitir o sinal sonoro apropriado: um apito longo.
Qualquer embarcação que tenha ouvido o sinal e esteja se aproximando do outro lado da curva
deverá responder também com um apito longo.
Toda embarcação deverá evitar fundear em um canal estreito ou via de acesso.
O Sistema de Balizagem Marítima divide o globo em duas regiões (A e B), cuja separação entre
as duas é o Oceano Atlântico:
Região B engloba a América do Norte, América Central e América do Sul, Japão, Coreia e
Filipinas.
B VERMELHO VERDE
Sistema de balizamento IALA região B
DEFINIÇÕES:
Pode ser definido como conjunto de regras aplicadas a todos os sinais fixos e flutuantes
que têm propósito indicar:
Tipos de sinais
O sistema de balizamento compreende cinco tipos de sinais que podem inclusive ser usados
em combinação. São eles:
Os sinais cardinais, cujo emprego (como no uso de uma agulha) serve para indicar ao
navegante onde (em que direção) a embarcação pode encontrar águas seguras.
Os sinais de águas seguras indicando que em torno de tais sinais as águas são seguras
(como por exemplo um sinal de meio de canal).
Os sinais especiais que, sem terem como principal propósito o auxílio à navegação, indicam
uma área ou característica especial mencionada nos documentos náuticos e que são
normalmente de importância para o navegante. Os sinais especiais são sempre amarelos e,
inclusive, quando luminosos, exibem também luz amarela.
* Bóia - é todo dispositivo flutuante exibindo luz ou não (bóia luminosa ou cega).
De forma inversa, aquele que vem do mar deixa os sinais encarnados por BE e os verdes por
BB.
A bóia ENCARNADA que fica a BORESTE da entrada do canal pode ser da forma cônica, pilar
ou charuto.
A bóia VERDE fica a BOMBORDO da entrada do canal; pode também ser da forma cônica, pilar
ou charuto.
Os Sinais Cardinais são destinados a indicar o quadrante onde a navegação é mais segura.
Assim, ao avistar um Sinal Cardinal Norte, por exemplo, o navegante saberá que a via mais
propícia estará situada ao norte do sinal.
Sinal Cardinal Leste - Cor: Preta com uma faixa horizontal amarela no meio.
Tirando-se um dos elementos desse triângulo a combustão será eliminada. Assim, para
combatermos um incêndio, temos três (3) regras básicas:
A remoção do material combustível de locais inadequados ou perigosos - Não havendo o que
queimar não pode haver incêndio.
A) Combustível
É tudo aquilo capaz de entrar em combustão, ou seja, é tudo que pode pegar fogo.
Os combustíveis são classificados, quanto ao estado físico, em sólidos, líquidos e gasosos:
Sólidos - Madeira, papel, plástico, etc.
Líquidos - Gasolina, álcool, óleo, diesel, etc.
Gasosos - Gás de cozinha, gás utilizado nos automóveis, etc.
Quanto à volatilidade, os combustíveis podem ser:
B) Comburente
O comburente é o oxigênio que existe no ar atmosférico; o percentual de oxigênio no
ar atmosférico é de 21%. Além de oxigênio o ar contém 78% de nitrogênio e 1% de
outros gases.
Com maioria dos combustíveis, não haverá combustão se o percentual na mistura gasosa
contiver menos que 16% de oxigênio.
C) Calor
A temperatura de ignição é a quantidade de calor necessária para que os vapores do
combustível entrem em combustão.
Podemos concluir que para haver combustão precisamos dos três componentes:
combustível, comburente e temperatura de ignição.
Para extinguirmos um incêndio, precisamos atacar pelo menos um dos lados do triângulo. Ao
retirarmos um dos três elementos do triângulo do fogo, automaticamente estaremos extinguindo
a combustão, ou seja, o incêndio.
Classificação dos incêndios
Os incêndios são classificados em quatro classes: A, B, C, D.
Classe A -
Incêndios Classe A - os que envolvem materiais fibrosos ou sólidos que deixam como resíduos
brasas ou cinzas. É o caso da madeira, papel, cabos, estopas, velas, etc. Esta classe de
incêndio pode ser extinguida principalmente por água, porém o CO 2 e a espuma também podem
ser usados eficientemente.
classe “A” são identificados por um triângulo verde com a letra “A” no centro.
Classe B -
Incêndios Classe B - os que ocorrem em líquidos inflamáveis, tais como: gasolina, óleo,
nafta, etc. Esta classe de incêndio pode ser extinguida principalmente por agentes abafadores
como CO2 , pó químico e a espuma. A água deve ser evitada, pois poderá espalhar o incêndio.
classe “B” são identificados por um quadrado vermelho com a letra “B” no centro.
