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Introdução

Transformador é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica


de um circuito à outro, transformando tensões, correntes e ou de modificar os valores das
Impedância elétrica de um circuito elétrico. Trata-se de um dispositivo de corrente alternada
que opera baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz.

O transformador consiste de duas ou mais bobinas ou enrolamentos e um "caminho", ou


circuito magnético, que "acopla" essas bobinas. Há uma variedade de transformadores
com diferentes tipos de circuito, mas todos operam sobre o mesmo princípio de indução
eletromagnética.

No caso dos transformadores de dois enrolamentos, é comum denominá-los como


enrolamento primário e secundário, existem transformadores de três enrolamentos sendo
que o terceiro é chamado de terciário. Existe também um tipo de transformador
denominado autotransformador, no qual o enrolamento secundário possui uma conexão
elétrica com o enrolamento do primário.

Transformadores de potência são destinados primariamente à transformação da tensão e


das correntes operando com altos valores de potência, de forma a elevar o valor da
tensão e consequentemente reduzir o valor da corrente. Este procedimento é utilizado pois
ao se reduzir os valores das correntes, reduz-se as perdas por efeito Joule nos
condutores. O transformador é constituído de um núcleo de material ferromagnético, como
aço, a fim de produzir um caminho de baixa relutância para o fluxo gerado.

Geralmente o núcleo de aço dos transformadores é laminado para reduzir a indução de


correntes parasitas ou de corrente de Foucault no próprio núcleo, já que essas correntes
contribuem para o surgimento de perdas por aquecimento devido ao efeito Joule. Em geral
utiliza-se aço-silício com o intuito de se aumentar a resistividade e diminuir ainda
mais essas correntes parasitas.

Transformadores também podem ser utilizados para o casamento de impedâncias, que


consiste em modificar o valor da impedância vista pelo lado primário do transformador, são
em geral de baixa potência. Há outros tipos de transformadores, alguns com núcleo
ferromagnético, outros sem núcleo, ditos transformadores com núcleo de ar, e ainda
aqueles com núcleo de ferrite.

Fig. 1 Transformador trifásico

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Uma divisão mais detalhada dos transformadores, quanto aos tipos construtivos, é dada a
seguir:

Quanto ao material do núcleo

Transformadores com núcleo ferromagnético.

Os transformadores de potência são invariavelmente desse tipo. Os materiais ferromagnéticos


adequados para esses núcleos devem possuir, além de alta permeabilidade magnética, uma
resistividade elétrica relativamente elevada e uma indução residual relativamente baixa
quando submetido a uma magnetização cíclica. Essas propriedades implicarão, pela ordem,
em baixa relutância e, portanto, em pequena absorção de corrente magnetizante e de potencia
relativa de magnetização, baixas perdas por correntes parasitas (parda Foucault) e baixa perda
histerética. Os aços-silício (ligas de ferro, carbono, silício) são os materiais ferromagnéticos que
satisfazem as exigências dos núcleos desses transformadores. Eles são utilizados laminados,
com espessura entre 0,25 e 0,5mm, com as laminas isoladas, normalmente pelo próprio
oxido da laminação siderúrgica, e prensadas para formar o núcleo. Essas providencias são
tomadas, também, para atenuar as correntes induzidas no núcleo e, portanto, atenuar as
perdas Foucault. Nos transformadores maiores, onde se exige bom rendimento, as laminas são
de aço-silício de grãos orientados, que além de alta permeabilidade quando excitados no
sentido da laminação, apresentam baixíssimas perdas magnéticas especificas (watts por
unidade de massa). Os transformadores de medida, bem como muitos do tipo de controle,
também são constituídos com núcleo ferromagnético, seja laminado ou sintetizado, com a
intenção de diminuir as perdas e a corrente magnetizante e melhorar o acoplamento
magnético.

Transformadores com núcleo de ar.

O núcleo de ar confere uma característica linear ao circuito magnético do transformador, e não


apresenta perdas magnéticas, porém apresenta grande relutância (µar = µo = 4π10-7 H/m) e,
consequentemente, necessita de maior f.m.m; de excitação. Se a permeabilidade relativa (µr
(B) = µ(B) / µo) aços-silício é da ordem de alguns milhares, para os valores de densidade de
fluxo utilizadas nos transformadores, um milímetro de entreferro num núcleo pode equivaler a
metros de material ferromagnético, no que diz respeito a f.m.m. de excitação. Portanto, com
núcleos de ar, a corrente magnetizante poderá ser relativamente elevada, a menos que o
enrolamento possua uma grande quantidade de espiras, ou seja, excitado com frequência
elevada, para que ofereça à fonte uma grande reatância.

