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APOSTILA ARRAIS

Escola náutica oceânica


Seu rumo para a diversão segura
CAPÍTULO 01

Embarcação Miúda - São consideradas embarcações miúdas aquelas:

a) Com comprimento inferior ou igual a cinco (5) metros; ou


b) Com comprimento menor que oito metros que apresentem as seguintes características:
convés aberto ou convés fechado, sem cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa e que,
caso utilizem motor de popa, este não exceda 30HP.

Embarcação de Médio Porte - é considerada embarcação de médio porte aquelas


com comprimento inferior a 24 metros, exceto as miúdas.

Moto Aquática - abrange as embarcações conhecidas comumente como jet-ski e similares.

ÁREAS SELETIVAS PARA A NAVEGAÇÃO


a) As embarcações, equipamentos e atividades que interfiram na navegação, trafegando ou
exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral e dos lagos, lagoas e rios,
deverão respeitar os limites impostos para a navegação, de modo a resguardar a integridade
física dos banhistas;

b) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de lagos
e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os seguintes limites, em áreas com
freqüência de banhistas:

1) embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a partir de cem (100)
metros da linha base;

2) embarcações de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, pára-quedas e painéis de


publicidade, poderão trafegar a partir de duzentos (200) metros da linha base;
3) embarcações de propulsão a motor ou à vela poderão se aproximar da linha base para
fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente.
Toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3
(três) nós, preservando a segurança dos banhistas;

c) As embarcações de aluguel (banana-boat, plana sub etc) que operam nas imediações das
praias e margens, deverão ter suas áreas de operação perfeitamente delimitadas, por meio de
bóias, pelos proprietários das embarcações, sendo essas áreas devidamente aprovadas pela
CP/DL ou AG. A atividade deverá ser autorizada pelas autoridades competentes sendo os seus
limites então estabelecidos;

e) Em princípio, a extremidade navegável das praias, ou outra área determinada pelo poder
público competente, é o local destinado ao lançamento ou recolhimento de embarcações da
água ou embarque e desembarque de pessoas ou material, devendo ser perfeitamente
delimitada e indicada por sinalização aprovada pela Autoridade Marítima.

d) A velocidade de saída e chegada de embarcações nas áreas de apoio, rampas, marinas,


flutuantes etc. devem ser sempre reduzida (menos de cinco nós).

Especial atenção deve ser dada à presença de banhistas onde se esteja trafegando,
procedendo-se com a maior cautela possível. Atitude idêntica deve ser adotada quanto à
existência de embarcações atracadas ou fundeadas, que poderão ser danificadas devido a
marolas provocadas por velocidade incompatível com o local. As embarcações que se
aproximem de praias devem fazê-lo no sentido perpendicular.

O fundeio nessa área será permitido apenas pelo tempo mínimo necessário ao embarque ou
desembarque de pessoal, material ou para as fainas de recolhimento ou lançamento da
embarcação
CAPÍTULO 02

NOMENCLATURA DA EMBARCAÇÃO
PROA: Região da extremidade de vante da embarcação. Normalmente tem o formato afilado
para melhor cortar a água.
POPA: Região da extremidade de ré da embarcação. Normalmente tem seu formato projetado
para facilitar o escoamento da água.
BORDOS: Partes simétricas em que o casco é dividido por um plano longitudinal que corta a
proa e a popa.
BOMBORDO: Bordo esquerdo da embarcação. Olhando de popa para a proa.
BORESTE: Bordo direito da embarcação. Olhando de popa para proa.
BOCHECHA (AMURRA): São as parte curvas do costado de um bordo e de outro, próximo á
proa.
ALHETA: São as partes curvas do costado de um bordo e de outro, próximo á popa.
BORDA LIVRE - É o convés completo mais elevado que a embarcação possui, de tal forma que
todas as aberturas situadas nas partes expostas do mesmo disponham de meios permanentes
de fechamento que assegurem sua estanqueidade.
TRAVES: Linha que corta a embarcação de proa a popa. Perpendicular ao plano longitudinal.
BOCA: Maior largura de uma embarcação.
CASCO: É uma espécie de vaso que serve de base á embarcação. Em sua parte inferior corre a
quilha.
QUILHA: Peça estrutural e principal de uma embarcação correndo de proa a popa em sua parte
mais baixa de uma embarcação. Constitui a sua “espinha dorsal”. COSTADO: É a parte externa
do casco, acima da linha de flutuação.
LINHA DÁGUA: Linha pintada no casco da embarcação, que representa a região em que ela
flutua.
OBRAS VIVAS: É a parte do casco abaixo do plano de flutuação. Parte submersa na água.
OBRAS MORTAS: Parte do costado que fica acima do plano de flutuação. Parte acima da água.
OBS : Se um objeto estiver mais para a proa do que outro diz-se que ele está por Ante-
AVante (AAV) dele; se está mais para a popa, diz-se que está por Ante-A-Ré (AAR).
Ancoras Danforth: É atualmente a mais usada em embarcações amadoras.

FUNDEAR (ANCORAR)

A corrente que leva a âncora (ferro) ao seu fundeadouro é chamada de amarra. A


ligação da âncora com embarcação se faz pela amarra,

A quantidade de amarra usada no fundeio, é chamada de filame.

A manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a embarcação segura e parada
em determinado local no mar é fundear ou ancorar; a manobra de recolher a amarra do fundo
para permitir a movimentação da embarcação é chamada de suspender.
Por ocasião de fundear devemos tomar certos cuidados:

FUNDEIO Deve-se fundear a embarcação de esporte e recreio, com a âncora Danforth, evitando
os fundeadouros de tença de areia dura. A bóia de arinque é utilizada para indicar o local onde a
âncora ficou presa no fundo. A âncora Danforth é a mais comum a bordo das embarcações de
esporte e recreio. A regra simples para se determinar a quantidade de amarra a se largar num
fundeio normal é de, no mínimo, 3 vezes a profundidade local. Quando houver risco de mau
tempo ou o fundeio for muito demorado, a regra para se largar a amarra, com segurança da
embarcação não sair da posição é de 5 vezes a profundidade local. Para se pegar uma bóia,
para amarrarmos uma embarcação, devemos proceder aproados a ela, com pouco seguimento.
A tença é um tipo de fundo (qualidade). Deve-se evitar fundear em área onde o espaço de giro
da embarcação seja limitado. Para se suspender de um fundeadouro, devemos ir recolhendo a
âncora, com máquina devagar adiante, caso a amarra esteja tesada para vante. Para fundear
deve-se inverter a máquina e quando estiver caindo a ré, largar âncora. Para se fundear com
correnteza e vento, deve-se aproar ao vento, caso a embarcação tenha uma estrutura alta no
convés.

OBS: O tamanho do arinque devera ser 1 1/3 a profundidade.

Logo que a embarcação se estabilizar no fundeadouro, fazer marcações de pontos de terra para
determinarmos nossa posição na carta. Escolher tanto quanto possível pontos que possam ser
vistos tanto de dia quanto de noite, possibilitando assim que a qualquer hora possamos verificar
se a embarcação está “garrando” (soltando) no fundeadouro ou não.

ÁREAS DE SEGURANÇA
Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas consideradas de
segurança:
a) a menos de duzentos (200) metros das instalações militares;
b) áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas, cujos limites serão
fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pelo reservatório de água, em
coordenação com o CP, DL ou AG da área; c) fundeadouros de navios mercantes;
d) canais de acesso aos portos;
e) proximidades das instalações do porto;
f) a menos de 500 (quinhentos) metros das plataformas de petróleo;
g) áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes; e
h) as áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas, conforme estabelecido no item
anterior.

CAPÍTULO 04

LEME E SEUS EFEITOS


É por intermédio do leme que se faz o barco guinar (girar para boreste e bombordo). O leme só
tem ação quando a embarcação está em movimento. Porém, estando à embarcação fundeada,
havendo correnteza passando sob a embarcação, o leme terá o mesmo efeito que com a
embarcação se deslocando.

Para uma embarcação se movimentar, isto é, sair navegando, é preciso que tenha um aparelho
de governo.

O leme é o principal aparelho de governo da embarcação.


É instalado na popa da embarcação, e serve para lhe dar direção; para governá-la.

Partes principais do leme: Cana do leme, Madre, e Porta.

Cana do leme é uma barra de madeira ou ferro com a qual se pode movimentar o leme para
governar a embarcação (Além da cana do leme, o leme pode ser comandado por um timão ou
por uma roda de leme).

Madre é o eixo do leme. Pela madre movimenta-se o leme.

Porta - é sobre a porta que age a pressão da água para fazer o barco mudar de rumo. No leme,
existem ainda as governaduras que são peças de latão ou ferro que dão apoio ao leme e
permitem o movimento vertical - é uma espécie de dobradiça.

Teoricamente, o efeito máximo do leme é obtido com 45° de inclinação da porta em relação à
quilha da embarcação: porém, na prática, verificou-se que o seu efeito máximo não vai além de
35°, para cada bordo. Na marcha atrás o efeito do leme é contrário ao da marcha adiante, porém
muito menor.

Em uma embarcação de um só hélice o efeito do leme variará com a sua posição em relação a
quilha e o sentido de rotação do hélice .
TENDÊNCIA DA PROA DAS EMBARCAÇÕES:
• Quando se vira o leme para a direita (boreste) a proa vira para a direita (boreste), sempre.
• Quando se vira o leme para a esquerda (bombordo); na situação de embarcação e hélice
em marcha a VANTE, a proa vira para a esquerda (bombordo), sempre; na situação de
embarcação e hélice em marcha a RÉ, a proa vira para a direita (boreste), sempre; na
situação de embarcação com seguimento a VANTE e hélice dando atrás, inicialmente a
proa vira para a esquerda (bombordo) e em seguida para a direita (boreste) rapidamente;
invertendo-se o seguimento da embarcação e o hélice dando adiante, a proa vira para a
direita (boreste) lentamente.

• Com o leme a meio; na situação de embarcação e hélice em marcha a VANTE, partindo


do repouso, a proa vira para a esquerda (bombordo) lentamente; com seguimento, a proa
vira para a direita (boreste) lentamente; na situação de embarcação e hélice em marcha a
RÉ, a proa vira para a direita (boreste) lentamente, sempre; na situação de embarcação
com seguimento a VANTE e hélice dando atrás, a proa vira para a direita (boreste)
lentamente; invertendo-se o seguimento da embarcação e o hélice dando adiante, a proa
pode ir para a esquerda (bombordo) ou para direita (boreste).

• LEME E SEUS EFEITOS Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme
a meio, com seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste
lentamente. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, com
seguimento e hélice em marcha a ré a proa guinará para boreste lentamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, com seguimento e
hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste.Uma embarcação com um hélice,
com rotação direita, com leme a boreste, com seguimento e hélice em marcha a ré, a proa
guinará para boreste lentamente. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita,
com leme a bombordo, com seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para
bombordo. Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo,
com seguimento e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste rapidamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo do repouso e
hélice em marcha avante, a proa guinará para bombordo lentamente. Uma embarcação
com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo do repouso e hélice em
marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente.
Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, partindo do
repouso e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste lentamente. Uma
embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, partindo do repouso
e hélice sem marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente. Uma embarcação com
um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, partindo do repouso e hélice em
marcha avante, a proa guinará para bombordo rapidamente. Uma embarcação com um
hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, partindo do repouso e hélice em
marcha a ré, a proa guinará para boreste muito lentamente. Quando numa embarcação
de dois hélices, um deles dá atrás e outro adiante, com a mesma rotação, essa
embarcação tende a girar a proa para o mesmo bordo do hélice que dá atrás.

