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Unidade 4

Máquinas de corrente
contínua
Objetivos

 Entender e capacitar o uso da equação da tensão e do conjugado


induzidos em uma máquina CC.
 Entender o mecanismo da comutação em máquinas CC.
 Conhecer e entender a função dos principais elementos de máquinas CC.
 Distinguir os tipos de motores CC de uso geral, entendendo os seus
respectivos circuitos equivalentes.
 Entender a característica de conjugado versus velocidade dos motores CC
de excitação independente, em derivação, série e composta.
 Entender como aplicar o controle da velocidade dos diversos tipos de
motores CC.
 Conhecer os principais tipos de geradores CC, entendendo os seus
respectivos circuitos equivalentes CC.
 Entender a característica de tensão versus corrente dos geradores CC de
excitação independente, em derivação, série e composta.

Conteúdos

 Máquina CC composta por uma espira girante entre faces polares


magnéticas curvadas.
 Comutadores aplicados em máquinas elétricas compostas por uma espira
em rotação para a geração de tensão elétrica CC.
 Conjugado induzido em uma espira em rotação.
 Principais elementos de máquinas CC.
 Aspectos gerais sobre Motores CC.
 Estudo analítico dos Motores: de excitação independente, em derivação,
de ímã permanente, série e composto.
 Aspectos gerais sobre Geradores CC.
 Estudo analítico dos Geradores: de excitação independente, em
derivação, em série, composto cumulativo e composto diferencial.
Orientações para o estudo da unidade

Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:


1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de
cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento
pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha
gradativa dos assuntos até poder observar a evolução do estudo
emmáquinas de corrente contínua, enfatizando motores CC e geradores
CC.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no
Conteúdo Digital Integrador.

1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa quarta unidade de estudo. Você está preparado?
Nesta unidade, inicialmente estudaremos os conceitos básicos sobre máquinas
CC, a partir da descrição matemática de uma máquina CC composta por uma espira
girante entre faces polares magnéticas curvadas. A esta máquina aplicaremos um
comutador, verificando analiticamente o efeito de sua inserção. Em continuidade, na
mesma máquina, examinaremos o conjugado induzido.
Em seguida a este estudo introdutório, conheceremos os principais elementos
constituintes das máquinas CC.
Dando continuidade, analisaremos os aspectos gerais sobre Motores CC,
desenvolvendo o estudo analítico dos principais tipos destes motores.
Para finalizar esta unidade, analisaremos os aspectos gerais sobre Geradores CC,
desenvolvendo o estudo analítico dos principais tipos destes geradores.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas
abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o
aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador.

2.1. MODELO DE MÁQUINA CC COMPOSTA POR UMA ESPIRA GIRANTE


ENTRE FACES POLARES MAGNÉTICAS CURVADAS

Os principais tipos de máquinas CC são os geradores eletromecânicos que


transformam a energia mecânica em energia elétrica CC e os motores que
transformam a energia elétrica CC em energia mecânica.
A maioria das máquinas CC é similar as máquinas CA naacepção de que elas
apresentam tensões e correntes CA internamente. As máquinas CC apresentam uma
saída CC devido aexistência de um mecanismo denominado comutador que converte
as tensões CA internas em tensões CC em seus terminais. Devido a este dispositivo, as
máquinas CC são também denominadas máquinas de comutação.
Os princípios fundamentais envolvidos no funcionamento das máquinas CC são
muito simples. Estaunidadeinicialmente os princípios de funcionamento da máquina
CC, em seguida, estudaremos as máquinas CC reais.
Os geradores e motores reais são máquinas que giram, portanto são também
chamadas máquinas rotativas CC. A máquina rotativa CC mais simples que existe é
constituída por uma única espira de fio girando em torno de um eixo fixo, como
ilustrado na figura 1.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 1: Vistas de uma espira girando entre as faces curvadas dos polos magnéticos.
(a) Em perspectiva; (b) Linhas de campo magnético; (c) Superior; (d) Frontal.

A parte giratória da máquina CC é denominada rotor e a parte estacionária é


denominada estator. O campo magnético da máquina é alimentado pelos polos norte
e sul, conforme ilustrado na Figura 1.
Analisando o desenho, a espira de fio do rotor é disposta em uma ranhura
encaixada em um núcleo de material ferromagnético.
O rotor de material ferromagnético, juntamente com a forma curvada das faces
dos polos, propicia um entreferro de ar com largura constante entre o rotor e o
estator.
Devido ao fato da relutância do ar ser muito maior que a relutância do ferro na
máquina, para reduzir a relutância do caminho de fluxo através da máquina, o fluxo
magnético deve percorrer o caminho mais curto possível entre a face do polo e a
superfície do rotor. Devido ao fluxo magnético ter que assumir o menor caminho
através do ar, ele é perpendicular à superfície do rotor em todos os pontos abaixo das
faces polares.
Pelo fato do entreferro apresentar dimensão uniforme, a relutância é constante
em qualquer ponto abaixo das faces polares e, portanto, a densidade de fluxo
magnético é constante em todos os pontos abaixo das faces polares.
Quando o rotor dessa máquina girar, será induzida uma tensão elétrica na espira
de fio. Para definir o valor e a forma da tensão, faremos uso da figura 2. A espira de fio
tem geometria retangular, com as seções ab e cd perpendiculares ao plano da página e
com as seções bc e da paralelas ao plano da página.

Figura 2: Esquema utilizado na dedução da equação das tensões induzidas na espira da


máquina elétrica.

O campo magnético é constante e perpendicular à superfície do rotor em todos


os pontos abaixo das faces polares e rapidamente se reduz a zero além das bordas dos
polos. Para determinar a tensão total einduzida na espira, analisaremos em separado
cada seção da espira e depois somaremos todas as tensões resultantes. A tensão em
cada segmento é dada pela Equação (1):

einduzida   v  B  . l (1)

Secção ab. Nesta secção da espira, a velocidade do fio vab é tangente ao círculo
formado pela trajetória rotatória. O vetor campo magnético B está dirigido
perpendicularmente para fora da superfície em todos os pontos abaixo da face do polo
e é nulo além das bordas da face do polo. Abaixo da face polar, a velocidade vab é
perpendicular a B e o produto vetorial (vB) é orientado para dentro da página.
Portanto, a tensão induzida no segmento é
eab   v  B  . l
vBl positiva para dentro da página abaixo da face do polo
eab  
 0 além das bordas do polo

Seção bc. Nesta seção da espira, o produto vetorial (vB) dirigido para dentro ou para
fora da página, ao passo que o comprimento l está contido no plano da página. Assim,
o produto vetorial (vB) é perpendicular a l. Logo, a tensão elétrica n segmento bc será
zero, ou seja,

ecb  0

Seção cd. Nesta seção, a velocidade do fio é tangencial à trajetória delineada pela
rotação. O vetor campo magnético B está dirigido perpendicularmente para dentro da
superfície do rotor em todos os pontos abaixo da superfície polar e é zero além das
bordas da face do polo. Abaixo da face polar, a velocidade v é perpendicular a B e o
produto vetorial (vB) é dirigido para fora do plano da página. Portanto, a tensão
induzida no segmento é

eab   v  B  . l
vBl positiva para fora da página abaixo da face do polo
eab  
 0 além das bordas do polo

Seção da. Da mesma forma que na seção bc, o produto vetorial (vB) é perpendicular
a l. Assim sendo, a tensão elétrica nesta seção também será nula, ou seja,

eda  0

A tensão elétrica induzida total einduzida na espira é dada pela soma das tensões
elétricas induzidas em cada tensão, ou seja,

einduzida  eba  ecb  edc  ead  vBl  0  vBl  0 

2vBl abaixo das faces do polo


eab  
 0 além das bordas do polo (2)

Se a espira rotacionar 180°, a seção ab estará posicionada abaixo da face do polo


norte. Nesse instante, o sentido da tensão no segmento fica invertido, porém seu valor
permanece constante.
Ante o exposto, pode-se constatar que a tensão resultante etotal varia em função
da posição angular da espira imersa no campo magnético gerado pelos pólos
magnéticos do estator. Para melhorar a compreensão deste fato, na figura 3 é
mostrada a forma do sinal da variação da tensão resultante etotal em função de tempo.
Figura 3: Variação da tensão resultante etotal em função de tempo.

Existe uma forma alternativa de expressar a Equação (2), que relaciona o


comportamento da maquina CC de espira simples com o comportamento das
máquinas CC reais. Para obter essa expressão, faremos uso do diagrama mostrado na
Figura 4.

Figura 4: Esquema da máquina elétrica mostrando variáveis utilizadas na dedução de


uma forma alternativa da equação da tensão induzida.

A velocidade tangencial das bordas da espira pode ser expressa em termos do


raio de rotação da espira r e da velocidade angular da espira m, de forma que

v
m   v  rm
r (3)

Substituindo a equação (3) na equação (2), tem-se que

2r Bl abaixo das faces do polo


eab   m
 0 além das bordas do polo
ou
2rl Bm abaixo das faces do polo
eab  
 0 além das bordas do polo (4)

Devido à geometria cilíndrica do rotor da figura 3, a área A da superfície deste rotor é


dada por simplesmente igual a 2rl. Devido à existência dos dois polos, a área do rotor
abaixo de cada polo, desconsiderando os intervalos entre os pólos, é de

AP
AP   rl ou rl 
 (5)

Substituindo-se (5) em (4), tem-se que

 AP
2 Bm abaixo das faces do polo
eab   
(6)

 0 além das bordas do polo

Devido à densidade de fluxo B ser constante em toda a região abaixo das faces
dos polos, o fluxo total abaixo de cada polo é dada pelo produto área do polo Ap pela
densidade de fluxo B, ou seja

  AP .B
(7)

Substituindo (7) em (6), obtemos a forma final da equação de tensão, tal que

2
  m abaixo das faces do polo
eab   
(8)

 0 além das bordas do polo

Analisando a estrutura da equação (8), verificamos que a tensão gerada na


máquina é dada pelo produto do fluxo magnético  presente no interior da máquina
pela velocidade de rotação da máquina m, multiplicado por uma constante que
representa os aspectos construtivos da máquina (2/).
Em geral, a tensão em qualquer máquina real dependerá destes três fatores: Do
fluxo na máquina ; Da velocidade de rotação m e de uma constante que representa
a construção da máquina.
Neste tópico, abordamos o estudo de um modelo de máquina cc composta por
uma espira girante entre faces polares magnéticas curvadas. No próximo tópico
estudaremos o uso de comutadores aplicados em máquinas elétricas compostas por
uma espira em rotação para a obtenção de tensão elétrica CC.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.1., você irá complementar seus estudos sobre
máquinas cc compostas por uma espira girante entre faces polares magnéticas curvadas.
Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos indicados, procurando
assimilar o conteúdo estudado.
2.2. COMUTADORES APLICADOS EM MÁQUINAS ELÉTRICAS COMPOSTAS
POR UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO PARA A GERAÇÃO DE TENSÃO
ELÉTRICA CC

Na Figura 3 é mostrado um gráfico da tensão gerada devido à rotação de uma


espira imersa em um campo magnético formado pelos polos do estator da máquina
elétrica. Como pode ser analisada no gráfico, a tensão na espira apresenta alternâncias
entre valores positivos e negativos, caracterizando uma corrente alternada CA.
Para converter esta máquina, que produzia uma tensão CA na saída, em uma
máquina que produza tensão CC na saída, acrescentamos dois segmentos condutores
semicirculares à extremidade da espira, os quais chamaremos por anéis comutadores,
além de dois contatos fixos, os quais chamaremos por escovas, instalados em um
ângulo de tal forma que, no instante em que a tensão na espira for zero, os contatos
colocam em curto-circuito os dois segmentos. Tal arranjo é mostrado na figura 5.

