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INTRODUÇÃO

O objetivo de se medir e controlar as diversas variáveis físicas em processos


industriais é obter produtos de alta qualidade, com melhores condições de rendimento e
segurança, a custos compatíveis com as necessidades do mercado consumidor. Nos diversos
segmentos de mercado, sejam eles químico, petroquímico, siderúrgico, cerâmico,
farmacêutico, vidreiro, alimentício, papel e celulose, hidrelétrico nuclear entre outros, a
monitoração da variável temperatura é fundamental para a obtenção do produto final
especificado.
Termometria significa “Medição de Temperatura”. Eventualmente o termo
Pirometria é também aplicado com o mesmo significado, porém, baseando-se na etimologia
das palavras, podemos definir:
Pirometria: Medição de altas temperaturas, na faixa em que os efeitos de radiação
térmica passam a se manifestar.
Criometria: Medição de baixas temperaturas, ou seja, próximas ao zero absoluto de
tempeatura.
Termometria: Termo mais abrangente que incluiria tanto a Pirometria quanto a
Criometria.
A temperatura é a variável física mais importante que é medida nas indústrias de
processo. É muitas vezes um fator crítico para o processamento industrial. Se a medição da
temperatura não é precisa ou confiável, por qualquer motivo, ela pode ter um efeito negativo
sobre a eficiência do processo, consumo de energia e qualidade dos produtos manufaturados.
Uma função de segurança que os instrumentos são para Segurança Intrínseca (Ex i),
o mau desempenho pode ser mortal, dispendioso ou ambos, e um pequeno erro é considerado
uma falta perigosa não diagnosticada. Logo, um processo pode ir a condição exotérmica e,
eventualmente, explodir, se a temperatura não é medida e controlada com precisão.
As medições são feitas tipicamente utilizando um sensor (geralmente um termopar
ou uma termorresistência) e um circuito de condicionamento de sinal (um transmissor ou um
canal de um cartão de entrada para um DCS ou PLC) para amplificar o baixo nível de sinal
do sensor (mV ou ohm) para um sinal de corrente mais robusto de 4 a 20 mA. Combinado
com outros elementos de campo, o sensor e condicionador de sinal são chamados de sistema
de temperatura.
Os sistemas estão disponíveis para atender a uma variedade de precisão e estabilidade
da medição de requisitos. Algumas aplicações podem estar com uma folga razoável da
medição real, onde as considerações para as tendências e precisão não é tão importante.

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PROBLEMAS
A possibilidade da utilização de diversas fontes de energia na indústria aumenta a
eficiência do sistema e traz vantagens para as atividades fabris. Para isso, devemos utilizá-
las corretamente, respeitando as determinações normativas e o bem-estar de todos.

Ao se lidar com falhas das medições de temperatura, resultantes de problemas do


sistema, como estamos fazendo nesta apresentação, devemos, em primeiro lugar, identificar
as várias categorias gerais de falhas do sistema nas quais a maioria das falhas de medição de
temperatura ligada ao sistema possa ser definida. Cada uma dessas categorias será, então,
discutida em termos de dano que podem causar e, finalmente, as soluções para cada uma
dessas áreas.

OBJECTIVOS

Objectivo geral:
 Estudar e compreender acerca da medição de temperatura.
Objectivos específicos:
 Estudar diferentes tipos de aparelhos ou instrumentos de
medição de temperatura;
 Estudar as suas funcionalidades;
 Identificar os seus possíveis problemas e suas Vantagens e
desvantagens;
 Estudar os seus efeitos.

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HIPÓTESES

A resolução de problemas de engenharia envolve, geralmente, dois métodos distintos: o


método teórico e o método experimental. A partir desta constatação, pode-se ir além e
afirmar que teoria e experimentação se complementam. O engenheiro consciente deste fato
será mais eficiente na resolução de problemas do que aquele que não dá a devida atenção a
uma ou outra abordagem.

Assim como ocorre com qualquer equipamento industrial, é essencial para evitar falhas que
podem resultar em problemas para a produção ou para a segurança de quem opera (ou está
próximo) a máquina.

Para isso, é preciso seguir a recomendação do fabricante no manual e acompanhar as


condições do uso e o desempenho, que podem variar entre as empresas e demandar rotinas
de cuidados diferentes.

