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ELE033 - Circuitos Polifásicos e Magnéticos

Curso: Engenharia Elétrica


Universidade Federal de Minas Gerais

Introdução à Análise de Sistemas


Elétricos de Potência (SEP)
Prof. Alberto De Conti
(conti@cpdee.ufmg.br)

DEE – Departamento de Engenharia Elétrica


UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
ELE 033 – Circuitos Polifásicos e Magnéticos
Introdução à Análise de SEP

SUMÁRIO
• 1. INTRODUÇÃO
• 2. ANÁLISE DE CIRCUITOS EM REGIME PERMANENTE
SENOIDAL
• 3. POTÊNCIA EM CIRCUITOS DE TENSÃO ALTERNADA
• 4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU

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Introdução à Análise de SEP

1. INTRODUÇÃO
1.1 SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
• Sistemas elétricos de potência são extensos sistemas destinados à geração
transmissão e distribuição de energia elétrica, transportando energia desde as
fontes geradoras às cargas consumidoras.
• No Brasil, o Sistema Integrado Nacional (SIN) é responsável pelo
gerenciamento da produção e transmissão de energia elétrica, permitindo a
transferência de energia entre subsistemas das regiões sul, sudeste/centro-
oeste e grande parte da região norte por meio da Rede Básica.
• Estima-se que menos de 1% da capacidade de produção de energia elétrica
no país se encontre atualmente fora da área gerenciada pelo SIN. Estes são
principalmente sistemas isolados na região amazônica, em Mato Grosso,
Pernambuco e na ilha de Fernando de Noronha.
• O gerenciamento do SIN é de responsabilidade do Organizador Nacional do
Sistema (ONS). 3
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Introdução à Análise de SEP

1. INTRODUÇÃO
1.1 SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA (cont.)
• A interface da Rede Básica com os consumidores finais é realizada por meio
de sistemas de distribuição de energia elétrica, que são gerenciados por
empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas.
• No Brasil, o sistema de distribuição corresponde ao conjunto de instalações e
equipamentos elétricos que operam em tensões inferiores a 230 kV, incluindo
os sistemas de baixa tensão.
• O gerenciamento coordenado dos sistemas geração, transmissão e
distribuição de energia de forma a atender à demanda dos consumidores
tendo em conta a disponibilidade de energia proveniente de diferentes fontes
é tarefa de enorme complexidade, que requer o domínio de técnicas de
análise adequadas.

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Introdução à Análise de SEP

1. INTRODUÇÃO
1.2 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• A capacidade instalada do SIN é predominantemente hidrelétrica. Nos
últimos anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente nas regiões
nordeste e sul, tem apresentado forte crescimento.
• Usinas térmicas são de grande importância estratégica, pois permitem a
gestão da água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
• A geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas é feita geralmente com
a utilização de geradores síncronos, que fornecem tensões alternadas
trifásicas com tensões nominais entre 2 kV e 20 kV.
• Em usinas eólicas, utilizam-se normalmente geradores assíncronos que
fornecem tensões alternadas trifásicas com tensão nominal inferior a 1 kV
(tipicamente 575 V ou 690 V).
• Sistemas fotovoltaicos geram tensão contínua que é, posteriormente,
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transformada para tensão alternada por meio do uso de inversores.
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1. INTRODUÇÃO
1.2 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (cont.)

Capacidade Instalada (ONS, 2020)


Tipo de Geração
(MW) (%)
Hidrelétrica 108.540 65,7
Termoelétrica 21.151 12,8
Eólica 16.128 9,8
Biomassa 13.761 8,3
Solar 2.925 1,8
Nuclear 1.990 1,2
Outras 590 0,4
TOTAL 165.085 100

