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Unidade 3

Transformadores
Monofásicos e Trifásicos
Objetivos
 Entender a finalidade de um transformador em um sistema de potência.
 Entender os conceitos de tensão, corrente e impedância nos enrolamentos
de um transformador ideal.
 Entender o quanto o funcionamento dos transformadores reais aproxima-
se do funcionamento de um transformador ideal.
 Capacitar o uso de um circuito equivalente de transformador para
encontrar as transformações de tensão e corrente em um transformador.
 Compreender os transformadores trifásicos.

Conteúdos

 Aspectos gerais sobre transformadores.


 Tipos de transformadores.
 Transformador ideal.
 Transformação de impedância em um transformador.
 Transformadores monofásicos reais.
 Transformadores trifásicos.

Orientações para o estudo da unidade

Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:


1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de
cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento
pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha
gradativa dos assuntos até poder observar a evolução do estudo sobre os
transformadores monofásicos e trifásicos.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no
Conteúdo Digital Integrador.
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa terceira unidade de estudo. Você está preparado?
Nesta unidade, inicialmente abordaremos os aspectos gerais sobre
transformadores. A seguir, serão apresentados alguns tipos de transformadores.
Feita esta revisão, será estudado o estudo analítico do transformador ideal, da
transformação de impedância em um transformador. Em sequência, serão estudados os
transformadores monofásicos reais, finalizando esta unidade com o estudo dos
transformadores trifásicos.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados
nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo
estudo do Conteúdo Digital Integrador.

2. 1. ASPECTOS GERAIS SOBRE TRANSFORMADORES

Os transformadores são equipamentos efetivamente utilizados em sistemas de


distribuição de energia elétrica, em aplicações industriais, comerciais e residenciais. Em
geral, a qualificação do tipo do transformador está relacionada com a aplicação a que
ele se destina como, por exemplo: transformador de corrente, transformador de RF,
transformador de pulso, etc.
Basicamente, os transformadores são utilizados para reduzir ou aumentar a
tensão elétrica. Em função disso, ele pode ser definido como transformador abaixador
ou elevador de tensão.
Os transformadores convertem, através da ação de um campo magnético, a
energia elétrica CA de um nível de tensão em energia elétrica CA de outro nível de
tensão, sem alterar a frequência da tensão alternada após a transformação.
Os transformadores consistem em duas ou mais bobinas de fio enroladas em torno
de um núcleo ferromagnético comum, que é o grande responsável pela transformação,
como pode ser visto na figura 1.

Figura 1: Estrutura básica de um transformador.


As bobinas não são conectadas diretamente entre si nos transformadores. A única
vinculação entre as bobinas é o fluxo magnético comum presente no interior do núcleo.
Um dos enrolamentos do transformador é ligado a uma fonte de energia elétrica CA e o
segundo ou até possivelmente um terceiro enrolamento do transformador energizam
as cargas. O enrolamento do transformador ligado à fonte de energia é chamado
enrolamento primário ou enrolamento de entrada e o enrolamento conectado às cargas
é chamado enrolamento secundário ou enrolamento de saída. Se houver um terceiro
enrolamento, ele será denominado enrolamento terciário.
O funcionamento do transformador baseia-se em fundamentos do
eletromagnetismo, descobertos empiricamente por Michael Faraday e Lenz.
Os enrolamentos primário e secundário são duas bobinas com núcleo comum. Se
alimentarmos o primário ou o secundário com sua respectiva tensão nominal, teremos
um fluxo magnético no núcleo de ferro. Se a fonte utilizada para a alimentação do
primário, por exemplo, for de corrente continua, não teremos uma transformação de
tensão constante no secundário, pois o fluxo magnético gerado pela corrente continua
não é variável ao longo do tempo.
Se alimentarmos o primário com tensão alternada, ele produz um fluxo magnético
variável. Esse fluxo magnético variável, ao agir no interior do núcleo, atinge o
secundário, provocando o aparecimento de uma tensão alternada nesse enrolamento
devido a indução magnética. A tensão que aparece no secundário devido ao fluxo
magnético variável gerado pelo primário recebe o nome de tensão induzida.
Para se ter uma idéia da importância e da influência tecnológica da invenção dos
transformadores, nos reportaremos ao primeiro sistema de distribuição de energia
elétrica dos USA.
Este sistema foi criado por Thomas A. Edison e era de corrente contínua, operando
a uma tensão elétrica de 120 V, com a finalidade de fornecer energia a lâmpadas
incandescentes.
A primeira estação geradora de energia elétrica de Edison entrou em operação em
setembro de 1882 na cidade de Nova York. Infelizmente, este sistema gerava e
transmitia energia elétrica com tensões tão baixas que eram necessárias correntes
muito elevadas para fornecer quantidades significativas de energia elétrica. Essas
correntes elevadas causavam quedas de tensão e perdas energéticas muito grandes nas
linhas de transmissão, restringindo severamente a área de atendimento de uma estação
geradora. Na década de 1880, as usinas geradoras estavam localizadas a poucos
quarteirões umas das outras para superar esse problema. O fato de que, usando
sistemas de energia CC de baixa tensão, a energia não podia ser transmitida para longe
significava que as usinas geradoras deveriam ser pequenas e localizadas pontualmente
sendo, portanto, relativamente ineficientes.
Ainda nesta época, devido a grande contribuição científica de Nikola Tesla, com o
desenvolvimento de transformadores dedicados a transmissão de CA em concatenação
com o desenvolvimento simultâneo de estações geradoras de energia CA, ocorreu uma
grande revolução no processo de geração e transmissão de energia elétrica, eliminando
totalmente as restrições de alcance e de capacidade dos sistemas de energia elétrica.
Um transformador Ideal converte um nível de tensão CA em outro nível de tensão
sem afetar a potência elétrica real fornecida. Se um transformador elevar o nível de
tensão de um circuito, ele deverá diminuir a corrente para manter a potência que chega
ao dispositivo igual à potência que o deixa. Portanto, a energia elétrica CA pode ser
gerada em um local centralizado, em seguida sua tensão é elevada para ser transmitida
a longa distância, com baixas perdas, e finalmente sua tensão é reduzida novamente
para sua aplicação final.
Em um sistema de energia elétrica, as perdas de transmissão são proporcionais ao
quadrado da corrente que circula nas linhas. Desse modo, usando transformadores, uma
elevação da tensão de transmissão por um fator de 10 permitirá reduzir as perdas de
transmissão elétrica em 100 vezes devido à redução das correntes de transmissão pelo
mesmo fator. Sem o transformador, simplesmente não seria possível usar a energia
elétrica em muitas das formas em que é empregada hoje. Em um sistema atual de
energia elétrica, a energia é gerada com tensões entre 12 a 25 kV. Os transformadores
elevam a tensão a um nível entre 110 kV e aproximadamente 1.000 kV para realizar a
transmissão a longa distância com perdas muito baixas. Então, os transformadores
abaixam a tensão para a faixa de 12 a 34,5 kV para fazer a distribuição local e finalmente
permitir que a energia elétrica seja usada de forma segura em lares, escritórios e fábricas
com tensões tão baixas quanto 220 V e 127 V.
Neste tópico pudemos ter uma idéia inicial dos aspectos gerais sobre os
transformadores e sua importância na transmissão de energia elétrica. A seguir
detalharemos mais aspectos sobre os tipos de transformadores descrevendo suas
constituições.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.1., você irá complementar seus estudos a
respeito dos conceitos iniciais sobre transformadores e sua importância tecnológica.
Antes de prosseguir para o próximo assunto, assista aos vídeos indicados, procurando
assimilar o conteúdo estudado.

