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APOSTILA DE DISTRIBUIÇÃO

Distribuição de Energia
As sub-estações de distribuição, em geral, fornecem tensões alternadas num sistema
trifásico de três fios. Nesse sistema, os potenciais elétricos estão defasados de 120 o e
têm mesma amplitude, em geral, proveniente de ligações estrela (ou deita) dos
enrolamentos dos transformadores. Ao lado ilustramos uma sub-estação com distribuição
trifásica, de três fios, com potenciais “nominais” de 13 800 V.  
Observe que, nesse sistema de distribuição, a d.d.p entre dois quaisquer fios é de 13,8
kV e não 27,6 kV (como alguém poderia esperar!), devido às particulares fases (120 o).
Esse sistema de distribuição (trifásica, três fios) é quem alimenta o transformador de
distribuição, nos postes de sua rua.

Dentro de sua casa


A distribuição domiciliar de energia elétrica, sob tensões alternadas, como vimos, faz-se,
no caso mais geral, através do Sistema Edson de três fios. Nesse sistema, a um dos fios
associa-se potencial elétrico de referência, zero volt (fio 'neutro'). Em relação a esse fio
'neutro' (0 V), os outros dois fios têm potenciais elétricos alternados, de mesma
amplitudes e defasadas de 180 o. Daí deriva a nomenclatura, distribuição de “duas fases
e três fios”. Desse modo, se (a), (b) e (c) são os três fios em questões, que chegam em
sua casa,’ com (b) tomado como referência de potencial elétrico e os outros dois com
potenciais elétricos “nominais” de 110V, tem-se:  

A diferença de potencial (ou tensão elétrica) entre pontos dos fios (a) e (b) é Va - Vb=
110 V, entre pontos de (b) e (c) é Vb - Vc = 110 V e entre pontos de (a) e (c) é Va - Vc =
220 V.
SUBESTAÇÃO ELETRICA:

Uma subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para
transmissão e distribuição de energia elétrica, além de equipamentos de proteção e
controle .

Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de


energia elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis
de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais.

Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por diversas


subestações, onde aparelhos chamados transformadores aumentam ou diminuem a sua
tensão. Ao elevar a tensão elétrica no início da transmissão, os transformadores evitam a
perda excessiva de energia ao longo do percurso. Ao rebaixarem a tensão elétrica perto
dos centros urbanos, permitem a distribuição da energia por toda a cidade.

Apesar de mais baixa, a tensão utilizada nas redes de distribuição ainda não está
adequada para o consumo residencial imediato. Por isso, se faz necessária a instalação
de transformadores menores, instalados nos postes das ruas, para reduzir ainda mais a
tensão que vai para as residências, estabelecimentos comerciais e outros locais de
consumo.

É importante lembrar que o fornecimento de energia elétrica no Brasil é feito por meio de
um grande e complexo sistema de subestações e linhas de transmissão, interligadas às
várias usinas de diversas empresas. Assim, uma cidade não recebe energia gerada por
uma única usina, mas por diversas usinas - hidrelétricas, termelétricas ou nucleares - que
constituem o chamado Sistema Interligado Nacional (SIN).

TRANSFORMADOR DE FORÇA:

Um transformador ou trafo é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou


potência elétrica de um circuito a outro, transformando tensões, correntes e ou de
modificar os valores das impedâncias elétricas de um circuito elétrico.

Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores são dispositivos que


funcionam através da indução de corrente de acordo com os princípios do
eletromagnetismo, ou seja, ele funciona baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei
de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que é possível criar uma
corrente elétrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a um campo magnético
variável, e é por necessitar dessa variação no fluxo magnético que os transformadores só
funcionam em corrente alternada.

Estrutura

Um transformador é formado basicamente de:


Enrolamento - O enrolamento de um transformador é formado de varias bobinas que em
geral são feitas de cobre eletrolítico e recebem uma camada de verniz sintético como
isolante.

Núcleo - esse em geral é feito de um material ferro-magnético e o responsável por


transferir a corrente induzida no enrolamento primário para o enrolamento secundário.

Esses dois componentes do transformador são conhecidos como parte ativa, os demais
componentes do transformador fazem parte dos acessórios complementares.

No caso dos transformadores de dois enrolamentos, é comum se denominá-los como


enrolamento primário e secundário, existem transformadores de três enrolamentos sendo
que o terceiro é chamado de terciário. Há também os transformadores que possuem
apenas um enrolamento, ou seja, o enrolamento primário possui um conexão com o
enrolamento secundário, de modo que não há isolação entre eles, esses transformadores
são chamados de autotransformadores.

Princípios básicos

Um transformador ideal. A corrente secundária surge para a ação secundária EMF na


impedância de carga (não mostrado).

O transformador é baseado em dois princípios: o primeiro, descrito via lei de Biot-Savart,


afirma que corrente elétrica produz campo magnético (eletromagnetismo); o segundo,
descrito via lei da indução de Faraday, implica que um campo magnético variável no
interior de uma bobina ou enrolamento de fio induz uma tensão elétrica nas extremidades
desse enrolamento (indução eletromagnética). A tensão induzida é diretamente
proporcional à taxa temporal de variação do fluxo magnético no circuito. A alteração na
corrente presente na bobina do circuito primário altera o fluxo magnético nesse circuito e
também na bobina do circuito secundário, esta última montada de forma a encontrar-se
sob influência direta do campo magnético gerado no circuito primário. A mudança no fluxo
magnético na bobina secundária induz uma tensão elétrica na bonina secundária.

Um transformador ideal é apresentado na figura adjacente. A corrente passando através


da bobina do circuito primário cria um campo magnético. A bobina primária e secundária
são ambas enroladas sobre um núcleo de material magnético de elevada de
permeabilidade magnética, a exemplo um núcleo de ferro, de modo que a maior parte do
fluxo magnético passa através de ambas as bobinas. Se um dispositivo elétrico é
conectado ao enrolamento secundário, uma vez provido que a corrente e a tensão
aplicadas ao circuito primário tenham os sentidos indicados, a corrente e a tensão
elétricas no dispositivo (usualmente denominado por "carga" do circuito) terão também
sentidos definidos, como os indicados na figura. Na prática os transformadores operam
com tensões e correntes alternadas, de forma que as marcações na figura representam a
rigor, as relações de fase entre os sinais no circuito primário e secundário visto que as
tensões e correntes estão constantemente alternando seus sentidos a fim de prover um
fluxo magnético variável.

Tipos de transformadores

Os transformadores são classificados de acordo com vários critérios. As classificações de


acordo com a finalidade, o tipo, o material do núcleo e o número de fases são algumas
das mais importantes.

Quanto a finalidade

 Transformadores de corrente
 transformadores de potencial
 Transformadores de distribuição
 Transformadores de força

Quanto ao tipo

 Dois ou mais enrolamentos


 Autotransformador

Quanto ao material do núcleo

 Ferromagnético
 Núcleo de ar

Quanto ao número de fases

 Monofásico
 Polifásico

Para se reduzir as perdas o núcleo de muitos transformadores são laminados para reduzir
a indução de correntes parasitas ou de Foucault, no próprio núcleo. Em geral se utiliza
aço-silício com o intuito de se aumentar a resistividade e diminuir ainda mais essas
correntes parasitas. Esses transformadores são chamados transformadores de núcleo
ferromagnético. Há ainda os transformadores de núcleo de ar, que possui seus
enrolamentos em contato com a atmosfera.[1]

Transformadores também podem ser utilizados para o casamento de impedâncias. Esse


tipo de ligação consiste em modificar o valor da impedância vista pelo lado primário do
transformador, são em geral de baixa potência. [1]
Transformador de distribuição

Transformadores de potência

Os transformadores trifásicos ou de potência são destinados a rebaixar ou elevar a tensão


e consequentemente elevar ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se
altere a potência do circuito.[1] Esses transformadores podem ser divididos em dois
grupos:

 Transformador de força - esses transformadores são utilizados para gerar,


transmitir e distribuir energia em subestações e concessionárias. Possuem
potência de 5 até 300 MVA. Quando operam em alta tensão têm até 550 kV.

