Aula 01 - Introduo Conceitos Bsicos Campo Magntico Fluxo e Induo

12/08/2019
Universidade Federal de Itajubá

ISEE – Instituto de Sistemas Elétricos e Energia
ELE 401 – CIRCUITOS MAGNÉTICOS

2º Semestre 2019
1. Introdução, Conceitos Básicos, Campo Magnético,

Fluxo Magnético, Indução Eletromagnética e
Lei de Lenz-Faraday
Prof. Gustavo Paiva Lopes
ELE 401 – Circuitos Magnéticos
Prof. Gustavo Paiva Lopes

Contato: 3622-3546, 3629-1893
gustavo@lat-efei.org.br
LAT-EFEI – Laboratório de Alta Tensão 2
1
12/08/2019
A) Metodologia
 Aulas expositivas teóricas, Sala de aula invertida (Plataforma Socrative)
 Aulas demonstrativas em laboratório.
 Resolução de exercícios utilizando software (ATPDraw).
 Resolução de exercícios em sala de aula.
 Lista de exercícios.
B) Bibliografia
 Introdução à Análise de Circuitos. Robert L. Boylestad. 12ª Edição.

Editora Pearson, 2012.
 Fundamentos de Circuitos Elétricos. Charles K. Alexander, Matthew N.

O. Sadiku. 5ª Edição. Editora Mc Graw Hill, 2013.
 Circuitos Elétricos. Mahmood Nahvi, Joseph A. Edminister. 5ª Edição.

Bookman Editora LTDA, 2014.
 Fundamentos de Máquinas Elétricas. Vicent Del Toro. Editora LTC, 1994.
 Electric Machinery. A. E. Fitzgerald, Charles Kingsley, Jr., Stephen D.

Umans. 6th Edition. Mc Graw Hill, 2003.
 Apostila EEL 402 – Eletrotécnica Geral II. Prof. Pedro Paulo, 2004.
 Notas de aula.
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C) Avaliações
 Exercícios em sala de aula → 20% da Nota 1 e 20% da Nota 2.
 1ª Prova no dia 24/9 (Itens 1 e 2) → 80% da Nota 1.
 2ª Prova no dia 3/12 (Itens 3 a 5) → 80% da Nota 2.
 Prova substitutiva dia 10/12.
 Presença em 75% da carga horária.
 Tolerância no horário de entrada: 15 min.
G) Tópicos Principais de ELE 401:
 Cronograma ELE 401 T1 - 2º Semestre 2019.

1. Conceitos Básicos
 Importância do Eletromagnetismo:
• O eletromagnetismo desempenha um papel importante em quase todos os

aparelhos e equipamentos elétricos utilizados atualmente, seja na
indústria, comércio, residências, laboratórios de pesquisa, etc.
• As máquinas elétricas utilizadas em sistemas elétricos de potência, tais

como transformadores, motores, geradores, disjuntores, transformadores
de medição, etc., empregam os efeitos eletromagnetismo através de
circuitos magnéticos.
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 O que é um circuito magnético?

 Um circuito magnético é aquele onde existe um caminho para o fluxo
magnético, de forma análoga ao circuito elétrico, que proporciona um
caminho para a corrente elétrica.
 Portanto, os circuitos estudados até o momento podem ser considerados
como de acoplamento condutivo, pois os diversos componentes das
malhas são afetados através da condução de eletricidade.
 Quando dois ou mais circuitos com ou se contato entre eles se afetam por
meio dos campos magnéticos, diz-se que estão acoplados
magneticamente.
 Geração:
Mapa Integração Eletroenergética 2014. Fonte: ONS. 8
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 Geração:
Matriz energética brasileira em 04/2016. Matriz energética brasileira em 01/2018.

Fonte ABEEólica. Fonte ABEEólica. 9
 Geração:
Usina hidrelétrica de Itaipu – 20 x 700 MW. 10
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 Geração Hidráulica:
Detalhes da unidade geradora de Itaipu. 11

 Geração Hidráulica:
PCH Luiz Dias – 2,43 kW.
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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Monofásico

(alternador):
L R
AC
u(t)
Representação do gerador de corrente alternada monofásico.
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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):
Representação do gerador de corrente alternada trifásico e estator.

