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Estrutura do transformador
O transformador consiste num núcleo de ferro, composto por
discos de chapa isolados, para fins de supressão de correntes de
Foucault. Para reduzir ao mínimo as perdas no ferro durante a
inversão da magnetização, utilizam-se núcleos laminados
metálicos especiais. O núcleo de ferro possuí dois enrolamentos,
geralmente com um número diferente de espiras, N
1
e N2 . O
1
é designada por corrente primária.
Funcionamento
2
O princípio de funcionamento basea-se na self indução (ou
indução mútua).. Assim quando se faz passar uma c.a, ligando a
rede ao primário com o númro de espiras N
1
, devido a sua
3
Transformadores trifásicos
4
As aplicações mais importantes são no transporte e distribuição
de energia eléctrica, subindo os valores no início do transporte e
diminuindo estes valores próximos dos utilizadores.
5
principais ligações utilizadas entre os enrolamentos dos
transformadores utilizados nos sistemas eléctricos de
potência encontram-se as ligações estrela (Y), triângulo(Δ) e
zig-zag (Z).
U U
1 2
N
=N
1 2
6
sendo a denominada relação de espiras ou relação de
transformação. Esta é a primeira propriedade do transformador
que é a de transferir ou refletir as tensões de um lado para outro.
• Transformadores de potência
• Transformadores de distribuição
• Transformadores de força
Quanto ao tipo
• Dois ou mais enrolamentos
• Autotransformador
• Núcleo de ar
• Trifásico
• Polifásico
7
Quando o secundário do transformador não debita corrente. O
transformador comporta-se como se o emrolamento secundário
não existisse, ou seja, como uma bobina.
U =4,44.B.A.ω.N
0
-
8
multiplicado por 2, obtem-se a chamada equação principal do
transformador.
U =4,44.B.A.f.N
0
–
Relação de transformação
U =4,44.B.A.f.N
1 1
U =4,44.B.A.f.N
2 2
N U
1 1
N
=U
2 2
U U
1 2
N
=N
1 2
9
secundário. Esta corrente enfraquece o campo magnético de
acordo com a regra de Lenz, visto que a própria corrente cria um
campo magnético de sentido contrário. Desta forma, parte do
campo é expulsa do núcleo do ferro, penetrando assim num dos
dois enrolamentos. Estas linhas são designadas de linhas de
campo de dispersão. Este fluxo de dispersão provoca uma queda
de tensão. Assim, a tensão secundária deixa de ser tão elevada
como deveria ser de acordo com a relação de espiras.
10
equivalente à queda de tensão do transformador. Ambas as
tensões apresentam um deslocamento de fase φ , que depende
do tipo de carga. Neste caso, a tensão de saida e acorrente de
carga estão em fase.
U N
1 1
U
=N
1 2
2. O produto N *I
1 1
é sensivelmente igual ao produto.
N * I ; I * N =I * N ;
2 2 1 1 2 2
N I
1 2
N
= I
2 1
I N
1 2
I
= N
2 1
11
Transformador ideal
12
primária cerca de 10 a 15 vezes mais pequena que a tensão
nominal primária, reduzindo-se deste modo.
S -potenciafornecidaacarga
saida
V p -tensaosobreoenrolamentoprimario
Ip -correntenoenrolamentoprimario
V s -tensaosobreoenrolamentosecundario
Is -correntenoenrolamentoecundario
Potência Potência
saida saida
⟹ n= Potência n= Potência + Potência
entrada saida perdida
1 2
P = R .V , Potência =Potência + Potência
ferro m 1 entrada saida perdida
S =V p .Ip =V s .Is = S
entrada saida
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Onde:
S -potenciaabsorvidapeloprimario
entrada
S -potenciafornecidaacarga
saida
V p -tensaosobreoenrolamentoprimario
Ip -correntenoenrolamentoprimario
V s -tensaosobreoenrolamentosecundario
Is -correntenoenrolamentoecundario
14
V r .V V
p t s 2 s
Z= I
= I
=r I
p s t s
r
t
2
Z= r .Z
t
15
componentes que integram o transformador real e as perdas.