2. 2. TIPOS DE TRANSFORMADORES

A principal finalidade de um transformador é a de converter a potência elétrica CA


de um nível de tensão em potência elétrica CA a outro nível de tensão, inalterando a
frequência da tensão de saída com relação a tensão de entrada. Os transformadores
também são usados para outros propósitos como por exemplo, amostragem de tensão,
amostragem de corrente e transformação de impedância.
Esta unidade será dedicada ao estudo dos transformadores de potência. Os
transformadores de potência são construídos com um núcleo que pode ser de dois tipos.
Um deles consiste em um bloco retangular laminado simples de aço com os
enrolamentos do transformador envolvendo dois lados do retângulo. Esse tipo de
construção é conhecido como núcleo envolvido e está ilustrado na Figura 2(a). O outro
tipo consiste em um núcleo laminado de três pernas com os enrolamentos envolvendo
a perna central. Esse tipo de construção é conhecido como núcleo envolvente e está
ilustrado na Figura 2(b).
Nos dois casos, o núcleo é construído com lâminas ou chapas finas, eletricamente
isoladas entre si para minimizar as correntes parasitas. Em um transformador real, os
enrolamentos primário e secundário envolvem um ao outro, sendo o enrolamento de
baixa tensão o mais interno. Essa disposição atende a dois propósitos: Simplificar o
problema de isolamento do enrolamento de alta tensão do núcleo e reduzir o fluxo de
dispersão do que seria o caso se os dois enrolamentos estivessem separados de uma
distância no núcleo.

(a) (b)
Figura 2: (a) transformador do tipo núcleo envolvido. (b) Transformador do tipo núcleo
envolvente.

Os transformadores de potência recebem diversos nomes, dependendo do modo


que é utilizado nos sistemas de potência elétrica. Um transformador conectado à saída
de uma unidade geradora e usado para elevar a tensão até o nível de transmissão (110
kV) é denominado transformador da unidade de geração. Na outra extremidade da linha
de transmissão, o denominado transformador da subestação abaixa a tensão do nível
de transmissão para o nível de distribuição (de 2,3 a 34,5 kV). Finalmente, o
transformador que recebe a tensão de distribuição é denominado transformador de
distribuição. Esse transformador abaixa a tensão de distribuição para o nível final, que é
a tensão realmente utilizada (127, 220 V, etc.). Todos esses dispositivos são
essencialmente o mesmo. A única diferença entre eles está na finalidade da utilização.
Além dos diversos transformadores de potência, dois transformadores de finalidade
especial são usados para medir a tensão e a corrente nas máquinas elétricas e nos
sistemas de potência elétrica. O primeiro desses transformadores especiais é um
aparelho especialmente projetado para tomar uma amostra de alta tensão e produzir
uma baixa tensão secundária que lhe é diretamente proporcional. Esse transformador é
denominado transformador de potencial. Um transformador de potência também
produz uma tensão secundária diretamente proporcional à sua tensão primária. A
diferença entre um transformador de potencial e um de potência é que o transformador
de potencial é projetado para trabalhar apenas com uma corrente muito pequena. O
segundo tipo de transformador especial é um dispositivo projetado para fornecer uma
corrente secundária muito menor do que, mas diretamente proporcional, sua corrente
primária. Esse dispositivo é denominado transformador de corrente. Esses dois
transformadores de finalidade especial serão discutidos em uma seção mais adiante
nesta unidade.
Neste tópico pudemos ter uma idéia sobre os tipos de transformadores. A seguir
descreveremos o que são os transformadores ideais, estabelecendo as relações
matemáticas e convenções nele aplicadas.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.2., você irá complementar seus estudos que
versou sobre tipos de transformadores. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.3 O TRANSFORMADOR IDEAL

