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Laboratório de
Eletricidade e
Eletrônica
MAF1292
METODOLOGIA
RELATÓRIOS E NORMAS DO LABORATÓRIO
1-1 Introdução
1- 2 Programa - Previsto
AULAS
1 Metodologia, Relatório e Normas
2 Voltímetros e Ohmímetros
3 Associação De Capacitores
4 Capacitância E Dielétricos
5 Tabela De Código De Cores e Medidas Da Resistência
6 Associação Mista De Resistores
7 Circuitos RC
8 Regras De Kirchhoff
9 Ponte De Wheatstone
10 Teorema de Thevenin e Norton
11 Osciloscópio
12 Retificador de meia onda
13 Retificador de tomada central
14 Retificador em ponte
15 Circuito multiplicador de tensão
16 Diodo zener
17 Circuito estabilizador de tensão
18 Transistor com chave
1- 3 Relatório
Uma etapa importante no trabalho científico é a divulgação dos resultados obtidos. O relatório deve ser
o mais objetivo possível e conter as informações essenciais sobre o que foi feito, como foi feito e os resultados
obtidos. São apresentados a seguir os itens essenciais de um relatório correspondente a uma prática de
laboratório:
1- 4 Forma de Avaliação
Na composição das médias do laboratório, a nota das atividades experimentais terá o valor máximo
de dois pontos (2.0). Todas as aulas de laboratório são avaliativas. A participação do aluno na realização de
todos os experimentos corresponderá à nota máxima de um ponto. A entrega do relatório e/ou atividades
correspondentes ao experimento terá também nota máxima de um ponto. Não haverá reposição de práticas de
laboratório. Os alunos que faltarem à determinada prática de laboratório terão automaticamente nota zero na
nota do experimento ao qual faltou.
1– 5 Normas do Laboratório
O laboratório é um lugar onde observações são feitas sob condições controladas, de forma que os
resultados podem ser reproduzidos. Portanto, na execução das experiências, os alunos devem seguir certas
normas. São elas:
1- 7 Bibliografia Sugerida
3. O. Helene et al., O que é uma medida física? Revista Brasileira de Ensino de Física, 13, 12
(1991).
4. V. P. Lkhachev, M. T. Cruz e J. Mesa, Quantas medidas são necessárias para o conhecimento de
uma grandeza física? Revista Brasileira de Ensino de Física, 22, 4 (2000).
5. Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J. Fundamentos de Física. Vol.3, LTC – Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro (2003).
6. Alonso, M. S. e Finn, E. S., Física, Vol. 3, Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo (1998).
7. Nussenzveig, H. Moysés. Curso de Física básica. Vol.3, Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo,
1981.
Experiência
1
MULTITESTE: VOLTÍMETRO E OHMÍMETRO
1. OBJETIVOS
Conhecer o funcionamento do multímetro básico.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Multímetro digital;
b) Resistores diferentes;
c) Pilhas;
d) Baterias;
e) Fonte de tensão alternada (rede elétrica de 220/110 VAC) ;
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O Multímetro básico permite fazer medidas de resistência elétrica, diferença de potencial
(ddp) e corrente elétrica, ou seja, têm-se, em um único aparelho, um voltímetro, um amperímetro
e um ohmímetro. Há, portanto, aparelhos (principalmente os digitais) que fazem, além dessas
medidas básicas, outras mais específicas como medir continuidade, testar diodos, transistores,
frequência, dentre outras. Neste experimento abordaremos o uso do multímetro somente como
voltímetro e ohmímetro, ou seja medir tensão (ddp) e resistência.
Para medir a ddp, o voltímetro deve ser ligado em paralelo com o dispositivo elétrico. Há
dois tipos de tensão elétrica:
O multímetro, como voltímetro, quando preparado para medir tensão contínua, estará
medindo a tensão média (valor médio da forma de onda da tensão). Já, quando preparado para
medir tensão alternada, estará medindo a tensão eficaz (valor eficaz ou valor rms da forma de
onda da tensão).
