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29/08/2019

Universidade Federal de Itajubá


ISEE – Instituto de Sistemas Elétricos e Energia

ELE 401 – CIRCUITOS MAGNÉTICOS


2º Semestre 2019

2. Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas,


Saturação, Histerese, Correntes Parasitas ou de Foucault

Prof. Gustavo Paiva Lopes

2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Na presença de um campo H, os momentos magnéticos no interior de um
material tendem a ficar alinhados com este campo, aumentando a
densidade de campo B. O termo 𝜇 𝑀 é uma medida desta contribuição.
 Nos materiais paramagnéticos e diamagnéticos, existe uma relação de
proporcionalidade constante entre a corrente superficial de Ampère por
unidade de comprimento (M) e a intensidade de campo magnético (H).

 Esta relação de proporcionalidade pode ser expressa por:

𝑀 𝜒 𝐻

 Neste caso 𝜒 é definida como a susceptibilidade magnética do material


(grandeza adimensional).
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2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Exemplos de susceptibilidade:

Material Susceptibilidade
Ar 3,6×10−7
Água −9,035×10−6
Alumínio 2,2×10−5
Mercúrio −2,9x10-5
Prata −2,31×10−5
Carbono (diamante) −2,1x10-5
Bismuto −1,66×10−4
Chumbo −1,8x10-5
Cobre −9,63×10−6
Níckel 600
Ferro 200

2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Exemplos de susceptibilidade:

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2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Desta forma temos:

𝐵 𝜇 𝐻 𝑀

𝐵 𝜇 𝐻 𝜒 𝐻

𝐵 𝜇 1 𝜒 𝐻

 Podemos definir a permeabilidade magnética do material, 𝜇, como sendo:

𝜇 𝜇 1 𝜒

𝐵 𝜇𝐻
Onde:
𝜇 = permeabilidade magnética do material (H/m).
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2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Nota-se que:

𝜇
1 𝜒
𝜇

 Portanto, 1 𝜒 corresponde a relação da permeabilidade magnética do


material pela permeabilidade magnética do vácuo.

 Assim sendo, 1 𝜒 pode ser chamada de permeabilidade magnética


relativa do material.

𝜇
𝜇 1 𝜒
𝜇

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2. Materiais Magnéticos
2.8 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnéticas
 Desta forma o campo B pode ser escrito em função desta permeabilidade
magnética relativa.

𝜇 𝜇 𝜇

𝐵 𝜇𝐻

𝐵 𝜇 𝜇 𝐻
Onde:
𝜇 = permeabilidade magnética relativa do (grandeza adimensional).

2. Materiais Magnéticos
2.9 Paramagnetismo
 Resumo:
a) Na ausência de um campo magnético externo os d.m.e se apresentam de
forma aleatória, sem indicar nenhuma orientação predominante.
b) Na presença de um campo magnético externo os d.m.e se alinham
fracamente e de forma paralela ao campo aplicado.
c) Retirando o campo externo os d.m.e voltam a uma disposição aleatória.
d) Desta forma é possível concluir que a susceptibilidade magnética é
positiva e bastante reduzida, ou seja:

0 𝜒 ≪1 𝜇≅𝜇 𝜇 ≅1

 Exemplos: Alumínio, oxigênio, ar, magnésio, madeira, plástico, tungstênio,


cromo, titânio, etc.
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2. Materiais Magnéticos
2.10 Diamagnetismo
 Resumo:
a) Na ausência de um campo magnético externo os d.m.e se apresentam de
forma aleatória, sem indicar nenhuma orientação predominante.
b) Na presença de um campo magnético externo os d.m.e se alinham
fracamente e de forma antiparalela ao campo aplicado (sentido oposto).
c) Retirando o campo externo os d.m.e voltam a uma disposição aleatória.
d) Desta forma é possível concluir que a susceptibilidade magnética é
negativa e bastante reduzida, ou seja:

0 𝜒 ≫ 1 𝜇≅𝜇 𝜇 ≅1

 Exemplos: Bismuto, cobre, diamante, ouro, prata, sódio, hidrogênio,


dióxido de carbono, nitrogênio, água, mercúrio, etc.
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2. Materiais Magnéticos
2.10 Diamagnetismo
 Tanto os materiais paramagnéticos quando os diamagnéticos são
considerados não magnéticos, pois exibem magnetização apenas quando
estão na presença de um campo externo.
 Desta forma, a densidade de fluxo B no seu interior é quase a mesma que
existiria no vácuo.

