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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO POLITÉCNICO

CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS II

Apostila para orientação das aulas de Laboratório de Circuitos Elétricos II

Professores Organizadores
Euler Nício Cerqueira Lima
Flávio Macedo Cunha
Maria Luisa Grossi Vieira Santos

Agosto 2009
CONTEÚDO

APRESENTAÇÃO

NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

BLOCO I: CIRCUITOS TRIFÁSICOS


Unidade 1 - Circuitos Trifásicos Equilibrados em Conexão Estrela e Conexão Triângulo
Unidade 2 - Circuitos Trifásicos Desequilibrados em Conexão Estrela
Unidade 3 - Circuitos Trifásicos Desequilibrados em Conexão Triângulo
Unidade 4 – Motor Trifásico

BLOCO II: RESPOSTA EM FREQUÊNCIA


Unidade 1 - Circuito RL
Unidade 2 - Circuito RC
Unidade 3 - Circuito RLC

BLOCO III: QUADRIPOLOS


Unidade 1 – Quadripolos: levantamento de parâmetros (rede T e rede Π)
Unidade 2 – Quadripolos: aplicação com transformadores

BLOCO IV: CIRCUITOS ACOPLADOS


Unidade 1 - Circuitos Acoplados
Unidade 2 - Circuitos Acoplados com Núcleo de Ferro

BLOCO V: ANÁLISE DE FOURIER


Unidade 1 - Série de Fourier

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APRESENTAÇÃO

1. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA


Aprofundar os conceitos de circuitos elétricos aplicando-os em situações práticas, mediante
realizações de experiências em laboratório. Para tanto, utiliza-se tanto de recursos
computacionais (simulações nos softwares EWB e MATLAB) quanto de ensaios de
circuitos em bancadas. A análise crítica dos resultados obtidos é essencial em cada fase das
atividades envolvidas.

2. DESENVOLVIMENTO DAS AULAS


As aulas serão realizadas em grupos (de 3 alunos) que desenvolverão as seguintes etapas:
- propor um circuito para experimentação que atenda ao tema em estudo, indicando as
grandezas a serem avaliadas e destacando as cargas e os instrumentos de medição a
serem utilizados;
- efetuar os cálculos pertinentes;
- simular o circuito;
- montar o circuito proposto a partir dos dados obtidos na simulação, efetuando as
medições;
- avaliar os resultados obtidos com base na teoria em estudo e nos resultados esperados.

3. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Ao final de cada aula, os estudantes deverão apresentar um relatório da prática realizada, o
qual deve conter os seguintes tópicos:
- Circuito proposto para experimentação com indicação dos esquemas e equipamentos de
medição.
- Memória de cálculo relativa a prática realizada.
- Tabela indicando resultados de cálculo, simulação e medições realizadas.
- Análise de Resultados (discutir os procedimentos adotados e analisar os resultados).

4. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
- Relatórios e participação do estudante nas aulas (envolvimento com as atividades
durante as aulas, pontualidade e desempenho) - 20 pontos.
- 1ª Prova (metade do semestre) - individual - 30 pontos.
- 2ª Prova (final do semestre) - individual - 30 pontos.
- Trabalho Prático (contendo capa, sumário, introdução, teoria relacionada ao trabalho,
esquema de montagem, memória de cálculo, conclusão e bibliografia) - 20 pontos.

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NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
1. Não é permitida a transferência de equipamentos, instrumentos e materiais entre
laboratórios.
Em caso de inviabilidade de realização de uma atividade prática por falta de
material, poderá ser feito uso de material pertencente a outro laboratório desde
que o mesmo esteja disponível e seja devolvido ao laboratório de origem tão logo
seja liberado.
O professor deverá registrar o fato no Livro de Ocorrências do laboratório de
origem.

2. Qualquer equipamento com problema deve ser deixado em cima da mesa do


professor, o qual deve anotar no Livro de Ocorrências o problema apresentado,
para que o técnico possa solucioná-lo.

3. As montagens deverão ser feitas de forma clara e cuidadosa de modo a evitar


acidentes pessoais e danos aos equipamentos. Confira as ligações elétricas e a
adequação dos equipamentos, instrumentos e dispositivos usados na montagem.