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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):
L R
L R uca(t)
ucb(t)
uab(t)
L R
Circuito elétrico equivalente do gerador de corrente alternada trifásico.
15

 Geração e Transmissão – transformadores elevadores:
L1 R1 L2 R2
u1 Lm Rm u2
Circuito elétrico equivalente do transformador. 16
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 Geração e Transmissão – transformadores:
Transformadores Trifásicos.
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 Geração e Transmissão – transformadores:
Transformadores Monofásicos.
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 Transmissão:
Mapa do sistema de transmissão, horizonte 2017. Fonte: ONS. 19

 Transmissão:
Comparação Brasil x Europa. Fonte: ONS. 20
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 Transmissão:
Parte da rede de operação da região sudeste. Fonte: ONS. 21

 Elementos de Compensação Reativa:
Compensador Síncrono.
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Reatores de Barra.
23

Reatores de Linha.
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 Elementos de Limitação de Correntes de Curto-circuito:
Mogi das Cruzes 345 kV Tucuruí 500 kV
Reatores de Núcleo de Ar.
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 Transmissão – linhas:
L R
C C
Linhas de transmissão em 500 kV e circuito elétrico equivalente.

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 Subtransmissão – linhas:
L R
C C
Linhas de subtransmissão e circuito elétrico equivalente.

27

 Subestações de transmissão:
Subestação de Furnas 13,8 - 345 kV. 28
14
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 Subestações de subtransmissão e distribuição:
Subestação Bertioga ELEKTRO 138 - 13,8 kV. 29

Transformadores de Potencial (TPs) e de Corrente (TCs)
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15
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Bobinas de bloqueio (filtro de ondas, carrier) 31

 Distribuição – redes primária e secundária:
Redes de distribuição primária e secundária – 13,8 kV e 220/127 V.

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 Eletrônica, Comunicação, rádios, TVs;
33

 Computadores.
34
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 Fontes de tensão, transformadores.
35

 Geradores e motores elétricos.
36
18
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1.1 Introdução
 Magnetismo e Eletromagnetismo:
• O magnetismo é a denominação dada ao fenômeno ou conjunto de

fenômenos relacionados à atração ou repulsão observadas em
determinados materiais (imãs ou ferromagnéticos).
• O eletromagnetismo aborda as propriedades elétricas e magnéticas dos

materiais e as relações existentes entre estas.
37
1.1 Introdução
 O que é um circuito magnético?
• Um circuito magnético é aquele onde existe um caminho para o fluxo

magnético, de forma análoga ao circuito elétrico, que proporciona um
caminho para a corrente elétrica.
• Os materiais magnéticos utilizados no desenvolvimento de circuitos

magnéticos determinam as dimensões dos equipamentos, suas
capacidades, e introduzem limitações nos desempenhos, devido a
saturação e perdas.
38
19
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1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos
Evolução dos motores elétricos ao longo do tempo. 39
1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos
Evolução do rendimento em motores elétricos ao longo do tempo.

40
20
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1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Representação das Perdas
1. Potência aparente elétrica da rede.

2. Potência aparente elétrica do
estator a ser transferida ao rotor.
3. Perdas primárias (estator) no ferro.
4. Perdas primárias (estator) no
cobre.
5. Potência aparente elétrica no rotor.
6. Potência mecânica no eixo.
7. Potência elétrica no rotor que pode
ser recuperável, no caso do rotor
estar ligado a uma rede externa.
8. Perdas elétricas dissipadas no
rotor.
9. Perdas por atrito e ventilação.
10. Potência resultante no eixo
[(6) - (9)].
Distribuição da potência e de perdas em máquinas assíncronas.
41
1.2 Campos Magnéticos
 Na região do espaço em torno de um imã permanente existe um campo
magnético que pode ser representado por linhas semelhantes às linhas de
campo associadas a um campo elétrico.
Linhas de campo magnético em um imã permanente.
42
21
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 As linhas de campo se dirigem do polo norte para o polo sul no exterior e
do polo sul para o polo norte no interior. As linhas estão igualmente
espaçadas no interior da barra e simetricamente distribuídas no exterior
desta.
Linhas de campo magnético em um imã permanente.
43
 Em qual região a intensidade de campo magnético é maior?
 A intensidade do campo magnético em uma região é diretamente

