Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO:
Detector de terra.
O detector de terra possui duas saídas identificadas como H1 e H2.
Abifa (Fundição & Matérias – Primas)
Ano X – Outubro de 2007 – Edição 90 pg. 142 – 149.
Bobina do forno.
Poderá haver uma fuga ou curto para terra pelos seguintes caminhos:
Através dos “shunts”, parafusos, carcaça e terra;
Mangueiras de refrigeração, carcaça e terra;
Bobina, isolação da bobina, BB4, papel amianto, refratário, metal, aranha, fio do detector de
terra, botão “by-pass”, resistor 10 ohms x 50 W e finalmente terra;
Secundário do transformador de alta freqüência, isolação (epóxi etc), primário, SCRs, diodos da
ponte retificadora, secundário do transformador de alimentação da cabine e terra (pela ligação em
estrela).
Proteção do forno.
O detector de terra indica uma fuga (“leakage”) ou um terra direto (“ground”).
A saída do detector de terra está ligada na bobina do forno (em todas as espiras ativas da
mesma).
A parede do refratário possui uma resistência ôhmica que poderá variar deste alguns
megaohms, até mesmo zero ohm (curto direto).
I fuga = V (constante
R (varia)
I fuga = Corrente de fuga indicada pelo miliamperimetro.
V constante = Voltagem de corrente contínua na saída do detector de terra em H1 ou H2.
R = Resistência equivalente do circuito e depende de “n” fatores.
Isso irá depender das condições do refratário, ou seja: espessura, teor de umidade, constituição
química etc.
Essa tensão de corrente contínua aplicada à bobina e em outros componentes, já vistos
anteriormente, procura um caminho para atingir o potencial zero-terra.
Este caminho (percurso da corrente elétrica) poderá ser muito longo (resistência ôhmica muito
grande) ou muito curto (resistência ôhmica muito pequena).
Esse caminho será representado pelas características das paredes do refratário. As paredes,
quando em boas condições, eqüivalem a uma resistência de valor ôhmico alto, não permitindo
circular uma corrente elétrica (capaz de provocar ima indicação ou mesmo um desligamento do
equipamento). Quando muitos finais, ou seja, distância muito pequena entre a bobina e o metal
líquido, a resistência ôhmica também diminui, consequentemente aumentando a corrente de fuga, a
qual será indicada pelo miliamperímetro do painel de detector de terra.
Caso essa corrente ultrapasse um determinado valor, esta fará energizar o relê GDR dentro do
detector de terra, desligando o equipamento e indicando no painel do monitor.
A bobina de indução é isolada do ponto terra da rede por meio de duas alternativas:
Alternativa 1: instalação de um transformador de isolação de alta freqüência (figura 2) na saída
do inversor.
Abifa (Fundição & Matérias – Primas)
Ano X – Outubro de 2007 – Edição 90 pg. 142 – 149.
Fig. 1 - Esquema LI
O contato do metal líquido que esta conectado ao potencial zero com a bobina cujo potencial é
60 VCC (figura 3) gera um nível de corrente de fuga, que provoca o desligamento do sistema.
2 – Sistema óptico.
É uma nova aplicação de uma antiga tecnologia usada para medir variações sinuosas de
temperatura. O sistema de proteção do tipo óptico utiliza a fibra óptica como sensor de monitoração
Abifa (Fundição & Matérias – Primas)
Ano X – Outubro de 2007 – Edição 90 pg. 142 – 149.
de erosão do revestimento refratário. Por muitos anos, as pessoas estudaram o efeito “Raman” em um
cabo de fibra óptica, que é o princípio aplicado a esta alternativa para estabelecer a medição da
temperatura em determinada região do revestimento.
Ao aplicar um sinal luminoso no cabo de fibra óptica, 99,9% da intensidade da luz passa
através do cabo, porém 0,1% reflete no sentido oposto (figura 5). O sinal de luz refletida divide-se
em dois formatos: Stokes Spectrum e Stokes Anti Spectrum. Estes dois sinais apresentam um tempo
de duração e amplitude diferentes do sinal original. A amplitude do sinal Stokes Anti Spectrum varia
com a temperatura. O tempo de retardo entre o pulso do sinal luminoso original e o refletido, Stokes
Anti Spectrum (figura 6), fornece o parâmetro de indicação da região onde ocorreu a variação de
temperatura ao longo do cabo de fibra óptica.
Fig. 10 - Encaixe
Fig. 11 - Sensores.