Figura 5: Saída de tensão CC na máquina obtida pelo uso de um comutador e escovas.

O arranjo esquematizado na Figura 5 permite que, sempre que a tensão na


espira mude de sentido, os contatos também mudem de seção de anel comutador e
por consequência, a saída de tensão dos contatos sempre é do mesmo tipo, como
mostrado na figura 6.

Figura 6: tensão elétrica CC de saída.


Neste tópico, estudamos a utilização dos comutadores e escovas aplicados a uma
máquina CA para a geração de uma tensão elétrica CC de saída. A seguir, estudaremos
o conjugado induzido em uma espira em rotação.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.2., você irá complementar seus estudos a respeito de
Comutadores aplicados em máquinas elétricas compostas por uma espira em rotação para a
geração de tensão elétrica CC. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos
vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.3 CONJUGADO INDUZIDO EM UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO

Com o intento de estudarmos o conjugado induzido em uma espira em rotação,


conectaremos uma bateria aos terminais das escovas da máquina da Figura 5 e
obteremos assim o arranjo que é mostrado na Figura 6.

Figura 6: Ligando uma bateria nos terminais das escovas que estão em contato
com os anéis comutadores da espira.

Para esta configuração, determinaremos analiticamente o conjugado produzido


na espira quando a chave for fechada e uma corrente elétrica circular nela.
Para determinar o conjugado, analisaremos a espira em vista frontal, mostrada
na Figura 7.

Figura 7: Vista frontal da máquina elétrica.


O procedimento adotado para calcular o conjugado sobre a espira consiste na de
análise de uma seção de cada vez e posteriormente efetuar o somatório dos efeitos de
todos os segmentos individuais. A força que atua sobre um dado segmento da espira é
dada pela Equação (5) da Unidade 2

FI   B

e o conjugado sobre a seção é dado pela expressão


  r . F . sen 
(9)

onde  é o ângulo formado entre r e F. O conjugado é nulo sempre que a espira estiver
além das bordas dos polos.
Quando a espira estiver á abaixo das faces dos polos, o conjugado é analisado nos
quatro seções que compõe a espira como se segue:

SEÇÃO AB. Na seção ab, o sentido da corrente elétrica gerada pela d.d.p. estabelecida
pela bateria é direcionado para fora da página, como pode ser visto na figura 7. O
campo magnético abaixo da face polar é orientado na direção radial, sentido para fora
do rotor. Portanto, a força sobre o fio na seção ab é dada por

Fab  i   B 
(10)
Fab = i. .B tangente ao sentido do movimento

O conjugado gerado por essa força sobre o rotor é dado substituindo (10) em (9),
tal que

 ab  r i B  sen 90o 
 ab  r i B sentido anti-horário (11)

SEÇÃO BC. Na Seção bc, o sentido da corrente elétrica gerada pela d.d.p. estabelecida
pela bateria é da parte superior esquerda para a parte inferior direita, como pode ser
visto na figura 6. A força induzida sobre o fio é dada por

Fbc  i   B 
Fbc  i. . sen 0 o
 (devido a i ser paralelo a B,  =0o )
Fbc  0
(12)
Devido Fbc = 0, também bc = 0.

SEÇÃO CD. Na Seção cd, a corrente elétrica gerada pela d.d.p. estabelecida pela
bateria tem direção perpendicular ao plano da página e sentido para dentro da página.
O campo magnético B abaixo da face polar está dirigido radialmente para dentro do
rotor, como pode ser visto na figura 7. Portanto, a força sobre o fio é dada por
Fcd  i   B 
(13)
Fcd = i. .B tangente ao sentido do movimento

O conjugado gerado por essa força sobre o rotor é dado substituindo (9) em (10),
tal que

 cd  r i B  sen 90o 
(14)
 cd  r i B sentido anti-horário

SEÇÃO DA. Na seção da, a corrente elétrica gerada pela d.d.p. estabelecida pela
bateria tem o é dirigida da parte inferior direita para a parte superior esquerda, como
pode ser visto na figura. A força induzida sobre o fio é dada por

Fda  i   B 
Fda  i. . sen 0 o
 (devido a i ser paralelo a B,  =0o )
Fda  0 (15)

Devido Fda = 0, também da = 0.

O conjugado resultante total induzido na espira é dado pelo somatório dos


conjugados das seções da espira, ou seja

 induzido   ab   bc   cd   da

2rilB na região abaixo das faces dos polos


 induzido   (16)
 0 nas regiões além das bordas dos polos

Devido à área do polo Ap poder ser representada pela expressão (5) e o fluxo
magnético  pela expressão (7), a expressão (16) para o conjugado pode ser reescrita
como

2
 i na região abaixo das faces dos polos
 induzido   (17)

 0 nas regiões além das bordas dos polos

Ante a análise da equação (17), podemos verificar que o conjugado produzido na


máquina é dado pelo produto do fluxo magnético presente no interior da máquina
pela corrente na máquina, multiplicado por uma constante que representa
características mecânicas construtivas da máquina como o percentual do rotor que
está coberto pelas faces dos polos.
Para concluir, importante se faz destacar que a tensão em qualquer máquina real
dependerá dos três fatores integrantes da equação (17), ou seja: Do fluxo na máquina;
da corrente elétrica na máquina e de uma constante que representa a característica
construtiva da máquina.
Exemplo 1

Em um experimento de laboratório é usada uma máquina elétrica composta por uma


espira simples, conectada a uma bateria, que gira entre as faces curvadas de dois
polos; um resistor e uma chave, como mostra a figura 6. O resistor R representa a
resistência total da bateria e do fio da máquina. Para as circunstâncias descritas a
seguir, determine o que se segue.

(Dados físicos da máquina: r = 0,5m; l = 1,0m; R = 0,3; B = 0,25T; VB = 120V)

Ensaio 1: Fechando a chave de contato do circuito da espira.

a) O que acontece quando é fechado o circuito da espira através da chave?


b) A corrente elétrica de partida máxima e a velocidade angular em vazio, sem
carga, em regime permanente.

Ensaio 2: Aplicando uma carga à espira, de forma que, o conjugado de carga resultante
seja de 10 N.m.

c) A nova velocidade de regime permanente;


d) A potência fornecida ao eixo do rotor;
e) A potência fornecida pela bateria;
f) Essa máquina é um motor ou um gerador?

Ensaio 3: Retirando novamente a carga da máquina de forma que um conjugado de 7,5


N.m seja aplicado ao eixo no sentido de rotação.

g) A nova velocidade de regime permanente. Essa máquina é agora um motor ou


um gerador?

Ensaio 4: Operando a máquina em vazio e reduzindo a densidade de fluxo para 0,20 T.


h) Determine a velocidade final em regime permanente do rotor

Resolução

a) Quando a chave é fechada, uma corrente elétrica circulará na espira. Devido à


espira estar inicialmente parada, a einduzida = 0. Assim, a corrente será dada por

VB  einduzida VB
i 
R R

Essa corrente elétrica circula na espira, gerando o conjugado induzido


dado pela equação (17), tal que
2
 induzido   i no sentido anti-horário

Esse conjugado induzido causa uma aceleração angular no sentido anti-


horário, de forma que o rotor começa a girar. Entretanto, devido ao giro do
rotor, uma tensão elétrica é induzida que é dada por
2
einduzida  m

e, desse modo, a corrente elétrica i diminui. Quando isso ocorre, o conjugado


induzido induzido diminui e a máquina gira em regime permanente com o
conjugado induzido igual a zero.

b) Na partida, a corrente da máquina é

VB 120 V
i   400 A
R 0,3 

Nas condições de regime permanente em vazio, o conjugado induzido


induzido deve ser nulo, porém, isso implica que a corrente i tem que ser zero,
pois induzido = (2/) i , e o fluxo magnético não é nulo. O fato de i ser igual à
zero implica que a tensão da bateria VB seja igual à força eletromotriz induzida
na espira einduzida. A velocidade do rotor será, portanto dada pela equação (8),
tal que

2
VB  einduzida  m 

VB VB
  
 2   2rlB
120 V
 
2  0,5 m 1,0 m  0,25 T 

  480 rad/s

c) Se for aplicado ao eixo da espira um conjugado de carga de 10 N.m, o rotor irá


começar a perder velocidade. Porém, quando a velocidade angular diminuir, a
tensão induzida induzido = (2/)  diminui e a corrente elétrica do rotor
aumenta, analisando a equação

VB  einduzida
i
R

Quando a corrente elétrica do rotor aumenta, o conjugado induzido induzido


na espira aumenta até que se iguale ao conjugado de cargacarga. Em regime
permanente, tem-se que carga.  = induzido = (2/) i. Assim sendo,

 induzido  induzido
i  
2   2rlB
10 N.m
i 
2  0,5 m1,0 m 0,25 T 
i  40 A

Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se que


einduzida  VB  iR 
einduzida  120V -  40 A  0,3  

einduzida  108 V

A velocidade angular do eixo é

einduzida einduzida
  
2   2rlB
108 V
 
2  0,5 m1,0 m 0,25 T 
  432 rad/s

d) A potencia mecânica fornecida ao eixo do rotor

P   m 
P  10 N.m  432 rad/s 

P  4320 W

e) A potencia fornecida pela bateria é

P  VB i= 120 V  40 A 

P  4800 W

f) Ante a análise das potencias fornecida ao eixo e a potencia fornecida pela


bateria, podemos concluir que esta máquina está operando como motor,
convertendo potencia elétrica em potencia mecânica.

g) Se um conjugado for aplicado no sentido do movimento, o rotor irá acelerar


fazendo a velocidade aumentar. Quando a velocidade cresce, a tensão interna
einduzida também aumenta e supera VB, de forma que a corrente elétrica agora
sai da máquina e entra na bateria. Desta forma, a máquina começa a operar
como um gerador. Essa corrente elétrica gera um conjugado induzido oposto
ao sentido de rotação. O conjugado induzido se opõe ao conjugado externo que
foi aplicado e, após um tempo, o conjugado da carga se igualará ao conjugado
induzido, em uma velocidade angular mais elevada.