 Transformador de distribuição - esses transformadores são utilizados para rebaixar


a tensão para ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de
energia. São normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas.
Possuem potência de 30 a 300 kVA; em alta tensão têm tensão de 15 ou 24,2 kV,
já o transformador de baixa tensão tem 380/220 ou 220/127 V.

Autotransformadores

Um autotransformador variável

Nos autotransformadores os enrolamentos primário e secundário estão em contato entre


si. O enrolamento tem pelo menos três saídas, onde as conexões elétricas são realizadas.
Um autotransformador pode ser menor, mais leve e mais barato do que um transformador
de enrolamento duplo padrão. Entretanto, o autotransformador não fornece isolamento
elétrico.
Autotransformadores são muitas vezes utilizados como elevadores ou rebaixadores entre
as tensões na faixa 110-117-120 volts e tensões na faixa 220-230-240 volts. Por exemplo,
a saída de 110 ou 120V de uma entrada de 230V, permitindo que equipamentos a partir
de 100 ou 120V possam ser usados em uma região de 230V.

Um autotransformador variável é feito expondo-se partes das bobinas do enrolamento e


fazendo a conexão secundária através do deslizamento de um conector, resultando em
variação na relação das espiras. [5] Tal dispositivo é normalmente chamado pelo nome de
marca Variac.

Simbologia

Alguns símbolos comumente utilizados em diagramas elétricos e eletrônicos:

Transformador com núcleo de ar.

Transformador com núcleo de ferro.

Transformador de núcleo de ferro com blindagem eletrostática, que protege contra


acoplamento eletrostático entre os enrolamentos.

Autotransformador.

Transformador ideal

Um transformador ideal é aquele em que o acoplamento entre suas bobinas é perfeito, ou


seja, todas concatenam, ou “abraçam”, o mesmo fluxo, o que vale dizer que não há
dispersão de fluxo. Isso implica assumir a hipótese de que a permeabilidade magnética do
núcleo ferromagnético é alta ou, no caso ideal, infinita, e o circuito magnético é fechado.
Além disso, admite-se que o transformador não possui perdas de qualquer natureza, seja
nos enrolamentos, seja no núcleo.

Transformador em vazio

Considerando, um transformador ideal, sendo o fluxo total, , o mesmo em ambas as


bobinas, já que se desprezam os fluxos dispersos e o núcleo tem → ∞, as f.e.m.’s, e
, induzidas nessas bobinas (adotando a convenção receptor), escrevem-se como:

e
Dividindo-se por chega-se à relação de tensões entre primário e secundário:

sendo a denominada relação de espiras ou relação de transformação. Esta é a


primeira propriedade do transformador que é a de transferir ou refletir as tensões de um
lado para outro segundo uma constante a.

Convencionando-se como a espira acoplada à DDP do circuito (primário) tem-se: para


um abaixador de tensão e para um elevador de tensão

EQUIPAMENTOS

Quando falamos de equipamentos elétricos, logo nos lembramos de chaves fusíveis,


chaves religadoras, religadores, disjuntores, etc...
Tratando do assunto proteção esses equipamentos são essenciais, para proteção de
linhas, ramais, redes de distribuição e principalmente redes que requerem uma
confiabilidade maior para os clientes das concessionárias.
Com isso veremos alguns desses equipamentos necessários para uma boa distribuição
de energia e consequentemente atendimento as residências, industrias, comércios que
necessitam de energia.

Religador Automático

É um dispositivo interruptor automático que abre e fecha seus contatos repetidas vezes
na eventualidade de uma falha do circuito por ele protegido.
Principio de Funcionamento
O religador é um equipamento de proteção a sobre correntes utilizado em circuitos aéreos
de distribuição, que opera quando detecta correntes de curto-circuito, desligando e
religando automaticamente o circuito um número pré determinado de vezes. Quando um
religador sente uma condição de sobre-corrente, a circulação desse é interrompida pela
abertura de seus contatos. Os contatos são mantidos abertos durante determinado tempo,
chamado tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para
reenergização da linha.
Se, no momento do fechamento dos contatos, a corrente persistir, a sequência
abertura/fechamento é repetida até três vezes consecutivas, após a quarta abertura, os
contatos se mantém travados.
As operações de um religador podem ser combinadas nas seguintes seqüências:
Devemos instalar esse tipo de equipamento após cargas que requeiram elevados índices
de confiabilidade, tais como industrias, grandes consumidores, frigoríficos, etc.
CHAVE FUSÍVEL RELIGADORA

Conforme a Norma Técnica ABNT NBR 8124 – Chaves Fusíveis de Distribuição (Classe
2). O pólo da chave fusível religadora é composto por três bases tipo “C” e respectivos
porta-fusíveis (cartuchos) e elos fusíveis, montados numa mesma estrutura e interligados
mecânica e eletricamente.
Em condições normais do circuito a corrente de carga passa apenas pelo primeiro elo
fusível.
Na ocorrência de um defeito, há a queima desse elo e a chave fusível deve indicar sua
operação por deslocamento (queda) do respectivo porta-fusível, que aciona o mecanismo
de transferência de carga, fazendo circular a corrente pelo segundo elo fusível.
Persistindo o defeito, uma segunda operação transfere a carga para o terceiro elo fusível,
causando a queda do segundo porta-fusível. Por fim, a permanência do defeito provoca a
queima deste último elo (caindo o último porta-fusível) e desliga definitivamente o circuito.

CHAVE FUSÍVEL UNIPOLAR

Destinada à proteção contra sobrecorrentes de circuitos primários (alta tensão), a chave fusível é
um equipamento amplamente utilizado em pequenas subestações de consumidor/concessionária e
em redes aéreas de distribuição urbana e rural. Como o próprio nome identifica, é dotada de um
elemento fusível que responde pelas suas características básicas de operação e proteção. São
fabricadas em vários modelos para diferentes níveis de corrente e tensão.

Para todos esses equipamentos não podemos esquecer a coordenação, pois somente assim
conseguiremos obter êxito na instalação desses equipamentos.
Essa coordenação é feita através de estudos de cargas das linhas, ramais, alimentadores entre outros.

DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO

O disjuntor é um dispositivo mecânico de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e


interromper correntes nas condições normais do circuito, assim como estabelecer,
conduzir durante um tempo especificado e interromper correntes sob condições anormais
especificadas do circuito, tais como as de curto circuito.

Os disjuntores de alta tensão são os principais elementos de segurança, bem como os


mais eficientes e complexos aparelhos de manobra em uso nas redes elétricas. Possuem
uma capacidade de fechamento e ruptura que deve atender a todos os requisitos
preestabelecidos de manobra sob todas as condições normais e anormais de operação.

Além dos estados estacionários de fechado e aberto, definem-se ambos os estados de


transição de manobra de fechamento ou ligamento e manobra de abertura ou
desligamento.