proporcional à densidade de linhas de campo. Portanto, a intensidade do
campo em “a” é maior que em “b” pois o número de linhas que atravessam
“a” é maior do que “b”. Nota-se que as áreas de “a” e “b” são iguais.
44
22
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 O que ocorre se colocarmos um material não magnético nas proximidades
de um imã permanente?
 A distribuição das linhas de campo magnético sofrerá uma alteração

quase imperceptível.
45
 Caso o material seja magnético (ferro), as linhas tenderão a passar pelo
ferro e não pelo ar.
 Isto ocorre porque as linhas de campo magnético buscam o caminho com

maior permeabilidade, que neste caso é proporcionada pelo ferro, ao
contrário do ar.
46
23
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 O que é o ferro doce?
 Também chamado de “aço doce” ou “macio” é o metal ferro com alto

índice de pureza, utilizado em blindagens magnéticas.
 Uma das aplicações práticas do

fenômeno citado é a construção de
blindagens eletromagnéticas na
proteção de instrumentos elétricos
sensíveis à ação de campos
magnéticos espúrios.
47
 Em 1820 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted notou que a havia
uma interação da corrente elétrica com o campo magnético de uma
bússola.
 A experiência de Oersted mostrou pela primeira vez que qualquer fio

percorrido por uma corrente elétrica produz um campo magnético.
48
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 A experiência de Oersted permitiu demonstrar ainda que as linhas de
campo magnético são concêntricas ao condutor, com sentido em função
da direção da corrente. Além disso pode-se observar que a intensidade do
campo magnético decresce rapidamente com a distância ao condutor.
Linhas de campo magnético produzidas por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente I.
49
 Ao formar uma espira com este condutor, as linhas de campo terão a
mesma direção e sentido no centro da espira e o campo magnético nesta
região ficará mais intenso.
Linhas de campo magnético em uma espira percorrida por corrente.

50
25
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 Conjuntos de espiras.
Conjunto de espiras em um gerador trifásico. Conjunto de espiras em um motor.
51
 Um enrolamento (bobina) com várias espiras produzirá um campo
magnético com intensidade ainda maior.
Linhas de campo magnético em um enrolamento percorrido por corrente.
52
26
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 As linhas de campo da figura abaixo são bastante semelhantes às linhas
de um imã permanente. A diferença mais evidente entre os dois está na
densidade das linhas de campo, muito maior no caso do imã.
Linhas de campo magnético em um enrolamento percorrido por corrente.

53
 Pode-se aumentar a densidade do campo magnético inserindo-se um
núcleo de material ferromagnético (ferro, aço, cobalto) no interior do
enrolamento para concentrar as linhas de campo. Ao introduzirmos um
núcleo para aumentar a intensidade do campo criamos um eletroímã.
Eletroimã.
54
27
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 Exemplos de utilização dos eletroímãs:
Exemplos de utilização dos eletroímãs.
55
 Aplicação de bobinas e núcleo ferromagnético:
Aplicação de bobinas e núcleos ferromagnéticos em

transformadores.
56
28
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1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Considere um campo magnético não uniforme de módulo “B” onde são
colocadas três espiras.
Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme.

57
 A espira 1 tem área A1 e está colocada de forma perpendicular ao vetor
campo magnético 𝐵, que neste caso possui intensidade de campo B1.

58
29
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 A espira 2 tem área A2 < A1 e está colocada de forma perpendicular ao
vetor campo magnético 𝐵, que neste caso possui intensidade de campo
B2 > B1.
Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme. 59
 A espira 3 tem área A3 = A2 e está posicionada de tal forma que existe um
ângulo “θ” entre a normal à superfície e o vetor campo magnético 𝐵, que
neste caso possui intensidade de campo B3 = B2.

