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Laboratório de Fis-46F

E06 – Medidas de Campo Magnético


Objetivos
Medir o campo magnético gerado por ímãs e seu comportamento
com relação à distância. Entender sobre o campo magnético da
Terra e sua influência sobre partículas carregadas que de fora
chegam a Terra.

Materiais e Métodos
1- Vamos utilizar para fazer essas medidas do campo magnético o
simulador PHET.
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/magnets-and-
electromagnets

Introdução

Sabemos que o campo magnético induzido por um ímã para distâncias x muito
maiores que as dimensões do imã varia segundo:

onde, μ0 = 1,26 x 10–6 H/m é a permeabilidade magnética do vácuo e μ


momento magnético do ímã.
No caso de campo magnético produzido por uma bobina circular plana
percorrida por uma corrente i, temos:

onde, R é o raio médio da bobina; N é o número de espiras; i é a corrente; μ0 é a


permeabilidade magnética do vácuo; x é a distância ao centro da bobina e é o
versor na direção x.

Para x >> R podemos escrever:


onde, é a intensidade do momento de dipolo magnético da bobina.

Nesta experiência vamos examinar o comportamento do campo magnético de


imãs a distâncias muito próximas.

Campo magnético de Terra


Em todo local da Terra e mesmo do Universo existe campo magnético! Na
Terra sabe-se que o campo magnético produzido por ela é originado por
correntes elétricas circulando no seu interior, devido ao magma fundido
(materiais metálicos derretidos pela alta temperatura). Isso funciona como
se fosse um imã centrado no interior da Terra gerando linhas de campo
magnético que saem do sul>norte como indica a Figura1 abaixo.

A Figura1 mostra o movimento de elétrons e prótons em torno de uma


linha de campo magnético produzida na Terra. Nas regiões polares o
campo magnético é de 0.7 Gauss. Na região equatorial esse campo é de 0.3
Gauss e na região de São José dos Campos esse campo tem intensidade de
0.2 Gauss sempre próximo a superfície da Terra. Note que 1 Gauss = 1 x
10-4 Tesla. É assim que se formam os cinturões de radiação da Terra
chamados de Radiation Van Allen belts. Na região de São José dos
Campos existe o AMAS (Anomalia Magnética do Atlântico Sul) com
intensidade de campo magnético bem fraco.
Campo Magnético de Imã

Nesta parte do roteiro, você vai medir o campo de um ímã pequeno


(B=300gauss)em forma de barra retangular em função da distância. Veja a
figura abaixo a seguir. Colocando uma régua por exemplo na horizontal
escolhendo valor do imã igual ao zero da régua pode-se deslocar o imã e
deixar a régua parada. Com isso mede-se a componente total B, a
componente Bx, a componente By do campo magnético em função da
distância. Os alunos podem sugerir e usar um processo para fazerem essas
medidas, segue sugestão da régua.

ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE MEDIDAS COM RÉGUA

Veja o vídeo com as orientações de como usar a régua no simulador PHET.

LINK vídeo,

Sugestão de régua online https://www.reguaonline.com/

Figura 2. Simulador PHET para medidas de campo magnético produzido


por um ímã em barra (autor).
Procedimento 1.

1) Desloque o ímã na horizontal e meça anotando o valor do campo


magnético para pelo menos 10 posições.
2) Construa uma tabela “Distância x Campo Magnético”
3) Faça um gráfico com os resultados acima de B x d, onde B intensidade
campo magnético e d a distância onde fica parado o detector de campo.
4) Faça um ajuste linear com os seus resultados. Note que o mais
importante ao realizar o ajuste linear é determinar qual o tipo de função que
melhor descreve os seus resultados (polinomial, exponencial, etc.)
Responda: Qual função melhor descreve os seus resultados? Como ela se
compara à fórmula (1)
5) Estime o momento magnético do ímã utilizado no simulador PHET.

Procedimento 2

Faça as mesmas medidas que o Procedimento 1 agora na direção vertical


como na figura abaixo
Figura 3 - Simulador PHET com uma régua adaptada. Fonte: O autor

Veja maior imã do mundo:

https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/11/04/ima-gigante-
producao-energia-nuclear-franca.htm

Informações úteis sobre como medir a intensidade de campo


magnético:

1 – Bússola: Somente mede a direção do campo magnético total.

2 – Sensor Hall: São sensores construídos com pequenas placas de


Germânio, ou Alumínio, ou Cobre ou Ouro que na presença do campo
magnético apresenta o efeito Hall veja:
http://mpv-au.vlabs.ac.in/modern-
physics/Hall_Effect_Experiment/experiment.html).

3 – Sensor precessão de prótons: São sensores construídos com materiais


hidrogenados que na presença de campo magnético apresentam
movimentos de precessão de prótons, veja detalhes no artigo: veja:
(http://rmct.ime.eb.br/arquivos/RMCT_1_tri_2016_web/art2_1_tri_2016.pdf ).
O sensor Hall é o utilizado no laboratório experimental do ITA, porém o
sensor de precessão de prótons é o mais preciso nas medidas experimentais
de pesquisas e ensino. Não é disponível no Laboratório Experimental do
ITA. Medir campos magnéticos intensos (~kiloGauss kG) é mais fácil,
porem campos magnéticos fracos nano Gauss (nG) é necessário o sensor
precessão de prótons. Na região de São José dos Campos sem
interferências de linhas de transmissão elétricas o valor medido de B=0,20
Gauss. Esse valor pode ser muito bem medido com um sensor Hall quando
muito bem calibrado. O campo magnético moderado e fraco também é
viável a melhoria da saúde humana mas muito pouco usado e divulgado
aqui no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

1. Albert Malvino e David J. Bates. Eletrônica Volume 1, 7a Edição.


McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda, São Paulo, SP, 2008.

2. H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 3 - Eletromagnetismo.


1a edição, Editora Edgard Blucher, São Paulo, SP, 1997.

3. Antonio M. V. Cipelli e Waldir J. Sandrini. Teoria e Desenvolvimento


de Projetos de Circuitos Eletrônicos, 6ª Edição, Editora Érica, São Paulo,
SP, 1982.

Qualquer dúvida consultar com Inácio Malmonge Martin em


inaciomalmonge@uol.com.br.

Entregar o relatório até 25/11/2021.

Inácio Malmonge Martin


08/11/2021

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