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Bauru, 2023
1. Introdução Teórica
Campo Magnético é um efeito que ocorre ao redor de um ímã ou carga magnética. Ele
é detectado pela força que exerce em cargas elétricas em movimento, ou em materiais
magnéticos. Ele se trata de um campo vetorial, ou seja, em qualquer lugar do espaço possui
módulo, direção e sentido. O campo magnético terrestre é importante para evitar a entrada de
partículas vindas do Sol e possibilita a existência das bússolas. Esse campo magnético é
gerado por correntes elétricas devido ao movimento das correntes de convecção de uma
mistura de ferro e níquel fundidos no núcleo externo da Terra: essas correntes de convecção
são causadas pelo calor que sai do núcleo, um processo natural chamado geodinamismo. A
agulha imantada de uma bússola aponta para o norte geográfico, pois o campo magnético
gerado pela agulha alinha-se ao campo magnético terrestre. Assim como mostra a Figura
abaixo:
Figura 1: Representação do campo magnético terrestre.
Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/campo-magnetico-da-terra/
A Terra é um ímã gigante, portanto, produz campo magnético. O campo magnético da Terra
foi descrito pelo inglês William Gilbert (1544 - 1603), com o uso da “terella”, um ímã
esférico sobre o qual era apoiada uma agulha. A magnitude do campo magnético da Terra em
sua superfície varia de 25 a 65 microteslas (0,25 a 0,65 gauss).
A forma analítica de se obter o vetor campo elétrico B próximo a uma corrente I é dada pela
lei de Biot-Savart:
µ0 𝑑𝑙 × 𝑟
𝐵= 4π
∫ 𝐼 𝑟²
𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
2. Objetivo
3. Materiais
4. Procedimento Experimental
Utilizando o sensor Vernier, que se baseia no efeito Hall, para medir as componentes
verticais e horizontais do campo magnético da Terra no local do laboratório.
Ajustando primeiramente a bússola tal que obtemos a direção da componente horizontal com
o sensor Vernier no plano horizontal, foi apontado o sensor na direção perpendicular à
componente horizontal de Bterra e em seguida zerado o sensor no software. Foi feito o giro do
sensor 360° com o passo de 15° e consequentemente o registro de cada leitura.
Fonte: autores.
Para a componente vertical:
Utilizando o mesmo sensor Vernier, que se baseia no efeito Hall e o alinhamento
norte-sul das medidas na horizontal, posicionamos o suporte de tal maneira que é possível
movimentar o sensor na vertical.
Girando o sensor em 180° com o passo de 15° modificando sua inclinação e anotando os
valores no software.
Fonte: autores.
Na primeira parte das medições, foi colocada uma bússola bem no centro dos 10 cm
em relação à distância horizontal das bobinas e com altura correspondente ao centro delas,
ajustando a bússola de forma que seu ponteiro atingisse o ponto de 0 graus e as bobinas
estivessem paralelas ao eixo da bússola. Dessa forma, foi aumentando a corrente na fonte
de modo que a bússola atingisse aproximadamente 15º em relação à posição inicial do
ponteiro, anotando a corrente correspondente. Em seguida procurou-se atingir
aproximadamente 30º, em seguida, 45º, 60º e 75º. Foram realizados deslocamentos do
ponteiro para os sentidos horário e anti-horário, invertendo a polaridade da fonte.
Na segunda parte das medições, tirou-se a bússola e colocou-se o sensor de efeito Hall
no lugar, de modo a aferir os valores de campo através do software. Para determinar o
valores de campo nas correntes adquiridas na primeira parte, ligou-se a fonte e foi
variando seu valor de modo que se conseguisse os mesmos valores de corrente da primeira
parte para comparação.
Fonte: autores.
5. Resultados e Discussão
5.1. Experimento 1
Os dados coletados foram, organizados em uma tabela e plotados, como representados
pela figura 5, ela, mostra o comportamento esperado, ou seja, algo próximo de uma
senoidal, isso significa que o campo da terra é representado pelo pico máximo e mínimo
da curva, ≈ 0.0185 ± 0.008 mT e ≈ -0.0184 ± 0.008 mT, respectivamente.
Fonte: autores.
Para os dados coletados na vertical, também foi organizado um gráfico que relaciona
os valores de campo coletados para os respectivos ângulos de coleta. Para esta coleta, os
pontos máximos, diferentemente, do anterior representam o que seria o campo total( da
Terra). No entanto, para o valor do campo vertical usa-se o valor de campo relativo ao
ângulo de 180°, ou seja, a componente vertical do campo, respectivamente, ≈ 0.0140 ±
0.004 mT.
5.2. Experimento 2
Figura 8 - Esquema feito a mão livre dos ângulos do campo terrestre e das bobinas.
Fonte: autores.
Para a determinação o valor do campo magnético terrestre horizontal, pode-se utilizar
a figura 8 como parâmetro, nela, há a presença de um esquema do aparato experimental
em forma de desenho de mão livre realizado pelos autores (com a observação de ser
apenas uma representação sem nenhuma escala relacionada), onde, está localizado as
bobinas de Helmholtz com sua determinadas espiras sendo as linhas na vertical, há uma
linha tracejada ao meio das espiras para indicar o centro delas, tendo em visto que esta
representação está sendo vista de cima para baixo, já que, assim como descrito nos
procedimentos experimentais, sem a presença de tensão nas bobinas o ponteiro da bússola
se manteve paralela às bobinas. Há também, a presença de três vetores em cores
diferentes, sendo azul (Bs) para o campo magnético produzido pela corrente nas bobinas,
um rosa (Bt) sendo o campo magnético terrestre horizontal e um roxo na qual é a
combinação vetorial dos vetores azul e rosa.
Dado o esquema dos vetores Bs e Bt, pode-se obter através da figura 6 também, as
seguintes relações matemáticas acerca da determinação da componente horizontal do
campo magnético terrestre:
𝐵𝑠
𝑇𝑔 (θ) = 𝐵𝑡
(1)
𝐵𝑠 = 𝐵𝑡 . 𝑇𝑔 (θ) (2)
𝑦 = 𝑎. 𝑥 + 𝑏 (3)
Figura 9 - Bússola sentido horário, com o campo resultante Bs e a tangente do ângulo de deflexão do
ponteiro da bússola.
Fonte: autores.
Figura 10 - Bússola sentido anti-horário, com o campo resultante Bs e a tangente do ângulo de deflexão do
ponteiro da bússola.
Fonte: autores.
−03
𝑦 = 0, 0172 𝑥 + 2, 37 . 10 (5)
6. Conclusão