No estado ligado ou fechado o disjuntor deve suportar a corrente nominal da linha sem
que venha a aquecer além dos limites permissíveis. No estado aberto ou desligado a
distância de isolamento entre contatos deve suportar a tensão de operação, bem como
sobre tensões internas, devido a surto de manobras ou descargas atmosféricas.

Quando da manobra de fechamento, o disjuntor deve também, no caso de um curto


circuito, atingir de maneira correta a sua posição fechada e conduzir a corrente de curto
circuito.

Quando da manobra de abertura, o disjuntor deve dominar todos os casos de manobras


possíveis da rede onde está instalado.

Além das manobras com correntes de cargas, ele deve interromper com segurança altas
correntes de curto circuito indutivas, e não deve interromper prematuramente pequenas
correntes indutivas a fim de não provocar sobre tensões.

 Teoria de Para-Raio

A utilização de para-raios permite que se possam reduzir os níveis de isolamento de


diversos equipamentos em sistemas de transmissão, sistemas de distribuição,
subestações, etc. De uma forma sucinta, os para-raios são formados por blocos de
resistores não lineares, podendo ter ou não ‘gaps’ em série que disparam a energia da
descarga atmosférica assim que o nível de tensão nos seus terminais excede determinado
valor. De modo ideal os para-raios deveriam se comportar da seguinte maneira:

Conduzir somente a partir de uma tensão acima da sua tensão nominal; manter esta
tensão com pequenas variações, durante todo o tempo que permanecer o surto de
tensão; parar de conduzir a uma tensão muito próxima àquela que começou a conduzir.
Assim, o funcionamento ótimo dos para-raios seria aquele em que a tensão a que eles
ficam submetidos fosse independente da corrente através dos mesmos.

Para-raios com Gap e Resistor Não Linear 

Estes para-raios são constituídos basicamente de um gap em série com um resistor não
linear, colocados no interior de um invólucro de porcelana. O gap é o elemento que
separa eletricamente a rede dos resistores não lineares. Constitui-se de um conjunto de
“sub gaps ” cuja finalidade é a de fracionar o arco em um número de pedaços, a fim de
poder exercer um melhor controle sobre ele, no momento de sua formação, durante o
processo de descarga e na sua extinção. Nos pára-raios convencionais o resistor não
linear é fabricado basicamente com o carbonato de silício. Com este material pode-se
observar que, por ocasião de tensões baixas tem-se uma resistência elevada e, com
tensões elevadas, uma resistência baixa.
São resistores não lineares cuja resistência varia sob a ação da temperatura. Em outras palavras, são
semicondutores que conduzem melhor a corrente elétrica no estado quente do que no frio. Assim, a
resistência elétrica de tais materiais se reduz com a elevação da temperatura, possuindo, portanto, um
coeficiente de temperatura negativo. Em média, o coeficiente de temperatura, cuja notação é 25º é
igual a: grau 0,05- isto é, perante uma elevação de temperatura de 1 grau, o valor da resistência do
material se reduz em 5%. O valor de variando acentuadamente com a temperatura, faz com que o seu
valor possa ser considerado constante apenas para pequenas variações de temperatura.

Pára-Raios de Óxido de Zinco

O pára-raios de óxido de zinco constitui-se basicamente do elemento não linear colocado


no interior de um corpo de porcelana. Neste pára-raios não são necessários os gaps em
série, devido às excelentes características não lineares do óxido de zinco.
Os pára-raios de óxido de zinco apresentam vantagens sobre os pára-raios convencionais
entre as quais podem ser citadas:

Inexistência de gaps(gaps estão sujeitos a variações na tensão de descarga de um pára-


raios que não esteja adequadamente selado, além de que um número elevado de partes
no gap aumenta a possibilidade de falhas); Inconvenientes apresentados pelas
características não lineares do carbonato de silício; Pára-raios convencionais absorvem
mais quantidade de energia do que o pára-raios de óxido de zinco, o que permite a este
último absorção durante um maior número de ciclos.

FILOSOFIA DE PROTECÃO DOS SISTEMAS

Exploração de um sistema de energia elétrica

Em oposição ao intento de garantir economicamente a qualidade do serviço e


assegurar uma vida razoável às instalações, os concessionários dos Sistemas de Energia
Elétrica defrontam-se com as perturbações e anomalias de funcionamento que afetam as
redes elétricas e seus órgãos de controle. Se admitirmos que, na fixação do equipamento
global, já foi considerada a previsão de crescimento do consumo, três outras
preocupações persistem para o concessionário:
a elaboração de programas ótimos de geração; a constituição de esquemas de
interconexão apropriados; a utilização de um conjunto coerente de proteções.

PROGRAMAS DE GERAÇÃO
Devem realizar o compromisso ótimo entre:
a) a utilização mais econômica dos grupos geradores disponíveis; b) a repartição
geográfica dos grupos em serviço, evitando as sobrecargas permanentes de
transformadores e linhas de transmissão, e assegurando nos principais nós de consumo
uma produção local suficiente ao atendimento dos usuários prioritários, na hipótese de um
grave incidente sobre a rede.
ESQUEMAS DE INTERCONEXÃO

Mesmo fugindo, por vezes, à condição ideal de realização da rede em malha,


devido a razões como a extensão territorial e o custo, deve-se tentar atingir os objetivos
seguintes:

a) limitação do valor da corrente de curto-circuito entre fases a um valor


compatível com a salvaguarda do material constitutivo da rede; por exemplo, 40 kA em
380 kV, 30 kA em 220 kV, etc.;
b) evitar, em caso de incidente, inadmissível transferência de carga sobre as
linhas ou instalações que permanecerem em serviço, impedindo-se com isso
sobreaquecimento, funcionamento anárquico das proteções, rutura de sincronismo entre
as regiões ou sistemas interligados.

CONJUNTO COERENTE DE PROTEÇÕES

Para atenuar os efeitos das perturbações, o sistema de proteção deve:

a) assegurar, o melhor possível, a continuidade de alimentação dos usuários;


b) salvaguardar o material e as instalações da rede. No cumprimento dessas missões
ele deve:

tanto alertar os operadores em caso de perigo não imediato, como retirar de


serviço a instalação se há, por exemplo, um curto-circuito que arriscaria deteriorar
um equipamento ou afetar toda a rede.

Verifica-se, assim, que há necessidade de dispositivos de proteção distintos para:

a) as situações anormais de funcionamento do conjunto interconectado, ou de


elementos isolados da rede (perdas de sincronismo, por exemplo);
b) os curtos-circuitos e os defeitos de isolamento.

Tratamento estatístico dos defeitos

As estatísticas conhecidas nem sempre são completamente coerentes, segundo


as diversas fontes consultadas. No entanto, algumas informações são particularmente
úteis, por exemplo, nas fases de planejamento. No entanto, deve-se ter cuidado de
lembrar nas análises, por exemplo, que a incidência de certos tipos particulares de defeito
dependem da localização; assim, em lugares extremamente secos, como áreas
desérticas, as faltas à terra são mais raras, ao passo que em outros locais elas
constituem maioria.
Como indicação, em certo sistema de 132/275 kV, registrou-se a seguinte
distribuição de faltas (em percentagem e capacidade instalada), em um ano recente:

Equipamento Percentagem do total anual

Linhas aéreas (acima de 132 kV) 33% ou 1 falta/80 km


Cabos (se incluídas as muflas) 9% ou 2 (3) faltas/80krn

Equipamento de manobra 10 % ou 1 falta/450 MW


Transformadores 12% ou 1 falta/1 5 MW
Geradores 7% ou 1 falta/40 MW
Equipamento secundário (TC, TP,
relés, fiação, etc.) 29% ou 1 falta/1 50 MW

Ainda para outro sistema de muita alta-tensão constatou-se, recentemente:

a) desligamentos devidos a descargas atmosféricas: 10-20% do total;


b) tempo médio de interrupção de fornecimento aos usuários, em período de 10 anos,
devido a tempestades, foi de 2,3 min/ano, devido ao total de defeitos, foi de 12
min/ano;
c) os defeitos fugitivos ou passageiros constituíram 95% dos casos totais, e desses,
85% foram do tipo fase-terra.