Como sabemos a electricidade produz um calor, e no caso dos
transformadores, este calor se considera uma perda de potência
o de rendimento do transformador real. Tudo esto se pode
calcular para ter as tensões e as intensidades que pretendemos.
16
estudo de um transformador ideal, pelo que não é muito, más,
como podemos observar.
Donde:
Rm representa as perdas do núcleo e é uma resistência.
Xm representa a permeabilidade do núcleo e as uma reactância.
E1 é a tensão da bobina primária.
17
Pm são as perdas do núcleo.
Qm é a potência reactiva necessária para obter o fluxo Φm.
Também temos que ter em conta que o fluxo está atrasado 90°
em relação a tensão de entrada da bobina primária.
o circuito representado na figura, supomos que é um
transformador ideal sem carga, portanto, a intensidade I1 será
igual a 0. Isto é importante porque assim sabemos que não
18
existe um fluxo de dispersão. Assim, a tensão de saída E2 vem
definida pela equação :
19
3. Aforca magnetomotriz total produzida pela circulação da
intensidade I2 passa pela bobina secundária Φ2. O fluxo Φm2 se
acopla com a bobina primária e o l fluxo Φf2 não se acopla, por
isso se denomina fluxo de dispersão da bobina secundária. Por
isso, a soma das forças magnetomotrizes Φm2 e Φf2 são iguais
ao fluxo total da bobina secundária Φ2.
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2. Do mesmo modo obtemos as tensoes correspondentes aos
fluxos produzidos na bobina secundária:
21
com carga:
22
Os taps possibilitam acessar fracções das espiras dos
enrolamentos, desta forma, possibilitam também alterar as
relações de transformação adicionando ou sutraindo-se as
esperas dos enrolamentos.
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isolamento. Aos transformadores de pequena potência o
arefecimento faz-se naturalmente por meio de irradiação. Os
transformadodes mais potentes são refrigerados com ventilação
forçada por grupo motor-ventilador em média e grande potência.
Os enrolamentos e o núcleo estão mergulhados em óleo mineral.
SISTEMA DE PROTECÇÃO
Adicionalmente aos dispositivos de proteção intrínsecas, o
transformador deverá possuir os seguintes dispositivos de
protecção:
. Relé de sobrecorrente de fase e neutro na AT.
. Relé de sobrecorrente de fase e neutro na BT.
. Relé diferencial.
Estas funções deverão estar divididas em pelo menos duas
unidades físicas, com fonte de
alimentação independentes.
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Temperatura do Enrolamento H2 (AT)
Temperatura do Enrolamento X2 (BT)
Válvula de alívio de Pressão
Falha na bomba de circulação de óleo (principal e reserva)
Nível de óleo do transformador
Nível de óleo do comutador
Falha na ventilação.
Falta tensão auxiliar
Relé de Perda de Fluxo de óleo \
Defeito no dispositivo de comutação sob carga.
A operação de qualquer dispositivo de protecção seja relés ou
intrínseca deverá resultar em um alarme. Os alarmes devem ser
sonoros e visuais.
Os dispositivos/relés de protecção, relés auxiliares, sinalização
sonora, anunciador de alarmes, chaves de comando e controle,
indicadores de temperatura do óleo e enrolamento, dispositivo de
controle da tensão bem como todas as réguas de bornes
auxiliares deverão ficar no mesmo painel de comando/controle,
devendo o mesmo, estar anexo ao transformador
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AC/DC é um tipo de alimentação externa. Entre as informacoes
terminologicas se encontram verrugas de parede, cubo de parede
e bloque de electricidade.
26
permitem que se troque a tensão e a polaridade, o que pode
aliviar o problema da concordância. Também , o conector de
alimentação deve coincidir.
ADAPTADORES DE SOLDADURA
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inclui um médio de separação colocado em uma superficie de
área adequada do adaptador de casquillo que une um extremo da
secção do tubo para o acoplamento com o adaptador de
casquillo. O médio de separação que proporciona um espaço
entre o adaptador de casquillo e asecção de tubo para reduzir as
impurezas residuais que resultam de uma operação de
soldadura.