A corrente no rotor será


 induzida  induzida
i  
2   2rlB
7,5 N.m
i 
2  0,5 m1,0 m 0,25 T 
i  30 A
A tensão induzida einduzida será

einduzida  VB  i R 
120 V +  30 A  0,3  

einduzida  129 V

A velocidade no eixo será

einduzida einduzida
  
2   2rlB
129 V
 
2 0,5 m1,0 m 0,25 T 
  516 rad/s

h) Como nas condições iniciais, a máquina se encontra inicialmente sem carga.


Logo, a velocidade angular é de m= 480 rad/s. Se o fluxo magnético diminuir,
haverá um período transitório. Contudo, depois do transitório, a máquina
deverá novamente apresentar conjugado zero, devido a ainda não ter sido
aplicada carga no eixo. Se o conjugado induzido  induzido = 0, a corrente no rotor
deverá também ser zero e portanto VB = einduzido. Portanto, a velocidade no eixo
será

einduzida einduzida
  
2   2rlB
120 V
 
2 0,5 m1,0 m 0,25 T 
  600 rad/s

Importante se faz observar que quando o fluxo na máquina diminui, sua


velocidade angular aumenta.

Neste tópico, estudamos o efeito do conjugado induzido em uma espira em


rotação. Também foi apresentado um exemplo de aplicação que utiliza os conceitos
teóricos estudados nos tópicos anteriores. A seguir, estudaremos os geradores e
motores de corrente contínua.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.3., você irá complementar seus estudos a respeito
conjugado induzido em uma espira em rotação. Antes de prosseguir para o próximo
assunto, assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.4 PRINCIPAIS ELEMENTOS DE MÁQUINAS CC

Um motor elétrico é uma máquina que converte energia elétrica em energia


cinética de rotação. Um gerador elétrico, por sua vez, é uma máquina que converte
energia cinética de rotação em energia elétrica. Como estudamos na unidade 1, a
energia mecânica pode ser fornecida por uma queda d’água, vapor, vento
combustíveis fósseis ou por um motor elétrico.

Figura 8: Partes constituintes de uma máquina CC.

As principais partes, mostradas na figura 8, que constituem os motores e


geradores de corrente contínua são basicamente:

 Armadura: Em um motor, a armadura recebe a corrente elétrica originária de


uma fonte elétrica externa. Isto faz a armadura girar. Em um gerador, a
armadura gira devido a um conjugado mecânico externo que é aplicado ao eixo
do rotor. Devido a isso, é gerada uma tensão elétrica na armadura que é
transmitida a um circuito externo. Em suma, a armadura do motor recebe a
corrente de um circuito externo e a armadura do gerador libera corrente para
um circuito externo (carga). Devido a armadura girar, ela também é
denominada de rotor.

 Comutador: Uma máquina cc tem um comutador para converter a corrente


alternada que passa por sua armadura em corrente contínua liberada través de
seus terminais no caso do gerador. O comutador é composto por segmentos de
cobre com um par de segmentos para cada enrolamento da armadura. Na
prática, cada segmento do comutador é isolado dos demais através de lâminas
de mica. Os segmentos são montados em torno do eixo da armadura, isolados
do eixo e do ferro da armadura. Na carcaça estática da máquina são montadas
duas escovas fixas, que permitem contatos com segmentos opostos do
comutador.
 Escovas: São conectores de grafite fixos, montados sobre molas que permitem
que eles deslizem sobre o comutador no eixo da armadura. As escovas são os
contatos entre os enrolamentos da armadura e a carga externa.

 Enrolamento de campo: Este eletroímã gera o fluxo magnético que envolverá a


armadura. Em um motor, a corrente elétrica para o campo é fornecida pela
mesma fonte que energiza a armadura. Em um gerador, a fonte de corrente de
campo pode ser uma fonte separada, chamada excitador, ou ainda proveniente
da própria armadura.

 Enrolamentos da armadura: As bobinas da armadura de grandes máquinas CC


são geralmente enroladas na sua geometria final antes de serem inseridas na
armadura. As bobinas pré-fabricadas são dispostas entre as fendas do núcleo
laminado da armadura.

Neste tópico, vimos os principais elementos constituintes de máquinas CC.


Estudaremos, no próximo tópico os motores CC.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.4., você irá complementar seus estudos a respeito
dos principais elementos constituintes de máquinas CC. Antes de prosseguir para o próximo
assunto, assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.5 MOTORES CC

Há cinco tipos principais de motores CC de uso geral que serão descritos


posteriormente:

1. O motor CC de excitação independente


2. O motor CC em derivação
3. O motor CC de ímã permanente
4. O motor CC série
5. O motor CC composto

O circuito equivalente de um motor CC é mostrado na Figura 9.

(a) (b)
Figura 9: (a) Circuito equivalente de um motor CC. (b) Um circuito equivalente
simplificado onde a queda de tensão nas escovas foi eliminada e Raj foi combinada
com a resistência de campo.
Na figura 9 (a), o circuito da armadura é figurado a partir de uma fonte de tensão
ideal EA e um resistor RA. Esse modelo é o equivalente Thévenin da estrutura completa
do rotor que inclui as bobinas, os interpolos e os enrolamentos de compensação. A
queda de tensão nas escovas é representada por uma pequena bateria V escova que se
opõe à corrente elétrica que circula no circuito elétrico.
As bobinas de campo, que geram o fluxo magnético do gerador, são
representadas pelo indutor LF e pelo resistor RF. O resistor separado Raj representa um
resistor externo de valor ôhmico variável, usado para controlar a corrente que circula
no circuito de campo.
Este circuito equivalente básico pode ser ainda mais simplificado. Devido a
dimensão da queda de tensão nas escovas ser frequentemente uma fração mínima da
tensão gerada em uma máquina, em casos não muito analíticos, esta queda de tensão
nas escovas pode ser desprezada ou incluída de forma aproximada no valor de R A.
Ainda, algumas vezes a resistência interna das bobinas de campo é combinada com o
resistor variável e a resistência total é denominada RF , como pode ser visto na figura
9. Uma terceira simplificação é que alguns geradores têm mais do que uma bobina de
campo e todas elas são incluídas no circuito equivalente.
A tensão interna gerada nessa máquina ou de qualquer motor ou gerador CC é
dada por

E A  Km
(18)

implicando que, EA é diretamente proporcional ao fluxo e à velocidade de rotação da


máquina. O conjugado induzido produzido pelo motor CC é dado por

 induzido  KIA
(19)

Essas duas equações, e a equação de Kirchhoff das tensões da armadura são


ferramentas importantes para avaliar o comportamento e o desempenho de motores
CC.
Para se determinar o sentido de rotação dos condutores da armadura de
motores CC é aplicada a regra da mão esquerda. Na figura 10, é mostrado um fio
condutor imerso no campo magnético e a aplicação da regra da mão esquerda para a
determinação da direção e sentido do movimento. Neste caso, o dedo indicador
aponta no sentido do campo magnético, o dedo médio no sentido da corrente elétrica
que flui pelo condutor e o polegar indicado o sentido em que o condutor tenderá a se
deslocar.
Figura 10: Determinação do sentido do movimento de um condutor, no qual flui uma
corrente elétrica, imerso em um campo magnético.

No caso de uma bobina retangular, formada por uma única espira paralela a um
campo magnético, como mostrado na figura 11. Neste caso, O sentido da corrente
elétrica do condutor da esquerda é saindo da folha do papel, e o condutor do lado
direito é para dentro do papel. Assim sendo, aplicando a regra da mão esquerda, o
condutor da esquerda tende a se deslocar para cima com uma força F1 e o condutor da
direita tende a se deslocar para baixo com uma força F2. Estas duas forças geram um
conjugado motor que faz a bobina girar no sentido horário.

Figura 11: Dois condutores de uma bobina composta por uma espira.

Neste tópico, apresentamos um estudo sobre Energia Eólica. Vimos como os


ventos podem ser utilizados como fonte geradora de energia elétrica e o
funcionamento básico dos aerogeradores. No tópico a seguir, estudaremos a energia
gerada a partir do núcleo dos átomos: a energia nuclear.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.5., você irá complementar seus estudos a respeito
da geração de energia elétrica a partir de energia eólica. Antes de prosseguir para o próximo
assunto, assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.6 MOTORES DE EXCITAÇÃO INDEPENDENTE E EM DERIVAÇÃO

O circuito equivalente de um motor de excitação independente é mostrado na


Figura 12(a) e o circuito equivalente de um motor CC em derivação, também
conhecido como motor shunt ou ainda em paralelo, é mostrado na Figura 12(b).

(a) (b)

Figura 12: (a) Circuito equivalente de um motor CC de excitação independente;


(b) circuito equivalente de um motor CC em derivação (shunt).

Um motor CC de excitação independente tem seu circuito de campo alimentado


a partir de uma fonte isolada de tensão constante, enquanto um motor CC em
derivação tem seu circuito de campo alimentado diretamente dos terminais de
armadura do próprio motor.
A equação da lei de Kirchhoff das tensões para o circuito de armadura desses
motores é dado por

VT  E A  IARA
(20)

A característica de terminal de uma máquina é geralmente fornecida por um


gráfico que abrange as grandezas de saída da máquina. No caso de um motor, as
grandezas de saída são o conjugado motor e a velocidade. Portanto, a característica de
terminal de um motor é representada graficamente pelo conjugado de saída versus a
velocidade.
Ante o exposto, será verificado como um motor CC em derivação responde a
uma carga.
Supondo que a carga no eixo de um motor CC em derivação seja aumentada.
Nesse caso, o conjugado de carga carga excederá o conjugado induzido induzido na
máquina e, por decorrência, o motor começará a apresentar redução da velocidade
angular m. Quando isso ocorre, ante a análise da equação (18) a tensão interna
gerada EA diminui, e consequentemente a corrente de armadura do motor IA aumenta,
pois

IA   VT  E A   RA

Ao aumentar a corrente, o conjugado induzido cresce, pois


 induzido  K  IA 

Isto ocorre até que o conjugado induzido se iguale ao conjugado de carga, em uma
velocidade angular m menor.
A característica de terminal de um motor CC em derivação pode ser obtida a
partir das equações da tensão induzida, do conjugado e da lei de Kirchhoff das tensões
(LKT). A equação LKT para um motor CC em derivação é dada pela equação (20). Como
a tensão induzida é dada por (18), substituindo (18) em (20) tem-se que

VT  Km + IARA (21)


Como  induzido  K IA , a corrente IA pode ser escrita como

 induzido
IA 
K (22)
Combinando as Equações (21) e (22), tem-se que

 induzido
VT  Km + RA
K (23)
E, isolando a velocidade do motor em (23), tem-se que

VT RA
m  -  induzido (24)
K  K 2

Analisando a estrutura algébrica da equação (24), verificamos que esta função


fornece o gráfico de uma linha reta com uma inclinação negativa. A característica
resultante de conjugado versus velocidade de um motor CC em derivação está
mostrada na Figura 13.