60
30
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 Primeiras observações
• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 1 e 2 é igual,

embora as áreas sejam diferentes. Por este motivo o campo magnético B2
é mais intenso do que o campo magnético B1 (devido a maior densidade
de linhas de campo).
61
 Primeiras observações
• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 2 e 3 é diferente,

embora elas possuam a mesma área e estejam colocadas em posições de
densidades iguais de campo magnético. Isto acontece porque a espira 3
está inclinada em relação ao vetor campo magnético, formando um ângulo
“θ”.
• Portanto, a sua área projetada na perpendicular ao campo é menor que a

área real.
62
31
12/08/2019
 Desta forma pode-se definir o fluxo magnético como o número de linhas

de campo que atravessa uma determinada área.
 Para o exemplo em questão o fluxo magnético depende da intensidade do

campo magnético B, da área “A” da espira e do ângulo “θ” formado entre a
normal à superfície da espira e o vetor campo magnético 𝐵.
 Para o caso de um imã, o fluxo magnético corresponde ao conjunto de

linhas de campo que emerge do seu polo norte (N) e retorna ao polo sul
(S). 63
 Portanto, para que o fluxo na espira 1 seja igual ao fluxo na espira 2, foi
necessário que A1 > A2, visto que B1 < B2.

64
32
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 Resumindo, a intensidade de campo magnético é proporcional à
densidade de linhas de campo em uma dada região, ou seja:
∅
𝐵
𝐴
 Por outro lado, o fluxo magnético corresponde ao número de linhas de

campo que atravessa uma determinada área :
∅ 𝐵𝐴
65
 Porém, vimos que é necessário considerar a inclinação da espira, ou seja,
o ângulo “θ”:
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃
 De forma geral temos:
∅ 𝐵 · 𝑛 𝑑𝐴
 Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
𝐵 = vetor campo magnético.
𝑛 = vetor unitário normal à superfície.
𝑑𝐴 = elemento infinitesimal de área de uma superfície. 66
33
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 Dimensões do fluxo magnético:
∅ 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑊𝑏
 A unidade (Weber) pode ser expressa também da seguinte forma:
1 𝑊𝑏 10 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 10 𝑀𝑎𝑥𝑤𝑒𝑙𝑙
67
 Conversões:
S.I. CGS Inglês
∅ 1 (Wb) 108 (Maxwell) 108 (Linhas)
6,452x104
𝐵 1 (T) 104 (Gauss)
(Linhas/pol2)
A 1 (m2) 104 (cm2) 1,550 (pol2)
Tabela de conversão.
68
34
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 Exemplos:
Campos magnéticos típicos.
Campo Elétrico Campo Magnético

(kV/m) (µT)
População Ocupacional 8,33 1000,00
Público em Geral 4,17 200,00
Níveis de referência para exposição aos campos elétricos e magnéticos segundo a ANEEL para 60 Hz. 69
1.3.2 Lei de Faraday
 1831 – Michael Faraday, físico e químico inglês, descobriu a indução
eletromagnética que é base para o funcionamento do motor elétrico e dos
transformadores.
 Foi considerado o melhor experimentalista na

história da ciência e suas descobertas em
eletromagnetismo forneceram a base para os
trabalhos de engenharia no fim do século XIX
para que Edison, Siemens, Tesla e
Westinghouse tornassem possível a eletrificação
das sociedades industrializadas.
Michael Faraday. 70
35
12/08/2019
 Considere uma espira circular cujos terminais foram ligados a um
amperímetro, fechando o circuito. Considere também um imã em forma de
barra se aproximando da espira.
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando. 71
 Faraday verificou que, enquanto ele aproximava o imã da espira, a agulha
do amperímetro se deslocava para um determinado lado (admitindo que
ele estivesse trabalhando com um amperímetro de zero central), o que
significava que havia aparecido no circuito uma corrente elétrica induzida.
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando. 72
36
12/08/2019
 No momento em que Faraday parou de movimentar o imã, ele notou que a
corrente através do circuito se anulava.
Espira fechada com um amperímetro – imã em repouso.