4. As montagens somente deverão ser energizadas após a conferência e autorização


do professor, no horário de aula.

5. Após a realização das práticas todos os materiais e equipamentos deverão ser


guardados em seus respectivos locais de origem, inclusive os cabos que devem ser
separados por cor e tamanho.

6. Pastas, mochilas, ou quaisquer outros materiais, não deverão ser colocados sobre
as bancadas. Condicione os seus objetos em um local apropriado indicado pelo
professor.

7. Cuide para que o laboratório e seu acervo não sejam danificados ou destruídos.
Tem sido comum práticas como escrever/rabiscar em bancadas, cadeiras e
paredes; uso inadequado de cadeiras, reclinando-as e forçando seus pés e mesmo
usando-as como meio de locomoção de forma sistemática, no caso daquelas que
possuem rodízios.

8. Não coma, beba ou fume no laboratório.

9. É terminantemente proibida a instalação ou remoção de programas bem como


alterar as configurações dos computadores. Apenas o corpo técnico do suporte de
informática poderá fazê-lo.

10. Venha para o laboratório preparado para a atividade a realizar. Isto ajuda a reduzir
erros e procedimentos desnecessários.

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11. Use roupa adequada evitando o uso de camiseta cavada, bermuda e short.
Relógios, cordões e anéis devem ser removidos para evitar conexões metálicas.
Eles também podem desfazer uma ligação quando você menos espera.

12. Se existir qualquer dúvida, pergunte ao professor ou responsável pelo laboratório.


Não tente adivinhar!

13. Lembre que a eletricidade é um bom empregado, mas um péssimo patrão!

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BLOCO 1 – CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Bloco 1 – Unidade 1: Circuitos Trifásicos Equilibrados em Conexão Estrela


e Triângulo
1. OBJETIVOS
Nesta unidade será estudado o comportamento, montagem e medição de um circuito
trifásico equilibrado em conexão estrela e triângulo.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Utilizando os componentes disponíveis no laboratório, propor um sistema trifásico
equilibrado com a carga conectada em Y e em Δ, observando a limitação de
corrente de linha (máximo de 4A).

2.2. Simular o circuito (com e sem o neutro) no computador avaliando a ordem de


grandeza. Devem ser avaliadas as correntes de linha, de fase, a corrente de neutro e
as tensões de linha e de fase.
2.3. Efetuar os cálculos para as correntes de linha e de fase (nas 3 fases), corrente de
neutro, potência ativa monofásica, potência ativa trifásica e fator de potência.
Considere que a tensão de fase da fonte é VAN = 1270° V (rms), sequência
positiva (sequência abc).

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2.4. Montar o circuito na bancada, realizando medições das correntes de linha e de fase,
da corrente de neutro, das tensões de linha e de fase, do FP e da potência
monofásica.
2.5. Fazer uma tabela de dados com os dados calculados, simulados e medidos.
Tabela de Dados – carga Y
Grandeza Vlinha (V) Vfase (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) In (A) P (W) P3 (W) FP
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

Tabela de Dados – carga Δ


Grandeza Vcarga (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) Iab (A) Ibc (A) Ica (A) Pfase (W) PTOTAL (W) FP
Valor
calculado
Valor
simulado
Valor
medido

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. O que significa o termo equilibrado?

3.2. O que acontece se desconectarmos o neutro? Por quê?

3.3. Considerando a carga em Y, comparar a tensão de linha com a tensão de fase; qual
a relação entre elas? Qual a tensão aplicada em cada fase da carga? Defina tensão
de linha e tensão de fase, considerando a carga 3. Desenhar o diagrama fasorial
das tensões de linha e de fase, seqüências positiva e negativa.

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3.4. Relacionar a potência ativa monofásica e trifásica, analisando o resultado.

3.5. Qual o FP da carga 3?

3.6. Se conectarmos primeiramente uma carga em Y e depois uma em  à mesma fonte


trifásica, qual ficará submetida a maior tensão? Supondo que a tensão da fonte é
VAN = 2200° V (rms), qual será a tensão a que cada carga (Y e ) ficará
submetida?