Adaptador de tensão
✓
Öffentlich folgen
28
• ✓
Privat folgen
• Nicht mehr folgen
Utilizando este adaptador de tensão não precisamos mais usar
pilhas.Por exemplo:
O adaptadaro de tensão para a camera fotografica serve para
você alimentar a camera usando a energia elétrica ao invés da
pilhas.
29
as pilhas ou bateria na própria máquina.
Muitos pequenos aparelhos de uso doméstico, que são
alimentados por pilhas e baterias, podem ser ligados na rede de
energia através de um eliminador de pilhas ou adaptador AC/DC.
Estes aparelhos também são conhecidos como "fontes de
alimentação" ou "fontes de corrente contínua". Trabalhar com
esses aparelhos, entendendo suas especificações é algo que
todo profissional da eletrônica deve saber. Entenda um pouco
mais desses aparelhos lendo as informações dadas nesse artigo.
Pilhas e baterias são fontes de corrente contínua de baixa tensão,
fornecendo tipicamente entre 1,5 e 12 V. Por outro lado, a tomada
da rede de energia fornece tensões alternadas de 110 V (117 ou
127 V) ou 220 V (220 ou 240 V).
Evidentemente, não podemos ligar diretamente um aparelho feito
para funcionar com pilhas na rede de energia, a não ser que ele
tenha recursos embutidos para isso ou ainda que usemos um
eliminador de pilhas ou adaptador AC/DC.
Conforme mostra a figura 1, um adaptador ou fonte consiste num
circuito que abaixa a tensão da rede, retifica-a e filtra-se para que
ela se torne contínua e em alguns casos possui um circuito
interno regulador que mantém a tensão estável na sua saída.
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Os tipos mais simples não são regulados e possuem um circuito
típico como o mostrado na figura 2.
31
Existem alguns pontos importantes para os quais o profissional
da eletrónica deve estar atento quando trabalhando com este tipo
de equipamento:
32
* Corrente de trabalho - a corrente de trabalho é determinada pelo
consumo do aparelho o qual está relacionado com o tipo de
pilhas ou bateria usadas. Para aparelhos que usam pilhas AA a
corrente estará entre 100 e 200 mA. Para aparelhos que usam
pilhas tipo C a corrente deve ser entre 300 e 500 mA. Para
aparelhos que usam pilhas grandes (D) a corrente deve estar
entre 800 mA e 1 A . Para baterias de 9 V a corrente deve estar
entre 50 e 200 mA. O uso de um conversor que não forneça a
corrente exigida pelo aparelho pode ser muito perigoso. Perigo
para o aparelho que sendo sub-alimentado por sofrer danos e
perigoso para o conversor que sobrecarregado pode queimar.
* Polaridade do plugue - os plugues de conexão aos aparelhos
podem ter o pólo positivo no pino central ou o pólo negativo no
pino central. É importante verificar antes de fazer a conexão se o
pólo do plugue do conversor coincide com o do aparelho
alimentado. Alguns conversores também possuem uma chavinha
que permite selecionar qual das duas opções deve ser usada. Na
figura 4 mostramos como a indicação de polaridade dos
aparelhos e dos plugues de conexão é identificada. O usuário
deve estar muito atendo a essa polaridade, pois se ela for
conectada invertida o aparelho alimentado pode sofrer danos
irreparáveis (queimar).
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Um ponto importante a se observar nos conversores comprados
na maioria das casas especializadas é que eles são formados
por circuitos muito simples sem regulagem e às vezes com
filtragem deficiente. Em alguns casos isso pode causar
problemas aos aparelhos alimentados, os quais se manifestam
de diversas maneiras.
Assim, o problema causado pela filtragem se reflete
eventualmente em roncos quando aparelhos de som são
alimentados (CD players, rádios, etc.). Um capacitor adicional de
filtro de 1 000 a 2000 uF em paralelo com a saída, observando-se
a polaridade pode ajudar a reduzir estes roncos e eventualmente
oscilações. Na figura 5 mostramos como ligar esse capacitor.
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quando ele está ligado.
Assim, ao testar a saída de um conversor de 6 V com o
multímetro você pode encontrar tensões bem mais altas, sem
que isso signifique que ele esteja ruim. Tensões de 7 a 9 V
podem ser encontradas neste caso, conforme mostra a figura 6.
