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Circuitos

Elétricos
Aprenda quais os
componentes de um
circuito elétrico e como
fazer a análise deles.
O bom aluno Disciplina como a
1 chave do sucesso
do curso à É importante manter horários
distância para os estudos, e uma boa
revisão dos conteúdos.

A forma como você organiza o


seu estudo diz muito sobre como
seu conhecimento vai ser
adquirido. Por isso é possível
traçar formas importantes para
seu conhecimento. Abaixo
listamos algumas dicas.
Acompanhe!

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2 Organização como consequência
da disciplina
3 Não se deixe levar pela facilidade
da internet
Uma boa organização consiste em atenção aos Quando o aluno não consegue se desconectar
prazos de trabalhos e testes, anote se for da internet e muito mais fácil dar aquela
necessário. É importante que seu ambiente de espiada nas redes sociais enquanto estuda.
estudo seja adequado, organizado, com importante saber que você só adquire
materiais acessíveis e sem distrações. aprendizado com foco e dedicação.

4 Utilizar tudo o que lhe é fornecido


e ir além
5 Crie mecanismos de motivação
Nem todos os dias você estará tão motivado, por
Aproveite para utilizar os materiais completos isso, é necessário criar estratégias e mecanismos
disponibilizados. E, se possível, pesquise novas para estimular o seu ânimo.Utilize a sua
formas de conhecimento. criatividade. Você pode mesclar conteúdos mais
fáceis com os mais difíceis, misturar o estudo de
uma disciplina mais teórica com outra mais
prática, por exemplo.
Sumário
Circuitos Elétricos | Sumário
Sumário
1. Introdução 4. Teoremas dos Circuitos:
❖ O que é? ❖ Teorema da Superposição de Efeitos
❖ Para que serve? ❖ Teorema de Thevenin
❖ Componentes de Circuitos; ❖ Teorema de Norton
❖ Simbologia dos componentes; ❖ Teorema da máxima transferência de
potência
2. Leis Fundamentais:
5. Outras técnicas de análise do circuito:
❖ Conceitos importantes
❖ Leis de Kirchhoff
❖ Divisores de Tensão
3. Métodos de análise do circuito: ❖ Divisores de Corrente
❖ Super Nós
❖ Análise Nodal ❖ Super Malhas
❖ Análise de Malhas
❖ Transformações

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Circuitos elétricos | Sumário
Sumário

6. Circuitos de Corrente Alternada: 8. Circuito Transitório:


❖ Funções senoidais, números complexos e
❖ Circuito de 1ª ordem
fasores ❖ Circuito de 2ª ordem
❖ Impedância e admitância complexa
❖ Potências em circuitos de corrente alternada
❖ Correção do fator de potência

7. Circuitos trifásicos:
❖ Circuitos trifásicos equilibrados
❖ Sistema de tensões trifásicas
❖ Potência em sistemas trifásicos

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1 Introdução
Circuitos Elétricos | Introdução
O que é circuitos elétricos
O circuito elétrico pode ser definido como um ou
mais caminhos fechados em que uma corrente elétrica
percorre. Para a corrente elétrica percorrer este circuito é
necessário que exista uma diferença de potencial elétrico
que é produzida por uma fonte de tensão.

Os circuitos elétricos podem produzir diversos


elementos que podem ser utilizados de várias maneiras.
Como a produção de calor, o armazenamento de cargas
elétricas e a interrupção da passagem de corrente em
um determinado ponto.

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Circuitos Elétricos | Introdução
Para que serve o circuito elétrico
Os circuitos são utilizados para conectar equipamentos
eletroeletrônicos de acordo com suas especificações de operação,
referentes à tensão e corrente de operação suportadas pelo
equipamento. Além disso, são utilizados para distribuir energia
elétrica em residências e indústrias, conectando diversos
equipamentos elétricos através de fios, conectores e tomadas.

Dependendo de seus componentes básicos, um circuito


pode executar uma variedade de funções: remover picos de
corrente, que podem ser prejudiciais para alguns dispositivos mais
sensíveis; aumentar ou diminuir a tensão elétrica de entrada;
converter CA em CC; aquecer algo e assim por diante.

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Circuitos Elétricos | Introdução
Componentes do Circuito
Um circuito elétrico pode conter diversos componentes, cada componente possui uma função para
o objetivo esperado. Alguns dos principais componentes são:

● Geradores: Converter várias formas de energia em eletricidade. A principal função de um gerador é


criar uma diferença de potencial entre os terminais de um circuito, fazendo com que a corrente flua.
Baterias, pilhas e tomadas são alguns dos exemplos de geradores.

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Circuitos Elétricos | Introdução
Componentes do Circuito
● Resistores: Os resistores são dispositivos elétricos com alta resistência, ou seja, eles se opõem
fortemente à passagem da corrente. Quando a corrente passa por esses elementos, eles produzem
uma queda no potencial do circuito, dissipando energia, esse fenômeno é conhecido como Efeito
Joule. Quanto maior é a resistência elétrica do resistor, menor é a corrente elétrica a atravessá-lo.
Alguns exemplos de resistores são: panelas elétricas, ferros de passar e chuveiros

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Circuitos Elétricos | Introdução
Componentes do Circuito
● Capacitores: Armazenam carga quando submetido a uma
diferença de potencial. Eles são usados na maioria dos
circuitos elétricos, tanto para armazenar carga quanto para
estabilizar o fluxo de elétrons no circuito. Esses dispositivos
são capazes de reter grandes quantidades de carga e
liberá-las rapidamente quando necessário. Por isso, são
muito utilizados em circuitos que exigem altas correntes
para funcionar corretamente. Além de seu uso primário, os
capacitores também podem ser usados para amortecer as
mudanças na corrente em um circuito, pois esses
dispositivos só permitem a entrada de corrente no circuito
quando totalmente carregados.