Classe C -
Incêndios Classe C - os que ocorrem em equipamentos elétricos ou eletrônicos em geral
quando energizados. Nesta classe de incêndio a primeira providência, se possível, é
desalimentarmos o circuito, porém não devemos perder tempo com isto. Combata-o
imediatamente com melhor agente disponível. Não hesite em usar água em circuitos de baixa
voltagem e corrente contínua, como são normalmente os sistemas elétricos das pequenas
embarcações. Não há perigo de choque elétrico nem curto circuito. NUNCA USE ÁGUA EM
CIRCUITO DE ALTA VOLTAGEM.O incêndio classe C pode ser combatido eficientemente com
CO2 ou com pó químico.
classe “C” são identificados por um círculo azul com a letra “C” no centro.
Classe D - incêndios que envolvem metais combustíveis como Sódio, Potássio, Magnésio,
Titânio e Alumínio. A extinção é feita usando-se agentes absorvedores de calor, tais como,
certos pó químicos que não reagem com os metais que estejam queimando.
classe “D” são identificados por uma estrela amarela de cinco pontas com a letra “D” no centro.
Agentes Extintores
Há uma grande variedade de extintores acordo com as finalidades a que se destinam. Os mais
comuns são os CO2 , pó químico e a espuma
Água - Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das
classes C e D.
Espuma - Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das
classes C e D.
CO
2
- Pode ser utilizado em incêndios das classes A, B e C. Não deve ser utilizado para incêndios da
classe D.
Pó químico - O pó químico pode ser utilizado para incêndios das classes A, B e C. Nos
incêndios da classe D, poderá ser utilizado um pó químico seco, sem umidade, específico para
determinados metais combustíveis.
Da Navegação e Embarcação
I - Mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas, podendo ser de:
a) longo curso: a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;
c) interior: a realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canais, lagoas,
baías, angras, enseadas e áreas marítimas consideradas abrigadas.
DA NAVEGAÇÃO E EMBARCAÇÕES
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
II - mediante apuração;
a) Lavrado o Auto, o infrator disporá de quinze (15) dias úteis de prazo para apresentar sua
defesa, contados a partir do dia consecutivo do conhecimento do Auto de Infração.
Art. 10. A reincidência, para efeito de gradação das penalidades deste Regulamento, é
a repetição da prática da mesma infração em um período igual ou inferior a doze meses.
SEÇÃO II
Das Infrações Imputáveis aos Autores Materiais e das Penalidades
III- apresentar-se com item ou equipamento da dotação inoperante, em mau estado ou com
prazo de validade vencido:
VIII - descumprir qualquer outra regra prevista, não especificada nos incisos anteriores:
Art. 31. Os casos omissos ou não previstos neste Regulamento serão resolvidos pela
autoridade marítima.
Grupos e Valores de Multas Atualmente em Vigor
Definições
Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para operar
embarcações de esportes e recreio, em caráter não-profissional.
Proprietário - É a pessoa física ou jurídica em nome de quem a embarcação está inscrita numa
Capitania, Delegacia ou Agência e, quando legalmente exigido, cadastrada no registro da
Propriedades Marítima, no Tribunal Marítimo.
APREENSÃO DA EMBARCAÇÃO
As embarcações serão apreendidas, sem prejuízo das penalidades previstas, quando flagradas
nas seguintes situações:
a) navegando em área para a qual não foi classificada;
b) conduzida por pessoal sem habilitação;
c) trafegando sem o TIE;
d) sendo utilizada para a prática de crime;
e) trafegando sem as luzes e marcas previstas nas normas em vigor;
f) trafegando em péssimo estado de conservação;
g) quando deixar de atender determinação para interromper a singradura;
h) em caso de violação de lacre da CP/DL/AG;
i) quando, sendo classificada como de esporte e/ou recreio, estiver sendo utilizada
comercialmente para o transporte de passageiros ou carga e turismo e diversão;
j) quando descumprindo as restrições estabelecidas para as áreas seletivas para a navegação;
l) trafegando em área de segurança; e
m) quando estiver sendo conduzida por pessoal em estado de embriaguez ou sob efeito de
substância tóxica de qualquer natureza.