3.7. Quando a carga é conectada em triângulo há a presença do neutro?

3.8. Considerando a carga em triângulo, comparar a corrente de linha com a corrente de


fase; qual a relação entre elas? Defina corrente de linha e corrente de fase.
Desenhar o diagrama fasorial das correntes de linha e de fase, seqüências positiva
(abc) e negativa (cba).

3.9. Comparar as potências nas cargas equilibrada em Y e em Δ.

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Bloco 1 – Unidade 2: Circuitos Trifásicos Desequilibrados em Conexão
Estrela
1. OBJETIVOS
Nesta unidade será estudado o comportamento, montagem e medição de um circuito
trifásico desequilibrado em conexão estrela, com e sem o neutro.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Utilizando os componentes disponíveis no laboratório, propor um sistema trifásico
desequilibrado com a carga conectada em Y, observando a limitação de corrente de
linha (máximo de 4A).

2.2. Simular o circuito com e sem o neutro, seqüência positiva e negativa, avaliando a
ordem de grandeza. Devem ser avaliadas as correntes de linha, a corrente de
neutro, as tensões de linha e de fase na carga trifásica.
2.3. Para o neutro conectado, efetuar os cálculos para as correntes de linha (nas 3 fases),
corrente de neutro, potências ativas monofásicas, potência ativa trifásica e fator de
potência. Considere que a tensão de fase da fonte é V AN = 1270° V (rms),
sequência positiva (abc) e seqüência negativa (cba).

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2.4. Para o neutro desconectado, efetuar os cálculos para as correntes de linha (nas 3
fases), potências ativas monofásicas, potência ativa trifásica e fator de potência.
Calcular a tensão aplicada em cada fase. Considere que a tensão de fase da fonte é
VAN = 1270° V (rms), sequência positiva (abc) e seqüência negativa (cba).

2.5. Montar o circuito na bancada, realizar medições com e sem o neutro das correntes
de linha, da corrente de neutro, das tensões de linha e de fase, e da potência
trifásica.

Tabela de Dados – Seqüência ABC com neutro


Grandeza Vlinha (V) Vfase (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) In (A) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

Tabela de Dados – Seqüência CBA com neutro


Grandeza Vlinha (V) Vfase (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) In (A) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

Tabela de Dados – Seqüência ABC sem o neutro


Grandeza Vao (V) Vbo (V) Vco (V) Von (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

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Tabela de Dados – Seqüência CBA sem o neutro
Grandeza Vao (V) Vbo (V) Vco (V) Von (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. O que significa o termo desequilibrado?

3.2. O que acontece se desconectarmos o neutro? Por quê?

3.3. Com o neutro conectado: Comparar a tensão de linha com a tensão de fase;
podemos obter alguma relação entre elas? Qual a tensão aplicada em cada fase da
carga?

3.4. Com o neutro desconectado: Comparar a tensão de linha com a tensão de fase;
podemos obter alguma relação entre elas? Qual a tensão aplicada em cada fase da
carga?

3.5. Relacionar as potências ativas monofásicas e trifásica, analisando o resultado.

3.6. Como podemos interpretar o FP da carga 3 desequilibrada?

3.7. Há relevância em conhecermos como o sistema se comporta nas duas seqüências


de fase? Por quê?

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Bloco 1 – Unidade 3: Circuitos Trifásicos Desequilibrados em Conexão
Triângulo
1. OBJETIVOS
Nesta unidade será estudado o comportamento, montagem e medição de um circuito
trifásico desequilibrado em conexão triângulo.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Utilizando os componentes disponíveis no laboratório, propor um sistema trifásico
desequilibrado com a carga conectada em , observando a limitação de corrente de
linha (máximo de 3A).

2.2. Efetuar os cálculos para as correntes de linha e de fase, potência ativa monofásica,
potência ativa trifásica (utilizando o método dos dois wattímetros) e fator de
potência. Considere que a tensão de fase da fonte é V AN = 1270° V (rms),
sequência positiva (abc) e seqüência negativa (cba).