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Circuitos Elétricos | Introdução
Componentes do Circuito
● Receptores: são dispositivos que ● Fusível: são dispositivos de segurança que
transformam energia elétrica em um circuito interrompem a passagem de corrente elétrica
em outras formas de energia, O que nos circuitos caso exceda uma margem de
diferencia um receptor de um resistor é que segurança. Os mais comuns são produzidos
este último transforma energia elétrica com uma liga metálica de baixo ponto de
exclusivamente em calor. Exemplos de fusão. Quando atravessadas por grandes
receptores são televisores, computadores, correntes elétricas, essas ligas metálicas
lâmpadas e alto-falantes. derretem, interrompendo o circuito.

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Circuitos Elétricos | Introdução
Simbologia dos componentes

Gerador Resistor

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Circuitos Elétricos | Introdução
Simbologia dos componentes

Receptor
Capacitor

Fusível

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2 Leis
Fundamentais
Circuitos Elétricos | Leis Fundamentais
Conceitos importantes
Para aprender a usar as leis de Kirchoff, é importante
entendermos o que são os nós, os ramos e as malhas nos
circuitos elétricos .

● Nós: são os pontos do circuito onde a corrente se


divide ou seu une.
● Ramos: são os trechos do circuito que se encontram
entre dois nós consecutivos. Ao longo de um ramo, a
corrente elétrica é sempre constante.
● Malhas: são caminhos fechados em que iniciamos
em um nó e voltamos ao mesmo nó. Em uma malha,
a soma dos potenciais elétricos é sempre igual a
zero.
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Circuitos Elétricos | Leis Fundamentais
Leis de Kirchhoff
As Leis de Kirchhoff são utilizadas para encontrar as intensidades das correntes em circuitos elétricos que
não podem ser reduzidos a circuitos simples.

Constituídas por um conjunto de regras, elas foram concebidas em 1845 pelo físico alemão Gustav
Robert Kirchhoff (1824-1887), quando ele era estudante na Universidade de Königsberg.

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Circuitos Elétricos | Leis Fundamentais
Leis de Kirchhoff
Primeira Lei de Kirchhoff: lei dos nós (lei das
correntes): a soma de todas as correntes que chegam a
um nó do circuito deve ser igual à soma de todas as
correntes que deixam esse mesmo nó. Essa lei é uma
consequência do princípio de conservação da carga
elétrica. Segundo ele, independentemente de qual seja o
fenômeno, a carga elétrica inicial será sempre igual à
carga elétrica final do processo.

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Circuitos Elétricos | Leis Fundamentais
Leis de Kirchhoff
Quando observamos o seguinte exemplo temos que o Nó abaixo está recebendo a corrente I1 e I2 e a
corrente I3 e I4 estão “saindo” do nó.

Portanto, temos que I1+I2-I3-I4=0, logo I1+I2= I3+I4

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Leis de Kirchhoff
Segunda Lei de Kirchhoff: lei das malhas (lei
das tensões): a soma dos potenciais elétricos ao longo
de uma malha fechada deve ser igual a zero. Tal lei
decorre do princípio de conservação da energia, que
implica que toda energia fornecida à malha de um circuito
é consumida pelos próprios elementos presentes nessa
malha.

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Circuitos Elétricos | Leis Fundamentais
Leis de Kirchhoff
Para realizar o seguinte exemplo é necessário primeiro definir o sentido da malha. Depois observar que
a soma das tensões na malha é igual a 0.

Portanto, temos que 3V+6V+4V+7V-20V=0

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3 Métodos de
Análise do
Circuito
Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise Nodal
A análise nodal, ou conhecida às vezes como tensão de
análise de um nó, é um método para determinar a tensão, ou
diferença de potencial, entre "nós" em um circuito elétrico.Na
análise de um circuito, usando Lei de Kirchhoff, pode-se fazer
análise nodal (usando a lei de Kirchhoff das correntes (LKC),
ou método dos nós).

Na análise Nodal escreve-se uma equação em cada nó,


exigindo que o nó tenha uma soma de correntes igual a zero.
Como consequência, cada ramo da relação deve produzir uma
função da tensão, representada pela admitância.

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise Nodal
Passo a Passo:

● Observe todos os segmentos do circuito. Os nós da análise nodal são, geralmente, onde os fios
se encontram.
● Selecione um nó como o terra, cuja tensão é zero. A escolha não afeta o resultado e é apenas
uma questão de convenção. Escolher o nó com a maioria das conexões pode simplificar a
análise. Para um circuito de N nós o número de equações nodais é N-1.
● Atribuir uma variável para cada nó cuja tensão é desconhecida. Se a tensão já é conhecida, não
é necessário atribuir uma variável.
● Para cada tensão desconhecida, forma uma equação baseada na lei atual de Kirchhoff, ou
método dos nós. Basicamente, deve-se juntar todas as correntes que saem do nó e marcar a
soma igual a zero. Encontrar a corrente entre dois nós é nada mais do que "o nó com o maior
potencial, menos o nó com o menor potencial, dividida pela resistência ou, de forma mais geral,
impedância entre os dois nós."
● Resolver o sistema de equações lineares para cada tensão desconhecida.