Entre os principais tipos de trabalhos realizados, estão:

 A revisão do instrumento;
 A substituição do aparelho.

JUSTIFICATIVA

O principal objetivo da manutenção dos instrumentos de medição de temperatura é


prolongar a vida útil do equipamento, garantir um bom funcionamento e ainda otimizar os
custos operacionais — visto que os reparos preventivos evitam (ou minimizam) as
consequências de uma falha, o que acarreta gastos maiores.

METODOLOGIA

Usamos o método comparativo, porque os equipamentos de medição de temperatura têm a


mesma finalidade e desempenham papais semelhantes, e têm alta eficiência ou capacidade.
Os métodos, técnicas e materiais levado a cabo para à realização deste trabalho envolvem
recolha informações sobre os equipamentos de medição de temperatura.

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MÉTODOS CIENTÍFICOS
O método científico é um conjunto de procedimentos adotados com o propósito de
atingir o conhecimento.

Métodos de abordagem

Método Indutivo
É um método responsável pela generalização, isto é, partirmos de algo particular para
uma questão mais ampla, mais geral.

MÉTODO DE PROCEDIMENTO

Método Comparativo

O método comparativo é um método de procedimento, logo, refere-se a uma técnica


investigativa para podermos analisar melhor determinado instituto ou fenômeno.

No caso do método comparativo, nós analisamos, detalhadamente, fenômenos, fatos,


etc. Ao estabelecer a comparação entre dois objetos, nós compreendemos melhor o
funcionamento e os contornos do que está sendo investigado.

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CONCEITO TEÓRICO

Todos os corpos são constituídos de moléculas que se encontram em constante agitação,


quanto mais agitadas estiverem as moléculas mais quente estará o corpo e,
conseqüentemente, quanto menos agitadas mais frio. Temperatura é o grau de agitação
destas moléculas. A representação quantitativa da temperatura é feita por escala numérica,
onde, quanto maior o valor mostrado, maior a energia cinética média das moléculas do
corpo em questão.
Existem três divisões clássicas de medição de temperatura:
• Pirometria: termo usado para medição de altas temperaturas na faixa onde efeitos de
radiação térmica passam a se manifestar.
• Criogenia: termo usado para a medição de baixas temperaturas; próximas ao zero
absolute
• Termometria: termo abrangente usado para medição das mais diversas temperaturas.
As escalas mais comuns de temperatura são Celsius(°C), Fahrenheit(°F), Kelvin (K),
Reamur(R) e Rankine(°Ra).

Para entender o funcionamento de instrumentos de medição, ou mesmo projetar um


instrumento, é necessário saber como eles são configurados a partir de elementos funcionais.
A configuração geral a partir de elementos funcionais deve ser aplicável aos sistemas de
medição como um todo, não atendo-se a um equipamento específico. Muitas vezes,
entretanto, não há uma única configuração possível para um certo instrumento.
Uma vez identificadas as características funcionais comuns a todos os instrumentos
de medição, é possível proceder-se a algumas generalizações a respeito da maneira como
estas funções são desempenhadas, isto é, como atua um instrumento. A seguir são discutidas
algumas classificações normalmente usadas.
As relações básicas entre as escalas são:

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A temperatura nao pode ser determinada diretamente, mas deve ser deduzida a
partir de seus efeitos eletricos ou fisicos produzidos sobre uma substancia, cujas
caracteristicas sao conhecidas. Os medidores de temperatura sao construidos
baseados nesses efeitos. Podemos dividir os medidores de temperatura em dois
grandes grupos:
 Medidor Direto
 Medidor Indireto

Tipos de Instrumentos de Medição de Temperatura


Os tipos de instrumentos de medição de temperatura são:
 Termômetro a gás
 Termômetros de expansão de líquido
 Termômetros bi-metálicos

Termômetro a gás
Pode ser mostrado que a escala de temperatura definida por um termômetro a gás de
volume ou de pressão constante usando um gás ideal é idêntica a escala termodinâmica.
O princípio de funcionamento de um termômetro de volume constante é manter uma
massa fixa de gás a volume constante e medir a a variação de pressão causada pela variação
de temperatura.