O transformador ideal é um equipamento elétrico que não apresenta perdas,


tendo um acoplamento perfeito entre suas bobinas, ou melhor, todas as bobinas
“abraçam” o mesmo fluxo, não havendo, portanto, dispersão de fluxo. Por efeito, não
haveria perda de energia elétrica no processo de transformação da tensão elétrica.

Figura 3: Esquema de um transformador ideal.

Na figura 3 é ilustrado um transformador ideal que possui NP espiras de fio no


enrolamento primário e NS espiras de fio no enrolamento secundário. A relação entre a
tensão vP(t) aplicada no enrolamento primário do transformador e a tensão vS(t)
produzida no enrolamento secundário é
vp t  Np
 a (1)
vs  t  N s
Onde a é relação de transformação do transformador, sendo também a relação entre
as espiras.
A associação entre a corrente ip(t) que flui no enrolamento primário e a corrente
is(t) que flui no enrolamento secundário do transformador é
N pi p  t   Nsis  t  (2a)
Ou ainda
ip t  1
 (2b)
is  t  a

Com relação ao aspecto fasorial, essas equações são


^
Vp
^
a (3(a))
Vs
e
^
Ip 1
^

Is a (4(a))

Importante se faz observar que o ângulo de fase de VP é o igual ao ângulo de VS e


o ângulo de fase de IP é igual ao ângulo de fase de IS. Ante este fato, podemos concluir
que a correlação entre as espiras do transformador ideal influencia as amplitudes das
tensões e correntes, porém, não os seus ângulos.
As Equações (1) a (3) descrevem as relações entre as amplitudes e ângulos das tensões
e correntes dos enrolamentos primário e secundário do transformador, porém, elas não
respondem a uma questão:
Se a tensão do circuito primário for positiva em um terminal específico da bobina,
qual será a polaridade da tensão do circuito secundário?
Em um transformador real, se poderia dizer qual seria a polaridade do secundário
somente se o transformador fosse aberto e seus enrolamentos examinados utilizando
alguma instrumentação apropriada.
Para resolver este problema, foi criada a convenção do ponto ou da marca para
transformadores.

Figura 4: Símbolos esquemáticos de um transformador.

Os pontos que aparecem em uma das terminações de cada enrolamento da figura


4 indicam a polaridade da tensão e da corrente no enrolamento secundário do
transformador. A convenção respeita as regras abaixo descritas:
1. Se a tensão no terminal marcado com o ponto do enrolamento primário for
positiva, em relação ao terminal sem ponto, então a tensão no terminal marcado com o
ponto do enrolamento secundário também será positiva.
2. Se a corrente elétrica primária fluir para dentro do terminal com ponto no
enrolamento primário, então a corrente elétrica secundária fluirá para fora do terminal
com ponto no enrolamento secundário.
A potência ativa de entrada provida ao transformador pelo circuito primário é
dada pela expressão

Pentrada  VP I P cos  p (5)

onde P é o ângulo formado entre a tensão VP e a corrente IP. A potência ativa Psaída
provida pelo circuito secundário do transformador à carga é dada pela expressão

Psaída  VS I S cos S (6)


Onde S é o ângulo formado entre a tensão secundária e a corrente secundária.
Em um transformador ideal P=S=, devido aos ângulos entre a tensão e a corrente não
serem alterados. Os enrolamentos primário e secundário do transformador ideal
apresentam o mesmo fator de potência.
Podemos provar que a potência de saída de um transformador ideal é igual à sua
potência de entrada. Substituindo as equações (3) e (4) em

Psaída  VS I S cos  (7)

Tem-se que
VP
Psaída   aI P  cos  
a
(8)
Psaída  VP I P cos  =Pentrada c.q.d.

Exemplo 1

Um transformador ideal com um enrolamento primário de 500 espiras e um


enrolamento secundário de 250 espiras alimenta uma carga de resistência 20 , como
mostra a figura 4. O enrolamento primário é alimentado por uma tensão dada pela
expressão v1  t   100 cos377 t V

Figura 4: Circuito elétrico com transformador e carga resistiva de 20.

Determine:

a) A tensão no secundário;
b) A corrente na carga;
c) A corrente no primário;
d) A potência aparente fornecida ao primário;
e) A potência aparente consumida pela carga.