CAPÍTULO 05
ESPIAS E SEU USO

• As espias que são colocadas a vante da embarcação na direção da proa chamam-se


lançante de proa (1), as espias que são colocadas para ré da embarcação na direção da
popa chamam-se lançante de popa (5); as espias que saem de vante ou de ré na direção
do meio da embarcação chamam-se espringue de proa (2) e espringue de popa (4); a
espia que é lançada do meio da embarcação perpendicular ao cais, sem inclinação para
vante ou para ré chama-se través (3).

• Os espringues, lançantes e traveses evitam que a embarcação se movimente ou se


afaste do cais.
QUADRO RESUMO PARA FIXAR MELHOR:
• Lançante de proa – evita que a embarcação caia a ré.
• Espringue de proa – evita que a embarcação caia a vante.
• Través – evita que a embarcação se afaste do cais.
• Lançante de popa – evita que a embarcação caia a vante.  Espringue de popa –
evita que a embarcação caia a ré.

CAPÍTULO 06

Atracar e Desatracar
De uma maneira geral, para atracar, levamos a embarcação com pouco seguimento, e fazendo
um ângulo de cerca de 45°, em relação ao cais, de maneira a passar um cabo de proa logo que
pudermos, carregando-se o leme para o bordo oposto ao cais para fazer a popa vir a este. A
embarcação deve ser mantida atracada ao cais, passando-se um cabo “dizendo” para vante e
outro “dizendo” para ré. Havendo corrente, facilmente verificada pela posição de outras
embarcações que filam a ela, deve-se aproveitá-la, isto é, atracar contra a corrente. Isso trás
vantagem, pois a corrente agirá sobre a popa, aproximado-a e facilitando a atracação .

Prender uma embarcação a um cais ou a outra embarcação que já esteja atracada é atracar,
neste caso diz-se que a atracação foi a contrabordo de outra embarcação; desprender do cais
ou de outra embarcação onde esteve atracado é desatracar;

Tê-lo seguro a uma bóia é amarrar; largar a bóia onde esteve é desamarrar ou largar;
ATRACAÇÃO COM VENTO OU CORRENTE PERPENDICULAR AO CAIS
APROXIMAÇÃO POR BARLAVENTO

Aproximar-se paralelo ao cais, quase parando. O vento ou corrente aproximará a embarcação


ao cais. Passar logo que possíveis espias pela proa e pela popa.

BARLAVENTO – Lugar por onde entra o vento.

SOTAVENTO - Lugar por onde sai o vento

Capitulo 07
HOMEM AO MAR

1º Método: rotação
Usa-se quando se avista alguém a cair a água; Virar o leme para o lado do náufrago de
maneira a fazer uma volta completa, de forma deixar o náufrago a sotavento (lado para onde
sopra o vento).

CAPÍTULO 8
RIPEAM
Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
O Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamentos no Mar, também conhecido como
RIPEAM, é o conjunto de regras que, tendo a força de lei, prescreve como deveremos conduzir
as embarcações na presença de outras, bem como, informá-las de nossas intenções ou ações,
por sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneira que possamos desenvolver
manobras corretas e seguras, afastando assim do perigo do abalroamento (colisão).

O RIPEAM se aplica a todas as embarcações em mar aberto e em todas as águas a este ligada.

Nada contido no RIPEAM dispensará qualquer embarcação ou seu proprietário, seu


Comandante ou sua tripulação das conseqüências de qualquer negligência no cumprimento
destas ou em qualquer precaução reclamada ordinariamente pela prática marinheira ou pelas
circunstâncias especiais do caso.
Definição das Luzes de Navegação:

Luz de mastro é uma luz branca visível continua em um setor horizontal de 225°.

Luz de bordo é uma luz verde a boreste e encarnada a bombordo, visível em setores de
112,5° de cada bordo.

Luz de alcançado é uma luz branca situada tão próximo possível da popa, visível em um setor
horizontal de 135°.

Luz de reboque é uma luz amarela com as mesmas características da luz de alcançado quanto
ao seu posicionamento e visibilidade 135°.

Luz circula é uma luz continua em um arco de horizonte de 360°.


LUZES E MARCAS

Embarcações menores que 7 metros


Independentemente do tipo de propulsão, essas embarcações devem apresentar uma luz
branca; se tiver velocidade maior que 7 nós, deve apresentar também luzes de bordo.

Menos de 7 metros velocidade maior de 7 nos

Mesmo de dia, com visibilidade normal, use as marcas adequadas à situação.


Luzes de reboque e empurra

Se o comprimento do reboque for inferior a 200m, a embarcação rebocada deve exibir:

• 2 luzes verticais de mastro a vante;

• luz de alcançado;

• luzes de bordo; e

• luz de reboque (amarela) acima da de alcançado.

Se o comprimento do reboque (o tamanho do cabo de reboque que vai da popa do


rebocador até a proa do rebocado) tiver mais de 200 metros, o rebocador deverá mostrar:

• 3 luzes verticais de mastro a vante; e

• todas as outras luzes iguais ao caso anterior (comprimento de reboque inferior a 200m).

Se a embarcação estiver empurrando ou rebocando à contra bordo deverá mostrar:

• as mesmas luzes dos casos anteriores, exceto a luz amarela de reboque; e


Se a embarcação for incapaz de se desviar do seu rumo, a marca de embarcação com
capacidade de manobra restrita deve acompanhar a marca de reboque.

Embarcação fundeada uma esfera preta

Embarcação sem governo 2 esferas pretas na vertical

Embarcação rebocando 2 cones pretos unidos pela base

Embarcação encalhada 3 esferas pretas

Embarcação com capacidade de manobra restrita

uma esfera preta sobre 2 cones pretos unidos pelas bases


e outra esfera preta abaixo destes 2 cones

Como identificar, de dia e de noite, uma embarcação sem governo e uma embarcação com
capacidade de manobra restrita.

Sem governo

De noite deve exibir 2 luzes circulares disposta em linha vertical. Com seguimento, luzes
de bordo e alcançado.

Marca

De dia exibir 2 esferas

Quando estiver encalhada exibirá


De noite, duas luzes encarnadas circulares dispostas verticalmente, e também as luzes de fundeio
adequadas ao seu comprimento.

Marca

De dia exibirá 3 esferas pretas


Com capacidade de manobra restrita
De noite exibir 3 luzes circulares posicionadas verticalmente, sendo que a superior e a inferior
encarnadas e a do meio branca. Com seguimento usar luzes de bordo e alcançado.

Marca De dia, 2 esferas separadas por 2 cones unidos pela base

Quando estiver fundeada existirá:


Se à noite, na parte de vante luz circular branca e na parte de ré luz circular branca (mais baixa
que a de vante)
As embarcações menores que 50m podem exibir apenas uma luz circular branca, onde melhor
possa ser vista.

Marca

De dia uma esfera na parte de vante

SINAIS SONOROS
Apito curto - duração aproximada de 1 segundo.

Apito longo - duração aproximada de 4 a 6 segundos.

Que sinais sonoros deverão soar?


As embarcações demonstram suas manobras e suas advertências, por meio de sinais sonoros,
da seguinte forma:

1 apito curto - --------------------------------- Estou guinando para boreste (para a direita)

2 apitos curtos ------------------------------- Estou guinando para bombordo (para a esquerda)


3 apitos curtos ------------------------------- Estou dando máquinas atrás (indo para trás, para ré)
2 apitos longos e 1 apito curto ----------- Tenciono ultrapassá-lo por boreste
2 apitos longos e 2 apitos curtos -------- Tenciono ultrapassá-lo por bombordo
1 apito longo, 1 curto, 1 longo e 1 curto - Concordo com sua ultrapassagem
5 apitos curtos ou mais --------------------- Não consigo entender a sua manobra
1 apito longo - Em curvas de rios ou canais estreitos, onde a visibilidade é prejudicada, onde
outras embarcações possam estar ocultas. A outra embarcação deve responder ao sinal. Sinais
sonoros emitidos em baixa visibilidade

REGRAS DE GOVERNO
Situação de Roda a Roda
Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, estiverem se aproximando em rumos
diretamente ou quase diretamente opostos, em condições que envolvam risco de colisão, cada
uma deverá guinar para boreste, de forma que a passagem se dê por bombordo uma da
outra.
SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS Quando duas embarcações a propulsão mecânica
navegam em rumos que se cruzam em situação que envolve risco de colisão, a embarcação que
avista a outra por boreste deverá se manter fora do caminho dessa, e caso as circunstâncias o
permitam, evitará cruzar sua proa.
Manobra de Ultrapassagem ou de Alcançando
Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando outra, deverá
manter-se fora do caminho desta.
Regra de navegação em rios e canais Estreitos

Regras para conduzir embarcações em canais estreitos:

Uma embarcação que estiver navegando ao longo de um canal estreito, ou via de acesso,
deverá se manter tão próxima quanto seja possível e seguro da margem a seu boreste,
tendo cuidado com pedras e bancos de areia.

Embarcações de menos de 20m de comprimento não deverão atrapalhar a passagem de outra


embarcação que só possa navegar com segurança dentro de um canal ou via de acesso.

As embarcações engajadas na pesca não deverão atrapalhar a passagem de qualquer outra


embarcação que estiver navegando dentro de um canal estreito.

Uma embarcação não deve cruzar um canal estreito quando sua manobra atrapalhar outra
embarcação que só possa navegar com segurança dentro do canal.

Para fazer uma ultrapassagem em um canal estreito a embarcação deve emitir os sinais sonoros
apropriados: dois apitos longos e um curto (ultrapassar por boreste) ou dois apitos longos e dois
curtos (ultrapassar por bombordo).

Uma embarcação que será ultrapassada em um canal estreito deve emitir os sinais sonoros
apropriados se concordar com a ultrapassagem: um apito longo, um curto, um
longo e um curto, nesta ordem.

Quando uma embarcação estiver se aproximando de uma curva ou de um local onde outras
embarcações possam estar ocultas devido a obstáculos, deverá navegar com atenção e cuidado
redobrados, bem como emitir o sinal sonoro apropriado: um apito longo.

Qualquer embarcação que tenha ouvido o sinal e esteja se aproximando do outro lado da curva
deverá responder também com um apito longo.
Toda embarcação deverá evitar fundear em um canal estreito ou via de acesso.

Regras de Preferência Entre Embarcações


Uma embarcação à propulsão mecânica em movimento deverá manter-se fora do caminho de
embarcações: A. Sem governo
B. Com capacidade de manobra restrita
C. Engajada na pesca
D. A vela

Uma embarcação de vela em movimento tem preferência em relação a uma embarcação a


motor, mas deverá manter-se fora do caminho de embarcações:
A. Sem governo
B. Com capacidade de manobra restrita
C. Embarcação engajada na pesca

Uma embarcação engajada na pesca em movimento tem preferência em relação a uma


embarcação a vela, mas deverá manter-se afastada do caminho de embarcações:
A. Sem governo
B. Com capacidade de manobra restrita

Uma embarcação com capacidade de manobra restrita em movimento tem preferência em


relação a uma embarcação a vela e embarcação engajada na pesca, mas deverá manter-se fora
do caminho de embarcações:
A - Sem governo.

Embarcação sem governo tem preferência sobre todas as demais embarcações.

Luzes de Navegação - todas as embarcações, quando em navegação noturna, deverão exibir


luzes de navegação, conforme a parte “C” do RIPEAM.

O Sistema de Balizagem Marítima divide o globo em duas regiões (A e B), cuja separação entre
as duas é o Oceano Atlântico:

Região A engloba a Europa, África, Ásia e Oceania;

Região B engloba a América do Norte, América Central e América do Sul, Japão, Coreia e
Filipinas.

Assim, a convenção definiu:

REGIÃO BORESTE BOMBORDO


A VERDE VERMELHO

B VERMELHO VERDE
Sistema de balizamento IALA região B

DEFINIÇÕES:

Pode ser definido como conjunto de regras aplicadas a todos os sinais fixos e flutuantes
que têm propósito indicar:

• os limites laterais dos canais navegáveis;


• os perigos naturais e outras obstruções, entre as quais os cascos soçobrados;  outras
zonas ou acidentes marítimos importantes para o navegante; e
• os novos perigos.