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2.3. Simular o circuito no computador (sequências abc e cba) avaliando a ordem de
grandeza e comparando com os resultados obtidos no cálculo. Devem ser avaliadas
as correntes de linha e de fase e a tensão aplicada à carga.
2.4. Montar o circuito na bancada, realizando medições (sequência positiva e seqüência
negativa) das correntes de linha e de fase, da tensão aplicada à carga e da potência
3 utilizando o método dos dois wattímetros.
2.5. Fazer duas tabelas de dados (sequência positiva e seqüência negativa) com os
dados calculados, simulados e medidos.

Tabela de Dados – Seqüência ABC


Grandeza Iab (A) Ibc (A) Ica (A) Ia (A) Ib (A) Ic (A) PW1 (W) PW2 (W) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

Tabela de Dados – Seqüência CBA


Grandeza Iab (A) Ibc (A) Ica (A) Ia (A) Ib (A) Ic (A) PW1 (W) PW2 (W) P3 (W)
Valor calculado
Valor simulado
Valor medido

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Qual será a tensão à qual a carga ficará submetida?

3.2. Você acha que o sistema elétrico existente é um sistema equilibrado ou


desequilibrado? Por quê?

3.3. Comparar a corrente de linha com a corrente de fase; podemos obter alguma
relação entre elas?

3.4. Relacionar as potências ativas monofásicas e trifásica, analisando o resultado.

3.5. Há relevância em conhecermos como o sistema se comporta nas duas seqüências


de fase? Por quê?

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Bloco 1 - Unidade 4: Motor Trifásico
1 – Interpretar os dados de placa do motor:

Potência ___________

Tensões Correntes Ligação

2 – Identificar os terminais das bobinas

3 – Efetuar a ligação do motor na rede (a vazio) usando o método dos dois wattímetros
conforme esquema indicado.

4 – Utilizando os dados medidos, dimensionar o valor do capacitor a ser instalado para


corrigir o FP para 0,9 indutivo.

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5 – Executar novamente o esquema do circuito e a montagem inserindo o banco de
capacitores para atender ao indicado no item 4.

Tabela de dados
Parâmetros SEM CAPACITOR COM CAPACITOR
I
P (ativa)
S (aparente)
FP

6 – Análise dos resultados


6.1 – Avaliar o valor das potências (ativa e aparente) nas condições do circuito: a – sem o
capacitor e b – com o capacitor.

6.2 – Existe diferença ao conectar o banco de capacitores em Y ou em Δ?

6.3 – Avaliar o valor da corrente de linha com e sem o banco de capacitores.

6.4 – Quais as vantagens na utilização do banco de capacitores?

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BLOCO 2 – RESPOSTA EM FREQUÊNCIA

Bloco 2 – Unidade 1: Circuito RL


1. OBJETIVOS
Analisar o comportamento de um circuito RL com a variação da freqüência. Capacitar o
aluno a fazer o diagrama de Bode e interpretá-lo.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Com os componentes disponíveis no laboratório, propor um circuito elétrico RL
contendo um indutor e um resistor, de tal forma que os terminais de saída do
circuito sejam os terminais do resistor.

2.2. A partir das equações diferenciais do circuito, obter a função de transferência do


sistema (em dB), com os valores de R e L definidos.

2.3. Estimar o ganho e o deslocamento de fase para baixas freqüências, frequência de


corte e altas freqüências. Faça uma análise dos resultados obtidos – em cada
freqüência determine se o circuito atenuou ou amplificou o sinal de entrada e qual a
quantidade de tempo que a saída está adiantada ou atrasada em relação à entrada.

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2.4. Simular o circuito proposto no EWB utilizando o gerador de funções e o
osciloscópio. Devem ser avaliadas no osciloscópio a tensão de entrada e a tensão
no resistor (tensão de saída) para pelo menos três valores distintos de freqüência
(freqüência de corte, uma década abaixo dessa e uma década acima).