A embarcação terá sua saída impedida ou será retirada de tráfego pelo tempo necessário para
sanar as irregularidades, sem prejuízo das penalidades previstas, quando flagrada nas seguintes
situações:
a) quando seu condutor tiver sua carteira de habilitação apreendida e não existir pessoa a bordo
habilitada para conduzir a embarcação; b) com excesso de lotação;
c) condutor sem habilitação específica para a área em que está navegando;
d) ausência dos tripulantes previstos no cartão de tripulação de segurança, caso o possua;
e) falta de extintores de incêndio ou extintores fora do prazo de validade;
f) falta de coletes salva-vidas suficientes para todos a bordo no momento da inspeção;
g) falta de equipamento ou equipamento de comunicações rádio obrigatório avariado;
h) sem equipamento para produção dos sinais sonoros previstos no RIPEAM;
A Carteira de Habilitação do Amador (CHA) poderá ser suspensa ou apreendida, pelo prazo
máximo de até 120 dias, sempre que o amador:
- Entregar a condução da embarcação à pessoa não habilitada;
- Conduzir a embarcação em estado de embriaguez alcoólica ou sob efeito de substância tóxica
de qualquer natureza;
- Utilizar a embarcação de esporte e/ou recreio, em atividades comerciais, para transporte de
passageiros ou carga; e - Utilizar a embarcação para prática de crime.
Cancelamento da Habilitação
O amador terá sua Carteira cancelada, quando:
- Conduzir embarcação com Carteira de Habilitação suspensa; e
- Reincidir em faltas discriminadas no item anterior.( EM UM PERIODO DE 12 MESES)
1) Área 1 - áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde
normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não
apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.
2. Navegação Oceânica - também definida como sem restrições (SR), isto é, aquela realizada
entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros
limites estabelecidos além de 20 milhas da costa.
Para obter essas habilitações, o interessado deve inscrever-se nas Capitanias para os exames
pertinentes, conforme estabelecido no Capítulo 5, ou em órgão ou entidade que venha a ser
credenciado pela DPC para esse fim.
Considerações Gerais
DOCUMENTOS
Todas as embarcações deverão portar, quando aplicável, os documentos listados abaixo: a)
Título de Inscrição de Embarcação (TIE); e
b) Bilhete de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações e sua Carga
(DPEM).
c) habilitação e identidade.
Na Popa - nome da embarcação juntamente com o porto e número de inscrição, com letras de,
no mínimo, 10cm de altura e números de, no mínimo, 2cm de altura; e
Nos Bordos - nome nos dois bordos podendo ser no costado ou nas laterais da superestrutura,
a critério do proprietário, em posição visível e em tamanho apropriado às dimensões da
embarcação.
Embarcações Miúdas - as embarcações miúdas inscritas deverão ser marcadas
obrigatoriamente com o número de inscrição no costado, nos dois bordos e em posição visível. É
facultativo marcar essas embarcações com o nome no costado.
NOMES DE EMBARCAÇÕES
Autorização e alteração de Nome:
a) Os nomes das embarcações somente poderão ser autorizados ou alterados, a pedido do
proprietário, com a anuência das CP, DL ou AG;
b) Deverão ser autorizados apenas nomes diferentes daqueles já cadastrados c) Não
deverão ser autorizados nomes que possam causar constrangimentos, tais como nomes
obscenos e/ou ofensivos a pessoas ou instituições;
d) Para autorização ou alteração de nomes das embarcações, as CP, DL ou AG deverão
consultar o SISGEMB; e
e) Caso seja constatada existência de embarcação com o mesmo nome, a autorização não
deverá ser concedida, devendo o proprietário informar o novo nome a ser utilizado.
PRAZO DE INSCRIÇÃO
Os pedidos de inscrição e/ou registro deverão ser efetuados, de acordo com o
previsto na Lei nº 7.652/88, alterada pela Lei nº 9774/98 (Lei de Registro de
Propriedade), no prazo máximo de 60 (sessenta) dias contados da data: a) Do
termo de entrega pelo construtor, quando construída no Brasil;
b) De aquisição da embarcação ou, no caso de promessa de compra e
venda, do direito e ação; ou
c) De sua chegada ao porto onde será inscrita e ou registrada, quando
adquirida ou construída no estrangeiro.
Validade da Documentação
- Carteira de Habilitação de Amador – 10 anos; -
Título de Inscrição de Embarcações – 5 anos;
- Bilhete de Seguro Obrigatório – 12 meses.
- Identidade pessoal.
Todas as embarcações deverão portar, quando aplicável, os documentos listados acima.
COMPOSIÇÃO DA CATEGORIA DE AMADORES
Amador é todo aquele com habilitação certificada pelo Representante da Autoridade Marítima
para Segurança do Tráfego Aquaviário (DPC) para operar embarcações de esporte e/ou recreio,
em caráter não profissional.
a) Categorias
São distribuídos pelas seguintes categorias:
CATEGORIA SIGLA
Capitão-Amador CPA
Mestre-Amador MSA
Arrais-Amador ARA
Motonauta MTA
Veleiro VLA
ARRAIS-AMADOR
UMA ESTRELA DOURADA
MESTRE-AMADOR
DUAS ESTRELAS DOURADAS
CAPITÃO-AMADOR
Cada estrela formadora das insígnias terá o diâmetro máximo de 1 (um) centímetro. As
insígnias, de uso facultativo, para serem usadas como distintivo ou bordadas, nas lapelas,
camisetas ou bonés.