Figura 13: Característica do conjugado versus velocidade de um motor CC em derivação


ou de excitação independente.
Exemplo 2

Um motor CC em derivação (50 HP / 250 V / 1200 rpm), cujo esquema é mostrado na


figura 14, possui enrolamentos de compensação, e uma resistência de armadura
6,0.10-2  a qual inclui as escovas, os enrolamentos de compensação e os interpolos.
Seu circuito de campo tem uma resistência total de Raj + RF = 50 , gerando uma
velocidade em vazio de 1200 rpm. O polo possui 1200 espiras por enrolamento do
campo em derivação, como mostra a figura 14. Para este arranjo determine:

Figura 14: Motor CC em derivação.

a) A velocidade do motor quando a corrente de entrada é 100 A.


b) A velocidade do motor quando a corrente de entrada é 200 A.
c) A velocidade do motor quando a corrente de entrada é 300 A.

Resolução

A tensão interna gerada em uma máquina CC, com a velocidade expressa em rotações
por minuto, pode ser obtida através da equação (18) adaptada, de forma que

E A  K nm (25)

Onde nm representa a frequência de giro do motor em rpm. Considerando a corrente


de campo da máquina constante, devido a VT e a resistência de campo serem
constantes, e devido não serem citados no enunciado do problema efeitos de reação
de armadura, o fluxo nesse motor é constante. A relação entre as velocidades e as
tensões geradas internas do motor, para duas condições diferentes de carga, será

E A2 K nm2 E A2
  nm2  nm1 (26)
E A1 K nm1 E A1

Em vazio, a corrente de armadura é zero, de forma que EA1 = VT = 250 V, durante o


tempo em que a velocidade nm1 = 1200 rpm. Assim sendo,se calcularmos a tensão
interna gerada para qualquer outra carga, será possível determinar a velocidade para
essa carga a partir da Equação (26).

a) Se IL = 100 A, analisando o esquema tem-se que


VT
IL  IA  IF  IA  IL - IF  IA  IL  
RF
250V
IA  100 A  
50
IA  95 A

Utilizando a equação (20), EA para essa carga será

EA  VT - IARA 
EA  250 V -  95A 0,06  

EA  244,3 V

Aplicando-se a equação (26), tem-se que a frequência de giro do motor será de

244,3 V
nm2  1200 rpm 
250 V

nm2  1173 rpm

b) Se IL = 200 A, da mesma forma que no item a

250V
IA  200 A  
50

IA  195 A

Utilizando a equação (20), EA para essa carga será

EA  VT - IARA 
EA  250 V - 195A  0,06  

EA  238,3 V

Aplicando-se a equação (26), tem-se que a frequência de giro do motor será de

238,3 V
nm2  1200 rpm 
250 V

nm2  1144 rpm

c) Se IL = 300 A, da mesma forma que no item a


250V
IA  300 A  
50

IA  295 A

Utilizando a equação (20), EA para essa carga será

EA  VT - IARA 
EA  250 V - 295A  0,06  

EA  232,3 V

Aplicando-se a equação (26), tem-se que a frequência de giro do motor será de

232,3 V
nm2  1200 rpm 
250 V

nm2  1115 rpm

Neste tópico, estudamos os motores de excitação independente e em derivação.


A seguir, estudaremos o motor CC de ímã permanente.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.6., você irá complementar seus estudos a respeito
de motores de excitação independente e em derivação. Antes de prosseguir para o próximo
assunto, assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.7 MOTOR CC DE ÍMÃ PERMANENTE

O motor CC de ímã permanente (CCIP) têm os polos feitos de ímãs permanentes.


Esses motores oferecem várias vantagens em comparação com os motores CC em
derivação, devido a não necessitarem do circuito de campo externo, não
apresentando, portanto perdas devido ao efeito Joule nas bobinas de cobre do circuito
de campo dos motores CC em derivação.
As armaduras dos motores CCIP são idênticas às armaduras dos motores com
circuitos de campo. A ausência dos eletroímãs no estator reduz o tamanho e o custo
do estator além das perdas nos circuitos de campo.
O fato dos ímãs permanentes não produzirem uma densidade de fluxo tão
elevada quanto a de um campo em derivação de alimentação externa, faz com que o
motor CCIP apresente um conjugado induzido induzido menor que o motor CC em
derivação de mesmo tamanho e construção.
Outro problema relacionado ao motor CCIP é que pode haver o risco de
desmagnetização dos imãs, pois, a corrente elétrica IA que flui na armadura produz um
campo magnético de armadura. A força magnetomotriz da armadura é subtraída da
força magnetomotriz dos polos abaixo de algumas partes das faces polares e é
adicionada à força magnetomotriz dos polos abaixo de outras partes das faces,
reduzindo assim o fluxo magnético líquido total na máquina. Se a corrente de
armadura tornar-se muito elevada, então haverá o risco da força magnetomotriz da
armadura desmagnetizar os polos, reduzindo permanentemente e orientando de outra
forma o fluxo magnético deles.
A desmagnetização também pode ser gerada pelo aquecimento excessivo devido
a um impacto mecânico ou devido a períodos prolongados de sobrecarga no uso.
Muitas pesquisas foram e ainda estão sendo desenvolvidas no intuito de
conseguir materiais magnéticos que apresentam características desejáveis para a
fabricação de ímãs permanentes. Os principais tipos desses materiais são os materiais
magnéticos cerâmicos como a ferrite e os materiais magnéticos de terras raras como o
Neodímio que podem produzem excelentes fluxos magnéticos em comparação com
ligas ferromagnéticas convencionais e, ao mesmo tempo, são largamente imunes aos
problemas de desmagnetização citados anteriormente.
Devido ao fato do fluxo magnético de um motor CCIP ser fixo, torna mais
complexa a elaboração de projetos de controle de velocidade, sendo que os únicos
métodos de controle de velocidade disponíveis são o controle por tensão de armadura
e o controle por resistência de armadura.

Neste tópico, proporcionamos um estudo sobre motores CC de imã permanente,


descrevendo características construtivas, vantagens e desvantagens em sua aplicação.
No tópico a seguir, estudaremos os motores CC série.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.7., você irá complementar seus estudos a respeito
de motores CC de imã permanente. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos
vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.8 MOTOR CC SÉRIE

Os motores CC série são motores CC que apresentam enrolamentos de campo de


poucas espiras conectadas em série com o circuito de armadura. O circuito equivalente
de um motor CC série é mostrado na Figura 8-20.

Figura15: Circuito equivalente de um motor CC série.

Em um motor série, a corrente de armadura, a corrente de campo e a corrente


de linha são todas a mesma, ou seja, IA = IS = IL.
A equação da lei de Kirchhoff para as tensões desse motor é

VT  EA  IA  RA  RS  (27)
A característica das variáveis de saída tais como conjugado e velocidade de um
motor CC série é muito diferente da característica das variáveis de saída de um motor
em derivação. O comportamento de um motor CC série decorre do fato de que o fluxo
magnético é diretamente proporcional à corrente de armadura, até que ocorra
saturação. Se houver o aumento da carga do motor, seu fluxo magnético também
aumenta. O aumento de fluxo magnético no motor causa a redução de sua velocidade.
O resultado é que um motor série tem uma característica de conjugado versus
velocidade de declive muito acentuado.

O conjugado induzido em motores CC em série é dado pela expressão

 induzido  KIA (28)

O fluxo dessa máquina é diretamente proporcional à sua corrente de armadura,


no mínimo até que o metal sature. Assim sento, o fluxo da máquina pode ser expresso
por

  c IA (29a)

onde c é uma constante de proporcionalidade. Substituindo (29) em (28), tem-se que o


conjugado induzido dessa máquina é dado por

 induzido  K c IA2 (30a)

Analisando a equação (30) se pode constatar que o conjugado do motor é


proporcional ao quadrado de sua corrente de armadura. Por consequência, os motores
CC série fornecem mais conjugado por ampère do que qualquer outro tipo de motor
CC. Devido a esta propriedade, eles são usados em aplicações que requerem
conjugados muito elevados.
Para determinar a característica de terminal de um motor CC série, supondo que
a magnetização é linear, o fluxo do motor será dado pela equação (29a).

  c IA (29a)

Essa expressão será usada para obter o gráfico da característica de conjugado


versus velocidade do motor série. A dedução desta característica de conjugado versus
velocidade se inicia com a aplicação da lei de Kirchhoff das tensões, expressa na
equação (27)

VT  EA  IA  RA  RS  (27)

Da Equação (30), podemos representar a corrente de armadura como

 induzido
IA  (30b)
Kc
Substituindo as equações (18) e (30b) em (27), tem-se que

 induzido
VT  Km   RA  RS  (31)
Kc

Se o fluxo  for eliminado da expressão (31), será possível relacionar diretamente o


conjugado do motor com sua velocidade. Assim sendo, para eliminar o fluxo da
expressão, reescrevemos a equação (29a) como


IA 
c (29b)

e substituímos (29b) em (30a) e reescrevemos a equação do conjugado induzido como

K 2
 induzido   (32a)
c

Isolando  na equação (32), o fluxo no motor pode ser expresso como

c c
   induzido   induzido (32b)
K K

Substituindo a Equação (32b) na Equação (31) e isolando a velocidade angular m,


tem-se que A relação resultante entre conjugado versus velocidade é

 c   induzido
VT  K   induzido  m   R A  RS  
 K  Kc
c  induzido
K  induzido m  VT   R A  RS  
K Kc
R R
Kc  induzido m  VT  A S  induzido 
Kc

VT RA  RS
m  
Kc  induzido Kc
(33)

Analisando a equação (33), para o motor série não saturado, a velocidade


angular do motor varia com o inverso da raiz quadrada do conjugado. Essa
característica de conjugado versus velocidade ideal é expressa em forma gráfica na
Figura 15.
Figura 15: Característica de conjugado versus velocidade de um motor CC série.

Ainda analisando a equação (5), se verifica uma das desvantagens dos motores
série. Quando o conjugado desse motor vai a zero, sua velocidade vai a infinito. Na
prática, o conjugado nunca pode ser inteiramente zero devido às perdas mecânicas, no
núcleo e suplementares. Porém, se nenhuma carga mecânica for acoplada ao motor,
ele poderá girar suficientemente rápido para se danificar seriamente.

Exemplo 3

Um motor CC Série gira a uma frequência de1500 rpm e aplica uma corrente de
13,6 A sob 230 V. A resistência elétrica da armadura é de 0,77  e a resistência elétrica
do estator é de 1,06 . Para este arranjo, determine a força eletromotriz EA.

Resolução

VT  E A  IA  RA  RS  
E A  VT  IA  RA  RS  
E A  230 - 13,6  0,77  1,06  

E A  205,11 V

Neste tópico, desenvolvemos um estudo sobre Motores CC série, descrevendo


suas principais características de funcionamento, vantagens e desvantagens de
aplicação em comparação a outros tipos de motores CC. No tópico a seguir,
estudaremos o motor CC composto.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.8., você irá complementar seus estudos a respeito
de motor CC série. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos indicados,
procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.9 MOTOR CC COMPOSTO

O motor CC composto possui campos em derivação e em série. O circuito elétrico


correspondente a este motor é mostrado na Figura 16.