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise Nodal

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise Nodal
Ao aplicar LKC no nó 1 e 2, respectivamente, temos:

Para expressar as correntes desconhecidas (i3, i4 e i5) em termos de tensões nodais, aplica-se a
lei de Ohm. Como nos resistores a corrente flui de um potencial mais elevado para um mais baixo,
podemos expressar isso como:

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise Nodal
Substituindo nas equações de LKC, temos:

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise de Malhas:
A análise de malhas (algumas vezes chamada
como método de correntes de malha), é uma técnica
usada para determinar a tensão ou a corrente de
qualquer elemento de um circuito plano.
Uma análise de malhas é um processo usado
para avaliar o desempenho e a estabilidade de um
sistema elétrico. Ela é realizada através da
representação matemática da rede elétrica, dividida
em sub-redes conhecidas como malhas.
Cada malha é representada por uma equação
de Kirchhoff, que descreve a conservação da
corrente em um ponto da malha. A partir dessas
equações, é possível calcular as correntes e tensões
em cada ponto da malha, permitindo avaliar a
estabilidade do sistema e identificar pontos críticos
que possam precisar de intervenção.

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito

Análise de Malhas:
A realização de uma análise de malhas pode ser dividida em alguns passos gerais:

● Desenhar o diagrama físico da rede elétrica: Isso inclui desenhar todos os componentes e suas conexões,
incluindo fontes de tensão e corrente, resistores, indutores e capacitores.
● Identificar as malhas: Uma malha é um caminho fechado pelo qual a corrente pode fluir. Identificar as
malhas é importante para determinar as equações de Kirchhoff.
● Identificar as correntes: determinar para que lado cada corrente flui e quais as tensões.
● Aplicar as equações de Kirchhoff: Aplique essas equações para cada malha identificada anteriormente.
● Resolver as equações: As equações de Kirchhoff podem ser resolvidas através do uso de métodos
numéricos, como o método de Gauss-Seidel ou o método de Newton-Raphson, ou através de técnicas
analíticas, como o método de superposição de fontes.
● Interpretar os resultados: Após resolver as equações, os resultados podem ser interpretados para avaliar o
desempenho e a estabilidade do sistema elétrico. Isso pode incluir a verificação de correntes e tensões, a
identificação de pontos críticos e a análise de estabilidade.

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise de Malhas:

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Análise de Malhas:
Aplicando a LKT na malha 1, adotando que a corrente percorre do sentido positivo para o negativo,
obtemos:

Realizando o mesmo procedimento na malha 2, obtemos:

Obtendo estas equações é possível encontrar os valores de I1 e I2

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Transformações:
As transformações de fontes são úteis para a análise de circuitos elétricos, pois permitem modificar as
características de uma fonte para adaptá-la às necessidades de um circuito. Algumas das principais
transformações de fontes utilizadas na análise de circuitos incluem:
● Transformação de Norton: A transformação de Norton permite representar uma fonte de corrente
como uma fonte de tensão equivalente. Isso é útil para simplificar a análise de circuitos complexos,
pois permite resolver o circuito como se fosse uma série de fontes de tensão.
● Transformação de Thévenin: A transformação de Thevenin permite representar uma fonte de tensão
como uma fonte de corrente equivalente. Isso é útil para simplificar a análise de circuitos complexos,
pois permite resolver o circuito como se fosse uma série de fontes de corrente.
● Transformação de superposição: A transformação de superposição permite decompor um circuito
complexo em vários circuitos simples, cada um contendo uma fonte de excitação diferente. Isso é útil
para analisar os efeitos de cada fonte de excitação individualmente.
● Transformação de source transformation: A transformação de source transformation consiste em
trocar uma fonte de corrente por uma fonte de tensão ou vice-versa. Isso pode ser útil para simplificar
a análise de um circuito, para identificar as fontes internas de um circuito ou para adicionar ou
remover fontes de um circuito.

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Circuitos Elétricos | Métodos de Análise do Circuito
Transformações:
Transformação de fonte de corrente em fonte de tensão: Para transformar uma fonte de corrente em uma
fonte de tensão, é necessário adicionar uma resistência em série com a fonte de corrente. Essa resistência é
conhecida como resistência interna da fonte. A tensão na fonte de corrente será igual à corrente da fonte
multiplicada pela resistência interna.
Transformação de fonte de tensão em fonte de corrente: Para transformar uma fonte de tensão em uma
fonte de corrente, é necessário adicionar uma resistência em paralelo com a fonte de tensão. Essa resistência é
conhecida como resistência interna da fonte. A corrente na fonte de tensão será igual à tensão da fonte dividida
pela resistência interna.
É importante notar que essas transformações podem ser realizadas apenas em fontes ideias, ou seja,
fontes que possuem uma resistência interna nula ou infinita.