DOTAÇÃO DE COLETES SALVA-VIDAS
A dotação de coletes deverá ser, pelo menos, igual ao número total de pessoas a
bordo, devendo haver coletes de tamanho pequeno para as crianças, observadas as
seguintes Classes:
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Os equipamentos salva-vidas e de segurança citados neste capítulo podem ser classificados
conforme abaixo:
CLASSE I - fabricado conforme requisitos previstos na Convenção
Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). Utilizados nas
embarcações empregadas na Navegação Oceânica.
CLASSE II - fabricado com base nos requisitos acima, abrandados para uso nas
embarcações empregadas na Navegação Costeira.
CLASSE III - fabricado para uso nas embarcações empregadas na navegação interior.
CLASSE IV - fabricado para emprego, por longos períodos, por pessoas envolvidas em
trabalhos realizados próximos à borda da embarcação ou suspensos por pranchas ou
outros dispositivos, que corram risco de cair na água acidentalmente. CLASSE V -
fabricado para emprego exclusivo em atividades esportivas tipo moto aquática, banana-
boat, esqui aquático, windsurf, parasail, rafting, kitesurf, pesca esportiva, embarcações
de médio porte (empregadas na navegação interior) e embarcações miúdas.
Coletes:
1) verificar se a quantidade de coletes salva-vidas existente a bordo corresponde à
lotação da embarcação: - Classe II (mar aberto);
- Classe III (interior) ou V (esportivo, podendo ser utilizado na navegação interior em
embarcações até 24 metros).
2) os coletes classes II e III deverão portar apito firmemente preso por um fiel; e 3)
verificar se os coletes estão estivados de maneira a serem prontamente utilizados,
em local visível, bem sinalizado e de fácil acesso.
Os materiais de salvatagem a serem empregados nas embarcações de esporte e/ou recreio não
necessitam ser marcados e podem ser emprestados de outras embarcações.
Nos equipamentos deverão estar indicados o número do Certificado de Homologação, nome do
fabricante, modelo, classe, número de série e data de sua fabricação.
Toda embarcação de esporte e recreio, exceção feita as embarcações miúdas deverá ainda
observar as regras do Cerimonial Marítimo em relação ao uso da Bandeira Nacional. Entre tais
regras ressaltamos as seguintes:
- é proibido o uso da Bandeira Nacional fora das especificações previstas em lei ou que não se
encontre em bom estado de conservação;
- embandeirar a embarcação em grande gala, pequena gala ou funeral nas datas previstas, que
são:
CARTA NÁUTICA
O Que é uma Carta Náutica?
A carta náutica nada mais é do que a representação em uma área plana de um trecho da
superfície da Terra. Tal representação, obviamente, será em uma escala conveniente e por ser
náutica, apresentará a parte de águas e de litoral, com muito maiores informações do que um
mapa que se ocupa quase que unicamente, da parte terrestre da superfície de nosso planeta.
Com raras exceções, quase todas ligadas a cartas fluviais e lacustres, o norte (N) está sempre
na direção da parte superior e o sul (S) na direção da parte inferior da carta; conseqüentemente
o leste (E) está à direita e o oeste (W) esquerda.
As categorias amadoras de Arrais e de Veleiro, que só podem navegar em águas interiores e/ou
águas abertas nas proximidades da barra dos portos, em limites fixados pelo Capitão dos Portos
em cada local, só usarão cartas de grande escala, ou seja, ricas em detalhes, particularmente
aqueles de balizamento uma vez que a navegação que fazem é, fundamentalmente, uma
navegação prática reconhecendo pontos e determinado seus rumos através de tal
reconhecimento.
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
A sobrevivência pode ser denominada segundo o meio no qual ela ocorre. Por esse critério,
temos diversos tipos de sobrevivência como na selva, no mar, no deserto ou no gelo.
Nosso estudo será centrado nas peculiaridades da sobrevivência no meio aquaviário.
Proteger-se do sol, vento, água do mar e do frio e, sobretudo, procurar manter o equilíbrio hídrico
do organismo, conservando a água do corpo, são bem mais importantes do que comer.
ração sólida
As balas de goma possuem em sua composição cerca de 90% de açúcar e apenas 10% de
amido. O organismo metaboliza mais facilmente os glicídios (açúcares), produzindo energia que
irá manter as funções vitais do indivíduo.
O aspecto psicológico do náufrago também deve ser considerado como fator preponderante para
a sua sobrevivência. A ciência coloca à disposição dos náufragos uma série de equipamentos
que objetivam prolongar a jornada de sobrevivência no mar até o momento do resgate.