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2. Materiais Magnéticos
2.11 Ferromagnetismo
 Resumo:
a) A característica fundamental dos materiais ferromagnéticos é a de admitir
com facilidade elevadas magnetizações.
b) Os d.m.e são agrupados em diversos setores, formando regiões dentro do
material, com orientação bem definida.
 

c) Para um material que não tenha sofrido qualquer imantação, os d.m.e se


apresentam dispostos de forma aleatória.
B
   

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2. Materiais Magnéticos
2.11 Ferromagnetismo
 Exemplos:
Ferro, Níquel, Cobalto, Ligas metálicas:
Aço, Aço-Carbono (aço com maior teor de carbono);
Ferro-Silício (96% Fe, 04% Si);
Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5% Cu, 2% Cr);
Alnico 5 (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3% Cu);
Permalloy (55% Fe, 45% Ni).

 A densidade de fluxo B e a intensidade de campo H não são


proporcionais para os materiais ferromagnéticos. Neste ponto é
necessário introduzir o conceito da curva de saturação.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Considere a bobina a seguir com o núcleo de material ferromagnético:

 Para uma corrente contínua “i” injetada no ponto “a”, obtém-se um campo
magnético “B”. Aumentando-se gradualmente o valor desta corrente,
haverá uma elevação também gradual do campo magnético “B”.
 Na verdade, o que está ocorrendo, é uma orientação lenta dos domínios
magnéticos elementares do material.
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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Quando praticamente todos estes domínios estiverem orientados, mais
difícil ficará o incremento no campo magnético total que circunda o
dispositivo. Neste ponto diz-se que o material está chegando a saturação.
 Portanto, a saturação de um material corresponde à condição de quase
totalidade de orientação dos domínios magnéticos elementares.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Da equação da intensidade de campo magnético (H), tem-se:

𝑁
𝐻 𝑛𝑖 𝑖
𝑙

𝐻𝑙
𝑖
𝑁

 Como o número de espiras (N) e o comprimento (l) da bobina são constantes,


existe uma relação de proporcionalidade entre a corrente (i) e a intensidade de
campo magnético (H).

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Desta forma, a curva de saturação do material pode ser modificada através de
mudança de escala na sua abscissa.

 Como pode ser observado, até a saturação do material, a permeabilidade


magnética (µ) passa por regiões onde é praticamente constante.
 A partir deste ponto o seu comportamento passa a ser eminentemente variável,
caracterizando uma não-linearidade entre “B” e “H”.
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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Desta forma, pode-se dizer que: nos materiais ferromagnéticos a permeabilidade
magnética (µ) é variável devido a saturação.

 O valor “HS” corresponde a intensidade de campo magnético saturante, ou seja, o


valor de “H” para o qual o material começa a sofrer o efeito da saturação.
 A densidade de campo magnético correspondente vale “BS”.
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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 A tabela a seguir apresenta valores das densidades de campo magnético “BS”,
bem como as permeabilidades magnéticas relativas (µr), para alguns materiais
ferromagnéticos.

Campo Permeabilidade
Material
Magnético (Bs) Relativa (µr)

Ferro 2,16 5500

Ferro Silício 1,95 7000

Permalloy 1,60 25000

Mumetal 0,65 100000

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Propriedades de alguns materiais ferromagnéticos.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Exemplos de núcleos ferromagnéticos:

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Curva de Saturação de 9 materiais
ferromagnéticos.

1. Aço carbono,
2. Aço com silício,
3. Aço fundido,
4. Aço com tungstênio,
5. Ímã de aço,
6. Ferro fundido,
7. Níquel,
8. Cobalto,
9. Magnetita.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 A permeabilidade magnética de um material, µ, depende fortemente da
intensidade de campo magnético, H. Na medida que H aumenta, µ passa por um
valor máximo e decai em seguida: 𝐵 𝜇𝐻

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Para um mesmo valor de H, a densidade de campo magnético B é maior para
materiais que apresentam maiores valores de µ.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Exemplos – Curva de saturação típica de um transformador de corrente:

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Exemplos – Transformadores de distribuição trifásico 112,5 kVA
13,8 - 0,22 kV, ΔY:

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2. Materiais Magnéticos
2.11.1 Curva de Saturação
 Resumo:

Materiais Magnéticos

Não
Lineares
Lineares

Paramagnéticos Diamagnéticos Ferromagnéticos


𝜒 0, 𝜇 1 𝜒 0, 𝜇 1 𝜒 ≫ 1, 𝜇 ≫ 1

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Para a bobina com núcleo ferromagnético a seguir, considere uma corrente
alternada senoidal “i” sendo injetada no ponto “a”.