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4 Teoremas
Circuitos Elétricos | Teoremas
Teorema da superposição de efeitos:
O Teorema da Superposição de Efeitos é uma ferramenta
utilizada na análise de circuitos elétricos. Ele afirma que a
corrente ou tensão total em qualquer ponto de um circuito
elétrico é igual à soma das correntes ou tensões causadas por
cada fonte de corrente ou tensão no circuito, considerando que
as demais fontes estão desligadas.

Ou seja, é possível analisar cada fonte de corrente ou


tensão individualmente, e depois somar os resultados para
obter o resultado total. Assim, é possível analisar circuitos
complexos, dividindo-os em sub-circuitos mais simples e, em
seguida, combinando os resultados para obter o resultado final.

É importante lembrar de desligar as fontes de corrente ou


tensão que não estão sendo analisadas em cada caso
individual.

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Circuitos Elétricos | Teoremas
Teorema da superposição de efeitos:
Passos para aplicação da superposição de efeitos

1. Desative todas as fontes independentes, exceto uma delas;


2. Encontre a tensão, ou corrente, em razão da fonte ativa usando a Lei de Ohm ou as Leis de
Kirchhoff e Análise de Malhas ou Análise Nodal;
3. Repita a etapa 1 para cada uma das demais fontes independentes restantes;
4. Determine a contribuição total somando algebricamente todas as contribuições em razão
das fontes independentes.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema de Thévenin
O Teorema de Thévenin é uma ferramenta utilizada na análise de circuitos elétricos que permite
simplificar o circuito e representá-lo como uma fonte de tensão e uma impedância de carga. Ele afirma
que qualquer circuito linear e bilateral pode ser simplificado a uma fonte de tensão de Thevenin e uma
impedância de carga vista a partir dos terminais de interesse.
Dessa forma, o circuito original pode ser representado por uma fonte de tensão de Thevenin e uma
impedância de carga vista a partir dos terminais de interesse. Isso facilita a análise do circuito e permite
calcular as correntes e tensões em diferentes pontos do circuito.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema de Thévenin
Para aplicar o Teorema de Thevenin, os seguintes passos são geralmente seguidos:
1. Remover a carga do circuito e anotar a tensão nos terminais de interesse.
2. Aplicar um curto-circuito nos terminais de interesse.
3. Remover todas as fontes de corrente independentes do circuito.
4. Calcular a impedância de carga vista nos terminais de interesse.
5. Aplicar uma fonte de tensão de Thevenin equivalente nos terminais de interesse. A tensão de
Thévenin é igual à tensão registrada no passo 1.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema de Norton
Após cerca de 43 anos da publicação do
teorema de Thévenin, E. L. Norton, um engenheiro
norte-americano propôs um teorema semelhante.
O Teorema de Norton é um princípio da
eletrocirurgia que afirma que a corrente elétrica em
um circuito é a soma das correntes elétricas em
cada ramo do circuito, e pode ser representado
matematicamente como a soma das correntes
elétricas em todos os ramos do circuito é igual a
zero.
O que significa que a corrente elétrica que
entra em um ponto de um circuito é igual à corrente
elétrica que sai desse ponto.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema de Norton
O passo a passo para aplicar o Teorema de Norton em um circuito é o seguinte:

1. Identifique todas as fontes de corrente elétrica no circuito, como baterias e geradores.


2. Desenhe um esquema do circuito e coloque as fontes de corrente elétrica em seus devidos
lugares.
3. Escolha um ponto de referência no circuito e chame-o de "nó".
4. Determine a corrente elétrica (I) que entra no nó escolhido.
5. Determine a corrente elétrica (I) que sai do nó escolhido.
6. Aplique a equação do Teorema de Norton: I entrada = I saída.

É importante lembrar que o Teorema de Norton é aplicado somente em circuitos lineares e estacionários.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema da máxima transferência de potência


O Teorema da Máxima Transferência de Potência é uma ferramenta utilizada na análise de circuitos
elétricos que fornece uma maneira de maximizar a potência transferida entre duas fontes de tensão e corrente.
Ele afirma que a potência transferida entre duas fontes é máxima quando a impedância de carga é igual à
conjugada complexa da impedância de fonte.

Ou seja, a impedância de carga e a impedância de fonte devem ser opostas em fase para que a potência
transferida seja máxima. Isso significa que a impedância de carga deve ser realizada para a impedância de fonte,
ou seja, a impedância de carga deve ser igual ao conjugado complexo da impedância de fonte.

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Circuitos Elétricos | Teoremas

Teorema da máxima transferência de potência


Um exemplo de aplicação do Teorema da Máxima Transferência de Potência pode ser visto em
um circuito de amplificador operacional. Imagine que temos uma fonte de tensão de 10V e uma carga
com resistência de 8Ω. A impedância de fonte é de 0Ω e a impedância de saída é de 8Ω.
Para maximizar a potência transferida, precisamos deixar a impedância de carga igual ao
conjugado complexo da impedância de fonte. Isso significa que a impedância de carga deve ser -8Ω.
Para alcançar isso, podemos conectar um amplificador operacional com um ganho de -1 antes
da carga. Isso vai inverter a fase da tensão de entrada, tornando a impedância de carga igual a -8Ω.
A potência transferida seria P = (10V)² / 8Ω = 12.5W, o que é o máximo possível para essas
condições.