Como exemplos de tais pensamentos, podem ser citados os seguintes: culpa pelo que está
acontecendo, crença de que nunca mais irá pisar em terra firme, ansiedade demasiada por
avistar um navio, aeronave ou terra, pensamentos mórbidos tais como suicídio.
A consequência dessa perda de calor corporal é a diminuição de nossa temperatura interna, que
pode levar à morte por hipotermia.
O corpo cede calor para o meio circundante pelos seguintes métodos de transmissão de calor:
Condução, Convecção, Radiação e Evaporação.
Abaixo temos algumas características que podem indicar espécies de peixes perigosos ao
consumo:
• vivem, em sua maioria, em águas tropicais pouco profundas e recifes coralíneos;
• apresentam formas estranhas (caixa, arredondada, etc.);
• possuem pele dura, recoberta de placas ósseas ou espinhos;
• algumas espécies apresentam olhos, bocas e guelras pequenas;
• algumas espécies possuem nadadeiras ventrais pequenas ou inexistentes;
• podem apresentar carne com odor desagradável, que durante um certo tempo fica marcada se
comprimida;
• algumas espécies têm a capacidade de inchar se forem molestados (baiacu);
• algumas espécies segregam baba ou espuma tóxica pelas glândulas cutâneas
(peixe-sabão); e
• algumas vísceras, mesmo de espécies comestíveis, podem conter toxinas. São exemplos de
peixes que possuem carne venenosa: baiacu, baiacu de espinho, peixe cofre, peixe barbeiro,
enchova preta.
Alguns peixes apresentam espinhos que produzem ferimentos dolorosos, como é o caso do
peixe-escorpião, mangangá e moreia Tim.
O interesse pelo estudo de ataque de tubarões a pessoas remonta à Segunda Guerra Mundial,
quando o aumento desses casos, sobretudo com marinheiros e pilotos aeronavais, levou a
Marinha dos Estados Unidos a desenvolver o que seria mais tarde, o repelente contra tubarão.
Contudo, é conveniente lembrar que não há previsão na legislação internacional de repelente
de tubarão na palamenta das embarcações de sobrevivência dos navios mercantes. A questão é
a seguinte: como proceder na presença de tubarões? Algumas recomendações
podem ser encontradas em manuais de sobrevivência no mar.
O Estado Maior das Forças Armadas prescreve o consumo diário de 750 ml de água para que o
indivíduo mantenha suas condições físicas e psicológicas favoráveis.
O mar fornece ao náufrago algumas fontes de alimentação, tais como: peixes, aves marinhas,
tartarugas, algas marinhas, moluscos, crustáceos, entre outros.
os peixes são atraídos mais facilmente por iscas em movimento do que por iscas estáticas;
a linha de pesca não deve ser amarrada ao corpo do náufrago, pois no caso de um peixe maior
ser fisgado, a pessoa pode ser lançada na água. Também não é aconselhável ancorar a linha de
pesca na balsa salva-vidas inflável, pois esta pode ser avariada durante a luta do peixe para se
livrar do anzol;
• durante a noite, o facho de luz de uma lanterna direcionado para a água pode atrair peixes e
lulas. O reflexo da lua em uma superfície metálica pode apresentar o mesmo efeito;
• a pesca deve ser realizada durante todo o período do dia e da noite, variando-se o
comprimento da linha;
Ao pescar algum peixe, é recomendável que o mesmo seja morto antes de ser colocado a bordo
da embarcação. Se você colocar um peixe grande dentro da balsa, ainda vivo, poderá causar
acidentes, pois com certeza o animal irá rabear e lutar, podendo atingir uma pessoa causando-
lhe lesões ou até mesmo avariar a balsa salva-vidas.
Em primeiro lugar, o peixe não deve ser engolido. O náufrago deve mascar a carne do peixe e
desprezar o “bagaço”, utilizandoo como isca. A explicação de se adotar esse procedimento é
simples. Vimos anteriormente que uma das formas de perda de água é pela via digestiva. Assim,
se a pessoa engolir a carne do peixe, o organismo irá funcionar, produzindo bolo fecal e nas
fezes, há uma pequena quantidade de água eliminada.
O impulso imediato da pessoa submetida ao frio consiste em exercitar-se ou agitar-se
vigorosamente na tentativa de manter-se aquecida. Contrariamente ao que se imagina, esta
reação retira do corpo as últimas reservas de calor, diminuindo consideravelmente o tempo de
sobrevivência.
Ao invés de vestir roupas grossas e apertadas, deve-se usar roupas folgadas, pois a água que
fica entre o corpo e o tecido, rapidamente adquire a temperatura da superfície do corpo,
funcionando como isolante térmico para a água externa.
na embarcação de sobrevivência, o grupo deve procurar ficar o mais próximo possível para
aquecimento mútuo.
