Aula 01 Conceitos Bsicos - Fontes Resistores Capacitores Indutores

23/04/2021
Universidade Federal de Itajubá

ISEE – Instituto de Sistemas Elétricos e Energia
EEL 106 – CIRCUITOS ELÉTRICOS II

1º Semestre 2021
1. Conceitos Básicos – Circuitos Elétricos:

Fontes, Resistores, Capacitores e Indutores
Prof. Gustavo Paiva Lopes
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1. Conceitos Básicos
1.1 Circuitos Elétricos

 O que é um circuito elétrico?
Um circuito elétrico consiste em um caminho fechado no qual circula uma corrente elétrica.
 O circuito elétrico mais simples que existe é composto por uma fonte de energia elétrica, um receptor
ou carga, e dois condutores.
A a
Fonte de Receptor
Condutores
Energia ou Carga
B b
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 A fonte, a carga e os condutores que interligam o circuito apresentado anteriormente são chamados
de elementos e formam uma malha fechada, que é chamada de circuito elétrico.
 Ao longo do circuito elétrico haverá um fluxo ordenado de cargas elétricas, chamado de corrente
elétrica.
Movimento desordenado de elétrons em um Movimento ordenado de elétrons em um

condutor sem diferença de potencial. condutor com diferença de potencial.
3

 Exemplos de circuitos elétricos simples:
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 Exemplos de circuitos elétricos mistos:

 Exemplos de circuitos elétricos mais complexos:
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 Exemplos de circuitos elétricos mais complexos (residencial):

 Exemplos de circuitos elétricos mais complexos (distribuição de energia elétrica):
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 Exemplos de circuitos elétricos de grande porte e complexidade:

 Os circuitos elétricos são usados em inúmeras aplicações, desde uma simples lanterna a pilha até
sistemas complexos como o sistema elétrico brasileiro.
 Desta forma, faz-se necessário entender o comportamento elétrico destes circuitos, conhecendo qual
a sua resposta para uma determinada entrada ou como um elemento deste circuito interage com os
demais.
 Esta disciplina tem como objetivo apresentar os conceitos fundamentais para a análise dos circuitos
elétricos que operam em tensão alternada e, consequentemente, em corrente alternada.
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1.1.1 Elementos de Circuitos – Fontes
 Fontes:
• As fontes recebem uma forma qualquer de energia e a transforma em energia elétrica:
• Energia química: pilhas, baterias e acumuladores.
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 Fontes:
• As fontes recebem uma forma qualquer de energia e a transforma em energia elétrica:
• Energia química: pilhas, baterias e acumuladores.
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 Fontes:
• Energia mecânica: geradores, alternadores e dínamos.
PCH Luiz Dias.

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 Fontes:
Usina hidrelétrica de Itaipu. 14
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 Fontes:
Dínamo didático e esquema de um alternador. 15

 Fontes:
• Energia eólica: geradores.
16
Geração eólica.
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 Fontes:
• Energia solar.
17
Geração solar.

 Fontes:
• Energia térmica, nuclear,
marés, piezoelétrica,
fotoelétrica, geotérmica, etc.
18
Matriz elétrica brasileira 2019.
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 Características das fontes de tensão:
• São responsáveis pela criação de diferença de potencial, normalmente entre um referencial de terra e
um ponto específico.
• Tensão (ou diferença de potencial) é a energia necessária para deslocar uma carga unitária através
de um elemento, medida em volts (V).
• Idealmente, uma fonte deve ser capaz de manter o valor de tensão em seus terminais independente
da corrente no circuito.
• Para aproveitamento doméstico e industrial, utilizam-se as tensões contínuas e alternadas.

19

 Fontes de tensão contínua:
• Quando a fonte de tensão promove o escoamento de cargas sempre no mesmo sentido ela é
chamada de tensão contínua.
• As fontes de tensão contínua recebem a abreviatura CC (corrente contínua) exatamente por