É fácil verificar-se que para um sistema com boa coleta de dados estatísticos,
devidamente tratados, pode-se prever um sistema de proteção adequado, dentro de
riscos razoáveis. Voltaremos ao assunto quando da aplicação dos diversos dispositivos
de proteção. No entanto, é bom indicar que atualmente as falhas em um sistema elétrico
podem distribuir-se, aproximadamente, em:
falhas devidas a natureza elétrica diversa, 73%; falhas de atuação de relés e
outros dispositivos automáticos, 120//0; falhas devidas a erros de pessoal, 15 %.

Aspectos considerados na proteção

Na proteção de um sistema elétrico, devem ser examinados três aspectos:


1) operação normal, 2) prevenção contra falhas elétricas, 3) e a limitação dos
defeitos devidos às falhas.

A operação normal presume

inexistência de falhas do equipamento, inexistência de erros do pessoal de


operação, e inexistência de incidentes ditos "segundo a vontade de Deus".
Sendo, pois, fútil - se não antieconômico - pensar-se em eliminar por completo as
falhas, segundo as estatísticas que apresentamos, providências devem ser tomadas no
sentido de prevenção e/ou limitação dos efeitos das falhas. Algumas providências na
prevenção contra as faltas são:
- previsão de isolamento adequado, coordenação do isolamento, uso de cabos
pára-raios e baixa resistência de pé-de-torre, apropriadas instruções de operação e
manutenção, etc.

A limitação dos efeitos das falhas inclui:

 limitação da magnitude da corrente de curto-circuito (reatores); projeto capaz de


suportar os efeitos mecânicos e térmicos das correntes de defeito;
 existência de circuitos múltiplos (duplicata) e geradores de reserva; existência de
releamento e outros dispositivos, bem como disjuntores com suficiente capacidade
de interrupção; meios para observar a efetividade das medidas acima (oscilógrafos
e observação humana); finalmente, freqüentes análises sobre as mudanças no
sistema (crescimento e desdobramento das cargas) com os conseqüentes
reajustes dos relés, reorganização do esquema operativo, etc.
 Verifica-se, pois, que o releamento é apenas uma das várias providências no
sentido de minimizar danos aos equipamentos e interrupções no serviço, quando
ocorrem falhas elétricas no sistema. Contudo, devido à sua situação de verdadeira
"sentinela silenciosa" do sistema, justifica-se a ênfase do presente estudo.

Análise generalizada da proteção

Basicamente, em um sistema encontram-se os seguintes tipos de proteção:

proteção contra incêndio, proteção pelos relés, ou releamento, e por fusíveis,


proteção contra descargas atmosféricas e surtos de manobra.

Um estudo de proteção leva, pois, em conta as seguintes considerações


principais:
a) elétricas, devidas às características do sistema de potência (natureza das faltas,
sensibilidade para a instabilidade, regimes e características gerais dos
equipamentos, condições de operação, etc.);
b) econômicas, devidas à importância funcional do equipamento (custo do
equipamento principal versus custo relativo do sistema de proteção);
c) físicas, devidas principalmente às facilidades de manutenção, acomodação (dos
relés e redutores de medida), distância entre pontos de releamento (carregamento
dos TC, uso de fio piloto), etc.

É importante dizer-se que o releamento, principal objetivo deste estudo, minimiza:

o custo de reparação dos estragos; a probabilidade de que o defeito possa


propagar-se e envolver outro equipamento; o tempo que o equipamento fica inativo,
reduzindo a necessidade das reservas, a perda de renda e o agastamento das relações
públicas, enquanto o equipamento está fora de serviço.
Isso tudo, a um custo da ordem de 25 % daquele correspondente aos
equipamentos protocolados. Pois, um seguro barato, principalmente considerando-se o
tempo usual para depreciação dos equipamentos.

Características gerais dos equipamentos de proteção

Há dois princípios gerais a serem obedecidos, em seqüência:

1. Em nenhum caso a proteção deve dar ordens, se não existe defeito na sua
zona de controle (desligamentos intempestivos podem ser piores que a falha de atuação);

Se existe defeito nessa zona, as ordens devem corresponder exatamente àquilo


que se espera, que seja a forma, intensidade e localização do defeito.

Disso resulta que a proteção por meio de relés, ou o releamento, tem duas
funções:

a) Função principal: é a de promover uma rápida retirada de serviço de um


elemento do sistema quando em sofre um curto-circuito, ou quando ele começa a
operar de modo anormal que possa causar danos ou, de outro modo, interferir com
a correta operação do resto do sistema.
Nessa função um relé (elemento detetor-comparador e analisador) é auxiliado pelo
disjuntor (jnterruptor ou então um fusível engloba as duas funções (Fig. 1. 1)

b) função secundária - promovendo a indicação da localização e do tipo do defeito,


visando mais rápida reparação e possibilidade de análise da eficiência e
características de mitigação da proteção adotada.
Dentro dessa idéia geral, os chamados princípios fundamentais do releamento
compreendem (Fig. 1.2):
releamento primário ou de primeira linha; releamento de retaguarda ou de socorro;
releamento auxiliar.
a) O releamento primário é aquele em que: uma zona de proteção separada é
estabelecida ao redor de cada elemento do sistema, com vistas à seletividade, pelo
que disjuntores são colocados na conexão de cada dois elementos; há uma
superposição das zonas, em torno dos disjuntores, visando ao socorro em caso de
falha da proteção principal; se isso de fato ocorre, obviamente, prejudica-se a
seletividade, mas esse é o mal menor.
b) O releamento de retaguarda, cuja finalidade é a de atuar na manutenção do
releamento primário ou falha deste, só é usado, por motivos econômicos, para
determinados elementos do circuito e somente e contra curto-circuito. No entanto, sua
previsão deve-se à probabilidade de ocorrer falhas, seja, na corrente ou tensão
fornecida ao relé; ou na fonte de corrente de acionamento do disjuntor; ou no circuito
de disparo ou no mecanismo do disjuntor; ou no próprio relé, etc.
Nestas condições, é desejável que o releamento de retaguarda seja arranjado
independentemente das possíveis razões de falha do releamento primário. Uma
observação importante é que o releamento de retaguarda não substitui uma boa
manutenção, ou vice-versa.

c) O releamento auxiliar tem função como multiplicador de contatos, sinal ou


temporizador, etc.