Procure retirar o máximo de seu corpo de dentro da água. Lembre-se daquela personagem do
filme “Titanic” que se salvou porque ficou sobre uma porta, fora da água.
Material de salvatagem
As balsas são acondicionadas desinfladas dentro de um casulo de fibra de vidro e são estivadas,
no navio, sobre um berço.
Temos ainda nas embarcações de esporte e recreio as Boias Circulares que vem com um cabo
flutuante e uma alça na sua extremidade, são posicionadas no convés principal em lugar de fácil
acesso a bombordo e boreste.
Colete salva-vidas
É o principal equipamento de salvatagem a bordo da embarcação. É tão importante que cada
pessoa, seja ela tripulante ou passageiro, deve ter um à sua disposição. Treine com frequência a
sua colocação.
Lembre-se: as normas internacionais estabelecem que você tem que vestir o colete salva-vidas,
corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda.
Este dispositivo foi feito para aqueles que sabem e os que não sabem nadar. Assim, mesmo que
você seja um excelente nadador, vista-o.
Nunca use seu colete salva-vidas como encosto, almofada ou travesseiro, pois você pode
avariá-lo. • Não o tire da embarcação, pois poderá faltar para alguém a bordo.
• Sempre que for feito algum treinamento, principalmente dentro da água salgada, o
equipamento deve ser lavado com água doce e posto para secar, antes de ser guardado no
camarote ou no paiol de salvatagem.
Bóia salva-vidas
A Autoridade Marítima exige que se tenha a bordo das embarcações bóias salvavidas.
A bóia é um equipamento utilizado na faina de resgate de pessoas que estejam dentro da água.
A bóia salva-vidas (também conhecida como bóia circular) pode ter alguns acessórios, como
uma retinida flutuante, um sinal fumígeno flutuante (fumaça na cor laranja para sinalização
durante o dia) e um dispositivo de iluminação automático (conhecido como facho holmes, para
sinalização durante a noite).
Primeiros socorros
1.1 Introdução
A bordo de uma embarcação sempre existe a possibilidade de nos depararmos com situações
de emergência, em que seja necessária a nossa atuação para salvar uma pessoa ou para evitar
que o seu estado piore após um acidente.
Um socorro bem feito e em curto espaço de tempo aumenta muito a sobrevida da vítima. A
grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns
conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e, até mesmo,
salvar vidas.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em
mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além
disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro
sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode
comprometer ainda mais a saúde da vítima.
A respiração pode ser observada por meio dos movimentos do tórax e do abdômen e por sons
percebidos ao aproximar o seu ouvido do nariz da vítima.
A verificação da pulsação pode ser sentida por meio do tato. O ponto mais indicado para
sentir a pulsação é o pescoço ou carotídeo
Procedimentos em emergência
2.1 Afogamento e choque elétrico
2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento No
caso de afogamento:
• não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima;
• checar imediatamente os sinais vitais (análise primária);
• não havendo respiração ou pulso, iniciar as técnicas de ressuscitação imediatamente (processo
explicado na página 42);
• manter a vítima aquecida;
• ministrar oxigênio;
• tratar o estado de choque;
• informar ao médico se o afogamento ocorreu em água doce, salgada ou piscina; e
• não tentar resgatar ninguém da água se não for treinado para isso. Nesse caso,
deve-se jogar algum material flutuante para a vítima agarrar e chamar por socorro especializado
(salva-vidas).
Sinais indicadores:
• dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
• incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da
região; e
• inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro
machucado.
Exposta - Quando o osso quebrado sai do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de
suas partes. Esse tipo de fratura pode causar infecção. Sinais indicadores:
• os mesmos da fratura fechada
• sangramentos
• ferimento de pele
No caso de fratura exposta, proteja o ferimento e controle o seu sangramento antes de imobilizar
a região afetada.
Técnica de imobilização em casos de fraturas
• coloque gaze, lenço ou pano limpo sobre o ferimento;
• firme este curativo usando um cinto, uma gravata ou uma tira de pano;
• estanque a hemorragia, se for o caso;
• deite o doente;
• coloque uma tala sem tentar colocar o membro em posição natural; e
• transporte o doente, só após a imobilização.
Uma atadura pode ser usada para uma imobilização de fratura, para conter provisoriamente uma
parte do corpo ou manter um curativo. Na falta de ataduras, use tiras de um lençol, guardanapos
ou panos.
Sangramentos internos
Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas podem causar sangramentos internos.
A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve
ser acompanhada e controlada com muita atenção pelos sinaisexternos:
• pulso fraco e acelerado;
• pele fria e pálida;
• mucosas dos olhos e da boca brancas;
• mãos e dedos arroxeados pela diminuição dairrigação sanguínea;e
• sede, tontura e inconsciência.