Tipos de sinais
O sistema de balizamento compreende cinco tipos de sinais que podem inclusive ser usados
em combinação. São eles:

 Os sinais laterais cujo emprego está associado a um “sentido convencional de


balizamento”. Eles geralmente são utilizados para os canais bem definidos. Esses sinais
indicam os lados de Boreste e Bombordo do caminho a seguir. Quando um canal se
divide, um sinal lateral pode ser utilizado para indicar o caminho que convém ser
preferencialmente seguido. Na região B, região do Brasil, o vermelho indica Boreste e
o verde indica Bombordo, daí se dizer que: quem vem do mar entra em um canal
dando Boreste para o sinal vermelho e Bombordo para sinal verde.

 Os sinais cardinais, cujo emprego (como no uso de uma agulha) serve para indicar ao
navegante onde (em que direção) a embarcação pode encontrar águas seguras.

 Os sinais de perigo isolado indicando os perigos isolados, de tamanho limitado, que


devem ser entendidos como aqueles em torno dos quais as águas são seguras.

Os sinais de águas seguras indicando que em torno de tais sinais as águas são seguras
(como por exemplo um sinal de meio de canal).

Os sinais especiais que, sem terem como principal propósito o auxílio à navegação, indicam
uma área ou característica especial mencionada nos documentos náuticos e que são
normalmente de importância para o navegante. Os sinais especiais são sempre amarelos e,
inclusive, quando luminosos, exibem também luz amarela.
* Bóia - é todo dispositivo flutuante exibindo luz ou não (bóia luminosa ou cega).

OBS: Boia cega é aquela que não emite luz.

* Baliza - é uma haste de ferro, ou de cimento armado, desprovida de luz,


encimada por um tope que permitirá sua caracterização segundo a forma que apresentar
(disco, esfera, retângulo, triângulo etc).
Sinais laterais.
A bordo de uma embarcação as cores das luzes de navegação dos bordos são verde para
boreste (BE) e encarnada para bombordo (BB). No sistema IALA “B”, quem vai para o mar
deixa os sinais encarnados por BB e os verdes por BE. Esta simples regra de coincidência de
cores dos sinais de balizamento e das luzes da embarcação permite que o navegante manobre
sua embarcação cumprindo as normas de balizamento.

De forma inversa, aquele que vem do mar deixa os sinais encarnados por BE e os verdes por
BB.

A bóia ENCARNADA que fica a BORESTE da entrada do canal pode ser da forma cônica, pilar
ou charuto.

A bóia VERDE fica a BOMBORDO da entrada do canal; pode também ser da forma cônica, pilar
ou charuto.

Sinais Laterais Modificados:


Canal preferencial a bombordo
Bóias encarnadas com uma faixa verde. Indicam que o “canal preferencial está a bombordo desta bóia”.
Quando houver luz, a bóia exibirá luz encarnada.
Canal preferencial a boreste
Bóias verdes com uma faixa encarnada. Indicam que o “canal preferencial está a boreste desta
bóia”. Pode ser da forma cônica, pilar ou charuto.
Quando houver luz, a bóia exibirá luz verde.
SINAIS CARDINAIS

Os Sinais Cardinais são destinados a indicar o quadrante onde a navegação é mais segura.
Assim, ao avistar um Sinal Cardinal Norte, por exemplo, o navegante saberá que a via mais
propícia estará situada ao norte do sinal.

Sinal Cardinal Norte - Cor: Preta acima da amarela.

Sinal Cardinal Leste - Cor: Preta com uma faixa horizontal amarela no meio.

Sinal Cardinal Sul - Cor: Amarela acima da preta.


Sinal Cardinal Oeste - Cor: Amarela com uma faixa horizontal preta no meio.
PERIGO ISOLADO
Obs: Durante o dia a identificação dos sinais é feita por meio de :
Formato, marca de tope e cor.

- Durante a noite a identificação é feita por meio de:

Ritimo de apresentação dos lampejos e cores das luzes.

Balizamento Lacustre e Fluvial


Balizamento Lacustre e Fluvial – Independente da Margem
Comunicação
Rádio VHF- manter escuta permanente CH 16 (156.800 Mhz);
Combate a incêndio
Para aprendermos a combater o fogo, precisamos conhecê-lo muito bem.
Fogo - É uma reação em cadeia de três elementos que produz luz e calor.
Os três elementos que produzem o fogo são: combustível, comburente e calor.

Componentes do triângulo do fogo


O fogo pode ser representado por um triângulo, a cujos lados são associado os componentes já
citados: combustível, comburente e calor. Para existir o fogo é necessário que os três
componentes estejam presentes, assim como para o triângulo existir são necessários os seus
três lados.

Tirando-se um dos elementos desse triângulo a combustão será eliminada. Assim, para
combatermos um incêndio, temos três (3) regras básicas:
A remoção do material combustível de locais inadequados ou perigosos - Não havendo o que
queimar não pode haver incêndio.

O resfriamento - abaixando a temperatura de ignição estaremos desfazendo o “triângulo do


fogo”.

O abafamento - em um incêndio a remoção do oxigênio é feita por abafamento.

A) Combustível
É tudo aquilo capaz de entrar em combustão, ou seja, é tudo que pode pegar fogo.
Os combustíveis são classificados, quanto ao estado físico, em sólidos, líquidos e gasosos:
Sólidos - Madeira, papel, plástico, etc.
Líquidos - Gasolina, álcool, óleo, diesel, etc.
Gasosos - Gás de cozinha, gás utilizado nos automóveis, etc.
Quanto à volatilidade, os combustíveis podem ser:

Voláteis - Não necessitam de aquecimento para desprenderem vapores inflamáveis. Exemplo:


gasolina, éter, etc.

Não Voláteis - Precisam de aquecimento para desprenderem vapores inflamáveis. Exemplo:


madeira, tecido, etc.

B) Comburente
O comburente é o oxigênio que existe no ar atmosférico; o percentual de oxigênio no
ar atmosférico é de 21%. Além de oxigênio o ar contém 78% de nitrogênio e 1% de
outros gases.

Com maioria dos combustíveis, não haverá combustão se o percentual na mistura gasosa
contiver menos que 16% de oxigênio.

O carvão é uma das exceções, queima com 9% de oxigênio.

C) Calor
A temperatura de ignição é a quantidade de calor necessária para que os vapores do
combustível entrem em combustão.

Um combustível entra em combustão espontaneamente quando seus vapores atingem a


temperatura de ignição.

Podemos concluir que para haver combustão precisamos dos três componentes:
combustível, comburente e temperatura de ignição.

Os três lados do triângulo reunidos produzem o fogo.

Para extinguirmos um incêndio, precisamos atacar pelo menos um dos lados do triângulo. Ao
retirarmos um dos três elementos do triângulo do fogo, automaticamente estaremos extinguindo
a combustão, ou seja, o incêndio.
Classificação dos incêndios
Os incêndios são classificados em quatro classes: A, B, C, D.
Classe A -
Incêndios Classe A - os que envolvem materiais fibrosos ou sólidos que deixam como resíduos
brasas ou cinzas. É o caso da madeira, papel, cabos, estopas, velas, etc. Esta classe de
incêndio pode ser extinguida principalmente por água, porém o CO 2 e a espuma também podem
ser usados eficientemente.

classe “A” são identificados por um triângulo verde com a letra “A” no centro.
Classe B -
Incêndios Classe B - os que ocorrem em líquidos inflamáveis, tais como: gasolina, óleo,
nafta, etc. Esta classe de incêndio pode ser extinguida principalmente por agentes abafadores
como CO2 , pó químico e a espuma. A água deve ser evitada, pois poderá espalhar o incêndio.

classe “B” são identificados por um quadrado vermelho com a letra “B” no centro.

Classe C -
Incêndios Classe C - os que ocorrem em equipamentos elétricos ou eletrônicos em geral
quando energizados. Nesta classe de incêndio a primeira providência, se possível, é
desalimentarmos o circuito, porém não devemos perder tempo com isto. Combata-o
imediatamente com melhor agente disponível. Não hesite em usar água em circuitos de baixa
voltagem e corrente contínua, como são normalmente os sistemas elétricos das pequenas
embarcações. Não há perigo de choque elétrico nem curto circuito. NUNCA USE ÁGUA EM
CIRCUITO DE ALTA VOLTAGEM.O incêndio classe C pode ser combatido eficientemente com
CO2 ou com pó químico.

classe “C” são identificados por um círculo azul com a letra “C” no centro.

Classe D - incêndios que envolvem metais combustíveis como Sódio, Potássio, Magnésio,
Titânio e Alumínio. A extinção é feita usando-se agentes absorvedores de calor, tais como,
certos pó químicos que não reagem com os metais que estejam queimando.

classe “D” são identificados por uma estrela amarela de cinco pontas com a letra “D” no centro.

Agentes Extintores
Há uma grande variedade de extintores acordo com as finalidades a que se destinam. Os mais
comuns são os CO2 , pó químico e a espuma

Água - Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das
classes C e D.

Espuma - Utilizada para incêndios das classes A e B. Não deve ser utilizada em incêndios das
classes C e D.

CO
2
- Pode ser utilizado em incêndios das classes A, B e C. Não deve ser utilizado para incêndios da
classe D.

Pó químico - O pó químico pode ser utilizado para incêndios das classes A, B e C. Nos
incêndios da classe D, poderá ser utilizado um pó químico seco, sem umidade, específico para
determinados metais combustíveis.

OBS: Em caso de incêndio a bordo da embarcação, não esqueça: coloque as pessoas a


barlavento das chamas e faça-as vestirem o colete salva-vidas imediatamente.

Da Navegação e Embarcação

Art. 3° A navegação, para efeito deste regulamento, é classificada como:

I - Mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas, podendo ser de:
a) longo curso: a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;

b) cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via


marítima ou esta e as vias navegáveis interiores;

c) interior: a realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canais, lagoas,
baías, angras, enseadas e áreas marítimas consideradas abrigadas.

Parágrafo Único: a navegação realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários


para atendimento de embarcação e instalações portuárias é classificada como de apoio
portuário.

DA NAVEGAÇÃO E EMBARCAÇÕES

Art. 3º A navegação, para efeito deste Regulamento, e classificada como:

I - mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas, podendo ser


de:

a) longo curso: a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;


b) cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando a cia marítima
ou esta e as vias navegáveis interiores;

c) apoio marítimo: a realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em águas


territoriais nacionais e na Zona Econômica Exclusiva, que atuem nas atividades de pesquisa e
lavra de minerais e hidrocarbonetos

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES.

SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 7º Constitui infração às regras do tráfego aquaviário a inobservância de qualquer


preceito deste Regulamento, de normas complementares emitidas pela autoridade marítima e de
ato ou resolução internacional ratificado pelo Brasil, sendo o infrator sujeito às penalidades
indicadas em cada artigo.

§ 1º É da competência do representante da autoridade marítima a prerrogativa de


estabelecer o valor da multa e o período de suspensão do Certificado de Habilitação, respeitados
os limites estipulados neste Regulamento.
§ 2º As infrações, para efeito de multa, estão classificadas em grupo, sendo seus valores
estabelecidos pelo Anexo II a este Regulamento.

Art. 8º A penalidade de suspensão do Certificado de habilitação para as infrações previstas


neste capítulo, somente poderá ser aplicada ao aquaviário ou amador embarcados e ao prático.

Art. 9º A infração e seu autor material serão constatados:

I - no momento em que for praticada a infração;

II - mediante apuração;

III - por inquérito administrativo.

