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Designemos, por convenção, à linha que passa pelo centro do induzido e divide a
meio a distância entre os polos N e S de linha neutra geométrica, e passo polar à parte
da circunferência do induzido , que corresponde a um polo. Constatamos que a
máquina representada na Fig. 1 tem dois passos polares correspondentes a um par de
polos.
O sentido da fem induzida determina-se facilmente pela regra da mão direita: coloca-
se a mão direita no campo magnético de modo que as linhas de campo se dirijam para
a palma e o dedo polegar rodado, no plano da palma, de 90° em relação aos outros
dedos e orientado no sentido do movimento do condutor (Fig. 2); os restantes dedos
indicam, então, o sentido da fem induzida no condutor.
Aplicando esta regra ao condutor ab da Fig. 1 vemos que, quando ele passa sob o
polo norte, a fem induzida dirige-se do plano do desenho para o leitor, e no sentido
inverso quando passa sob o polo sul.
Assim, no condutor ab induz uma fem variável no tempo, mudando de sentido duas
vezes numa volta completa do induzido. O tempo T, mínimo intervalo entre dois
valores iguais de fem, é o período. O número de períodos por segundo é a frequência,
medida em hertz (Hz).
No cago geral duma máquina com p pares de polos, a frequência da fem induzida é
proporcional a p,
f pn ,
Eq. 2
onde n é a velocidade de rotação em rotações por segundo (rps). Geralmente, n
mede-se em rotações por minuto ficando:
pn
f
60
Eq. 3
Examinando a Fig. 1 vemos que cada escova está ligada, por intermédio dum anel,
com um só condutor, a saber: a escova A com o condutor ab e a escova B com cd.
Assim sendo no circuito exterior aparece uma tensão variável no tempo e nele circula
uma corrente alternada de frequência f.
Para que esta corrente tenha um só sentido no circuito exterior, a máquina deve ser
dotada do chamado colector, cujo princípio de funcionamento é o seguinte: os
extremos da espira ab-cd são ligados a dois segmentos de cobre, lâminas do colector,
isolados um do outro e do veio sobre o qual estão montados (Fig. 1); sobre as lâminas
atritam as escovas A e B, fixas no espaço, às quais se liga o circuito exterior. As
escovas são disposição das escovas é tal que na transição de uma lâmina a outra, a
fem induzida é nula.
Assim no circuito exterior a fem terá a forma dada na fig. 5
Fig. 5 Circuito magnético dos polos principais de uma máquina de corrente contínua
N
for constituído por N condutores distribuídos por 2a vias em paralelo, cada via terá
2a
Condutores ligados em série.
Para obter a tensão Ea nas escovas é necessário somar as fem de todos os
condutores que constituem uma via do enrolamento. Assim,
N N
2a 2a
1 1
Eq. 5
Com um número de secções suficientemente grande,
N
N
B
2a
x Bmed const
1 2a
onde o valor médio da indução é
τ
1
τ 0
Bmed Bx dx .
Então,
N
Ea Bmed lv .
2a
A velocidade de rotação do induzido é
D
v D n 2p n 2p n .
2p
Atendendo a que Bmed l v , obtemos, finalmente:
E a CE .
Eq. 6
Np 2 n
Sendo C E e .
2 a 60
Fig. 7 Fem duma via: (a) escovas dispostas segundo a linha neutra geométrica; (b) escovas
deslocadas da linha neutra
N
Numa máquina real, sob cada pólo existem condutores, por isso o binário
2p
electromagnético duma máquina com 2p condutores, será:
N N
2p
D 2p
M a 2p M x 2pl i a a B x .
1 2 1
N
2p
médio da indução (Bmed) multiplicado pelo número de condutores por passo polar, isto
é,
N
2p
N
B
1
x Bmed
2p
.
I
Considerando que B med 2 p e i a a , podemos escrever, finalmente:
Da l 2
M a CM Ia
Eq. 7
pN
com C M .
2 a
Ea
CE
Substituindo na Eq. 7, podemos obter outra forma de representar o binário
electromagnético:
Ea I Pem
Ma
Eq. 8