Não dê alimentos à vítima e nem a aqueça demais com cobertores. Peça
auxílio médico imediato.
Sangramentos nasais
O que fazer?
• incline a cabeça da pessoa para frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e
seja engolido, provocando náuseas;
• comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local;
• depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz; e
• se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.
Queimaduras
Em caso de acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de calor,
ou seja, impedir que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e superfícies aquecidas,
entre outras causas do acidente.
Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de
preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada.
Cuidados:
Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância que seja
passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de infecção por bactérias,
fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está
danificada.
Não passe nenhuma pomada no local atingido. A pele fica extremamente sensível após uma
queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda mais as
células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções.
Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas
queimaduras de segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional
especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com uma
agulha.
Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser evitados. O paciente
queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que houver sido atingida pelo fogo.
O ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar
que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada.
„Queimaduras químicas
O que fazer?
As queimaduras químicas são sempre graves: retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o
cuidado de não queimar as próprias mãos.
• Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos), enxugue
delicadamente e cubra com um curativo limpo e seco.
• Procure ajuda médica imediata.
Queimaduras solares
O que fazer?
• Refresque a pele com compressas frias.
• Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e ventilado.
• Procure ajuda médica.
NOÇÕES DE
METEOROLOGIA
PARA NAVEGANTES
Embora o nitrogênio represente a maior parcela, a quantidade de vapor-d’água é mais importante para a
meteorologia. As impurezas, representadas por poeiras, fumaça, sal marinho e detritos em geral, desempenham,
também, importante papel na formação de fenômenos meteorológicos, facilitando a condensação do ar atmosférico.
São denominadas “núcleos de condensação”.
É na troposfera, também denominada baixa atmosfera, que ocorre a grande maioria dos fenômenos meteorológicos,
em decorrência de:
– Alta porcentagem de vapor-d’água;
– existência de impurezas (núcleos de condensação); e
– maior variação da temperatura.
RADIAÇÃO E CONVECÇÃO
– RADIAÇÃO
A razão de iniciar o estudo de meteorologia marinha pela radiação solar é evidenciar a extraordinária importância da
fonte de energia responsável pela ocorrência dos fenômenos meteorológicos e oceanográficos.
CONVECÇÃO
É o movimento vertical do ar atmosférico, tendo, como conseqüência imediata, a transferência de suas principais
propriedades, isto é, uma distribuição de temperatura e umidade entre os diversos níveis de altitude. Tal conceito não
deve ser confundido com o de advecção, que significa a transferência de algumas propriedades atmosféricas em
decorrência de um movimento horizontal do ar (vento).
A transferência de calor da Terra para a atmosfera se faz por 4 processos: Radiação, Condução, Convecção e
Advecção.
O ar fortemente aquecido nas regiões equatoriais torna-se mais leve e ascende, criando na zona tórrida um cinturão
de baixas pressões atmosféricas, denominado Zona de Convergência Intertropical.
As condições de tempo podem ser descritas em termos de 7 elementos meteorológicos: Pressão: temperatura,
umidade, ventos, nuvens, visibilidade; e precipitação.
Os instrumentos utilizados na medição da pressão atmosférica são os barômetros, que podem ser de dois tipos:
barômetro de mercúrio ou barômetro aneroide.
As linhas que unem pontos da superfície da Terra de igual pressão atmosférica no mesmo instante são denominadas
de isóbaras.
A medida da temperatura é de grande importância na meteorologia. Esta medida é feita por meio de termômetros.
Os termômetros medem temperaturas pela dilatação (ou contração) da substância nele empregada.
No entanto, são os psicrômetros que fornecem as medidas mais precisas da umidade do ar.
Vento é o movimento horizontal do ar, resultante de diferenças na pressão atmosférica entre áreas adjacentes.
Então, os centros de baixa pressão (ciclones) são centros convergentes, isto é, na superfície o ar converge para o
centro de baixa pressão.
Assim se originam os ventos na superfície da Terra, podendo-se, pois, enunciar como lei geral dos ventos:
“O vento sopra dos centros de alta pressão para os centros de baixa pressão”.
centro de baixa pressão. Num anticiclone, o ângulo dos ventos com as isóbaras é, geralmente, maior e sempre para
o lado de fora do centro de alta.
Em regra, os sistemas ciclônicos de ventos movem-se rapidamente e são acompanhados por mau tempo.
Por outro lado, os sistemas anticiclônicos deslocam-se vagarosamente e, em geral, estão associados a bom tempo.
Quanto mais próximas estiverem as isóbaras, maior o gradiente barométrico e maior a força do vento.