73
 Em uma terceira etapa, afastando o imã da espira, Faraday viu a agulha
do amperímetro novamente se deslocar, só que para o lado oposto, sinal
de que havia surgido, outra vez no circuito, uma corrente induzida mas de
sentido contrário àquele com a qual ela havia aparecido na primeira vez.
Espira fechada com um amperímetro – imã de se afastando. 74
37
12/08/2019
 Com base nesta e em outras experiências realizadas, Faraday concluiu
que: “Sempre que houver variação do fluxo magnético através de
uma espira, surgirá nesta espira uma força eletromotriz induzida
(f.e.m)”.
 A este fenômeno dá-se o nome de “indução eletromagnética”.
Conjunto de espiras formando uma bobina para a indução eletromagnética. 75
 Da experiência desenvolvida por Faraday é necessário destacar que, para
que surja uma f.e.m. induzida no circuito, não basta existir somente um
fluxo magnético através da espira, mas sim o fato de que este fluxo deve
variar no decorrer do tempo.
 Desta forma, pode-se escrever matematicamente que:
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
 Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
e = força eletromotriz induzida.
t = tempo.
76
38
12/08/2019
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
 Os seguintes fatores influem na variação do fluxo magnético:
• Intensidade do campo magnético 𝐵.
• Área “A”.
• Ângulo “θ”.
• Corrente “i” no eletroímã.
77
A) Variação do fluxo pela mudança da intensidade do campo magnético:
 Na medida em que o imã se aproxima

imã móvel
do circuito fechado, ocorre o aumento
da intensidade de campo magnético S
N
e, portanto, há um aumento do fluxo
através do circuito. A variação do
campo magnético produz uma
variação do fluxo magnético. B
circuito fechado
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
78
39
12/08/2019
B) Variação do fluxo pela mudança de área:
 Considere um circuito fechado de área “A” movendo-se no plano sobre um
campo magnético uniforme e perpendicular.
𝑑∅
𝑑𝑡 79
B) Variação do fluxo pela mudança de área:
 No instante em que o circuito passa a se movimentar, penetrando no

campo, começa a aumentar o fluxo no seu interior, pois ocorre uma
variação na área “A” imersa no campo magnético (“A” varia com o tempo).
 Surge então uma f.e.m. induzida no circuito e esta f.e.m. dá origem a uma
corrente que ocasiona a deflexão do amperímetro.
𝑑∅
𝑑𝑡
80
40
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C) Variação do fluxo pela variação do ângulo “θ”:
 Considere um circuito fechado imerso em um campo magnético uniforme

de módulo B, inicialmente na posição (1) perpendicular ao campo.
 Girando-se o circuito altera-se o ângulo entre a normal à superfície e o

campo magnético. Nessas condições ocorre uma variação do fluxo
através do circuito, esta variação produz uma f.e.m. induzida neste circuito
e, consequentemente, haverá a circulação de uma corrente elétrica.
𝑑∅
𝑑𝑡
81
n O
n B
(1) (2)
𝑑∅
𝑑𝑡
82
41
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𝑑∅
𝑑𝑡
83
D) Variação do fluxo pela variação da corrente “i” :
 Uma corrente “i” variável injetada na

i
bobina do eletroímã, corresponderá
um fluxo magnético variável que irá E LE T RO IM Ã
envolver o circuito fechado. Este fluxo

variável dará origem a uma f.e.m.
induzida e consequentemente uma CIR CU ITO
F E CHA D O
corrente elétrica irá circular no
referido circuito.
𝑑∅
𝑑𝑡 84
42
12/08/2019
Conclusões:
• A variação do fluxo causada, ou por mudança na intensidade do campo

magnético devido a aproximação relativa entre o imã e o circuito; ou por
variação da área do circuito; ou ainda por variação do ângulo “θ”, produz
uma f.e.m. induzida no circuito fechado. Esta f.e.m. é induzida por efeito
de algum tipo de movimento. Desta forma ela é denominada “f.e.m. de
movimento”.
85
Conclusões:
• A variação do fluxo causada por variação na intensidade da corrente,