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
VOLTÍMETRO DIGITAL: Medidas de Tensão Contínua (VDC) e Tensão Alternada (VAC).
a) Conecta as respectivas ponteiras (ou cabos com pinos tipo banana): preta(o) no COM e
vermelha(o) no borne que contém o sinal (V). A polaridade não precisa ser respeitada
tratando de multímetro digital, caso a polaridade for invertida, aparecerá apenas um sinal
negativo.
b) Para efetuar medidas de tensão elétrica, selecione uma escala adequada. Alguns modelos
possuem escala automática, outros, não.
2FOLHA DE CÁLCULO E ANOTAÇÕES
EXPERIÊNCIA 1
c) Meça a tensão das pilhas e da bateria. Anote os valores na Tabela 1-1 (item multímetro
digital).
d) Para medir tensão elétrica alternada, ajuste o multímetro na escala (Alternate Current
Voltage - ACV). Escolha um valor adequado ao valor da ddp a ser medida (caso a escala
de medidas for variável). Alguns modelos possuem escala automática, assim sendo, basta
selecionar o modo: tensão alternada.
e) Meça a tensão da rede elétrica, e anote o valor na Tabela 1-2.
f) Finalmente, calcule e anote, nas tabelas, o erro percentual entre os valores medidos (VMD)
e os valores nominais (Vn). Use a equação:
VMD VN
%E 100 .
VMD
Fontes de Tensão Multímetro Digital (V) Valor Nominal (V) Erro (%)
(VDC)
Fonte 1
Fonte 2
Fonte 3
2
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
1. OBJETIVOS
Estudar os tipos de Associações de Capacitores e comparar as capacitâncias
equivalentes teóricas e experimentais.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Matriz de Capacitores (ou protoboard);
b) Quatro capacitores de poliéster metalizado;
c) Fios de ligação com pinos “banana”;
d) Medidor digital de capacitância.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Quando existe uma combinação de capacitores num circuito, podemos, algumas vezes,
substitui-la por um capacitor equivalente, isto é, por um único capacitor que tenha a mesma
capacitância que a combinação real dos capacitores. Com tal substituição, podemos
simplificar o circuito e, assim, determinar, mais facilmente, as grandezas desconhecidas do
circuito. Neste experimento, vamos discutir combinações básicas de capacitores que
permitem tal substituição: capacitores associados em paralelo, capacitores em série.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A – LEITURA NOMINAL E COM MEDIDOR DE CAPACITÂNCIA
a) Faça uma leitura nominal das capacitâncias de cada um dos capacitores dados;
b) Meça a capacitância de cada capacitor utilizando o medidor;
c) Calcular o erro percentual em relação às duas medidas;
d) Anotes os resultados na tabela 2.1.
TABELA 2.1 Leitura nominal.
+q –q +q –q +q –q +q –q
+ -
a b
V
FIGURA 2.1 Associação de Capacitores em série.
4
CAPACITÂNCIA E DIELÉTRICO
1. OBJETIVOS
Medir a constante de permissividade 0; verificar a relação para capacitância de um
capacitor de placas paralelas: C 0 A d.
2. MATERIAL UTILIZADO
a) Um capacitor de variável de alumínio (placas isoladas por acrílico): 2,3 pF – 280 pF;
b) Um medidor digital de capacitância;
c) Dois fios de condutores;
d) Papel milimetrado;
FIGURA 4.1 – Capacitor de placas paralelas com separação variável montado em isolante
acrílico.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Se preenchermos o espaço entre as placas de um capacitor com um dielétrico (isolante), o
que acontecerá com a capacitância? Michael Faraday (1791-1867) investigou este assunto pela
primeira vez em 1837. Usando equipamento simples, ele descobriu que a capacitância aumentava
por um fator , que ele chamou de constante dielétrica do material isolante. Outro efeito
importante na introdução do dielétrico no capacitor é limitar a diferença de potencial que se pode
aplicar entre as placas a um certo valor Vmáx , chamado de potencial de ruptura. Se este valor for
excedido, o material dielétrico se romperá e formará um caminho condutor entre as placas. Logo,
todo material dielétrico possui uma rigidez dielétrica característica, que é valor máximo do campo
elétrico que um isolante pode tolerar sem se romper e se tornar um condutor (para o ar a rigidez
dielétrica é ~ 3 10 V/m). Na tabela abaixo são mostradas algumas constantes dielétricas
3
importantes.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2FOLHA DE CÁLCULO E ANOTAÇÕES
EXPERIÊNCIA 4
2
Diâmetro das Placas (m) Área das Placas do Capacitor (m )
d (mm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Cexp (F)
Tabela 4.4 – Variação da capacitância em função de d e 1/d.