(a) (b)

Figura 16: Circuito equivalente de motores CC compostos: (a) ligação em derivação


longa; (b) ligação em derivação curta.

Os pontos ou marcas marcados próximo as bobinas dos dois campos têm o


mesmo significado que os pontos ou as marcas em um transformador, ou seja, uma
corrente elétrica que entra no terminal com marca produz uma força magnetomotriz
positiva. Se a corrente entrar nos terminais com marcas de ambas as bobinas de
campo, as forças magnetomotrizes resultantes irão se combinar, produzindo uma
força magnetomotriz total maior. Esta conjuntura é denominada como composição
cumulativa ou aditiva. Se a corrente entrar no terminal com marca de uma bobina de
campo e sair pelo terminal com marca da outra bobina de campo, as forças
magnetomotrizes resultantes irão se subtrair. Na Figura 16, as marcas circulares são
relacionadas à composição cumulativa do motor e as marcas quadradas são
relacionadas à composição diferencial.
A equação da lei de Kirchhoff das tensões para o motor CC composto é

VT  EA  IA  RA  RS 
(34)

As relações entre as correntes de um motor composto são dadas por

IA  IL  IF (35)

VT
IF 
RF (35)

A força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são


dadas por
f mm  f mm  f mm  f mm
líquida F SE RA
(36)
N f
IF *  IF  SE
IA  mm RA (37)
N F N F

O sinal positivo nas equações (36) e (37) está associado a um motor CC composto
cumulativo e o sinal negativo está associado ao motor CC composto diferencial.

Pode-se dizer que, o motor CC composto cumulativo combina as melhores


características dos motores em derivação e série, pois, no motor CC composto
cumulativo, há uma componente de fluxo que é constante e outra que é proporcional
à sua corrente de armadura. Portanto, o motor composto cumulativo tem um
conjugado de partida maior do que um motor em derivação, porém, um conjugado de
partida menor do que o de um motor série.
Como em um motor série, o motor CC composto cumulativo manifesta um
conjugado extra para a partida e, como um motor em derivação, a velocidade não
dispara quando está sem carga. O campo em série com cargas leves tem um efeito
muito pequeno, levando o motor a apresentar um comportamento aproximado ao de
um motor CC em derivação. Se a carga torna-se muito grande, o fluxo do enrolamento
em série torna-se importante e a característica do conjugado versus velocidade
começa a se tornar parecida à curva característica de um motor série.
No motor CC composto diferencial, ocorre a subtração entre a força
magnetomotriz em derivação e a força magnetomotriz. Portanto, quando a carga no
motor aumenta, IA aumenta e o fluxo no motor diminui. Contudo, quando o fluxo
diminui, a velocidade do motor aumenta. Este acréscimo de velocidade ocasiona outro
aumento de carga, o que por sua vez aumenta IA e reduz mais o fluxo magnético,
aumentando novamente a velocidade. Por decorrência, o motor CC composto
diferencial é instável e sua velocidade apresenta tendência a disparar.
Tal instabilidade é muito mais grave do que a apresentada pelos motores em
derivação com reação de armadura. Esta característica torna o motor CC composto
diferencial inadequado para aplicações em geral.
Na prática, é impossível dar partida neste motor, pois, nas condições de partida,
a corrente de armadura e a corrente do campo em série são muito altas. O campo em
série pode inverter a polaridade magnética dos polos da máquina devido ao fato neste
tipo de motor do fluxo em série ser subtraído do fluxo em derivação.
Na partida, normalmente este motor permanece imóvel ou gira lentamente no
sentido errôneo, enquanto os enrolamentos são queimados, devido à intensa corrente
de armadura. Para dar partida em um motor CC composto diferencial, haveria a
necessidade de curto-circuitar seu campo em série, de forma que durante a partida ele
apresente o comportamento de um motor comum em derivação.

Exemplo 4

O motor CC mostrado na figura 17(a), cuja curva de magnetização é mostrada na figura


17(b) é constituído por enrolamentos de compensação, 100 HP e 250 V, tem
resistência interna de 0,04  abrangendo o enrolamento em série. No enrolamento
em derivação tem 1000 espiras por polo e no enrolamento em série 3 espiras por polo.
Em vazio, o resistor de campo foi ajustado para que o motor girasse a 1200 rpm.
Desprezando todas as perdas, determine:
(a) A corrente do campo em derivação dessa máquina em vazio;
(b) A velocidade do motor quando IA = 200 A, se supormos que o motor é
composto cumulativo;
(c) A velocidade do motor quando IA = 200 A, se supormos que o motor é
composto diferencial.

(a)

(b)

Figura 17: (a) Circuito elétrico do motor CC composto do Exemplo4. (b) Curva de
magnetização de um motor CC típico de 250 V, plotada para velocidade de 1200 rpm.

Resolução:

(a) Em vazio, a corrente elétrica de armadura será igual a zero, de forma que a tensão
interna gerada do motor deve ser igual a VT, o que significa que deve ser 250 V. A
partir da análise da curva de magnetização mostrada na figura 17(b), se verifica
que uma corrente de campo de 5 A produz uma tensão EA = 250 V a 1200 rpm.
Assim sendo, a corrente do campo em derivação deve ser de 5 A.
(b) Quando uma corrente de armadura de intensidade 200 A flui no motor, a tensão
interna originada da máquina é obtida usando a equação (34), de forma que

E A  VT  IA  RA  RS  
E A  250V   200  0,04  

E A  242 V

A corrente de campo efetiva desse motor composto cumulativo é obtida usando a


equação (37), de forma que

N f
IF *  IF + SE
IA  mm RA 
N F N F

3
IF *  5 A + 200 A 
1000

IF *  5,6 A

Analisando a curva de magnetização da figura 17(b), para IF *  5,6 A , temos EA0 = 262
V, quando a velocidade é de n0 = 1200 rpm. Assim sendo, a velocidade do motor será
dada a partir da equação (26), de forma que

E A1
nm1  nm0 
E A0
242 V
nm1  1200 rpm 
262 V

nm1  1108 rpm

(c) Se a máquina for do tipo composta diferencial, a corrente de campo efetiva é


obtida usando a equação (37), de forma que

N f
IF *  IF - SE
IA  mm RA 
N F N F

3
IF *  5 A - 200 A 
1000

IF *  4,4 A

Novamente, analisando a curva de magnetização da figura 17(b), para IF *  4,4 A ,


temos EA0 = 236 V, quando a velocidade é de n0 = 1200 rpm. Assim sendo, a velocidade
do motor será dada a partir da equação (26), de forma que
E A1
nm1  nm0 
E A0
242 V
nm1  1200 rpm 
236 V

nm1  1230 rpm

Ante a análise dos resultados, importante se faz observar que a velocidade do


motor CC composto cumulativo diminui com a carga, enquanto que a velocidade do
motor CC composto diferencial aumenta com a carga.

Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre motores CC compostos. No tópico a


seguir, estudaremos os geradores CC.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.9., você irá complementar seus estudos a respeito
de motores CC compostos. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos
indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.10 GERADORES CC

Os geradores CC são máquinas CC utilizadas como geradores. Não existe


nenhuma diferença entre um gerador e um motor, a não ser com relação ao sentido
do fluxo de potência.
Existem cinco tipos principais de geradores CC, classificados de acordo com o
modo de produção do fluxo de campo:
Os geradores CC são qualificados em cinco tipos principais:

1. Gerador de excitação independente.


2. Gerador em derivação.
3. Gerador série.
4. Gerador composto cumulativo
5. Gerador composto diferencial.

Esta classificação é feita de acordo com a forma de produção do fluxo de campo.


Os diferentes tipos de geradores CC distinguem-se entre si nas características de
tensão versus corrente e, assim, nas aplicações às quais são apropriados.
Através de variáveis como as tensões, potências nominais, eficiências e
regulações de tensão são efetuadas as comparações entre os geradores CC.
A regulação de tensão (RT) é calculada utilizando a equação

VVZ  VPC
RT   100%
VPC (38)

onde Vvz é a tensão de terminal sem carga, a vazio, do gerador e Vpc é a tensão de
terminal a plena carga do gerador.
Uma regulação de tensão positiva denota uma característica descendente e uma
regulação de tensão negativa denota uma característica ascendente.
Os geradores são ativados por uma fonte de potência mecânica, que
denominada por máquina motriz. Estas máquinas motrizes podem ser turbinas a
vapor, motores a diesel, ou outro sistema em que haja a conversão de qualquer tipo
de energia em energia cinética.
O circuito elétrico equivalente de um gerador CC é mostrado na Figura 18.

Figura 18: Circuito elétrico equivalente de um gerador CC.

Comparando o circuito elétrico equivalente de um gerador CC e o circuito


elétrico equivalente de um motor CC, pode-se verificar que estas máquinas
apresentam circuitos equivalentes semelhantes, salvo pelo fato de que o sentido da
corrente e das perdas nas escovas é invertido.
Neste tópico, iniciamos o estudo sobre geradores CC. No tópico a seguir,
estudaremos os geradores CC.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.10., você irá complementar seus estudos a respeito
de motores CC compostos. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos
indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.11 GERADOR DE EXCITAÇÃO INDEPENDENTE

O gerador de excitação independente tem a corrente de campo suprida por uma


fonte de tensão CC externa separada. O circuito equivalente deste gerador é mostrado
na figura 19.

Figura 19: Circuito elétrico equivalente de um gerador de excitação independente.


No circuito, a variável VT representa a tensão real nos terminais e a corrente IL
representa a corrente que circula nas linhas conectadas aos terminais. A tensão gerada
interna é representada por EA e a corrente de armadura é representada por IA. Em um
gerador de excitação independente a corrente de armadura IA é igual à corrente de
linha IL.
A característica de terminal de um gerador de excitação independente, para uma
dada velocidade constante , é dada pelo gráfico da tensão de terminal VT versus e a
corrente de linha IL, que são as grandezas de saída deste dispositivo.
Aplicando a lei de das tensões de Kirchhoff, a tensão de terminal é dada por

VT  E A  IARA (38)

Devido à tensão gerada interna ser independente de IA, a característica de


terminal do gerador de excitação independente com enrolamentos de compensação é
uma linha reta, como mostra a Figura 20.

Figura 20: A característica de terminal de um gerador CC de excitação independente


com enrolamentos de compensação.

Em um gerador desse tipo quando a carga fornecida pelo gerador é aumentada,


IL e IA aumentam. À medida que a corrente de armadura sobe, a queda de tensão IARA
também aumenta, de forma que a tensão de terminal VT do gerador diminui. Essa
tensão de terminal pode ser controlada a partir da alteração da tensão interna gerada
EA da máquina.
Analisando a equação (38), se EA aumenta, então VT também aumenta e, se EA
diminui, VT também diminui. Devido ao fato da tensão interna gerada EA ser calculada
utilizando a expressão E A  k  m , haverá duas formas possíveis de controlar a
tensão desse gerador:

1. Variando a velocidade de rotação : Se  for aumentada, então E A  k  m


aumentará e VT  E A  IARA , também aumentará.