Resolução

a) Utilizando as equações (1) e 3(a), tem-se que:


N p 500
a  2
N s 250
^
^
Vp
^
 a e sendo V p  1000o resulta em
Vs
1000o
^
2 
VS
^
V S  50 V

b) A partir da aplicação da Lei de Ohm obtemos a corrente na carga, ou seja


^
^ VS^
IS  IL  
R
^ 500o
IL  
20
^
I L  2,50o A

c) A corrente no primário é obtida pela equação 4(a), tal que


^
Ip 1
^
 
Is a
^
^ I
Ip  s = 
a
^ 2,50o A
Ip  
2
^
I p  1, 250o A

d) A potência aparente fornecida ao primário é dada pela equação (5), tal que

Pentrada  VP I P cos p  100.1, 25.cos00  125W

e) A potência aparente fornecida a carga é dada pela equação (6), tal que

Psaída  VS I S cos  S  50.2,5.cos 00  125W

Concluímos assim este tópico, que é introdutório e conceitual sobre


transformadores ideais. A seguir, no próximo tópico, estudaremos a Transformação de
impedância em um transformador.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.3., você irá complementar seus estudos a
respeito de transformadores ideais. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.4 TRANSFORMAÇÃO DE IMPEDÂNCIA EM UM TRANSFORMADOR

A impedância de um circuito elétrico é determinada pela razão entre a tensão


fasorial aplicada no circuito elétrico e a corrente fasorial que flui através dele, ou seja
V
Z L (9)
IL
Para fins de convenção, em todas as equações desta obra, como no caso da
equação (9), utilizaremos o índice L para indica carga, devido a palavra “Load” em inglês
significar carga.
O Transformador altera os níveis de tensão e corrente, e por decorrência altera
também a razão entre a tensão e a corrente e, consequentemente, a impedância
aparente de um elemento.
Representada a corrente secundária por IS e a tensão secundária por VS, então a
impedância da carga é dada por
V
ZL  S (10)
IS

A impedância aparente do circuito do enrolamento primário é dada por

VP
Z L'  (11)
IP
Como a tensão primária aplicada ao enrolamento primário pode ser expressa

VP  aVs (3(b))

E a corrente primária que flui no enrolamento primário pode ser expressa por

IS
IP  (4(b))
a

Substituindo (3(b)) e (4(b)) em (10) e posteriormente (9), tem-se que

aVs V
Zl'   a2 s
Is Is
a

Z L'  a 2 Z L (12)

Através de um transformador é possível adequar a impedância da carga com a


impedância da fonte a partir do dimensionamento apropriado do número de espiras nos
enrolamentos.

Exemplo 2

O sistema de potência monofásico mostrado na figura 5 composto por um gerador


eletromecânico de 480 V e 60 Hz alimenta uma carga Zcarga = 4 + j3  por através de uma
linha de transmissão que apresenta uma impedância Zlinha = 0,18 + j0,24 . Para esta
situação calcule:
Figura 5: Esquema do sistema de potência do exemplo 2.

a) Tensão sobre a carga.


b) As perdas na linha de transmissão.

Resolução

a) Para o sistema de potência mostrado na figura 5, tem-se que IG = Ilinha = Icarga. A


corrente de linha do sistema é dada por
V V
Ilinha   
Zcircuito Zlinha  Zc arg a
4800o V
I linha  
 0,18  j 0, 24    4  j3 
4800o V
Ilinha  
4,18  j3, 24
4800o
Ilinha  
5, 2937,8o
I linha  90,8  37,8o

Assim sendo, a tensão na carga será


Vlinha  I linha Z carga 
Vlinha   90,8  37,8o A   4  j3  
Vlinha  454  0,9o V

b) Perdas na linha de transmissão


Pperdas   I linha  Rlinha 
2

Pperdas   90,8 A   0,18  


2

Pperdas  1 484 W

Finalizamos este tópico, sobre Transformação de impedância em um


transformador. A seguir, no próximo tópico, estudaremos a Transformadores
monofásicos reais.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.4., você irá complementar seus estudos sobre
transformação de impedância em um transformador. Antes de prosseguir para o
próximo assunto, assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo
estudado.
2.5 TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS REAIS

Devido a tecnologia atual, a aplicação dos transformadores ideais é impossível,


porém, os transformadores reais que apresentam duas ou mais bobinas de fio enroladas
em torno de um núcleo ferromagnético têm sido implementados com êxito e tem
evoluído devido ao avanço e aplicação de novas descobertas científicas. As propriedades
de um transformador real são equivalentes as características de um transformador ideal
até um certo grau, porém existem muitos parâmetros que necessitam ser considerados
no desenvolvimento do projeto de um transformador real.
Para entender o princípio de funcionamento de um transformador real,
analisaremos a figura 2-8.

Figura 6: Esquema de um transformador real sem carga aplicada no secundário.