IV - AUTO DE INFRAÇÃO – JULGAMENTO

a) Lavrado o Auto, o infrator disporá de quinze (15) dias úteis de prazo para apresentar sua
defesa, contados a partir do dia consecutivo do conhecimento do Auto de Infração.

Art. 10. A reincidência, para efeito de gradação das penalidades deste Regulamento, é
a repetição da prática da mesma infração em um período igual ou inferior a doze meses.

Parágrafo único. A reincidência implicará, em caso de pena de multa ou suspensão do


Certificado de Habilitação, se o próprio artigo que a impuser não estabelecer outro procedimento,
na multiplicação da penalidade por dois, três e assim sucessivamente, conforme as repetições
na prática da infração.

SEÇÃO II
Das Infrações Imputáveis aos Autores Materiais e das Penalidades

Art. 15. Infrações relativas à dotação de itens e equipagem de bordo:

I - apresentar-se sem a dotação regulamentar:


Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta
dias;

II - apresentar com a dotação incompleta:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias ;

III- apresentar-se com item ou equipamento da dotação inoperante, em mau estado ou com
prazo de validade vencido:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias.

Art. 16. Infrações relativas ao registro e inscrição das embarcações:

I - deixar de inscrever ou de registrar a embarcação:

Penalidade: multa do grupo D;

II - não portar documento de registro ou de inscrição da embarcação:


Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias.

Art. 17. Infrações relativas à identificação visual da embarcação e demais marcações no


casco:

I - efetuar as marcas de borda livre em desacordo com as especificações do respectivo


certificado:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias;

II - deixar de marcar no casco as marcas de borda livre:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias;

III - deixar de marcar no casco o nove da embarcação e o porto de inscrição:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias;

IV - deixar de efetuar outras marcações previstas:

Penalidade: multa do grupo A ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias.

Art. 19. Infrações relativas aos certificados e documentos equivalentes, pertinentes


à embarcação:

I - não possuir qualquer certificado ou documento equivalente exigido:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias.

II - não portar os certificados ou documentos equivalente exigido:


Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilidade até trinta dias;

III - certificados ou documentos equivalentes exigidos com prazo de validade vencido:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias.

Art. 20. Infrações relativas aos equipamentos e luzes de navegação:

I - sem as luzes de navegação:

Penalidade: multa do grupo C;

II - operar luzes de navegação em desacordo com as normas:

III - apresentar-se com falta de equipamento de navegação exigido:


Penalidade: multa do grupo B ou suspensão do Certificado de Habilitação até sessenta
dias;

IV - apresentar-se com equipamento de navegação defeituoso ou inoperante:

Penalidade: multa do grupo B ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias;

Art. 21. Infrações relativas aos requisitos de funcionamento dos equipamentos:

I - equipamentos de comunicações inoperantes ou funcionamento dos equipamentos:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias;

II - equipamentos de combate a incêndio e de proteção contra incêndio inoperante ou


funcionando precariamente:

Penalidade: multa do Grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até sessenta


dias;

III - dispositivos para embarque de prático inoperante ou funcionando precariamente:

Penalidade: multa do grupo B ou suspensão do Certificado de habilitação até trinta dias.

Art. 22. Infrações referentes às normas de transporte:

I - transportar excesso de carga ou representar-se com as linhas de carga ou marcas de borda


livre submersas:

Penalidade: multa do grupo G ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias;

II - transportar excesso de passageiros ou exceder a lotação autorizada:

Penalidade: multa do grupo G ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias;

III - transportar carga perigosa com as normas:


Penalidade: multa do grupo F ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias;

IV - transportar carga no convés em desacordo com as normas:

Penalidade: multa do grupo F ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias;

V - descumprir qualquer outra regra prevista:

Penalidade: multa do grupo E ou suspensão do |Certificado de habilitação até trinta dias.

Art. 23. Infrações às normas de tráfego:


I - conduzir embarcação em estado de embriaguez ou após uso de substância entorpecente
ou tóxica, quando não constituir crime previsto em lei:

Penalidade: suspensão do Certificado de Habilitação até cento e vinte dias. A reincidência


sujeitará o infrator à pena de cancelamento do Certificado de Habilitação;

II - trafegar em área reservada a banhista ou exclusiva para determinado tipo de embarcação:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias;

III - deixar de contratar prático quando obrigatório:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de Habilitação até sessenta


dias;

IV - descumprir regra do Regulamento internacional para Evitar Abalroamento no MarRIPEAM:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de habilitação até sessenta


dias;

V - causar danos a sinais náuticos:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de Habilitação até sessenta


dias;

VI - descumprir as regras regionais sobre tráfego, estabelecidos pelo representante local da


autoridade marítima:

Penalidade: multa do grupo D ou suspensão do Certificado de Habilitação até sessenta


dias;

VII - velocidade superior à permitida:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias;

VIII - descumprir qualquer outra regra prevista, não especificada nos incisos anteriores:

Penalidade: multa do grupo C ou suspensão do Certificado de Habilitação até trinta dias.


Art. 24. São aplicáveis ao Comandante, em caso de descumprimento das competências
estabelecidas no art. 8º da Lei nº 9.537, de 1997, a multa do grupo G e suspensão do Certificado
de Habilitação até doze meses.

Art. 31. Os casos omissos ou não previstos neste Regulamento serão resolvidos pela
autoridade marítima.
Grupos e Valores de Multas Atualmente em Vigor

Grupos Multas Os Artigos 11 a 28 do


RLESTArelacionam as
A De R$40,00 a R$200,00 infrações imputáveis aos
B De R$40,00 a R$400,00 seus autores materiais e
discriminam em que grupo
C De R$40,00 a R$800,00 a penalidade será
classificada para fins de
arbitramento de multa.
D De R$40,00 a R$1600,00 Obs: Os valores de multa
poderão ser revistos e
E De R$40,00 a R$2200,00 modoficados a critério da
Autoridade Marítima.
F De R$40,00 a R$2800,00
G De R$40,00 a R$3200,00

NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA


(NORMAM 03/2003)

Dentre as diversas NORMAS da Autoridade Marítima a de n° 03 é aquela que tem como


propósito:

Estabelecer normas sobre embarcações de esporte, recreio, lazer e atividades correlatadas,


visando prevenir a ocorrência de acidentes de navegação, contribuindo desta forma para evitar
riscos à vida humana e a poluição ambiental.
 As presentes NORMAS deverão ser observadas por todas as embarcações e
equipamentos classificados na atividade de esporte e recreio.
 Embarcação ou equipamento de esporte e recreio é aquela aprestada por amador,
pessoa física ou jurídica, em seu nome ou responsabilidade, para sua utilização na
prática de esporte ou lazer, pondo-a ou retirando-a da navegação por sua própria
conta.

Definições

Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para operar
embarcações de esportes e recreio, em caráter não-profissional.

Comandante - É a designação genérica de quem comanda a embarcação. É o responsável por


tudo o que diz respeito à embarcação, seus tripulantes e demais pessoas a bordo. Em
embarcações de esporte e recreio, a palavra “capitão”, embora não prevista na legislação, pode
designar o Comandante em face da designação de uma categoria de amadores.
Inscrição - Inscrição de uma embarcação é o seu cadastramento na Capitania, Delegacia ou
Agência, com a atribuição do número de inscrição e a expedição do respectivo Título de
Inscrição de Embarcação (TIE).

Proprietário - É a pessoa física ou jurídica em nome de quem a embarcação está inscrita numa
Capitania, Delegacia ou Agência e, quando legalmente exigido, cadastrada no registro da
Propriedades Marítima, no Tribunal Marítimo.

Registro - Registro da embarcação é o seu cadastramento no tribunal Marítimo, com a


atribuição do número de registro e a competente expedição da Provisão de Registro da
Propriedade Marítima (PRPM).

Tripulante - Todo amador ou profissional que exerce funções, embarcado, na operação da


embarcação.

Timoneiro - o timoneiro não é necessariamente o Comandante da embarcação. É o tripulante


que manobra o leme da embarcação por ordem e responsabilidade do Comandante.
Quando navegando em águas interiores, o timoneiro das embarcações à vela deverá ter
habilitação mínima de “veleiro”. Em embarcações a motor deverá ter idade superior a 18 anos e
habilitação mínima de Arrais-Amador.
Quando navegando em mar aberto, não é obrigatório que o timoneiro seja habilitado, desde que
o Comandante ou seu preposto habilitado permaneça junto ao timoneiro e atento à manobra.

APREENSÃO DA EMBARCAÇÃO

As embarcações serão apreendidas, sem prejuízo das penalidades previstas, quando flagradas
nas seguintes situações:
a) navegando em área para a qual não foi classificada;
b) conduzida por pessoal sem habilitação;
c) trafegando sem o TIE;
d) sendo utilizada para a prática de crime;
e) trafegando sem as luzes e marcas previstas nas normas em vigor;
f) trafegando em péssimo estado de conservação;
g) quando deixar de atender determinação para interromper a singradura;
h) em caso de violação de lacre da CP/DL/AG;
i) quando, sendo classificada como de esporte e/ou recreio, estiver sendo utilizada
comercialmente para o transporte de passageiros ou carga e turismo e diversão;
j) quando descumprindo as restrições estabelecidas para as áreas seletivas para a navegação;
l) trafegando em área de segurança; e
m) quando estiver sendo conduzida por pessoal em estado de embriaguez ou sob efeito de
substância tóxica de qualquer natureza.

Quando ocorrer apreensão da embarcação será, obrigatoriamente, lavrado o auto de apreensão,


que deverá ser assinado pela autoridade que apreendeu e, sempre que possível, por
testemunhas.
INTERRUPÇÃO DE SINGRADURA, RETIRADA DE TRÁFEGO OU
IMPEDIMEN-TO DE SAÍDA DE EMBARCAÇÃO

A embarcação terá sua saída impedida ou será retirada de tráfego pelo tempo necessário para
sanar as irregularidades, sem prejuízo das penalidades previstas, quando flagrada nas seguintes
situações:
a) quando seu condutor tiver sua carteira de habilitação apreendida e não existir pessoa a bordo
habilitada para conduzir a embarcação; b) com excesso de lotação;
c) condutor sem habilitação específica para a área em que está navegando;
d) ausência dos tripulantes previstos no cartão de tripulação de segurança, caso o possua;
e) falta de extintores de incêndio ou extintores fora do prazo de validade;
f) falta de coletes salva-vidas suficientes para todos a bordo no momento da inspeção;
g) falta de equipamento ou equipamento de comunicações rádio obrigatório avariado;
h) sem equipamento para produção dos sinais sonoros previstos no RIPEAM;

i) poluindo o ambiente, seja com óleo, combustível ou detritos lançados à água;

j) com excesso de óleo nos porões;


l) com o sistema elétrico inoperante;
m) sem aparelho de fundeio;
n) com falta das embarcações de sobrevivência/balsas salva-vidas ou com o prazo de validade
de revisão vencido; e
o) com bússola ou agulha magnética/giroscópica inoperante.

APREENSÃO DA CARTEIRA DE HABILITAÇÃO

Suspensão e Apreensão da Habilitação

A Carteira de Habilitação do Amador (CHA) poderá ser suspensa ou apreendida, pelo prazo
máximo de até 120 dias, sempre que o amador:
- Entregar a condução da embarcação à pessoa não habilitada;
- Conduzir a embarcação em estado de embriaguez alcoólica ou sob efeito de substância tóxica
de qualquer natureza;
- Utilizar a embarcação de esporte e/ou recreio, em atividades comerciais, para transporte de
passageiros ou carga; e - Utilizar a embarcação para prática de crime.

Cancelamento da Habilitação
O amador terá sua Carteira cancelada, quando:
- Conduzir embarcação com Carteira de Habilitação suspensa; e
- Reincidir em faltas discriminadas no item anterior.( EM UM PERIODO DE 12 MESES)

Áreas de Navegação - são as áreas onde uma embarcação empreende uma


singradura ou navegação, e são divididas em:

a) Mar Aberto - a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas.