Termômetro de expansão de liquido


O termômetro de líquido em capilar de vidro é um dos termômetros mais antigos em uso, e
seu funcionamento se baseia na expansão do líquido com a temperatura.

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Termômetros bi-metálicos
Dois metais de diferentes coeficientes de dilatação linear são unidos em uma tira na
temperatura ambiente. Ao submeter a união a uma temperatura diferente esta se curvará no sentido
da parte de menor coeficiente de dilatação. Ao submeter a união a uma temperatura diferente esta
se curvará no sentido da parte de menor coeficiente de dilatação.

O termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metais com coeficientes de


dilatação diferentes, sobrepostas, formando uma só peça. Variando-se a temperatura do
conjunto, observa-se um encurvamento que é proporcional a temperatura. Na prática, a
lâmina bimetálica é enrolada em forma de espiral ou hélice, o que aumenta bastante a
sensibilidade.
A faixa de trabalho dos termômetros bimetálicos vai aproximadamente de –50 a
800°C, sendo sua escala bastante linear. Possui exatidão na ordem de ± 1%.

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Medição de temperatura com Termopar.
Um termopar consiste de dois condutores metálicos, de natureza distinta, na forma de
metais puros ou de ligas homogêneas. Os fios são soldados em um extremo do qual se dá o nome de
junta quente ou junta de medição. A outra extremidade dos fios é levada ao instrumento de medição
de f.e.m. (força eletromotriz), fechando um circuito por onde flui a corrente.
O ponto onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de medição é
chamado de junta fria ou de referência.

O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma f.e.m. (força


eletromotriz). Este princípio conhecido por efeito Seebeck propiciou a utilização de termopares para
a medição de temperatura.

Efeitos termoelétricos
Quando dois metais ou semicondutores dissemilares são colocados e as junções
mantidas a diferentes temperaturas, quatro fenômenos ocorrem simultaneamente: o efeito
Seebeck, o efeito Peltier, o efeito Thompson e o efeito Volta.
A aplicação científica e tecnológica dos efeitos termoelétricos é muito importante e
suas utilizações no futuro são cada vez mais promissoras. Os estudos das propriedades
termoelétricas dos semicondutores e dos metais levam, na prática, à aplicação dos processos
de medições na geração de energia elétrica (bateria solar) e na produção de calor e frio. O
controle de temperatura feito por pares termoelétricos é uma das importantes aplicações do
efeito Seebeck.
Atualmente, busca-se o aproveitamento industrial do efeito de Peltier, em grande
escala, para obtenção de calor ou frio no processo de climatização ambiente.

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Efeito termoelétrico de Peltier
Em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoelétrico com ambas as junções à
mesma temperatura se , mediante uma bateria exterior, produz-se uma corrente no termopar,
as temperaturas da junção variam enquanto quantidade não inteiramente devida ao efeito
Joule. Esta variação adicional de temperatura é o efeito Peltier. O efeito Peltier produz-se
tanto pela corrente proporcionada por uma bateria exterior como pelo próprio par
termoelétrico.
O coeficiente Pelteir depende da temperatura e dos metais que formam uma junção,
sendo independente da temperatura da outra junção. O calor Pletier é reversível. Quando se
inverte o sentido da corrente, permanecendo constante o seu valor, o calor Peltier é o mesmo,
porém em sentido oposto.

Efeito termoelétrico de Thomson


Em 1854, Thomson conclui, através das leis da termodinâmica, que a condução de
calor, ao logo dos fios metálicos e um par termoelétrico, que não transporta corrente, origina
uma distribuição uniforme de temperatura em cada fio.
Quando existe corrente, modifica-se em cada fio a distribuição de temperatura em
uma quantidade não inteiramente devida ao efeito Joule. Essa variação adicional na
distribuição da temperatura denomina-se efeito Thompson.
O efeito Thomson depende do metal de que é feito o fio e da temperatura média da
pequena região considerada. Em certos metais há absorção de calor, quando uma corrente
elétrica flui da parte fria para a parte quente do metal e que há geração de calor quando se
inverte o sentido da corrente. Em outros metais, ocorre o oposto deste efeito, isto é, há
liberação de calor quando uma corrente elétrica flui58 Instrumentação Básica da parte quente
para a parte fria do metal.