4
TABELA DE CÓDIGO DE CORES
1. OBJETIVOS
Obter o valor nominal da resistência usando o código de cores dos resistores e medir a
resistência utilizando o ohmímetro.
2. MATERIAL UTILIZADO
a) Multímetro digital;
b) Resistores diversos;
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem
de corrente elétrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. Seu cálculo é
dado pela Primeira Lei de Ohm, e, segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), é medida
em ohms.
Os condutores cuja função específica em um circuito é oferecer uma resistência à corrente
elétrica são denominados de resistores. No diagrama de um circuito, representamos um resistor e
uma resistência pelo símbolo .
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
B – LEITURA NOMINAL
a) Familiarize com a tabela de código de cores;
b) Fazer a leitura nominal dos quatro resistores utilizando a tabela de código de cores.
Anote os resultados na tabela 4.2
Tabela 4.2 – Leitura nominal das resistências.
0 0 0
1 2 3 Fator % Resistência
Resistores Algarismo Algarismo Algarismo Multiplicativo Tolerância ()
1
2
3
4
5. EXERCÍCIOS
a) Determine a sequência de cores para os resistores: 4,7 KΩ 5%; 10 Ω 10%; 2,2 Ω
5%; 5,6 MΩ 5%; 348 Ω 1%.
Experiência
5
ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES
1. OBJETIVOS
Verificar a validade das equações teóricas para uma associação mista de resistores;
2. MATERIAL UTILIZADO
a) Matriz com 4 (quatro) resistores (ou protoboard);
b) Cabos de conexão;
c) Multímetro digital
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Quando há uma associação de resistores em um circuito podemos substituir essa
combinação por um resistor equivalente – ou seja, um único resistor que possui a mesma
resistência que a combinação de resistores existentes. Com tal substituição, podemos simplificar o
circuito possibilitando soluções mais fáceis para grandezas desconhecidas do circuito.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE 1 – LEITURA NOMINAL DAS RESISTÊNCIAS
a) Determine a resistência de cada resistor utilizando o multímetro.
a V
A
R1
i1 i A i A
+ 2 3
V V
T -
R V V2 R V V3
i4 2 3
R4
A
b
V
T
V4
Experiência
6
CIRCUITO EM SÉRIE RC
1. OBJETIVOS
Estudar os chamados circuitos RC, formados por uma resistência R e um capacitor C, e
determinar a constante de tempo capacitiva RC .