Fig. 13 - Tela do computador; a exibição mostra o corte transversal do forno indicando a pior
ou mais fina seção do revestimento em frente a cada painel de sensores.
Fig. 14 – Montagem do sensor; acima, ponto de conexão, e abaixo, painéis instalados no forno.
3 – Sistema resistivo.
Este sistema de proteção para a bobina é baseado no fato de que a resistência elétrica do
material refratário varia com a temperatura. Com base nesta proposta, o sistema foi desenvolvido e
construído e vem sendo aperfeiçoado nos últimos quinze anos. Este projeto possui hoje mais de 350
instalações pelo mundo. Vários painéis contendo condutores elétricos paralelos são montados no
concreto isolante da bobina, atrás do revestimento refratário. Um sinal de corrente AC é aplicado
nestes condutores. O refratário frio a frente destes painéis representa uma alta impedância. Com o
aquecimento do revestimento refratário, a impedância deste material varia. O sistema mede a
resistência por cm do refratário, diretamente À frente aos sensores que monitoram as espessuras
atuais do revestimento por meio da relação entre a resistência e a temperatura. Com a erosão do
refratário, a face quente aproxima-se dos painéis sensores. A temperatura do refratário aumenta e a
resistência altera. Um programa traduz essa mudança na resistência, por meio de um gráfico exibido
no monitor, que mostra as espessuras atuais do revestimento, medindo incrementos de 1/16 das
espessuras originais (figura 13).
Os fios paralelos dos painéis sensores são envolvido em folhas de mica de 1 ou 1,50 mm,
mantendo-se 30 mm de distância entre cada conjunto (figura 14).
Nesta aplicação os painéis sensores são montados na frente da parede de concreto isolante
aplicado na bobina.
Se o revestimento é removido com cuidado, o painel sensor pode ser reutilizado, caso o painel
seja danificado, a sua substituição é simples e de baixo custo. Quanto o sistema protege? Diferentes
temperaturas estendem-se em camadas no revestimento de alta impendância.
Com a erosão do refratário, a impendância do material cai e a corrente que flui entre os
condutores aumenta. Conforme aumenta a erosão, cai ainda mais a impedância e com isto sobe a
Abifa (Fundição & Matérias – Primas)
Ano X – Outubro de 2007 – Edição 90 pg. 142 – 149.
corrente que flui entre os condutores. O sistema detectará qualquer filete de metal, porque a
infiltração está quente e mudará a impedância do material circunvizinho.
Essa exibição fornece a informação para se tornar a decisão de substituir o refratário ou manter
até a próxima parada. Características operacionais do sistema:
Indicação clara de todos os tipos de falhas como: penetração e filetes de metal.
Medida contínua das densidades do revestimento durante a operação do forno.
Monitora o aquecimento na sinterização, secagem do revestimento e vazamento da água de
refrigeração.
Com base nas características das tecnologias utilizadas para oferecer uma proteção adicional à
bobina do forno, expressas na tabela 1, concluí-se que o sistema resistivo abrange maior cobertura de
proteção e monitoramento, contudo, também apresenta possibilidade de falha na indicação ou
controle. Independentemente da eficiência, complexidade, tecnologia e custo do sistema de
monitoração do revestimento refratário incorporado aos fornos de fusão de holding a indução, os
usuários e operadores destes tipos de fornos devem manter um controle rígido de periódico das
condições gerais do forno e do revestimento refratário.
Esses controles são feitos por meio das seguintes ferramentas e procedimentos: inspeções
periódicas; manutenção dos históricos de vida útil com base nos registros operacionais; consultoria
técnica dos fabricantes de materiais refratários, registros para as rotinas operacionais dos processos
de sinterização, resfriamento e partida a frio dos fornos; controle preciso a temperatura do banho de
metal líquido; seleção da sucata a ser fundida; armazenagem e preparo da sucata; avaliações das
reações metalúrgicas das ligas metálicas em processo de fusão; carregamento e vazamento dos
fornos; diminuição e retirada da escória do processo de fusão; limpeza periódica dos fornos;
manutenção elétrica, mecânica e hidráulica dos fornos e do sistema de fusão; treinamento periódico
do pessoal de operação e manutenção; rotinas emergenciais no caso de sinistro.
Abifa (Fundição & Matérias – Primas)
Ano X – Outubro de 2007 – Edição 90 pg. 142 – 149.
Agradecimentos.
Referências bibliográficas.