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Introdução à Análise de SEP

1. INTRODUÇÃO
1.3 TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• Os sistemas de transmissão de energia elétrica integram as diferentes fontes
de produção de energia por meio de linhas de transmissão, possibilitando o
suprimento do mercado consumidor.
• A rede básica do SIN possuía, em 2019, um total de 141.756 km de linhas de
transmissão.
• A transmissão de energia ocorre, no Brasil, utilizando fundamentalmente
tensão alternada trifásica, com tensões nominais de 230, 345, 440, 500 e 750
(765) kV (123.008 km, 86,8% do SIN, dados de 2019).
• A transmissão de energia em corrente contínua também é utilizada no Brasil
(18.748 km, 13,2% do SIN, dados de 2019), com níveis de tensão de
±600 kV (conexão entre Itaipu e SP; conexão entre as usinas de Santo
Antônio e Jirau, em Rondônia, e SP) e ±800 kV (conexão da usina de Belo
Monte, na região norte do país, com a região sudeste). 7
Fonte: ONS
(2020)
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1. INTRODUÇÃO
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• Os sistemas de distribuição de energia elétrica operam com tensões nominais
na faixa de 127 V a 230 kV (não incluso).
• No Brasil, o sistema de distribuição é classificado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) como rede de distribuição de alta (≥ 69 kV),
média (entre 1 kV e 69 kV, 13,8 kV no estado de MG) ou baixa tensão
(abaixo de 1 kV, correspondendo a 127 V e 220 V no estado de MG).
• As redes de distribuição de alta tensão são semelhantes, em suas
características, às linhas de transmissão, sendo em geral trifásicas em tensão
alternada, longas e pouco ramificadas.
• À medida que o nível de tensão é reduzido, as redes de distribuição se
tornam cada vez mais complexas, apresentando ramificações e grande
número de equipamentos. Trabalham com tensões alternadas trifásicas ou
monofásicas. 9
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1. INTRODUÇÃO
1.5 PRINCIPAIS COMPONENTES DO SEP
• Os componentes fundamentais dos sistemas elétricos de potência são:
1. Geradores
2. Linhas de transmissão
Objetos de estudo desta disciplina
3. Transformadores
• Os transformadores exercem papel fundamental ao elevar a tensão gerada
para níveis adequados para a transmissão; depois, reduzem a tensão para
níveis adequados à distribuição e, finalmente, para atender aos consumidores
finais em baixa tensão.
• Componentes auxiliares, mas também fundamentais para a operação de
sistemas elétricos de potência são: disjuntores, chaves seccionadoras, relés,
para-raios, bancos de capacitores, reatores, reguladores de tensão, TPs, TCs,
sistemas de automação, sistemas de comunicação e aterramentos. 10
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1. INTRODUÇÃO
1.6 ÁREAS DE ESTUDO RELACIONADAS À ANÁLISE DE SEP

Regime
Permanente Regime Dinâmico Regime Transitório
Senoidal (0,1 Hz a 100 Hz) (1 Hz a 100 MHz)
(60 Hz)
Análise no domínio
Análise no
do tempo e da
domínio da Análise no domínio do tempo e/ou da frequência
frequência com
frequência
aproximações
• Fluxo de carga • Estabilidade Faltas Manobras
Sobretensões Corona e
• Curto-circuito transitória Atmosféricas VFTO
• Estabilidade • Transitórios 1 Hz a 100 Hz a 10 kHz a 100 kHz a
estática eletromecânicos 10 kHz 100 kHz 10 MHz 100 MHz
Adaptado de: Pereira (2015)
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1. INTRODUÇÃO
1.7 DIAGRAMAS UNIFILARES
• Sistemas elétricos de potência são representados utilizando diagramas
unifilares, que possuem notação e simbologia própria.
• Um exemplo com dois transformadores (T1 e T2), três geradores (G1, G2 e
G3), uma linha de transmissão (LT1) e duas cargas (C1 e C2) é apresentado
abaixo. Os retângulos representam os disjuntores.

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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos teóricos

A regra de Euler estabelece a relação entre uma exponencial complexa e as


funções trigonométricas seno e cosseno a partir da expressão matemática

𝑒 𝑗𝜃 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃
onde 𝑗 = −1 é a variável complexa.

A representação gráfica dessa expressão no plano complexo tem a forma:


Im

𝑠𝑒𝑛𝜃 |𝑒 𝑗𝜃 | |𝑒 𝑗𝜃 | = 1
𝜃

𝑐𝑜𝑠𝜃 Re 13
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

Suponha-se que se deseje representar a expressão geral que descreve a tensão


𝑣 𝑡 em um circuito de corrente alternada na forma de um número complexo,
onde
𝑣 𝑡 = 𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜃

Utilizando a regra de Euler, pode-se escrever

𝑣 𝑡 = 𝑅𝑒 𝑉𝑚 𝑒 𝑗(𝜔𝑡+𝜃)
onde 𝑅𝑒{} é um operador que extrai a parte real de seu argumento complexo.