Por essa razão e pelo dato de as perdas magnéticas nos materiais ferromagnéticos crescerem
mais do que proporcionalmente com a frequência, os núcleos de ar ficam restritos quase
que exclusivamente a pequenos transformadores (do tipo de controle) de frequências mais
elevadas que as industriais.

Quanto ao numero de fases

Transformadores monofásicos e polifásicos.

A Fig. 2 mostra núcleos elementares de transformadores monofásicos e trifásicos, sem


preocupação com a disposição relativa entre os enrolamentos primário e secundário.

Os fluxos Øm são fluxos mútuos, isto é, concatenam-se com o enrolamento primário e


secundários, produzindo os fluxos concatenados λ 1 = N1 Øm1 e λ2 = N2 Øm2. Os fluxos Ød1 e Ød2
são fluxos de dispersão, que se concatenam só com o enrolamento primário e só com o
enrolamento secundário.
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Note que, no caso trifásico, os fluxos Øm1, Øm2 e Øm3 e as três f.e.m são grandezas alternativas,
senoidais no tempo e defasadas 120° entre si.

Quanto à forma do núcleo

Transformadores monofásicos, nuclear e encouraçado.

O tipo nuclear é apresentado na Fig. 2(a), o tipo encouraçado é o da Fig. 3. Um


transformador trifásico também pode ser feito encouraçado, com o mesmo critério
apresentado na Fig. 3, para os monofásicos, isto é, com o núcleo ferromagnético envolvendo
cada conjunto de bobinas primário-secundário. Note que a ocorrência de dispersão de fluxo é
menos acentuada nesse caso do que no tipo nuclear.

Fig. 2 Corte esquemático de transformadores (a) monofásico e (b) trifásico. Os índices 1 e 2 referem-se a
primário e secundário, e os índices a,b e c às fases a,b e c do sistema trifásico.

Quanto à disposição relativa dos enrolamentos

Podem ser idealizadas muitas maneiras de se disporem as bobinas relativamente umas às


outras. Vamos nos ater apenas a duas maneiras: transformador com enrolamento superposto
e com enrolamento em discos alternados.

Fig. 3 Cote de um transformador monofásico do tipo encouraçado.

Para se diminuir, o quanto possível, a dispersão de fluxo, procura-se melhorar o acoplamento


magnético entre primário e secundário.

Um modo de melhorar esse acoplamento seria não dispor as bobinas em “pernas” distintas,
como na Fig. 2(a), mas executar um enrolamento superposto ao outro, como na Fig. 4(a).

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Outra maneira é subdividir os enrolamentos primário e secundário em discos parciais e


intercalá-los, como na Fig. 4(b). Nota-se que, nessas disposições, grande parte do fluxo que
seria considerado disperso no caso da Fig. 2(a), nesses casos não será de dispersão, mas
será mútuo.

Fig. 4 Corte esquemático de transformadores (a) encouraçado com enrolamento superposto, (b) nuclear com
enrolamento em discos (bobinas) parciais alternados.

Quanto à proteção e maneira de dissipação de calor

Os transformadores de potencia, não só por problemas de isolação em altas tensões, como de


dissipação, são imersos em óleo isolante, portanto protegidos, isto é, blindados em relação ao
meio. Podem ter superfície com aletas, ventilação forçada e sistemas de refrigeração mais
complexos com circulação de óleo, trocador de calor, etc. existe uma crescente dificuldade em
se dissipar o calor advindo das perdas, à medida que cresce a potencia e o tamanho dos
transformadores.

Nos grandes transformadores existe sempre um sistema de ancoragem das bobinas, para
protegê-las contra os elevados esforços que podem aparecer por ocasião de sobrecorrentes,
como nos curto-circuito. Essas forças podem ser bastante elevadas.

Razão ou relação de tensão

A tensão nas bobinas de um transformador é diretamente proporcional ao numero de espiras


das bobinas. Esta relação é expressa através da formula

onde:

Vp= tensão na bobina do primário [V]

Vs= tensão na bobina do secundário [V]

Np=número de espiras da bobina do primário

Ns=número de espiras da bobina do secundário

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A razão Vp/Vs é chamada de razão ou relação de tensão. A razão Np/Ns é chamada de


razão ou relação de espiras.