NUVENS
Para que ocorra a condensação do vapor-d’água contido no ar atmosférico e se desencadeie o processo de formação
de nuvens em determinado nível de altitude, é necessário que haja resfriamento do ar até que a umidade relativa
tenha atingido o índice de 100%.
Todas as nuvens se constituem, inicialmente, na troposfera, podendo apresentar duas formas gerais. As nuvens
podem aparecer como camadas uniformes ou extensos lençóis, cobrindo grandes áreas, sem muita altura ou
desenvolvimento vertical. São, então, chamadas de nuvens estratiformes, estando associadas com estabilidade na
atmosfera ou ausência de correntes ascendentes. Isto resulta, geralmente, em visibilidade ruim por baixo das bases
das nuvens, devido à falta de correntes verticais para misturar e dispersar fumaça e partículas de poeira suspensas no
ar. A precipitação associada às nuvens estratiformes é de caráter leve, contínua e extensiva. Às vezes, observam-se
pancadas de chuvas fortes caírem de uma camada de nuvens estratiformes, mas isto significa que há nuvens
cumuliformes na camada, invisíveis para o observador.
As nuvens cumuliformes apresentam protuberâncias, numa aparência de couve-flor, em contraste com a forma plana
característica das nuvens estratiformes.
Uma nuvem cumulonimbus significa trovoada e precipitação pesada, sob forma de pancadas, contínua turbulência e
granizo em alguns pontos.
Quando os altocumulus se tornam mais espessos e descem para níveis mais baixos, podem produzir chuvas e
trovoadas, mas não trazem mau tempo prolongado.
Define-se visibilidade meteorológica como a maior distância em que um objeto de características determinadas pode
ser visto e reconhecido. Os seguintes fatores afetam a visibilidade no mar:
(1) Precipitação;
(2) névoa e nevoeiro;
(3) borrifos ou espuma do mar arrastada pelo vento;
(4) poeira; e
(5) sal.
NEVOEIRO
Os processos capazes de levar o ar úmido da superfície à saturação e, assim, produzir nevoeiro são dois: o
resfriamento e o aumento da evaporação.
– Nevoeiros fortes: quando a visibilidade é reduzida para até 100 metros, ou menos, de distância do observador; e
nevoeiros fracos ou leves: quando a visibilidade varia de 100 m até 1 km de
distância do observador.
As isóbaras traçadas numa carta meteorológica de superfície definem uma configuração isobárica, onde podem
ser identificados os sistemas de altas pressões (anticiclones) e os sistemas de baixas pressões (ciclones).
Um cavado é uma configuração típica dos ciclones.
Como vimos, uma configuração que pode ocorrer em uma depressão é a formação de um cavado.
Quanto à origem, as massas de ar podem ser polares, quando provêm dos pólos; tropicais, quando oriundas das
regiões tropicais; continentais, quando se originam nos continentes; e marítimas, quando se formam sobre os
oceanos.
Frente é a linha na superfície terrestre que separa duas massas de ar. As frentes, portanto, marcam descontinuidades
em toda a extensão do encontro entre duas massas de ar, constituindo zonas de transição de massas de ar de
propriedades diversas, em particular quanto à temperatura.
Uma frente oclusa é formada quando uma frente fria alcança uma frente quente e uma das duas frentes, quente ou
fria, deixa de ter contato com o solo.
FRENTE ESTACIONÁRIA
Ocorre quando não se observa deslocamento da superfície frontal, que se mantém fixa, não havendo, assim,
substituição do ar à superfície. durante o dia o ar sobre a superfície terrestre se aquece mais rapidamente do que o ar
sobre o oceano. O ar mais frio e denso do oceano movimenta-se para o continente a fim de substituir o ar mais quente
daquela região. Este fenômeno é chamado brisa marítima e é observado ao longo da costa; durante a noite o
continente esfria mais rapidamente que o oceano. O ar mais frio do continente se desloca para o mar, onde existe um
ar mais quente e menos denso.
O navegante deve ter o hábito de observar o céu. Inúmeras nuvens Cirrus aparecendo de uma mesma direção podem
ser consideradas Cirrus pré-frontais e podem representar indícios de condições severas de tempo nas proximidades da
frente.
As vagas, então, são geradas pelo vento presente. Os seguintes elementos provocam o completo desenvolvimento das
vagas:
(a) A direção e intensidade do vento que sopra;
(b) a duração do vento (tempo durante o qual sopra); e
(c) a pista percorrida pelo vento sobre a superfície do mar.
A distinção entre vagas e marulho é feita usando-se os seguintes critérios:
(d) Direção da onda;
(e) aspecto da onda; e
(f) período da onda.
marulho é o nome que se dá às ondas que foram geradas em outro lugar e que
não são mantidas pelo vento que sopra no ponto de observação.
Noções de