Rearranjando os coeficientes do termo exponencial, tem-se:

𝑣 𝑡 = 𝑅𝑒 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜃 𝑒 𝑗𝜔𝑡
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

Omitindo o operador real e a exponencial de 𝑗𝜔𝑡, e definindo 𝑉ሶ = 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜃 ,


obtém-se a seguinte correspondência:
𝑣 𝑡 ⇔ 𝑉ሶ
ou
𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜃 ⇔ 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜃

Diz-se que 𝑉ሶ = 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜃 é o fasor correspondente a 𝑣 𝑡 = 𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜃 , isto é,


o número complexo que representa 𝑣 𝑡 de forma equivalente.
Im
𝑉ሶ

|𝑉| ሶ = 𝑉𝑚
𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜃 |𝑉|
𝜃
15
𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠𝜃 Re
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

• A omissão da exponencial de 𝑗𝜔𝑡 na formulação de 𝑉ሶ admite, implicitamente,


que todas tensões e correntes no circuito analisado oscilam na frequência
angular 𝜔, o que é válido somente para circuitos lineares. Em circuitos não
lineares, a aplicação de uma tensão alternada com frequência angular 𝜔 gera
correntes com frequências distintas daquela que foi aplicada.
• A incorporação da exponencial de 𝑗𝜔𝑡 na formulação que define o fasor 𝑉ሶ
demonstra que o fasor é, na verdade, um vetor que gira com velocidade
angular 𝜔 em torno do eixo normal ao plano complexo.
Im 𝜔
𝑉ሶ

|𝑉| ሶ = 𝑉𝑚
𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜃 |𝑉|
𝜃
16
𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠𝜃 Re
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

• Transformada da derivada de 𝑣 𝑡

𝑑𝑣(𝑡)
𝑓 𝑡 = ⇔ 𝐹ሶ = 𝑗𝜔𝑉ሶ
𝑑𝑡

• Transformada da integral de 𝑣 𝑡

𝑉ሶ
𝑔 𝑡 = න 𝑣 𝑡 𝑑𝑡 ⇔ 𝐺ሶ =
𝑗𝜔

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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

Uma vez conhecido o fasor genérico 𝐴ሶ = 𝐴𝑚 𝑒 𝑗𝛼 , a determinação da grandeza


a(t) correspondente é feita multiplicando-se 𝐴ሶ por 𝑒 𝑗𝜔𝑡 , extraindo-se em seguida
a parte real do resultado obtido. Com isso, pode-se escrever:

𝑎 𝑡 = 𝑅𝑒 𝐴𝑚 𝑒 𝑗𝛼 𝑒 𝑗𝜔𝑡
= 𝑅𝑒 𝐴𝑚 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝑗𝛼 = 𝑅𝑒 𝐴𝑚 𝑒 𝑗(𝜔𝑡+𝛼)
= 𝑅𝑒 𝐴𝑚 cos 𝜔𝑡 + 𝛼 + 𝐴𝑚 𝑗𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝛼
= 𝐴𝑚 cos 𝜔𝑡 + 𝛼

𝐴ሶ = 𝐴𝑚 𝑒 𝑗𝛼 ⇔ 𝑎 𝑡 = 𝐴𝑚 cos 𝜔𝑡 + 𝛼

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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.1 TRANSFORMAÇÃO FASORIAL: Aspectos Teóricos (cont.)

O fasor 𝑉ሶ = 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜃 é um número complexo escrito na forma polar. Embora essa


representação seja rigorosa do ponto de vista matemático, em geral opta-se pela
seguinte forma equivalente na solução de circuitos elétricos:

𝑉ሶ = 𝑉𝑚 /𝜃

onde 𝑉𝑚 é o módulo do fasor e 𝜃 é o ângulo de fase, representado em graus.

O mesmo fasor pode ser representado na forma retangular, isto é,


𝑉ሶ = 𝑉𝑚 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜃.
Contudo, a representação na forma polar é mais usual para caracterizar tensões e
correntes no domínio fasorial.
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.2 ELEMENTOS DE CIRCUITOS NO DOMÍNIO FASORIAL

A aplicação da transformação fasorial na determinação da resposta forçada de


circuitos CA parte da caracterização da relação tensão x corrente de cada um dos
elementos lineares de circuito no domínio fasorial.