Características funcionais do releamento

Sensibilidade, seletividade, velocidade e confiabilidade são termos comumente usados


para descrever as características funcionais do releamento. Por vezes há certas
contradições na aplicação conjunta desses termos; assim, por exemplo, a velocidade
de operação dos relés pode ter que ser controlada devido a razões de coordenação
com a velocidade de operação de outros relés em cascata, etc.

a) A velocidade ou rapidez de ação, na ocorrência de um curto-circuito, visa a diminuir


a extensão do dano ocorrido (proporcional a RI't); auxiliar a manutenção da
estabilidade das máquinas operando em paralelo; melhorar as condições para re-
sincronização dos motores; assegurar a manutenção de condições normais de
operação nas partes sadias do sistema; diminuir o tempo total de paralisação dos
consumidores de energia; diminuir o tempo total de não liberação de potência, durante
a verificação de dano, etc.
Evidentemente, relés rápidos devem ser associados a disjuntores rápidos, de modo a
dar tempo de operação total pequeno. De fato, com o aumento da velocidade do
releamento, mais carga pode ser transportada sobre um sistema, do que resulta
economia global aumentada (evita-se, às vezes, a necessidade de duplicar certas
linhas: ver Fig. 1.3).

b) Por sensibilidade entende-se a capacidade da proteção responder às


anormalidades nas condições de operação, e aos curto-circuitos para os quais foi
projetada. É apreciado por um fator de sensibilidade, da forma onde, e por exemplo,

O valor de k >, 1,5 a 2, é usual.

b) Define-se confiabilidade como a probabilidade de um componente, um


equipamento ou um sistema satisfazer a função prevista, sob dadas circunstâncias.
A longa inatividade, seguida de operação em condições difíceis, exige do equipamento
de proteção simplicidade e robustez, e isso traduz-se em fabricação empregando
matéria-prima adequada com mão-de-obra não só altamente capaz, mas também
experimentada.
d) Por seletividade entende-se a propriedade da proteção em reconhecer e selecionar
entre aquelas condições para as quais uma imediata' a operação é requerida, e
aquelas para as quais nenhuma operação ou um retardo de atuação é exigido.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS RELES


Os relés constituem a mais poderosa ferramenta do Engenheiro de proteção.
Por isso vamos inicialmente conhecê-los como instrumental e, posteriormente, analisar
suas utilizações específicas.

Definição e classificação dos relés

Segundo a ABNT, o relê é um dispositivo por meio do qual um equipamento


elétrico é operado quando se produzem variações nas condições deste equipamento
ou do circuito em que ele está ligado, ou em outro equipamento ou circuito associado.
Outras normas definem o relé como um dispositivo cuja função é detectar nas
linhas ou aparelhos faltosos, perigosas ou indesejáveis condições do sistema, e iniciar
convenientes manobras de chaveamento ou dar aviso adequado.
Há uma grande variedade de relês, atendendo às diversas aplicações, porém
eles podem ser reduzidos a um pequeno número de tipos, didaticamente falando.

Assim podemos classificar os relês, basicamente:

a) quanto às grandezas físicas de atuação: elétricas, mecânicas, térmicas, óticas,


etc.;
b) quanto à natureza da grandeza a que respondem: corrente, tensão, potência,
freqüência, pressão, temperatura, etc.;
c) quanto ao tipo construtivo: eletromecânicos (indução), mecânicos (centrífugo),
eletrônicos (fotoelétrico estáticos (efeito Hall etc.;
d) quanto à função: sobre e subcorrente, tensão ou potência, direcional de corrente
ou potência, diferencial, distância, etc.;
e) quanto à forma de conexão do elemento sensor. direto no circuito primário ou
através de redutores de medida;

O quanto ao tipo de fonte para atuação do elemento de controle: corrente


alternada ou contínua;

g) quanto ao grau de importância: principal (51 ASA) ou intermediário (86 ASA);


h) quanto ao posicionamento dos contatos (com circuito desenergizado):
normalmente aberto ou fechado;
i) quanto à aplicação: máquinas rotativas (gerador) ou estáticas (transformadores~
linhas aéreas ou subterrâneas, aparelhos em geral; j) quanto à temporização:
instantâneo (sem retardo proposital) e temporizado (mecânica, elétrica ou
eletronicamente, por exemplo).

O relê elementar
Seja um circuito monofásico, contendo uma fonte de tensão (U), alimentando
uma carga (Z), do que resulta uma corrente circulante (I) (veja a Fig. 2.1). Nesse
circuito foi introduzido um relé elementar, do tipo eletromecânico: uma estrutura em
charneira, composta de um núcleo fixo e uma armadura móvel à qual estão solidários
o contato móvel e uma mola, o que obriga o circuito magnético ficar aberto em uma
posição regulável. 0 núcleo é percorrido por um fluxo proporcional à corrente do
circuito, circulando na bobina do relé, e isso faz com que seja possível que o contato
móvel feche um circuito operativo auxiliar (fonte de corrente contínua, nesse caso),
alimentando um alarme (lâmpada) e/ou o disparador do disjuntor colocado no circuito
principal, sempre que Fe > Fm,

Por motivos de projeto, o valor I deve ser limitado e assim sempre que excede
um valor prefixado 1. (denominado corrente de atuação, de picape, de acionamento ou
de operação do relé), o circuito deve ser interrompido, por exemplo, pelo fornecimento
de um impulso de operação enviado à bobina do disparador do disjuntor, ou pelo
menos, ser assinalada aquela ultrapassagem por um alarme (lâmpada, buzina).

Sabemos dos princípios da conversão eletromecânica que a força


eletromagnética (Fe) desenvolvida através do entreferro (b) pelo fluxo no núcleo, e
provocada pela corrente I na bobina do relé, segundo a fórmula de Picou, neste tipo de
estrutura, é

onde K leva em conta a taxa de variação da permeância do entreferro, o número de


espiras, e ajusta as unidades, convenientemente.

Por outro lado, existe a força da mola (F.~ opondo-se ao deslocamento da


armadura.

Há, pois, no relé:

órgãos motores (bobina);


órgãos antagonistas (mola, gravidade);
órgãos auxiliares (contatos, amortecedores) do que resulta, no releamento, a presença
de:

a) elemento sensor - ou detector - às vezes chamado elemento de medida


que responde às variações da grandeza atuante (I),
h) elemento comparador - entre a grandeza atuante (F.) e um
comportamento pré-determinado (F.),
c) elemento de controle - efetuando uma brusca mudança na grandeza de
controle, por exemplo, fechando os contatos do circuito da bobina de disparo
do disJuntor.

Graficamente, uma função I(t) pode mostrar o funcionamento do relé [Fig.


2.2(a)], a partir de um instante (t 1) em que a corrente de carga inicial (I i) começa a
crescer, atingindo após certo tempo (t 2) o valor da corrente de acionamento (I i).
Durante um intervalo de tempo (t3-t2) o disJuntor atua abrindo o circuito, com o que em
(t3) a corrente começa a decrescer; ao passar por (t 4), onde Fe < Fm, o relé abre seu
circuito magnético.

Denomina-se relação de recomposição (dropaute, percentagem de retomo, ou


de relaxamento) do relé o valor Kd = I d/Ia, e que varia entre 0,7-0,95 na prática,
conforme o tipo de relé. A esse valor de corrente de desatracamento, corresponde um
tempo de retorno do relé à sua posição inicial, e que é importante em certas
aplicações, como veremos mais adiante.
Verifica-se, pois, que para um relé atuar é preciso haver uma força residual: F r = (Fe -
Fm) > 0, e que está representada na Fig. 2.2(b), onde

Fe = característica eletromecânica da bobina ≈ KI2;


Fm = característica mecânica da mola de restrição ≈ Kx;
FeO = força eletromagnética de atuação: e
FmO= esforço inicial da mola; e = compensação de atrito do eixo, peso próprio da
armadura, etc.
Outros tipos de estruturas, algo mais sofisticadas, serão apresentadas adiante. No
entanto, o princípio básico de funcionamento dos relés é o acima descrito.