promoverem o surgimento de uma corrente que também circula em um único sentido.
• Frequentemente é encontrada também a abreviatura DC (direct current).
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 Aplicações das fontes de tensão contínua:
• São utilizadas em aparelhos eletrônicos, alimentação de alguns tipos de motores e em sistemas de
transmissão em extra alta tensão.
• São caracterizadas pelo fornecimento de um valor de tensão em polaridade fixa e em alguns casos,
constante.
• Pode ser obtida através de sistemas de baterias, acumuladores, dínamos ou através da retificação
de tensões alternadas.
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 Oscilogramas de tensão contínua:
Exemplos de tensão contínua.
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 Simbologia elétrica das fontes de tensão contínua:
Simbologias para as fontes de tensão contínua.
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 Simbologia elétrica das fontes de tensão contínua:
• Com base nas figuras anteriores é possível notar uma certa confusão na representação da tensão
contínua nos oscilogramas e na simbologia (U, Vout,v, V, E).
• O símbolo E vem de “força eletromotriz” e V deve ser evitado para não confundir com a unidade
Volts.
• Utilizaremos a seguinte regra:
u → tensão contínua variável com o tempo (valor instantâneo).
E, U → tensão contínua constante com o tempo.
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 Fontes de tensão alternada:
• Quando a fonte de tensão promove o escoamento de cargas em ambos os sentidos ela é chamada
de tensão alternada.
• As fontes de tensão alternadas recebem a abreviatura CA (corrente alternada) exatamente por

promoverem o surgimento de uma corrente que também se alterna de sentido.
• Frequentemente é encontrada também a abreviatura AC (alternating current).
25

 Aplicações das fontes de tensão alternada:
• As tensões alternadas são as mais comuns nos grandes sistemas de geração e transmissão, sendo
utilizadas também para distribuição em redes domésticas e industriais.
• Diversos equipamentos domésticos e industriais utilizam apenas a tensão alternada para o seu
funcionamento.
• Os sistemas de geração e transmissão utilizam uma forma de alternância senoidal, na frequência de
60 ou 50 Hz, devido a aspectos construtivos dos geradores.
• Podem ser obtidas diretamente através de máquinas geradoras ou através da conversão de uma
tensão contínua.
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 Oscilogramas de tensão alternada:
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Exemplos de tensão alternada.

 Simbologia elétrica das fontes de tensão alternada:
Simbologias para as fontes de tensão alternada.

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 Simbologia elétrica das fontes de tensão alternada:
• O símbolo “e” vem de “força eletromotriz” e representa o valor instantâneo da tensão alternada. Neste
caso o símbolo V deve ser evitado para não confundir com a unidade Volts.
• Utilizaremos a seguinte regra:
e, u → valor instantâneo da tensão alternada (variável com o tempo).
E, U → valor eficaz da tensão alternada constante com o tempo.
 A definição de valor eficaz será vista mais adiante.
29

1.1.2 Elementos de Circuitos – Resistores
 A resistência elétrica é uma medida da dificuldade que os elétrons têm de percorrer o caminho entre
dois pontos de potencial diferente.
 Ou ainda é a oposição ao fluxo de cargas através de um circuito elétrico.
 Esta oposição é resultante das colisões entre elétrons e entre elétrons e átomos do material,
convertendo a energia elétrica em calor.
 Os resistores são elementos de circuito cuja função é oferecer uma resistência fixa à passagem da
corrente.
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 Devido à importância dos trabalhos do físico alemão Georg Simon Ohm para a eletricidade em geral,
a unidade de resistência elétrica leva o nome de Ohm (Ω), letra grega ômega.
 Quando uma corrente passa por um resistor, provoca uma queda de tensão entre seus terminais.
 A polaridade da queda de tensão é determinada pelo sentido convencional da corrente, ou seja, de um

potencial positivo para um potencial negativo.
 Se uma corrente atravessa um resistor de um terminal A para um terminal B, significa que A tem
potencial maior que B.
31

32
Símbolo elétrico do resistor e polaridade da queda de tensão.
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 A dimensão dos resistores fixos e variáveis se modificam de acordo com sua potência, associada a
um valor mais elevado de corrente e portanto maior perda por dissipação.
 Resistores Fixos - Compostos:
 São os mais comuns, utilizados em baixas potências.
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 Resistores Fixos – Filme metálico:
 São os mais comuns, utilizados em baixas potências.
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 Resistores Fixos – Fio enrolado:
 São utilizados em potências mais elevadas.
 Geralmente revestidos com material cerâmico.
35

 Resistores Fixos – Exemplos:
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 Resistores Variáveis:
• Apresentam uma resistência que pode ser variada através de um cursor ou parafuso e possuem dois
ou três terminais.
• Quando um dispositivo deste tipo é utilizado como um resistor variável, este recebe o nome de
reostato.
• Se o dispositivo é utilizado para controlar a potência, este recebe o nome de potenciômetro.
37

 Resistores Variáveis:
(a) Simbologia para potenciômetro.

