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Iniciaremos nosso estudo de máquinas C.A. com uma espira simples de fio
girando dentro de um campo magnético uniforme, constituindo a máquina
mais simples que pode produzir uma tensão CA senoidal. Convêm observar
que esse caso não representa uma máquina real porque o fluxo em máquinas
reais não tem fluxo constante nem em intensidade ou direção, porém os
fatores que controlam a tensão e o torque nessa espira são equivalentes aos
fatores das máquinas reais.
A figura 1 mostra uma máquina simples constituída de uma espira em
rotação dentro de um campo magnético uniforme e constante. A parte
rotativa dessa máquina é denominada de rotor e a parte estacionária de
estator.
Figura 1: Máquina simples constituída de uma espira retangular e um campo magnético uniforme
eind=eab+ebc+ecd+eda (eq.2)
= t
v = r
onde r é o raio de rotação e a velocidade angular da espira em rad/s.
Se substituirmos esses valores na equação 3, teremos a seguinte
relação:
eind=2 r B l sen(t) (eq.4)
1) O fluxo na máquina
2) A velocidade de rotação
3) Uma constante que represente a construção da máquina (número
de espiras etc.)
τ = r. F. sen() (eq.7)
bc = 0
3) Segmento cd: o sentido da corrente é saindo na folha, o campo
magnético é da esquerda para a direita e o produto vetorial l x B aponta
para cima, isto é, o conjugado resultante será no sentido horário.
A figura 5(a) mostra que a espira circulada pela corrente i vai causar um
campo magnético perpendicular ao plano da espira Blaço que vai interagir
com o campo magnético do estator Bs. Já a figura 6(b) mostra somente as
relações geométricas dos campos magnéticos envolvidos.
A magnitude do campo magnético produzido pela espira será dada por um
fator G que depende da geometria do laço, da intensidade da corrente e da
permeabilidade magnética envolvida.
Se um campo for produzido pelo rotor e outro pelo estator de uma máquina
CA então será produzido um conjugado que fará com que o rotor gire no
sentido de alinhar os dois campos envolvidos na interação. Se houvesse um
meio de fazer com que o campo magnético do estator gire, o conjugado
produzido faria com o rotor perseguisse constantemente o campo magnético
do estator. Este é o princípio básico de funcionamento de todos os motores
de CA.
Utilizando-se o princípio de termos correntes trifásicas com mesma
amplitude aplicadas em 3 enrolamentos defasados de 120º elétricos entre si,
consegue-se provocar um campo magnético girante no estator de intensidade
constante. Para um melhor entendimento desse campo girante, aplicaremos
um conjunto de correntes no estator como as descritas pelas equações a
seguir representando as fases a,b e c respectivamente. A corrente em cada
bobina entra no terminal identificado pela letra e sai pelo terminal
identificado pala letra seguida do apóstrofo(linha). Assim teremos:
Assim, na bobina onde a corrente entra no terminal a e sai pelo terminal a’,
produzimos o campo magnético com a intensidade:
𝑃
𝑓𝑠𝑒 = 2 𝑓𝑠𝑚 (eq.12)
𝑃
𝜔𝑠𝑒 = 2 𝜔𝑠𝑚 (eq.13)
𝑛𝑠𝑚 .𝑃
𝑓𝑠𝑒 = (eq.12)
120
que é muito importante e que iremos utilizar muito e fse é a frequência elétrica
em Hz, P o número de polos e nsm a velocidade mecânica do eixo em rotações
por minuto (rpm).
e finalmente:
O programa em MatLab que plota Baa’, Bbb’, Bcc’ e Bliq, conforme Chapman
(2013), será:
% M-file: mag_field.m
% M-file para calcular o campo magnético líquido produzido
% por um estator trifásico.
% Definição das condições básicas
bmax = 1; % Normalize bmax em 1
freq = 60; % 60 Hz
w = 2*pi*freq; % velocidade angular (rad/s)
% Inicialmente, determine os três campos magnéticos componentes
t = 0:1/180000:1/60; %Alterei de 6000 para 180000 para a animação
ficar
% mais lenta
Baa = sin(w*t) .* (cos(0) + j*sin(0));
Bbb = sin(w*t-2*pi/3) .* (cos(2*pi/3)+ j*sin(2*pi/3));
Bcc = sin(w*t+2*pi/3) .* (cos(-2*pi/3)+ j*sin(-2*pi/3));
% se trocarmos Bbb por sin(w*t+2*pi/3) e Bcc por sin(w*t-2*pi/3)
% visualizaremos o campo resultante girando em sentido contrário
% Cálculo de B líquida (Bnet)
Bnet = Baa + Bbb + Bcc;
% Cálculo de um círculo que representa o valor máximo esperado
% de B líquida (Bnet)
circle = 1.5 * (cos(w*t)+ j*sin(w*t));
% Plote o valor e o sentido dos campos magnéticos
% resultantes. Observe que Baa é preta, Bbb é azul, Bcc é
% magenta e Bnet é vermelha.
for ii = 1:length(t)
% Plote o círculo de referência
plot(circle,'k');
hold on;
% Plote os quatro campos magnéticos
plot([0 real(Baa(ii))],[0 imag(Baa(ii))],'k','LineWidth',2);
plot([0 real(Bbb(ii))],[0 imag(Bbb(ii))],'b','LineWidth',2);
plot([0 real(Bcc(ii))],[0 imag(Bcc(ii))],'m','LineWidth',2);
plot([0 real(Bnet(ii))],[0 imag(Bnet(ii))],'r','LineWidth',3);
axis square;
axis([-2 2 -2 2]);
drawnow;
hold off;
end
A execução do programa em MatLab permite a visualização do campo
magnético girando.
Exercícios de Fixação
Referências Bibliográficas:
CHAPMAN, Stephen, J. Fundamentos de Máquinas Elétricas, 5 ed.,
Bookman McGraw Hill, Porto Alegre, 2013