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Metrô/SP

Operador Transporte Metroviário I

Elétrica – Noções de corrente contínua e alternada. Noções de circuitos elétricos (associações série,
paralelo). Noções de grandezas elétricas (tensão, corrente, potência, energia, frequência, resistência).
Instrumentos de medição (voltímetro, amperímetro, wattímetro). ............................................................. 1

Mecânica – (estática e dinâmica) - Coeficiente de atrito; cinemática (velocidade, aceleração, espaço


percorrido); equilíbrio de forças; equilíbrio de momentos; Leis de Newton. ............................................ 16

Termologia – conceito de calor como energia, princípios de transmissão de calor


Pneumática/Hidráulica. Transformações gasosas; lei geral dos gases perfeitos; estática dos fluidos
(pressão hidrostática, vasos comunicantes). .......................................................................................... 72

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
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Bons estudos!

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Elétrica – Noções de corrente contínua e alternada. Noções de
circuitos elétricos (associações série, paralelo). Noções de grandezas
elétricas (tensão, corrente, potência, energia, frequência,
resistência). Instrumentos de medição (voltímetro, amperímetro,
wattímetro).

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

- Carga elétrica: propriedade das partículas subatômicas que determina as interações


eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz, e é influenciada por, campos
eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de Unidades): ampère segundo (A.s), unidade
também denominada coulomb (C).

- Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode exercer força
sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C),
ambas equivalentes.

- Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua posição. A
quantidade de energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de carga em dada posição.
Unidade SI: volt (V); o mesmo que joule por coulomb (J/C).

- Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo.
Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).

- Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt
(W); o mesmo que joules por segundo (J/s).
𝐸
𝑃=
∆𝑡
Consumo de energia elétrica
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar consome uma quantidade de energia elétrica.

Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:

E=5500.0,25=1,375kWh

Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.

Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.

Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).- Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma
elétrica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule (J).

- Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica, estática ou


em movimento.

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O uso mais comum da palavra “eletricidade” atrela-se à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-
se a: Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica
ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida
comercialmente pelas distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo,
“eletricidade" pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e em
operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de “eletricidade”
ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.
Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos
elétricos têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos avanços científicos na área, as
aplicações práticas para a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX
para que os engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, possibilitando
assim seu uso generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica nesse período transformou a
indústria e a sociedade da época. A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia
levou a um conjunto quase ilimitado de aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui
as aplicações nos setores de transportes, aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A
energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro
tangível.

Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o comportamento de cargas


elétricas em repouso, ou que estuda os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos que de alguma
forma se tornam carregados de carga elétrica, ou eletrizados.

Corrente Elétrica

Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons em uma determinada secção. A corrente
contínua tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que
não tenha valor nulo todo o tempo. Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons
muda de direção continuamente. O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um condutor, mas não
existe nos isolantes. Alguns dispositivos elétricos que usam estas características elétricas nos materiais
se denominam dispositivos eletrônicos. A Lei de Ohm descreve a relação entre a intensidade e a tensão
em uma corrente eléctrica: a diferença de potencial elétrico é diretamente proporcional à intensidade de
corrente e à resistência elétrica. Isso é descrito pela seguinte fórmula:

U = R.I

Onde:

V = Diferença de potencial elétrico I = Corrente elétrica R = Resistência

A quantidade de corrente em uma seção dada de um condutor se define como a carga elétrica que a
atravessa em uma unidade de tempo

I=Q/T

Numa corrente elétrica devemos considerar três aspectos:

- Voltagem - (Que é igual a diferença de potencial) é a diferença entre a quantidade de elétrons nos
dois polos do gerador. A voltagem é medida em volts (em homenagem ao físico italiano Volta). O aparelho
que registra a voltagem denomina-se Voltímetro;

- Resistência - é a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. A resistência


é medida em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela
letra grega (W).

- Intensidade - é a relação entre a voltagem e a resistência da corrente elétrica. A intensidade é medida


num aparelho chamado Amperímetro, através de uma unidade física denominada Ampére.

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Lei de Ohm pode ser assim enunciada: A intensidade de uma corrente elétrica é diretamente
proporcional à voltagem e inversamente proporcional à resistência. Assim podemos estabelecer suas
fórmulas:
I = U/R
𝑈
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑖

Fonte: http://educacao.globo.com/

I = Intensidade (ampère)
U = Voltagem ou força eletromotriz
R = Resistência

Segunda lei de Ohm: A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é


proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente
proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua
temperatura.

𝑙
𝑅=𝜌∙
𝐴
R=resistência
=resistividade
L=comprimento da secção
A=área da secção

Corrente Contínua ou Alternada

A diferença entre uma e outra está no sentido do "caminhar" dos elétrons. Na corrente continua os
elétrons estão sempre no mesmo sentido. Na corrente alternada os elétrons mudam de direção, ora num
sentido, ora no outro. Este movimento denomina Ciclagem.
Corrente Alternada - utilizadas nas residências e empresas.
Corrente Contínua - proveniente das pilhas e baterias.

Condutores e Isolantes

Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre,
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons
recebem o nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos.

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Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos.

Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de
colisões através do metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão
firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.

Aparelhos de medição elétrica (amperímetros, voltímetros)


Amperímetro – instrumento que mede a intensidade de corrente elétrica. Alguns amperímetros
indicam também, além da intensidade da corrente, seu sentido que, quando a indicação for positiva ela
circula no sentido horário e negativa, no sentido anti-horário.

Símbolo

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Se você quer medir a intensidade da corrente na lâmpada L1 da figura, você deve inserir o amperímetro
no trecho onde ela está, pois ele “lê” a corrente que passa através dele.

Assim o amperímetro deve ser associado em série no trecho onde você deseja medir a corrente. Como
o amperímetro indica a corrente que passa por ele no trecho do circuito onde ele está inserido, sua
resistência interna deve ser nula, caso contrário ele indicaria uma corrente de intensidade menor que
aquela que realmente passa pelo trecho. Então ele deve se comportar como um fio ideal, de resistência
interna nula, ou seja, deve se comportar como se estivesse em curto circuito.

Um amperímetro ideal deve possuir resistência interna nula.

Voltímetro – instrumento que mede a diferença de potencial ou tensão

Símbolo

Como em qualquer ligação em paralelo à diferença de potencial (tensão) é a mesma, o voltímetro deve
ser ligado em paralelo ao aparelho em cujos terminais você quer determinar a ddp, assim o aparelho e o
voltímetro indicarão a mesma ddp.

O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o aparelho ou trecho cuja diferença de potencial (tensão)
se deseja medir. Para que a corrente que passa pelo aparelho cuja ddp se deseja medir não se desvie
para o voltímetro, um voltímetro ideal deve possuir resistência interna extremamente alta, tendendo ao
infinito.

Um voltímetro ideal deve possuir resistência interna infinita.

Suponha que você deseja medir a corrente que passa pelo ponto B e a diferença de potencial entre os
pontos C e D, da figura, dispondo de voltímetro e amperímetro, ambos ideais.

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Para isso, você deve abrir o circuito em B e inserir aí o amperímetro, pois ele deve ficar em série com
o trecho percorrido por iB, de modo que iB passe por ele. Os terminais do voltímetro devem ser ligados
aos pontos C e D de modo que o voltímetro fique em paralelo com o trecho entre C e D, onde você quer
medir a ddp. Observe que a resistência interna do amperímetro ideal dever ser nula de modo que toda iB
passe por ele e que a resistência interna do voltímetro deve ser infinita de modo que iCD não desvie para
ele

Medidas Elétricas

É de vital importância, em eletricidade, a utilização de dois aparelhos de medidas elétricas: o


amperímetro e o voltímetro.

Voltímetro

Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por esse motivo deve ser
ligado sempre em paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja obter a tensão elétrica. Para não
atrapalhar o circuito, sua resistência interna deve ser muito alta, a maior possível. Se sua resistência
interna for muito alta, comparada às resistências do circuito, consideramos o aparelho como sendo ideal.
Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou alternadas dependendo da qualidade do aparelho.

Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.

Amperímetro

Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto
corrente contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o àmpere. O amperímetro deve ser
ligado sempre em série, para aferir a corrente que passa por determinada região do circuito. Para isso o
amperímetro deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível. Se sua resistência interna
for muito pequena, comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro como sendo
ideal.

Amperímetro Ideal → Resistência interna nula

Voltímetro não ideal Amperímetro Ideal

Circuitos Simples

Vamos verificar tal circuito através da de um “corte” em uma pilha, mostrando seus componentes,
entretanto a diferença de potencial entre os polos da pilha abaixo é mantida graças à energia liberada em
reações químicas. Consideraremos também dois polos sendo um positivo e um negativo, sendo que sem
esses componentes a corrente elétrica jamais se formaria.
A voltagem que sempre é fornecida em uma pilha é de 1,5 V, entretanto há aparelhos que se utilizam
mais do que essa quantidade de Volts. Sendo assim é necessário que mais de uma pilha sejam colocadas
para o devido funcionamento, onde a corrente elétrica é o valor da pilha x o seu próprio número. Como
exemplo, confira o seguinte raciocínio: Um carrinho de criança que se coloca 3 pilhas, o valor de sua
corrente elétrica se dá por: 1,5 V + 1,5 V + 1,5 V = 4,5 V
Já as baterias de automóvel vem com uma carga elétrica de 12 V, onde suas placas são mergulhadas
em uma solução de ácido sulfúrico e colocando-as dentro de um invólucro resistente, para que não ocorra

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seu vazamento. Se por acaso houver uma diferença de potencial entre os seus polos, a voltagem será
estabelecida nas extremidades dos fios, gerando assim um circuito elétrico simples.

Resistência Elétrica

Para um condutor AB, estando ele ligado a uma bateria, ocorrerá sempre que se estabelecer contato,
uma diferença de potencial nas extremidades, e consequentemente a passagem da corrente i através
dele. As cargas realizarão colisões contra os átomos ou moléculas havendo, então oposição a corrente
elétrica, podendo ser maior ou menor, dependendo da natureza do fio ligado em A e B.
Portanto, quanto menor for o valor da corrente i, maior será o valor de R. A unidade de representação
da medida de resistência é a do sistema internacional, sendo que 1 volt/ampère = 1 V/A, sendo
denominada como 1 ohm (ou representada pela letra grega Ω, em homenagem ao físico alemão do século
passado, Georg Ohm.
Podemos concluir que: quando uma voltagem VAB é aplicada nas extremidades de um condutor,
estabelecendo nele uma corrente elétrica i, a resistência é dada pela fórmula acima descrita. Quanto
maior for o valor de R, maior será a oposição que o condutor oferecerá à passagem da corrente. O valor
da resistividade pode ser considerada como sendo uma grandeza característica de todo material que
constitui um fio, sendo definida como: uma substância será tanto melhor condutora de eletricidade quanto
menor for o valor de sua resistividade.
Reostato segundo seus criadores, é um aparelho onde se pode variar a resistência de um circuito e,
assim, tornando-se possível aumentar ou diminuir, a intensidade da corrente elétrica. Dado um comprido
fio AC, de grande resistência, um cursor B, que se desloca através do fio, entrando em contato com A e
C, observe a corrente que sai do polo positivo da bateria percorrendo o trecho AB do reostato. Verifica-
se que não há corrente passando no trecho BC, pois estando o circuito interrompido em C, a corrente não
poderá prosseguir através desse trecho.