Efeito termoelétrico de Volta


A experiência de Peltier pode ser explicada através do efeito Volta enunciado a
seguir: “Quando dois metais estão em contato a um equilíbrio térmico e elétrico, existe ente
eles uma diferença e potencial que pode ser da ordem de Volts”. Esta diferença de potencial
depende da temperatura e não pode ser medida diretamente.

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Medição de temperatura por termoresistência
Os métodos de utilização de resistências para medição de temperaturas iniciaram-se
ao redor de 1835, com Faraday, porém só houve condições destas serem utilizadas em
processos industriais a partir de 1925. Esses sensores adquiriram espaço nos processos
industriais por suas condições de alta estabilidade mecânica e térmica, resistência à
contaminação, baixo índice de desvio pelo envelhecimento e tempo de uso. Devido a estas
características, esse sensor é padrão internacional para a medição de temperatura na faixa de
–270 °C a 660 °C, em seu modelo e laboratório
Princípio de Funcionamento
Os bulbos de resistência são sensores que se baseiam no princípio de variação e
resistência em função da temperatura. Os materiais mais utilizados para a fabricação destes
tipos de sensores são platina, cobre ou níquel, metais que apresentam características de:
a) alta resistividade, permitindo assim uma melhor sensibilidade do sensor,
b) ter alto coeficiente de variação de resistência com a temperatura,
c) ter rigidez e ductilidade para ser transformado em fios finos.

Características da termo-resistência de platina


As termorresistências Pt – 100 são as mais utilizadas industrialmente, devido à sua
grande estabilidade, larga faixa de utilização e alta precisão. Devido à alta estabilidade das
termorresistências de platina, as mesmas são utilizadas como padrão de temperatura na faixa
de –270°C a 660°C. A estabilidade é um fator de grande importância na indústria, pois é a
capacidade do sensor manter e reproduzir suas características (resistência – temperatura)
dentro da faixa específica de operação.
Outro fator importante num sensor Pt –100 é a repetibilidade, que é a característica
de confiabilidade da termorresistência. Repetibilidade deve ser medida com leitura de
temperaturas consecutivas, verificando-se a variação encontrada quando de medição
novamente na mesma temperatura.
O tempo de resposta é importante em aplicações onde a temperatura do meio em que
se realiza a medição está sujeito a mudanças bruscas. Considera-se constante de tempo como
tempo necessário para o sensor reagir a uma mudança de temperatura e atingir 63,2% da
variação da temperatura.

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Vantagens:
a) Possuem maior precisão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de
sensores;
b) Com ligação adequada, não existe limitação para distância de operação;
c) Dispensam utilização de fiação especial para ligação;
d) Se adequadamente protegidos, permitem utilização em qualquer ambiente;
e) Têm boas características de reprodutibilidade;
f) Em alguns casos, substituem o termopar com grande vantagem.

Desvantagens:
a) São mais caras do que os sensores utilizados nessa mesma faixa;
b) Deterioram-se com mais facilidade, caso haja excesso na sua temperatura máxima
de utilização;
c) Temperatura máxima de utilização 630°C;
d) É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura equilibrada para
indicar corretamente;
e) Alto tempo de resposta

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conclusão
A temperatura é sem duvida, a variavel mais importante nos processos industriais,
e sua medição e controle, embora difíceis, são vitais para a qualidade do produto e a
segurança não só das máquinas, como também do homem. Não é dificil de chegar a essa
conclusão, basta verificar todas as características fisicoquimicas de qualquer substância
alteram-se de forma bem definida com a temperatura. Assim sendo, uma determinada
substância pode ter suas dimensões, seu estado físico (sólido, líquido ou gasoso), sua
densidade, sua condutividade, alterados pela mudança de seu estado térmico.

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Referencia bibliográfica
DIKE, Paul II – Temperature Measurements with Rayotubes – Leeds & Northrup CO. (monografia).
ECKMAN, Donald P. – Industrial Instrumentation – John Willey. MILLER, J. T – The Revised Course in
Industrial Instument Technology Instrument.

Medição de temperature

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