Qualidades requeridas de um relé

Para cumprir sua finalidade, os relés devem: a) ser tão simples (confiabilidade)
e robustos (efeitos dinâmicos da corrente de defeito) o quanto possível; b) ser tão
rápidos (razões de estabilidade do sistema) o quanto possível, independentemente do
valor, natureza e localização do defeito; c) ter baixo consumo próprio (especificação
dos redutores de medida); d) ter alta sensibilidade e poder de discriminação (a
corrente de, defeito pode ser inferior à nominal, e a tensão quase anular-se); e)
realizar contatos firmes (evitando centelhamento e ricochetes que conduzem a
desgaste prematuro); f) manter sua regulagem, independentemente da temperatura
exterior, variações de freqüência, vibrações, campos externos, etc.; g) ter baixo custo.
A título de comparação são dados valores tirados de uma proposta de fabricante, em
valores relativos:

relé de sobrecorrente, instantâneo, monofásico 1,0 pu


relé de sobrecorrente, temporizado, trifásico 3,5 pu
relé de sobrecorrente, temporizado, direcional 6,5 pu
relé para fio piloto 12,0 pu
relé de distância, de alta velocidade 56,0 pu

Nas condições acima, obviamente, há aspectos contraditórios que devem ser


considerados em cada caso.

Critérios de existência de falta e seus efeitos

Por definição, defeito ou falta é o termo usado para denotar um acidental


afastamento das condições normais de operação. Assim um curto-circuito ou um
condutor interrompido constituem uma falta.
Um defeito modifica mais ou menos profundamente as tensões e as correntes
próprias ao órgão considerado. Logo, as grandezas atuantes sobre os relés deverão
ser ligadas, obrigatoriamente, àquelas alterações de módulo e/ou argumento das
correntes e tensões.
De fato, um curto-circuito traduz-se por:

a) altas correntes e quedas de tensão. No entanto, ambas não são exclusívas do


defeito,
b) variação da impedância aparente - correspondente à relação tensão/corrente no
local do relé - e que é brusca e maior na ocasião do defeito do que nas simples
variações de carga. Logo, é um bom critério discriminativo;
c) aparecimento das componentes inversa (seqüência negativa) e homopolar
(seqüência zero) de tensão e/ou de corrente, no caso de defeito desequilibrado, e de
valor máximo no lugar do defeito. Recorde-se aqui que o defeito desequilibrado
comporta-se como gerador de seqüências negativa e/ou zero. Contudo, a presença
de simples desequilíbrio, não obriga tratar-se de defeito, ou pelo menos de curto-
circuito;

d) acentuadas diferenças de fase e/ou amplitude entre a corrente de entrada (1 e) e


de saída (I) de um elemento da rede. Em geral, as correntes derivadas
(magnetizante dos transformadores; capacitiva das linhas) são pequenas
comparativamente com as correntes de trabalho normais; assim, se a corrente
derivada ID = (1e – Is) é grande, há defeito. Pode-se raciocinar, analogamente, com a
diferença de ângulo de fase entre I e e I3: cerca de 180° indica defeito interno
(inversão de sentido de I3) no elemento controlado.

É baseado nessas indicações que serão indicados os relés aplicáveis a cada


caso, na prática.

RELÉ DE PROTEÇÃO

Quando se fala em proteção de uma rede elétrica, de um gerador, de um transformador


ou de uma linha de transmissão, ocorre-nos de imediato a imagem de um relé de
proteção.

Definição e classificação dos relés:


O relé é um dispositivo por meio do qual um equipamento elétrico é operado quando se
produzem variações nas condições deste equipamento ou do circuito em que ele está
ligado, ou em outro equipamento ou circuito associado.
Há uma grande variedade de relés, atendendo às diversas aplicações, porém eles podem
ser reduzidos a um pequeno número de tipos, didaticamente falando.

O PAPEL DO RELÉ:
O relé é instalado para proteger um determinado circuito (equipamento) contra condições
anormais (defeitos).
Para proteger um circuito ou equipamento um relé deve:
- ficar sentindo a grandeza que sofrerá alteração com o defeito. Por exemplo, um curto
circuito é percebido pelo aumento de corrente.
- Ficar comparando o valor desta grandeza com um valor de ajuste;
- comandar se este valor de ajuste ultrapassar o valor de ajuste, as operações de:
Desligamento de disjuntores;
Sinalização acústica e ótica – visual;
Acionamento de dispositivos contra incêndios;

CONSTITUIÇÃO BÁSICA DE UM RELÉ:


Elemento sensível ou elemento motor;
Elemento de comparação, valor de ajuste por exemplo;
Elemento de comando ou contatos;

CURTO CIRCUITO:
Curto circuito é a diminuição brusca da impedância do circuito com conseqüente aumento
de corrente e queda de tensão.
Tipos de curto-circuito num sistema trifásico de neutro aterrado.
- Curto fase neutro
- A um aumento de corrente da fase e neutro;
– há corrente de terra.
Curto fase e fase
- A um aumento de corrente das fases envolvidas;
– não há corrente de terra.
Curto duas fases e terra
- A um aumento de corrente das fases envolvidas;
– há corrente de terra.
Algumas causas de curto circuito:
Contato entre fases e fase neutro;
Energização de uma linha com a chave terra fechada;
Animais
Deterioração da isolação do equipamento
Descargas atmosféricas
Outros:

No curto entre fase e terra, os dois reles vão atuar, mas fica a observação de que o relé
de neutro é mais sensível.
Mesmo os relés de fases tendo o ajuste igual, pode ser que na realidade um atua um
pouco antes e o outro atrasado, por isso o neutro é mais sensível.
Ajustes dos relés de sobrecorrentes:
Normalmente os relés de sobrecorrentes possuem dois elementos: instantâneo (50) e
temporizado(51).
Ajuste temporizado, o relé possui ajustes de TAP, que significa sua mínima corrente de
atuação.
A exemplo um relé que esteja ajustado no TAP 6 – significa que qualquer valor, acima de
6 A que passa por ele provocará a partida do elemento temporizado.

Ajuste do instantâneo:
No relé ICM o instantâneo é ajustado em função do tap,
Temos o seguinte ajuste:
Tap – 6 A
Inst: 4 x1 – o número 4 significa o ajuste para aquele relé
Significa que o ajuste do instantâneo equivale a 4 x 6=24 A, então qualquer corrente
acima de disso provocará atuação do relé.
No relé IAC e em outros, o ajuste instantâneo dá diretamente, o valor mínimo de corrente
que deverá passar pelo relé.
Ex: 20 A
Isso independente do tap.
DETERMINAÇÃO DA CORRENTE MíNIMA DE ATUAÇÃO (NA LINHA)

a) Qual a mínima corrente na linha para a partida do elemento temporizado do


relé de fase?
b) Qual a mínima corrente na linha para atuação do elemento instantâneo do
relé de fase?
c) Qual a mínima corrente de terra para partida do elemento temporizado do
relé de terra?
a) Qual a mínima corrente de terra para atuação do elemento instantâneo?

RESOLUÇÃO

a) Corrente mínima na linha para atuação do elemento temporizado.


A relação no TC (RTC) é:

Isto significa que para cada ampère no secundário do TC, teremos 20 ampères na
linha, Como o relé está no tap 6 A, então na linha precisaremos:

Para calcular a corrente mínima na linha para atuação do elemento temporizado basta
fazermos:
b) Corrente mínima na linha para atuação do elemento instantâneo.
Sendo: TAP = 6 A
INST = 8 x
Então a corrente mínima de atuação no relé é:

A corrente no primário do TC, será:

c) A mínima corrente no relé é:

A mínima corrente de terra será:

d) Analogamente, para o instantâneo temos:

Os ajustes dos relés nos dão as correntes mínimas para os relés (I RELÉ)
multiplicando estas correntes pela relação dos TC's, teremos as correntes nas linhas ou
de terra conforme seja o caso.

PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES

A PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DO TRANSFORMADOR

Ocorrendo um curto-circuito interno num transformador é altamente desejável que


haja desenergização do transformador o mais rápido possível.
Em princípio poderíamos usar relés de sobrecorrente para proteger o
transformador contra curtos-circuitos internos.
Dizemos que os relés de sobrecorrente do transformador o protegem contra curto-
circuitos externos e são retaguarda dos relés dos alimentadores.
Precisamos de um relé que proteja transformador contra curtos-circuitos internos.
Este relé deverá atuar instantaneamente para curtos internos e não ser sensibilizado para
curtos externos.
PROTEÇÃO BUCHHOLZ (63):
As faltas nos transformadores imersos em óleo, podem ser ocasionadas pela má
conexão entre condutores, por curto-circuito entre espiras, por falha no isolamento do
enrolamento para terra e por curto-circuito entre espiras de diferentes fases.
Para a proteção do transformador contra estes defeitos, M. Buchholz idealizou o
relé de gás.

Na ocorrência de faltas mais graves, internas do transformador, haverá um


intenso aquecimento e formação de gases que serão forçados para o tanque de
expansão. A lâmina V (ou bóia) por pressão que depende da velocidade do óleo e gás,
fecha um contato solidário a ela. 0 contato desliga todas as fontes de energia ligadas ao
transformador.

RELÉS TÉRMICOS:
Temperatura do óleo (26):
Uma sobrecarga prolongada ou defeito no sistema de refrigeração podem
determinar aquecimento excessivo do transformador.
Usam-se relés termoelétricos que detetam a temperatura do óleo
Temperatura do Enrolamento (49):
O relé térmico do transformador recebe o nome de imagem térmica pois, ele não deteta
diretamente a temperatura do enrolamento e sim a temperatura determinada num bulbo
de óleo, por uma resistência alimentada pelo secundário de um TC de bucha, figura 26, a
temperatura do enrolamento depende da corrente de carga; logo uma "imagem" desta
corrente nos fornecerá uma Imagem" da temperatura do enrolamento.

COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO
INTRODUÇÃO:
Num sistema elétrico quando ocorre um curto-circuito os equipamentos são submetidos a
elevadas correntes que podem danificá-los ou diminuir-lhes a vida útil.
O dano para o equipamento será tanto menor quanto mais rápida for interrompida a
corrente de curto-circuito.
Uma característica altamente desejada no sistema de proteção é a rapidez
No sistema da figura abaixo, ocorre um curto-circuito na saída I:

Para um curto-circuito na saída 1, deverá ser desligado o disjuntor 3, pela atuação do relé
3.
Num bom sistema de proteção, quando da ocorrência de um defeito, deve ser
desconectando do sistema apenas o trecho (o menor possível) necessário, para a
eliminação desse defeito. A essa característica chama-se seletividade.

COORDENAÇÃO:
Sendo assim, o R2 não terá atuação instantânea para curtos nas saídas, pois teríamos,
no caso do nosso exemplo, aberturas simultâneas dos disjuntores 2 e 3, o que não seria
seletivo.
Chama-se coordenação o acerto das diversas proteções para se conseguir seletividade.
Comentamos que o relé R2 (fig. 29) não pode ter atuação instantânea pois ficaria
descoordenado com as proteções dos alimentadores. Por outro lado, se ocorrer um curto-
circuito na barra, é o R2 que deve atuar. Esta atuação não será instantânea, devido a
necessidade de coordenarmos este relé com os dos alimentadores. Tivemos que
sacrificar o tempo.
Quase sempre há sacrifício da rapidez para se conseguir seletividade.

PROTEÇÃO PRINCIPAL:
Ocorrendo um curto-circuito no barramento de 13,8 kV a proteção principal é o R2, que
desligará o disjuntor 2.
FALHAS QUE PODEM OCORRER NA PROTEÇÃO PRINCIPAL:
Muitas vezes ocorre um curto-circuito no alimentador e a proteção principal não desliga o
disjuntor (ou disjuntores) por ela comandado.
Nesse caso, dizemos que a proteção principal falhou.
- Defeito mecânico no relé;
- Defeito na fiação do relé;
- Falta de c.c. para comando do disjuntor;
- Defeito na fiação do secundário do TC;
- Erro nos ajustes do relé;
- Defeito do disjuntor. *

PROTEÇÃO DE RETAGUARDA:

Ocorrendo um curto-circuito em P, e falhando a proteção principal R3, então a corrente de


curto-circuito será mantida até que dê o tempo de atuação de R2. 0 relé R2 atua
desligando o disjuntor 4, eliminando o curto-circuito.
Para o esquema acima o relé R2 é proteção de retaguarda das proteções dos
alimentadores.
Notas: 1) Sempre que houver a atuação da proteção de retaguarda haverá alguma
perda de seletividade e de rapidez;
PROTEÇÃO DE LINHAS
RELÉ DIRECIONAL DE SOBRECORRENTE:
FILOSOFIA
SIMBOLOGIA

SECCIONADORAS
P

TRANSFORMADORES DE TRANSMISSÃO
TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS
GRUPO DE LIGAÇÕES
EXEMPLO

INSTRUMENTOS MEDIDORES
INSTRUMENTOS REGISTRADORES

GRÁFICOS
INSTRUMENTOS INDICADORES
CHAVES AUXILIARES

CONTATOS

MÁQUINAS GIRANTES
DIVERSOS
RELÉS

S/E COM BARRAMENTOS DE 69 e 13,8 kV.

Executar o Diagrama de Manobras Compreendendo:

Chegada de 69 kV

- Pára - raio

- Barramento de 69kV com 3 TP`S

- Seccionadora

- Pára - raio

- Transformador Trifásico, ligação Triângulo - estrela, com neutro aterrado, V=


69/13,8 kV, potência = 5 MVA

- Chave fusível

- Pára - raio

- Barramento 13,8 kV, com 2 TP`S


Alimentação do serviço auxiliar

- Chave fusível

- Transformador Trifásico, ligação triângulo - estrela, com neutro aterrado, V =


13.800/220 - 127 V; potência = 15 kVA

Alimentação do consumidor

- Seccionadora de isolamento do disjuntor

- Disjuntor

- Seccionadora de saída

- By-pass do disjuntor com chave fusível

- Pára - raio

MANOBRAS

01. Enumerar os equipamentos de acordo com as normas da empresa.

02. Estando todos equipamentos desligados, e a LT 69 kV desenergizada, fazer a lista de


manobras para energizar o consumidor e S.A.

03. Liberar o disjuntor do alimentador para manutenção, sem interromper o fornecimento


de energia;

04. Normalizar a manobra n.º 03;

05. Liberar o trafo do S.A. para manutenção;


06. Normalizar a manobra n.º 05
MANOBRAS
01. Enumerar os equipamentos de acordo com as normas da empresa.

02. Estando todos os equipamentos desligados e a LT 69 kV sem tensão, efetuar as


manobras para energizar as 03 saídas.

03. Faltou tensão na LT 69 kV; Efetuar as manobras para receber tensão e normalizar o
sistema.

04. A chave fusível de proteção do transformador de 5 MVA está danificada; efetuar as


manobras para entregá-la à manutenção

05. Normalizar a manobra n.º 04.


MANOBRAS

01. Enumerar os equipamentos de acordo com as manobras da empresa.

02. O reator apresenta alta temperatura no enrolamento, proceder para retirá-lo de


operação.