2. Variando a corrente de campo IF. Se RF for reduzida, a corrente de campo IF


aumentará, pois IF  VF RF e o fluxo magnético  da máquina aumentará.
Quando isso ocorre, EA aumenta, pois E A  k  m e VT também aumenta, pois
VT  E A  IARA .
A única forma de determinar com exatidão a tensão de saída de um gerador CC
de excitação independente, para uma dada tensão de entrada, é através da análise
gráfica, pois, o comportamento destas máquinas é não linear. Para tal se faz o uso da
curva de magnetização, cuja descrição do método se segue.
Neste método, se faz o uso da magnetomotriz total, da corrente de campo
equivalente e da relação entre velocidade na curva de magnetização e a velocidade
real do gerador.
A força magnetomotriz total de um gerador de excitação independente é dada
por

f mm  NF I F  f (39)
líquida mm RA

A corrente de campo equivalente I F* de um gerador de excitação independente,


utilizada na curva de magnetização para a obtenção de EA0, é dada por

f
I F*  I F  mm RA (40)
NF

A diferença entre a velocidade na curva de magnetização e a velocidade real do


gerador é dada pela equação (41)

EA n
 m (41)
E A0 n0

O exemplo seguinte ilustra a análise de um gerador CC de excitação


independente utilizando um gráfico de curva de magnetização.

Exemplo 5

Um gerador CC de excitação independente, cujo circuito equivalente é mostrado


na figura 21, e sua curva de magnetização mostrada na Figura 22. Este gerador
apresenta especificações nominais 172 kW, 430 V, 400 A e 1800 rpm e valores
característicos:

RA = 0,05  VF = 430 V
RF = 20  NF = 1000 espiras por polo
Raj = 0 a 300 

Para este gerador determine:

a) A tensão de terminal em vazio do gerador, se o resistor ajustável Raj do


circuito de campo desse gerador for ajustado para 63  e a máquina motriz
estiver acionando o gerador a 1600 rpm;
b) Sua tensão se uma carga de 360 A for conectada aos seus terminais.
Assuma que o gerador tem enrolamentos de compensação.
c) A tensão se uma carga de 360 A for conectada aos seus terminais, mas o
gerador não tivesse enrolamentos de compensação. Assuma que sua reação
de armadura é 450 A.e para essa carga.

Figura 21: Circuito equivalente do gerador de excitação independente do Exemplo 5.

Figura 22: Curva de magnetização do gerador do exemplo 5.

Resolução

a) A resistência total do circuito de campo do gerador é dada por

RF  Raj  83 

e a corrente de campo da máquina será


VF 430 V
IF    5, 2 A
RF 83 

Analisando a curva de magnetização da máquina, constatamos que o


total de corrente produziria uma tensão EA0 = 430 V na velocidade de 1800 rpm.
Como esse gerador está na realidade girando a nm = 1600 rpm, a tensão interna
gerada EA será de

E A nm
 
E Ao n0
1600 rpm
EA  430 V 
1800 rpm

EA  382 V

Devido em vazio VT = EA, a tensão de saída será é VT = 382 V.

b) Se conectarmos uma carga de 360 A aos terminais do gerador, a tensão de


terminal do gerador será dada por

VT  EA  IARA  382 V   360 A 0,05  

VT  364 V

c) Se conectarmos uma carga de 360 A aos terminais do gerador e o gerador tiver


450 A.e de reação de armadura, a corrente de campo efetiva será calculada
usando a equação (40), de forma que

f 450 A.e
I F*  I F  mm RA  5, 2 A - 
NF 1000 e

I F*  4, 75 A

A partir do uso do gráfico da curva de magnetização, verificamos que


para este valor de corrente de campo EA0 = 410 V, de forma que a tensão
interna gerada para nm= 1600 rpm será de

E A nm
 
E Ao n0
1600 rpm
EA  410 V 
1800 rpm

EA  364 V
Assim sendo, a tensão de terminal do gerador seria de

VT  EA  IARA  364 V   360 A 0,05  

VT  346 V

Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre gerador de excitação


independente. No tópico a seguir, estudaremos os geradores CC em derivação.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.11., você irá complementar seus estudos a respeito
de geradores de excitação independente. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.12 GERADOR CC EM DERIVAÇÃO

Os geradores CC em derivação produzem sua própria corrente de campo ligando


seu campo diretamente aos terminais do gerador. O circuito equivalente de um
gerador CC em derivação é mostrado na Figura 21.

Figura 23: Circuito equivalente de um gerador CC em derivação.

Nesse circuito, a corrente de armadura da máquina alimenta o circuito de campo


e a carga ligada à máquina, de forma que IA = IF + IL .
A equação da lei das tensões de Kirchhoff para o circuito de armadura para esta
máquina é

VT  E A  IARA (42)

Os geradores CC em derivação apresentam uma vantagem em comparação com


o gerador CC de excitação independente devido a não necessitar de uma fonte de
alimentação externa para o circuito de campo.
Com relação à característica de terminal dos geradores CC em derivação, esta é
diferente da característica de terminal dos geradores de excitação independente,
devido a corrente de campo depender de sua tensão de terminal. Para entender a
característica de terminal de um gerador em derivação, avaliaremos a máquina em
vazio, adicionando-se carga, analisando o efeito que acorre.
À medida que a carga do gerador aumenta, IL aumenta e, portanto IA também
aumenta, pois IA  IF  IL . O aumento de IA acresce a queda de tensão IARA na
resistência de armadura RA, fazendo VT diminuir, pois VT  E A  IA . RA . Esse
comportamento é o mesmo observado em um gerador de excitação independente.
Porém, quando VT diminui, a corrente de campo da máquina diminui junto. Isso faz o
fluxo da máquina diminuir, diminuindo também EA. A redução de EA gera uma nova
diminuição na tensão de terminal VT devido a VT  E A  IARA .
Como no caso do gerador de excitação independente, existem duas formas de
controlar a tensão de um gerador CC em derivação: A primeira é alterando a
velocidade angular m e a segunda é alterando o valor da resistência de campo do
gerador, alterando indiretamente a corrente de campo.
Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre geradores CC em derivação. No
tópico a seguir, estudaremos os geradores CC série.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.12., você irá complementar seus estudos a respeito
de geradores CC em derivação. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos
vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.13 GERADOR CC SÉRIE

O gerador CC série tem o campo ligado em série com a sua armadura. Devido a
corrente elétrica da armadura ser muito maior do que a de um campo em derivação, o
campo em série deste gerador tem poucas espiras constituídas por um fio muito mais
grosso do que o fio usado em um campo em derivação.
Analisando a expressão da força magnetomotriz f mm  NI , pode-se constatar
que a mesma força magnetomotriz poderá ser produzida usando poucas espiras e uma
corrente elevada ou usando muitas espiras e uma corrente baixa.
Como a corrente de carga plena flui pelo campo, deve-se dimensionar o campo
em série para que haja a menor resistência possível. O circuito elétrico equivalente de
um gerador CC série é ilustrado na Figura 24.

Figura 24: Circuito elétrico equivalente de um gerador CC série.


Neste tipo de gerador, a corrente de armadura, a corrente de campo e a
corrente de linha apresentam todas o mesmo valor. A lei das tensões de Kirchhoff para
o gerador CC série é

VT  EA  IA  RA  RS  (43)

A curva de magnetização de um gerador CC série é muito parecida com a curva


de magnetização dos outros geradores. Porém, em vazio não apresenta corrente de
campo, de forma que VT é muito pequena devido ao fluxo magnético residual presente
na máquina. Conforme a carga aumenta, a corrente de campo também aumenta, de
forma que EA aumenta rapidamente. A queda de tensão IA RA  RS  aumenta também,
porém inicialmente o aumento de EA é mais rápido do que o aumento na queda de
tensão IA RA  RS  e, portanto VT aumenta. Após algum tempo, a máquina se
aproxima da saturação e EA torna-se quase constante. Nesse ponto, a queda resistiva
passa a ser o efeito predominante e VT começa a diminuir. Este comportamento é
mostrado na Figura 25.

Figura 25: Obtenção da característica de terminal de um gerador CC série.

Ante a análise destas ocorrências, se constata que essa máquina é uma fonte de
tensão constante ruim. Na prática, os geradores em série são usados em poucas
aplicações especializadas, nas quais a característica de queda acentuada de tensão do
dispositivo seja desejada.

Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre geradores CC série. No tópico a


seguir, estudaremos os geradores CC compostos cumulativos.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.13., você irá complementar seus estudos a respeito
de geradores CC série. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos
indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.14 GERADOR CC COMPOSTO CUMULATIVO

O gerador CC composto cumulativo tem os campos em série e em derivação


conectados de tal forma que as forças magnetomotrizes dos dois se somam. A Figura
26 mostra o circuito equivalente de um gerador CC composto cumulativo em conexão
de “derivação longa”.

Figura 26: Circuito equivalente de gerador CC composto cumulativo com uma ligação
em derivação longa.

Os pontos que aparecem nas duas bobinas de campo têm a mesma convenção
que os pontos em transformadores, ou seja, a corrente que entra pela extremidade
com ponto da bobina produz uma força magnetomotriz positiva. Note que a corrente
de armadura entra pela extremidade com ponto da bobina de campo em série e que a
corrente IF de derivação entra pela extremidade com ponto da bobina de campo em
derivação. Assim sendo, a força magnetomotriz total nessa máquina é dada por

fmm líquida  fmm F + fmm SE - fmm RA


(44)

onde f mm F representa a força magnetomotriz do campo em derivação, f mm SE


representa a força magnetomotriz do campo em série e f mm RA representa a força
magnetomotriz da reação de armadura.
A corrente equivalente efetiva do campo em derivação para o gerador CC
composto cumulativo é dada por

N SE f
I F*  I F  I A  mm RA (45)
NF NF

As outras relações de tensão e corrente para este gerador são

I A  IF  IL (46)

VT  EA  IA  RA  RS  (47)

VT
IA  (48)
RF

Quanto à característica de terminal de um gerador CC composto cumulativo, é


necessário compreender os efeitos simultâneos que ocorrem na máquina para que
haja a compreensão das variáveis de saída deste gerador.
Para tal, vamos supor que a carga do gerador seja aumentada. Então, à medida
que a carga aumenta, a corrente de carga IL aumenta. Devido à IA  IF  IL , a
corrente de armadura IA também aumenta. Nesse instante, sucedem dois efeitos no
gerador:
No primeiro efeito, quando IA aumenta, a queda de tensão IA RA  RS  também
aumenta. Isso tende a ocasionar uma diminuição na tensão de terminal VT , pois
VT  EA  IA  RA  RS  .
No segundo efeito, quando IA aumenta, a força magnetomotriz do campo em
série f mm SE  NSE I A também aumenta. Isso amplifica a força magnetomotriz total
f mm Total  N F I F  N SE I A , gerando o aumento do fluxo no gerador. O fluxo magnético
acrescido no gerador faz EA ascender, elevando VT, pois VT  EA  IA  RA  RS  .
Estes dois efeitos se contrapõe, pois, um deles tende a elevar VT e o outro tende
a reduzir VT. O efeito predominante no gerador CC composto cumulativo dependerá
do número de espiras em série que forem colocadas nos polos da máquina.