considerando o eletroimã e o circuito fixos produz uma f.e.m. induzida no
circuito fechado. Esta f.e.m., que é induzida, não por efeito de
movimento, mas sim pela variação da corrente na bobina é
denominada “f.e.m. de efeito transformador”.
86
43
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1.3.4 Lei de Lenz
 Em 1894, Heinrich Frederich Lenz publicou a sua lei de indução que pode
ser resumida da seguinte maneira: “O sentido da corrente elétrica
induzida em uma espira é tal que seus efeitos tendem sempre a se
opor à variação de fluxo que lhe deu origem”.
 É a lei de Lenz que determina portanto qual o sentido corrente induzida na

espira. A intensidade da corrente originada pela variação do fluxo
magnético em um circuito puramente resistivo é dada pela Lei de Ohm.
𝑒
𝑖
𝑅
87
1.3.4 Lei de Lenz
 Desta forma, pode-se escrever a Lei de Faraday como sendo:
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
 Esta equação corresponde à expressão matemática da “Lei de Lenz-

Faraday”.
88
44
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1.3.5 Lei de Lenz-Faraday
Conclusões:
 “Sempre que houver variação do fluxo magnético através de um
circuito surgirá neste uma força eletromotriz induzida. Se o circuito
for fechado circulará uma corrente induzida cujo sentido será tal que
tenderá a se opor às variações do fluxo que lhe deu origem”.
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
 Onde:
∅ = fluxo magnético variável com o tempo que atravessa o circuito.
e = força eletromotriz induzida no circuito.
Sinal (-) = retrata a oposição ao fluxo de origem.
89
1.3.5 Lei de Lenz-Faraday
 Vídeo tubo anti-gravidade de Lenz.
 Lei de Lenz-Faraday.
90
45

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1. Introdução, Conceitos Básicos, Campo Magnético,

Prof. Gustavo Paiva Lopes

ELE 401 – Circuitos Magnéticos

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LAT-EFEI – Laboratório de Alta Tensão 2

ELE 401 – Circuitos Magnéticos

 Aulas expositivas teóricas, Sala de aula invertida (Plataforma Socrative)

 Aulas demonstrativas em laboratório.

 Resolução de exercícios utilizando software (ATPDraw).

 Resolução de exercícios em sala de aula.

ELE 401 – Circuitos Magnéticos

 Introdução à Análise de Circuitos. Robert L. Boylestad. 12ª Edição.

 Fundamentos de Circuitos Elétricos. Charles K. Alexander, Matthew N.

 Circuitos Elétricos. Mahmood Nahvi, Joseph A. Edminister. 5ª Edição.

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 Exercícios em sala de aula → 20% da Nota 1 e 20% da Nota 2.

 1ª Prova no dia 24/9 (Itens 1 e 2) → 80% da Nota 1.

 2ª Prova no dia 3/12 (Itens 3 a 5) → 80% da Nota 2.

 Prova substitutiva dia 10/12.

 Presença em 75% da carga horária.

 Tolerância no horário de entrada: 15 min.

G) Tópicos Principais de ELE 401:

 Cronograma ELE 401 T1 - 2º Semestre 2019.

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• O eletromagnetismo desempenha um papel importante em quase todos os

• As máquinas elétricas utilizadas em sistemas elétricos de potência, tais

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 O que é um circuito magnético?

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Mapa Integração Eletroenergética 2014. Fonte: ONS. 8

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Matriz energética brasileira em 04/2016. Matriz energética brasileira em 01/2018.

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Usina hidrelétrica de Itaipu – 20 x 700 MW. 10

ELE 401 – Circuitos Magnéticos

Detalhes da unidade geradora de Itaipu. 11

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PCH Luiz Dias – 2,43 kW.

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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Monofásico

Representação do gerador de corrente alternada monofásico.

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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):

Representação do gerador de corrente alternada trifásico e estator.

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 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):

Circuito elétrico equivalente do gerador de corrente alternada trifásico.

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 Geração e Transmissão – transformadores elevadores:

Circuito elétrico equivalente do transformador. 16

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 Geração e Transmissão – transformadores:

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 Geração e Transmissão – transformadores:

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Mapa do sistema de transmissão, horizonte 2017. Fonte: ONS. 19

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