2.5. Fazer uma tabela de dados com os dados simulados nas três frequências.
Tabela de Dados
Frequência f (Hz)  (rad/s) Vi (V) V0 (V) Vo/Vi Ganho (dB) 0-i
C/10
Freqüência de corte - C
10C

2.6. Traçar o diagrama de Bode (módulo e ângulo) utilizando o EWB ou o MatLab,


analisando o resultado tendo em vista os dados obtidos na tabela.

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Faça uma análise qualitativa do circuito proposto, mostrando porque ele funciona
como um filtro passa-baixa.

3.2. Defina freqüência de corte.

3.3. Se considerarmos como saída do circuito os terminais do indutor e não do resistor,


como o circuito passará a funcionar? Por quê?

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Bloco 2 – Unidade 2: Circuito RC
1. OBJETIVOS
Analisar o comportamento de um circuito RC com a variação da freqüência. Capacitar o
aluno a fazer o diagrama de Bode e interpretá-lo.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Com os componentes disponíveis no laboratório, propor um circuito elétrico RC
contendo um capacitor e um resistor, de tal forma que os terminais de saída do
circuito sejam os terminais do resistor.

2.2. A partir das equações diferenciais do circuito, obter a função de transferência do


sistema (em dB), com os valores de R e C definidos.

2.3. Estimar o ganho e o deslocamento de fase para baixas freqüências, frequência de


corte e altas freqüências. Faça uma análise dos resultados obtidos – em cada
freqüência determine se o circuito atenuou ou amplificou o sinal de entrada e qual a
quantidade de tempo que a saída está adiantada ou atrasada em relação à entrada.

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2.4. Simular o circuito proposto no EWB utilizando o gerador de funções e o
osciloscópio. Devem ser avaliadas no osciloscópio a tensão de entrada e a tensão
no resistor (tensão de saída) para pelo menos três valores distintos de freqüência
(freqüência de corte, uma década abaixo dessa e uma década acima).

2.5. Fazer uma tabela de dados com os dados simulados nas três frequências.
Tabela de Dados
Frequência f (Hz)  (rad/s) Vi (V) V0 (V) Vo/Vi Ganho (dB) 0-i
C/10
Freqüência de corte - C
10C

2.6. Traçar o diagrama de Bode (módulo e ângulo) utilizando o EWB ou o MatLab,


analisando o resultado tendo em vista os dados obtidos na tabela.

2.7. Fazer a montagem utilizando o gerador de funções e o osciloscópio, verificando a


tensão de entrada e as tensões de na resistência para vários valores de freqüência.
Fazer uma tabela com os dados medidos.

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Faça uma análise qualitativa do circuito proposto, mostrando porque ele funciona
como um filtro passa-alta.

3.2. Se considerarmos como saída do circuito os terminais do capacitor e não do


resistor, como o circuito passará a funcionar? Por quê?

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Bloco 2 – Unidade 3: Circuito RLC
1. OBJETIVOS
Analisar o comportamento de um circuito RLC com a variação da freqüência. Capacitar
o aluno a fazer o diagrama de Bode e interpretá-lo.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Com os componentes disponíveis no laboratório, propor um circuito elétrico RLC
contendo um indutor e um resistor, de tal forma que os terminais de saída do
circuito sejam os terminais do resistor.

2.2. A partir das equações diferenciais do circuito, obter a função de transferência do


sistema (em dB), com os valores de R, L e C definidos.

2.3. Calcular as freqüências: ressonância, corte inferior e corte superior.

2.4. Calcular a largura de faixa.

2.5. Estimar o ganho e o deslocamento de fase para baixas freqüências, frequência de


ressonância e altas freqüências. Faça uma análise dos resultados obtidos – em cada
freqüência determine se o circuito atenuou ou amplificou o sinal de entrada e qual a
quantidade de tempo que a saída está adiantada ou atrasada em relação à entrada.

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2.6. Simular o circuito proposto no EWB utilizando o gerador de funções e o
osciloscópio. Devem ser avaliadas no osciloscópio a tensão de entrada e a tensão
no resistor (tensão de saída) para pelo menos três valores distintos de freqüência
(freqüência de ressonância, uma década abaixo dessa e uma década acima).