Uma razão de tensão de 1:4 (lê-se um para quatro) significa que para cada volt no primário do
transformador há 4 volts no secundário. Quando a tensão do secundário é maior do que a
tensão do primário, o transformador é chamado de transformador elevador. Uma razão de
tensão de 4:1 significa que para 4V no primário há somente 1V no secundário. Quando a
tensão no secundário for menor do que no primário, o transformador é chamado de
transformador abaixador.

Fig. 5 Diagrama simplificado de um transformador

Relação entre potências primárias e secundárias

Fig. 6 Representação esquemática de um transformador com fluxo positivo e correntes positivas.

Devido ao suprimento das perdas, num transformador com uma carga como a da Fig. 7, a
potência ativa de entrada no primário é maior que a transferida para o secundário, e esta é
maior que a de saída.

A relação entre as potências pode ser deduzida a partir da Fig. 6.

e1 (t )i' 2 (t ) = e2 (t )i 2 (t )

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Essa é a potência realmente transferida, através do acoplamento magnético de um lado para


outro. É a energia liquida que, por exemplo, o secundário recebe do primário após serem
descontadas todas as perdas de energia neste enrolamento e no núcleo. Devido ao sentido das
correntes, nota-se o sinal negativo na expressão acima, significando que os fluxos de energia
são contrários, isto é, se o lado 1 absorve e1 (t )i' 2 (t ), o lado 2 fornece e2 (t )i 2 (t ) e vice-versa,
sem armazenagem de energia.

No caso da Fig. 7, se i c = i 2 tem-se:

e1 (t )i' 2 (t ) = e2 (t )i c (t )

No transformador ideal, obviamente:

v1 (t )i 1 (t ) = v2 (t )i c (t )

e, em regime senoidal permanente, as potências aparentes são:

V 1 I1 = V 2 I

E o quanto de energia reativa o transformador absorve da fonte depende não só de I1mag, mas
da natureza da carga.

Fig. 7 O transformador da Fig. 5 alimentando uma carga Zc.

Eficiência

A eficiência de um transformador é igual à razão entre a potência de saída do enrolamento do


secundário e a potência de entrada no enrolamento do primário. Um transformador ideal tem
100% de eficiência porque ele libera toda a energia que recebe. Devido às perdas no núcleo e
no cobre, a eficiência do melhor transformador na prática é menor que 100%. Exprimindo na
forma de equação,

Onde,

Ef = eficiência

Ps = potência de saída no secundário [W]

Pp = potência de entrada no primário [W]

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Corrente alternada e corrente contínua

A grande vantagem técnica da corrente alternada em confronto com a corrente contínua


repousa na possibilidade de se obter, a partir da primeira, qualquer tensão elétrica
desejada, quase sem perdas, por meio dos transformadores. Ordinariamente, no local
de utilização, se necessita baixas tensões que não são perigosas para o organismo
humano (é comum o emprego de tensões de 120 volts e 220 volts).
Por outro lado, o transporte da energia elétrica desde o local de sua geração até o de
sua utilização, convém que seja efetuado sob tensões mais altas possíveis (220 000 V
ou mesmo 380 000 V). Porém, ao funcionamento mais econômico das máquinas que
produzem a energia elétrica corresponde uma tensão média de alguns milhares de volts.
Portanto, em toda rede de distribuição existe sempre a necessidade de transformar a
tensão elétrica.

O transformador ideal
Um transformador ideal é aquele em que o acoplamento entre suas bobinas é perfeito, ou
seja, todas concatenam, ou “abraçam”, o mesmo fluxo, o que vale dizer que não há
dispersão de fluxo. Isso implica assumir a hipótese de que a permeabilidade magnética do
núcleo ferromagnético é alta ou, no caso ideal, infinita, e o circuito magnético é fechado.
Além disso, admite-se que o transformador não possui perdas de qualquer natureza, seja
nos enrolamentos, seja no núcleo.

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Sumário comparativo entre o transformador real e o transformador ideal

Variáveis e parâmetros Transformador real Transformador ideal


Resistência ôhmica dos
Não nulas Nulas
enrolamentos
a) Ligeiramente diferente do
existente em vazio, nos
transformadores de forte
acoplamento magnético.
Fluxo Øm em carga Igual ao de vazio
b) Bastante diferente nos de
fraco acoplamento, como
muitos transformadores de
núcleo de ar
a) Pequenos nos casos de
forte acoplamento.
Fluxos de dispersão Inexistente
b) Relativamente grandes nos
de fraco acoplamento.
Não nulas; relacionadas
Indutâncias de dispersão
diretamente com o item Nulas
dos enrolamentos
anterior.