(b) e (c) Conexões tipo reostato.
(d) Simbologia para reostato.
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 Resistores Variáveis - Potenciômetros:
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 Resistores Variáveis - Reostatos:
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 Existem outros dois importantes elementos de circuitos lineares passivos: o capacitor e o indutor.
 Diferentemente dos resistores, que dissipam energia, os capacitores e os indutores não dissipam, mas
armazenam energia que pode ser posteriormente recuperada.
 Por essa razão, os capacitores e os indutores são chamados elementos de armazenamento.
41

1.1.3 Capacitância (capacitores)
 O Capacitor é um elemento passivo projetado para armazenar energia em seu campo elétrico.
 Assim como os resistores, os capacitores são largamente utilizados em:

• Eletrônica;
• Comunicações;
• Circuitos de sintonia de receptores de rádio;
• Computadores;
• Sistemas elétricos de potência;
• Sistemas para ensaios em alta tensão;
• Etc.
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 Um capacitor é formado por duas placas condutoras separadas por um isolante (ou dielétrico).
 Em diversas aplicações práticas, as placas podem ser constituídas por folhas de alumínio, enquanto o
dielétrico pode ser composto por ar, cerâmica, papel ou mica.
43
 Se uma bateria for conectada entre as placas:
1) A carga negativa da placa A é atraída pelo terminal positivo da bateria.
2) A carga positiva da placa B é atraída pelo terminal negativo da bateria.
3) Esse movimento de cargas continua até que a diferença de potencial entre as placas A e B seja
igual a força eletromotriz da bateria.
44
(1) (2) (3)
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4) Se a bateria for desconectada, o capacitor continua carregado.
5) Para que as cargas nas placas sejam neutralizadas, as cargas deveriam cruzar o material isolante,
o que não é possível. O capacitor continuará carregado até que um condutor conecte os dois terminais.
45
(4) (5)
 A quantidade de carga armazenada, representada por q, é diretamente proporcional à tensão aplicada
u.
𝑞∝𝑢
 A constante de proporcionalidade entre a carga armazenada q e a tensão aplicada u é conhecida

como capacitância, representada pela letra C.
𝑞 𝐶𝑢
 A sua unidade é o farad (F), em homenagem ao físico inglês Michael Faraday (1791-1867).
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 Portanto, a capacitância é a razão entre a carga depositada em uma placa de um capacitor e a
diferença de potencial entre as duas placas, medidas em farads (F).
𝑞
𝐶
𝑢
 De acordo com a equação acima, 1 farad = 1 coulomb / 1 volt.
47
 Embora a capacitância C de um capacitor seja a razão entre a carga q por placa e a tensão aplicada
u, esta capacitância não depende de q ou u, mas sim das dimensões deste capacitor.
1) Área placas – A: 𝐶∝𝐴
1
2) Distância entre as placas – d: 𝐶∝
𝑑
3) Permissividade do material dielétrico – 𝜀 : 𝐶 ∝ 𝜀
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 Portanto, a equação para o cálculo da capacitância em função das dimensões do capacitor de placas
paralelas é:
𝐴
𝐶 𝜀
𝑑
Onde:
𝐶 = capacitância em farads (F).
𝐴 = área das placas em metros (m2).
𝑑 = distância entre as placas (m).
𝜀 = permissividade do material dielétrico (F/m). 49
 Simbologia para capacitores fixos (a) e variáveis (b).
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25
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 Exemplos de aplicação: Eletrônica.
51
 Exemplos de aplicação: Eletrolíticos.
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 Exemplos de aplicação: Circuitos de sintonia de receptores de rádio.
53
 Exemplos de aplicação: Computadores.
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 Exemplos de aplicação: Sistemas elétricos de potência.
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 Exemplos de aplicação: Sistemas para ensaios em alta tensão.
58
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 Exemplos de aplicação: Sistemas para ensaios em alta tensão.
59