2.7. Fazer uma tabela de dados com os dados simulados nas três frequências.
Tabela de Dados
Freqüência f (Hz)  (rad/s) Vi (V) V0 (V) V0/Vi Ganho (dB) 0-i
r /10
wc1
Freqüência de ressonância - r
wc2
10r

2.8. Traçar o diagrama de Bode (módulo e ângulo) utilizando o EWB ou o MatLab,


analisando o resultado tendo em vista os dados obtidos na tabela.

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Faça uma análise qualitativa do circuito proposto, mostrando porque ele funciona
como um filtro passa-faixa.

3.2. Se considerarmos como saída do circuito os terminais da associação capacitor em


série com indutor e não do resistor, como o circuito passará a funcionar? Por quê?

3.3. O que ocorre na freqüência de ressonância? Defina esta freqüência.

3.4. O que ocorre na freqüência de corte? Defina esta freqüência.

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BLOCO 3 – QUADRIPOLOS

Bloco 3 – Unidade 1: Quadripolos: levantamento de parâmetros (rede T e


rede Π)
OBJETIVO: Verificar experimentalmente a teoria de quadripolos.

1 - Utilizando componentes disponíveis, montar uma rede T e uma rede Π e realizar


medições de modo a obter os parâmetros do quadripolo correspondente.
2 - Utilizar a tabela abaixo como referência para o levantamento dos parâmetros.
Tipo T
Valores Condição Condição Condição Condição
medidos V1 = 0 I1 = 0 V2 = 0 I2 = 0
V1
I1
V2
I2
Tipo Π
Valores Condição Condição Condição Condição
medidos V1 = 0 I1 = 0 V2 = 0 I2 = 0
V1
I1
V2
I2

3 – Calcular os parâmetros Z (ou Y).

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4 – Calcular a rede T e a rede Π correspondente.

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Bloco 3 - Unidade 2: Quadripolos: aplicação com transformadores
1 – MODELO DO TRANSFORMADOR
O esquema de um transformador monofásico é apresentado na figura 1, indicando os
enrolamentos primários e secundários com um núcleo de FeSi. Um pequeno percentual do
fluxo magnético dos enrolamentos, indicados por Xp e Xs, são dispersos, i.e., não passam
pelo núcleo magnético do transformador.

FeSi: alto μr

I
Xp Xs
Primário Secundário
Xm
Fig. 1 – Esquema do transformador monofásico

Este transformador pode ser modelado por um circuito indicando a impedância dos enrolamentos e
a impedância que representa as perdas magnéticas no núcleo, (figura 2).
Temos:
rp = impedância do enrolamento primário
rs = impedância do enrolamento secundário
Xp = reatância de dispersão do enrolamento primário
Xs = reatância de dispersão do enrolamento secundário
R = resistência que representa as perdas por histerese e por correntes de Foulcaut
Xm = reatância de magnetização

Fig. 2 – Modelo do transformador (representação das reatâncias e circuito equivalente)

Os valores de rp, rs, Xp e Xs são muito pequenos quando comparados com R e Xm.

2 – OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DO TRANSFORMADOR


Os parâmetros do transformador, indicados na figura 2, podem ser obtidos mediante ensaio, que
remetem ao estudo de quadripolos. Estes ensaios são denominados de: 1 – ensaio com secundário
aberto e, 2 – ensaio de curto-circuito.

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Para realizar estes ensaios deve-se considerar:
- o valor da tensão em cada enrolamento do transformador;
- o valor da corrente que cada enrolamento suporta;
- que os valores de R e Xm são muito acima dos valores das reatâncias e resistências dos
enrolamentos.

2.1 – Medições dos parâmetros dos enrolamentos


Os valores de rp e rs podem ser obtidos usando-se uma fonte de cc de 1,5 V, conforme esquema da
Figura 3.

Fig. 3 – Esquema para medição de rp e circuito equivalente da medição

MEDIDAS
Vcc =
Icc =
rp =

Observe que, em cc, as reatâncias podem ser consideradas iguais a zero. Neste caso obtemos o valor
de rp. Esquema similar pode ser realizado para obter rs.