35
Instruções
Instruções
1. 1
37
INTRODUÇÃO À ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA
DEFINIÇÃO
A Electrónica de Potência estuda o controlo e conversão de
energia eléctrica, utilizando dispositivos semicondutores,
funcionando como interruptores. O advento dos rectificadores
controlados de silício, vulgarmente chamados de SCRs
(rectificador controlado de silício), permitiu o desenvolvimento de
uma nova área de aplicações chamada de Electrónica de
Potência. Anteriormente à introdução dos SCRs, os rectificadores
de arco de mercúrio eram utilizados para controlar energia
eléctrica, mas as suas aplicações eram limitadas. Assim que os
SCRs ficaram disponíveis a área de aplicações alargou-se a
muitos campos como actuadores, fontes de alimentação,
inversores de alta frequência, etc.
PRINCIPAL OBJECTIVO DA EP
A Electrónica de Potência tem aplicações que se expandem por
toda a área dos sistemas eléctricos de potência, abrangendo
aplicações de alguns VA / Watts a vários MVA / MW.
A principal tarefa é o controlo e a conversão de energia eléctrica
sob uma forma para outra forma. Os quatro principais processos
de conversão são:
• Rectificação, compreendendo-se como a conversão de
tensão AC para DC,
• Conversão DC / AC,
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• Conversão DC / DC e
• Conversão AC / AC.
O termo Conversor é usado para identificar um circuito de
Electrónica de Potência que converte energia, tensão e corrente,
de uma forma para outra. Os Conversores podem ser
classificados como:
• Rectificadores
• Inversores
• Choppers
• Ciclo-conversores ou ciclo-inversores.
RECTIFICAÇÃO
Os rectificadores podem ser classificados em controlados ou não
controlados. Os controlados podem também ser divididos em
semi-controlados ou totalmente controlados. Os rectificadores
não controlados são contruídos com díodos, os totalmente
controlados com SCRs e os semi-controlados com díodos e
SCRs.
Há várias configurações de circuitos rectificadores. As mais
comuns são:
• Monofásico em ponte semi-controlada,
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potências de 500 kW a 500 V, ou mais. Para rectificadores de
baixa tensão e elevada corrente podem utilizar-se rectificadores
associados em par, 3 pulsos, ligados por transformadores
inter-fase. Existem muitas aplicações para os circuitos
rectificadores, como:
• Controlo de motores,
• Carregadores de baterias,
• UPS, e
• Conversores de frequência.
CONVERSÃO DC / DC
Os conversores DC / DC utilizando SCRs chamavam-se de
choppers. Hoje em dia utilizam-se outros componentes e essa
família de conversores passou a ser designada por fontes
comutadas, SMPS. As SMPS podem ser dos seguintes tipos:
• Step-down,
• Step-up,
40
• Fly-back e
• Conversor resonante.
• Carregadores de baterias e
CONVERSÃO AC / AC
Um cicloconversor ou um cicloinversor converte uma tensão AC
noutra tensão AC. Num cicloconversor a amplitude e a frequência
da alimentação são constantes.
Por outro lado um circuito que transforma tensão AC em AC, mas
mantendo a mesma frequência, chama-se Chopper--AC.
A utilização típica de um cicloconversor é o controlo de motores
AC de tracção, tipicamente de grande potência, utilizando
normalmente SCRs, ou Triacs para mais baixa potência. A sua
utilização é restrita.
I . Introdução
A figura 1 ilustra uma lâmpada, uma fonte de alimentação, um
interruptor e um milamperimetro ligados em serie por meio de
fios de cobre. A lâmpada acende e o milamperimetro indica uma
intensidade de corrente, que de acordo com a lei de Ohm, é igual
a V/R, em que V é a tensão da fonte e R a resistência da lâmpada.
41
Substituamos parte dos fios de cobre por grafite, veja a figra 2. A
lâmpada acende com menos intensidade e o miliamperimetro
indica a passagem de corrente de menor intensidade.
42
Destas três experiências podemos concluir que o cobre é um
bom condutor de electricidade, a grafite um mau condutor e a
madeira não conduz electricidade. E porque é que na natureza há
bons condutores de electricidade, maus condutores e não
condutores de electricidade? A teoria moderna da estrutura da
matéria responde a esta pergunta.