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Matriz RC;
b) Cabos de conexão com “pino banana”;
c) Capacitor eletrolítico;
d) Resistor;
e) Multímetro digital;
f) Cronômetro digital;
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Neste experimento estudaremos um tipo de circuito no qual há uma resistência, um
capacitor e uma corrente variando com o tempo, chamado de circuito RC, como mostrado na
Fig.6.1. Quando a chave “Ch” é fechada em “a” o capacitor é carregado através do resistor R até
atingir sua carga máxima. Em seguida, quando a chave é fechada em “b”, o capacitor é
descarregado através do resistor R. A equação teórica para a ddp de descarga do capacitor é [1]
t
VC V0e
(6.1)
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
b R=
47k
V=
10V V
C=
1000
F
7
REGRAS DE KIRCHHOFFE
1. OBJETIVOS
Verificar experimentalmente as regras de Kirchhoff.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Protoboard (ou Matriz Kirchhoff);
b) Cabos de conexão com pino “banana”;
c) Fonte de tensão contínua (pilhas ou fontes): 3,0V, 3,0V e 9,0V;
d) Três resistores de 1/8 W: 1,0 k e 390 ;
e) Multímetros.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Ao projetarmos circuitos elétricos mais complexos, constituídos de várias malhas, em geral
usamos elementos conhecidos (Ex.: resistores, baterias e outros). Frequentemente o problema
então consiste em determinar a corrente em um elemento particular do circuito. Duas regras,
chamadas regras de Kirchhoff, Em homenagem ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff (1824-
1887), guia-nos na determinação dessas correntes. Essas regras são conhecidas como regra das
malhas e a regra dos nós:
REGRA DAS MALHAS: A soma algébrica das variações de potencial encontradas ao
longo de uma malha fechada de qualquer circuito deve ser nula.
REGRA DOS NÓS: A soma das correntes que chegam a qualquer nó deve ser igual à
soma das correntes que saem daquele nó.
Utilizando as regas de Kirchhoff para o circuito da Fig.7.1, obtemos as seguintes relações
para as correntes i1 e i2 através dos resistores R1 e R2:
V1 V2 V3 V2
i1 , i2 .
R1 R2
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
8
PONTE DE WHEATSTONE
1. OBJETIVOS
Usar a configuração de resistores chamada de ponte de Wheatstone para medir as
resistências desconhecidas;
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Matriz Wheatstone (ou Protoboard);
b) Cabos de conexão com pino “banana”;
c) Fonte de tensão contínua variável: 10 VDC;
d) Dois resistores conhecidos de 1/8 W: 1,0 k e 390 ;
e) 10 (dez) resistores de resistências desconhecidas;
f) Multímetro digital;
g) Década Resistiva.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Na Fig.8.1, a resistência R V (Resistência variável) deve ter seu valor ajustado na década
resistiva até que os pontos “a” e “b” sejam trazidos para o mesmo potencial. Testa-se esta
condição, ligando-se um voltímetro sensível entre os pontos “a” e “b”. Se estes pontos estiverem
no mesmo potencial, o voltímetro marcará zero e dizemos que a ponte está em equilíbrio.
Quando o ajuste é feito, a seguinte relação é válida:
R
R X R V 1
R2
Uma resistência desconhecida Rx pode ser medida em termos de uma resistência padrão RV
usando-se este dispositivo, que é chamado Ponte de Wheatstone em homenagem ao físico
inglês Charles Wheatstone (1802-1875).
R2 = 390 Rv
R1 = Rx
1,2k
V = 10 V
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2 FOLHA DE CÁLCULO E ANOTAÇÕES
EXPERIÊNCIA 8
9
TEOREMA DE THEVENIN E NORTON
1. OBJETIVOS
Verificar, experimentalmente, os teoremas de Thevenin e Norton.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Fonte de Tensão
b) Resistores: 100Ω, 330Ω, 390Ω e 560Ω
c) Década resistiva
d) 02 multímetros digitais
e) Protoboard, fios, cabos e alicate.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os sistemas elétricos que contenham fontes de tensão ou de corrente independentes e
componentes passivos (resistores, indutores e capacitores) tem características de circuitos
lineares. Em sua análise, pode-se reduzi-los a circuitos simples equivalentes, mediante a aplicação
dos teoremas de superposição ou Thevenin e Norton.
Qualquer rede linear bipolar pode também ser representada por um circuito formado por uma fonte de
corrente em paralelo com uma resistência como mostrado na figura 9.2. Esse circuito é o dual do circuito
equivalente de Thevenin. A corrente utilizada na representação de Norton (I N) é a corrente de curto-circuito
entre os terminais A e B considerados. A resistência interna (RN) do circuito é obtida da mesma forma que no
equivalente de Thevenin. Assim, a tensão e a corrente, fornecida a uma carga RL, devem ter o mesmo valor,
tanto no circuito original quanto no circuito equivalente de Norton.
2 FOLHA DE CÁLCULO E ANOTAÇÕES
EXPERIÊNCIA 8
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Monte no Protoboard o circuito da Fig.9.3;
b) Meça a tensão (VL) e a corrente (iL) no resistor de carga (RL). Anote na tabela 9.1
c) Substitua o resistor de carga por um curto circuito e meça o valor dessa corrente (iN).
Anote na tabela 9.1
d) Retire o resistor de carga (RL) do circuito e meça a tensão de Thevenin (VTH) entre os
pontos a e b. anote na tabela 9.1
e) Substitua a fonte de tensão por um curto circuito e meça a resistência de Thevenin (RTH)
entre os pontos a e b. Anote na tabela 9.1
f) Monte o circuito equivalente de Thevenin. Utilize a década resistiva e a fonte de tensão
para os valores de (RTH) e (VTH).
g) Meça e anote a tensão e a corrente entre os pontos a e b do circuito equivalente.
h) Compare os valores obtidos na letra g com os obtidos na letra b.
Tabela 9.1
Circuito Original VL (v) = iL (A) =
VTH (v) = RTH (Ω) = iN (A) =
Circuito Equivalente
VL (v) = iL (A) =
5. EXERCÍCIOS
10
OSCILOSCÓPIO
1. OBJETIVOS
Conhecer as funções básicas de um osciloscópio, familiarizando-se com seus controles.
Verificar as formas de onda de um sinal elétrico contínuo, senoidal, triangular e onda
quadrada, medindo suas amplitudes e períodos.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Oscilador duplo traço;
b) Gerador de sinais ou gerador de funções;
c) Multímetro digital;
d) Fonte de tensão CC, variável;
e) Quatro cabos com garra jacaré.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
11- Ajuste o controle de inclinação do traço para que o mesmo fique paralelo ao eixo horizontal
da tela do osciloscópio.
As primeiras medições
A maioria das medições feitas com o osciloscópio utiliza uma ponteira atenuadora 10 X
passiva, normalmente fornecida com o próprio aparelho por ocasião da compra. Antes de utilizá-la,
portanto, você deve ajustá-la no parafuso de ajuste existente no corpo da mesma e colocando-a no
ponto de teste disponível no painel frontal do equipamento, o qual gera um sinal padrão quadrado.
O sinal observado na tela do osciloscópio deve ser o mais quadrado possível, sem
aberrações ou arredondamentos, de acordo com a figura 10.1. No item “a” a ponteira está
subcompensada. No item “b” a ponteira está sobre-compensada. Deve-se buscar o ajuste da letra
“c”, com compensação adequada. Caso este ajuste esteja incorreto, as amplitudes medidas
podem se apresentar incorretas ou o formato do sinal medido pode não ser o real.
Esta compensação deve ser feita no canal em que a ponteira for usada. Se você quiser
usar a ponteira em outro canal deverá ajustá-la novamente.
a b c
O aterramento da ponteira do osciloscópio é outro ponto que deve ser observado. Se você
for medir frequências abaixo de 5 MHz pode usar um terra constituído de um pino banana
conectado ao jack no painel frontal. Na outra extremidade deste cabo haverá uma garra jacaré que
deverá ser conectada ao terra do equipamento a ser medido. No entanto, caso a frequência a ser
medida possua um valor acima de 5 MHz o recomendado é utilizar o terra da própria ponteira de
medição.
No aterramento do osciloscópio ao equipamento de teste também se deve ter muito
cuidado porque o osciloscópio, se corretamente aterrado, tem seu terceiro pino da tomada
aterrado, ou seja, toda a carcaça do osciloscópio está verdadeiramente aterrada. Sendo assim,
caso o usuário coloque a garra de terra do osciloscópio na carcaça de um equipamento que está
referenciado à rede (como o primário de fontes chaveadas) pode haver problemas porque haverá
um aterramento do circuito em teste pelo osciloscópio. A consequência provavelmente será um
estouro... Para evitar que isso aconteça é aconselhável utilizar transformador de isolamento nos
equipamentos em teste em que se sabe que este problema pode acontecer.