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5 Outras Técnicas
de Análise do
Circuito
Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de tensão
Os divisores de tensão são dispositivos que
dividem uma tensão de entrada em duas ou mais
tensões de saída. Eles são geralmente utilizados para
medir a tensão em um circuito, reduzindo a tensão a
um nível seguro para instrumentos de medição ou
dispositivos de aquisição de dados.
Existem dois tipos principais de divisores de
tensão: divisores de tensão resistivos e divisores de
tensão de impedância. Divisores de tensão resistivos
são formados por resistores conectados em série ou
em paralelo, enquanto divisores de tensão de
impedância são formados por uma combinação de
resistores e indutores ou capacitores.

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de tensão
O primeiro passo para encontrar as
Para entender a regra do divisor de
tensões v1, v2 e v3 é definir a resistência
tensão, vamos determinar a tensão que atua equivalente em série, logo:
sobre cada um dos resistores da figura:

Usando a fórmula do divisor de tensão


para R1, temos:

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de tensão
Calculando as demais tensões, encontramos:

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de corrente:
Em circuitos em série há a regra do divisor
de tensão para determinar a tensão que passa por
cada um dos resistores do circuito. Em circuitos
paralelos temos o divisor de corrente.
No sistema em paralelo temos que a
corrente que atravessa um nó é dividida e passa a
percorrer os caminhos em que o nó está
conectado.
“Uma vez que o circuito possui resistores em
paralelo e a corrente se divide ao passar pelo nó
que conecta eles, é preciso lembrar que a corrente
sempre busca o caminho de menor resistência.”

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de corrente:
Apenas observando a figura sabemos que a
Para entender a regra do divisor de
maior porção da corrente irá percorrer o resistor
corrente, vamos determinar a corrente que
R1 por ele ter a menor resistência do circuito.
percorre cada um dos resistores
Note também que o gerador de tensão não está
representado no circuito, isso porque não é
necessário conhecer o seu valor para definir a
corrente sobre os resistores.
Assim, o primeiro passo para encontrar
as correntes i1, i2 e i3 é determinar a
resistência equivalente em paralelo, logo:

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Divisores de corrente:
Usando a fórmula do divisor de corrente para
R1, temos:

Conforme esperado, R1 possui a maior fração da


corrente “i”. Calculando as demais correntes,
encontramos:

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Super Nó
Em alguns casos, quando há a presença de fonte de
tensão para realizar a análise nodal, é necessário utilizar a
técnica do super nó.
As etapas da análise nodal serão aplicadas normalmente,
mas o super nó é tratado de forma diferente. Isso porque eles
possuem as seguintes propriedades:

● A fonte de tensão dentro do super nó fornece uma equação


necessária para encontrar as tensões nodais;
● Um super nó não tem nenhuma tensão própria;
● Um super nó requer a aplicação tanto da LKC como da
LKT.

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Super Nó
Assim, ao aplicar a LKC ao nó obtemos:

Ao percorrer o laço no sentido horário, temos:


Para aplicar a LKT no super nó, o circuito é
redesenhado conforme mostrado na figura.

E em posse dessa e das demais


equações encontradas pela análise nodal,
pode-se determinar v1, v2 e v3.

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Circuitos Elétricos | Outras Técnicas de Análise do Circuito

Super Malha
Em alguns casos, quando há a presença de fonte de
corrente para realizar a análise de malhas, é necessário utilizar a
técnica da super malha.

Para aplicar a análise por supermalha, é necessário seguir


alguns passos:
1. Identificar as super malhas e suas fronteiras.
2. Escrever as equações de Kirchhoff para as correntes
de cada supermalha.
3. Resolver essas equações para determinar as
correntes de fronteira.
4. Usar as correntes de fronteira para determinar as
correntes e tensões em todo o circuito.

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6 Circuitos de
Corrente
Alternada
Circuitos Elétricos | Circuitos de Corrente Alternada

Funções senoidais, números complexos e fasores


Até agora, os circuitos estudados e analisados
eram do tipo corrente contínua (CC), ou seja, eram
excitados por fontes constantes ou que não possuíam
variação com o tempo. No entanto, também existem os
circuitos de corrente alternada CA, os quais são mais
eficientes e econômicos para transmissão por longas
distâncias.
Normalmente correntes senoidais são chamadas
de correntes alternadas (CA). O seu comportamento é
caracterizado por inverte-se em intervalos de tempo
regulares, o que gera, alternadamente, valores positivos
e negativos.

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Circuitos Elétricos | Circuitos de Corrente Alternada

Funções senoidais, números complexos e fasores


As senóides são amplamente usadas por algumas
razões:
● Elas são encontradas em variadas situações,
como: no movimento de um pêndulo e na
vibração de uma corda;
● O sinal é facilmente gerado e transmitido;
● Através da análise de Fourier, qualquer sinal
periódico prático pode ser representado por uma
soma de senóides, algo que apresenta um papel
importante na análise de sinais periódicos;
● Uma senóide é fácil de ser tratada
matematicamente.