Para efeitos de aplicação dessas normas, as áreas de navegação de mar aberto serão
subdivididas nos seguintes tipos:
1) Navegação costeira - aquela realizada dentro dos limites de visibilidade da
costa (DVC) até a distância de 20 milhas; e

2) Navegação oceânica - consideradas sem restrições (SR), aquela realizada


além das 20 milhas da costa.

b) Interior - a realizada em águas consideradas abrigadas. As áreas de navegação


interior serão subdivididas nos seguintes tipos:

1) Área 1 - áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde
normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não
apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.

2) Área 2 - áreas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam


observadas ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes
ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das
embarcações.

Os Amadores habilitados na categoria de Mestre-Amador, além de estarem aptos a conduzir


embarcações dentro dos limites da Navegação Interior, podem navegar, até o limite da
Navegação Costeira (até 20 milhas da costa).

2. Navegação Oceânica - também definida como sem restrições (SR), isto é, aquela realizada
entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros
limites estabelecidos além de 20 milhas da costa.

Os Amadores habilitados na categoria de Capitão-Amador estão aptos a conduzir embarcações


em todas as áreas, ou seja, sem limitações geográficas.

Inscrição e Registro de Embarcação

Inscrição da Embarcação - É o seu cadastramento na Capitania, Delegacia ou Agência, com


atribuição do número de inscrição.
Para embarcações miúdas a inscrição será simplificada, o documento expedido pela Capitania
será o Título de Inscrição de Embarcação Miúda (TIEM); para embarcações de médio e
grande porte, o documento expedido será o Título de Inscrição de Embarcação (TIE).

Estão obrigadas a inscrição:


- Todas as embarcações com propulsão a motor, independente do seu comprimento;
- Todas as embarcações de médio e grande porte, exceto os dispositivos flutuantes destinados a
serem rebocados, do tipo “banana-boat”, com até 10 metros de comprimento

Estão dispensadas de inscrição:


Além dos dispositivos flutuantes citados acima, as embarcações miúdas, desde que não
possuam motor.
Validade da Documentação
- Carteira de Habilitação de Amador – 10 anos; - Título de Inscrição de Embarcações – 5 anos; -
Bilhete de Seguro Obrigatório – 12 meses.
- Identidade pessoal
Todas as embarcações deverão portar, quando aplicável, os documentos listados acima.
Habilitação
As exigências de nível de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e Recreio
são:

1) Veleiro - para embarcações miúdas à vela, empregadas em águas interiores;

2) Motonauta - para as moto aquáticas, empregadas em águas interiores;

3) Arrais-Amador - para qualquer embarcação amadora dentro dos limites da Navegação


Interior;

4) Mestre-Amador - para qualquer embarcação amadora classificada para Navegação


Costeira; e

5) Capitão-Amador - qualquer embarcação amadora classificada para oceânica, sem limitações


geográficas.

Para obter essas habilitações, o interessado deve inscrever-se nas Capitanias para os exames
pertinentes, conforme estabelecido no Capítulo 5, ou em órgão ou entidade que venha a ser
credenciado pela DPC para esse fim.

As Carteiras de Habilitação expedidas por autoridades marítimas estrangeiras são aceitas no


Brasil.

Considerações Gerais

1) A idade mínima para prestação de exame para as categorias de amadores será:


a) 8 (oito) anos para Veleiros, sob a responsabilidade do pai, tutor ou responsável legal; e
b) 18 (dezoito) anos para Motonauta, Arrais-Amador, Mestre-Amador ou Capitão-Amador.

DOCUMENTOS
Todas as embarcações deverão portar, quando aplicável, os documentos listados abaixo: a)
Título de Inscrição de Embarcação (TIE); e
b) Bilhete de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações e sua Carga
(DPEM).
c) habilitação e identidade.

MARCAÇÕES E INSCRIÇÕES NO CASCO


a) Marcações:
1) Embarcações em Geral - toda embarcação deverá ser marcada de modo visível e durável:

Na Popa - nome da embarcação juntamente com o porto e número de inscrição, com letras de,
no mínimo, 10cm de altura e números de, no mínimo, 2cm de altura; e

Nos Bordos - nome nos dois bordos podendo ser no costado ou nas laterais da superestrutura,
a critério do proprietário, em posição visível e em tamanho apropriado às dimensões da
embarcação.
Embarcações Miúdas - as embarcações miúdas inscritas deverão ser marcadas
obrigatoriamente com o número de inscrição no costado, nos dois bordos e em posição visível. É
facultativo marcar essas embarcações com o nome no costado.

NOMES DE EMBARCAÇÕES
Autorização e alteração de Nome:
a) Os nomes das embarcações somente poderão ser autorizados ou alterados, a pedido do
proprietário, com a anuência das CP, DL ou AG;
b) Deverão ser autorizados apenas nomes diferentes daqueles já cadastrados c) Não
deverão ser autorizados nomes que possam causar constrangimentos, tais como nomes
obscenos e/ou ofensivos a pessoas ou instituições;
d) Para autorização ou alteração de nomes das embarcações, as CP, DL ou AG deverão
consultar o SISGEMB; e
e) Caso seja constatada existência de embarcação com o mesmo nome, a autorização não
deverá ser concedida, devendo o proprietário informar o novo nome a ser utilizado.

PRAZO DE INSCRIÇÃO
Os pedidos de inscrição e/ou registro deverão ser efetuados, de acordo com o
previsto na Lei nº 7.652/88, alterada pela Lei nº 9774/98 (Lei de Registro de
Propriedade), no prazo máximo de 60 (sessenta) dias contados da data: a) Do
termo de entrega pelo construtor, quando construída no Brasil;
b) De aquisição da embarcação ou, no caso de promessa de compra e
venda, do direito e ação; ou
c) De sua chegada ao porto onde será inscrita e ou registrada, quando
adquirida ou construída no estrangeiro.

Estão obrigadas a inscrição:


- Todas as embarcações com propulsão a motor, independente do seu comprimento;
- Todas as embarcações de médio e grande porte, exceto os dispositivos flutuantes destinados a
serem rebocados, do tipo “banana-boat”, com até 10 metros de comprimento

Estão dispensadas de inscrição:


Além dos dispositivos flutuantes citados acima, as embarcações miúdas, desde que não
possuam motor.

Validade da Documentação
- Carteira de Habilitação de Amador – 10 anos; -
Título de Inscrição de Embarcações – 5 anos;
- Bilhete de Seguro Obrigatório – 12 meses.
- Identidade pessoal.
Todas as embarcações deverão portar, quando aplicável, os documentos listados acima.
COMPOSIÇÃO DA CATEGORIA DE AMADORES

Amador é todo aquele com habilitação certificada pelo Representante da Autoridade Marítima
para Segurança do Tráfego Aquaviário (DPC) para operar embarcações de esporte e/ou recreio,
em caráter não profissional.

a) Categorias
São distribuídos pelas seguintes categorias:

CATEGORIA SIGLA
Capitão-Amador CPA
Mestre-Amador MSA
Arrais-Amador ARA
Motonauta MTA
Veleiro VLA

INSÍGNIAS DOS AMADORES

ARRAIS-AMADOR
UMA ESTRELA DOURADA

MESTRE-AMADOR
DUAS ESTRELAS DOURADAS

CAPITÃO-AMADOR

TRÊS ESTRELAS DOURADAS

Cada estrela formadora das insígnias terá o diâmetro máximo de 1 (um) centímetro. As
insígnias, de uso facultativo, para serem usadas como distintivo ou bordadas, nas lapelas,
camisetas ou bonés.
DOTAÇÃO DE COLETES SALVA-VIDAS
A dotação de coletes deverá ser, pelo menos, igual ao número total de pessoas a
bordo, devendo haver coletes de tamanho pequeno para as crianças, observadas as
seguintes Classes:
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Os equipamentos salva-vidas e de segurança citados neste capítulo podem ser classificados
conforme abaixo:
CLASSE I - fabricado conforme requisitos previstos na Convenção
Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). Utilizados nas
embarcações empregadas na Navegação Oceânica.
CLASSE II - fabricado com base nos requisitos acima, abrandados para uso nas
embarcações empregadas na Navegação Costeira.
CLASSE III - fabricado para uso nas embarcações empregadas na navegação interior.
CLASSE IV - fabricado para emprego, por longos períodos, por pessoas envolvidas em
trabalhos realizados próximos à borda da embarcação ou suspensos por pranchas ou
outros dispositivos, que corram risco de cair na água acidentalmente. CLASSE V -
fabricado para emprego exclusivo em atividades esportivas tipo moto aquática, banana-
boat, esqui aquático, windsurf, parasail, rafting, kitesurf, pesca esportiva, embarcações
de médio porte (empregadas na navegação interior) e embarcações miúdas.

Coletes:
1) verificar se a quantidade de coletes salva-vidas existente a bordo corresponde à
lotação da embarcação: - Classe II (mar aberto);
- Classe III (interior) ou V (esportivo, podendo ser utilizado na navegação interior em
embarcações até 24 metros).
2) os coletes classes II e III deverão portar apito firmemente preso por um fiel; e 3)
verificar se os coletes estão estivados de maneira a serem prontamente utilizados,
em local visível, bem sinalizado e de fácil acesso.

MARCAÇÕES NOS EQUIPAMENTOS SALVA-VIDAS

Os materiais de salvatagem a serem empregados nas embarcações de esporte e/ou recreio não
necessitam ser marcados e podem ser emprestados de outras embarcações.
Nos equipamentos deverão estar indicados o número do Certificado de Homologação, nome do
fabricante, modelo, classe, número de série e data de sua fabricação.

ALUGUEL DE EMBARCAÇÕES (CHARTER)


a) O aluguel de embarcações de esporte e/ou recreio só é admitido com a finalidade exclusiva
de recreação ou para a prática de esportes pelo locatário;

USO DA BANDEIRA NACIONAL

Toda embarcação de esporte e recreio, exceção feita as embarcações miúdas deverá ainda
observar as regras do Cerimonial Marítimo em relação ao uso da Bandeira Nacional. Entre tais
regras ressaltamos as seguintes:

- só usar na Popa a Bandeira Nacional,


- a bandeira Nacional será usada obrigatoriamente: na entrada e saída dos portos; quando
trafegando à vista de outra embarcação, de povoação ou farol com guarnição; em porto
nacional das 8 horas ao pôr-do-sol e, em porto estrangeiro, acompanhando o cerimonial do
respectivo país;

- o cumprimento entre embarcações é feito içando e arriando a Bandeira Nacional;

- é proibido o uso da Bandeira Nacional fora das especificações previstas em lei ou que não se
encontre em bom estado de conservação;

- embandeirar a embarcação em grande gala, pequena gala ou funeral nas datas previstas, que
são:

 Grande Gala: 7 de Setembro e 15 de Novembro;


 Pequena Gala: 1° de Janeiro, 21 de Abril, 1° de Maio, 11 de Junho, 19 de Novembro,
13 de Dezembro e 25 de Dezembro; e  Funeral: 2 de Novembro.

CARTA NÁUTICA
O Que é uma Carta Náutica?
A carta náutica nada mais é do que a representação em uma área plana de um trecho da
superfície da Terra. Tal representação, obviamente, será em uma escala conveniente e por ser
náutica, apresentará a parte de águas e de litoral, com muito maiores informações do que um
mapa que se ocupa quase que unicamente, da parte terrestre da superfície de nosso planeta.

A carta náutica além de possibilitar a visualização de nossa posição e do rumo em que


navegamos, dá também informações sobre perigos, profundidade e auxílios que permitem um
navegar mais seguro da embarcação.