O desenho mostra um transformador composto por duas bobinas de fio enroladas


em torno de um núcleo. O enrolamento primário do transformador está ligado a uma
fonte de potência CA e o secundário está em circuito aberto. O princípio de
funcionamento do transformador é obtido a partir da lei de Faraday

d
eind  (13)
dt

onde  representa o fluxo concatenado na bobina na qual a tensão está sendo induzida.
O fluxo  é a soma do fluxo que passa através de cada espira da bobina adicionado ao
de todas as demais espiras da bobina, de forma que

N
   i (14)
i 1

O fluxo concatenado total através de uma bobina não pode ser calculado
simplesmente pelo produto do número de espiras N e o fluxo, pois, o fluxo que passa
através de cada espira de uma bobina é diferente do fluxo que atravessa as outras
espiras, sendo que o valor deste fluxo está em função da posição da espira na bobina.
Contudo, é possível definir um fluxo médio por espira em uma bobina. Se  for o fluxo
concatenado de todas as espiras da bobina e esta bobina for composta por N espiras, o
fluxo médio por espira será calculado por


 (15)
n
e a lei de Faraday poderá ser expressa como

d
eind  (16)
dt

O circuito equivalente de um transformador real é mostrado na figura 7, onde


 RP representa a resistência do enrolamento primário;
 XP representa a reatância indutiva do enrolamento primário;
 Rc representa a resistência de magnetização, relacionada com a histerese e as
perdas no núcleo;
 Xm reatância indutiva de magnetização;
 RS representa a resistência do enrolamento secundário;
 XS representa a reatância indutiva do enrolamento secundário.

Figura 7: Modelo de um transformador real.

Na prática, estas variáveis são determinadas a partir de ensaios desenvolvidos em


bancada de laboratório.

Exemplo 3

Um transformador de potência 500 kVA, 60 Hz, 2300/230 V, apresenta os seguintes


parâmetros:
RP = 0,1 , XP = 0,3 , RS= 0,001 , XS= 0,003 . Quando o transformador for usado
como abaixador e estiver com carga nominal, calcule:

a) As correntes primária e secundária;


b) As impedâncias internas primária e secundária;
c) As quedas internas de tensão primária e secundária;
d) As einduzidas primária e secundaria, imaginando-se que as tensões nos terminais e
induzidas estão em fase;
e) A relação entre as einduzidas primária e secundaria e entre as respectivas tensões
nominais.

Resolução

a) Cálculo das correntes primária IP e secundária IS:


P  VS I S 
P
IS  
VS
500.103VA
IS   2,175.103 
230V
I S  2 175 A
V 2300 V
a P  = 10
VS 230 V

IP 1
 
IS a
IP 1
 
2175 A 10

I P  217,5 A

b) Cálculo das impedâncias internas primária e secundária:

Z S  RS  j X S  0, 001  j 0, 003

ZS   0, 001   0, 003  0, 00316 


2 2

Z P  RP  j X P  0,1  j 0,3

ZS   0,1   0,3  0,316 


2 2

c) Cálculo das quedas de tensão primária e secundária.


As quedas de tensão estão relacionadas com as impedâncias dos enrolamentos
de forma que
Queda de tensão no enrolamento primário = I1 Z1  217,5 A . 0,316 = 68,8 V
Queda de tensão no enrolamento secundário = I S Z S  2175 A . 0,00316 = 6,88 V
d) Cálculo das einduzidas primária e secundaria supondo tensões nos terminais e
induzidas estão em fase

EP  VP  I P Z P  2300  68,8  2231, 2 V

ES  VS  I S Z S  230  6,88  236,88V

EP V
e) Cálculo da relação entre as einduzidas e entre as tensões nominais P .
ES VS
EP 2 231,2 VP 2 300
  9, 43   10
ES 236,88 VS 230
Concluímos este tópico, sobre transformadores monofásicos reais, descrevendo
suas principais características e apresentando um circuito equivalente e sua aplicação.
A seguir, no próximo tópico, estudaremos a transformadores trifásicos.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.5., você irá complementar seus estudos sobre
transformadores monofásicos reais. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.6 TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS

Os principais complexos de geração e distribuição de potência a nível mundial são


constituídos por sistemas CA trifásicos. Ante a importância da função destes sistemas, é
imprescindível entender como os transformadores são utilizados nos sistemas CA
trifásicos.
Os transformadores trifásicos podem ser construídos de duas formas. A primeira
utilizando três transformadores monofásicos, ligando-os em um banco trifásico. A
segunda é utilizando três conjuntos de enrolamentos que envolvem um núcleo comum.
Esses dois tipos de construção de transformadores são mostrados nas Figuras 8(a) e 8(b).

(a) (b)

Figura 8: Soluções de construção de transformadores trifásicos:


(a) Transformador trifásico composto por transformadores monofásicos
independentes.
(b) Transformador trifásico enrolado em um único núcleo.

Atualmente, as duas formas, de três transformadores separados ou de um único


transformador trifásico, são usadas.
Comparando as duas soluções, a solução do transformador trifásico enrolado em
um único núcleo apresenta menor peso, menor tamanho, custo ligeiramente mais baixo
e maior eficiente do que a solução da construção do transformador trifásico composto
por transformadores monofásicos independentes. Porém, o uso de três
transformadores monofásicos separados tem a vantagem de que cada transformador
monofásico pode ser substituído individualmente no caso de ocorrer alguma pane.
Os enrolamentos primários e secundários de qualquer transformador trifásico
podem ser ligados independentemente em configurações estrela (Y) ou triângulo ().
Devido a este fato, um banco de transformadores trifásicos pode ser disposto em um
total de quatro configurações possíveis de ligação:

a) ESTRELA-ESTRELA (Y–Y);
b) ESTRELA-TRIÂNGULO (Y–);
c) TRIÂNGULO-ESTRELA (–Y);
d) TRIÂNGULO-TRIÂNGULO (–).