As técnicas de controle da tensão de terminal de um gerador CC composto


cumulativo são as mesmas utilizadas no controle de tensão dos geradores CC em
derivação, descritas anteriormente.

Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre geradores CC compostos


cumulativos. No tópico a seguir, estudaremos os geradores CC compostos diferenciais.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.14., você irá complementar seus estudos a respeito
de geradores CC compostos cumulativos. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.15 GERADOR CC COMPOSTO DIFERENCIAL

O gerador CC composto diferencial contém os campos em derivação e em série,


contudo, São subtraídas suas forças magnetomotrizes entre si. O circuito elétrico
equivalente de um gerador CC composto diferencial é ilustrado na Figura 27.

Figura 27: Circuito elétrico equivalente de um gerador CC composto diferencial com


uma ligação em derivação longa.
Analisando a figura 27, verificamos que a corrente elétrica de armadura IA circula
com sentido para fora de um terminal de bobina com ponto LS, enquanto que a
corrente elétrica do campo em derivação circula com sentido para dentro da
terminação de bobina com ponto LF. Devido a este fato, a força magnetomotriz líquida
é dada por

fmm líquida  fmm F - fmm SE - fmm RA (49)

ou

fmm líquida  NF I F - NSE I A - fmm RA (50)

e a corrente elétrica equivalente do campo em derivação I equivalente devido ao campo


em série e à reação de armadura é dada por

N SE f mm RA
I equivalente   IA  (51)
NF NF

A corrente efetiva total do campo em derivação dessa máquina é

I *F  I F  I equivalente (52)

N SE f mm RA
I *F  I F  IA  (53)
NF NF

Com relação à característica de terminal do gerador CC composto diferencial,


neste gerador ocorre os mesmos dois efeitos que acontecem no gerador CC composto
cumulativo, anteriormente descritos. Porém, no gerador CC composto diferencial os
dois efeitos atuam em sentidos iguais. Como os efeitos tendem a reduzir a tensão VT, a
tensão reduz rapidamente quando a carga é acrescida no gerador.
Quanto ao controle da tensão de um gerador CC composto diferencial, mesmo
que as características de queda de tensão deste tipo de gerador ser ruim, ainda é
possível controlar a tensão de terminal para qualquer valor dado de carga. As técnicas
disponíveis para ajustar a tensão de terminal são as mesmas que as aplicadas em
geradores CC compostos em derivação e cumulativo. Tais métodos são relacionados
com a variação da velocidade de rotação m ou a variação da corrente elétrica de
campo IF.

Neste tópico, desenvolvemos o estudo sobre motores CC compostos. No tópico a


seguir, estudaremos os geradores CC.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.15., você irá complementar seus estudos a respeito
de motores CC compostos. Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos
indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.
Vídeo complementar ___________________________________________________
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na funcionalidade Videoaulas. Em
seguida, digite o nome do vídeo e selecione-o para assistir.
 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos”, selecione a obra “Conversão de
Energia”, em seguida, Vídeos Complementares – Complementar 1.

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador (CDI) representa uma condição necessária e
indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta
unidade.
Cada tema abordado no Conteúdo Básico de Referência (CBR) será abordado
com um comentário abrangente, além de um vídeo proposto que irá complementar
seus estudos.

3.1. MODELO DE MÁQUINA CC COMPOSTA POR UMA ESPIRA GIRANTE


ENTRE FACES POLARES MAGNÉTICAS CURVADAS
Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre a modelagem matemática de uma
máquina cc constituída por uma espira girante entre faces polares magnéticas
curvadas. É de fundamental importância o compreender este modelo, pois em
máquinas CC reais, os campos magnéticos são gerados por bobinas que são compostas
por espiras, que podem ser comparadas como a base da conversão de energia
eletromagnética das máquinas elétricas. A seguir, são apresentadas algumas
videoaulas sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo
estudado.
 UNIVESP TV. Instalações Elétricas - Aula 01 - Circuitos elétricos em corrente
contínua (CC). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=15QCjrbgiag. Acesso em: 03/01/2017.
 UNIVESP TV. Instalações Elétricas - Aula 11 - Máquinas de corrente contínua
(CC). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=q2YPLG_FVGw.
Acesso em: 03/01/2017.
 CEPCOMELETRICO. Indução Eletromagnética. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=8Zp2bis_RvQ. Acesso em: 03/01/2017.

3.2. COMUTADORES APLICADOS EM MÁQUINAS ELÉTRICAS COMPOSTAS


POR UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO PARA A GERAÇÃO DE TENSÃO
ELÉTRICA CC
Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre a aplicação de comutadores para a
geração de tensão CC no modelo da máquina elétrica de uma espira girante, descrito
no tópico 2.1. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse teor,
auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 Watanabe, P. O Princípio do Motor. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3HNpAw15t7Y. Acesso em:
03/01/2016.
 Caeiro, M. L. Física y Tecnología - Electricidad y magnetismo. Motores.
Generadores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=moO-
XhyGG8M. Acesso em: 03/01/2016.
 GENERADOR ELECTRICOS. Generador electrico: funcionamiento. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-nE4uZkUvuQ. Acesso em: 03/01/2016.

3.3 CONJUGADO INDUZIDO EM UMA ESPIRA EM ROTAÇÃO


Nesta sessão, estudamos o conceito de conjugado induzido no modelo de
máquina elétrica estudados nos tópicos 2.1 e 2.2. A seguir, são apresentados vídeos a
respeito deste conteúdo, auxiliando no entendimento do assunto.
 SANTOS, A. Princípio do Motor Elétrico. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Cwe6swMCx6M&index=12&list=PLUAbP
RPpqkk-Pqil8LyGIFt-yXZMda1rf. Acesso em: 04/01/2016.
 Watanabe, P. O Princípio do Motor. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3HNpAw15t7Y. Acesso em:
04/01/2016.
 UNIVESP TV. Instalações Elétricas - Aula 11 - Máquinas de corrente contínua
(CC). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=q2YPLG_FVGw.
Acesso em: 04/01/2017.
 TheRala71. MOTORES ELÉCTRICOS VIDEO. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=khpk1-d97zM. Acesso em: 04/01/2017.

3.4 PRINCIPAIS ELEMENTOS DE MÁQUINAS CC


Nesta sessão, foi feita a descrição dos principais elementos que formam uma
máquina elétrica CC. A seguir, são apresentados vídeos sobre esse conteúdo,
auxiliando no entendimento do assunto. Nestes vídeos, são descritos detalhes
tecnológicos destas máquinas.
 MEDEROS, J. Máquinas eléctricas - El motor de corriente continua. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=aqUJi2WsGjk.Acesso em:
04/01/2017.
 JEAN, J.F. Máquina elétrica de Corrente Contínua – Partes. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=pSAr_8qNho0.Acesso em: 04/01/2017.
 NUÑEZ, J. M. Clase de máquinas de corriente continua. Maquinas eléctricas.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HKlEog5qt38. Acesso
em: 04/01/2017.

3.5 MOTORES CC
Nesta sessão, estudamos os motores CC, descrevendo de forma básica o seu
funcionamento, citando os principais tipos de tecnologias que são estudados
analiticamente nos tópicos posteriores. A seguir, são apresentados vídeos sobre esse
conteúdo, tendo em vista o domínio básico do contexto científico e tecnológico destas
máquinas elétricas.
 RANGEL. T. D. Princípio de funcionamento de Motores CC. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=b5ux2u_2KEQ.Acesso
em:04/01/2017.
 COSTA, T. F. Principio Básico de Funcionamento de um Motor CC. .Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=gapNE0__qno.Acesso
em:04/01/2017.
 BARROS, J. E. Efeitos da corrente elétrica no motor de corrente contínua.
Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=SSMHpB5G5es.Acesso
em:04/01/2017.

3.6 MOTORES DE EXCITAÇÃO INDEPENDENTE E EM DERIVAÇÃO


Nesta sessão, estudamos os motores de excitação independente e em
derivação, descrevendo seus circuitos equivalentes e as equações que regem os seus
comportamentos físicos. A seguir, são apresentados vídeos sobre esse conteúdo,
auxiliando no entendimento do assunto.
 FLAVIO BBS. Aula Eletrotécnica Industrial - Motor CC Independente. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=ZjUdflhch48. Acesso em:
05/01/2017.
 EVARISTO199100. Ligação de motor CC com excitação Independente_CTUP !!!!
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WuW_76dD-es. Acesso
em: 05/01/2017.
 LUQUE, F. Motor de CC de excitación derivación, Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4tG0Kdc5jc4. Acesso em: 05/01/2017.

3.7 MOTOR CC DE ÍMÃ PERMANENTE


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre motores CC de ímã permanente,
descrevendo suas características, seu circuito equivalente e as equações que regem o
seu comportamento físico. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse
teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 SHARPEDGELEARNING'S CHANNEL. Construction and Working of DC Motor
Electrical. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IC-PWxtcirI.
Acesso em: 05/01/2017.
 LEARN ENGINEERING. DC Motor, How it works? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=LAtPHANEfQo. Acesso em: 05/01/2017.
 TOLOCKA. P. Funcionamiento de motores de CC. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Gyw5Sze653k. Acesso em: 05/01/2017.

3.8 MOTOR CC SÉRIE


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre motores CC série , descrevendo suas
características, seu circuito equivalente e as equações que regem o seu
comportamento físico. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse teor,
auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 Silva, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=StteIHL7Tbw. Acesso em: 05/01/2017.
 EVARISTO199100. Ligação do motor CC com excitação em série_ CTUP
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=idkkBMEvEzA. Acesso
em: 05/01/2017.
 TheRala71. MOTORES ELÉCTRICOS VIDEO 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bUtcYUwN11U. Acesso em:
05/01/2017.

3.9 MOTOR CC COMPOSTO


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre motores CC Composto, descrevendo
suas características, seu circuito equivalente e as equações que regem o seu
comportamento físico. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse teor,
auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 Silva, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=StteIHL7Tbw. Acesso em: 06/01/2017.
 TheRala71. MOTORES ELÉCTRICOS VIDEO 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bUtcYUwN11U. Acesso em:
06/01/2017.
 HINOJOSA, L. motores cc parte 1.wmv. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=E1ZTjwuZ5Vo. Acesso em: 06/01/2017.
 HINOJOSA, L. motores cc parte 2.wmv. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=LZNCDYJqw9k. Acesso em: 06/01/2017.