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constituites. A água, por exemplo é um composto de átomos de
oxigênio e hidrogênio que são dois gases.
As cargas eléctricas de um protão e de um electrão são iguais,
mas de sinais contrários. Sendo assim o átomo é electricamente
neutro, pois, o número de protões deverá ser igual ao número de
electrões.
Por exemplo, o átomo de hidrogénio possui um núcleo composto
por um protão e um electrão girando a sua volta, o átomo de
oxigénio possui um núcleo com 8 protões e igual número de
electrões.
Agitação térmica
A temperatura de -273º C (zero absoluto), não há electroes livres
nos átomos de silício. O silício é um isolador perfeito. Se se eleva
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a temperatura, os átomos são excitados e alguns electroes das
orbitas exteriores podem receber energia suficiente para
quebrarem as ligações covalentes. Quando isto acontece, o silício
torna-se condutor. A medida que se aumenta a temperatura, mais
ligações se quebram e a capacidade de conduzir corrente
electrica aumenta porque há mais elctroes livres. Portanto o
silício tem uma resistência com coeficiente de temperatura
negativo porque a sua resistência diminui com aumento da
temperatura.
Quando um electrão quebra ligação covalente cria-se um
desequilíbrio porque o átomo fica com mais cargas positivas
(protoes) do que negativas. Ao espaço deixado pelo electrao que
quebrou a ligação covalente chama-se lacuna. Nas figuras abaixo
um electrao do átomo a direita quebrou a ligação e formou-se
uma lacuna. Um electrao do átomo a sua esquerda foi preencher
a lacuna formando-se uma lacuna neste átomo. Esta lacuna por
sua vez foi preenchida por um electrao do átomo a
esquerda...Surge então um movimento de electroes para a direita
e de lacunas para a esquerda.
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Uma lacuna pode ser equiparada a uma carga positiva. O numero
de lacunas e electroes livres num dado instante é o mesmo
porque um electrao sai da orbita cria-se um par lacuna-electrao
livre. Tanto as lacunas como os electroes livres chama-se
portadores de carga.
Um outro método de obter electroes livres é adicionar pequenas
quantidades de elementos com estrutura atômica diferente da do
silício. À estes elementos chamam-se impurezas.
Cristal N
A representa átomos de silício nos quais foi introduzida uma
impureza que pode ser um átomo de Arsenio ou Antimonio. O
Arsenio e Antimonio tem cinco electroes na orbita exterior, de
modo que integra-se na ligação covalente mas sobra mas sobra
um electrão livre que faz com que o silício se torne um bom
47
condutor.
48
Junção P-N
Alem dos electroes livres e lacunas, nos cristais N e P
respectivamente, resultantes da dopagem, há pares
lacuna-electrao livre resultante do efeito térmico. Nos cristais N
os electroes livres estão em maior numero e por isso chamam-se
portadores minoritários e as lacunas portadoras maioritarias.
Quando se junta um cristal N a um cristal P, alguns electroes do
cristal N passam para o cristal P e algumas lacunas do cristal P
passam para cristal N. a esta processo chama-se difusão. Quer
as lacunas ganhas pelo cristal P fixam-se perto da junção numa
zona chamada zona de transição ou zona de deplecção. Com
cerca de 0,001mm de larguar. A zona de deplecção é uma região
de resistência à circulação de corrente eléctrica.
49
de deplecção e a sua d.d.p não pode ser medida directamente.
50
Se formos aumentando a tensão, a partir de um certo valor, a
corrente aumenta abrutalmente. À esta tensão que faz a corrente
aumentar abrutalmente chama-se tensão de ruptura. A tensão de
ruptura pode ser de alguns Volts ou de centenas de Volts
dependendo dos processos de fabricação dos cristais P e N e de
junção.
51
os portadores maioritarios de carga
podem então circular semgrande resistência. Com tensões
pequenas, da ordem de 0,2V para o germânio e 0,7 para o silício
há circulação da corrente.
DÍODO
O díodo é fabricado juntando-se um semicondutor N e um
Semicondutor P como se escreveu quando se estudou a junção
P-N numa das passagem anteriores. Portanto, o dispositivo
estudado é um diodo.