F.e.m. e1 e e2

Permeabilidade
Finita Infinita
magnética do núcleo
a) Pequena nos casos de
núcleos ferromagnéticos
Corrente magnetizante Nula
b) Alta nos núcleos não
ferromagnéticos.
Desprezível nos regimes
permanentes de frequência
Capacitância entre
baixa, mas considerável em
espiras e de enrolamento Nula
fenômenos transitórios
para massa
Rápidos e em regime de
frequências altas.
Proporcionais às resistências
Perdas Joule Inexistente
efetivas dos enrolamentos.
a) Diferentes de zero, embora
relativamente pequenas
nos casos de chapas de
silício especiais.
Perdas no núcleo Inexistente
b) Inexistentes nos casos de
núcleo de ar. R1p pode ser
infinita no caso de núcleo
de ar.

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Circuito equivalente
completo

Impedância interna Diferente de zero. Nula.


Corrente de curto-circuito Finita Infinita

A importância do transformador ideal

A importância do transformador ideal se dá no desenvolvimento da teoria do transformador


real. Parte-se do aspecto totalmente ideal, introduzindo-se, gradativamente, os fenômenos
reais de perdas, de magnetização do núcleo, etc. Serve também como elemento de pré-
cálculo e de anteprojeto, seja para o utilizador, seja para o projetista de médios e grandes
transformadores de força, pois estes se aproximam bastante do transformador ideal,
principalmente quando outros componentes do sistema possuam, relativamente a ele,
maiores perdas, etc.

Autotransformador
O autotransformador constitui um tipo especial de transformador de potência. Ele é
formado por um só enrolamento.

Fazendo-se derivações ou colocando-se terminais em pontos ao longo do comprimento do


enrolamento, podem ser obtidas diferentes tensões. O autotransformador possui um único
enrolamento entre os terminais A e C (Fig. 9). É colocada uma terminação no enrolamento,
de onde sai um fio que forma o terminal B. o enrolamento AC é o primário enquanto o
enrolamento BC forma o secundário.

Fig. 9 Diagrama esquemático do autotransformador.


A simplicidade do autotransformador o torna mais econômico e de dimensões mais compactas.
Entretanto, ele não fornece isolação elétrica entre os circuitos do primário e do secundário.

São usados, preferencialmente, quando as tensões aumentadas ou abaixadas são de pequeno


valor. Um exemplo tipico é na compensação de quedas de tensão em certos pontos da rede de
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distribuição elétrica. Também podem ser usados como transformadores reguladores em redes
de alta tensão e de transformação de tensão ultra-alta, desde 220kV até 750kV.

Pequenos autotransformadores também são utilizados de forma similar como potenciômetros


rotativos, para operar como transformadores com núcleo toroidal de saída variável.

Exemplos adicionais de aplicação são: arranque para lâmpadas de vapor de sódio,


transformadores de arranque para motores monofásicos e motores de comboios.

Também podem ser usados autotransformadores para motores trifásicos, como mostra a Fig.
10.

Fig. 10 Autotransformador trifásico com tensão de saída variável.

Nos autotransformadores existe uma condução galvânica entre o lado de entrada e


de saída. Isso exclui certas aplicações, tais como:
Transformador de isolamento de segurança;

Transformador de isolamento;

Transformador separador de tensão reduzida;

Transformador de campainhas e brinquedos;

Transformador de instrumentação.

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Outros tipos de transformadores


Transformador autoprotegido

O transformador incorpora componentes para proteção do sistema de


distribuição contra sobrecargas e curto-circuito na rede secundária e
falhas internas no transformador, possuindo para tanto, montados
internamente ao tanque, fusíveis de Alta Tensão e disjuntor de Baixa
Tensão. Para proteção contra sobretensões o transformador é provido de
dispositivo para fixação de para-raios externos ao tanque.

Principais Características

Potência: 45 à 150 kVA


Alta Tensão: 15 ou 24,2 kV
Baixa Tensão: 380/220 ou 220/127
V Normas: conforme ABNT/IEC.