 A passagem desta corrente pela bobina da origem a um campo magnético variável


“B”. A corrente “i” é proporcional a intensidade de campo magnético “H”, desta
forma, à medida que a corrente varia, a intensidade de campo magnético também
varia.
𝐻𝑙
𝑖
𝑁
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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

 O ponto (1) corresponde à condição inicial, a corrente é nula e o material não


apresenta qualquer imantação.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

 O ponto (2) está associado à condição de máxima corrente no sentido positivo.


Para este valor de corrente tem-se o valor máximo positivo da densidade de
campo magnético (Bmáx).
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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

 No ponto (3), a corrente se anula e o material mantém um magnetismo residual ou


remanescente (Br) positivo, ou seja, permanece uma determinada orientação dos
d.m.e.
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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

 A partir de (3) até (4), a corrente cresce negativamente até atingir seu valor
máximo. No ponto (4) tem-se a correspondente densidade de campo magnético
máxima em sentido contrário (ou negativa).
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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

 Finalmente em (5), a corrente se anula novamente, restando no material um


magnetismo residual (Br) negativo.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 A este percurso fechado dá-se o nome de “ciclo de histerese”. Portanto, a cada
ciclo da corrente alternada “i” corresponde um ciclo da curva B x H.
 A figura a seguir apresenta, com maiores detalhes, alguns valores importantes de
densidade de campo magnético (B) e de intensidade de campo magnético (H), do
ciclo de histerese.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Br = Magnetismo Residual ou Remanescente, é a densidade de campo
magnético que permanece no material após a retirada do campo magnético
externo, ou seja, quando a corrente “i” se anula. Corresponde a orientação
remanescente dos d.m.e.

 Bmáx = Densidade de Campo Magnético Máxima, corresponde ao valor máximo


de campo magnético no material. É produzido pelo valor máximo da corrente “i” na
bobina.

 Hc = Força Coercitiva ou Coerciva, é a intensidade de campo magnético


necessária para eliminar o magnetismo residual ou remanescente do material.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Com relação à polarização, pode-se observar as seguintes características dos
materiais ferromagnéticos:

1º Quadrante B (+) e H (+) Mesmos Sentidos

2º Quadrante B (+) e H (-) Sentidos Opostos

3º Quadrante B (-) e H (-) Mesmos Sentidos

4º Quadrante B (-) e H (+) Sentidos Opostos

 Os sentidos opostos, verificados nos quadrantes pares (2º e 4º), ocorrem devido ao
processo de desmagnetização do material, ou seja, a eliminação do magnetismo
residual através da inversão no sentido da corrente “i” (e consequentemente a
inversão da intensidade de campo magnético “H”).
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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Família de curvas de histerese com frequência de 50 Hz e campo magnético
variável de 0,3 T a 1,7 T.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador Elevador Trifásico, 825 MVA, 500-21 kV, perdas a vazio = 475 kW,
50 Hz.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador monofásico 45 kVA, 220-220 V, perdas a vazio = 111 W, 60 Hz.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Importância da curva de saturação e efeito do magnetismo remanescente em
transformadores de potência. Exemplo de Corrente “Inrush” durante a energização
de um transformador 230-69 kV, 100 MVA.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Exemplo de Corrente “Inrush” durante a energização de um transformador
400-10 kV, 3 x 550 MVA.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador monofásico 45 kVA, 220-220 V, 60 Hz – Caso 1.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador monofásico 45 kVA, 220-220 V, 60 Hz – Caso 1.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador monofásico 45 kVA, 220-220 V, 60 Hz – Caso 2.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.2 Ciclo de Histerese
 Transformador monofásico 45 kVA, 220-220 V, 60 Hz – Caso 2.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
 O tamanho e a forma do ciclo de histerese para os materiais ferromagnéticos têm
importância prática considerável.
 A área no interior do ciclo de histerese representa uma perda de energia
magnética por unidade de volume do material por ciclo de magnetização-
desmagnetização.
 Essa perda de energia manifesta-se como calor e é capaz de elevar sua
temperatura.
 Desta forma os materiais ferromagnéticos são classificados como moles ou duros
com base em suas características de histerese.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
a) Materiais magnéticos moles apresentam as seguintes características:

 São empregados em dispositivos sujeitos a campos magnéticos alternados e onde


as perdas devem ser baixas.
 Por este motivo, a área relativa dentro do ciclo de histerese deve ser pequena, fina
e estreita.
 Consequentemente, este material apresenta elevada permeabilidade inicial e baixa
coercividade.
 Esse material pode atingir sua magnetização de saturação com a aplicação de um
campo relativamente pequeno, ou seja, é magnetizado e desmagnetizado com
facilidade, reduzindo as perdas.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
a) Materiais magnéticos moles apresentam as seguintes características:

 Aplicação:
Por apresentarem reduzidas áreas dos ciclos de histerese, os materiais magnéticos
moles são utilizados na confecção de núcleos de transformadores e máquinas
elétricas rotativas.