52
A fig.4 ilustra o símbolo do diodo. Ao semicondutor N chama-se
cátodo e ao semicondutor P ânodo (A). O terminal perto da cinta
branca do diodo é sempre o cátodo.
RECTIFICADOR MONOFÁSICO
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
54
A qualidade de tensão continua obtida por este rectificador e
respectivo filtro não é de boa qualidade porque tem uma tensão
alternada sobreposta relativamente grande. Esta tensão
alternada sobreposta é mais conhecida por ripple e tem a mesma
frequência da rede.
55
diodo D2 conduz e D1 não. A corrente circula de C para B através
de D2 e RL.
56
RECTIFICADOR TRIFASICO
57
TIRÍSTOR
O tiristor é um dispositivo mais utilizado como controlador de
potência. Isto se deve à rapidez com que pode funcionar como
interruptor, ao seu pequeno porte e aos altos valores de tensão e
corrente que suportam.
58
Como polarizar um tíristor?
Em polarização inversa o SCR está bloqueado (não conduz) quer
se aplique ou não tensão na gate.
Em polarização directa, o SCR está bloqueado, salvo quando se
aplica uma tensão adequada na gate, entrando assim num estado
de condução. quanto maior for a corrente da porta IG menor é a
tensão necessária para o tirístor conduzir. A corrente IG obtem-se
com uma tensão VCC entre porta e cátodo. A corrente IG deve
durar o tempo suficiente para o tirístor atingir a corrente de
disparo (latching-current em inglês)
Corrente de disparo é a mínima corrente ânodo-cátodo para que o
tirístor comece a conduzir.
O tiristor , polarizado directamente pode conduzir correntes de
grande intensidade sem que se atinja valores muito grandes da
tensão ânodo-cátodo. Para tal você deve fazer passar uma
corrente de alguns miliamperes pela porta.
Depois do SCR entrar em condução pode suprimir-se o sinal na
gate que ele continua a conduzir.
O SCR deixa de estar em condução quando a corrente que o
percorre baixa a um valor inferior à corrente mínima de
manutenção indicada pelo fabricante.
Corrente mínima de manutenção é a mínima corrente que
mantêm o tíristor a conduzir depois de atinjir a corrente de
59
disparo e a corrente da porta cessar.
Depois de o tiristor começar a conduzir a corrente tem de ser
maior ou igual a corrente de manutenção ou de sustentação. A
porta deixa de ter controlo na corrente ânodo-cátodo quando o
tiristor começa a conduzir. Para o desligar deve-se reduzir a
corrente de manutenção
Exercício
1.Determine o valor Maximo de resistor de carga (RL) que vai
assegurar a condução do tiristor no circuito sabendo que a
corrente de sustentação é de 200mA
60
Solução:
Uma vez que há uma junção P-N entre a porta e o cátodo, a
queda de tensão no resistor RG deve-se adicionar a o,7. Então
temos:
-3
V =V =V o =I .R +0.7=15*10 *100+0.7=2.2V
INmin RG G G
61
TRIAC
Como funciona um triac?
O triac funciona como dois tiristores ligados em paralelo, mas
com o ânodo e o cátodo de um ligado respectivamente ao cátodo
e ao ânodo do outro.
TRANSISTOR BIPOLAR
Caro (a) estudante, transistor é um dispositivo que está presente
62
em aparelhos electrónicos simples como o radio de bolso até ao
mais sofisticado equipamento de um avião ou nave especial. Foi
inventado em 1947 nos laboratórios Bell dos Estados da América.
A sua principal função é como amplificador.
64
A junção colector–base está polarizada inversamente e a junção
base-emissor está polarizada directamente. Com esta
polarização do emissor fluem electrões para a base e lacunas da
base para o emissor. Porque a base é de menores dimensões e é
menos dopada, grande parte dos electrões passam para o
colector.