2.2 – Ensaio com secundário em curto-circuito


O esquema para realização deste ensaio está indicado na figura 5 (V = 8,5 V). Como R e Xm tem
valor muito acima de rp, xp, rs, xs o circuito equivalente fica restrito aos elementos série rp, xp, rs,
xs.

Fig. 5 – Esquema para ensaio com secundário em c.c. e circuito equivalente.


MEDIDAS

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Vp =
Ip =
Is =
P=

Impedância total para o esquema da figura 5:

Z = Vp / Ip

P = VI cos φ

φ=

Os valores de rp e rs já foram obtidos. Então, os valores para Xp e Xs:

Xp =

Xs =

2.3 – Ensaio com secundário aberto


O esquema para realização do ensaio com secundário aberto está indicado na figura 4 (V = 100V).
Medidas realizadas: tensão, corrente e potência no primário; tensão no secundário.

Fig. 4 – Esquema para ensaio com secundário aberto e circuito equivalente

MEDIDAS
Vp =
Ip =
P=
Vs =

A impedância total, obtida a partir das medições é:

Z = Vp / Ip (obtem-se módulo, sem o ângulo)

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Como R e Xm tem valor muito acima de rp, xp, rs, xs, o esquema indicado na figura 4 pode ser
aplicado para obtenção de R e de Xm.

R = V2 / P

Sendo P = R.Ir2, o valor de Ir será: Ir = ( P / R.)1/2

A corrente total (Ip) tem uma componente resistiva e uma componente reativa, indicada pelo
diagrama:

Ir

Ix Ip

Podemos obter o valor da corrente Ix e do ângulo φ.

Ip = Ir + Ix

Resultados:
Ip =
Ir =
Ix =
R=
Xm =
φ=

Podemos retornar à figura 2 e completar os dados dos elementos do circuito equivalente do


transformador.
Interpretar os procedimentos realizados com a teoria de quadripolos.

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BLOCO 4 – CIRCUITOS ACOPLADOS

Bloco 4 – Unidade 1: Circuitos Acoplados


1. OBJETIVOS
- Analisar o comportamento de um circuito elétrico onde ocorre o acoplamento magnético;
- Estudar a variação da mútua indutância com os diversos fatores que influenciam o
acoplamento magnético num circuito;
- Determinar o valor da mútua indutância entre dois indutores, utilizando um método
prático.

2. MÉTODO PARA SE OBTER O VALOR DA MÚTUA INDUTÂNCIA


Zadit = (R+RL1+RL2) + j(XL1+XL2+2XM)
Zsub = (R+RL1+RL2) + j(XL1+XL2 -2XM)
K = M / (L1L2)1/2
onde:
Zadit: Impedância do circuito quando do acoplamento aditiva []
Zsub: Impedância do circuito quando do acoplamento subtrativo []
R: resistência do resistor []
RL1: resistência interna do indutor 1 []
RL2: resistência interna do indutor 2 []
XL1: reatância indutiva da bobina 1 []
XL2: reatância indutiva da bobina 2 []
XM: reatância indutiva mútua []
M: indutância mútua [H]
K: coeficiente de acoplamento [adimensional]

3. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


3.1. Com os componentes disponíveis no laboratório, propor uma montagem de um
circuito elétrico contendo dois indutores e um resistor em série.

3.2. Efetuar os cálculos para a corrente, a potência ativa total e o fator de potência do
circuito, supondo que o acoplamento magnético entre os indutores seja nulo (K=0).
Considere o circuito alimentado pela tensão de fase disponível na bancada do
laboratório.

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3.3. Montar o circuito proposto, procurando dispor os indutores na bancada de forma
que o acoplamento seja mínimo. Meça a corrente, a potência ativa total e o fator de
potência do circuito.
3.4. Agora, disponha os indutores de forma que o acoplamento seja máximo. Meça a
corrente, a potência ativa total e o fator de potência do circuito. Identifique se o
acoplamento foi aditivo ou subtrativo. Inverta a ligação dos indutores para obter
um acoplamento contrário ao obtido anteriormente. Realize novamente as
medições.
3.5. Fazer uma tabela de dados com as medições obtidas para o circuito sem
acoplamento, com acoplamento aditivo e com acoplamento subtrativo.