A Orientação das Cartas

Com raras exceções, quase todas ligadas a cartas fluviais e lacustres, o norte (N) está sempre
na direção da parte superior e o sul (S) na direção da parte inferior da carta; conseqüentemente
o leste (E) está à direita e o oeste (W) esquerda.

As categorias amadoras de Arrais e de Veleiro, que só podem navegar em águas interiores e/ou
águas abertas nas proximidades da barra dos portos, em limites fixados pelo Capitão dos Portos
em cada local, só usarão cartas de grande escala, ou seja, ricas em detalhes, particularmente
aqueles de balizamento uma vez que a navegação que fazem é, fundamentalmente, uma
navegação prática reconhecendo pontos e determinado seus rumos através de tal
reconhecimento.

MOTOS AQUÁTICAS E SIMILARES


GENERALIDADES
a) Essas embarcações possuem, normalmente, propulsão a jato d’água e chegam a desenvolver
velocidades superiores a 30 nós. Sua manobrabilidade está condicionada a vários fatores, tais
como o estado e as condições da água e do vento e, principalmente, à habilidade e prática do
condutor com o tipo de máquina. Os modelos existentes são diferentes quanto ao equilíbrio e
o movimento necessário para se manter estável. Com todas essas características e
possibilidades torna-se necessária a adoção de determinadas medidas preventivas de
segurança.
b) Visibilidade - a visibilidade do condutor de moto aquática é prejudicada no setor de vante em
função da inclinação da embarcação e dos respingos d’água e nos demais setores pela
própria velocidade da embarcação. Recomenda-se cautela adicional ao condutor, em face
das restrições descritas.
c) Reboque - em face das diversas peculiaridades e restrições de segurança apresentadas pela
moto aquática, é proibido o emprego deste tipo de embarcação para reboque, seja de outra
embarcação, de pessoas praticando esqui aquático ou atividades similares. As motos
aquáticas a partir de três lugares e as empregadas no serviço de salvamento da vida humana
e em esportes aquáticos do tipo tow-in surf estão isentas dessa proibição.
d) Advertência - é obrigatório o uso de placa ou adesivo junto à chave de ignição da moto
aquática alertando o usuário quanto a obrigatoriedade do condutor ser habilitado como
Motonauta (MTA).
e) Passageiros - é proibida a condução de passageiro na frente do condutor habilitado a fim de
não prejudicar a visibilidade e a capacidade de manobra da embarcação.
f) Instrutores - quando em instrução para a obtenção da “Declaração de Frequência para
Motonautas” é permitido ao aluno conduzir a embarcação desde que devidamente
supervisionado pelo instrutor da marina, da entidade desportiva náutica, da associação náutica,
do clube náutico, dos revendedores/concessionárias de moto aquática, das empresas
especializadas em treinamento e formação de condutores de embarcações ou da escola náutica,
devidamente cadastrado, que será o responsável em ministrar com segurança as aulas, em
observação às instruções preconizadas nesta norma. Tal instrução deverá ser realizada em área
que não cause interferência com a realização de outras atividades e, principalmente, com
banhistas. A critério do Capitão dos Portos, a NPCP/NPCF poderá estabelecer normas
complementares para a realização dessa atividade de instrução.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

a) São obrigatórios os seguintes equipamentos:


1) uso do colete salva-vidas, classe II, III ou V, homologados pela DPC para o condutor e
passageiro. Os coletes importados devem estar homologados pela Autoridade Marítima do país
de origem com base em requisitos no mínimo equivalentes aos exigidos pelos regulamentos
nacionais; e
2) chave de segurança atada ao pulso, ao colete ou a qualquer outra parte do condutor, de
forma que ao se separar fisicamente da embarcação em movimento a propulsão seja desligada
automaticamente, ou reduzida a aceleração da máquina.

b) Equipamentos de segurança recomendáveis


É recomendável o uso de óculos protetores e luvas.

Noções de sobrevivência no mar.


Introdução
Iniciaremos agora o estudo da disciplina “Sobrevivência no Meio Aquaviário, destacando, desde
já, a relevância do assunto apresentado para qualquer profissional embarcado.

Sobrevivência é o conjunto de procedimentos e atitudes adotados por um grupo de


pessoas, ou por uma pessoa, que se encontram em situação adversa, com a finalidade de
serem resgatados com vida.

A sobrevivência pode ser denominada segundo o meio no qual ela ocorre. Por esse critério,
temos diversos tipos de sobrevivência como na selva, no mar, no deserto ou no gelo.
Nosso estudo será centrado nas peculiaridades da sobrevivência no meio aquaviário.

Proteger-se do sol, vento, água do mar e do frio e, sobretudo, procurar manter o equilíbrio hídrico
do organismo, conservando a água do corpo, são bem mais importantes do que comer.

As embarcações de sobrevivência modernas são dotadas de rações sólidas, compostas


principalmente de balas de goma (jujubas) e chicletes, ou então, de tabletes de um composto à
base de glicose. A explicação para essa composição da ração sólida de sobrevivência no mar
está no fato de que o corpo necessita, primeiramente de açúcar e gordura, e não de carne
(proteínas).

ração sólida

As balas de goma possuem em sua composição cerca de 90% de açúcar e apenas 10% de
amido. O organismo metaboliza mais facilmente os glicídios (açúcares), produzindo energia que
irá manter as funções vitais do indivíduo.

A baixa concentração de glicose no organismo compromete as reações bioquímicas, como a


glicólise, por meio da qual se produz a energia necessária para a manutenção das funções vitais.
Quando o indivíduo apresenta baixa concentração de glicose no sangue, diz-se que seu quadro
é de hipoglicemia, o que pode acarretar convulsões.
BALEEIRA BALSA INFLÁVEL

O calor também pode trazer consequências prejudiciais para as pessoas em sobrevivência no


mar. Queimaduras, exaustão pelo calor, insolação, desidratação, apenas para citar algumas.

O aspecto psicológico do náufrago também deve ser considerado como fator preponderante para
a sua sobrevivência. A ciência coloca à disposição dos náufragos uma série de equipamentos
que objetivam prolongar a jornada de sobrevivência no mar até o momento do resgate.

Toda sobrevivência pressupõe a existência de um líder, ou seja, uma pessoa encarregada da


faina, que tenha conhecimentos das técnicas e procedimentos de sobrevivência no mar,
responsável por manter o moral do grupo elevado. Uma boa liderança na balsa reduz
significativamente a possibilidade de conflitos e aumenta as chances de sucesso na
sobrevivência.

Como exemplos de tais pensamentos, podem ser citados os seguintes: culpa pelo que está
acontecendo, crença de que nunca mais irá pisar em terra firme, ansiedade demasiada por
avistar um navio, aeronave ou terra, pensamentos mórbidos tais como suicídio.

Efeitos do frio: a sobrevivência em temperaturas baixas é uma questão de se manter a


temperatura corporal normal. Em climas mais frios, a tendência é o corpo trocar calor com o
meio ambiente.

A consequência dessa perda de calor corporal é a diminuição de nossa temperatura interna, que
pode levar à morte por hipotermia.

O corpo cede calor para o meio circundante pelos seguintes métodos de transmissão de calor:
Condução, Convecção, Radiação e Evaporação.

As principais espécies marinhas perigosas

Abaixo temos algumas características que podem indicar espécies de peixes perigosos ao
consumo:
• vivem, em sua maioria, em águas tropicais pouco profundas e recifes coralíneos;
• apresentam formas estranhas (caixa, arredondada, etc.);
• possuem pele dura, recoberta de placas ósseas ou espinhos;
• algumas espécies apresentam olhos, bocas e guelras pequenas;
• algumas espécies possuem nadadeiras ventrais pequenas ou inexistentes;
• podem apresentar carne com odor desagradável, que durante um certo tempo fica marcada se
comprimida;
• algumas espécies têm a capacidade de inchar se forem molestados (baiacu);
• algumas espécies segregam baba ou espuma tóxica pelas glândulas cutâneas
(peixe-sabão); e
• algumas vísceras, mesmo de espécies comestíveis, podem conter toxinas. São exemplos de
peixes que possuem carne venenosa: baiacu, baiacu de espinho, peixe cofre, peixe barbeiro,
enchova preta.
Alguns peixes apresentam espinhos que produzem ferimentos dolorosos, como é o caso do
peixe-escorpião, mangangá e moreia Tim.
O interesse pelo estudo de ataque de tubarões a pessoas remonta à Segunda Guerra Mundial,
quando o aumento desses casos, sobretudo com marinheiros e pilotos aeronavais, levou a
Marinha dos Estados Unidos a desenvolver o que seria mais tarde, o repelente contra tubarão.
Contudo, é conveniente lembrar que não há previsão na legislação internacional de repelente
de tubarão na palamenta das embarcações de sobrevivência dos navios mercantes. A questão é
a seguinte: como proceder na presença de tubarões? Algumas recomendações
podem ser encontradas em manuais de sobrevivência no mar.

Quando a bordo de uma embarcação de sobrevivência

• observando a presença de tubarões nas proximidades, não pescar;


• se você estiver com o peixe fisgado no anzol, liberte-o, pois o tubarão poderá avariar a
embarcação;
• evitar deixar mãos e pés dentro d’água;
• não jogar restos de comida no mar; e
• caso o tubarão ataque a embarcação de sobrevivência, procurar atingi-lo no
focinho e na cabeça com golpes de remo.

O Estado Maior das Forças Armadas prescreve o consumo diário de 750 ml de água para que o
indivíduo mantenha suas condições físicas e psicológicas favoráveis.

O mar fornece ao náufrago algumas fontes de alimentação, tais como: peixes, aves marinhas,
tartarugas, algas marinhas, moluscos, crustáceos, entre outros.

os peixes são atraídos mais facilmente por iscas em movimento do que por iscas estáticas;

a linha de pesca não deve ser amarrada ao corpo do náufrago, pois no caso de um peixe maior
ser fisgado, a pessoa pode ser lançada na água. Também não é aconselhável ancorar a linha de
pesca na balsa salva-vidas inflável, pois esta pode ser avariada durante a luta do peixe para se
livrar do anzol;
• durante a noite, o facho de luz de uma lanterna direcionado para a água pode atrair peixes e
lulas. O reflexo da lua em uma superfície metálica pode apresentar o mesmo efeito;
• a pesca deve ser realizada durante todo o período do dia e da noite, variando-se o
comprimento da linha;

Ao pescar algum peixe, é recomendável que o mesmo seja morto antes de ser colocado a bordo
da embarcação. Se você colocar um peixe grande dentro da balsa, ainda vivo, poderá causar
acidentes, pois com certeza o animal irá rabear e lutar, podendo atingir uma pessoa causando-
lhe lesões ou até mesmo avariar a balsa salva-vidas.

Em primeiro lugar, o peixe não deve ser engolido. O náufrago deve mascar a carne do peixe e
desprezar o “bagaço”, utilizandoo como isca. A explicação de se adotar esse procedimento é
simples. Vimos anteriormente que uma das formas de perda de água é pela via digestiva. Assim,
se a pessoa engolir a carne do peixe, o organismo irá funcionar, produzindo bolo fecal e nas
fezes, há uma pequena quantidade de água eliminada.
O impulso imediato da pessoa submetida ao frio consiste em exercitar-se ou agitar-se
vigorosamente na tentativa de manter-se aquecida. Contrariamente ao que se imagina, esta
reação retira do corpo as últimas reservas de calor, diminuindo consideravelmente o tempo de
sobrevivência.

Ao invés de vestir roupas grossas e apertadas, deve-se usar roupas folgadas, pois a água que
fica entre o corpo e o tecido, rapidamente adquire a temperatura da superfície do corpo,
funcionando como isolante térmico para a água externa.

na embarcação de sobrevivência, o grupo deve procurar ficar o mais próximo possível para
aquecimento mútuo.

Insolação: o meio de preveni-la é interromper a exposição da pessoa ao calor e a todo e


qualquer desgaste físico. Além disso, deve ser ministrada ao náufrago ração líquida.