Transformador industrial

Aplicável a subestações de empresas, para redução de tensão primária (máxima 36,2 Kv) e
para as tensões secundárias usadas industrialmente. Sendo ainda providos de caixas de
acoplamento para proteção das conexões do primário e/ou secundário, quando solicitado
pelo cliente.

Principais Características

Potência: 500 à 5.000 Kva


Alta Tensão: 15;24,2;36,2 ou 72,5 Kv
Baixa Tensão: conforme especificações do cliente.
Normas: conforme ABNT/IEC.

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Transformador subterrâneo

Transformador de construção adequada para ser instalado


em câmaras, em qualquer nível, podendo ser prevista sua
utilização onde haja possibilidade de submersão de qualquer
natureza.

Principais Características

Potência: 150 à 2.000 kVA Alta Tensão: 15 ou 24,2 kV


Baixa Tensão: 216, 5/125; 220/127; 380/220; ou 400/231 V
Normas: conforme NBR 9369/1986 ABNT.

Transformador a seco

Plantas industriais, plantas químicas e petroquímicas, plataformas off-shore, prédios


comerciais, hospitais, embarcações marítimas, unidades de tratamento de água,
aeroportos, centros de entretenimento, etc.

Principais Características

Potência: 300 à 15.000 kVA


Alta Tensão: 15 ou 24,2 ou 36,2 kV
Baixa Tensão: 4160/2402; 440/254; 380/220; 220/127 V ou conforme especificações do
cliente.
Normas: conforme ABNT/IEC.

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Transformador de distribuição

Para distribuição de energia ao consumidor final (concessionárias de energia,


cooperativas, instaladoras e empresas de modo geral)

Principais Características

Potência: 30 à 300 kVA


Alta Tensão: 15 ou 24,2 kV
Baixa Tensão: 380/220 ou 220/127
V Normas: conforme ABNT/IEC.

Transformador de força

Transformadores e reatores para geração, transmissão e distribuição de energia em


concessionárias e subestações de grandes indústrias, incluindo aplicações especiais
como fornos de indução e a arco e retificadores.

Transformadores de Força

Potência: acima de 5 até 300 MVA


Alta Tensão: até 550 kV
Normas: ANSI / IEEE, IEC e ABNT.

Transformadores de Fornos

Potência: até 160 MVA


Alta Tensão: até 550 kV
Normas: ANSI / IEEE, IEC e ABNT.

Transformadores Retificadores

Potência: até 80 MVA


Corrente: até 150 kA
Normas: ANSI / IEEE, IEC e ABNT.

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Transformador de comando

Os Transformadores de Comando possuem uma faixa de potência de 50 a 5000VA


religáveis para tensões primárias 110/220VCA e 24VCA. Aplicados na alimentação
de circuitos de comando oferecem isolação galvânica, limitação de capacidade de
curto- circuito, redução de tensão em relação aos circuitos de potência e inclusive
efeito de supressor em transitórios não lineares da instalação.

Estes transformadores possuem terminais de ligação em bloco frontal com proteção ao


toque acidental, proporciona uma montagem simples com fixação pela base em
estrutura metálica.

Isolação a seco para instalação abrigada.

Todos os transformadores são individualmente ensaiados e identificados por número


de série.

Transformador de corrente 4NC/4NF

Um transformador de corrente ou simplesmente TC é um dispositivo que reproduz no


seu circuito secundário, uma amostra da corrente que circula no enrolamento primário.
Esta corrente tem proporções definidas e conhecidas, sem alterar sua posição vetorial.

As relações mais utilizadas no mercado são de xx/5A e xx/1A,


ou seja, a corrente do primário é amostrada e tem como saída
no secundário 5A ou 1A. Por exemplo: 1000/5A – Uma corrente
no primário de 0 a 1000A é amostrada e no secundário
teremos 0 a 5A. Esta aplicação é largamente utilizada em
circuitos de medição, onde seria economicamente inviável
medir utilizando equipamentos para altas correntes.

Referencias bibliográficas
FALCONE, AURIO GILBERTO, Eletromecânica Volume 1, 1ª edição, São Paulo, Editora
Edgard Blucher, 1985.
GUSSOW, MILTON, Eletricidade Básica, 1ª edição, São Paulo, Editora Mc Graw-Hill, 1985.
COTRIM, ADEMARO A. M. B., Instalações Elétricas, 4ª edição, São Paulo, Editora Pearson
Prentice Hall, 2006.
http://www.weg.net/br
http://w1.siemens.com/entry/br/pt/

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