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Circuitos Elétricos | Circuitos de Corrente Alternada

Funções senoidais, números complexos e fasores


Quando tratamos de circuitos CA, é importante a Primeiramente, números complexos são
habilidade de manipular números complexos. considerados iguais se suas partes reais e
Os números reais são os números que já imaginárias forem iguais. Já o conjugado ou
complexo conjugado de um número complexo
estamos acostumados a lidar na matemática e na física,
é determinado trocando o sinal da parte
compostos por todos os números naturais; inteiros, imaginária, na forma retangular, ou usando o
racionais e irracionais. Já os números imaginários são negativo do ângulo, na forma polar.
representados através da unidade imaginária, que é
definida como:

É comum encontrar a parte imaginária dos


números representada tanto por i, como por j. Aqui
iremos representar por j, para não confundir com a
representação de corrente.

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Circuitos Elétricos | Circuitos de Corrente Alternada

Funções senoidais, números complexos e fasores


Em física e engenharia, um vetor de fase ou fasor, é uma representação de uma função senoidal cuja
amplitude, frequência angular e fase são invariantes no tempo.
Em resumo os fasores são números complexos, baseados na função exponencial, que são associados
às tensões e correntes senoidais, de forma a permitir cálculos matemáticos simplificados.
O conceito de fasor é fundamentado na identidade de Euler, que relaciona a função exponencial com a
função trigonométrica:

Determinamos as relações tensão-corrente para três elementos (resistor R, indutor L e capacitor C),
como:

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Funções senoidais, números complexos e fasores


Para obter a Lei de Ohm na forma fasorial, vamos começar escrevendo essas equações em razão da
tensão fasorial e a corrente fasorial:

Assim, concluímos que a Lei de Ohm para fasores é:

Em que Z é um valor que depende da frequência sendo chamado de impedância, cuja unidade é Ohms
(Ω).

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Impedância e Admitância Complexa


Nos circuitos com fontes CA, analisaremos o comportamento da entrada senoidal através de fasores.
Então, os componentes que compõem o circuito – resistores, capacitores e indutores – também precisarão
apresentar relações entre tensão e corrente elétrica descrita por números complexos. Estes são chamados de
impedância e admitância.
Impedância elétrica é a medida da capacidade de um determinado circuito, de resistir ao fluxo de uma
determinada corrente elétrica, quando aplicada tensão em seus terminais. Ou seja, é a forma de medir a
maneira como a eletricidade "percorre" cada elemento químico.

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Impedância e Admitância Complexa


A impedância elétrica tem em sua composição três grandezas elétricas muito importantes, são elas:
● Reatância: é uma oposição contra a passagem de correntes elétricas. É como se fosse uma
resistência, no entanto, para atuar desta maneira, ela se vale das frequências capacitiva e indutiva.
Elas podem variar, dependendo da carga elétrica.
● Reatâncias capacitivas e indutivas: vêm dos elementos de capacitância e de indução dos circuitos elétricos,
respectivamente. Isso quer dizer que quando um elemento do circuito se opõe à corrente elétrica, ao invés
de seu efeito ser a criação de energia através de calor (como ocorre nas resistências elétricas), a energia é
gasta formando um campo magnético (reatância indutiva) ou elétrico (reatância capacitiva).
● Resistência elétrica: acontece quando algum componente de circuito faz oposição à corrente elétrica. E esta
oposição, como mencionado acima, é gasta energia em forma de calor. É o chamado Efeito Joule. A energia
gasta para gerar o calor faz resistência.

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Impedância e Admitância Complexa


Em algumas situações é mais conveniente trabalhar com a admitância. A admitância é o inverso da
impedância e é medida em Siemens (S).
Sendo a impedância uma resistência complexa, e a condutância G o inverso da resistência, a
admitância é uma condutância complexa.
Ela é definida como:

Em resumo a impedância e admitância dos elementos passivos de circuitos são:

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


O valor mais importante em sistemas de energia elétrica, eletrônicos e de comunicação é a potência.
Isso porque envolve a transmissão de energia de um ponto a outro. Assim, todo equipamento elétrico, seja
ele de uso residencial ou industrial, tem uma potência nominal responsável por indicar a potência exigida
pelo equipamento. É importante dizer que ultrapassar a potência nominal pode causar danos permanentes a
um aparelho.
A potência instantânea p(t) absorvida por um componente é o produto da tensão instantânea v(t) no
componente e a corrente instantânea i(t) que passa por ele:

Para quantificar a potência instantânea de um circuito CA, iremos considerar um caso geral de uma
associação arbitrária de componentes de circuito sob excitação senoidal, em que a tensão e a corrente nos
terminais do circuito sejam:

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


Em que Vm e Im são as amplitudes (também chamadas de valores de pico) e θv e θi são,
respectivamente, os ângulos de fase da tensão e da corrente.
Logo, a potência instantânea absorvida pelo circuito é:

Para entender como a potência é absorvida, vamos aplicar a identidade trigonométrica:

Assim teremos a potência definida como:

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


Isso mostra que a potência instantânea é formada por
duas partes: uma parte constante (ou seja, independente do
tempo) em que seu valor depende da diferença de fase entre a
tensão e a corrente, e uma parte com uma função senoidal de
frequência 2ω, que é o dobro da frequência angular da tensão
ou da corrente.
Por variar com o tempo, a potência instantânea é difícil de
ser medida. Então, a potência média é mais conveniente de ser
utilizada.
Enquanto p(t) varia com o tempo, P não possui
dependência do tempo. Assim, para encontrar a potência
instantânea, devemos ter v(t) e i(t) no domínio do tempo. Já a
potência média pode ser encontrada quando a tensão e a
corrente estão expressas no domínio do tempo ou no domínio
da frequência.