A. Resistor

𝑖 𝑡 R 𝐼ሶ 𝑍𝑅ሶ

_
+ 𝑣 𝑡 _ + 𝑉ሶ
𝑉ሶ = 𝑍𝑅ሶ 𝐼 ሶ
𝑣 𝑡 = 𝑅𝑖(𝑡)
𝑍𝑅ሶ = 𝑅
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.2 ELEMENTOS DE CIRCUITOS NO DOMÍNIO FASORIAL
B. Indutor
𝑖 𝑡 L 𝐼ሶ 𝑍𝐿ሶ

+ 𝑣 𝑡 _ _
+ 𝑉ሶ
𝑑𝑖(𝑡) 𝑉ሶ = 𝑍𝐿ሶ 𝐼 ሶ
𝑣 𝑡 =𝐿
𝑑𝑡 𝑍𝐿ሶ = 𝑗𝜔𝐿
C. Capacitor
𝑖 𝑡 C 𝐼ሶ 𝑍𝐶ሶ

_ _
+ 𝑣 𝑡 + 𝑉ሶ
𝑉ሶ = 𝑍𝐶ሶ 𝐼 ሶ
1 1
𝑣 𝑡 = න 𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 ሶ
𝑍𝐶 = 21
𝐶 𝑗𝜔𝐶
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.3 IMPEDÂNCIA

• A impedância, representada pela letra 𝑍,ሶ fornece a relação entre a tensão e a


corrente em um elemento de circuito no domínio fasorial.
𝑉ሶ
𝑍ሶ = [Ω]
ሶ𝐼

• A impedância é um numero complexo que possui módulo e ângulo:


𝑍ሶ = |𝑍|/𝜙

ou, alternativamente, partes real e imaginária:

𝑍ሶ = 𝑅 + 𝑗𝑋
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.3 IMPEDÂNCIA (cont.)

• A parte real da impedância é denominada resistência:


𝑅 = 𝑅𝑒{𝑍}ሶ
• A parte imaginária da impedância é denominada reatância:
𝑋 = 𝐼𝑚{𝑍}ሶ

Resistor Indutor Capacitor


1
Impedância 𝑅 𝑗𝜔𝐿 𝑗𝜔𝐶

Resistência 𝑅 0 0
1

Reatância 0 𝜔𝐿 𝜔𝐶
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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.4 ADMITÂNCIA

• O inverso da impedância é denominado admitância:


1
𝑌ሶ = = 𝐺 + 𝑗𝐵 [𝑆]
𝑍ሶ

• A parte real da admitância é denominada condutância



𝐺 = 𝑅𝑒{𝑌}
• A parte imaginária da admitância é denominada susceptância

𝐵 = 𝐼𝑚{𝑌}

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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.4 ADMITÂNCIA (cont.)

Resistor Indutor Capacitor


1
Admitância 1/𝑅 𝑗𝜔𝐶
𝑗𝜔𝐿
Condutância 1/𝑅 0 0
1
Susceptância 0 − 𝜔𝐶
𝜔𝐿

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2. ANÁLISE EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL


2.5 MÉTODO DE SOLUÇÃO

A solução de circuitos CA utilizando a transformação fasorial segue os seguintes


passos:
1. Escrevem-se a tensão e a corrente aplicada no circuito analisado na forma de
fasores;
2. Transformam-se os elementos de circuitos em seus equivalentes fasoriais;
3. Aplicam-se os métodos de solução e teoremas de circuitos (leis de
Kirchhoff, método das malhas, método dos nós, transformação de fontes,
teorema de Thévenin, teorema de Norton, teorema da superposição etc.) para
determinar as grandezas de interesse no circuito;
4. Aplica-se a transformação fasorial inversa para calcular tensão e corrente
nos pontos de interesse no domínio do tempo.
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3. POTÊNCIA EM CIRCUITOS DE TENSÃO ALTERNADA


3.1 POTÊNCIA INSTANTÂNEA
Em circuitos de tensão alternada, tensão e corrente variam continuamente com o
tempo. Com isso, a potência em cada elemento também é variável. Essa potência
recebe o nome de potência instantânea, sendo definida como
𝑝 𝑡 =𝑣 𝑡 𝑖 𝑡 [𝑊]

3.2 POTÊNCIA MÉDIA


Define-se a potência média em um circuito de corrente alternada como
1 𝑡+𝑇
𝑃 = න 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 [𝑊]
𝑇 𝑡
onde T é o período de oscilação de 𝑝 𝑡 .