O colete salva-vidas é o principal equipamento individual de salvatagem. É fundamental que toda


pessoa, ao abandonar uma embarcação, esteja vestida do seu colete salva-vidas.

Procure retirar o máximo de seu corpo de dentro da água. Lembre-se daquela personagem do
filme “Titanic” que se salvou porque ficou sobre uma porta, fora da água.

Material de salvatagem

Mesmo no caso de embarcações miúdas, sejam de esporte e recreio ou não, a Autoridade


Marítima exige a dotação de um colete salva-vidas para cada pessoa a bordo, tripulante ou
passageiro.

Os coletes salva-vidas devem ser dotados de alguns acessórios obrigatórios, previstos no


Código Internacional de Equipamentos Salva-vidas. Esses coletes são classificados como
coletes do Tipo I, utilizado para navegação de longo curso. Os acessórios obrigatórios são: luz
de sinalização de emergência, fitas retro-refletivas e um apito.

As balsas salva-vidas podem ser infláveis ou rígidas.

As balsas são acondicionadas desinfladas dentro de um casulo de fibra de vidro e são estivadas,
no navio, sobre um berço.

Temos ainda nas embarcações de esporte e recreio as Boias Circulares que vem com um cabo
flutuante e uma alça na sua extremidade, são posicionadas no convés principal em lugar de fácil
acesso a bombordo e boreste.
Colete salva-vidas
É o principal equipamento de salvatagem a bordo da embarcação. É tão importante que cada
pessoa, seja ela tripulante ou passageiro, deve ter um à sua disposição. Treine com frequência a
sua colocação.
Lembre-se: as normas internacionais estabelecem que você tem que vestir o colete salva-vidas,
corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda.

Este dispositivo foi feito para aqueles que sabem e os que não sabem nadar. Assim, mesmo que
você seja um excelente nadador, vista-o.
Nunca use seu colete salva-vidas como encosto, almofada ou travesseiro, pois você pode
avariá-lo. • Não o tire da embarcação, pois poderá faltar para alguém a bordo.
• Sempre que for feito algum treinamento, principalmente dentro da água salgada, o
equipamento deve ser lavado com água doce e posto para secar, antes de ser guardado no
camarote ou no paiol de salvatagem.

Bóia salva-vidas

A Autoridade Marítima exige que se tenha a bordo das embarcações bóias salvavidas.
A bóia é um equipamento utilizado na faina de resgate de pessoas que estejam dentro da água.
A bóia salva-vidas (também conhecida como bóia circular) pode ter alguns acessórios, como
uma retinida flutuante, um sinal fumígeno flutuante (fumaça na cor laranja para sinalização
durante o dia) e um dispositivo de iluminação automático (conhecido como facho holmes, para
sinalização durante a noite).

Primeiros socorros
1.1 Introdução
A bordo de uma embarcação sempre existe a possibilidade de nos depararmos com situações
de emergência, em que seja necessária a nossa atuação para salvar uma pessoa ou para evitar
que o seu estado piore após um acidente.
Um socorro bem feito e em curto espaço de tempo aumenta muito a sobrevida da vítima. A
grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns
conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e, até mesmo,
salvar vidas.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em
mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além
disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro
sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode
comprometer ainda mais a saúde da vítima.

O que são primeiros socorros?


Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a
uma pessoa em perigo de vida, visando a manter os sinais vitais e evitando o agravamento do
quadro, até que ela receba assistência definitiva.
Independente da gravidade da situação, devemos agir com calma, evitar o pânico e seguir
algumas regras básicas ao prestar os primeiros socorros: • transmita confiança, tranqüilidade,
alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está
a caminho;
• aja rapidamente, porém dentro dos seus limites; • use
os conhecimentos básicos de primeiros socorros; e
• às vezes, é preciso saber improvisar.

Sinais vitais de um acidentado.


Observe o nível de consciência, a sensibilidade e a capacidade de movimentação muscular do
acidentado.
O rosto do acidentado manifesta irregularidade pela cor azulada ou avemelhada e umidade da
pele, por meio de suores e palidez.
Verificar se a temperatura da vítima está muito alta em relação à sua própria temperatura
corporal.
Desobstruir as vias aéreas

A respiração pode ser observada por meio dos movimentos do tórax e do abdômen e por sons
percebidos ao aproximar o seu ouvido do nariz da vítima.
A verificação da pulsação pode ser sentida por meio do tato. O ponto mais indicado para
sentir a pulsação é o pescoço ou carotídeo

O transporte seguro de um acidentado A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser


feita com um máximo de cuidado a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção
da vítima, deve-se tomar as seguintes providências:
• se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa; • para puxá-la
para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento, com o auxílio de um
casaco ou cobertor;
• para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou
maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar
improvisar a maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
• apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás; na presença de hemorragia abundante,
a movimentação da vítima pode levar rapidamente ao estado de choque;

• se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e faça massagem


cardíaca (processo explicado na página 42);
• imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;
• se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal,
como um só bloco, levando até à sua maca;
• no caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam
para o levantamento e o transporte; e
• lembre-se, sempre, de não fazer movimentos bruscos.

Procedimentos em emergência
2.1 Afogamento e choque elétrico
2.1.1 Procedimentos em caso de afogamento No
caso de afogamento:
• não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima;
• checar imediatamente os sinais vitais (análise primária);
• não havendo respiração ou pulso, iniciar as técnicas de ressuscitação imediatamente (processo
explicado na página 42);
• manter a vítima aquecida;
• ministrar oxigênio;
• tratar o estado de choque;
• informar ao médico se o afogamento ocorreu em água doce, salgada ou piscina; e
• não tentar resgatar ninguém da água se não for treinado para isso. Nesse caso,
deve-se jogar algum material flutuante para a vítima agarrar e chamar por socorro especializado
(salva-vidas).

Procedimentos em caso de choque elétrico


A passagem de corrente elétrica pelo corpo pode produzir um formigamento ou uma leve
contração dos músculos, ou ainda uma sensação dolorosa. Choques mais intensos podem lesar
músculos ou paralisar o coração, como também a respiração e, nesse caso, se o acidentado não
for socorrido dentro de poucos minutos, a mortesobrevém.
O que torna perigoso o choque elétrico é a intensidade da corrente que passa através do corpo.
Esta intensidade pode ser tãopequena como da ordem de miliamperes.
Basta ultrapassar 50 miliamperes para que se torne mortal.
O percurso da corrente é também importante. As correntes mais perigosas são as que
atravessam o corpo de mão para mão, do pescoço ou da mão para o pé, sendo a mais
importante a que passa da cabeça para os pés
A intensidade da corrente aumenta enormemente se os pés estiverem molhados ou se a mão
estiver suada ou úmida.
O choque elétrico causado por altas descargas é sempre grave, podendo causar distúrbios na
circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à parada cárdio-respiratória.
Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º grau) - a de
entrada e a de saída da corrente elétrica.

Em caso de choque elétrico:


• desligue o aparelho da tomada ou a chave geral;
• se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou num saco de
papel;
• empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não condutor de
corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de
borracha;
• se houver parada cárdiorrespiratória, aplique a ressuscitação (processo explicado na página
42);
• cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo;
• se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se estiver
inconsciente, deite-a de lado;
• se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma; e
• procure ajuda médica imediata.
A ressuscitação cárdio-pulmonar:
• Com a pessoa no chão, posicione as mãos uma sobre a outra e localize a extremidade inferior
do osso vertical que está no centro do peito (o chamado osso esterno).
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da
pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendoo queixo levantado para
esticar o pescoço.
Enquanto o ajudante enche os pulmões do acidentado, soprando adequadamente para
insuflálos, pressione o seu peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para
cada quinze pressões no coração; se houver alguém o ajudando, faça um sopro para cada cinco
pressões.
Fraturas é a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento.
2.2.1 Tipos de fraturas
Fechada - Quando ocorre quebra de osso,sem atravessar a pele.

Sinais indicadores:
• dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
• incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da
região; e
• inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro
machucado.
Exposta - Quando o osso quebrado sai do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de
suas partes. Esse tipo de fratura pode causar infecção. Sinais indicadores:
• os mesmos da fratura fechada
• sangramentos
• ferimento de pele

No caso de fratura exposta, proteja o ferimento e controle o seu sangramento antes de imobilizar
a região afetada.
Técnica de imobilização em casos de fraturas
• coloque gaze, lenço ou pano limpo sobre o ferimento;
• firme este curativo usando um cinto, uma gravata ou uma tira de pano;
• estanque a hemorragia, se for o caso;
• deite o doente;
• coloque uma tala sem tentar colocar o membro em posição natural; e
• transporte o doente, só após a imobilização.

Uma atadura pode ser usada para uma imobilização de fratura, para conter provisoriamente uma
parte do corpo ou manter um curativo. Na falta de ataduras, use tiras de um lençol, guardanapos
ou panos.

Tome os seguintes cuidados ao aplicar uma atadura:


• a região afetada deve estar limpa;
• os músculos relaxados;
• comece da extremidade para o centro: nos membros superiores, no sentido da mão para o
braço; nos membros inferiores comece pelo pé;
• envolva sempre da esquerda para a direita;
• não aperte em demasia para não interferir com a circulação sanguínea;
• solicite assistência médica e, enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida;
• verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea;
• imobilize o osso ou articulação atingida com uma tala;
• mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de
gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma;e
• só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiverdobrado.
O processo de hemostasia
O controle da hemorragia (hemostasia) deve ser feito imediatamente, pois umahemorragia
abundante e não controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos.
A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou
artéria). Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo
e sai em jatos rápidos e fortes.Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai
de forma lenta e contínua.
A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.
Sangramentos externos O que fazer?
Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração. Pressione firmemente
o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das
mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha-as unidas.
Caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos.
Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme,
mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha
novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.
Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para
estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso,
impedindo a passagem de sangue para a região afetada. O que não se deve fazer?

Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos.


Não aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.

Sangramentos internos
Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas podem causar sangramentos internos.
A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve
ser acompanhada e controlada com muita atenção pelos sinaisexternos:
• pulso fraco e acelerado;
• pele fria e pálida;
• mucosas dos olhos e da boca brancas;
• mãos e dedos arroxeados pela diminuição dairrigação sanguínea;e
• sede, tontura e inconsciência.
Não dê alimentos à vítima e nem a aqueça demais com cobertores. Peça
auxílio médico imediato.

Sangramentos nasais
O que fazer?
• incline a cabeça da pessoa para frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e
seja engolido, provocando náuseas;
• comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local;
• depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz; e
• se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.
Queimaduras
Em caso de acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de calor,
ou seja, impedir que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e superfícies aquecidas,
entre outras causas do acidente.

Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de
preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada.

Também é importante buscar o auxílio de um profissional de saúde no posto de atendimento


mais próximo do local do acidente, para que sejam tomadas as providências necessárias para o
sucesso da recuperação e também para evitar o agravamento da lesão.

Cuidados:

Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância que seja
passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de infecção por bactérias,
fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está
danificada.

Não passe nenhuma pomada no local atingido. A pele fica extremamente sensível após uma
queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda mais as
células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções.

Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas
queimaduras de segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional
especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com uma
agulha.

Ao retirar esse curativo natural em casa, o ferimento estará exposto a instrumentos


possivelmente contaminados e pode infeccionar. Se houver necessidade de cobrir o ferimento a
caminho do serviço de Saúde, o indicado é envolvê-lo num pedaço de pano limpo.

Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser evitados. O paciente
queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que houver sido atingida pelo fogo.
O ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar
que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada.