 Relação entre Tensão e Corrente:
 Sabe-se que a definição de corrente elétrica é dada por:
𝑑𝑞
𝑖
𝑑𝑡
 A carga armazenada em um capacitor é dada por:
𝑞 𝐶𝑢
 Então:
𝑑𝑢
𝑑𝑞 𝑖 · 𝑑𝑡 𝐶 𝑑𝑢 𝑖 · 𝑑𝑡 𝑖 𝐶
𝑑𝑡 60
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 Nota-se que a relação entre a tensão e a corrente em um capacitor depende da capacitância C e da
variação da tensão no tempo (du/dt).
𝑑𝑢
𝑖 𝐶
𝑑𝑡
61
 Para obter a tensão no capacitor basta integrar a equação da corrente:
𝑑𝑢 1 1
𝑖 𝐶 𝑑𝑢 𝑖 𝑑𝑡 𝑑𝑢 𝑖 𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝐶 𝐶
1
𝑢 𝑡 𝑖 𝑡 𝑑𝑡 𝑢 𝑡
𝐶
𝑞 𝑡
 Onde u0 é a tensão no capacitor no instante t0: 𝑢 𝑡
𝐶
 Desta forma, conclui-se que a tensão no capacitor depende de sua condição inicial.
62
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 De acordo com a definição de potência:
𝑑𝑊 𝑑𝑢
𝑝 𝑑𝑊 𝑝 𝑑𝑡 𝑝 𝑢𝑖 𝑢𝐶
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑢 1
𝑑𝑊 𝐶 𝑢 𝑑𝑡 𝑊 𝐶𝑢
𝑑𝑡 2
 A equação acima representa a energia armazenada no campo elétrico existente entre as placas do
capacitor, dada em Joules (J). Essa energia pode ser recuperada, já que um capacitor ideal não pode
dissipar energia. De fato, a palavra capacitor deriva da capacidade desse elemento armazenar
energia em um campo elétrico.
63
 De acordo com a equação para a corrente em um capacitor, quando a tensão em seus terminais não
está variando com o tempo (isto é, tensão em corrente contínua), a corrente que passa por este
capacitor é zero.
𝑑𝑢
𝑖 𝐶
𝑑𝑡
 Portanto, um capacitor é um circuito aberto em corrente contínua.
64
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 A tensão em um capacitor não pode mudar abruptamente.
 O capacitor resiste a uma mudança abrupta na tensão entre seus terminais. De acordo com a
equação para a corrente, uma mudança descontínua na tensão requer uma corrente infinita, o que é
fisicamente impossível.
𝑑𝑢
𝑖 𝐶
𝑑𝑡
 Em contrapartida, a corrente que passa por um capacitor pode mudar instantaneamente.
1
𝑢 𝑖 𝑑𝑡
𝐶
65
1.1.4 Indutância (indutores)
 O indutor é um elemento passivo projetado para armazenar energia em seu campo magnético.
 Assim como os resistores e os capacitores, os indutores são largamente utilizados em:

• Eletrônica, Comunicação, rádios, TVs;
• Computadores;
• Fontes de tensão, transformadores;
• Sistemas elétricos de potência;
• Sistemas para ensaios em alta tensão;
• Geradores e motores elétricos.
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 Qualquer condutor de corrente elétrica possui propriedades indutivas e pode ser considerado um
indutor.
 Porém, para aumentar o efeito indutivo, um indutor usado na prática é normalmente formado em uma
bobina cilíndrica com várias espiras de fio condutor.
67
 Ao passar uma corrente através de um indutor, constata-se que a tensão entre os seus terminais é
diretamente proporcional à taxa de variação da corrente.
𝑑𝑖
𝑢∝
𝑑𝑡
 A constante de proporcionalidade entre a tensão no indutor e a taxa de variação da corrente é
denominada indutância, representada pela letra L.
𝑑𝑖
𝑢 𝐿
𝑑𝑡
 A sua unidade é o henry (H), em homenagem ao inventor norte-americano Joseph Henry (1797-1878).
68
34
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 Embora a indutância L de um indutor seja a razão entre a tensão aplicada em seus terminais e a
variação da corrente, esta indutância depende suas características construtivas.
 As equações para cálculo da indutância dos indutores de diferentes formatos são derivadas da teoria
do eletromagnetismo.
69
 Por exemplo, para o indutor apresentado a seguir, também conhecido como solenoide, temos os
seguintes fatores de influência.
1) Número de espiras – N: 𝐿∝𝑁
2) Área da seção – A: 𝐿∝𝐴
1
3) Comprimento – l: 𝐿∝
𝑙
4) Permeabilidade do material do núcleo – 𝜇 : 𝐿∝𝜇 70
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 Portanto, a equação para o cálculo da indutância em um solenoide em função das características
construtivas (L>>>diâmetro):
𝐴𝑁
𝐿 𝜇
𝑙
Onde:
𝐿 = indutância em henrys (H).
𝐴 = área da seção transversal do indutor (solenoide) em (m2).
𝑁 = número de espiras.
𝑙 = comprimento do solenoide em metros (m).
𝜇 = permeabilidade do material do núcleo (H/m). 71
 Simbologia para indutores lineares com o núcleo preenchido com ar (a) e núcleo de ferro (b); e
indutores não lineares (c).
72
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 Exemplos de aplicação: Eletrônica, Comunicação, rádios, TVs;
73
 Exemplos de aplicação: Computadores.
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 Exemplos de aplicação: Fontes de tensão, transformadores.
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 Exemplos de aplicação:
Sistemas elétricos de potência.
79
 Exemplos de aplicação:
Geradores e motores elétricos.
80
40
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 A relação tensão-corrente é obtida da seguinte equação:
𝑑𝑖
𝑢 𝐿
𝑑𝑡
 Nota-se que a relação entre a tensão e a corrente em um indutor depende da indutância L e da
variação da corrente no tempo (di/dt).
81
 Para obter a corrente no indutor basta integrar a equação da tensão:
𝑑𝑖 1 1
𝑢 𝐿 𝑑𝑖 𝑢 𝑑𝑡 𝑑𝑖 𝑢 𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝐿 𝐿
1
𝑖 𝑡 𝑢 𝑡 𝑑𝑡 𝑖 𝑡
𝐿
 Onde i0 é a corrente no capacitor no instante t0.
 Desta forma, conclui-se que a corrente no indutor depende de sua condição inicial.
82
41
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 De acordo com a definição de potência:
𝑑𝑊 𝑑𝑖
𝑝 𝑑𝑊 𝑝 𝑑𝑡 𝑝 𝑢𝑖 𝐿 𝑖
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑖 1
𝑑𝑊 𝐿 𝑖 𝑑𝑡 𝑊 𝐿𝑖
𝑑𝑡 2
 A equação acima representa a energia armazenada no campo magnético do indutor, dada em Joules
(J). O indutor absorve potência do circuito quando está armazenando energia e libera este potência
para o circuito quando retorna a energia previamente armazenada.
83
 De acordo com a equação para a tensão em um indutor, quando a corrente em seus terminais não
está variando com o tempo (isto é, corrente contínua), a tensão em seus terminais é zero.
𝑑𝑖
𝑢 𝐿
𝑑𝑡
 Portanto, um indutor é um circuito fechado em corrente contínua.
84
42
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 A corrente em um indutor não pode variar abruptamente.
 O indutor resiste a uma mudança abrupta na corrente entre seus terminais. De acordo com a equação
para a tensão, uma mudança descontínua na corrente requer uma tensão infinita, o que é fisicamente
impossível.
𝑑𝑖
𝑢 𝐿
𝑑𝑡
 Em contrapartida, a tensão aplicada em seus terminais pode variar instantaneamente.
1
𝑖 𝑢 𝑑𝑡
𝐿
85

 Resumo das características mais importantes dos elementos de circuito.
86
43

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EEL 106 – CIRCUITOS ELÉTRICOS II

1. Conceitos Básicos – Circuitos Elétricos:

Prof. Gustavo Paiva Lopes

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

Movimento desordenado de elétrons em um Movimento ordenado de elétrons em um

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

PCH Luiz Dias.

1.1 Circuitos Elétricos

Usina hidrelétrica de Itaipu. 14

1.1 Circuitos Elétricos

Dínamo didático e esquema de um alternador. 15

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

• Para aproveitamento doméstico e industrial, utilizam-se as tensões contínuas e alternadas.

1.1 Circuitos Elétricos

• As fontes de tensão contínua recebem a abreviatura CC (corrente contínua) exatamente por

• Frequentemente é encontrada também a abreviatura DC (direct current).

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

Exemplos de tensão contínua.

1.1 Circuitos Elétricos

Simbologias para as fontes de tensão contínua.

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

• As fontes de tensão alternadas recebem a abreviatura CA (corrente alternada) exatamente por

• Frequentemente é encontrada também a abreviatura AC (alternating current).

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

Simbologias para as fontes de tensão alternada.

1.1 Circuitos Elétricos

 A definição de valor eficaz será vista mais adiante.

1.1 Circuitos Elétricos

 Ou ainda é a oposição ao fluxo de cargas através de um circuito elétrico.

 A polaridade da queda de tensão é determinada pelo sentido convencional da corrente, ou seja, de um

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

• Se o dispositivo é utilizado para controlar a potência, este recebe o nome de potenciômetro.

1.1 Circuitos Elétricos

(a) Simbologia para potenciômetro.

1.1 Circuitos Elétricos

1.1 Circuitos Elétricos

 Por essa razão, os capacitores e os indutores são chamados elementos de armazenamento.

1.1 Circuitos Elétricos

 Assim como os resistores, os capacitores são largamente utilizados em: