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Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Instalações Elétricas
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Instalações Elétricas
• Instalações Elétricas.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar conceitos iniciais;
• Apresentar os principais conceitos de instalações elétricas de baixa tensão.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Instalações Elétricas
Instalações Elétricas
Seja bem-vindo(a) à nossa Unidade de Instalações Prediais.
No Brasil, as instalações elétricas são definidas por Normas e Regras, que definem
tanto a produção e distribuição de energia elétrica, como a sua instalação e utilização
pelos consumidores finais, sejam consumidores residenciais, comerciais ou indus-
triais; a NBR 5410, de 2004, é a que trata das instalações prediais de baixa tensão.
Mas acredito que você esteja se perguntando o que são instalações elétricas de
baixa tensão, certo? Bem, as instalações elétricas são divididas entre “extra baixa
tensão”, “baixa tensão” e “alta tensão”. A diferença entre todas elas está na tensão
elétrica; nossas instalações, que são de baixa tensão, operam entre 75V e 1500V,
o que abrange quase todas as edificações existentes.
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Figura 1 – Elétrons livres em um cabo de força
Fonte: Acervo do Conteudista
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UNIDADE Instalações Elétricas
Isto está claro? O que precisamos entender é o seguinte: não conseguimos ver a
eletricidade; vemos apenas os efeitos que ela provoca, ou seja, os aparelhos elétri-
cos funcionando, as luzes acendendo, o chuveiro elétrico esquentando, etc. O que
mede estes efeitos é a “potência elétrica”.
Em projetos residenciais, que são nosso foco, trabalhamos com a potência elé-
trica “ativa”, ou seja, para que façamos nossos projetos e nossos cálculos, vamos
utilizar este conceito.
Conseguiu entender as diferenças entre estas noções? Estas ideias ficarão mais
claras agora, pois vamos começar a pensar em nossas instalações elétricas e vamos
utilizar o que acabamos de ver.
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Explor
Ligação elétrica da concessionária, disponível em: http://bit.ly/2vNkXo7
No item – Ligações, medidor e disjuntor geral, você verá como fica a ligação em uma
Explor
Como você já deve ter percebido, no Brasil, de maneira geral, as ligações elétri-
cas de distribuição, a partir das concessionárias, são aéreas, ou seja, estas ligações
são feitas a partir de postes, e os fios e cabos correm aparentes, pelo alto destes
postes. As ligações entre estes postes de distribuição da rua e os postes de entrada
das edificações também são feitas pelo alto. Este tipo de ligação, além de ser esteti-
camente desagradável, apresenta uma série de problemas, pois é muito frágil e está
sujeito a uma série de acidentes, que acontecem com frequência, seja pela queda de
árvores, seja pela passagem de veículos muito altos, que acabam por desconectar
os cabos. Este tipo de ligação, também, demanda uma manutenção muito cons-
tante, tanto com a troca de peças que estão sujeitas à ação das intempéries, como
pela poda e corte de árvores, que partem a fiação. Os cabos subterrâneos são mais
seguros, ou seja, estão menos sujeitos a acidentes, e possuem uma manutenção
muito mais fácil e simples, mas o custo para o enterramento da infraestrutura que
já está instalada é muito alto; outro fator que faz com que as concessionárias não
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UNIDADE Instalações Elétricas
queiram executar o enterramento dos cabos é que o espaço dos postes é alugado
para outras concessionárias e permissionárias, de TV a cabo, telefonia, etc.
Quando a ligação dos postes de distribuição para o poste de entrada estiver feita,
a energia estará pronta para ser distribuída e utilizada na edificação. A energia elé-
trica é, então, levada, através do circuito de distribuição, até o quadro de distribui-
ção; o circuito de distribuição é um cabo que faz a ligação entre a caixa de medição
e o quadro de distribuição, ou quadro de luz, como é conhecido popularmente; este
quadro fará a distribuição da energia por toda a edificação, centralizando todas as
ligações. A figura 4 mostra esta ligação.
Quanto mais a energia elétrica é transmitida por um cabo, mais ela se dispersa,
ou seja, maior a perda que acontece; este é um dos motivos pelos quais a caixa de
distribuição está geralmente localizada próxima à entrada da edificação. Além disto,
por transmitir bastante potência elétrica, estes cabos precisam ter uma bitola gran-
de, ou seja, um diâmetro largo, e, portanto, têm um custo alto. No link acima, por
exemplo, é possível ver que a bitola dos cabos que entram na edificação é grande;
de maneira geral, este tipo de cabo tem um custo alto e é utilizado em pequenas
extensões. A figura 5 mostra um quadro de distribuição residencial.
O que isto representa para o nosso projeto? Isto quer dizer que teremos de
adaptar nosso projeto de interiores de acordo com o que foi pensado no projeto
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de elétrica; em um projeto de elétrica que foi bem executado, por exemplo, este
quadro de distribuição pode estar atrás da porta da cozinha, que geralmente esta-
rá aberta, escondendo o quadro. Pode acontecer, no entanto, que este quadro de
distribuição esteja na sala de estar, o que significa que ele estará aparente em seu
projeto, como podemos ver na figura 6.
Este quadro, como é possível ver na figura 6, está localizado atrás da porta
da sala, que é um a porta que geralmente está fechada, ou seja, o quadro estará
sempre aparente. O que podemos fazer para disfarçar este item? Podemos man-
dar fazer uma moldura fixa na parede e fazer com que a porta fique mais discreta;
lembre-se, no entanto, de que o acesso a este quadro deve ser fácil e livre, não
podendo ser obstruído por mobiliário. O link abaixo mostra algumas ideias para
disfarçar este quadro.
Explor
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UNIDADE Instalações Elétricas
Figura 7 – Disjuntores
Em instalações elétricas mais antigas, os fusíveis têm a mesma função do disjun-
tor, ou seja, o fusível interrompe a passagem de energia em caso de sobrecarga, com
a diferença de que o fusível “queima” e precisa ser trocado. É claro que “queimar”
é um termo popular, já que o que acontece é que o filamento que compõe o fusível
derrete e não pode ser recomposto, obrigando a substituição da peça. A praticidade
dos disjuntores fez com que nenhuma instalação elétrica nova fosse feita com o uso
de fusíveis, e mesmo as antigas, conforme vão sendo atualizadas, utilizam esta tec-
nologia mais nova. O link a seguir mostra como funciona um fusível; é possível ver
no corte da peça o fio de chumbo, que derrete com a sobrecarga de energia elétrica,
evitando que este excesso de potência passe para o circuito terminal e sobrecarre-
gue algum aparelho ou alguma ligação, inutilizando as peças.
Explor
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óbvio, certo? Mas saiba que muitas vezes esta regra básica não é atendida,
causando grandes transtornos aos usuários.
• É preciso prever circuitos separados para aparelhos com corrente superior a
10 A, como secadores de cabelos e chuveiros. Os aparelhos que trabalham
com resistências, geralmente, têm um consumo de energia maior; este consu-
mo é indicado pela amperagem do eletrodoméstico, ou seja, quanto maior a
amperagem, maior o consumo. Com esta relação em mente, você deve saber
que é preciso que este tipo de ligação tenha um circuito separado, ou seja, que
estes aparelhos estejam ligados a um único disjuntor. O chuveiro, por exemplo,
está conectado a um disjuntor exclusivo.
Um detalhe extremamente importante, e ignorado pela maioria dos profissio-
nais, é que tomadas para aparelhos que consumam mais energia, ou seja, que
tenham maior amperagem, são diferentes das tomadas padrão, conforme mostra a
figura 8. A tomada para 20 ampères deve ser indicada para o uso em banheiros,
área de serviço e cozinhas, que possuem mais aparelhos com amperagem maior,
como o forno de micro-ondas, por exemplo.
até 10 A até 20 A
orifício orifício
04 mm 04 mm
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UNIDADE Instalações Elétricas
muito importante com relação a este tipo de tomada é que ela fica recuada em re-
lação ao espelho, que é o acabamento que vai na parede. A função desta distância
é evitar acidentes, já que nenhuma peça metálica do plugue fica aparente no mo-
mento de fazer a conexão, evitando choques e machucados.
Mas o que nós, como Designers de Interiores, podemos fazer, já que este não
é um projeto que iremos executar? Devemos, além de ter este conhecimento, que
você está adquirindo, confirmar se o projeto de elétrica ou se o profissional que
está executando as instalações conhece estas instruções e está seguindo as nor-
mas. É comum, por exemplo, que alguns profissionais não façam a ligação do pino
central das novas tomadas no aterramento da edificação, o que inutiliza totalmente
a eficácia destas peças.
Nosso papel principal como designers de interiores é indicar a posição e a quan-
tidade de pontos de energia em cada ambiente, prevendo o uso que cada ambiente
terá e calculando o número de tomadas e interruptores em cada cômodo.
A Norma indica o número mínimo de tomadas a ser projetada, mas você verá
que este número é realmente pequeno e bastante inferior ao necessário para as
exigências atuais, mas é preciso levar em consideração que esta regulamentação é
antiga, a NBR 5410 é de 2004, quando as pessoas não utilizavam tantos aparelhos
e carregadores como hoje em dia.
Mas vamos ver quais são as recomendações da norma, que devem ser seguidas.
• Qualquer cômodo, independentemente do uso, com menos de 6m² deve ter
pelo menos um ponto de tomada (um ponto de tomada pode ter mais de
uma tomada).
• Salas, dormitórios e dependências com mais de 6m² devem ter um ponto de
tomada para cada 5 m de perímetro mais 1 para as frações. O que isto quer
dizer? Vamos ver um exemplo: seu cliente tem um dormitório que tem 4,5m
x 4m, ou seja, 18 m². Como este cômodo tem mais de 6m², devemos obter o
perímetro para descobrir o número de pontos de tomada; para isto devemos
somar as medidas de todas as paredes, ou seja, 4m + 4,5m + 4m + 4,5m, o
que nos dá um total de 17 m. De acordo com a NBR, devemos estabelecer
que haverá um ponto de tomada a cada 5 m mais um ponto de tomada pela
fração, o que nos dá um total de 4 pontos de tomada para este ambiente. Fácil
de entender isto, certo?
• Cozinhas, áreas de serviço, lavanderias, etc. Nestes casos, independentemente
da área, devem ser previstos pontos de tomada a cada 3,5m de perímetro,
mais um ponto para a fração. No exemplo acima, assumimos que o ambiente
era um dormitório, mas caso imaginemos que seja uma cozinha, teremos um
perímetro de 17m; a cada 3,5m deste perímetro mais a fração, teremos um
ponto de tomada, o que nos dará um total de 5 pontos de tomada, certo? Va-
mos conferir: 3,5m x 4 = 14m, mais a fração de 3m, que corresponde a mais
um ponto de tomada.
No caso da cozinha, de acordo com a NBR, devemos prever, além dos pontos
calculados acima, pelo menos duas tomadas sobre a bancada (no mesmo ponto ou
em pontos diferentes).
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• Para as varandas, independentemente da área e do perímetro, deve ser previs-
to pelo menos um ponto de tomada.
• Para os banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório, desde
que esteja a pelo menos 0,60 m do box, para evitar o respingo de água, o que
pode causar graves acidentes.
Como foi dito antes, a NBR nos dá o número mínimo de tomadas a ser proje-
tado em cada ambiente. Em uma edificação nova, esta Norma deve ser obedecida,
então você vai encontrar este número mínimo de pontos de tomada, mas, ainda
assim, em muitos casos, vai precisar aumentar o número de pontos de tomada, em
função do uso das pessoas que utilizam a edificação.
Em edificações antigas que serão reformadas, é muito comum que você en-
contre vários cômodos com apenas um ponto de tomada, e com uma caixa de
distribuição subdimensionada, precisando, muitas vezes, de um novo projeto de
elétrica. Dependendo da época de construção, poderemos encontrar até caixas
de distribuição com fusíveis; nestes casos, pode ser recomendável contratar um
engenheiro elétrico para a execução do projeto.
Um hábito que é interessante que você desenvolva é uma visita à residência ou
ao escritório de seus clientes antes ou durante a execução do seu projeto de interio-
res e das suas indicações para o projeto de elétrica, observando como é feito o uso
cotidiano dos equipamentos e aparelhos. Caso você note a presença de extensões,
de adaptadores ou de benjamins ou T’s, esta é uma indicação clara de que é preciso
repensar a instalação, aumentando o número e a disposição dos pontos de tomada;
esta verificação terá uma influência direta em seu projeto.
A partir destas observações e das conversas com o cliente, você vai executar seu
projeto de elétrica, que inclui a indicação dos pontos de tomada, dos interruptores,
etc., ou seja, você vai indicar para o engenheiro ou para o profissional qualificado
o que ele deverá fazer para que as instalações elétricas atendam às necessidades do
seu projeto e, portanto, às necessidades do seu cliente.
Vamos estudar, na próxima Unidade, o significado da simbologia utilizada nos
projetos de elétrica, bem como todos os itens que são utilizados em um projeto, de
tal forma a que estejamos capacitados a entender um projeto de instalações elétri-
cas e fazer as nossas interferências neste tipo de projeto.
Os conceitos que vimos nesta Unidade são fundamentais para o prosseguimento
de nossos estudos, por isso releia o que não estiver claro, tirando as suas dúvidas,
e nos reencontraremos em breve.
Até lá!
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UNIDADE Instalações Elétricas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Física – Circuitos Elétricos: Resumo
Video interessante para se aprofundar em circuitos elétricos.
https://youtu.be/eX-XWKFnpWA
Leitura
Habitação Social e Eficiência Energética: Um protótipo para o clima de Belo Horizonte
ASSIS, Eleonora Sad de et al. Habitação social e eficiência energética: um protótipo
para o clima de Belo Horizonte. Anais do II Congresso Brasileiro de Eficiência
Energética. Vitória, Espírito Santo, Brasil.
https://bit.ly/2W3WtWy
Viabilidade Econômica de um Projeto de Micro Geração Fotovoltaica Residencial no Ambiente de Compensação
de Energia Elétrica
REIS, Vagner Vieira et al. Viabilidade econômica de um projeto de microgeração
fotovoltaica residencial no ambiente de compensação de energia elétrica. Convibra 2015
https://bit.ly/2Q6KP7L
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Referências
LIMA FILHO, D. S. Projetos de instalações elétricas prediais. 12ª ed. São Paulo:
Editora Érica, 2011.
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Instalações Prediais:
Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Circuitos Elétricos
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Circuitos Elétricos
• Introdução.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar o conceito de circuitos elétricos e descrever sua definição em projeto.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Circuitos Elétricos
Introdução
Olá, estudante!
A indicação dos circuitos, como já vimos, é um cuidado que faz parte das suas
funções, ou seja, você pode e deve discutir, tanto com o projetista de elétrica,
como com o profissional que vai efetivamente fazer as instalações, a forma como
estas instalações funcionarão melhor para cada tipo de cliente.
Mas o que isto quer dizer? Isto significa que você, como autor(a) do projeto de
interiores, tem um conhecimento melhor e mais profundo a respeito das neces-
sidades do seu cliente do que um projetista, que vai, de maneira geral, fazer um
projeto padronizado, atendendo ao que está descrito nas Normas, mas sem saber
as necessidades específicas do seu cliente.
Vamos pensar em um caso específico, o que você acha? Seu cliente optou por
comprar um micro-ondas em uma loja que vende equipamentos importados; esta
loja exige, como parte da garantia, que a instalação seja feita por um profissional
autorizado por ela. Quando este profissional for fazer a instalação desse eletrodo-
méstico, caso a tomada esteja ligada a um circuito com outras tomadas ou com
iluminação, ou seja, caso o projeto de elétrica não tenha previsto um circuito
exclusivo para a ligação do micro-ondas, este profissional não fará a instalação,
ou fará a instalação, mas seu cliente irá perder a garantia da loja.
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Isto significa que seus conhecimentos deverão ser amplos e, pensando mais
especificamente nos projetos de instalações elétricas, será preciso que você inter-
prete estes pedidos e consiga atendê-los de maneira plena.
Para que você consiga ter esta discussão, é preciso que você saiba ler e inter-
pretar um projeto técnico de instalações elétricas, entendendo o que foi projetado
para determinado cliente e sugerindo as alterações que forem necessárias para o
atendimento de suas necessidades.
Iremos entender passo a passo como este projeto é feito e vamos aprender
como podemos sugerir as alterações que forem necessárias. Vamos lá?
Os projetos de instalação elétrica são feitos em diagramas unifilares, como
veremos adiante. Estes diagramas utilizam uma série de símbolos. Veremos a
simbologia mais utilizada pelos profissionais.
A primeira coisa a ser compreendida é a simbologia utilizada nos projetos de
instalações elétricas e o que cada símbolo significa, pois estes são os símbolos que
você deverá utilizar em suas alterações e nas intervenções que forem necessárias;
lembre-se de que este é um projeto técnico e é preciso que você utilize as ferra-
mentas corretas!
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UNIDADE Circuitos Elétricos
Figura 2 – Interruptor simples
A letra que é colocada neste símbolo indica o ponto que será comandado por
esta peça, ou seja, qual a luminária que será acionada quando ligarmos este inter-
ruptor. É muito comum, também, o uso de interruptores com mais de uma tecla, ou
seja, interruptores que podem comandar mais de uma luminária; a figura 3 mostra
a representação deste tipo de interruptor.
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c
Figura 3 – Interruptor triplo
A figura 4 mostra o que está sendo representado por estes símbolos, ou seja,
todas as vezes em que você vir esta simbologia em um projeto de elétrica, isto é o
que deve ser imaginado.
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Na figura 4, é possível ver um tipo de acabamento utilizado para as placas de
cobertura de interruptores, mas saiba que você pode optar entre várias opções
de acabamento e de cor, escolhendo até mesmo entre alternativas customizadas
para seu cliente, ou seja, peças que sejam feitas de acordo com um desenho que
você tenha criado; o funcionamento mecânico das peças independe do acaba-
mento que elas tenham.
b
c
Figura 5 – Interruptor paralelo triplo
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UNIDADE Circuitos Elétricos
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De maneira geral, as tomadas baixas são as mais utilizadas, pois são mais dis-
cretas, isto é, estas peças ficam escondidas atrás do mobiliário e, portanto, não
interferem na composição de nossos ambientes.
Explor
As tomadas baixas devem ser evitadas em projetos para idosos ou pessoas com
problemas de mobilidade, pois é preciso um grande esforço deste público para ligar
e desligar os aparelhos. A imagem na caixa anterior mostra as alturas que podem
ser acessadas por um cadeirante; é possível perceber que as tomadas médias são as
mais indicadas para este público.
As tomadas médias são utilizadas na maioria das vezes junto aos interruptores,
isto é, estes equipamentos são instalados em uma mesma caixa de passagem. Na
figura 8 é possível ver algumas das várias composições disponíveis para o uso de
tomadas junto a interruptores.
a
Figura 9 – Representação do conjunto interruptor e tomada
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UNIDADE Circuitos Elétricos
Isto significa que na maior parte dos projetos de elétrica temos apenas um pon-
to de luz centralizado no ambiente, e isto muitas vezes não atende às necessidades
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do projeto. Mas antes de pensar nas alterações que faremos, vamos ver como são
indicados estes pontos de luz; é isto que está representado na figura 10.
a
1 2x80W
Figura 10 – Ponto de luz no teto
Na figura 10, o círculo representa o ponto de luz no teto. Este círculo é maior
do que aquele utilizado para a representação do interruptor. Além disto, esta
representação deve conter algumas informações que irão auxiliar na execução da
instalação. A letra “a”, na parte superior direita, representa o interruptor que irá
acionar esta luminária; o número 1, na parte inferior esquerda, se refere ao circui-
to no qual esta luminária estará conectada. O último dado informado, que está na
parte inferior direita, é o número e a potência das lâmpadas que serão utilizadas
nesta luminária.
a
1 2x80W
Figura 11 – Ponto de luz na parede
É importante que você entenda que esta simbologia significa mais do que
apenas a posição da luminária no teto; este ponto de luz também funciona como
uma caixa de passagem para a fiação e os eletrodutos; todos estes itens, aliás,
devem ser previstos no projeto que será utilizado na construção, pois devem ser
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UNIDADE Circuitos Elétricos
locados antes da concretagem da laje. A figura no link a seguir mostra esta caixa
de passagem, que equivale ao ponto de luz no teto.
Explor
Podemos ver na figura do link anterior que temos a caixa de passagem com
vários eletrodutos; é por estes eletrodutos que passam os fios que vão distribuir a
energia entre as outras luminárias, tomadas e interruptores.
Agora que conhecemos as principais simbologias, vamos ver o que elas represen-
tam na prática e como interpretar cada uma destas representações. Vamos começar?
Vamos começar pela sala de estar, pois neste ambiente vamos colocar a
caixa de distribuição, que, como você já sabe, pode ser uma peça que atrapalha
a composição do nosso projeto, pois o acesso à caixa de distribuição deve ficar
livre e desimpedido.
Lembre-se de que a ideia neste momento é que você consiga ler um projeto,
entendendo como todos os símbolos se relacionam, agora que você já sabe o que
significam. Imagine, por exemplo, que você não tem acesso à edificação, seja pela
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distância, seja por ela ainda não estar pronta, mas o projeto de elétrica será exe-
cutado da forma como você vai ler o desenho. Depois disso, veremos as alterações
que podemos executar.
A figura 13 mostra uma ampliação da sala de estar; neste desenho, vamos en-
tender como funcionarão as indicações de elétrica, está bem? Na figura é possível
ver a caixa de distribuição, colocada próxima à porta de entrada.
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UNIDADE Circuitos Elétricos
Na imagem, é possível ver que a luminária será acionada pelo interruptor “a”, que
já iremos localizar; também é possível ver que ela está ligada no circuito “1”; é possível
ver ainda que a luminária terá duas lâmpadas de 100 W de potência cada uma.
Agora que temos o ponto de luz, vamos ver onde o projetista colocou o interrup-
tor que aciona este conjunto. O interruptor está indicado na figura 15.
Figura 15 – Interruptor
Você pode notar que o interruptor foi colocado próximo à porta, de tal forma
que o acesso a esta peça seja facilitado quando a pessoa abrir a porta. Como já
foi dito, esta sempre deve ser uma preocupação do projetista. Também é possível
observar na imagem que o interruptor tem uma letra “a”, da mesma forma que o
ponto de luz, confirmando que aqui será feito o acionamento da luminária.
A maior parte dos projetistas de elétrica vai, a partir deste total, fazer uma divi-
são do número de tomadas pela sala, o que quer dizer que teremos uma tomada em
cada parede. A figura 16 mostra como esta divisão pode ser feita.
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Figura 16 – Tomadas
Figura 17 – Eletroduto
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UNIDADE Circuitos Elétricos
A linha que liga o ponto de luz no teto à caixa de distribuição indica o caminho
que o eletroduto deverá percorrer para levar a fiação de um ponto ao outro; como a
linha representada é uma linha cheia, isto significa que este eletroduto correrá pela
laje. Você também deve ter reparado que a linha indicada não é reta. Isto acontece
porque o projetista apenas indica o percurso, mas pode haver alguma mudança na
concretagem. A figura 25 mostra os eletrodutos antes da concretagem. Durante
este processo, eles podem ser movidos, portanto o caminho indicado não é fixo.
Você pode estar se perguntando: o que isso significa na prática? A figura 18, que
representa esta sala em perspectiva, vai deixar estes conceitos mais claros.
Desta forma ficou mais simples de entender, certo? O que está indicado na figura
31, portanto, é este percurso, que indica um eletroduto que sobe pela parede, a
partir da caixa de distribuição, e segue horizontalmente pela laje até o ponto de luz.
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E como esta ligação pode ser demonstrada na perspectiva? Creio que você já
imaginou, mas vamos conferir na figura 20.
Até a próxima!
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UNIDADE Circuitos Elétricos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Simbologia para Instalações Elétricas
http://bit.ly/2w0iHdn
Leitura
Instalações Elétricas Residenciais
MORENO, Hilton (revisor técnico). Instalações elétricas residenciais. 2003. Edição
baseada nos Manuais de instalações elétricas residenciais – 3 volumes, 1996,
Elektro, Pirelli.
http://bit.ly/2w45790
Simbologia de Projetos Elétricos
GONÇALVES, Luiz Fernando. Aula 7 – Simbologia de projetos elétricos.
http://bit.ly/2w45PmG
NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
http://bit.ly/2w1IDVQ
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Referências
LIMA FILHO, D. S. Projetos de instalações elétricas prediais. 12ª ed. São Paulo:
Editora Érica, 2011.
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Instalações Prediais:
Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Projeto
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Projeto
• Projeto.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar a utilização dos conceitos vistos num Projeto de Instalação Elétrica, usando a
simbologia adequada.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Projeto
Projeto
Vamos continuar estudando o significado da simbologia utilizada num Projeto de
Instalações Elétricas?
a a
Estar
3.00
3.00
1 2x100w 1 2x100w
Estar
5.15 a 5.15 a
E você deve ter notado que a diferença entre as duas imagens é apenas as linhas
que saem do ponto de luz para as tomadas, e você deve estar se perguntando como
os fios chegam até a tomada, certo?
Como você já sabe, o ponto de luz no teto é o local em que o projetista de elétri-
ca colocou a luminária, mas que funciona também como uma caixa de passagem,
ou seja, os eletrodutos chegam e partem desse ponto.
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Figura 2 – Ligação das tomadas
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Projeto
Na Figura, é possível ver uma parede que está preparada para receber os ele-
trodutos e as caixas de passagem, isto é, o pedreiro quebrou a alvenaria com uma
talhadeira, fazendo o percurso indicado no Projeto de Instalação Elétrica.
Nesse buraco aberto será instalado o eletroduto e a parede será finalizada e pre-
parada para receber os acabamentos que serão aplicados de acordo com o Projeto
de interiores.
Depois de finalizada a parede é que a fiação é passada, para que sejam feitas as
ligações de tomadas e luminárias.
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Vamos, agora, colocar a cigarra e a campainha. Esses equipamentos podem
compartilhar os eletrodutos da fiação elétrica, o que facilita bastante sua instalação.
Figura 5 – Campainha
Fonte: Acervo do conteudista
Apenas para finalizar a simbologia que estamos estudando, vamos ver com de-
talhes como são representadas essas últimas peças que instalamos.
A Figura 7 mostra uma legenda, com todas as instalações que foram feitas. Essa
legenda deve constar no Projeto de Instalações Elétricas, bem como nas alterações
que você fizer, pois facilita a comunicação entre todos os envolvidos.
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UNIDADE Projeto
CONVENÇÕES:
quadro de distribuição – QD – 01
tomada universal – baixa h=30cm
tomada universal – média h=120cm
tomada universal – alta h=220cm
tomada universal 600VA h=220cm
tomada de piso
a
Interruptor Simples
a
Interruptor Simples Paralelo
3
Ponto de telefonia
Ponto de TV e Internet
Campainha
Cigarra
Figura 7 – Simbologia
Essa indicação também é feita por meio de um desenho, no qual, por uma sim-
bologia específica, é indicada a potência e o tipo de cabos usados.
12
Isso encerra as principais instalações que vamos ver na sala de nossa edificação.
Vamos agora ver como fica o projeto completo de instalações elétricas dessa
edificação, de acordo com o que foi pensado pelo projetista, ou seja, como é o
Projeto sobre o qual você vai fazer as suas alterações, a fim de adaptar a residência
para o uso do seu cliente.
E agora?
Tenho certeza que sim. Lembre-se de que, muitas vezes, você terá de trabalhar
com um Projeto como esse e terá de saber como ler e interpretar esse desenho,
além de conseguir fazer as suas alterações e mudanças.
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13
UNIDADE Projeto
A primeira coisa que você deve ter notado, é que esse projeto foi feito sem a pre-
sença de um layout, isto é, a maior parte das tomadas, por exemplo, foi colocada
de maneira centralizada em cada uma das paredes, mas sem um estudo sobre as
necessidades e os usos de cada uma.
Como foi dito, esse é um projeto feito por um Engenheiro Eletricista, e que aten-
de às Normas, mas não é um PROJETO feito para um cliente específico, que tem
um estilo de vida particular, necessidades exclusivas e que precisa de um projeto
que atenda a essas necessidades.
Note que sempre deveremos sugerir essas alterações, mas é preciso um profis-
sional especializado para adaptar, a partir das instalações existentes, os equipamen-
tos e o fornecimento de energia para esse novo projeto.
14
De maneira geral, as alterações que vamos propor são bastante simples, e não
requerem grandes mudanças no fornecimento de energia ou nas instalações que
já existem na edificação, mas é sempre aconselhável procurar um profissional que
tenha o conhecimento e a competência técnica para fazer essa avaliação.
De qualquer forma, vamos começar a analisar e adaptar o Projeto às necessida-
des do Projeto que executamos. Para isso, vamos estudar uma proposta de layout
para a edificação, como pode ser visto na Figura 11.
É claro que este layout está bastante simples. A ideia é que tenhamos uma ideia
de uso para que possamos pensar nas alterações que seriam necessárias para este
projeto, pois com outro layout ou outros usos, as alterações seriam diferentes.
Vamos lá!
A primeira coisa que você deve ter notado é que temos apenas um interruptor
simples na sala de estar, ou seja, além de termos apenas um lugar para apagar e
acender a luminária, teremos apenas um tipo de iluminação, o que geralmente
não é verdade, isto é, numa sala de estar temos vários tipos de luminárias e de
iluminações. Isso significa que depois da execução do seu projeto de luminotécnica,
você, provavelmente, vai trocar esse interruptor simples por um interruptor duplo
ou triplo, de acordo com a sua necessidade.
15
15
UNIDADE Projeto
Exatamente!
Você vai sugerir a colocação de um interruptor paralelo próximo ao hall de aces-
so aos dormitórios.
Sempre que você for sugerir essas modificações em Projeto, é necessário que
você imagine como o usuário vai utilizar os espaços.
No caso da colocação do interruptor paralelo, você precisa imaginar que seu
cliente, ao entrar em casa, acionou o interruptor para acender a luz da sala; depois
disso, ele foi para a cozinha, ou se sentou no sofá para assistir à Televisão; quando
ele for para o dormitório, da forma como o Projeto está executado, ele precisará
vir até a porta da sala para apagar a luz, e irá para o dormitório no escuro, o que
pode ser perigoso.
Ao sugerir um interruptor paralelo próximo ao hall dos dormitórios, você está
prevendo uma melhoria no uso, facilitando o dia a dia do usuário.
Como podemos fazer essa modificação?
Vamos utilizar o Projeto base de Instalações Elétricas que foi fornecido, mas
vamos indicar as alterações que forem sugeridas em vermelho, destacando as mu-
danças que devem ser executadas.
A Figura 12 mostra a mudança no interruptor, de acordo com o que você pro-
jetou; por enquanto, como ainda não temos o Projeto de Luminotécnica, vamos
manter o interruptor de uma tecla:
Projeto de Luminotécnica que vai definir como e quando cada luminária será acesa.
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Perceba que o mobiliário foi esmaecido, isto é, foi deixado transparente, para
que a associação entre as alterações indicadas e o layout sugerido fique mais sim-
ples, e seja possível associar o projeto executado e as mudanças necessárias.
Note, também, que já foram retirados os eletrodutos e a fiação, pois, geralmente,
em alterações como essas que estamos sugerindo, os eletrodutos estarão embutidos
na parede, isto é, a edificação já está construída, portanto, será impossível colocar
mais eletrodutos na laje. Assim, as alterações serão feitas por meio de eletrodutos
nas paredes, e nós, designers de interiores, não somos os profissionais responsá-
veis por definir o percurso dessas peças.
Depois da indicação da colocação dos paralelos, qual a próxima alteração que
chama a sua atenção? O que você acha de deslocarmos o ponto de antena e de
Internet próximo ao aparelho de TV?
Faremos a mesma indicação, ou seja, vamos trabalhar com cores para que a
alteração fique bem clara para o profissional que vai fazer a mudança.
Já que estamos fazendo alterações para o espaço da televisão, você deve ter
percebido que temos apenas uma tomada nesta parede.
Atualmente, o número de aparelhos que utilizamos junto com o aparelho de
televisão é muito grande, desde receptores de TV a cabo até videogames e home
theaters, além de leitores de blu-ray, entre outros.
Isso quer dizer que precisamos de um grande número de tomadas para atender
a todas essas demandas.
Lembre-se de que o ideal é que, dentro das possibilidades, você evite que seu
cliente precise utilizar extensões ou benjamins (ou “Ts”) para ligar todos esses apa-
relhos. O ideal é que você projete caixas com no máximo duas tomadas, pois vários
plugs tem formatos diferentes, e podem atrapalhar a ligação de outros plugs numa
caixa com quatro tomadas, por exemplo.
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17
UNIDADE Projeto
No caso dessas tomadas, o eletricista vai apenas rasgar a parede, como foi visto
na Figura 3, embutir o eletroduto, juntamente com a caixa de tomada e, depois
disso, fazer a ligação das peças.
No caso do layout sugerido, pode ser interessante, também, que façamos a mu-
dança do ponto de telefonia fixa.
Como você pode ver na Figura 11, foi posicionada, próxima ao sofá, uma mesa
lateral, que pode funcionar como apoio ao aparelho de telefonia fixa.
Além dessa alteração, podemos aproveitar melhor a tomada que está localizada
na parte posterior dessa mesa, isto é, o aparelho pode ser ligado nessa tomada
para a alimentação da peça.
Esta alteração também precisa ser indicada, conforme é possível ver na Figura
15, mas é uma alteração simples, pois o eletroduto já está instalado, bastando ape-
nas a instalação da caixa do telefone.
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Figura 15 – Alteração do ponto de telefonia fixa
Fonte: Acervo do conteudista
Uma coisa que você sempre deve ter em mente, é que o custo de modificações
em projetos construídos pode ser bem alto. Por isso, é importante que essas alte-
rações sejam sempre pensadas a partir do layout definitivo, isto é, você não vai
propor essas alterações enquanto estiver na fase de estudos, ou antes da definição
final do mobiliário e da circulação.
Outro detalhe importante que você deve ter em mente são as necessidades do
seu cliente, isto é, caso seu cliente não tenha muitos aparelhos eletroeletrônicos,
pode ser desnecessária a colocação de tantas tomadas.
A parte mais demorada é o acabamento que deve ser dado sobre essa alteração,
pois refazer a parede pode demorar de dois a três dias, antes mesmo do acabamen-
to que deve ser aplicado, de massa e pintura.
Temos outro problema nessa sala, que você já deve ter percebido, e que já
foi mencionado.
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19
UNIDADE Projeto
Sabe qual é?
Isso mesmo!
A Caixa de Distribuição. Essa caixa está projetada num lugar muito visível, na sala
de estar, e como dito, essa peça é muito difícil e tem custo muito alto para ser alterada.
Isso significa que ao estudar o Projeto original de Instalações Elétricas, você já
identificou esse problema, ou seja, já percebeu a posição na qual foi colocada a cai-
xa de distribuição, e já começou a pensar em uma solução, para disfarçá-la, como
vimos anteriormente.
Outro custo que você deve ter em mente é o da troca de disjuntores, isto é, é
provável que no Projeto de Instalações Elétricas original, todas as tomadas da sala
estivessem ligadas num disjuntor, isto é, fizessem parte de um único circuito.
Com as alterações que foram pedidas, provavelmente as seis tomadas que foram
colocadas atrás do rack da televisão serão alimentadas por um único disjuntor, ou
até por dois disjuntores, dependendo da energia que for necessária para alimentar os
aparelhos (isso quer dizer que teremos mais um ou dois circuitos), enquanto as outras
tomadas, que constavam no Projeto original, serão alimentadas pelo circuito original.
Também é possível, dependendo da energia demandada pelos aparelhos, ape-
nas trocar o disjuntor original por um que tenha potência maior, mas isso é desa-
conselhável, pois pode provocar sobrecarga.
Como você já sabe, o disjuntor deve desligar em caso de sobrecarga, mas pode
ser que isso não aconteça no caso de um aumento de potência.
Outro ambiente no qual costumamos fazer algumas alterações é a cozinha. Al-
guns eletrodomésticos precisam de circuitos exclusivos, isto é, alguns aparelhos
precisam ser ligados a um disjuntor exclusivo, com a potência especificada pelo
fabricante, sob a pena de perda da garantia.
Nos dormitórios, caso também não tenham sido projetados, você pode projetar
interruptores paralelos para a iluminação, além de tomadas nos dois lados da cama,
no caso da cama de casal.
Finalizando, a Figura 16 mostra todas as alterações que foram feitas em relação
ao Projeto original.
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Figura 16 – Projeto alterado
Fonte: Acervo do Conteudista
Perceba, também, que sempre que possível, o ideal é que você participe da
concepção inicial do Projeto de Instalações Elétricas, evitando, dessa forma, as
alterações que vimos, isto é, se esse projeto tivesse sido concebido a partir do seu
Projeto de Interiores, ele já teria sido executado da maneira mais adequada às ne-
cessidades do seu cliente.
Infelizmente, esta é uma condição muito rara, e trabalhamos, na maior parte das
vezes, com alterações, como acabamos de estudar.
Como você viu, a execução das alterações que devemos executar não são difíceis
de serem projetadas, mas demandam bom senso e conhecimento técnico.
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21
UNIDADE Projeto
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Instalações Elétricas Passo a Passo - Projeto Completo Aula 1
Explicação sobre projeto.
https://youtu.be/N7BJHUFNsBU
Projeto Elétrico Residencial Completo Passo a Passo com Simbologia Padrão
Uso de simbologia.
https://youtu.be/BM6P3WfkV8A
Leitura
Projeto de Instalações Elétricas Residenciais
Cálculo de potência.
https://bit.ly/2UbUITx
Apostila de Projeto de Instalações Elétricas Residenciais e Prediais (Parte III)
Projeto de elétrica.
https://bit.ly/2C1Uk2Y
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Referências
LIMA FILHO, D. S. Projetos de Instalações elétricas prediais. 12. ed. São Paulo:
Érica, 2011.
23
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Instalações Prediais
Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Instalações Hidrossanitárias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Instalações Hidrossanitárias
• Introdução;
• Instalações de Água Fria;
• Instalações de Água Quente;
• Instalações de Esgoto;
• Instalações de Águas Pluviais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar os principais conceitos de Instalações Hidráulicas e de água quente.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Introdução
Vamos continuar nossos estudos sobre as instalações prediais básicas?
Vamos começar?
De forma geral, todos os pontos que são ligados à Rede de Abastecimento, como
a água fria, e à Rede de Recolhimento, como o esgoto, constarão em nosso Projeto.
8
Esse conhecimento permite decisões coerentes sobre o Projeto e a viabilidade
para sua execução, otimizando recursos materiais, financeiros e tempo.
9
9
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Figura 1 – Imagem esquemática da distribuição das instalações internas e instalações externas de uma edificação
Fonte: CARVALHO, 2013
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No Projeto de Design de Interiores que contemplar as Instalações Hidráulicas,
o designer deve limitar-se a alocar os pontos hidráulicos e a especificação do equi-
pamentos sanitários, como modelo de bacia sanitária, cubas, misturadores e outas
peças, deixando a cargo de profissionais ou Empresas especializadas a definição do
Projeto Hidráulico em relação ao Projeto de Design de Interiores, no qual também
se faz necessária a emissão da Responsabilidade Técnica (ART) do Projeto Hidráu-
lico, bem como um acompanhamento rigoroso de sua execução.
Por exemplo, em uma reforma, podemos ter dois tipos de serviços a serem
contemplados, como troca e manutenção dos equipamentos hidrossanitários ou
alteração e ampliação da tubulação ou pontos existentes.
11
11
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
12
• Sistema Indireto: Neste tipo de Sistema, cria-se um reservatório para mini-
mizar o impacto que a irregularidade do fornecimento ou a falta de água pode
causar. Para essa tipologia de Sistema, podemos considerar três situações:
» Sistema Indireto sem Bombeamento: Sistema ocorre sem bombeamento
da água. A pressão da Rede Pública, fornecida pela Concessionária, é sufi-
ciente para abastecer o reservatório superior da edificação, que alimenta os
pontos de água por gravidade. Esse tipo de Sistema é utilizado em edifica-
ções de até três pavimentos;
13
13
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
14
Em geral, as temperaturas previstas conforme o uso são:
• Uso pessoal, banhos e higiene 35° C a 50° C;
• Uso em cozinhas industriais 60° C a 70° C;
• Uso em lavanderias industriais 75° C a 85° C.
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15
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
As tipologias são:
• Sistema de aquecimento por passagem, com equipamentos elétricos ou a gás,
nos quais o calor gerado será transferido diretamente para a água, que será
aquecida. Para esse tipo de aquecimento temos, por exemplo, os seguintes
equipamentos: chuveiros e torneiras elétricas e aquecedores de passagem, nos
quais o uso será imediato;
16
• Sistema de aquecimento solar, parecido com o Sistema de acumulação, no
qual é utilizado um tanque para a acumulação de água. Sua diferença está na
fonte geradora de calor, na qual são utilizadas placas coletoras solares para a
produção de energia e aquecimento da água.
Instalações de Esgoto
As Instalações de Esgotos têm o fim de conduzir as águas utilizadas para fins
higiênicos, a lugares adequados, retirando-as das edificações. Para atender essa
necessidade, faz uso de aparelhos sanitários, equipamentos, tubulações e outros
dispositivos, que devem realizar esse trabalho de forma eficaz.
17
17
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Explor
Esgoto primário e esgoto secundário: https://bit.ly/2vZw2m7
Para melhor compreensão, sugiro que você vá até o banheiro de sua casa. Lá,
você verá em funcionamento as instalações de água fria, água quente e esgoto,
todas funcionando em conjunto, mas em Sistemas separados.
É importante frisar que as instalações de água fria, água quente e esgoto são
as Instalações Hidrossanitárias de uma edificação. O dimensionamento correto de
suas tubulações e aparelhos, conforme demanda e uso, garante a qualidade do
Projeto e de sua execução.
Pense nisso!
Esse Sistema também não pode estar ligado às instalações de água fria, pois
esse tipo de água não passou por tratamento para sua utilização.
Explor
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Fácil entender esses conceitos, certo?
Caso você tenha alguma dúvida, reveja a passagem que não ficou clara, consulte
o Material Complementar indicado e você vai ver que isso é muito simples e, como
dito, comece a prestar atenção às instalações de sua casa, pois elas certamente
segue essas diretrizes; basta que você perceba como isso funciona.
Até a próxima!
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19
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Um Mundo Melhor está em Obra | Soluções Tigre de Tratamento para Água e Tratamento de Esgoto
Reflexão sobre as Instalações Hidrossanitárias e a Sustentabilidade.
https://youtu.be/onmkphatFiM
Leitura
Esquema de Funcionamento e Dimensionamento da Instalação de Água Fria em Residências
Reportagem sobre o funcionamento da Rede de água fria.
https://bit.ly/2YTk8Xy
Processo de Projeto de Obras de Edificações: Iniciativas para a Melhoria da Qualidade
Artigo sobre a qualidade na construção civil.
https://bit.ly/2MeDHrV
Reuso da Água Pluvial em Edificações Residenciais
Artigo sobre reuso de água pluvial.
https://tinyurl.com/y466wro6
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626 – Instalação
predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
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21
Instalações Prediais:
Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Instalações Hidrossanitárias
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Instalações Hidrossanitárias
• Introdução;
• Tubulações e Conexões em PVC Rígido (Policloreto de Vinila);
• Tubulações e Conexões em CPVC (Policloreto de Vinila Clorado);
• Tubulações e Conexões em PPR (Polipropileno Copolímero Random);
• Tubulações em PEX (Polietileno Reticulado);
• Tubulações e Conexões em Cobre.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar os principais conceitos de instalações sanitárias, colunas e shafts.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Introdução
Nesta Unidade, apresentaremos os principais conceitos de instalações sanitá-
rias, colunas e shafts, conversaremos sobre a escolha adequada dos componentes,
materiais, equipamentos e aparelhos a serem usados nas instalações hidráulicas,
condições básicas necessárias para uma execução de confiança e garantia de fun-
cionamento adequado do sistema, além da existência de um projeto que prevê
soluções racionais e de bom custo-benefício. Conhecer as tipologias de materiais,
tecnologias empregadas, média de custo de material e de mão de obra e prazos
gerais de execução é fundamental para o desenvolvimento do projeto.
Tendo como exemplo a Figura 1, onde podemos verificar o emprego dos tubos
e conexões de esgoto, água fria e água quente, vamos conhecer os principais ma-
teriais empregados na construção civil para a distribuição da água, seja ela fria ou
quente, e para o recolhimento do esgoto.
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Figura 1 – Exemplo de aplicação das tubulações de esgoto, água fria e água quente
Fonte: pixabay
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UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Os tubos e conexões de PVC Rígido também são utilizados nas redes de reco-
lhimento de esgoto e águas pluviais, utilizando-se cor branca para especificar essa
tipologia de rede; neste momento, devemos lembrar que não se deve interligar a
rede de esgoto com as instalações de águas pluviais.
A norma brasileira que faz referência ao processo de fabricação dos tubos e co-
nexões em PVC é: NBR 5648 ‐ Sistemas Prediais de Água Fria ‐ Tubos e Conexões
de PVC.
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Tubulações e Conexões em CPVC
(Policloreto de Vinila Clorado)
Os tubos e conexões de CPVC são confeccionados em PVC com acréscimo na
quantidade de cloro em sua fabricação. Por isso, apresentam maior resistência à
condução de líquidos sob temperaturas elevadas e pressão. De sistema de instalação
simples, sem o uso de ferramentas ou de mão de obra especializada, os tubos de
CPVC têm sido uma opção para conduzir água quente, sempre observando que a
temperatura desse tipo de instalação não ultrapasse a 70°C. A junção é feita com
a solda por adesivo nos tubos e conexões a frio.
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UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
A norma brasileira que faz referência ao processo de fabricação dos tubos e co-
nexões em PEX é: NBR 15939 ‐ Sistemas de Tubulações Plásticas para Instalações
Prediais de Água Quente e Fria ‐ Polietileno Reticulado (PEX).
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Tubulações e Conexões em Cobre
As tubulações e conexões em cobre são um dos materiais mais empregados nas
instalações de água quente. Os tubos e conexões de cobre atendem aos requisitos
desse tipo de aplicação, com elevada resistência e durabilidade e baixa rugosidade,
sendo indicados os tubos de classe E para as instalações de água quente. As soldas
utilizadas nas conexões também proporcionam boa estanqueidade; além de ser
reciclável, o cobre conta com boa condutividade térmica. As tubulações devem ser
revestidas com material isolante para evitar perdas excessivas de calor.
Explor
A norma brasileira que faz referência ao processo de fabricação dos tubos e co-
nexões em cobre é: NBR 15345 ‐ Instalação Predial de Tubos e Conexões de Cobre
e Ligas de Cobre ‐ Procedimento.
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13
UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Além dos materiais com que são fabricados os tubos e conexões, precisamos
conhecer os componentes que se agregam às instalações, compondo os sistemas
hidráulicos. Para o sistema de distribuição de água nas instalações de água fria (AF)
e água quente (AQ), citaremos os seguintes componentes:
• Registros de Gaveta (AF/AQ): são válvulas de bloqueio da tubulação que
funcionam completamente abertas ou fechadas, apresentam pequena perda
de carga quando abertos. São instalados em ramais de alimentação, barriletes,
para eventual manutenção das peças e tubulações.
• Registros de Pressão (AF/AQ): são válvulas controladoras de vazão de água.
São instalados em chuveiros, banheiras, lavatórios, duchas higiênicas e válvulas
de descarga. Apresentam grande perda de carga.
Explor
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em lugar de válvulas de descarga, por apresentarem vantagens, como diâme-
tros menores de tubulação, diminuição dos problemas de pressões e economia
de construção.
• Aquecedores de passagem (AQ): equipamentos onde o calor é transferido
diretamente da fonte de calor para a água que está em passagem, que será
aquecida. Os equipamentos para o fornecimento podem ser a gás ou elétricos,
sempre seguindo as especificações do fabricante.
• Aquecedores de Acumulação (AQ): são equipamentos de acumulação de
água que através da passagem da água por um sistema de serpentina produ-
zem seu aquecimento, mantido em um reservatório, conhecido como boiler.
Para os aquecedores solares, o sistema de acumulação é o mesmo, modifican-
do-se apenas o sistema de aquecimento.
• Reservatório (AF): são recipientes de grande capacidade de armazenamento
de água, sendo que alguns modelos podem ser instalados em edificações altas.
Sua capacidade de armazenamento pode variar conforme os modelos e mate-
riais, variando de 300 litros a 25 mil litros (por exemplo, reservatórios de fibra
de vidro). Nos reservatórios, assim como nas caixas acopladas, é instalada uma
torneira boia, que faz a função de abertura e fechamento da água conforme o
nível da reserva definida.
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UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
• Sifão (ES): conector com fecho hídrico, destinado a receber líquidos de cubas
e pias e encaminhá-los à rede de esgoto.
• Caixa de Inspeção (ES): dispositivo destinado à inspeção, limpeza e desobs-
trução das tubulações de esgoto (Figura 6).
• Caixa de Gordura (ES): dispositivo destinado a reter e separar substâncias
indesejáveis à rede de esgoto (Figura 7).
• Caixa sifonada (ES): caixa equipada com fecho hídrico destinada a receber
fluidos da instalação secundária de esgoto.
• Aparelhos sanitários (ES): aparelhos cerâmicos destinados a receber dejetos,
águas servidas ou para fins higiênicos. Por exemplo, bacia sanitária.
Fácil, até aqui, certo? Caso você tenha alguma dúvida, releia a parte que não
ficou clara e verifique, também, as indicações de materiais complementares, que
têm a função de deixar o assunto mais claro. Continuamos com estas instalações
a seguir!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Instalações hidráulicas: como escolher as tubulações
QUINALIA, Eliane. Instalações hidráulicas: como escolher as tubulações.
http://bit.ly/2Q9mPB5
Obras e reformas: água
TIGRE. Obras e reformas: água. Material sobre os tubos e conexões para instalação
hidrossanitárias.
http://bit.ly/2QaJjSm
Livros
Prática das pequenas construções
BORGES, Alberto de Campos; MONTEFUSCO, Elizabeth; LEITE, Jaime Lopes. Prática
das pequenas construções. 8ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000, p. 333-372.
Vídeos
Amanco Pex
AMANCO BR. Amanco Pex. Vídeo que apresenta a tecnologia de tubos PEX, como é
feita a instalação e suas aplicações e vantagens na utilização em instalações hidráulicas.
https://youtu.be/uvRaD5S4aCQ
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UNIDADE Instalações Hidrossanitárias
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5648 – Sistemas
Prediais de Água Fria – Tubos e Conexões de PVC. Rio de Janeiro. 2010.
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Instalações Prediais:
Elétrica e Hidráulica
Material Teórico
Instalações Hidráulicas
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Instalações Hidráulicas
• Instalações Hidráulicas.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Utilização dos conceitos vistos em um Projeto de Instalações Hidrossanitárias, utilizando a
simbologia e a representação adequadas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Instalações Hidráulicas
Instalações Hidráulicas
Até este momento, aprendemos com o desenho arquitetônico que a represen-
tação gráfica é um meio de comunicação visual, que apresenta informações como
medidas, materiais, início de instalação ou sequência de trabalho para a construção
ou reforma de uma edificação ou a confecção de mobiliário e até mesmo de objetos.
A partir do emprego desses conceitos, consegue-se manter uma linguagem uni-
versal dentro da Construção Civil.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentas um série de
Normas brasileiras, uma das quais trata o assunto da representação gráfica, tipo-
logias e espessuras de linhas e outros temas, para manter padronização na repre-
sentação nos Projetos desenvolvidos no Brasil e, também, para outras localidades
estrangeiras, pelo fato de as Normas brasileiras estarem baseadas na Normas da
ISO (International Organization for Standardization), Entidade internacional que
reúne as associações de normas técnicas de 246 países, entre elas, a ABNT.
Vale a pena lembrar, também, de alguns princípios que conversamos, como o
que diz que as Instalações Hidráulicas Prediais são todos os subsistemas e conjuntos
responsáveis pela distribuição da água em uma edificação, também compostas pelo
sistema de recolhimento do esgoto produzido na edificação.
Os Projetos de Instalações Hidráulicas são desenvolvidos por profissionais espe-
cializados e fica a cargo do designer de interiores a alocação dos novos pontos ou
a realocação dos pontos existentes em relação à concepção do projeto.
Para a execução das instalações, há empresas ou profissionais capacitados que
devem contemplar sua Rede de Distribuição, formada pelos seguintes elementos:
barriletes, colunas ou prumadas, ramais, sub-ramais, conexões, registros e pontos,
junto com as especificações dos materiais a serem utilizados na sua execução, como
tubos de PVC (Policloreto de Vinila), CPVC (Policloreto de Vinila Clorado), PPR
(Polipropileno Copolímero Random) e PEX (Polietileno Reticulado Monocamada).
A figura no link a seguir mostra um dos materiais mais utilizados, atualmente,
nas construções; as instalações com PEX.
Explor
Além das Normas Técnicas e da Legislação vigente, há outros dados que tam-
bém complementam as informações para cada tipo de Projeto de Instalações Hi-
dráulicas, sempre lembrando que há necessidade de um profissional especializado
para a concepção do seu projeto e de sua execução.
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elétrica, instalação de gás e instalação de telecomunicações) é possível analisar,
testar e comprovar as soluções mais adequadas ao Projeto de Design de Interiores.
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Dessa maneira, um dos principais instrumentos de uma planta, que nos auxiliará
na sua leitura, é o quadro de legendas.
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Figura 3 – Simbologia de água quente e água fria
Fonte: Acervo do conteudista
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Exatamente!
Quando associamos as duas Figuras, é bem simples entender esse projeto, certo?
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Figura 6 – Vista hidráulica esquemática
Fonte: Acervo do conteudista
A partir dessas informações, você desenvolve uma planta e corte (ou vista) com
a posição dos pontos hidráulicos, informando suas localizações, em função do pro-
jeto de design de interiores que você desenvolveu.
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As Figuras 7 e 8 são exemplos de planta e vista dos pontos hidráulicos do novo ba-
nheiro proposto em Projeto. Dessa maneira, podemos compreender a importância
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em posicionar de maneira correta os aparelhos sanitários em relação aos pontos
de saída e coleta.
Nos dias atuais, uma questão importante vem sendo discutida nos tramites le-
gais, sobre as atribuições do profissional em Design de Interiores.
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Estimado aluno, veja que a partir dessas definições apresentadas pela Classifi-
cação Brasileira de Ocupações e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas,
podemos compreender melhor até que fase o projeto de Design de Interiores chega
e, a partir disso, quais são os outros profissionais que estão envolvidos, para emba-
sar nossa proposta projetual.
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Seguindo o conceito formado até o momento, entendemos que o Projeto de
Designer de Interiores, no momento de sua idealização, deve contemplar cada tipo
de instalações prediais que há no ambiente ou espaço que você está projetando.
Simples, certo?
Reveja as partes que não ficaram muito claras e consulte os Materiais Comple-
mentares, que vão ajudar a sanar todas as suas dúvidas!
Bons estudos!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Saiba como Funciona na Prática um Projeto Hidráulico
https://youtu.be/Yi1x3M2AjaE
Leitura
Nas Instalações Hidráulicas, existe o Produto Ideal para cada Tipo de Projeto
http://bit.ly/31WdDW3
Shafts de Espuma otimizam Custo de Instalação em Condomínio
http://bit.ly/323YvGq
Instalações Hidráulicas
http://bit.ly/31WdLov
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Referências
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias e
de Gás. 4.ed. São Paulo: Pini, 1998.
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