OSCILOSCÓPIO
volts/div time/div
2V 200 us
Vamos, agora, partir para a suposição que o sinal apresentado na tela do osciloscópio é o
da figura 10.2. É um sinal quadrado que ocupa duas quadrículas verticais e quatro quadrículas
horizontais.
O controle de atenuação vertical está posicionado para 2 V/DIV e a base de tempo
horizontal está em 200 µs/DIV.
Veja a seguir o raciocínio para se medir o período, a frequência e a amplitude deste sinal:
Período:
O sinal ocupa 4 quadrículas horizontais na tela entre o início de um ciclo até o término do
mesmo. Para medir o período basta multiplicar as quatro quadrículas pela base de tempo
horizontal, ou seja 4 X 200 µs = 800 µs.
Frequência:
A frequência é o inverso do período, portanto, para medir a frequência basta dividir “1”pelo
período. O resultado fica assim: 1/800 µs = 1250 Hz.
Amplitude:
O sinal ocupa 2 quadrículas verticais na tela. Para saber a amplitude, basta multiplicar as
duas quadrículas pela escala VOLT/DIV. Como o botão está posicionado para 2 V/DIV,
multiplicamos 2 (div) X 2 (volts). O total será de 4 Volts.
1
f
T
Os valores de tensão lidos em um voltímetro indicam, em geral, o valor eficaz (ou rms) com
a forma de onda. Contudo, o comportamento temporal de sinais alternados é o de assumir todos
os valores dentro de uma determinada faixa de valores. A relação entre valor eficaz e valor de pico
para a tensão senoidal é dada por:
VP
Vef Vrms
2
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Ligue um dos canais do osciloscópio à saída de calibração e ajuste a amplitude de
acordo com as especificações do osciloscópio. Verifique as formas de onda ao se alterar a posição
dos controles Volts/div e Time/div e a atuação de cada controle. Meça o valor de pico a pico para a
tensão (VPP) e o período (T) ao variar os controles.
b) Conecte a ponta de prova do osciloscópio (CH1) e do multímetro (voltímetro) à fonte de
tensão CC (conforme figura abaixo). Ajuste a tensão da conte CC, com o voltímetro, para os
valores indicados na tabela 10.1. Faça as medidas de tensão com o osciloscópio, preencha a
tabela para cada caso e calcule o erro percentual.
Vvoltimetro Vosciloscopio
E% 100
Vvoltimetro
11
DIODO RETIFICADOR
1. OBJETIVOS
Obter o gráfico da curva característica, corrente x tensão, do diodo retificador. Determinar o
ponto de trabalho Q, no circuito, por intermédio da reta de carga.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Fonte de tensão DC ajustável;
b) Resistor (1 kΩ);
c) Um diodo 1N4007 ou equivalente;
d) Um LED;
e) Dois Multímetros digitais;
f) Protoboard, fios e cabos.
g) Papel Milimetrado.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Um resistor é um dispositivo linear porque a tensão aplicada nele e a corrente que circula
por ele são proporcionais. Um diodo, por outro lado, é um dispositivo não linear, porque a tensão
aplicada nele não é proporcional à corrente que circula por ele.
Além disto, um diodo é um dispositivo unilateral porque ele conduz bem apenas quando
está polarizado diretamente. Como regra prática, um diodo de silício de pequeno sinal apresenta
uma resistência cc reversa/direta numa razão de 1.000:1.
Nesta experiência você medirá as tensões e correntes num diodo polarizado direta e
reversamente. Isto dará condições de você desenhar a curva característica do diodo.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
DADOS DO DIODO:
2 - Monte o circuito 1, usando um resistor limitador de corrente (RS) de 1k. Para cada valor de
tensão listado na tabela 1, meça e anote as tensões VF e as correntes IF no diodo.