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


Em circuitos é importante conhecer a Primeiramente, desenhamos o circuito
potência máxima que um determinado circuito pode
equivalente de Thévenin nos terminais da carga
alcançar. Um exemplo disso é
para obter ZTh e também VTh. Começando por
ZTh vamos redesenhar o circuito como:

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


Dessa forma temos que, Para determinar o VTh, vamos considerar o
circuito abaixo:

Para obtermos a impedância da carga que


absorve a potência máxima, basta pegar o
conjugado de ZTh:

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Potências em Circuitos de Corrente Alternada


Temos então que: Portanto, a potência média máxima é:

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Correção do fator de potência:


Em alguns casos as cargas domésticas e
industriais são indutivas e possuem o fator de
potência baixo, com atraso. Portanto é necessário
realizar esta correção no circuito.
A correção do fator de potência consiste no
processo de aumentar o fator de potência, sem
fazer uma alteração na tensão ou corrente da carga
original.
Uma carga indutiva é representada por um
modelo em que há uma associação em série entre
um indutor e um resistor.

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Correção do fator de potência:


Como a maioria das cargas é indutiva, o fator
Altas correntes resultam em maiores
de potência de uma carga é aumentado ao se
perdas de potência, isso porque ela é um fator
instalar um capacitor em paralelo com a carga.
ao quadrado já que P = I²LR. Então, é mais
O efeito do acréscimo do capacitor pode ser
interessante tanto para companhias elétricas,
visualizado com um diagrama de fasores das
quanto para os consumidores minimizar o nível
correntes.
da corrente ou manter o fator de potência o
mais próximo possível da unidade.
Por outra perspectiva, podemos ver a
correção do fator de potência considerando o
triângulo de potência

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Correção do fator de potência:


Como a maioria das cargas é indutiva, o fator
Altas correntes resultam em maiores
de potência de uma carga é aumentado ao se
perdas de potência, isso porque ela é um fator
instalar um capacitor em paralelo com a carga.
ao quadrado já que P = I²LR. Então, é mais
O efeito do acréscimo do capacitor pode ser
interessante tanto para companhias elétricas,
visualizado com um diagrama de fasores das
quanto para os consumidores minimizar o nível
correntes.
da corrente ou manter o fator de potência o
mais próximo possível da unidade.
Por outra perspectiva, podemos ver a
correção do fator de potência considerando o
triângulo de potência

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7 Circuitos
Trifásicos
Circuitos Elétricos | Circuitos Trifásicos

Circuitos Trifásicos Equilibrados


Circuitos ou sistemas nas quais as fontes em
corrente alternada operam na mesma frequência,
mas com fases diferentes são denominados
polifásicos. O circuito trifásico é um caso particular
dos circuitos polifásicos que, por razões técnicas e
econômicas, tornou-se padrão em geração,
transmissão e distribuição.
Um sistema trifásico é produzido em um
gerador. Os três enrolamentos são estáticos e têm o
mesmo número de espiras, enquanto o rotor do
gerador se movimenta. O campo magnético girante
do rotor é produzido a partir de uma fonte CC
independente, ou da retificação da própria tensão
obtida do gerador

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Circuitos Trifásicos Equilibrados


O sistema trifásico diz-se que é equilibrado
porque são idênticas entre si as amplitudes das 3
fases, assim como o desfasamento entre elas.
Quando tal não acontece, designa-se por sistema
trifásico desequilibrado .
Nesta configuração de enrolamentos do
gerador é como se houvesse três fontes de tensão
com mesma amplitude e frequência, mas defasadas
entre si de 120º elétricos. Usualmente as fases são
indicadas por uma sequência de letras, como “ABC”
ou “RST”.
Uma das características dos sistemas
trifásicos equilibrados é a soma das tensões das
fases ser nula em qualquer instante.

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Circuitos Trifásicos Equilibrados


As principais vantagens do sistema trifásico são:
● Um gerador trifásico aproveita melhor o espaço físico, resultando em um gerador de
tamanho reduzido e mais barato, comparado com os geradores monofásicos de igual
potência;
● A potência instantânea total em um sistema equilibrado é constante. Não muda com o
tempo à medida que a potência instantânea de cada fase muda;
● Um sistema monofásico precisa de dois condutores; e um sistema
trifásico(perfeitamente balanceado) precisa de três condutores, porém conduz três
vezes mais potência. Na prática, devido a pequenos desequilíbrios inevitáveis, os
sistemas trifásicos contam com um quarto condutor, o neutro;
● Os motores trifásicos são superiores aos motores monofásicos do empreendimento,
tamanho, fator de potência e capacidade de sobrecarga.
● Duas alternativas de distribuição: monofásico e trifásico, permitindo o fornecimento a
consumidores domiciliares e industriais;

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Sistema de Tensões Trifásicas


Representação temporal:
● Em que, ea (t), eb (t) e ec (t) são os valores
instantâneos das tensões trifásicas, E é o
valor eficaz das tensões e ω é a freqüência
angular;
● Ea Eb e Ec são os fasores das tensões
trifásicas;
● A tensão da fase a é a origem (ou
referência) das fases
Representação fasorial:

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Sistema de Tensões Trifásicas