Essas formas de configuração serão avaliadas a seguir, observando as principais


vantagens e desvantagens de cada tipo de ligação.
Importante se faz destacar que o segredo para avaliar qualquer banco de
transformadores trifásicos está em analisar um único transformador do banco, pois,
qualquer um dos transformadores do banco se comporta exatamente como os
transformadores monofásicos que já analisamos anteriormente.

a) LIGAÇÃO ESTRELA-ESTRELA. A ligação Y–Y de transformadores trifásicos é


mostrada na Figura 9.

Figura 9: Ligação Y–Y de um transformador trifásico.

Em uma ligação Y–Y, a relação entre a tensão de fase no primário V P de cada fase
do transformador e a tensão de linha é dada pela expressão

VLP
V P 
3 (17)

A tensão de fase no primário V P está relacionada com a tensão de fase no


secundário V S através da relação de espiras do transformador e a tensão de fase no
secundário V S relaciona-se com a tensão de linha no secundário VLS através da
expressão

VLS  3V S
(18)

Assim sendo, a razão de tensão total no transformador é

VLP 3V P
 a
VLS 3V S
(19)
b) LIGAÇÃO ESTRELA-TRIÂNGULO. A ligação Y– de transformadores trifásicos é
mostrada na Figura 10.

Figura 10: Ligações Y– de um transformador trifásico.

Nessa ligação, a tensão de linha do primário VLP está relacionada com a tensão de
fase do primário V P através da expressão

VLP  3V P
(20)

A tensão de linha do secundário VLS é igual a tensão de fase do secundário V S , e


a razão de tensões de cada fase é

V P
a
V S
(21)

A relação total entre a tensão de linha no lado primário VLP e a tensão de linha do
lado secundário VLS é dada pela expressão

VLP 3V P

VLS V S (22)

ou ainda, substituindo (21) em (22), tem-se que

VLP
 3a
VLS (23)

c) LIGAÇÃO TRIÂNGULO-ESTRELA. A ligação –Y dos transformadores trifásicos é


mostrada na Figura 11.

Figura 11: Ligações -Y de um transformador trifásico.


Em uma ligação –Y, a tensão de linha do primário VLP é igual à tensão de fase do
primário V P , ou seja

VLP  V P
(24)

As tensões do secundário relacionam-se através da expressão

VLS  3V S
(25)

Nessa ligação de transformador, a razão entre as tensões de linha primária e


secundária é dada por

VLP V
 P
VLS 3V S
(26)

ou ainda, substituindo (21) em (26), tem-se que

VLP a

VLS 3 (27)

d) LIGAÇÃO TRIÂNGULO-TRIÂNGULO. A ligação – é mostrada na Figura 12.

Figura 12: Ligações - de um transformador trifásico.

Em uma ligação –,

VLP  V P
(28)

VLS  V S
(29)

de forma que a relação entre as tensões de linha do primário VLP e do secundário VLS é
dada pela expressão
VLP V P
 a
VLS V S (30)
Para fins de simplificação em elaboração de cálculos de engenharia, organizamos
na tabela a seguir as relações de tensão e corrente para ligações comuns de
transformadores trifásicos (3-).

Tabela 1 – Relações de tensão e corrente para ligações comuns de transformadores 3-

Ligação do
Transformador
(Do primário
Primário Secundário
ao secundário)
Linha Fase Linha Fase
Tensão Corrente Tensão Corrente Tensão Corrente Tensão Corrente
- V I V aI
I V V aI
3 a a 3
Y-Y
V I V I V aI V aI
3 a 3a
Y- V I I aI
V V 3aI V
3 3a 3a
-Y V I V I 3V aI V aI
3 a 3 a 3

Exemplo 4

Se a tensão V de linha for de 2200 V para um conjunto de transformadores trifásicos (3-


), determine a tensão através de cada enrolamento do primário do transformador para
os quatro tipos de ligação de transformador. Utilize os dados da Tabela 1.

-: Tensão do enrolamento do primário = V = 2200 V

Y-Y: V 2200
Tensão do enrolamento do primário =   1270 V
3 1, 73

Y-: V 2200
Tensão do enrolamento do primário =   1270 V
3 1, 73

-Y: Tensão do enrolamento do primário = V = 2200 V

Completamos este tópico, sobre Transformadores trifásicos, abordando aspectos


construtivos, mostrando formas de construção e as configurações de ligação destes
dispositivos.

Com os vídeos propostos no Tópico 3.6., você irá complementar seus estudos a
respeito de transformadores trifásicos. Antes de prosseguir para o próximo assunto,
assista aos vídeos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado.
Vídeo complementar ___________________________________________________
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na funcionalidade Videoaulas. Em seguida,
digite o nome do vídeo e selecione-o para assistir.
 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos”, selecione a obra “Conversão de
Energia”, em seguida, Vídeos Complementares – Complementar 3.

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador (CDI) representa uma condição necessária e
indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta
unidade.
Cada tema abordado no Conteúdo Básico de Referência (CBR) será abordado com
um comentário abrangente, além de um vídeo proposto que irá complementar seus
estudos.

