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Universidade Federal do Pará – UFPA

Campus Universitário de Tucuruí – CAMTUC


Faculdade de Engenharia Elétrica – FEE

LABORATÓRIO DE ELETROMAGNETISMO – 2023.1


Prof. Dr. André Cruz

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4 – FORÇA MAGNÉTICA E INDUÇÃO


ELETROMAGNÉTICA DE FARADAY

1) Objetivo

Este experimento baseia-se na medição experimental e discussão do conceito de força magnética


produzida sobre uma linha de corrente na presença de um campo magnético pela Lei de Lorentz e como
a força pode variar em função da corrente e da intensidade do campo magnético aplicado. Além disso,
objetiva-se possibilitar a medição experimental e discussão do conceito da Lei de Indução de Faraday
para os casos de movimentação de campo magnetostático e a presença estática de um campo
eletromagnético variável no tempo próximo de um solenoide. Pretende-se contribuir para a compreensão
física dos princípios físicos de funcionamento de máquinas elétricas de corrente alternada (CA) como o
transformador e o gerador.

2) Material Necessário – PARTE A

Durante este experimento serão necessários alguns elementos de circuitos e equipamentos para a
realização dos procedimentos experimentais:
• 1 Fonte de Corrente CC com regulagem de • 1 Imã permanente no formato de U;
nível de corrente; • 1 Multímetro digital;
• 1 Base de acrílico com hastes metálicas de • Cabos tipo banana-banana;
apoio com terminais para conexão elétrica;
• 1 Balanço de latão;
3) Procedimentos Experimentais

A seguir serão apresentados os procedimentos os quais devem ser realizados por todos os
membros da equipe. A divisão das atividades deve permitir que todos trabalhem para que os itens listados
sejam atendidos e as principais observações sejam registradas. Durante a realização dos experimentos é
importante registrar com fotos e anotações os fenômenos observados.

EXPERIMENTO 4 – PARTE A

1) Em uma folha de papel, desenhe um esboço do balanço de latão e do imã U. Em seguida, utilizando
uma régua meça todas as dimensões do balanço de latão e do imã U. Para identificar as partes
funcionais do experimento, utilize a Fig. 1. Como resultado, registre por meio de foto o desenho e
as anotações.

Figura 1- Partes funcionais do experimento balanço magnético


2) Incline levemente as hastes na bancada de acrílico, em seguida, apoie os braços do balanço de latão
nos furos das hastes condutoras. Se tiver dificuldades, solicite atenção do professor.
3) Utilizando dois cabos banana, conecte os terminais da bancada ao multímetro ajustado na escala de
resistência elétrica. Como resultado, obtenha a medição de resistência elétrica do circuito fechado
pelas hastes e o balanço de latão: 𝑅 = _______________________.
OBS: Atenção, utilize uma lixa, ou palha de aço, para eliminar qualquer resíduo isolante nas
conexões elétricas entre os conectores banana e as hastes condutoras.
4) Ligue a fonte CC controlada, em seguida, ajuste a tensão para 1V, ajuste também o “botão de máxima
corrente drenada” para o valor mínimo que mantenha a tensão de 1V no painel da fonte.
5) Desconecte o multímetro da bancada de acrílico, em seguida, conecte a bancada por meio de cabos
bananas à fonte de tensão desligada.
6) Posicione o imã em formato de U sobre a bancada de acrílico, de forma que a parte inferior do
balanço esteja centralizada ao máximo com o imã, e de forma que o campo magnético seja orientado
de cima para baixo, como ilustrado na Fig. 2a (utilize uma bussola para verificar a direção do campo).

(a) (b) (c)


Figura 2 - Disposições do imã em U no experimento do balanço magnético.
7) Ligue a fonte de alimentação e, aumente lentamente a regulagem de corrente até a condição do
balanço mudar. Utilize uma régua para medir o deslocamento do bastão em função da corrente
drenada (indicada no display da fonte). Como resultado, preencha a Tabela 1.
Tabela 01 – Resultados do procedimento 7) para disposição da Fig. 3a)
𝐼(𝐴)
𝑥(𝑚𝑚) 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

OBS: A fonte de alimentação não deve passar muito tempo ligada ao circuito, verifique se não excessiva dissipação de calor
no circuito. Se isso ocorrer, desligue imediatamente.
8) Como resultado, registre por meio de uma foto o balanço com maior o deslocamento. Descreva se
o sentido de movimento do balanço está de acordo com as leis de Faraday e força de Lorentz.
Aplique a regra da mão direita para estudar a direção do fluxo magnético em termos da direção da
corrente CC e da força magnética sobre o balanço de corrente.
9) Desligue a fonte de tensão, em seguida, inverta o imã como indicado na Fig. 2b. Repita os
procedimentos 7) e 8), anotando os resultados de deslocamento na Tabela 2.
Tabela 02 – Resultados do procedimento 7) para disposição da Fig. 3b)
𝐼(𝐴)
𝑥(𝑚𝑚) −2 −4 −6 −8 −10 −12 −14 −16 −18 −20

10) Desligue a fonte de tensão, agora coloque o imã posicionado como indicado na Fig. 2c. Repita 7)
verificando se há deslocamento como antes observado. Se sim monte uma nova tabela para registrar
a corrente em função do deslocamento, caso contrário, utilize os artifícios em 8) para justificar o
fenômeno observado.
4) Material Necessário – PARTE B

Durante este experimento serão necessários alguns elementos de circuitos e equipamentos para a
realização dos procedimentos experimentais:
• 1 Miliamperímetro analógico; • 4 Cabos tipo banana-banana;
• 1 Multímetro Digital; • 1 Bobina de 200/400/600 espiras;
• 1 Bastão de alumínio com imãs; • 1 Resistor de 10Ω;
• 4 imãs permanentes no formato anelar;

5) PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

EXPERIMENTO 4 – PARTE B

1) Utilizando uma placa de acrílico e uma bussola, realize o mapeamento do bastão de alumínio com
imãs na ponta. Como resultado, desenhe um esboço em uma folha indicando as linhas de campo
e os polos do imã.
2) Conecte os terminais da bobina de 200 espiras ao circuito de um resistor de 10Ω em série com o
miliamperímetro. Siga o esquema da Figura 3, sem o voltímetro em paralelo com R.

Figura 3 - Circuito do experimento 5A


3) Movimente o imã no bastão de alumínio de maneira que o mesmo passe por dentro das espiras. Verifique
o que ocorre com o miliamperímetro. Como resultado, indique o sentido da corrente quando o imã se
aproxima, e o sentido da corrente quando o imã se afasta. Indique se o procedimento está de acordo com
a lei de Faraday.
4) Aumente a velocidade de movimentação do bastão com os imãs e verifique o que ocorre no
miliamperímetro analógico. Descreva se há alguma diferença em relação ao observado no item 3);
5) Conecte o voltímetro em paralelo ao resistor, em seguida, repita o procedimento de movimento do imã
em velocidade normal. Como resultado, indique os picos de corrente e tensão, tanto positivo quanto
negativo, obtidos. Repita o procedimento até obter uma constância nos valores observados.
6) Repita os procedimentos de 3) a 5) para a conexão de 400 espiras.
7) Repita os procedimentos de 3) a 5) para a conexão de 600 espiras.
8) Para a bobina de 600 espiras, adicione os imãs anelares ao bastão de alumínio e repita o item 3). Descreva
se há diferenças em relação aos fenômenos observados.

6) Material Necessário – Parte C

Durante este experimento serão necessários alguns elementos de circuitos e equipamentos para a
realização dos procedimentos experimentais:
• 2 Multímetros Digitais; • 1 Bobina de 800 espiras;
• 1 Osciloscópio digital; • 1 Bobina de 400 espiras;
• 1 Fonte de tensão CA regulável; • 1 Núcleo magnético em O de ferro-silício.
• 4 Cabos tipo banana-banana;

7) PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

EXPERIMENTO 4 – PARTE C

1) Ligue a fonte de tensão CA, em seguida, com o auxílio de um voltímetro, ajuste a tensão da fonte
CA para 6𝑉𝑟𝑚𝑠 , ao fim, desconecte a fonte da tomada.
2) Com fonte desconectada da tomada, conecte seus terminais de saída aos terminais da bobina de
400 espiras, em paralelo ao voltímetro na escala de tensão AC. Siga o esquema da Figura 4.

Figura 4 - Circuito do experimento 5B


3) Conecte os terminais da bobina de 800 espiras no osciloscópio digital e posicione as duas bobinas
para que haja a maior interação do fluxo magnético.
4) Ligue a fonte de tensão CA e observe sinal de tensão da bobina de 800 espiras no osciloscópio.
5) Como resultado, registre o sinal do osciloscópio, anote as tensões em rms observadas nos
voltímetros do primário e secundário, e então calcule a relação de transformação teórica (a partir
do número de espiras) e prática (a partir das tensões rms medidas). Para evitar sobre
aquecimento, evite deixar a bobina ligada por mais de 2 minutos.
6) Com a fonte tensão CA desligada, posicione a metade do núcleo magnético de ferrosilício em O
no centro das duas bobinas e repita os itens de 4) a 5). Destaque no relatório as hipóteses que
podem explicar a mudança na relação de transformação experimental na tensão da bobina no
secundário em relação ao procedimento anterior.
7) Com a fonte tensão CA desligada, posicione a segunda metade do núcleo magnético de
ferrosilício em O no centro das duas bobinas (núcleo magnético fechado) e repita os itens de 4) a
5). Destaque no relatório as hipóteses que podem explicar a mudança na relação de transformação
experimental na tensão da bobina no secundário em relação ao procedimento anterior.

8) QUESTÕES PARA DISCUSSÃO A PARTIR DOS EXPERIMENTOS


I. Descreva fisicamente como surge a força magnética sobre uma linha de corrente na presença de
um campo magnético constante. Levante hipóteses sobre os fatores que podem alterar a
intensidade e direção da força magnetostática sobre uma linha de corrente.
II. Defina o conceito de indução modelado pela Lei de Faraday.
III. No Experimento 4 – PARTE A, descreva teórica e matematicamente o movimento do pêndulo
magnético levando em consideração as forças envolvidas.
IV. No Experimento 4 – PARTE B, explique a mudança do sentido da corrente induzida entre os
movimentos de afastar e aproximar os ímãs da bobina, e também quando se inverte a posição da
bobina.
V. No experimento 4 – PARTE C, levante hipóteses sobre a diferença nas relações de transformação
teórica e experimental entre as duas bobinas. Utilize o conceito de acoplamento magnético para
ajudar na explicação.

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