Diferença de Potencial

Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga
por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial. Quando uma carga
for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial (E). A soma das diferenças de
potencial de todas as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença
de potencial (ou tensão) tem como unidade fundamental o volt(V).

Corrente

Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa corrente é produzida pelo deslocamento de
elétrons através de uma ddp em um condutor. A unidade fundamental de corrente é o ampère (A). 1 A é
o deslocamento de 1 C através de um ponto qualquer de um condutor durante 1 s.

I=Q/t

O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para o positivo. No entanto, é convenção representar
a corrente como indo do positivo para o negativo.

Correntes e Tensões Contínuas e Alternadas


A corrente contínua (CC ou DC) é aquela que passa através de um condutor ou de um circuito num só
sentido. Isso se deve ao fato de suas fontes de tensão (pilhas, baterias,...) manterem a mesma polaridade
de tensão de saída. Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade constantemente com o tempo.
Consequentemente a corrente também muda de sentido periodicamente. A linha de tensão usada na
maioria das residências é de tensão alternada.

Resistência Elétrica
Resistência é a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em ohms (W). Quanto maior a
resistência, menor é a corrente que passa. Os resistores são elementos que apresentam resistência
conhecida bem definida. Podem ter uma resistência fixa ou variável.

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Símbolos em eletrônica e eletricidade
Abaixo estão alguns símbolos de componentes elétricos e eletrônicos:

Associações de Resistores

Os resistores podem se associar em paralelo ou em série. (Na verdade existem outras formas de
associação, mas elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futuramente).

Associação Série
Na associação série, dois resistores consecutivos têm um ponto em comum. A resistência equivalente
é a soma das resistências individuais. Ou seja:

Req = R1 + R2 + R3 + ...

Exemplificando:

Calcule a resistência equivalente no esquema abaixo:

Req = 10000 + 1000000 + 470


Req = 1010470

Associação Paralelo

Dois resistores estão em paralelo se há dois pontos em comum entre eles. Neste caso, a fórmula para
a resistência equivalente é:

1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ...

Exemplo: Calcule a resistência equivalente no circuito abaixo:

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Note que a resistência equivalente é menor do que as resistências individuais. Isto acontece pois a
corrente elétrica têm mais um ramo por onde prosseguir, e quanto maior a corrente, menor a resistência.
Resolução
R=1+1+1=3
1 1 1
= +
𝑅𝑒𝑞 3 6
1 2+1 3 1
= = =
𝑅𝑒𝑞 6 6 2
Req=2

As Leis de Kirchoff
Lei de Kirchoff para Tensão: A tensão aplicada a um circuito fechado é igual ao somatório das quedas
de tensão naquele circuito.

Ou seja: a soma algébrica das subidas e quedas de tensão é igual à zero (SV). Então, se temos o
seguinte circuito: podemos dizer que VA = VR1 + VR2 + VR3

Lei de Kirchoff para Correntes: A soma das correntes que entram num nó (junção) é igual à soma
das correntes que saem desse nó.

I1+I2= I3+I4+I5 As leis de Kirchoff serão úteis na resolução de diversos problemas.

Capacitor

O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando
se aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas
paralelas. A capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.

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C = Q/V

Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas
paralelas, e quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= ----------------------
kd

Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância entre as placas k = constante dielétrica do


material isolante

Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando
isto acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)

Isso gera o seguinte gráfico Vc X t

Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição
do capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a
corrente inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t
= RC (resistência vezes capacitância).

No exemplo abaixo, o tempo de carga é: Tc= 5 x 1000 x 10-6 = 5ms

Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma "oposição à corrente" (na
verdade é oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).

Xc=1/2pfC

A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma
resistência em série com uma capacitância:

Z = (R22+Xc2) 1/2 ou Z = Ö R22+XC2

Podemos imaginar a impedância como a soma vetorial de resistência e reatância. O ângulo da


impedância com a abscissa é o atraso da tensão em relação à corrente.

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Aplicações: Se temos um circuito RC série, a medida que aumentarmos a frequência, a tensão no
capacitor diminuirá e a tensão no resistor aumentará. Podemos então fazer filtros, dos quais só passarão
frequências acima de uma frequência estabelecida ou abaixo dela. Estes são os filtros passa alta e passa
baixa.

Frequência de corte: é a frequência onde XC=R.

Quando temos uma fonte CA de várias frequências, um resistor e um capacitor em série, em


frequências mais baixas XC é maior, desta forma, a tensão no capacitor é bem maior que no resistor. A
partir da frequência de corte, a tensão no resistor torna-se maior. Dessa forma, a tensão no capacitor é
alta em frequências mais baixas que a frequência de corte. Quando a frequência é maior que a frequência
de corte, é o resistor que terá alta tensão.

Filtro passa baixa:

Vsaída=It XC
Filtro passa alta

Questões
01. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO/2015) As especificações
técnicas de uma torradeira estabelecem que, ao ser conectada a uma tomada de 120 V, a torradeira
tem uma corrente de 10 A por ela percorrida.
Qual é, em ohm, o valor estimado para a resistência dessa torradeira?

(A) 1200
(B) 12
(C) 1,2
(D) 0,1
(E) 0

02. (COBRA TECNOLOGIA – Técnico de Operações – Equipamentos – ESPP/2013) Dado o circuito


abaixo, sendo R1 = 4 ohms e R2 = 6 ohms, calcule It, I1 e I2:

(A) It=5A, I1=3 A, I2=2A.


(B) It=3A, I1=2 A, I2=1A.
(C) It=6A, I1=2 A, I2=3A.
(D) It=2A, I1=1 A, I2=2A.

03. (PC/DF – Papiloscopista Policial – FUNIVERSA/2015) Para mostrar a função e a forma


como resistores podem ser arranjados dentro de um circuito elétrico, um instrutor do laboratório de
perícia papiloscópica montou o circuito ilustrado abaixo. Após uma análise desse circuito, o instrutor
solicitou aos estudantes que determinassem a resistência equivalente da combinação mostrada.

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Com base nesse caso hipotético e no circuito ilustrado, assinale a alternativa que apresenta o
valor da resistência equivalente.
(A) 41 
(B) 40 
(C) 36 
(D) 24 
(E) 18 

04. (IF/PR - Técnico em laboratório – CETRO/2014) Dispõe-se de três resistores iguais de


resistência elétrica 6,0Ω. Vamos associá-los, primeiro, em série e, depois, em paralelo. Chamemos
de i s a corrente que percorre a associação em série sob tensão de 180V e designemos por ip a
corrente que percorre a associação dos três resistores em paralelo sob a mesma tensão de 180V.
Por motivo de segurança, imaginemos um fusível antes da associação em série e antes da
associação em paralelo. Assinale a alternativa que apresenta o melhor fusível a ser comprado para
poder usar em qualquer uma das associações.
(A) 10A
(B) 90A
(C) 80A
(D) 50A
(E) 60A

05. (SEDUC/PI – Professor – NUCEPE/2015) As unidades de intensidade de corrente elétrica,


tensão elétrica e resistência elétrica, bem como seus respectivos aparelhos de medição, são
(A) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm(), medidos por amperímetro, voltímetro e
ohmímetro.
(B) respectivamente volt (V), ampère(A) e Ohm(), medidos por amperímetro, ohmímetro e
voltímetro.
(C) respectivamente Ohm(), volt(V), ampère(A) medidos por ohmímetro, amperímetro e
voltímetro.
(D) respectivamente ampère (A), Ohm() e volt(V) medidos por ohmímetro, amperímetro e
voltímetro.
(E) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm() medidos por ohmímetro, voltímetro e
amperímetro.

06. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2015) Se três lâmpadas de


mesma resistência (R) são conectadas, em paralelo, a uma fonte de alimentação V, a corrente que
passa por cada lâmpada é expressa por
(A) V/R
(B) 3V/R
(C) V/(3R)
(D) 2V/R
(E) V/(2R)

07. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP/2014) Duas lâmpadas idênticas, de especificações 15


W – 220 V cada, são ligadas em paralelo a uma rede elétrica alimentada por uma fonte de tensão
de 220 V. A intensidade da corrente elétrica através de cada lâmpada será, em ampéres, mais
próxima de
(A) 0,05.
(B) 0,07.
(C) 0,03.

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(D) 0,10.
(E) 0,14.

08. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB/2013) A intensidade de corrente elétrica que


atravessa o gerador ideal do circuito abaixo, quando a chave C estiver fechada, é de:

(A) 6A
(B) 3A
(C) 7A
(D) 4A
(E) 2A

09. (SEC/PI – Professor – NUCEPE/2015) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)


aprovou no mês de fevereiro o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias cobrada nas contas
de luz quando há aumento no custo de produção de energia no país. Em caso de bandeira vermelha,
que vigora atualmente em todo país e sinaliza que está muito caro gerar energia, passará a ser
cobrada nas contas de luz uma taxa extra de R$ 5,50 para cada 100 kWh. Supondo que em uma
residência alimentada com uma tensão de 220 V, mora uma família com 4 membros e que cada um
costuma tomar um banho com duração de 30 minutos por dia no chuveiro elétrico cuja potência é de
5400 W, a taxa extra que esta família irá pagar na conta mensal decorrente dos 30 dias, no que se
refere apenas ao uso do chuveiro elétrico, será de:
(A) R$ 5,50.
(B) R$ 11,00.
(C) R$ 16,50.
(D) R$ 22,00.
(E) Já que não atingiu os 100 KWh no mês, a família não irá pagar taxa extra.

10. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2012)


Considere o circuito elétrico esquematizado na figura abaixo.

Qual é, aproximadamente, em A, a intensidade da corrente que atravessa a fonte?


(A) 0,50
(B) 0,71
(C) 0,91
(D) 2,4
(E) 5,9

. 13
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Respostas
01. Resposta: B.
U=Ri
120=R.10
R=12

02. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅𝑡 4 6
1 3+2
=
𝑅𝑡 12
12
𝑅𝑡 = = 2,4
5
12=2,4.i
I=5A
R1.i1=R2.i2
E como it=5A
Temos que i1=3A e i2=2A

03. Resposta: A.

1 1 1
= +
𝑅𝑡 20 20
20
𝑅𝑡 = = 10
2
1 1 1
= +
𝑅𝑡 10 10
10
𝑅𝑡 = = 5
2
R=24+5+12=41

04. Resposta: B.
Em série: 6+6+6=18
180=18i
I=10A

Em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑡 6 6 6
6
𝑅𝑡 = = 2
3
180=2i
I=90A
Portanto, o fusível tem que ser de 90 para poder suportar as duas montagens.

05. Resposta: A.

06. Resposta: A.
Lâmpadas em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅 𝑅 𝑅
1 3
=
𝑅𝑒𝑞 𝑅
Req=R/3
U=Ri
Como é paralelo a corrente tem que ser dividida:
V=R.3i

. 14
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𝑉
3𝑉
3𝑖 = 𝑅 =
3 𝑅
I=V/R

07. Resposta: B.
𝑈2
𝑃=
𝑅
2202
15 =
𝑅
R=3226,67
U=Ri
220=3226,67 i
I=0,068A
Aproximadamente i=0,07A

08. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅 10 10
1 2
=
𝑅 10
R=5
Como a outra resistência está em série: 5+5=10
U=Ri
60=10i
I=6A

09. Resposta: C.
𝐸
𝑃=
∆𝑡
𝐸
5400 =
0,5
E=2700
Como são 4 membros:
2700x4=10800
E 30 dias: 10800x30=324000 Wh=324 kWh

Portanto, a cada 100kWh tem um custo de R$5,50, foram consumidos 3 vezes esse valor:
5,50x3=16,50

10. Resposta: C.
Devemos somar as resistências 10 e 20, pois estão em série: 10+20=30
Assim, ficamos em paralelo:
1 1 1
= +
𝑅 30 30
1 2
=
𝑅 30
R=15
Assim, ficamos novamente em série de 15+40=55
U=Ri
50=55i
I=0,909
I=0,91A

. 15
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Mecânica – (estática e dinâmica) - Coeficiente de atrito; cinemática
(velocidade, aceleração, espaço percorrido); equilíbrio de forças;
equilíbrio de momentos; Leis de Newton.

ESTÁTICA

PRINCÍPIOS BÁSICOS
A estática é a parte da física que se preocupa em explicar questões como:
Por que em uma mesa sustentada por dois pés, estes precisam estar em determinada posição para
que esta não balance?
Por que a maçaneta de uma porta sempre é colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
Por que um quadro pendurado em um prego precisa estar preso exatamente em sua metade?
Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais do que por suas extremidades?

Princípio da transmissibilidade das forças


O efeito de uma força não é alterado quando esta é aplicada em diferentes pontos do corpo, desde
que esta seja aplicada ao longo de sua linha de aplicação.

Nos três casos o efeito da força é o mesmo.

ESTÁTICA DE UM PONTO
Primeiramente vamos definir o que é Ponto Material, isto é:

Um corpo pode ser considerado um Ponto Material quando suas dimensões


(comprimento, largura e profundidade) podem ser desprezadas em um dado
fenômeno em comparação as demais grandezas físicas que estão sendo estudadas.

Agora, para entendermos a estática no ponto material é necessário que saibamos a condição
necessária para que esse ponto esteja em equilíbrio, isto é, para que possamos afirmar que um ponto
material está parado, em um dado referencial, temos que garantir que a sua velocidade vetorial seja
constante com o tempo, sendo assim a sua aceleração vetorial é zero (nula). Logo, como vimos na aula

11 (Leis de Newton), a 2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) nos diz que ,
concluímos que a força resultante no sistema é zero.

. 16
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Portanto, a condição necessária para afirmar que um ponto material está

em equilíbrio quando a resultante das forças aplicada nele for nula, isto é,
.

Estudando a Força Aplicada em um Ponto Material:


Para verificar se a força resultante aplicada em um ponto material é nula utilizaremos o método da
decomposição de vetores, isto é:

Logo, para fazer o cálculo da força resultante deveremos decompor os vetores nos eixos x e y, e
verificar se a soma no eixo x é zero e a do eixo y, também, é zero.
Exemplos:
1) Um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três forças, conforme a figura abaixo. Demonstre
que isso é verdade.

Resolução
Para fazermos a demonstração é necessário provar que a resultante das forças no eixo x é zero e a
resultante das forças no eixo y também é zero.
Portanto, utilizaremos o que aprendemos na aula de decomposição de vetores, isto é, faremos um
esquema só com os vetores no sistema cartesiano, isto é:

Como mostra o esquema, podemos separar as forças que atuam nos dois eixos, isto é:

EIXO X:
FRx = F1 + F2x , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F1 = F2x . Mas como sabemos a F2X = F2 . cos , logo temos que:
F2X = F2 . cos F2X = 150 . cos 36,9º F2X = 150. 0,8 F2X = 120N

. 17
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Provamos que a F2X = F2 , isto é, F2X = F2 = 120N

EIXO Y:
FRY = F3 + F2Y , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos
concluir que F3 = F2Y. Mas como sabemos a F2Y = F2 . sen , logo temos que:
F2Y = F2 . sen F2Y = 150 . sen 36,9º F2Y = 150. 0,6 F2X = 90N
Provamos que a F2Y = F3 , isto é, F2Y = F3 = 90N
2) Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?

Sendo:

Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
E, seguindo a condição de equilíbrio:

ESTÁTICA DE UM CORPO RÍGIDO


Chamamos de corpo rígido ou corpo extenso, todo o objeto que não pode ser descrito por um ponto.
Para conhecermos o equilíbrio nestes casos é necessário estabelecer dois conceitos:
Centro de massa
Um corpo extenso pode ser considerado um sistema de partículas, cada uma com sua massa.
A resultante total das massas das partículas é a massa total do corpo. Seja CM o ponto em que
podemos considerar concentrada toda a massa do corpo, este ponto será chamado Centro de Massa do
corpo.
Para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio
centro geométrico do sistema. Como no caso de uma esfera homogênea, ou de um cubo perfeito.
Para os demais casos, o cálculo do centro de massa é feito através da média aritmética ponderada
das distâncias de cada ponto do sistema.

. 18
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Para calcularmos o centro de massa precisamos saber suas coordenadas em cada eixo do plano
cartesiano acima, levando em consideração a massa de cada partícula:

2. (−2) + 10.0 + 3.0 + 12.2 + 5.3 = 35 = 1,09


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 2 + 12 + 5 32

2. (−3) + 5. (−1) + 10.0 + 3.1 + 12.3 = 28 = 0,875


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 3 + 12 + 5 32

Então o Centro de Massa do sistema de partículas acima está localizado no ponto (1,09 , 0,875), ou
seja:

Como forma genérica da fórmula do centro de massa temos:

Momento de uma força


Imagine uma pessoa tentando abrir uma porta, ela precisará fazer mais força se for empurrada na
extremidade contrária à dobradiça, onde a maçaneta se encontra, ou no meio da porta?
Claramente percebemos que é mais facilmente abrir ou fechar a porta se aplicarmos força em sua
extremidade, onde está a maçaneta. Isso acontece, pois existe uma grandeza chamada Momento de
Força , que também pode ser chamado Torque.
Esta grandeza é proporcional a Força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou seja:

A unidade do Momento da Força no sistema internacional é o Newton-metro (N.m)


Como este é um produto vetorial, podemos dizer que o módulo do Momento da Força é:

Sendo:
M= Módulo do Momento da Força.
F= Módulo da Força.
d=distância entre a aplicação da força ao ponto de giro; braço de alavanca.
sen θ=menor ângulo formado entre os dois vetores.

Como , se a aplicação da força for perpendicular à d o momento será máximo;


Como , quando a aplicação da força é paralela à d, o momento é nulo.
E a direção e o sentido deste vetor são dados pela Regra da Mão Direita.

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O Momento da Força de um corpo é:
 Positivo quando girar no sentido anti-horário;
 Negativo quando girar no sentido horário;

Exemplo:
Qual o momento de força para uma força de 10N aplicada perpendicularmente a uma porta 1,2m das
dobradiças?

Condições de equilíbrio de um corpo rígido


Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de não se mover, este corpo não pode girar. Por
isso precisa satisfazer duas condições:
1. O resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser nulo (não se move ou se
move com velocidade constante).
2. O resultante dos Momentos da Força aplicadas ao corpo deve ser nulo (não gira ou gira com
velocidade angular constante).

Exemplo:
(1) Em um circo, um acrobata de 65kg se encontra em um trampolim uniforme de 1,2m, a massa do
trampolim é 10kg. A distância entre a base e o acrobata é 1m. Um outro integrante do circo puxa uma
corda presa à outra extremidade do trampolim, que está a 10cm da base. Qual a força que ele tem de
fazer para que o sistema esteja em equilíbrio.

Como o trampolim é uniforme, seu centro de massa é exatamente no seu meio, ou seja, a 0,6m. Então,
considerando cada força:

. 20
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Pela segunda condição de equilíbrio:

Cinemática-Movimento
MOVIMENTO:DESLOCAMENTO, VELOCIDADE, ACELERAÇÃO
A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e
circulares os objetos do nosso estudo que costumar estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)
Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:
- Deslocamento (ΔS)
- Velocidade ( V )
- Tempo (Δt)
- Aceleração ( a )

VELOCIDADE
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado
tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal,) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas
elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);
No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:

EXEMPLOS:
Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e
20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?
S=200km
t=4h
v=?

∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

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2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?
∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.
2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66ℎ

MOVIMENTO UNIFORME
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 = 
∆𝑡
Isolando o S, teremos:
S=.t

Mas sabemos que:


S=Sfinal-Sinicial
Então
Sfinal+ Sinicial + v.t

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Exemplos:
1) O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.

Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
x = xo+ v.t
x = 50 + 20.t

2) Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.
Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercícios que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

RESOLUÇÃO:
Comparando com a função padrão: Sfinal+ Sinicial + v.t

(a) Posição inicial= 20m


(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m

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(e) 80= 20+5t
80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t


20-20= 5t
t=0
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.

Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO


Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de
velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos
que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física,
acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no
cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então
como unidade teremos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚⁄𝑠 𝑚
= 2
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑠 𝑠

As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente


variado são:
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 2 𝑎𝑡 2 -conhecida como (sorvetão)
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Torricelli
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡 (Vovô ateu)

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a
aceleração instantânea do móvel.

Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡
Mas sabemos que:
𝑣 = 𝑣 − 𝑣0
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡

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Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento
Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

EXEMPLOS:
1) Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s

2). Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:

Carro:
𝟏
S=S0+v0.t+𝟐 𝒂 𝒕𝟐
𝟏
𝑺 = 𝟎 + 𝟎 + . 𝟓𝒕𝟐
𝟐
𝟓
S= 𝟐 𝒕𝟐

Caminhão:
S=S0+vt
S=0+10t
S=10t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


5
S= 𝑡 2 =10t
2

10.2
t= 0s e t= =4 s
5

𝟏 𝒂 𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 +
𝟐
𝟏 𝒂 𝟓𝟐
𝑺=𝟎 + 𝟎+
𝟐
𝟓𝒕𝟐
S= 𝟐

Caminhão:
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝒕

𝑺 = 𝟎 + 𝟏𝟎𝒕
S= 10 t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


𝟓𝒕𝟐
S= 𝟐
= 10 t
𝟏𝟎.𝟐
t=0 s e t= 𝟓
=4s

(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m

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Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.

3) Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê
uma pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto
tem valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0= (30)2+ 2aS
-900=-16 S
56,25=(S-S0)
56,25 m=S
A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.

MOVIMENTO VERTICAL
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do
ar.
Funções Horárias do Movimento Vertical
Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:

𝟏 𝟐
S-S0 +Vot +𝟐 𝒂𝒕

v=v0+at

V2=Vo2+2aS

Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo

Exemplos:
1) Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:
Subida (t=3s)
1
h= ho+vot -2gt2
1
15=0+3v0t-210.32
15=3vo-45

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15+45 = 3 vo
60
= v0
3

V0=20m/s

2) Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio,


com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com
velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e
despreze as forças dissipativas.
Da sacada à altura máxima que o projétil alcançará.
V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10
10
t = 1s
Da altura máxima que o projétil alcançou ao solo.
V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30
t = 30
10
t = 3s
O tempo em que o projétil permanece no ar:
t = 3 + 1 = 4s

VETORES

O vetor representa, para efeito de se determinar o módulo, a direção e o sentido, da grandeza física.
Utilizando-se a representação através de vetores poderemos definir a soma, a subtração e as
multiplicações de grandezas vetoriais.
Ao longo do texto vamos estabelecer a distinção entre grandezas vetoriais e escalares, colocando uma
flechinha sobre as primeiras:
= vetor aceleração ,
= vetor velocidade ,
= vetor posição ,
= vetor força .

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE VETORES


Um vetor é representado graficamente através de um segmento orientado (uma flecha). A vantagem
dessa representação é que ela permite especificar a direção (e esta é dada pela reta que contém a

flecha) e o sentido(especificado pela farpa da flecha). Além disso, o seu módulo (indicado com v ou )
será especificado pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma convenção para a escala.

As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o


módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus
representantes.
O módulo de se indica por | | .

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Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
v + w = (a+c,b+d)

Propriedades da Soma de vetores

i) Comutativa:
Para todos os vetores u e v de R2 v+w=w+v
ii) Associativa: para todos os vetores u,v e w de R2.
u+ (v+w) = (u+v) +w
iii) Elemento neutro: Existe um vetor O(0,0) em R 2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:
o+u=u
iv) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, existe um vetor –v em R2 tal que: v+(-v)=0

Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
v - w = (a-c,b-d)
Produto de um número escalar por um vetor
Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como:
c.v = (ca,cb)

Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

MOVIMENTO OBLÍQUO
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.

Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.

A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.

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Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".
Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.

Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:

Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?

(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
X= 62,5 m

2. Um tiro de canhão é lançado formando um ângulo de 30° com a horizontal, conforme a figura abaixo:

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𝑣𝑦2 =𝑣02𝑦 -2gy, mas quando a altura for máxima a velocidade final será zero:
0= (34,64 sem 30º)2-2.10.(h)
0= 300-20h
20h=300
300
h= 20
h= 15 m
Então a altura que o tiro do canhão alcança é igual a 50m+30m=80m

3. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.

MOVIMENTO CIRCULAR
Movimentos circulares (uniforme e variado).
Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa
trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente
aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada
para o centro da circunferência-trajetória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente
deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que não deixe
de ser circular a trajetória. O movimento circular classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença
de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente
variado (MCUV).

Propriedades e Equações

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Deslocamento angular (Δφ)
Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença
entre a posição angular final e a posição angular inicial:
=-0

Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.

Velocidade Angular (ω)


Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:

m= 𝑡
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
=lim m
t0

Aceleração Angular (α)


Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular
média como:
∆𝜔
αm= 𝑡

Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno ciclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠
Sabendo que 1rotação = 2πrad,

2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠

Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.

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vA = vB
ωB = ωR

As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas Grandezas
lineares angulares
v=vo+at =0+at
1 2
S-S0 +Vot +2 𝑎𝑡 1 2
=0+0t+2 𝑎𝑡

∆𝜔
∆𝑉 αm=
am= ∆𝑡
∆𝑡

v2=vo2=2aS
2=02 +2a

E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração


centrípeta:

Exemplos:
1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s

(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s

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(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s

2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?

O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s

(b) acp= 𝜔ℎ2 .R


acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2

(c ) acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2

3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular
igual a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅
20
= 0,5= 40 rad/s

A partir daí, apenas se aplica a função horária da velocidade angular:


=0+αt

20= 0+2t
20
t= 2

t=10s

4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
=
2
=12,5 rad
S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m

5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
(a) Pela função horária da velocidade angular:
=0+α.t

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=0+2.10
= 20 rad/s

(b) Pela função horária do deslocamento angular:


1
=0+0.t+2α t2
1
=0+0+2.2.102
=100 rad

(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

Questões
01. (EAM – Aprendiz – Marinheiro – Marinha) Analise as afirmativas abaixo.
Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que move-se em linha reta, indica
um valor constante. Nesta situação:
I- a força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- a soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- a aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) Um veículo mantendo velocidade
escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se encontra
aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma desaceleração
constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma distância de 40 m.
Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo de tempo em que
esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.

03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.

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O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.

Use Π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.

04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a aceleração
da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma ordem de soltar uma
bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente. Desprezando os efeitos da
resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância horizontal, em metros, entre o avião e
o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.

05. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um ônibus de 8 m de


comprimento, deslocando-se com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de 12 m
de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos, para atravessar totalmente a ponte?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

06. (PETROBRAS- Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Ao retirar um equipamento de


uma estante, um operador se desequilibra e o deixa cair de uma altura de 1,8 m do piso.
Considerando-se que inicialmente a velocidade do equipamento na direção vertical seja nula e que g
= 10 m/s2, a velocidade de impacto do equipamento com o piso, em m/s, é
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Em um relatório da perícia, indicou-se que o corpo
da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação do
ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma velocidade,
em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.

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08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.

I. A aceleração do móvel é de 1,0 m/s2.


II. A distância percorrida nos 10 s é de 50 m.
III. A velocidade varia uniformemente, e o móvel percorre 10 m a cada segundo.
IV. A aceleração é constante, e a velocidade aumenta 10 m/s a cada segundo.
São verdadeiras apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

09. (PUC/2015) O trem japonês de levitação magnética “Maglev" bateu seu próprio recorde mundial
de velocidade em 21 de abril de 2015, ao alcançar a incrível velocidade de 603 km/h (seu recorde anterior
era de 590 km/h). A velocidade recorde foi alcançada numa via de testes de 42 km de extensão, situada
na Prefeitura de Yamanashi. A Central Japan Railway (empresa ferroviária operadora do “Maglev") tem
intenção de colocá-lo em funcionamento em 2027 entre a estação de Shinagawa, ao sul de Tóquio, e a
cidade de Nagoia, no centro do Japão, perfazendo um trajeto de 286 quilômetros. Considere uma situação
hipotética em que o “Maglev" percorra a distância de Shinagawa a Nagoia com a velocidade recorde
obtida em 21 de abril de 2015, mantida sempre constante. Então o tempo da viagem será de,
aproximadamente

(A) 0,47 min


(B) 28 min
(C) 2,1h
(D) 21 min
(E) 47 min

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Respostas

01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.

02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s

03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ

04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
1440
𝑡2 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m
05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s

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∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s

07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s

08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
= 𝑎= = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴 = 𝑏 ∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-a velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.

09. Resposta: B.
603km----1h
286km----x
X=0,47h
0,47x60=28,45 min

HIDROSTÁTICA

A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.

Massa Específica: Densidade


Ao se afirmar que a massa específica da água é de 1000 kg/m³ estamos informando que 1 m³ de água
possui uma massa de 1000 kg. Isto nos permite deduzir a definição de massa específica, que é a relação
entre a massa e o volume ocupado por essa massa:

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A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:

Exemplo:
Qual a massa de um corpo de volume 1m³, se este corpo é feito de ferro?
Dado: densidade do ferro=7,85g/cm³
Convertendo a densidade para o SI:

PRESSÃO
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.

Sendo:
p= Pressão (Pa)
F=Força (N)
A=Área (m²)

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m²,
qual a pressão exercida por esta força?

Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

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como:
a massa do líquido é:

mas , logo:

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

Pressão atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg

Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.
Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:
Po=1 atm =1 .105 Pa
Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:

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TEOREMA DE STEVIN

Seja um líquido qualquer de densidade d em um recipiente qualquer.


Escolhemos dois pontos arbitrários R e T.

As pressões em Q e R são:

A diferença entre as pressões dos dois pontos é:

Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a
densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."

Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.

TEOREMA DE PASCAL

Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:

Então, considerando dois pontos, A e B:

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Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:

Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.

Assim:

Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."

Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆P = γ ⋅ ∆h
∆P = 10000. 4
∆P = 40000 Pa
Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.

Prensa hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu
interior existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de
pressão sobre o líquido dado por:

Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a
todos os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da
aplicada:

Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:

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Exemplo:
Considere o sistema a seguir:

Dados:

Qual a força transmitida ao êmbolo maior?

PRINCÍPIO DO EMPUXO
Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e
a representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).

Exemplo:
Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de
volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²

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Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas podemos
usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
 densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
 densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
 densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido

Exemplo:
Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0 . 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d =
0,90 . 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido
pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.
d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N

VAZÃO E CONTINUIDADE EM REGIMES DE FLUXO CONSTANTE

Noções de Hidrodinâmica
A hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento.
Equação da continuidade
Suponhamos que um líquido esteja se movendo numa tubulação qualquer, em regime uniforme e
consideremos u trecho da tubulação, cuja secção longitudinal está representada na figura abaixo.
Suponha que no trecho da tubulação mostrado o líquido esteja se movendo da esquerda para a direita.

Sejam S1 e S2 as áreas das secções retas da tubulação nas regiões 1 2 e v1 e v2 as velocidades das
partículas líquidas por ali passam.
Demonstra-se que
S1.v1 = S2.v2
Esta expressão é conhecida como equação da continuidade. A partir dela podemos concluir que se o
diâmetro do tubo diminui, então a velocidade de escoamento do fluido no interior do tubo aumenta e vice-
versa. Observa-se ainda que nas paredes mais estreitas do tubo de corrente as linhas de corrente estão
mais próximas, indicando maior velocidade do fluido.
Um exemplo simples que evidencia as conclusões obtidas com a equação da continuidade, é o
escoamento das águas de um rio. Nas regiões em que o rio é largo, a água flui calmamente. Entretanto,
quando o rio se estreita e as margens estão mais próximas, a correnteza atinge velocidades maiores.
Vazão de volume
O produto S.v corresponde a DV/Dt. O produto S.v é chamado de vazão de volume ou simplesmente
vazão. Representa-se pela letra Q. e sua unidade de medida no SI é m³/s.
Logo, a vazão mede o volume de fluido de atravessa determinada secção por unidade de
tempo:
Q = S.v
Portanto a equação da continuidade impõe que a vazão de volume através de um tubulação é
constante em qualquer secção transversal que se considere.
Teorema de Bernoulli

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O teorema de Bernoulli, em essência, estabelece que a energia de um fluido em fluxo permanente, é
constante ao longo do caminho descrito pelo fluido.

Essa relação nos mostra principalmente que, em uma canalização horizontal, um estrangulamento
implica - pela equação da continuidade - um aumento na velocidade do fluxo e, consequentemente, uma
diminuição de pressão.
Então, quanto maior é a velocidade de um fluido menor é a pressão que ele exerce.

Aplicação do Teorema de Bernoulli


Uma superfície aerodinâmica, como a asa de um avião ou um aerofólio de um carro de corrida, é
desenhada de tal forma maneira que, ao se movimentar através de um fluido perturba-o de tal modo que
um algumas regiões, as linhas de corrente são próximas e em outras elas não são afetadas. figura mostra
as linhas de corrente de um fluxo de ar nas proximidades de um asa de avião, mostrada em corte.
Observe que acima da asa as linhas de corrente são mais comprimidas, indicando que nessa região a
velocidade do fluido é maior. Assim pelo teorema de Bernoulli. A pressão na região acima da asa deve
ser menor e, portanto, existirá uma força resultante dirigida para cima (empuxo dinâmico). Esse empuxo
dinâmico é geralmente chamado de sustentação.

Exemplo:
Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de secção reta de 100 cm 2, passa água com uma
vazão de 7200 litros por hora.

Calcule a velocidade de escoamento da água nesse cano, em m/s.


S=100cm2=102.10-4
S=102m3
Z=7.200L/h=7.200/3.600L/s=2.L/s
Z=2.10-3m3/s
Z=S.v
2.10-3= 10-2v
v=2.10-3/10-2
v=0,2m/s

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Questões

01(EBSERH-FISIOTERAPEUTA- AOCP)
Após uma lesão, cirurgia ou imobilização, a hidroterapia facilita o movimento por meio da redução das
forças gravitacionais, devido aos efeitos combinados de _______________, ____________ e
____________. Pacientes incapazes de realizar exercícios com sustentação de peso podem começar a
reabilitação mais cedo.
flutuação/ atrito/ temperatura
(B)viscosidade/ volume/ arrasto
(C)viscosidade/ empuxo/ densidade
(D)temperatura/ volume/ densidade
(E)flutuação/ densidade/ empuxo

02. (PC-SP- PERITO CRIMINAL-VUNESP)


Um cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido suspenso por um fio na posição vertical,
totalmente submerso em um tanque cheio de água, como mostra a figura:

Nessas condições, é correto afirmar que


o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua massa específica.
(B)a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em qualquer ponto dele.
(C)o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.
(D)a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa específica dele.
(E)a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.

03. (FCC) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com água,
ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical mínima
capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2

04. Dado um corpo arbitrário com massa 12kg concentrada em um ponto P ligado a outro de massa
10kg concentrada em um ponto Q ligado por um fio ideal que atravessa uma polia ideal, assim como na
figura abaixo. Qual deve ser o coeficiente de atrito para que este sistema esteja em equilíbrio?

05.Dois cabos seguram um bloco de massa 20kg, um deles, com intensidade 20N, forma um ângulo
de 45° com a horizontal. O outro, forma um ângulo de 120° partindo da horizontal. Qual a força aplicada
a este cabo para que o bloco fique em equilíbrio verticalmente?

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06.Três partículas localizam-se em posições: a (2,4), b (3,-1), c (1,0), d (-5,-2), e (0,0). Sendo a massa
destas partículas, respectivamente, 5kg, 16kg, 0,1kg, 0,9kg e 10kg. Qual é o centro de massa deste
sistema?

07.Para abrir uma porta de madeira de um metro de largura é necessário aplicar uma força
perpendicular de intensidade 50N na sua extremidade contrária à dobradiça. Ao tentar abrir esta porta
empurrando-a pelo seu meio, qual deve ser a intensidade da força perpendicular aplicada?

08. Qual a pressão causada por uma força de intensidade 12N aplicada sobre uma superfície
retangular de dimensões 15cm x 5cm?

09. A ferramenta usada em oficinas mecânicas para levantar carros chama-se macaco hidráulico. Em
uma situação é preciso levantar um carro de massa 1000kg. A superfície usada para levantar o carro tem
área 4m², e a área na aplicação da força é igual a 0,0025m². Dado o desenho abaixo, qual a força aplicada
para levantar o carro?

10. (UNIFOR-CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido,
de 1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,

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(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15

Respostas
01.Resposta:E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.

02.Resposta:E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.

03.Resposta:A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N
FR = E - P = 80 - 48 = 32 N

04.Resposta
Analisando individualmente cada um dos pontos onde há alguma força aplicada:

e
No sentido vertical para P:

Montando um sistema de equações com as forças aplicadas em cada corpo temos:

Mas para que o corpo esteja em equilíbrio a=0. Então somando o sistema acima temos:

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05.Resposta
Verticalmente:

06.Resposta
Utilizando o princípio da média aritmética ponderada, podemos calcular o centro de massa em cada
eixo do plano cartesiano:

𝑚𝑎.𝑥𝑎+𝑚𝑏.𝑥𝑏+𝑚𝑐.𝑥𝑐+𝑚𝑑.𝑥𝑑+𝑚𝑒.𝑥𝑒
CMx =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.2+16.3+0,1.1+0,9.(−5)+10.0
CMx =
5+16+0,1+0,9+10

10+48+0,1−4,5+0
CMx =
32
53,6
CMx = = 1,67
32
𝑚𝑎.𝑦𝑎+𝑚𝑏.𝑦𝑏+𝑚𝑐.𝑦𝑐+𝑚𝑑.𝑦𝑑+𝑚𝑒.𝑦𝑒
CMy =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.4+16.(−1)+0,1.0+0,9.(−3)+10.0
CMy =
5+16+0,1+0,9+10

20−16+0−2,7+0
CMy =
32
1,3
CMy= = 0,04
32
Logo CM (1,67 , 0,04)

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07.Resposta
= 𝐹1. 𝑑1
𝑀 − 𝐹2𝑑2
𝐿𝑜𝑔𝑜
𝐹1. 𝑑1 = 𝐹2𝑑2
50.1 = 𝐹2. 1/2
50 = 𝐹2. 1/2
2.50 = 𝐹2
𝑭𝟐 = 𝟏𝟎𝟎

08.Resposta
𝑆𝑒𝑛𝑑𝑜:
𝐹
𝑝−=
𝐴

e a área do retângulo é dada pela multiplicação dos seus lados e convertendo as unidades para SI:

15𝑐𝑚 = 0,15 𝑚
5 𝑐𝑚 = 0,05 𝑚
𝐴 = 𝑙. 𝑙
𝐴 = 0,15.0,05
𝐴 = 0,0075 𝑐𝑚2
𝐹
𝑝−=
𝐴
12
𝑝= = 𝟏𝟔𝟎𝟎 𝑷𝒂
0,0075

09.Resposta
𝐹 𝑃
=
𝐴 𝐴
𝑃.
F= 𝐴

1000.10.0,0025
𝐹=
4
F= 6,25N

10.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos: Po = 1 atm = 105 Pa; h =
10 m;
Calculemos a pressão hidrostática:

P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:
d'=80%.d
d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'

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Dinâmica- Forças

O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação deste com um (ou mais) corpo(s). Como por exemplo,
quando um jogador de tênis dá uma raquetada numa bola, a raquete interage com ela e modifica o seu
movimento. Quando soltamos algum objeto a uma certa altura do solo e ele cai, é resultado da interação
da terra com este objeto. Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os
Princípios de dinâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da
forma que conhecemos hoje.

LEIS DE NEWTON
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia


A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.

Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja:
Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:

Exemplos:
1) Um elevador de um prédio de apartamentos encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação
exclusiva de duas forças opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2 000 N. O
elevador está parado?

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Resposta
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
2) Observe a figura a seguir.

Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.

Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica


Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:
A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s² (quilograma


metro por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1O grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo,
em função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.

Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.

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Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão

Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=ma
12=2a
a=6m/s²
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .

Exemplo:
Dada a figura

Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
RESOLUÇÃO
1. Separe os blocos A e B.
2. Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
3. Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

4. Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força f.
f=3a
f = 3 · 4 = 12 N

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3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação
Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação,
mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção
iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:"As forças atuam sempre em pares, para toda
força de ação, existe uma força de reação."

Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.
a) 300N
b) 400N
c) 600N
d) 750N
e) 1050N

No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg(onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N

FORÇA PESO
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que
sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:
P=mg
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:

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(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N

FORÇA DE ATRITO
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
 Se opõe ao movimento;
 Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
 É proporcional à força normal de cada corpo;
 Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
 Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de
uma experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual
conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.

Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):

Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.

Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que
empurra a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa.
Ela anula o efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:
Fat=µ.N
Onde:

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μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico


Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que
se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.

Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:
Fat=µest.N

Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat=µd.N

FORÇA ELÁSTICA
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que
a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada
Lei de Hooke:
F= K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola
e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos
N/cm; kgf/m, etc.

Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
F-P=0, pois as forças tem sentidos opostos
F=P
Kx=mg
150x=100
x=0,66m

FORÇA CENTRÍPETA
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.

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A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
Sabendo que:
𝑣2
acp= 𝑅

ou
acp= 2.R

Então:
𝑣2
Fcp= m.acp=m 𝑅 = m2.R

A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.

Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp=m
𝑅
202
Fcp= 800.
100
Fcp= 800.4
Fcp=3200N

PLANO INCLINADO
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:

Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
P: Força peso = P = m.g
Px=Psen
Py=Pcos
N=Normal=Py
Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat
Se estiver descendo: Px-Fat=ma

Exemplo: Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem
atrito Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.

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Px=ma
mgsen=ma
a=gsen
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²

SISTEMAS
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.

Corpos em contato

Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F B,A=mB.a

Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB=3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a instensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F(mA+mB).a
24=(5+3).a
24
a =8
a=3m/s2

FB,A= mB.a
FB,A=3.3

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FB,A= FA,B=9N

Blocos ligados por fio em superfície lisa


Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam
puxados por uma força F.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


(corpo A) T2= mA.a
(corpo B) T1-T2= mB.a
(corpo C) F-T1= mC.a
---------------------------------------
F =( mA+ mB+ mC).a

Um dos corpos pendurados


Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente
para deslocar o conjunto.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

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TRABALHO

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R=1+2+3+..........+N

Força paralela ao deslocamento


Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
= F.S
=m.a. S
=5.1,5.100
=750J

Força não-paralela ao deslocamento


Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:
𝐹
cos= 𝐹𝐼𝐼𝐼

FII=F cos

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho. Logo:

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= FII.S
= F cos.S

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho da força Peso


Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre
o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:
P=P. h
P= m.g. h

POTÊNCIA
Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W=1𝑠
Além do watt, usa-se com frequência as unidades:
1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

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Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Pot M=
𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝐹.𝑆 𝑆
Pot M= 𝑡 = 𝐹. 𝑡 = 𝐹 v m
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:

Pméd= 𝑡(I)

O trabalho de uma força constante é definido por:


= F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd=
𝑡

Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo:
Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?

Pot M= 𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd= 𝑡
= 10
= 36 𝑊

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?


Pot= F.v=12.2=24W

ENERGIA MECÂNICA
Energia é a capacidade de executar um trabalho.
Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
 Energia Cinética;
 Energia Potencial Gravitacional;
 Energia Potencial Elástica;

Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S

Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:

v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎

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Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

Teorema da Energia Cinética


Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


"O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética."
R=Ec= Ec- Eci
2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= -
2 2

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= 2
- 2

10.0 10.(10)2
R= 2
- 2
−1000
R= 2 =-500 J

Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.

Energia Potencial Gravitacional


É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).

Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.

Energia Potencial Elástica


Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

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Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A= 2

Então:
𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎
Fel=Eel= 2

𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel= 2
= 2

Conservação de Energia Mecânica


A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:

1 1
mv2 inicial+mgh inicial = mv2 final + mgh final
2 2

Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1 1 1
2
mv2 inicial+ 2 Kx2= 2 mv2 final+ 2 Kx2inal

Exemplos:
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
mv2 inicial+mgh inicial = mv2 final + mgh final
2 2

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1 1
2
m.0+m.10.3=2 mv2 final = mg.0

1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final

IMPULSO
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:


 Módulo:
 Direção: a mesma do vetor F.
 Sentido: o mesmo do vetor F.
A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo
de tempo de interação:

A = F.Δt = I

Exemplo:
1) Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.
2)
RESOLUÇÃO
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s
2)Dado o gráfico

Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.
RESOLUÇÃO
1. Divida o gráfico em 3 partes: triângulo (A3), retângulo (A1) e trapézio (A2).

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2. Calcule as áreas A1, A2 e A3.
A1 = b · h A1 = 2s · 4N = 8 N.s

A2 = A2 = = 30 N.s

A3 = A3 = = 12 N.s

3. A soma de A1, A2 e A3 é o valor do impulso.


I = A1+ A2 + A3 I = 50 N.s
4. Determine a força utilizando

F= =5N

QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:


 Módulo:
 Direção: a mesma da velocidade.
 Sentido: a mesma da velocidade.
 Unidade no SI: kg.m/s.
Exemplo:
Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

mas sabemos que: , logo:

Como vimos:

então:

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"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para
que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco
A. O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco
B exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.

04. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de 10 kg sobe com velocidade constante um plano inclinado. Outro bloco de
8,0 kg está conectado ao primeiro através de um fio e de uma roldana ideais, conforme mostra a Figura
abaixo.

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O módulo, em N, da força de atrito entre o bloco de 10 kg e o plano inclinado é
Dados Aceleração da gravidade = 10 m/s2
sen 30° = 0,50
cos 30° = 0,87
(A) 70
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87

05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200

06. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) Um objeto está descendo um


plano inclinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção
do movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que
um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.

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Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N

08. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de madeira de massa M está em repouso sobre um plano inclinado de um
ângulo  em relação à horizontal, num local onde a aceleração da gravidade é g. Desprezando-se os
efeitos do ar, o módulo da força de atrito estático sobre o bloco é
(A) M g cos θ
(B) M g sen θ
(C) M g (sen θ / cos θ)
(D) M g (cos θ / sen θ)
(E) M g (sen θ + cos θ)

09. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO)Três cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente, M1 ,
M2 e M3 , sendo M1 > M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo 1
apoiado sobre o plano, o cubo 2 apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a
face superior do cubo 2. O conjunto está em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é

(A) (M2 - M1 + M3 ) g
(B) (M2 - M3 ) g
(C) (M2 + M3 ) g
(D) (M1 - M3 ) g
(E) (M2 + M1 - M3 ) g

10) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar
uma mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão
na mola neste momento?

Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
02. Resposta: A.

𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30=(4+2)a
30=6a
a=5 m/s²

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Voltando em B>
f=2x5=10N

03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²

04. Resposta: B.

T=Fat+Px
Px=Psen=10.10.0,5=50N
A tração é igual ao peso do bloco pendurado
T=mg=8.10=80N
Substituindo na equação:
80=Fat+50
Fat=80-50=30N

05. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N

06. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px=Fat

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07. Resposta: D.

Como está em equilíbrio: T=Px


Px=Psen

Podemos aplicar teorema de Pitágoras no triângulo


Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5

Portanto o sem =3/5


3
𝑇= 𝑃
5

08. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px=Fat
Fat=mgsen

09. Resposta: C.

N1=P2+P3
N1=m2g+m3g

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N1=(m2+m3)g

10. Resposta
𝐸 𝑀 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑀 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐸 𝑐 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑐 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

1 1 1 1
𝑚𝑣2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚𝑣2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2
1 1 1 1
10. (12)2 + . 2000.0 = . 10.0 + . 2000. 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2

720 = 1000 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

720
√ = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
1000
0,85 𝑚  𝑥 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Termologia – conceito de calor como energia, princípios de


transmissão de calor Pneumática/Hidráulica. Transformações
gasosas; lei geral dos gases perfeitos; estática dos fluidos (pressão
hidrostática, vasos comunicantes).

CALORIMETRIA
A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.
CALOR
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples
Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz
que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e
de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor
específico.
Assim:

Onde:

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Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g

Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:

A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a


quantidade de calor que 1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de
estado físico.
Por exemplo, para a água:
Calor latente de fusão 80cal/g

Calor latente de vaporização 540cal/g

Calor latente de solidificação -80cal/g

Calor latente de condensação -540cal/g


Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.
Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.

Assim:

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Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:

TROCAS DE CALOR

Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:

Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0
(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)

Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.
Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.

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CAPACIDADE TÉRMICA

É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:

Sua unidade usual é cal/°C.


A capacidade térmica de 1g de água é de 1cal/°C já que seu calor específico é 1cal/g.°C.
Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como conseqüência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.

PROPAGAÇÃO DO CALOR

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente

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quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.

Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a
quantidade de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):

Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).
Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?

Aplicando a equação do fluxo de calor:

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Questões

01.(UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550

02(Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

03. Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à temperatura de 80°C, ao
ser encostado em outro bloco do mesmo material, de massa 500g e que está em temperatura ambiente
(20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em contato? Considere que os blocos estejam em um
calorímetro.
(A)80
(B)75.
(C)70
(D) 60
(E) 55

04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?
(A)70
(B)65.
(C)90
(D) 80
(E) 35

05(AFA-SP) Assinale a alternativa que define corretamente calor.


(A) Trata-se de um sinônimo de temperatura em um sistema.
(B) É uma forma de energia contida nos sistemas.
(C) É uma energia de trânsito, de um sistema a outro, devido à diferença de temperatura entre eles.
(D) É uma forma de energia superabundante nos corpos quentes.
(E) É uma forma de energia em trânsito, do corpo mais frio para o mais quente.

06. Qual é, em J °C−1 , a capacidade calorífica do material no estado líquido?


(A) 20
(B) 30
(C) 50
(D) 100
(E) 200

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07. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –
CESGRANRIO/2014) Com base na calorimetria, pode-se medir o calor específico de uma substância.
Para tal, deve-se elevar a temperatura dessa substância, colocá-la em um calorímetro contendo água
com massa ma e temperatura Ta conhecidas e depois medir a temperatura da combinação após o
equilíbrio.
Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que mx é a massa da
substância, cxé seu calor específico, Tx é sua temperatura inicial, ca é o calor específico da água e T é a
temperatura de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância cx a expressão

𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐴)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
(𝐵)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐶)
2𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
(𝐷)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
(𝐸)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )

08.(LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO/2014) Uma chaleira contendo um litro de


água à temperatura de 20 °C é colocada no fogão para ferver. A temperatura de ebulição da água no
local é de 100 °C. A densidade da água vale 1,0 g/cm³ , e o calor específico vale 1,0 cal.g1 °C1 . Cada
1 g de gás é capaz de produzir 10 kcal ao queimar, e a eficiência do uso dessa energia é de 80%. A
quantidade de calor recebida pela água para elevar a temperatura de 20 °C a 100 °C e a massa de gás
utilizada valem, respectivamente,
(A) 8 cal, 8 g
(B) 80 kcal, 10 g
(C) 100 kcal, 10 g
(D) 80 kcal, 8 g
(E) 80 kcal, 80 g

Respostas
01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.

02 Resposta: A
Mcubo. mcubo = 10 g;LgeloLgelo = 80 cal/g;
mágmág = 200 g;
T0T0 = 24°C;
TT = 20°C
cágcág = 1 cal/g.°C.
Módulo da quantidade calor liberada pela água para o resfriamento desejado:
∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.
Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo:
Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.
Como |Qág| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da
água.

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03 Resposta: D

04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.

05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.

06. Resposta: C.
Q=35000-25000=10000
Q=C
10000=C.(250-50)
10000
𝐶= = 50
200

07. Resposta:D.
Qa+Qx=0
maca(T-Ta) + mxcx(T-Tx)=0
maca(T-Ta)=-mxcx(T-Tx)
𝑚 𝑐 (𝑇−𝑇 )
=𝑐𝑥 = 𝑚𝑎 𝑎(𝑇 −𝑇)𝑎
𝑥 𝑥

08.Resposta: B.
1cm³-1ml-0,001L, portanto 1 litro tem 1000g.
Q=mc
Q=10001(100-20)
Q=80000 cal=80 kcal
Como a eficiência do gás é de 80%, a cada 1 grama de gás, produzirá 8kcal, ao invés de 10kcal.
1g de gás-----8 kcal
x---------80
x=10g

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ESTUDO DOS GASES

Gases são fluidos no estado gasoso, a característica que o difere dos fluidos líquidos é que, quando
colocado em um recipiente, este tem a capacidade de ocupa-lo totalmente. A maior parte dos elementos
químicos não-metálicos conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente.
As propriedades dos gases são variáveis, ou seja, por haver determinados e específicos espaços entre
seus constituintes (que podem aumentar ou diminuir) o volume, a densidade, a pressão, a viscosidade
podem ser alterados. E, é dessa grande inconstância dos gases, que se deriva o estudo dos gases.
Dentre todas as propriedades que os gases podem apresentar, seguem as mais usuais:

Pressão: Somatória das forças que cada constituinte de um gás exerce sobre as paredes de um corpo,
ou recipiente, em uma determinada área.
Volume: Espaço ocupado por um gás em um determinado recipiente.
Temperatura: Estado térmico de agitação das partículas de um gás.

Existem várias maneiras de realizarmos uma transformação gasosa. As três variáveis de estado,
volume, pressão e temperatura podem se alterar, ao mesmo tempo, em uma dada transformação. Mas é
comum fazer-se o estudo particularizado das transformações em que uma das variáveis de estado
permanece constante.
Podem ser dividas em: isotérmicas, isobárica e isovolumétricas.

TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
A palavra isotérmica se refere a mesma temperatura, logo uma transformação isotérmica de uma gás,
ocorre quando a temperatura inicial é conservada.
A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é matematicamente expressa
por:

Onde:
p=pressão
V=volume
=constante que depende da massa, temperatura e natureza do gás.
Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação:

Exemplo:
Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com êmbolo exerce uma pressão de 250Pa. Ao ser
comprimido isotermicamente a um volume de 0,6m³ qual será a pressão exercida pelo gás?

Lei de Boyle
A Lei de Boyle-Mariotte, proposta pelo químico e físico irlandês Robert Boyle (1627-1691), apresenta
a transformação isotérmica dos gases ideais, de modo que a temperatura permanece constante,
enquanto a pressão e o volume do gás são inversamente proporcionais. Assim, a equação que expressa
a lei de Boyle:

Donde,
p: pressão da amostra
V: volume
K: constante de temperatura (depende da natureza do gás, da temperatura e da massa)

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TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
Analogamente à transformação isotérmica, quando há uma transformação isobárica, a pressão é
conservada.
Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por:

Onde:
V=volume;
T=temperatura absoluta;
=constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.
Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação:

Lei de Gay-Lussac
A Lei de Gay-Lussac, proposta pelo físico e químico francês, Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850),
apresenta a transformação isobárica dos gases, ou seja, quando a pressão do gás é constante, a
temperatura e o volume são diretamente proporcionais, expressa pela fórmula:

Donde,
V: volume do gás
T: temperatura
k: constante da pressão (isobárica)

Exemplo:
Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o
volume ocupado por ele, se esta transformação acontecer sob pressão constante?
É importante lembrarmos que a temperatura considerada deve ser a temperatura absoluta do gás
(escala Kelvin) assim, o primeiro passo para a resolução do exercício é a conversão de escalas
termométricas:
Lembrando que:

Então:

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TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA
A transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas outras
transformações vistas, a isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se
mantém.
Regida pela Lei de Charles, a transformação isométrica é matematicamente expressa por:

Onde:
p=pressão;
T=temperatura absoluta do gás;
=constante que depende do volume, massa e da natureza do gás.;
Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade da relação:

Lei de Charles
A Lei de Charles, proposta pelo físico e químico francês Jacques Alexandre Cesar Charles (1746-
1823), apresenta a transformação isométrica ou isocórica dos gases perfeitos, ou seja, o volume do gás
é constante, enquanto a pressão e a temperatura são grandezas diretamente proporcionais. A partir disso,
a fórmula que expressa a lei de Charles:

Onde,
P: pressão
T: temperatura
K: constante de volume (depende da natureza, do volume e da massa do gás)

Exemplo:
1) Um gás que se encontra à temperatura de 200K é aquecido até 300K, sem mudar de volume. Se a
pressão exercida no final do processo de aquecimento é 1000Pa, qual era a pressão inicial?

2) Um botijão de gás não pode variar o volume do gás que se encontra em seu interior. Se este for
tirado de um ambiente arejado, onde a pressão interna é 3 atm e a temperatura 15°C, e é posto sob o
Sol, onde a temperatura é 35°C. Supondo que o gás seja ideal, qual será a pressão após a
transformação?
Como o volume não varia durante a transformação, esta é Isométrica, sendo regida por:

Mas as temperaturas devem ser medidas em escala absoluta, ou seja:

Isolando-se a pressão final:

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EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
A equação de Clapeyron relaciona as três variáveis de estado (p, V, T) com o número de partículas
que compõe um gás.

Onde:
p=pressão;
V=volume;
n=nº de mols do gás;
R=constante universal dos gases perfeitos;
T=temperatura absoluta.
visto que n = m/M, essa equação também pode ser expressa por:
P . V = m . R . T/M

Exemplo:
01)“(UFC-CE) As pesquisas sobre materiais utilizados em equipamentos esportivos são direcionadas
em função dos mais diversos fatores. No ciclismo, por exemplo, é sempre desejável minimizar o peso das
bicicletas, para que se alcance o melhor desempenho do ciclista. Dentre muitas, uma das alternativas a
ser utilizada seria inflar os pneus das bicicletas com o gás hélio, He, por ser bastante leve e inerte à
combustão. A massa de hélio, necessária para inflar um pneu de 0,4 L de volume, com a pressão
correspondente a 6,11 atm, a 25ºC, seria:
(Dados: R = 0,082 L . atm . mol-1 . K-1 ).
a) 0,4 g b) 0,1 g c) 2,4 g d) 3,2 g e) 4,0 g”

Resolução:
* Primeiro vamos listar os dados que temos e qual grandeza deve ser encontrada:
P = 6,11 atm;
V = 0,4 L;
T = 25 ºC (lembre-se de transformar para a escala kelvin) = 273 + 25 = 298 K;
R = 0,082 L . atm . mol-1 . K-1
M = 4 g. mol-1 (basta olhar na tabela periódica para descobrir a massa molar do gás hélio);
m=?
* Agora vamos usar a fórmula da equação de estado dos gases para resolver esse exercício e
encontrar a massa de hélio necessária para inflar um pneu nas condições descritas:
P . V = m . R . T/M
m = P . V . M/R . T
m = (6,11 atm) . (0,4 L) . (4,0 g. mol-1)
(0,082 L . atm . mol-1 . K-1 ) . (298 K)
m = 0,4 g
02) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma
temperatura igual a 50°C?

Dado: 1atm=10000N/m² e

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Substituindo os valores na equação de Clapeyron:

LEI GERAL DOS GASES PERFEITOS

O francês Paul Clapeyron, no século XIX, constatou que para 1 mol (6,02 . 1023 moléculas) de um gás
perfeito:

Este valor obtido é chamado de “constante universal dos gases perfeitos” e é simbolizado por R.
E se a amostra do gás tiver n mols, então:

Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de
uma transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás.
Considerando um estado (1) e (2) onde:

Através da lei de Clapeyron:

Esta equação é chamada Lei geral dos gases perfeitos.

Exemplo:
1. Um gás perfeito é mantido em um cilindro fechado por um pistão. Em um estado A, as suas variáveis
são: pA = 2,0 atm; VA = 0,90 litros; TA = 27ºC. Em outro estado B, a temperatura é TB = 127ºC e a
pressão é pB = 1,5 atm. Nessas condições, o volume VB, em litros, deve ser:
a) 0,90
b) 1,2
c) 1,6
d) 2,0
Resolução:
Dados fornecidos:

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pA = 2 atm
VA = 0,90 L
TA = 27 °C = 300 K
pB = 1,5 atm
VB = ?
TB = 1,27 °C = 400 K

VB = 1,6 L
Para uma melhor compreensão sobre estudo dos gases e suas transformações, segue abaixo um
quadro com as fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.
Transformações Estudo dos gases

Transformação
isobárica

Transformação
isométrica

Transformação
isotérmica

Transformação
adiabática

Equação de Clapeyron

Equação de
Clapeyron -
Equação geral
de estado

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Numero de
mols

Constante
universal dos
gases
perfeitos
Lei geral dos gases perfeitos

Lei geral dos


gases
perfeitos

Questões

01. (FUVEST – SP) Um recipiente indeformável, hermeticamente fechado, contém 10 litros de um gás
perfeito a 30ºC, suportando a pressão de 2 atmosferas. A temperatura do gás é aumentada até atingir
60º C.
A) Calcule a pressão final do gás.
B) Esboce o gráfico pressão versus temperatura da transformação descrita.

02. (FAAP – SP) A 27º C, um gás ideal ocupa 500 cm3. Que volume ocupará a -73º C, sendo a
transformação isobárica?

03. (UNIMEP – SP) 15 litros de uma determinada massa gasosa encontram-se a uma pressão de 8,0
atm e à temperatura de 30º C. Ao sofrer uma expansão isotérmica, seu volume passa a 20 litros. Qual
será a nova pressão do gás?

04. O nitrogênio é considerado um gás ideal quando está em condições normais de temperatura e
pressão. Dada uma massa igual a 2 Kg/m³, determine a massa de 10 litros de nitrogênio à pressão de
700 mmHg e à 40 °C.

05. O estado de um gás perfeito é caracterizado pelas variáveis de estado. Quais são elas? Quais
suas definições?

06. (F.M. Itajubá - MG) O comportamento de um gás real aproxima-se do de um gás ideal quando:
A) submetido a baixas temperaturas.
B) submetido a baixas temperaturas e baixas pressões.
C) submetido a altas temperaturas e altas pressões.
D) submetido a altas temperaturas e baixas pressões.
E) submetido a baixas temperaturas e altas pressões.

07. (UF-AC). Qual deve ser a temperatura de certa quantidade de um gás ideal, inicialmente a 200 K,
para que tanto o volume quanto a pressão dupliquem?
A) 1200 K
B) 2400 K
C) 400 K
D) 800 K
E) n.d.a

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08. (UNB) Os microprocessadores atuais são muito pequenos e substituíram enormes placas contendo
inúmeras válvulas. Eles são organizados de forma que apresentem determinadas respostas ao serem
percorridos por um impulso elétrico. Só é possível a construção de dispositivos tão pequenos devido ao
diminuto tamanho dos átomos. Sendo estes muito pequenos, é impossível contá-los. A constante de
Avogadro - e não o número de Avogadro - permite que se calcule o número de entidades - átomos,
moléculas, formas unitárias, etc. - presentes em uma dada amostra de substância. O valor dessa
constante, medido experimentalmente, é igual a 6,02.x1023 mol-1. Com relação ao assunto, julgue os
seguintes itens.
(01) A constante de Avogadro é uma grandeza, sendo, portanto, um número (6,02x1023) multiplicado
por uma unidade de medida (mol-1).
(02) A constante de Avogadro, por ser uma grandeza determinada experimentalmente, pode ter seu
valor alterado em função do avanço tecnológico.
(03) Massas iguais de diferentes elementos químicos contêm o mesmo número de átomos.
(04) Entre os elementos químicos, o único que, em princípio, não está sujeito a uma variação de massa
atômica é o isótopo do carbono de massa 12,00 u

09. Sabendo que a massa atômica do magnésio é igual a 24 u, determine a massa, em gramas, de
um átomo desse elemento. (Dado: Número de Avogadro = 6,0 . 1023).
(A) 24 g.
(B) 4,0 g.
(C) 24 . 10-23 g.
(D) 4,0 . 1023 g.
(E) 4,0 . 10-23 g.
10. Um gás sofre uma expansão sob temperatura constante, o volume ocupado inicialmente pelo gás
era 0,5 litros, e no final do processo passou a ser 1,5 litros. Sabendo que a pressão inicial sob o gás era
o normal no ambiente, ou seja, 1 atm, qual a pressão final sob o gás?

11. Em um tubo aberto ocorre uma grande compressão em um gás que torno o volume ocupado por
ele 10 vezes menor. Sendo a temperatura inicial igual a 20°C, qual será a temperatura final?