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3.3 POTÊNCIA EM CIRCUITO RLC GENÉRICO


Em um circuito RLC genérico alimentado por uma fonte de tensão 𝑣 𝑡 =
𝑉𝑚 cos(𝜔𝑡), é possível escrever:

+ 𝑣 𝑡 = 𝑉𝑚 cos(𝜔𝑡) 𝑉𝑚 𝑉𝑚
v(t) ~ i(t) RLC 𝐼𝑚 = =
_ 𝑖 𝑡 = 𝐼𝑚 cos(𝜔𝑡 − 𝜙) |𝑍|ሶ 𝑍

A potência instantânea é dada por


𝑝 𝑡 = 𝑣 𝑡 𝑖 𝑡 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 cos 𝜔𝑡 cos 𝜔𝑡 − 𝜙

que pode ser escrita como


𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑝 𝑡 = cos 2𝜔𝑡 − 𝜙 + cos(𝜙)
2
𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑝 𝑡 = cos 𝜙 [1 + cos 2𝜔𝑡 ] + sen 𝜙 sen 2𝜔𝑡
2 28
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3.3 POTÊNCIA EM CIRCUITO RLC GENÉRICO (cont.)


Tem-se então uma expressão geral para a potência instantânea:

𝑉𝑚 𝐼𝑚 𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑝 𝑡 = cos 𝜙 [1 + cos 2𝜔𝑡 ] + sen 𝜙 sen 2𝜔𝑡
2 2

𝑃 𝑄
𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑃= cos 𝜙 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 cos 𝜙
2
𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑄= sin 𝜙 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 sin 𝜙
2

• P é denominada potência média ou ativa, com unidade [W];


• Q é denominada potência reativa, com unidade [VAr].
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3.4 POTÊNCIA APARENTE


As expressões gerais para P e Q permitem uma interpretação geométrica
conhecida como triângulo de potências:

𝑆 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆
𝑄 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 sin 𝜙
𝜙

𝑃 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 cos 𝜙


A resultante desse triângulo é denominada potência aparente, sendo representada
pela letra maiúscula S, com unidade volt-ampère (VA).

𝑆 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 [𝑉𝐴]


Na prática, S pode ser interpretada como “a leitura do voltímetro multiplicada
pela leitura do amperímetro”. Seu conhecimento fornece o máximo valor de
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potência (ativa ou reativa) associado ao um circuito.
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3.5 FATOR DE POTÊNCIA


O ângulo do triângulo de potências fornece a diferença de fase entre a tensão e a
corrente, isto é

𝜙 = 𝜃𝑉 − 𝜃𝐼

onde 𝜃𝑉 é o ângulo de fase da tensão e 𝜃𝐼 é o ângulo de fase da corrente. Esse


ângulo também fornece uma indicação da proporção entre P e Q em um circuito.
Define-se o fator de potência (FP) como o cosseno de 𝜙, isto é
𝐹𝑃 = cos(𝜙)

O fator de potência varia entre 0 e 1, podendo ser adiantado (circuito capacitivo


em que a corrente está adiantada em relação à tensão) ou atrasado (circuito
indutivo em que a corrente está atrasada em relação à tensão).
É interessante que o FP esteja o mais próximo possível de 1, pois assim S  P.
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3.6 POTÊNCIA COMPLEXA


É possível representar o triângulo de potências de forma matemática utilizando a
notação de números complexos. Nesse caso, define-se uma potência resultante,
denominada potência complexa, que representa de forma compacta a relação
entre as potências em um circuito de corrente alternada:

𝑆ሶ = 𝑃 + 𝑗𝑄 = 𝑆/ 𝜙 [𝑉𝐴]

onde: 𝑆
𝑄
• P: potência ativa [W]
𝜙
• Q: potência reativa [Var];
𝑃
• S: potência aparente;
• 𝜙: ângulo do fator de potência.

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3.6 POTÊNCIA COMPLEXA (cont.)