3. 1. ASPECTOS GERAIS SOBRE TRANSFORMADORES


Nesta sessão foi elaborado o estudo introdutório sobre transformadores,
enfatizando sua importância tecnológica a partir de abordagem histórica apresentada.
Também nesta secção foi apresentado, de forma básica, o princípio de funcionamento
de um transformador. A seguir, são apresentadas algumas videoaulas sobre esse
conteúdo, auxiliando no entendimento e assimilação do teor estudado.
 GV Ensino. Aula 19 - Transformadores - Parte 1. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IohNqNh4R7o&list=PLxZs77izDljfiiNhRFS
FRwGSS_fiN_0wb&index=3. Acesso em: 20/12/2016.
 GV Ensino. Aula 20 - Transformadores - Relação de Espiras e Tensão. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=Aw8H-
xxMC6U&index=20&list=PLFfpdsnO_HS9clS_th5JrTn3zx2VvmmNd. Acesso em:
20/12/2016.
 Canal da Eletricidade. 70-Nikola Tesla, o Gênio da Eletricidade – I. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VzDC9HvFdJw. Acesso em: 20/12/2016.
 Canal da Eletricidade. 70-Nikola Tesla, o Gênio da Eletricidade – II. Disponível em:
 https://www.youtube.com/watch?v=RNacGtEi_NY. Acesso em: 20/12/2016.

3.2. TIPOS DE TRANSFORMADORES


Nesta sessão, analisamos os tipos de transformadores. A seguir, são
apresentados vídeos a respeito deste conteúdo, auxiliando no entendimento do
assunto. Á partir da apreciação destes vídeos, é possível conhecer a construção e o
funcionamento de alguns tipos de transformadores.
 Amazon Sat. Conheça como funciona o passo a passo da produção de
transformadores de energia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZqdUb6iphwY. Acesso em: 30/11/2016.
 Ojeda, J. G. R. Transformadores de corrente elétrica. Fundamentos, tipos, aplicações.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nLxfWdGCiuY. Acesso
em: 30/11/2016.
 Ampletos. Construcción de un transformador eléctrico - Build a electric transformer.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=De7xWTfXUgs. Acesso
em: 30/11/2016.
 Ampletos. Cómo calcular y hacer un transformador toroidal casero. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Q6GkSNfAEx4. Acesso em: 30/11/2016.

3.3 O TRANSFORMADOR IDEAL


Nesta sessão, estudamos a transformador ideal. Para melhorar a compreensão
do assunto, são apresentados vídeos sobre esse conteúdo. Nestes vídeos, são
mostrados detalhamentos teóricos além da resolução de dois exercícios de aplicação.
 Univesp TV. Instalações Elétricas - Aula 05 – Transformadores. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=zo7z8Lp_tB0. Acesso em: 30/11/2016.
 Me salva. TRA02 - O Transformador Ideal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gIx1nd_yL-E. Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA03 - Relações de Transformação. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=YYTBdVCy6PM. Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA04 - Transformador Ideal - Exercício 1. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aLcr1-VC3JA. Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA05 - Transformador Ideal - Exercício 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=qSeB1q0XzvA. Acesso em: /12/2016.

3.4 TRANSFORMAÇÃO DE IMPEDÂNCIA EM UM TRANSFORMADOR


Nesta sessão, estudamos transformação de impedância em um transformador.
A seguir, são apresentados vídeos sobre esse conteúdo, auxiliando no entendimento do
contexto. Nestes vídeos, são explicados conceitos fundamentais sobre impedância e
reflexão de impedância em transformadores.
 Emanuelli, L. C. Transformadores (1/7) conceitos fundamentais, reflexão de
impedancia, e transformador ideal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=47GIydrzsNI. Acesso em: /12/2016.
 Dicas e Resoluções. Transformadores - Impedância Refletida-Exercício Resolvido.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NX96xNW5Hiw. Acesso
em: /12/2016.
 Electrolab. Impedância - O que é e como calcular! Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=fCH6HMyd8kU. Acesso em: /12/2016.

3.5 TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS REAIS


Nesta sessão, estudamos os transformadores monofásicos reais. A seguir, são
apresentados vídeos sobre esse conteúdo, tendo em vista um abrangente
conhecimento do assunto desenvolvido.
 Univesp TV. Instalações Elétricas - Aula 06 - Transformadores reais. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=trjWcNvmRz4. Acesso em:
/12/2016.
 Emanuelli, L. C. Transformadores (2/7) modelamento físico do transformador
Real. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6B6ZYSjk8FE.
Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA06 - Não Idealidades do Transformador. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vAOanUex2es. Acesso em: /12/2016.
Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA07 - Reflexão de Impedâncias. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mNUvHh7u43Y. Acesso em: /12/2016.
 Me salva. TRA08 - Circuitos Equivalentes. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aPTMO3XBd_Y. Acesso em: /12/2016.