Procedimentos em casos de queimaduras


As queimaduras leves (de 1º grau) se manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. Nas
queimaduras de 2º grau a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas ou umidade na
região afetada. Já nas queimaduras graves de 3º grau a pele se apresenta esbranquiçada ou
carbonizada e há pouca ou nenhuma dor. O que fazer?
• se a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria imediatamente;
• seque o local delicadamente com um pano limpo ou chumaços de gaze;
• cubra o ferimento com compressas de gaze;
• em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de
gaze embebida em vaselina estéril;
• mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço; •
dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um analgésico; e
• se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure um médico imediatamente. Se as roupas
também estiverem em chamas, não deixe a pessoa correr.
Se necessário, derrube-a no chão e cubra-a com um tecido como cobertor, tapete ou casaco, ou
faça-a rolar no chão. Em seguida, procure auxílio médico imediatamente. O que não fazer?

„Queimaduras químicas
O que fazer?
As queimaduras químicas são sempre graves: retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o
cuidado de não queimar as próprias mãos.
• Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos), enxugue
delicadamente e cubra com um curativo limpo e seco.
• Procure ajuda médica imediata.

Queimaduras solares
O que fazer?
• Refresque a pele com compressas frias.
• Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e ventilado.
• Procure ajuda médica.

NOÇÕES DE
METEOROLOGIA
PARA NAVEGANTES

Embora o nitrogênio represente a maior parcela, a quantidade de vapor-d’água é mais importante para a
meteorologia. As impurezas, representadas por poeiras, fumaça, sal marinho e detritos em geral, desempenham,
também, importante papel na formação de fenômenos meteorológicos, facilitando a condensação do ar atmosférico.
São denominadas “núcleos de condensação”.

Quanto à estrutura, a atmosfera pode ser dividida nas seguintes camadas:


– Troposfera ou baixa atmosfera: a temperatura decresce com o aumento de altitude;
em média, 1ºC/150m de altitude;
– estratosfera: temperatura praticamente constante;
– mesosfera: comportamento irregular da temperatura, aumentando, de maneira
geral, com a altitude; e
– termosfera: temperatura aumenta com a altitude.

É na troposfera, também denominada baixa atmosfera, que ocorre a grande maioria dos fenômenos meteorológicos,
em decorrência de:
– Alta porcentagem de vapor-d’água;
– existência de impurezas (núcleos de condensação); e
– maior variação da temperatura.

RADIAÇÃO E CONVECÇÃO
– RADIAÇÃO
A razão de iniciar o estudo de meteorologia marinha pela radiação solar é evidenciar a extraordinária importância da
fonte de energia responsável pela ocorrência dos fenômenos meteorológicos e oceanográficos.
CONVECÇÃO
É o movimento vertical do ar atmosférico, tendo, como conseqüência imediata, a transferência de suas principais
propriedades, isto é, uma distribuição de temperatura e umidade entre os diversos níveis de altitude. Tal conceito não
deve ser confundido com o de advecção, que significa a transferência de algumas propriedades atmosféricas em
decorrência de um movimento horizontal do ar (vento).

Dois importantes fatores responsáveis pelos fenômenos meteorológicos e climáticos são:


(1) A rotação diária da Terra em torno do seu eixo; e
(2) o movimento de translação (ou revolução) anual da Terra em torno do Sol.

A transferência de calor da Terra para a atmosfera se faz por 4 processos: Radiação, Condução, Convecção e
Advecção.

O ar fortemente aquecido nas regiões equatoriais torna-se mais leve e ascende, criando na zona tórrida um cinturão
de baixas pressões atmosféricas, denominado Zona de Convergência Intertropical.

Na faixa equatorial de baixas pressões, os ventos apresentam-se normalmente fracos e variáveis.

As condições de tempo podem ser descritas em termos de 7 elementos meteorológicos: Pressão: temperatura,
umidade, ventos, nuvens, visibilidade; e precipitação.

Os instrumentos utilizados na medição da pressão atmosférica são os barômetros, que podem ser de dois tipos:
barômetro de mercúrio ou barômetro aneroide.

As linhas que unem pontos da superfície da Terra de igual pressão atmosférica no mesmo instante são denominadas
de isóbaras.
A medida da temperatura é de grande importância na meteorologia. Esta medida é feita por meio de termômetros.

Os termômetros medem temperaturas pela dilatação (ou contração) da substância nele empregada.

Umidade é um termo geral que descreve o conteúdo de vapor-d’água existente no ar atmosférico.

A umidade do ar é determinada por meio de higrômetros e psicrômetros.

No entanto, são os psicrômetros que fornecem as medidas mais precisas da umidade do ar.

Vento é o movimento horizontal do ar, resultante de diferenças na pressão atmosférica entre áreas adjacentes.

Então, os centros de baixa pressão (ciclones) são centros convergentes, isto é, na superfície o ar converge para o
centro de baixa pressão.

Assim se originam os ventos na superfície da Terra, podendo-se, pois, enunciar como lei geral dos ventos:
“O vento sopra dos centros de alta pressão para os centros de baixa pressão”.

centro de baixa pressão. Num anticiclone, o ângulo dos ventos com as isóbaras é, geralmente, maior e sempre para
o lado de fora do centro de alta.

Em regra, os sistemas ciclônicos de ventos movem-se rapidamente e são acompanhados por mau tempo.

Por outro lado, os sistemas anticiclônicos deslocam-se vagarosamente e, em geral, estão associados a bom tempo.

Quanto mais próximas estiverem as isóbaras, maior o gradiente barométrico e maior a força do vento.

A direção e a velocidade do vento são medidas pelos anemômetros.

NUVENS
Para que ocorra a condensação do vapor-d’água contido no ar atmosférico e se desencadeie o processo de formação
de nuvens em determinado nível de altitude, é necessário que haja resfriamento do ar até que a umidade relativa
tenha atingido o índice de 100%.

Todas as nuvens se constituem, inicialmente, na troposfera, podendo apresentar duas formas gerais. As nuvens
podem aparecer como camadas uniformes ou extensos lençóis, cobrindo grandes áreas, sem muita altura ou
desenvolvimento vertical. São, então, chamadas de nuvens estratiformes, estando associadas com estabilidade na
atmosfera ou ausência de correntes ascendentes. Isto resulta, geralmente, em visibilidade ruim por baixo das bases
das nuvens, devido à falta de correntes verticais para misturar e dispersar fumaça e partículas de poeira suspensas no
ar. A precipitação associada às nuvens estratiformes é de caráter leve, contínua e extensiva. Às vezes, observam-se
pancadas de chuvas fortes caírem de uma camada de nuvens estratiformes, mas isto significa que há nuvens
cumuliformes na camada, invisíveis para o observador.

As nuvens cumuliformes apresentam protuberâncias, numa aparência de couve-flor, em contraste com a forma plana
característica das nuvens estratiformes.

As nuvens cumuliformes dividem-se em três tipos, dependendo do seu tamanho e aspecto:


– Cumulus de bom tempo ou, simplesmente, cumulus;
– cumulus congestus ou pesados; e
– cumulonimbus.

Uma nuvem cumulonimbus significa trovoada e precipitação pesada, sob forma de pancadas, contínua turbulência e
granizo em alguns pontos.

Quando os altocumulus se tornam mais espessos e descem para níveis mais baixos, podem produzir chuvas e
trovoadas, mas não trazem mau tempo prolongado.

Define-se visibilidade meteorológica como a maior distância em que um objeto de características determinadas pode
ser visto e reconhecido. Os seguintes fatores afetam a visibilidade no mar:
(1) Precipitação;
(2) névoa e nevoeiro;
(3) borrifos ou espuma do mar arrastada pelo vento;
(4) poeira; e
(5) sal.

NEVOEIRO

Os processos capazes de levar o ar úmido da superfície à saturação e, assim, produzir nevoeiro são dois: o
resfriamento e o aumento da evaporação.

Para sua formação, o nevoeiro requer condições especiais, tais como:


(1) Alta umidade relativa;
(2) estabilidade atmosférica (ausência de correntes verticais);
(3) resfriamento conveniente;
(4) presença de núcleos de condensação; e
(5) ventos fracos de superfície.

– Nevoeiros fortes: quando a visibilidade é reduzida para até 100 metros, ou menos, de distância do observador; e
nevoeiros fracos ou leves: quando a visibilidade varia de 100 m até 1 km de
distância do observador.

As isóbaras traçadas numa carta meteorológica de superfície definem uma configuração isobárica, onde podem
ser identificados os sistemas de altas pressões (anticiclones) e os sistemas de baixas pressões (ciclones).
Um cavado é uma configuração típica dos ciclones.

O eixo dos cavados está sempre voltado para o Equador.

Como vimos, uma configuração que pode ocorrer em uma depressão é a formação de um cavado.

Quanto à origem, as massas de ar podem ser polares, quando provêm dos pólos; tropicais, quando oriundas das
regiões tropicais; continentais, quando se originam nos continentes; e marítimas, quando se formam sobre os
oceanos.

Frente é a linha na superfície terrestre que separa duas massas de ar. As frentes, portanto, marcam descontinuidades
em toda a extensão do encontro entre duas massas de ar, constituindo zonas de transição de massas de ar de
propriedades diversas, em particular quanto à temperatura.

As frentes classificam-se em:


– Frias;
– quentes;
– oclusas; e
– estacionárias.

Uma frente oclusa é formada quando uma frente fria alcança uma frente quente e uma das duas frentes, quente ou
fria, deixa de ter contato com o solo.

FRENTE ESTACIONÁRIA
Ocorre quando não se observa deslocamento da superfície frontal, que se mantém fixa, não havendo, assim,
substituição do ar à superfície. durante o dia o ar sobre a superfície terrestre se aquece mais rapidamente do que o ar
sobre o oceano. O ar mais frio e denso do oceano movimenta-se para o continente a fim de substituir o ar mais quente
daquela região. Este fenômeno é chamado brisa marítima e é observado ao longo da costa; durante a noite o
continente esfria mais rapidamente que o oceano. O ar mais frio do continente se desloca para o mar, onde existe um
ar mais quente e menos denso.

Este fenômeno chama-se brisa terrestre (terral).

O navegante deve ter o hábito de observar o céu. Inúmeras nuvens Cirrus aparecendo de uma mesma direção podem
ser consideradas Cirrus pré-frontais e podem representar indícios de condições severas de tempo nas proximidades da
frente.

O TEMPO GERALMENTE MUDA PARA PIOR QUANDO:


– Nuvens cirrus transformam-se em cirrostratus, abaixam-se e tornam-se mais espessas, criando uma aparência de
“céu pedrento”;
– nuvens que se movem rapidamente aumentam em número e abaixam em altura;
– nuvens movem-se em diferentes direções, desencontradamente no céu, em diferentes alturas;
– altocumulus ou altostratus escurecem o céu e o horizonte a oeste (isto é, nuvens médias aparecem no horizonte a
oeste) e o barômetro cai rapidamente;
– o vento sopra forte de manhã cedo;
– o barômetro cai rápida e continuadamente;
– ocorre um aguaceiro durante a noite;
– o céu fica avermelhado no nascer do Sol;
– uma frente fria, quente ou oclusa se aproxima;
– o vento N ou NE passa a soprar do S ou SE; e
– a temperatura está anormal para a época do ano.

As vagas, então, são geradas pelo vento presente. Os seguintes elementos provocam o completo desenvolvimento das
vagas:
(a) A direção e intensidade do vento que sopra;
(b) a duração do vento (tempo durante o qual sopra); e
(c) a pista percorrida pelo vento sobre a superfície do mar.
A distinção entre vagas e marulho é feita usando-se os seguintes critérios:
(d) Direção da onda;
(e) aspecto da onda; e
(f) período da onda.

Outro fator predominante na formação das ondas é a duração do vento.

marulho é o nome que se dá às ondas que foram geradas em outro lugar e que
não são mantidas pelo vento que sopra no ponto de observação.

Noções de

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