Do que foi dito depreende-se que a corrente do emissor (IE) seja
igual a soma da corrente da base (IB) com a corrente do colector
(IC). Isto é:
IE=IB+IC (1)
Os valores típicos são: IC=0,99*IE e IB= 0,01*IE
a)Ligação em base-comum
Na configuração base-comum, o terminal da entrada é o emissor
e o de saída o colector. A figura abaixo ilustra o principio de
funcionamento de um transistor em base-comum. O transistor
tem, alem de duas fontes de polarização, uma fonte de tensão
65
alternada Vs entre a base e o emissor. No meio ciclo negativo a
polarização directa da junção emissor-base aumenta, a barreira
de potencial diminui e a corrente do emissor aumenta.
b)Ligação em colector-comum
66
As correntes de entrada e de saída, tal como na ligacao
base-comum, fase. A ligação coletor-comum utiliza-se muitas
vezes para ligar um circuito com alta inpedancia a outro com
baixa impedância.
c) Ligação em emissor-comum
67
O aumento da tensão base-emissor faz aumentar a corrente do
emissor que por sua vez faz aumentar a tensão do colector. No
meio ciclo negativo a tensão base-emissor dimini o que faz
crescer as correntes da base, do emissor e do colector.
Parâmetros h
68
palavras inglesas.
• Input-entrda
• Reverse-reverso
• Forward- para frente
• Output-saida
Os segundos índices correspondem ao terminal comum ou de
referência:
• E para emissor
• B para base e C para o colector.
• Os parâmetros h são fornecidos pelos fabricantes.
69
usados para o controle de potência em aplicações industriais.
Desde 1970, vários tipos de dispositivos semicondutores de
potência foram desenvolvidos e se tornaram disponíveis
comercialmente. Estes dispositivos podem ser amplamente
divididos em cinco tipos: os diodos de potência, os tiristores, os
transistores bipolares de junção de potência, os MOSFET’s de
potência, os SIT’s (Static Induction Transistor) e os IGBT’s
(Insulated Gate Bipolar Transistor), assunto desta dissertação.
O IGBT se torna cada vez mais popular nos circuitos de controlo
de potência de uso industrial e até mesmo em electrónica de
consumo.
Os transistores bipolares de potência possuem características
que permitem sua utilização no controlo de elevadas correntes
com muitas vantagens, como baixas perdas no estado de
condução. No entanto, as suas características de entrada,
exigindo correntes elevadas de base, já que operam como
amplificadores de corrente trazem certas desvantagens em
algumas aplicações.
O IGBT reúne a facilidade de accionamento e sua elevada
impedância de entrada com as pequenas perdas em condução
dos transistores bipolares de potência. Sua velocidade de
chaveamento é determinada, a princípio, pelas características
mais. Assim, a velocidade dos IGBT’s é semelhante à dos
transistores bipolares de potência; no entanto, nos últimos anos
tem crescido gradativamente, permitindo a sua operação em
frequências de dezenas de kHz, nos componentes para correntes
na faixa de dezenas e até centenas de Ampères.
IGBT é um componente que se torna cada vez mais recomendado
para comutação de carga de alta corrente em regime de alta
70
velocidade.
71
O IGBT é frequentemente utilizado como uma chave,
alternando os estados de condução (On-state) e corte (Off-state)
os quais são controlados pela tensão de porta.
72
Se aplicarmos uma pequena tensão de porta positiva em relação
ao emissor, a junção J1 da figura anterior ficará reversamente
polarizada e nenhuma corrente irá circular através dessa junção.
No entanto, a aplicação de uma tensão positiva no terminal de
porta fará com que se forme um campo eléctrico na região de
óxido de silício responsável pela repulsão das lacunas
pertencentes ao substrato tipo P e a atracção de eléctrões livres
desse mesmo substrato para a região imediatamente abaixo da
porta.
Enquanto não houver condução de corrente na região abaixo
dos terminais de porta, não haverá condução de corrente entre o
emissor e o colector porque a junção J2 estará reversamente
73
polarizada, bloqueando a corrente. A única corrente que poderá
fluir entre o colector e o emissor será a corrente de escape.
RESULTADO DE APRENDIZAGEM 4
Cálculo e medição de valores regulamentares em circuitos de
rectificação não controlada
Neste resultado serão desenvolvidos cálculos e medição de
valores regulamentares em circuito de rectificação não
controlada como é o caso do diodo SCR.