3.6 TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS


Nesta sessão, estudamos os transformadores trifásicos. A seguir, são
apresentados vídeos sobre esse conteúdo, auxiliando no entendimento do assunto.
Nestes vídeos, são mostrados aspectos teóricos sobre transformadores trifásicos além
da resolução de um exercício.
 Nascimento, C. B. Máquinas Elétricas-Aula 4-Transformadores Trifásicos.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=drh_boyzjSw. Acesso
em: /12/2016.
 Ferreira, V. Ligações trifásicas de transformadores e relações de tensões.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sTRwxnGcrkw. Acesso
em: /12/2016.
 Flavio BBS. Exercício de Conversão de Energia sobre Transformador Trifásico.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i3FTGUDpGL4. Acesso
em: /12/2016.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A auto avaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu
desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá
revisar os conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas.

1. Um transformador que possui 150 espiras no enrolamento primário e 10 espiras


no enrolamento secundário reduz 120 V no primário para 8 V no secundário. A
partir dessas informações, calcule a razão de tensão e a razão de espiras deste
transformador.

2. Um transformador com núcleo de liga ferromagnética está ligado a uma linha de


120 V, possuindo um enrolamento primário de 500 espiras e um enrolamento
secundário de 100 espiras. A partir dessas informações, calcule a tensão no
secundário.

3. Um transformador apresenta uma razão entre as espiras de 1:5. Tendo o


enrolamento do secundário 1000 espiras, e a tensão do secundário 30 V,
determine a tensão e o número de espiras no enrolamento primário.
4. O lado de alta tensão de um transformador possui 500 espiras e o lado de baixa
tensão apresenta 100 espiras. Quando este transformador é ligado como
abaixador de tensão, a corrente de carga é de 12 A. Para esta situação, determine:
a) A relação de transformação a;
b) A corrente elétrica no enrolamento primário.

5. Se a corrente da linha I for de 20,8 A para uma ligação de um transformador


trifásico, determine a corrente através de cada enrolamento do primário para as
quatro configurações de ligação do transformador. Para tal, utilize a tabela I.

6. Para cada tipo de ligação do transformador, determine a corrente de linha do


secundário e a corrente de fase do secundário se a corrente da linha do primário
for de 10,4 A e a razão de espiras for 2:1. Utilize os dados da tabela 1.

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões auto avaliativas
propostas:

VP 15 N P 15
1)   15 :1   15 :1
VT 1 NT 1

2) VS = 24 V

3) VP=6 V NP = 200 espiras

4) a) a  5 b) I1 = 2,4 A

5) -: Corrente do enrolamento do primário = 12,0 A


Y-Y: Corrente do enrolamento do primário = 20, 8 A
Y-: Corrente do enrolamento do primário = 20, 8 A
-Y: Corrente do enrolamento do primário = 12,0 A

6) -: Corrente da linha do secundário = 20,8 A


Corrente de fase do secundário = 12,0 A
Y-Y: Corrente da linha do secundário = 20, 8 A
Corrente de fase do secundário = 20, 8 A
Y-: Corrente da linha do secundário = 36,0 A
Corrente de fase do secundário = 20, 8 A
-Y: Corrente da linha do secundário = 12,0 A
Corrente de fase do secundário = 12,0 A

5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da terceira unidade, na qual você teve a oportunidade de
entender o princípio de funcionamento do transformador abordando aspectos
construtivos, a evolução tecnológica, e a suas principais aplicações. Além disso,
compreender tecnologicamente e analiticamente o transformador ideal, o
transformador monofásico real e o transformador trifásico.
Na próxima unidade, você aprenderá conceitos fundamentais de máquinas de
corrente contínua que podem ser empregadas na conversão de energia mecânica em
energia elétrica, trabalhando assim como geradores eletromecânicos DC ou também
energia elétrica em energia mecânica, operando assim como motores elétricos DC.

6. E-REFERÊNCIAS

Sites pesquisados
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas – Projeto Pedagógico de Engenharia Elétrica. Disponível em: <
http://www.fee.unicamp.br/sites/default/files/graduacao/eng_eletrica/projeto_pedagogico/ProjPedEE_2012.pdf>.
Acesso em: 5 dez. 2016.
USP Universidade de São Paulo. Júpiter – Sistema dce Graduação. Disponível em:
<https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterDisciplina?sgldis=SEL0329&codcur=18045&codhab=0>. Acesso em: 5
dez. 2016.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP. FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA. CONSELHO DE CURSO
DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA - Projeto Pedagógico. Disponível em:
<http://www.feis.unesp.br/Home/DTA/STG/cursos/eletrica/-ProjetoPedagogico.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2016.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, S.J. Fundamentos de Maquinas Elétricas.5.ed. Porto Alegre-Br: Editora MacGraw-Hill, 2013.
FITZGERALDI, A. E., KINGSLEY Jr., C & UMANS. Máquinas Elétricas.7. Ed. São Paulo-Br: Editora
BOOKMAN, 2006.
KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores. 4.Ed. Rio de Janeiro-Br: Editora Globo, 1998.
DEL TORO, V. Del. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 1. Ed. Rio de Janeiro-Br: Editora Livros Técnicos e
Científicos, 1999
McPHERSON, G & LARAMORE, R.D. An Introduction to Electrical Machines and Transformers. 2.Ed. New
York-USA: Editora. John Wiley & Sons, 1990.
SEN, P.C. Principles of Electric Machines and Power Electronics, 2. Ed. New York-USA: Editora John Wiley
& Sons, 1997.
CATHEY, J.J. Electricmachines. 1.Ed. New York-USA: Editora Mc-Graw-Hill, 2000.

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