 Exemplos:
Ferro, Aços-Doces (aços com baixos teores de carbono), Ferro-Silício (96% Fe, 4%
Si), Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5% Cu, 2% Cr), Permalloy.

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2. Materiais Magnéticos
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
b) Materiais magnéticos duros apresentam as seguintes características:

 São empregados em imãs permanentes, que devem apresentar alta resistência à


desmagnetização.
 Esse material apresenta valores elevados de remanência (campo residual),
coercividade e campo de saturação (Bmáx).
 Baixa permeabilidade inicial e elevada perda por histerese.
 Aplicação:
Dispositivos e equipamentos que requerem elevado grau de magnetismo residual,
como: alto-falantes, telefones, sensores, fitas magnéticas, disco rígido, etc.
 Exemplos:
Aço-Carbono (aço com maior teor de carbono), Alnico 5 (24% Co, 14% Ni, 8% Al,
3% Cu), Alcomax (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3% Cu, 1% Nb), Bismanol (MnBi).
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2. Materiais Magnéticos
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
c) Ciclo de histerese característico dos materiais duros e moles:

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2. Materiais Magnéticos
2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Considere o condutor abaixo no qual passa a corrente variável I, gerando o campo
magnético B também variável. Ao aproximar uma barra de ferro cilíndrica, esta fica
sujeita à ação do campo magnético variável.

 Nos núcleos magnéticos maciços, como a barra da figura acima, são encontradas
imperfeições.
 Algumas delas podem formar trajetórias fechadas, como espiras, que apresentam
uma determinada condutância elétrica.
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2. Materiais Magnéticos
2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 A presença de um campo magnético variando através destas pequenas “espiras”
da origem a correntes elétricas induzidas.

𝑒
𝑖
𝑟

 Estas correntes induzidas, circulando no material, causam perdas por dissipação


de calor (efeito Joule).
 Portanto, quanto maior o número de trajetórias e quanto maior for as suas
condutâncias, maior será a perda no núcleo pelo efeito Joule.

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2. Materiais Magnéticos
2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Estas correntes induzidas no material são chamadas de “correntes parasitas” ou
“correntes de Foucault” e provocam:

• Perdas por efeito Joule;


• Aquecimento do material (núcleo magnético);
• Redução na orientação dos domínios magnéticos elementares.
• Desmagnetização do material ferromagnético.

 Na maioria das aplicações, as correntes de Foucault são indesejáveis. Desta


forma, é importante desenvolver um procedimento para evitá-las.

 As correntes parasitas (ou de Foucault) podem ser reduzidas através da laminação


do núcleo magnético.
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2. Materiais Magnéticos
2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault

 Nota-se que através da laminação do núcleo magnético é possível aumentar as


resistências elétricas das trajetórias fechadas (r) e consequentemente reduzir a
intensidade das correntes parasitas.

 Entre cada lâmina ou chapa existe uma película isolante, que causa a elevação
das resistências das “espiras”.

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2. Materiais Magnéticos
2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Exemplos de núcleos de transformadores de distribuição laminados.

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2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Exemplos de núcleos de transformadores de distribuição laminados.

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2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Exemplos de núcleos de transformadores de distribuição laminados.

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2.12 Correntes Parasitas ou de Foucault
 Exemplos de núcleos de transformadores de distribuição laminados.

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2. Materiais Magnéticos
2.13 Aplicação das Correntes de Foucault
 Freio magnético utilizado em motores elétricos, trens e caminhões de minério.

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2. Materiais Magnéticos
2.13 Aplicação das Correntes de Foucault
 Freio magnético utilizado em motores elétricos, trens e caminhões de minério.

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2. Materiais Magnéticos
2.13 Aplicação das Correntes de Foucault
 Freio magnético utilizado em motores elétricos, trens e caminhões de minério.

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2. Materiais Magnéticos
2.13 Aplicação das Correntes de Foucault
 Freio magnético utilizado em motores elétricos, trens e caminhões de minério.

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