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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologia


Unidade Acadêmica de Física
Lab. Ótica Eletricidade e Magnetismo
Disciplina: Física Experimental II

CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR

Aluno (a): Mariana Souza Menezes Matrícula: 114110802


Turma: 03 Professor: Laerson Duarte

CAMPINA GRANDE
FEVEREIRO – 2018
1. INTRODUÇÃO

Em um ímã, as linhas de indução saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma
espira percorrida por uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao de
um ímã, e então atribui-se a ela um polo norte, do qual as linhas saem, e um polo sul, no
qual elas chegam.
O campo magnético de uma espira circular, produzida em um ponto do eixo é
obtido, aplicando-se a Lei de Biot-Savart:

dB = oIdl/4r3 xr

A integral resulta em:

B = MoR2I / 2(R2 + x2 )3/2

Onde,
M - n de voltas de espira;
I - corrente através da espira;
R - raio da espira;
x - distância ao longo do eixo, até o centro da espira.

Figura 1

Na prática é bastante difícil se medir um campo magnético estacionário. Para se


verificar o campo dado pela fórmula acima é aconselhável servir-se de um artifício que
facilita a medição. Este artifício consiste em fazer passar uma corrente alternada através
da espira.
Sendo a freqüência muito baixa (60Hz), isto não afeta a distribuição espacial do
campo descrita pela Eq. (1.2). Daí aproveita-se o efeito de indução (Lei de Faraday)
causado numa pequena bobina, colocada no ponto onde se quer medir o campo.
Da Lei de Faraday, sabemos que haverá uma força eletromotriz induzida na
bobina, dada por:

E = - d/dt = - NSwBocoswt

Onde,

Bo = MoR2Io / 2(R2 + x2)3/2

Geralmente, voltímetro e amperímetros para correntes alternadas indicam os


valores RMS (Root Mean Square) das voltagens e correntes.
Desde que isso seja o caso em nossa experiência, podemos escrever:

ERMS = NSwBRMS

Ou seja:

ERMS = NSwMoR2IRMS / 2(R2 + x2)3/2

Esse experimento teve como objetivo verificar da Lei de Biot-Savart no campo


de uma espira circular, através do princípio de indução (Lei de Faraday).
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Materiais Utilizados:

 Fonte de tensão alternada;


 Tábua como espira e bobina exploradora;
 Amperímetro;
 Reostato;
 Solenoide;
 Multímetro.

2.2 Procedimentos:

Anotamos os valores dos parâmetros: espira circular (n- n de espira por metro),
bobona exploradora (N- n de voltas, r - raio).
Montamos o circuito da Figura 1, usando a espira circular e colocando a bobina
exploradora em seu eixo.

Figura 2

Fixando a corrente no circuito do solenoide em 2,0A, medimos a tensão induzida


(ERMS) na bobina exploradora em função da distância x até seu centro.

Parâmetros espira circular:


N = 20 espiras
R = 7,5 raio da espira circular

Tabela 1
I = 2,0 A fixo
R variável do centro, onde r = 0 até 15 cm
X(cm) 0 1 2 3 4 5 6 7 8
ε 1 (mV) 12,4 11,6 10,9 9,6 8,5 7,1 6,2 5,2 4,4
ε 2 (mV) 12,3 11,4 10,6 9,6 7,9 7,1 6,1 5,2 4,5
ε 3 (mV) 12,7 11,7 10,7 9,3 8,1 7,0 5,9 5,1 4,5
ε m (mV) 12,5 11,6 10,7 9,5 8,2 7,1 6,1 5,2 4,5

X(cm) 9 10 11 12 13 14 15
ε 1 (mV) 3,8 3,3 3,0 2,6 2,4 2,2 2,1
ε 2 (mV) 3,9 3,5 3,0 2,8 2,6 2,4 2,2
ε 3 mV) 3,9 3,4 3,0 537 2,4 2,2 2,1
ε m (mV) 3,9 3,4 3,0 2,7 2,5 2,3 2,1
Fonte: Autor do experimento.

2.2.1 Determinação da área efetiva da bobina de indução colocada no


interior da solenoide

Anotamos os valores dos parâmetros: espira circular (N - n de voltas, R - raio),


bobina exploradora (N - n de voltas, r - raio).
Montamos o circuito da Figura 2, colocando a bobina exploradora dentro do
solenóide em seu eixo. Usamos o tubo de vidro para que o eixo da bobina se mantenha
ao do solenóide.

Figura 3

Variando a corrente no circuito do solenóide a intervalos de 0,1 A. Medimos a


tensão induzida ERMS na bobina exploradora quando a corrente varia de 0 a 1,0 A.
Colocamos os valores de f.e.m. induzida em relação a corrente IRMS que passa pelo
solenoide, na tabela 2.
Parâmetros da bobina de prova:
n = 500 esp
d = 48 cm
Tabela 2

I(A) 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0


ε (mv) 38,3 49,0 63,5 76,8 91,8 102,0 111,2
Fonte: Autor do experimento.
3. CONCLUSÕES
A experiência transcorreu de forma satisfatória, tendo em vista que os erros
cometidos foram poucos, onde as principais fontes de erros possíveis são o campo a
qual se desejava medir sofria influência de campos flutuantes e erros de observação
corriqueiros.
Foi possível observar o comportamento do campo magnético provocado pela
corrente que passa pela espira e também que o desvio percentual calculado para um
ponto no gráfico foi considerável devido às fontes de erro já citadas anteriormente.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil Escola – Campo Magnético. Disponível em:


<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-espira-circular.htm> Acessado
em: 25 de fevereiro de 2018

Magnetismo na web – Campo Magnético. Disponível em:


<http://magnetismonaweb.blogspot.com.br/campo-magnetico-de-uma-espira.html>
Acessado em: 25 de fevereiro de 2018

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