3.10 GERADORES CC
Nesta sessão iniciamos o estudo sobre geradores CC, apresentando aspectos
gerais e a classificação dos tipos de geradores que são estudados nos tópicos
posteriores. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse teor, além de
material em forma digital para leitura, auxiliando no entendimento e assimilação do
conteúdo estudado.
 VIDEO AULAS. Tensão Induzida em Máquinas de Corrente Contínua. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=KljUtp6hNmY. Acesso em:
06/01/2017.
 FREE ENGINEERING COURSES ( EE & EX ). Working Principle of DC Generator
(explain with 3D animation). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=iRVKAb_hs5A. Acesso em: 06/01/2017.
 VILLAR, G. J. V. Máquinas e Acionamentos Elétricos. Disponível em:
https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-
acionamentos-eletricos/apostila-de-maquinas-de-cc-1.Acesso em:
06/01/2017.

3.11 GERADOR DE EXCITAÇÃO INDEPENDENTE


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre geradores de excitação
independente, descrevendo suas características, seu circuito equivalente, as equações
que regem o seu comportamento físico e as formas de controle desta máquina elétrica
CC. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas, além de material em forma digital
para leitura sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo
estudado.
 SILVA, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- Série, Parelelo, Shunt e
Compound. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=2l6dc8Xkh5M. Acesso em:
06/01/2017.
 MARQUES, L. S.B.; SAMBAQUI A. B. K.;DUARTE, J. Apostila de máquinas
elétricas Disponível
em:http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/ApostilaMaq.pdf.
Acesso em: 06/01/2017.
 SANTANA A. C. Geradores CC –Parte 2. Disponível em:
http://professor.ufop.br/sites/default/files/adrielle/files/aula_6.pdf. Acesso
em: 06/01/2017.

3.12 GERADOR CC EM DERIVAÇÃO


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre geradores CC em derivação,
descrevendo suas características, seu circuito equivalente, as equações que regem o
seu comportamento físico e as formas de controle desta máquina elétrica CC. A seguir,
são apresentadas algumas videoaulas, além de material em forma digital para leitura,
sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 SILVA, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- Série, Parelelo, Shunt e
Compound. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=2l6dc8Xkh5M. Acesso em:
07/01/2017.
 Silva, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=StteIHL7Tbw. Acesso em: 07/01/2017.
 MARQUES, L. S.B.; SAMBAQUI A. B. K.;DUARTE, J. Apostila de máquinas
elétricas Disponível
em:http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/ApostilaMaq.pdf.
Acesso em: 07/01/2017.

3.13 GERADOR CC SÉRIE


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre geradores CC série, descrevendo
suas características, seu circuito equivalente, as equações que regem o seu
comportamento físico e as formas de controle desta máquina elétrica CC. A seguir, são
apresentadas algumas videoaulas, além de material em forma digital para leitura
sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 SILVA, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- Série, Parelelo, Shunt e
Compound. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2l6dc8Xkh5M. Acesso em: 07/01/2017.
 MARQUES, L. S.B.; SAMBAQUI A. B. K.;DUARTE, J. Apostila de máquinas
elétricas. Disponível em:
http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/ApostilaMaq.pdf. Acesso
em: 07/01/2017.
 CARDOSO, C. F. C. Máquinas de Corrente Contínua. Disponível em:
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Máquinas%20Elétricas.pdf. Acesso em:
07/01/2017.

3.14 GERADOR CC COMPOSTO CUMULATIVO


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre geradores CC compostos
cumulativos, descrevendo suas características, seu circuito equivalente, as equações
que regem o seu comportamento físico e as formas de controle desta máquina elétrica
CC. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas, além de material em forma digital
para leitura sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo
estudado.
 SILVA, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- Série, Parelelo, Shunt e
Compound. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2l6dc8Xkh5M. Acesso em: 07/01/2017.
 FAUX, R. Compound generator. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Xplyss8Bxxw. Acesso em: 07/01/2017.
 MARQUES, L. S.B.; SAMBAQUI A. B. K.;DUARTE, J. Apostila de máquinas
elétricas Disponível em:
http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/ApostilaMaq.pdf. Acesso
em: 07/01/2017.

3.15 GERADOR CC COMPOSTO DIFERENCIAL


Nesta sessão foi elaborado o estudo sobre geradores cc compostos diferenciais
descrevendo suas características, seu circuito equivalente, as equações que regem o
seu comportamento físico e as formas de controle desta máquina elétrica CC. A seguir,
são apresentadas algumas videoaulas além de material em forma digital para leitura
sobre esse teor, auxiliando no entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
 SILVA, F. A. IFF-GUARUS-Máquinas Elétricas Gerador CC- Série, Parelelo, Shunt e
Compound. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=2l6dc8Xkh5M. Acesso em:
08/01/2017.
 MARQUES, L. S.B.; SAMBAQUI A. B. K.;DUARTE, J. Apostila de máquinas
elétricas Disponível em:
http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/ApostilaMaq.pdf. Acesso
em: 08/01/2017.
 SANTANA, A. Geradores CC –Parte 2. Disponível em:
http://professor.ufop.br/sites/default/files/adrielle/files/aula_6.pdf. Acesso
em: 08/01/2017.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A auto avaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu
desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você
deverá revisar os conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas.

1. Para a máquina elétrica composta por uma espira rotativa, mostrada nas
figuras 6 e 7 desta unidade, que apresenta os seguintes valores de suas
variáveis,

B= 0,4 T VB = 48 V
l = 0,5 m R = 0,4 
r = 0,25 m  = 500 rad/s

Determine:

a) Se esta máquina opera como motor ou gerador. Justifique sua resposta;


b) O valor da corrente elétrica i que está entrando ou saindo da máquina e a
potência que está entrando ou saindo da máquina;
c) Se a velocidade do rotor for alterada para 550 rad/s, de quanto será a corrente
elétrica que está entrando ou saindo da máquina;
d) Se a velocidade do rotor for alterada para 450 rad/s, de quanto será a corrente
elétrica que está entrando ou saindo da máquina.

2. Para o motor CC ligado em derivação, com circuito equivalente e curva de


magnetização, mostrados nas figuras 28 e 29, expostas a seguir, e que
apresenta os seguintes valores para suas variáveis,
Pnominal = 30 HP I L nominal = 110 A
VT = 240 V NF = 2700 espiras por polo
nnominal = 1800 rpm NSE = 14 espiras por polo
RA = 0,19  RF = 75 
RS = 0,02  Raj = 100 a 400 

Figura 28: Circuito equivalente do motor em derivação.


Figura 29: Curva de magnetização do motor CC da questão 2 obtida com o motor cc a
uma velocidade constante de 1800 rpm.

Determine:
a) A corrente de campo e a velocidade de rotação do motor a vazio se o resistor
Raj for ajustado para 175 .
b) A corrente de armadura IA, a tensão interna EA e a velocidade do motor n a
plena carga assumindo que não há reação de armadura.
c) A corrente de campo IF , a tensão interna EA e a nova velocidade do motor n se
ele operar a plena carga e se sua resistência variável Raj for aumentada para
250 , assumindo que não há reação de armadura.

3. Um gerador CC de excitação independente, cujo circuito equivalente é


mostrado na figura 30 apresenta uma curva de magnetização de que é
mostrada na figura 31. Os valores nominais deste gerador são 6 kW, 120 V, 50A
e 1800 rpm, corrente nominal de circuito de campo IA = 5 A, além disso, os
seguintes dados da máquina são:

RA = 0,18  VF = 120 V
Raj = 0 a 40  RF = 20 
NF = 1000 espiras por polo
Figura 30: Circuito elétrico equivalente do gerador CC de excitação independente.

Figura 31: Curva de magnetização para a questão 3 obtida com o gerador a uma
velocidade de 1800 rpm.

Para esta configuração de gerador CC, assumindo que não há reação de


armadura, determine:

a) O intervalo de ajustes de tensão que pode ser obtido variando Raj, se o gerador
estiver funcionando a vazio.
b) As correntes de campo IF máxima e mínima e as tensões a vazio máxima e
mínima do gerador se o reostato de campo variar de 0 a 30  e a velocidade do
gerador variar de 1500 a 2000 rpm.
Gabarito

Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões auto avaliativas


propostas:

1. a) A máquina operará como um gerador, pois a einduzida = 50 V será maior do que a


tensão da bateria que é de 48 V
b) I = 5,0 A
c) I = 17,5 A
d) I = 7,5 A

2. a) IF = 0,960 A n= 1195 rpm


b) IA = 109 A EA = 219,3 V n = 1092 rpm
c) IF = 0,739 A EA = 218,3 V n = 1236 rpm

3. a) Para Raj = 0  a máxima tensão a vazio é de 135 V.


Para Raj = 0  a mínima tensão a vazio é de 79,5 V.
b) Para Raj = 0  IF máxima = 6 A EA = 150 V
Para Raj = 30  IF mínima =2,4 A EA = 77,6 V

5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da quarta unidade, na qual você teve a oportunidade de
estudar os principais conceitos físicos e matemáticos das máquinas elétricas CC,
iniciando pela modelagem de uma máquina CC composta por uma espira girante
disposta entre dois polos magnéticos. Além disso, conhecer e analisar aspectos gerais
e analíticos dos principais tipos de Motores CC e geradores CC, permitindo o
desenvolvimento de questões aplicadas na área destas máquinas elétricas CC.

6. E-REFERÊNCIAS

Sites pesquisados
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas – Projeto Pedagógico de Engenharia Elétrica. Disponível em: <
http://www.fee.unicamp.br/sites/default/files/graduacao/eng_eletrica/projeto_pedagogico/ProjPedEE_2012.pdf>.
Acesso em: 5dez. 2016.
USP Universidade de São Paulo. Júpiter – Sistema dce Graduação. Disponível em:
<https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterDisciplina?sgldis=SEL0329&codcur=18045&codhab=0>. Acesso em:
5dez. 2016.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP. FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA. CONSELHO DE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA - Projeto Pedagógico. Disponível em:
<http://www.feis.unesp.br/Home/DTA/STG/cursos/eletrica/-ProjetoPedagogico.pdf>. Acesso em: 5dez. 2016.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, S.J. Fundamentos de Maquinas Elétricas.5.ed.Porto Alegre-Br: Editora MacGraw-Hill, 2013.
FITZGERALDI, A. E., KINGSLEY Jr., C & UMANS. Máquinas Elétricas.7. Ed. São Paulo-Br: Editora
BOOKMAN,2006.
KOSOW, I.Máquinas Elétricas e Transformadores. 4.Ed. Rio de Janeiro-Br: Editora Globo, 1998.
DEL TORO, V. Del. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 1. Ed. Rio de Janeiro-Br:Editora Livros Técnicos e
Científicos,1999
McPHERSON, G & LARAMORE, R.D.AnIntroductiontoElectricalMachinesandTransformers. 2.Ed.New York-
USA:Editora. John Wiley& Sons, 1990.
SEN, P.C. Principles of Electric Machines and Power Electronics, 2. Ed. New York-USA: Editora John
Wiley& Sons, 1997.
CATHEY, J.J. Electricmachines.1.Ed. New York-USA: Editora Mc-Graw-Hill, 2000.

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