Características do sistema de tensões trifásicas :
● Simétrico: Três tensões senoidais de mesma magnitude, defasadas entre si de 120º;
● Assimétrico: Sistema trifásico em que não atendem a pelo menos uma das condições acima;
● Linha (ou rede) trifásica equilibrada: Linha (ou rede) constituída por 3 ou 4 fios com: impedâncias
próprias iguais e impedâncias mútuas iguais;
● Linha (ou rede) trifásica desequilibrada: Linha (ou rede) trifásica em que não se verifica alguma das
condições de equilíbrio ;
● Carga trifásica equilibrada: Carga trifásica constituída por três impedâncias iguais ligadas em estrela
(Y) ou triângulo (Δ);
● Carga trifásica desequilibrada: Carga trifásica em estrela (Y) ou triângulo (Δ)em que não se verifica
pelo menos umas das condições de equilíbrio;

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Sistema de Tensões Trifásicas


Nos sistemas trifásicos podem ocorrer dois tipos de ligações, estrela (Υ) e triângulo (Δ). A tabela
abaixo mostra um resumo das opções para conexão das bobinas de geradores e as grandezas elétricas
envolvidas:

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Potência em Circuitos Trifásicos


A potência total em um sistema trifásico equilibrado é constante, ou seja, não muda com o tempo à
medida que a potência instantânea de cada fase muda.
Usando os valores de tensão e corrente de linha temos que:

Num sistema simétrico e equilibrado com carga equilibrada (qualquer que seja otipo de ligação) as
fórmulas de potência ativa, reativa e aparente são as mesmas. E o fator de potência de uma carga
trifásica equilibrada é o cosseno do ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente numa fase.

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8 Circuitos
Transitórios
Circuitos Elétricos | Circuitos Transitórios

Circuito de 1ª ordem
Para entender sobre os circuitos de primeira ordem é importante ter em mente alguns conceitos.
● Regime Transitório: Período de transição no circuito, em que correntes e tensões variam de seus
valores primitivos para outros novos valores.
● Regime permanente ou estado estacionário: Após o período transitório, o circuito assume uma
característica operacional estável. Solucionado com equações diferenciais
● Circuitos RL e RC: São conhecidos como circuitos de 1ª ordem. Recebem esse nome porque as
equações diferenciais resultantes da análise desses circuitos são de primeira ordem.
● Circuitos sem fontes: a energia está armazenada inicialmente no elemento capacitivo ou indutivo.
Essa energia é dissipada pelo elemento resistivo.Nesse caso teremos a resposta natural do circuito.
● Circuitos com fontes: o comportamento do circuito será influenciado pela existência de uma fonte
externa de excitação (fonte de tensão ou de corrente). Nesse caso teremos a resposta forçada.

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Circuitos Elétricos | Circuitos Transitórios

Circuito de 1ª ordem
Os circuitos transitórios de primeira ordem são aqueles que possuem uma única constante de tempo
(τ) e são caracterizados por respostas que decaem exponencialmente ao longo do tempo. Eles são
comuns em circuitos elétricos e são geralmente compostos de componentes passivos, como capacitores e
indutores. Exemplos de circuitos transitórios de primeira ordem incluem:
● Circuitos RC (resistor-capacitor), onde a corrente através do capacitor varia exponencialmente com
o tempo após uma mudança na tensão de entrada.
● Circuitos RL (resistor-inductor), onde a corrente através do indutor varia exponencialmente com o
tempo após uma mudança na tensão de entrada.

Esses circuitos podem ser analisados usando técnicas matemáticas, como a solução de equações
diferenciais e a análise de circuitos no tempo-domínio. A constante de tempo (τ) é determinada pela
capacitância ou indutância do circuito e a resistência associada. A constante de tempo pode ser usada
para determinar a resposta temporal do circuito, como a forma da onda de saída e o tempo de resposta.

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Circuito de 1ª ordem

Circuito RC Circuito RL

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Circuitos Elétricos | Circuitos Transitórios

Circuito de 2ª ordem
Os circuitos transitórios de segunda ordem são aqueles que possuem duas constantes de tempo (τ1
e τ2) e são caracterizados por respostas que possuem uma componente de decaimento exponencial e
uma componente de oscilação. Eles são comuns em circuitos elétricos e geralmente são compostos de
componentes passivos, como capacitores e indutores, e componentes ativos, como amplificadores
operacionais. Exemplos de circuitos transitórios de segunda ordem incluem:
● Circuitos RLC (resistor-inductor-capacitor), onde a corrente através do circuito varia
exponencialmente com o tempo após uma mudança na tensão de entrada e possui uma
componente de oscilação.
● Circuitos filtro, que possuem duas constantes de tempo que determinam a resposta temporal
do circuito, como a forma da onda de saída e o tempo de resposta.
Esses circuitos podem ser analisados usando técnicas matemáticas, como a solução de equações
diferenciais e a análise de circuitos no tempo-domínio, e as constantes de tempo (τ1 e τ2) são
determinadas pela capacitância, indutância e resistência associada. Essas constantes de tempo podem
ser usadas para caracterizar o circuito, como a frequência de ressonância e o tipo de filtro.

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Circuito de 2ª ordem

Circuito RLC Circuito Filtro

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reservados ao Realizzare Cursos (43.262.514/0001-28).

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