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ELÉTRICOS
Introdução
Neste capítulo, você conhecerá as máquinas síncronas, desde seu fun-
cionamento básico até os parâmetros de dimensionamento. A partir das
teorias do eletromagnetismo de Faraday, Lenz e Loretnz, é possível criar
um modelo de máquina elétrica básico, constituindo suas partes básicas,
como o rotor e o estator, do ponto de vista mecânico, e a armadura e o
campo, do ponto de vista elétrico.
Com isso, constrói-se a máquina síncrona, em que a tensão alternada
presente em seus enrolamentos de armadura tem frequência proporcio-
nal à velocidade mecânica e à construção das bobinas de campo.
Com seu projeto básico, torna-se necessário definir os parâmetros
internos de modo a poder determinar a tensão da armadura e o torque do
rotor para especificar sua eficiência como uma relação entre as potências
de entrada e saída, variáveis com o tipo de ação da máquina, motora ou
geradora, além das perdas internas.
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Figura 1. Esquema de uma máquina elétrica básica: (a) vista frontal; (b) detalhamento da
bobina do rotor.
Fonte: Chapman (2013, p. 153).
Máquinas síncronas 3
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nC = NC cos(α) (4)
onde, em um lado, a força será para cima e, no outro, para baixo, sempre com a
mesma intensidade.
b) Considerando que há apenas força sendo exercida nos lados maiores desse condu-
tor e que são induzidas forças em sentidos opostos, há geração de um torque ou
conjugado. O torque será máximo de acordo com a Equação (3), quando a força for
perpendicular ao raio de rotação deste eixo, ou seja, da direção dada por metade
do lado menor do condutor. Assim, seu valor máximo será:
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Eeficaz = 44,78 kV
Assim, a tensão nos terminais da armadura (Va), dada pela Equação (10), é
representada em função da tensão induzida eficaz (Eaf) e da queda de tensão
dada pela resistência do condutor da armadura (Ra) e da reatância síncrona (XS).
Essa equação é válida para ambos os modos de operação, em que o sentido da
corrente da armadura é o que o determinará, sendo negativa para a operação
motora. A reatância síncrona é dada a partir de duas outras reatâncias, uma
representando a dispersão de fluxo na armadura (Xal) e outra sua magnetização
(Xφ), como mostra a Equação (11). Assim, pode-se determinar a potência elétrica
utilizando a Equação (12), em função do módulo da tensão terminal da fase e
da corrente de armadura, bem como do fator de potência (representado pelo
cosseno do ângulo φ entre a tensão e a corrente). Um fator de 3 é utilizado para
representar uma máquina síncrona trifásica, em que cada fase é representada
pelo circuito equivalente da Figura 6. Utilizando a tensão de linha, deve-se con-
siderar um fator de . A potência mecânica é representada pela Equação (13)
em função do conjugado e da velocidade angular mecânica (ωm) ou da rotação
em RPM (n) (UMANS, 2014).
12 Máquinas síncronas
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XS = Xal + Xφ (11)
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Máquinas síncronas 13
Figura 7. Diagrama de perdas para um (a) gerador síncrono e um (b) motor síncrono.
Fonte: Chapman (2013, p. 185).
P perdas = 5,32 kW