Pode-se calcular a potência complexa diretamente a partir dos fasores tensão e
corrente. Para isso, parte-se da relação:

𝑆ሶ = 𝑃 + 𝑗𝑄 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 cos 𝜙 + 𝑗𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 sen(𝜙)

= 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 cos 𝜙 + 𝑗𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 sen(𝜙)

= 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 [cos 𝜙 + 𝑗sen 𝜙 ]

= 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 𝑒 𝑗𝜙 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 𝑒 𝑗(𝜃𝑉 −𝜃𝐼)

= 𝑉𝑅𝑀𝑆 𝑒 𝑗𝜃𝑉 𝐼𝑅𝑀𝑆 𝑒 −𝑗𝜃𝐼

∗ሶ
𝑉ሶ𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆
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3.6 POTÊNCIA COMPLEXA (cont.)


Obtêm-se, assim, as seguintes expressões equivalentes:

Representação em função ∗ሶ ሶ |𝑉ሶ 𝑅𝑀𝑆 |2


dos valores eficazes: 𝑆ሶ = 𝑉ሶ𝑅𝑀𝑆 𝐼𝑅𝑀𝑆 𝑆ሶ = 𝑆ሶ = 𝑍|ሶ 𝐼𝑅𝑀𝑆
ሶ |2
𝑍ሶ ∗

Representação em função
𝑉ሶ 𝐼 ∗ሶ |𝑉|ሶ 2 𝑍|ሶ 𝐼|ሶ 2
dos valores máximos: 𝑆ሶ = 𝑆ሶ = 𝑆ሶ =
2 2𝑍ሶ ∗ 2

As expressões acima permitem determinar P, Q e S associadas a qualquer


elemento em um circuito de corrente alternada considerando a convenção de
potência passiva, isto é, corrente entrando no terminal positivo da tensão no
elemento.
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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.1 SISTEMA PU
• A análise de sistemas elétricos de potência pode ser feita utilizando unidades
básicas como o volt (V), o ampère (A) e as unidades de potência, como o
volt-ampère (VA), o volt-ampère reativo (VAr) e o watts (W).
• Contudo, é usual a utilização de uma notação alternativa, conhecida como
sistema por unidade, ou pu:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑝𝑢 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑠𝑒
• Em alguns casos, especialmente na representação de transformadores,
também é utilizada a notação percentual (%):
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 % = × 100
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑠𝑒
35
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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.2 PRINCIPAIS VANTAGENS DO SISTEMA PU
1. Facilidade na comparação de valores;
2. Simplificação na representação de transformadores de potência;
3. Definição de valores típicos para equipamentos;

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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.3 FORMULÁRIO PARA CIRCUITOS MONOFÁSICOS
• A representação de circuitos monofásicos em pu requer a definição de quatro
valores base: potência, tensão, corrente e impedância.
• Na prática, basta escolher dois valores base e obter os demais a partir de
relações conhecidas.
• Usualmente é feita a escolha dos valores de potência base (𝑆𝑏 ) e de tensão
base (𝑉𝑏 ) como bases primárias.

Grandezas Par de bases primárias


base #1 #2 #3
Potência 𝑆𝑏 [VA] 𝑆𝑏 [MVA] 𝑀𝑉𝐴𝑏
Tensão 𝑉𝑏 [V] 𝑉𝑏 [kV] 𝑘𝑉𝑏

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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.3 FORMULÁRIO PARA CIRCUITOS MONOFÁSICOS (cont.)
• A partir das bases primárias, obtêm-se a impedância base (𝑍𝑏 ) e a corrente
base (𝐼𝑏 ) utilizando as seguintes expressões:

𝑆𝑏 𝑀𝑉𝐴𝑏
𝐼𝑏 = 𝑘𝐼𝑏 =
𝑉𝑏 𝑘𝑉𝑏

𝑉𝑏2 𝑘𝑉𝑏2
𝑍𝑏 = 𝑍𝑏 =
𝑆𝑏 𝑀𝑉𝐴𝑏

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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.4 MUDANÇA DE BASE
• Muitas vezes é necessário expressar uma impedância em pu utilizando um par
de bases primárias (𝑆𝑏𝑛 , 𝑉𝑏𝑛 ) distinto daquele em que a grandeza está
originalmente expressa (𝑆𝑏𝑣 , 𝑉𝑏𝑣 ), onde os sub-índices n e v significam novo
e velho, respectivamente.
• Esta operação é conhecida como mudança de base.
𝑍𝑏𝑣
𝑍[Ω] = 𝑍[Ω] 𝑍𝑛,𝑝𝑢 ∙ 𝑍𝑏𝑛 = 𝑍𝑣,𝑝𝑢 ∙ 𝑍𝑏𝑣 𝑍𝑛,𝑝𝑢 = 𝑍𝑣,𝑝𝑢 ∙
𝑍𝑏𝑛