Valores Sem Com Acoplamento Com Acoplamento


medidos Acoplamento Aditivo Subtrativo
V (V)
I (A)
P (W)
FP

3.6. Baseado nos dados medidos, determinar a indutância mútua (M) e o coeficiente de
acoplamento (K).

4. ANÁLISE DE RESULTADOS
4.1. Explique como ocorre o acoplamento magnético no circuito proposto.

4.2. Comparando com o circuito sem acoplamento, como ficam a corrente, a potência
dissipada e o fator de potência em um circuito com acoplamento aditivo? Explique
tomando como base a nova impedância do circuito.

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4.3. Idem à questão anterior só que agora considerando o acoplamento subtrativo.

4.4. Dê exemplos práticos sobre acoplamento magnético.

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Bloco 4 – Unidade 2: Circuitos Acoplados com Núcleo de Ferro
1. OBJETIVOS
Analisar o comportamento de um circuito elétrico onde ocorre o acoplamento
magnético com núcleo de ferro.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Utilizando o mesmo circuito proposto na aula anterior, insira um núcleo de aço
silício entre os indutores, meça a corrente, a potência ativa total e o fator de
potência do circuito.
2.2. Inverta a posição das bobinas e repita os procedimentos do item anterior.
2.3. Fazer uma tabela de dados com as medições obtidas para o circuito com
acoplamento aditivo e com acoplamento subtrativo.

Valores Com Acoplamento Com Acoplamento


medidos Aditivo Subtrativo
V (V)
I (A)
P (W)
FP

2.4. Baseado nos dados medidos, determinar a indutância própria da bobina com o
núcleo, a indutância mútua (M) e o coeficiente de acoplamento (K).

2.5. Agora, insira um núcleo de ferro entre os indutores e meça a corrente, a potência
ativa total e o fator de potência do circuito.
2.6. Idem 2.2.
2.7. Idem 2.3.

Valores Com Acoplamento Com Acoplamento


medidos Aditivo Subtrativo
V (V)
I (A)
P (W)
FP

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2.8. Baseado nos dados medidos, determinar a indutância própria da bobina com o
núcleo, a indutância mútua (M) e o coeficiente de acoplamento (K).

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Explique como a introdução do núcleo de ferro afeta o acoplamento magnético no
circuito proposto.

3.2. Qual dos núcleos utilizados possui maior coeficiente de acoplamento? O que isto
significa?

3.3. A introdução dos núcleos afeta o valor da indutância própria? Explique

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BLOCO 5 – ANÁLISE DE FOURIER

Bloco 5 – Unidade 1: Série de Fourier


1. OBJETIVOS
Aplicar a série de Fourier de forma a analisar o espectro de freqüência de uma onda,
determinando a freqüência fundamental e suas harmônicas.

2. CIRCUITO PARA EXPERIMENTAÇÃO


2.1. Obter a decomposição em Série de Fourier de uma onda de tensão quadrada com
período T e amplitude V. O período e a amplitude da onda deverão ser definidos
pelo grupo.
2.2. Utilizando o programa de simulação MatLab, implemente a Série de Fourier de
acordo com a seqüência abaixo:
2.2.1. Apenas a componente fundamental;
2.2.2. Série de Fourier contendo os cinco primeiros termos;
2.2.3. Série de Fourier contendo os dez primeiros termos;
2.2.4. Série de Fourier contendo os cinquenta primeiros termos;
2.2.5. Série de Fourier contendo os cem primeiros termos;
2.2.6. Série de Fourier contendo os duzentos primeiros termos.
2.3. Observe o resultado analisando a diferença entre o sinal gerado pela soma de
senóides e o sinal desejado.
2.4. Repita os itens anteriores considerando agora que o sinal a ser obtido é uma função
seno retificada em meia onda. A frequência e a amplitude deverão ser definidas
pelo grupo.

3. ANÁLISE DE RESULTADOS
3.1. Quantos termos foram necessários para que a forma de onda resultante seja bem
próxima do sinal desejado?

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