03. A seccionadora de saída da LT 34,5 kV está com vazamento, quais as providências a


serem tomadas?

04. O disjuntor de trafo de 138/13,8 kV desligou-se automaticamente. Operando o Relé


97: efetuar as manobras para normalizar a S/E

Obs.: A LT 138 kV permaneceu energizada.


MANOBRAS

01. Enumerar os equipamentos de acordo com as normas da empresa.

02. Faltou tensão na LT de 138 kV, desligando-se automaticamente somente o disjuntor


do circuito de 34,5 kV. Quais as providências para normalizar a S/E ?

03. O disjuntor de chegada desligou-se permanecendo energizada a LT de 138 kV;


providenciar para normalizar a S/E.

04. Liberar a LT 138 kV para troca de isoladores, conforme programação do COS.

05. Normalizar a manobra 04.


MANOBRAS

01. Liberar o circuito II para manutenção, e partir da seccionadora 13.

02. Normalizar a manobra 01.


MANOBRAS
Nota: Considerar a S/E em operação normal.

01. Liberar o Dj - 12 para manutenção, sem interromper a transmissão pelo circuito II.

02. Normalizar a manobra 01;

03. Liberar o TR - 01 para manutenção, sem interromper o fornecimento de energia.

Dados: Carga total dos alimentadores = 15 MVA

04. Normalizar a manobra 05;

05. Liberar a barra I para manutenção, interligando os alimentadores através da


distribuição;

06. Normalizar a manobra 05;

07. Houve perturbação no sistema interligado, provocando desligamento automático dos


disjuntores 09,10,11,12.

Estando os bancos de capacitores ligados, efetuar a seqüência de manobras para


normalizar a S/E.

08. Uma descarga atmosférica provoca o desligamento automático do DJ - 11, e, em


seqüência, os alimentadores 01 e 02 são desligados pelo esquema da rejeição de carga.
Considerando os bancos de capacitores ligados e a tensão de 13,5 kV, efetuar a lista de
manobras para normalizar a S/E.
EXERCÍCIOS
01.Houve um defeito na L. D. da saída n.º 1: o que deve ocorrer?

Resposta:_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________

02.Para um defeito no Barramento de baixa tensão, quais as proteções que podem atuar?

Resposta:_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________

03.Para um defeito no trafo, quais as proteções que podem atuar? E para um


sobreaquecimento?

Resposta:_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________

04.Para um defeito no Barramento de alta tensão quais as proteções que podem atuar?

Resposta:_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
______________________________________________.

FILOSOFIA DE PROTEÇÃO

Proteção - deve garantir da melhor maneira possível continuidade de serviço, salvaguardar os


equipamentos e a rede.

ERAC – esquema nacional de alívio de carga, criado pela NOS.


Resistência de falta - cabo partido e a proteção não atua, por causa da resistência do solo,
lembrando que depende muito do solo em questão.

Seletividade ou coordenação, qual a diferença;

Seletivo - o que está mais próximo da falta atua primeiro

Coordenado - a retaguarda atua primeiro e depois a chave caso o defeito prossiga, isso quando o
defeito estiver depois da chave e ambas estiverem em série.

87 - relé diferencial, quando há diferença de corrente o relé enxerga e desliga o Trafo.

Importância do porta fusível: a utilização do porta fusível é importante pois o mesmo além de proteger o
elo, ele tem uma química que ao elo entrar em processo de ruptura por falta, a queima desse elo irá
produzir um arco e assim na parede interna do porta fusível, produzirá um gás que vai extinguir esse arco,
com isso após várias atuações esse gás vai perdendo o efeito o que podemos dizer que o mesmo tem
tempo de vida útil.

Seletividades de elos, verificar apostila do Alessandro.

Seccionalizador - igual a uma chave a óleo ou vácuo; Dispositivo que abre sobre corrente de carga,
mas não abre para curtos-circuitos e sozinho não é equipamento de proteção ele não atua para falta.

Falando sobre temporização do relé e sobre zona de atuação do relé.

O relé de distância mede reatância X, pois se tiver uma falta pode enxergar errado, pois na linha temos R e
X e para o relé só vale o valor de X.

Relé 67 N (sobrecorrente direcional) - vai atuar quando o curto envolver terra, esse relé pode agir
melhor que o relé 21 de distância, o vai depender é a impedância.

RELÉS QUE MAIS VAMOS UTILIZAR EM DISTRIBUIÇÃO

21 - RELÉ DE DISTÂNCIA - SOMENTE UTILIZADO EM LINHA DE DISTRIBUIÇÃO E LINHAS


DE TRANSMISSÃO.

26 - RELÉ TÉRMICO - TEMPERATUDA DO ÓLEO DO TRANSFORMADOR DE


POTÊNCIA.

27 - RELÉ SUBTENSÃO - COMO FUNCIONA: DEPENDENDO DO NÍVEL DE TENSÃO, SE


BAIXAR A UM VALOR X POR MAIS DE 2 SEGUNDOS ELE IRÁ ATUAR.

49 - RELÉ TÉRMICO - TEMPERATURA DO ENROLAMENTO DO TRANSFORMADOR


DE POTÊNCIA.

50 - RELÉ SOBRECORRENTE INSTÂNTANEO – ATUA ACIMA DE UM VALOR PRÉ


DETERMINADO DE CORRENTE.

51 - RELÉ SOBRECORRENTE TEMPORIZADO - ATUA ACIMA DE TEMPO PRÉ


DETERMINADO QUANDO TEMOS FALTA.
59 - RELÉ SOBRETENSÃO - OPERA PARA UMA TENSÃO ACIMA DO PRE´-FIXADO.

63 - RELÉ DE GÁS - BOCHHOLZ, PRESSÃO DO ÓLEO DENTRO DO TRAFO.

67 - RELÉ DE SOBRECORRENTE DIRECIONAL - ATUA QUANDO ENVOLVE TERRA.

68 - RELÉ DE BLOQUEIO -

79 - RELÉ DE RELIGAMENTO - OPERA PARA CONTROLAR E RELIGAR O CIRCUITO.

81 - RELÉ FREQUÊNCIA - OPERA QUANDO O NÍVEL DE FREQUÊNCIA BAIXA OU


AUMENTO DO VALOR PRÉ-FIXADO PELA ( ONS- OPERADOR NACIONAL DE SISTEMA) ATRAVÉZ DO SISTEMA
CHAMADO ERAC.

86 - RELÉ DE BLOQUEIO - OPERA PARA QUE NÃO SEJA RELIGADO O SISTEMA SEM
ANTES VERIFICAR O QUE POSSA TER ACONTECIDO, ATUA SEMPRE JUNTAMENTO COM OUTRO RELÉ COMO
87 POR EXEMPLO.

87 - RELÉ DIFERENCIAL - OPERA COM O 86, QUANTO TEM CURTO INTERNO NO


TRAFO TAMBÉM, DIFERENÇA DO EQUILIBRIO DAS FASES.

90 - RELÉ DE REGULAÇÃO - COMUTADOR DE TAP DOS TRAFOS.

91 - RELÉ DIRECIONAL DE TENSÃO - OPERA QUANDO A TENSÃO ATRAVÉS DE UM


DISJUNTOR ABERTO OU DE CONTADOR EXCEDE UM DADO VALOR EM UM SENTDO PRÉ-FIXADO.

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