2 Τ 2
𝑉𝑏𝑣 𝑆𝑏𝑣 𝑉𝑏𝑣 𝑆𝑏𝑛
𝑍𝑛,𝑝𝑢 = 𝑍𝑣,𝑝𝑢 ∙ 2 𝑍𝑛,𝑝𝑢 = 𝑍𝑣,𝑝𝑢 ∙
𝑉𝑏𝑛 Τ𝑆𝑏𝑛 𝑉𝑏𝑛 𝑆𝑏𝑣
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Introdução à Análise de SEP

4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.5 EXEMPLOS
(1) O circuito abaixo opera na frequência nominal de 60 Hz. Considerando bases
primárias de 1000 VA e 100 V, (a) determine a corrente que circula da fonte 1
para a fonte 2; (b) determine a potência ativa gerada ou consumida pelas duas
fontes.

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EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

Bases Primárias Bases Secundárias


𝑆𝑏
𝐼𝑏 = = 10 A
𝑆𝑏 = 1000 VA 𝑉𝑏
𝑉𝑏 = 100 V 𝑉𝑏2
𝑍𝑏 = =10 
𝑆𝑏

Representação em pu:

41
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EXEMPLO 1 – SOLUÇÃO (cont.)

(a) Determine a corrente I

Corrente no SI

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EXEMPLO 1 – SOLUÇÃO (cont.)

(b) Potência ativa fornecida ou absorvida pelos geradores

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4. REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS EM PU
4.5 EXEMPLOS
(2) A figura abaixo mostra o diagrama unifilar de um sistema de potência
monofásico formado por um gerador, uma linha de transmissão e um motor. Os
dados dos equipamentos são fornecidos na tabela. As tensões internas do gerador
e do motor correspondem a 1,1 pu em suas respectivas bases, estando em fase.
Determine a corrente resultante utilizando bases primárias de 300 kVA e 7,97 kV.

Equipamento Tensão Nominal Potência Nominal Reatância


Gerador 7,97 kV 300 kVA 0,15 pu
Linha de transmissão 7,97 kV - 20 
Motor 7,62 kV 300 kVA 0,20 pu 44
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EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO

Bases Primárias Bases Secundárias


𝑆𝑏
𝐼𝑏 = = 37,6411 A
𝑆𝑏 = 300 kVA 𝑉𝑏
𝑉𝑏 = 7,97 kV 𝑉𝑏2
𝑍𝑏 = =211,73633 
𝑆𝑏

Todas as reatâncias devem ser expressas em uma mesma base:


• Gerador: 0,15 pu (já está na base correta)
• Linha de transmissão: 20  (em SI)
𝑋𝐿𝑇 20
𝑋𝐿𝑇,𝑝𝑢 = =
𝑍𝑏 211,73633
𝑋𝐿𝑇,𝑝𝑢 = 0,09446 pu
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EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO
• Motor: 0,2 pu (7,62 kV, 300 kVA):
2 2
𝑉𝑏,𝑣 𝑆𝑏,𝑛 7,62 300
𝑋𝑀,𝑝𝑢 = 𝑋𝑀,𝑝𝑢𝑣 = 0,2
𝑉𝑏,𝑛 𝑆𝑏,𝑣 7,97 300
𝑋𝑀,𝑝𝑢 = 0,18282 pu

• Tensão interna do gerador (1,1 pu, já na base correta).


• Tensão interna do motor (1,1 pu, bases do motor). Logo:
7,62
𝐸ሶ 𝑀,𝑝𝑢 = 1,1 × = 1,05169 pu (bases do problema)
7,97

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EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO
Diagrama de reatâncias em pu:

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5. LEITURA RECOMENDADA
• Redes Elétricas no Domínio da Frequência: Técnicas de Análise, Modelos de Componentes,
Técnicas Computacionais, Clever Pereira, 1a edição, Artliber Editora, São Paulo, 2015,
Capítulo 1.
• Circuitos Elétricos, J. W. Nilsson, S. A. Riedel, Pearson/Prentice Hall, 8ª Edição, 2015,
Capítulos 9 e 10.

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