2 FOLHA DE CÁLCULO E ANOTAÇÕES
EXPERIÊNCIA 10
3 - Calcule os valores de resistência cc direta do diodo para cada corrente anotada na tabela 1.
4 - Inverta a polaridade da fonte de tensão. Para cada valor de tensão listado na tabela 2, meça e
anote os valores de VR e IR do diodo.
5 - Calcule e anote os valores de resistência cc reversa do diodo para cada valor de tensão
anotado na tabela 2.
6 - Plote os valores obtidos nas tabelas 1 e 2 e desenhe a curva característica do diodo (I x V).
Utilize para isso papel milimetrado tamanho A4.
12
RETIFICADORES DE ONDA
1. OBJETIVOS
Analisar o funcionamento dos três retificadores básicos e suas respectivas formas de onda;
calcular os valores de pico, médio e de pico a pico dos retificadores básicos.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Oscilador duplo traço;
b) Multímetro digital;
c) Dois diodos 1n4007 ou equivalente
d) Resistores (1,0 kΩ, 10 kΩ)/1 W e 100 Ω/5w
e) Cabos, alicate, fios e protoboard.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os três retificadores básicos são: 1/2 onda, onda completa em ponte e onda completa com
tomada central (CT). A frequência de saída de um retificador de 1/2 onda é igual à da entrada,
enquanto que para os retificadores de onda completa, a frequência de saída é o dobro da de
entrada.
Nesta experiência você montará todos os três tipos de retificadores e medirá suas
características de entrada e de saída. Além desses três tipos básicos de retificadores, você
montará também um retificador simétrico, muito utilizado atualmente.
Para os retificadores de 1/2 onda a tensão média na saída sem filtragem é da ordem de
0,3185Vmax, enquanto que para os retificadores de onda completa, com tomada central ou em
ponte a tensão média na saída sem filtragem é da ordem de 0,637Vmax.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
13
DIODO ZENER
1. OBJETIVOS
Analisar o funcionamento de um diodo Zener; entender o conceito de regulação de
tensão.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
a) Resistor 470 Ω/ 5 W;
b) Diodo Zener 5,6 V / 1 W;
c) 02 Multímetros digitais;
d) Fonte de tensão CC, variável;
e) Protoboard, fios e cabos.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O diodo zener é equivalente a uma fonte de tensão CC, quando operando na região de ruptura,
isto é, podemos considerá-lo como uma fonte CC com uma pequena resistência interna.
Sua principal vantagem é manter a tensão nos seus terminais aproximadamente
constante. Seu símbolo é mostrado abaixo:
A figura abaixo mostra a curva característica de um diodo zener (gráfico I -V), onde na
região de polarização direta, começa a conduzir por volta de 0,7V, como se fosse um diodo
comum.
PZ = VZIZ
Desde que a potência não seja ultrapassada, o diodo zener pode operar dentro da
região de ruptura sem ser destruído.
onde:
IZM = máxima corrente de zener especificada
PZM = potência especificada
VZ = tensão de zener
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1- Meça as resistências do diodo zener nas polarizações direta e reversa (procure utilizar para
leitura o centro da escala do ohmímetro). A relação entre as resistências reversa/direta deve ser
de no mínimo 1.000/1.
2- Monte o circuito abaixo:
3- Calcule e anote a tensão de saída para cada valor de tensão listado na tabela 1.
4- Meça e anote a tensão de saída para cada valor listado na tabela 1.
5- Com os dados da tabela 1, calcule e anote a corrente zener e anote na tabela 2.
6- Com a equação VZ = IZRZ , calcule a resistência zener para VE = 10V. (Use as variações de
tensão e corrente entre 8V e 12V); anote na tabela 2.
7- Calcule a resistência zener para VE = 12V, e anote na tabela 2.
TABELA 1
TABELA 2
VE IZ (calculada) RZ(calculada)
0V s/anotação
2V s/anotação
4V s/anotação
6V s/anotação
8V s/anotação
10V
12V
14V s/anotação