A figura abaixo mostra um circuito rectificador de meia- onda
simples alimentando uma carga resistiva. Um rectificador nao
controlado usa apenas diodo como elemento rectificador. A
amplitude da tensao de saida DC é determinada pela amplitude
da tensao de alimentacao AC.
A tensao media na carga é dada por:
Vs × 2 Vm
V = = π =0.318×V m
0 avg π
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valor eficaz da V max Este valor de tensao
tensao Vm= podemos
2
comprobar com um
palimetro
valor medio da V Se obtem aplicando
med
intensidade Vm= a lei de Ohm a
R
volres de tensao.
Dependem da
resistencia de carga
do rectificador.
valor eficaz da V
ef
corrente Vm=
R
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Caso pratico:
Calculo da tensao media em um rectificador de meia onda.
Necesitamos calcular o valor medio da tensao de saida de um
circuito rectificador de meia onda utilizado em caso pratico.
Contamos com a leitura obtida por um osciloscopio. Qual serao o
valor medio se considerarmos a tensao que tem o diodo por estar
polarizado directamente V =0.7V ?
f
Solucao:
Obtemos o valor máximo de saida a partir da leitura do
osciloscopio. Desta forma multiplicando pela escala de
ampletude , obtemos que o valor de pico do sinal é de:
2V
2.2× DIV =4.4V
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pora comecar a conduzir V
f
2V
2.2× DIV =4.4V
E um periodo de : 2 div.10ms/div
77
Podemos calcular a intensidade de pico através da lei de Ohm:
Vp
Ip =
R
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C que age como “amortecedor” e consequentemente obtendo
uma tensão continua constante através da ligação paralela do
filtro com a resistência de carga.
f c -frequencia rippleHz
C-capacidade do condensador em f
79
Diodos Especiais
Introdução
Com a diversificação dos tipos de materiais e da forma de
construção utilizados para o desenvolvimento de componentes
semicondutores, foi possível observar a ocorrência de diferentes
tipos de fenômenos físicos. Alguns deste fenômenos foram
aproveitados para o desenvolvimento de componentes
80
eletrônicos especiais.
LED
É um tipo especial de diodo semicondutor que emite luz quando é
polarizado diretamente. O nome
LED vem de sigla em inglês Light Emitting Diode ou diodo
emissor de luz. Ele é representado pelo símbolo da figura a
seguir:
Símbolo do
Os diodos LED são encontrados com as mais diversas formas e
dimensões. A figura seguinte apresenta alguns tipos construtivos
de diodos LED.Tipos de diodos LED
Funcionamento
A circulação da corrente se processa pela liberação de
portadores livres na estrutura dos cristais.
O deslocamento de portadores de banda de condução provoca a
liberação de energia (emissão de fótons) em forma de luz.
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O cátodo de um diodo LED pode ser identificado por um “corte”
na base do encapsulamento.
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Um dos terminais é comum aos dois LEDs. Dependendo da cor
que se deseja acender, polariza-se um dos diodos.
LED infravermelho
A luz infravermelha é um tipo de luz que não é visível ao olho
humano. Este tipo de luz é usado principalmente em alarmes
contra roubos e circuitos do gênero.
Existem diodos LEDs que emitem luz infravermelha. Estes LEDs
funcionam como os outros, porém a olho nu não se pode
observar se estão ligados ou não.
Teste do diodo LED
Os diodos LED podem ser testados como um diodo comum,
usando um multímetro na escala de resistência. Em um sentido o
teste deve indicar baixa resistência (terminal positivo do
multímetro no ânodo do LED e negativo no cátodo), em outro, alta
resistência (terminal negativo do multímetro no ânodo do LED e
positivo no cátodo).
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Polarização reversa durante o teste de um LED
Observações
A identificação dos terminais ânodo e cátodo também podem ser
feitos com o multímetro, da mesma forma que um diodo comum.
Alguns multímetros analógicos têm a polaridade de sua pontas
de prova invertidas quando colocados na escala de resistência.
Localização do cátodo em um diodo LED
Quando o diodo LED é polarizado diretamente entra em
condução, permitindo a circulação de corrente.
Ligação do diodo LED
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SENAI/SP
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