12. Uma massa fixa de um gás perfeito passa pelo ciclo ABCD, como desenhado, dentro de um pistão
(cilindro com êmbolo). A temperatura em A é TA = 500 K.

Identifique o nome das transformações gasosas, respectivamente:


A → B; B → C; C → D; D → A.
(A)Isotérmica, isocórica, isotérmica, isocórica.
(B)Isotérmica, isobárica, isotérmica, isobárica.
(C)Isocórica, isotérmica, isocórica, isotérmica.
(D)Isobárica, isotérmica, isotérmica, isocórica.
(E)Isotérmica, isotérmica, isotérmica, isobárica.

Respostas
01. Resposta: A:
Considerando-se que o volume do gás é constante, temos que a transformação é isocórica.
Assim,
P1 = 2atm
P2= ?
T1 = 30ºC (passar para Kelvin) = 273 + 30 = 303 K
T2 = 60ºC (passar para Kelvin) = 273 + 60 = 333 K

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Substituindo os valores fornecidos pelo problema na equação da transformação isocórica, temos:
P1/T1 = P2/T2
2/303 = P2/333
P2 = 2,2 atm
Assim, podemos concluir que a pressão e a temperatura são grandezas diretamente proporcionais.
Letra B) A partir da resolução do item anterior, podemos esboçar o gráfico da pressão em função da
temperatura (pressão x temperatura).

02. Resolução
Sabe-se que:
T1 = 27ºC = 300 K
T2 = -73ºC = 200 K
V1 = 500 cm3
V2 = ?
Da transformação isobárica temos que:
V1/T1 = V2/T2
500/300 = V2/200
V2 = 333,33 cm3
V2 = 3,33x 10-4 m3
Podemos concluir que, para a transformação isobárica, o volume e a temperatura são diretamente
proporcionais.

03. Resolução
Do enunciado temos:
V1 = 15 litros
V2 = 20 litros
P1 = 8,0 atm
P2 = ?
T = 30º C = 303 K (TEMPERATURA CONSTANTE)
Utilizando a equação da transformação isotérmica, temos:
P1V1 = P2V2
8x15 = P2x20
P2 = 6 atm
De acordo com a transformação isotérmica, a pressão e o volume, em uma transformação gasosa, são
grandezas inversamente proporcionais.
Obs.: Para a solução de problemas envolvendo as transformações gasosas devemos utilizar SEMPRE
a temperatura na escala absoluta (Kelvin).

04. Resolução
Dados:
P1= 760 mmHg
T1: 273 K
µ= 2Kg/ m³
Dados:
T2= 40º C= 313 K
V2= 10L
P2= 700 mmHg

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Calculando V1 do nitrogênio:
𝑃1𝑉1 𝑃2𝑉2
=
𝑇1 𝑇2
760. 𝑉1 10
= 700.
273 313
V1= 8L

Calculando a massa específica do nitrogênio:


µ= 𝑚
𝑉
2= 𝑚
0,008

M=0,016 Kg

05. Resolução
As variáveis de estado são três: volume, temperatura e pressão.
Volume: é o volume do recipiente que o contém.
Temperatura: é a responsável por medir o estado de agitação molecular.
Pressão: a pressão é ocasionada pelo choque que ocorre em suas partículas contra as paredes do
recipiente que o contém.

06. Resposta: D.
Um gás real aproxima-se do ideal quanto mais alta for sua temperatura e menor sua pressão.

07. Resposta: D.
Dados:
T1= 200 K
V2= 2 V1
P2= 2P1
𝑃1. 𝑉1 𝑉2
= 𝑃2.
𝑇1 𝑇2
𝑃1. 𝑉1 2𝑃1. 2𝑉2
=
200 𝑇2
T2= 800 K

8. Respostas
(01) Verdadeiro.
(02) Verdadeiro.
(03) Falso. Os átomos de diferentes elementos químicos possuem massas atômicas diferentes. Assim,
se pegarmos massas iguais de diferentes elementos químicos, o número de átomos de cada elemento
químico nessas massas será diferente (comparando massas iguais, quanto menor a massa atômica do
elemento, maior o número de átomos desse elemento nessa massa).
(04) Verdadeiro.

09. Resposta: E
1 mol de átomos de Mg ↔ 24 g/mol ↔ 6,0 . 1023 átomos/mol
x = 1 átomo . 24 g/mol
6,0 . 1023 átomos/mol
x = 4,0 . 10-23 g.

10. Resposta
Como a temperatura não é modificada durante a transformação, esta é Isotérmica, sendo regida pela
equação:

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Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica,
ou seja volume é expresso em litros e pressão em atm, portanto, a pressão final será dada em atm:

11. Resposta
Como o tubo é aberto, a pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica, então a transformação
é isobárica, sendo regida por:

Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica:

Mas o volume inicial é igual a 10 vezes o volume final:

12. Resposta
Dados:
A B C D
PA = 10 PB = 6 PC = 3,6 PD = 6
VA = 6 VB = 10 VC = 10 VD = 6
TA = 500K TB = ? TC = ? TD = ?
Precisamos usar a equação dos gases ideais para descobrir os valores das demais temperaturas e
confirmar o tipo de transformação:
PAVA = PBVB
TA TB
10 . 6 = 6 . 10
500 TB
60 . TB = 30 000
TB = 500 K → A temperatura de A para B permaneceu a mesma, então é uma
transformação isotérmica. Olhando no gráfico, nós confirmamos isso, porque de A → B, temos uma
hipérbole (isoterma).
PBVB = PCVC
TB TC
6 . 10 = 3,6 . 10
500 TC
60 . TC = 18 000
TC = 300 K → A temperatura de B para C diminuiu, mas vemos que o volume permaneceu igual (10
L), então é uma transformação isocórica.
PCVC = PDVD
TC TD
3,6 . 10 = 6 . 6
300 TD
36. TD = 300
TD = 300 K → A temperatura de C para D permaneceu constante, sendo uma
transformação isotérmica.

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De D → A, o volume permaneceu igual a 6L, sendo, portanto, uma transformação isocórica.

NOÇÕES DE HIDRÁULICA

O que é hidráulica?
É a ciência que estuda as características físicas de fluidos líquidos em repouso (confinados) ou em
movimento (escoamentos). A lei fundamental da hidráulica é: "A pressão exercida em um ponto qualquer
de um líquido em repouso (estático) é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas
iguais".
Em outras palavras, a hidráulica consiste no estudo das características e uso dos fluidos confinados
ou em escoamento como meio de transmitir energia.
Conceitos fundamentais - Força, Pressão e Perda de Carga
Quando uma força é aplicada sobre uma área, ocorre o que chamamos de pressão. Imagine um
reservatório com 10 metros de altura, completamente cheio de água. Qual é a força, ou pressão, que
teremos sobre o fundo deste reservatório? Será de 10 metros de força em cada cm² do seu fundo, não
importando qual seja o seu diâmetro.

Força - é o esforço feito sobre um objeto.


Unidades de medida: quilograma-força (kgf) ou Newton (N), sendo que
1 kgf = 9,80 N.
A água como qualquer outro objeto tem peso, por isso em
Hidráulica as forças exercidas pelos líquidos estão associadas à Área (A) onde os líquidos estão
contidos. Essa relação é conhecida como Pressão (P).

Área – é a quantidade de espaço existente em uma superfície.


Quando aplicada à Hidráulica, a área por onde a água passa é a seção do tubo ou a área de um
reservatório.

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Unidades de medida: metro quadrado (m²), centímetro quadrado (cm²) e quilômetro quadrado (km²).

Pressão (P) - é a quantidade de Força (F) que foi aplicada em uma determinada área (A).

a) Pressão Hidrostática: forças exercidas pelo líquido contido em reservatórios.

A água contida em um tubo tem um determinado peso, o qual exerce uma determinada pressão nas
paredes desse tubo. Qual é essa pressão? Olhando para os dois copos, A e B, em qual dos dois existe
maior pressão sobre o fundo? No copo A ou no copo B? A primeira ideia que nos vem à cabeça é de que
existe maior pressão no fundo do copo A.

No entanto, se ligarmos os dois copos, como mostra a figura abaixo, observaremos que os níveis
permanecem exatamente os mesmos. Isto significa que: se as pressões dos copos fossem diferentes, a
água contida no copo A empurraria a água do copo B, que transbordaria. As pressões, portanto, são
iguais em ambos os copos! É isto mesmo o que ocorre na prática. Esta experiência é chamada “Princípio
dos Vasos Comunicantes”.
Agora, se adicionarmos água no copo A, inicialmente ocorre um pequeno aumento da altura ”hA“. O
nível do copo A, então, vai baixando aos poucos. Com a adição de água, houve um aumento de pressão
no fundo do mesmo, a qual tenderá a se igualar com a pressão exercida pela água do copo B.

A pressão que a água exerce sobre uma superfície qualquer (no nosso caso, o fundo e as paredes
dos copos) só depende da altura do nível da água até essa superfície. É o mesmo que dizer: a pressão

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não depende do volume de água contido em um tubo, e sim da altura. Níveis iguais geram pressões
iguais. A pressão não depende da forma no recipiente.
Dentro do sistema de abastecimento e da instalação predial, a água exerce uma força sobre as paredes
das tubulações. A esta força damos o nome de “pressão”. Nos prédios, o que ocorre com a pressão
exercida pela água nos diversos pontos das tubulações é o mesmo que no exemplo dos copos. Isto é: a
pressão só depende da altura do nível da água, desde um ponto qualquer da tubulação até o nível da
água do reservatório. Quanto maior for a altura, maior será a pressão.
Se diminuirmos a altura, a pressão diminui. No esquema abaixo, observamos que a pressão no ponto
C é maior que em A, pois ali a altura da coluna da água é maior que a coluna do ponto A.

b) Pressão Hidrodinâmica: pressão que a água exerce quando está em movimento.

c) Pressão de Serviço: pressão máxima que pode existir na rede para que a instalação hidráulica
funcione em condições normais.

Velocidade - rapidez com que um corpo muda de posição em um determinado tempo.


Unidades de medida:
- m/s - metro por segundo
- km/h - quilômetro por hora
A velocidade aumenta:
- quanto mais inclinado estiver o tubo com escoamento livre
- quando diminui a pressão na tubulação

Vazão - rapidez com que o volume de líquido passa pelo tubo em um determinado tempo.
Unidades de medida:
m³/s - metro cúbico por segundo
L/min - litro por minuto

Golpe de Aríete - aumento instantâneo de pressão da água dentro da tubulação. Ocorre quando a
descida da água é interrompida bruscamente.

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1) Válvula fechada: apenas a pressão nominal atua dentro da coluna.

2) Válvula aberta: a água desce, aumentando sua velocidade dentro do tubo. A pressão hidrostática
contra as paredes reduz ao máximo.

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3) Fechamento rápido da válvula: interrupção brusca da água, que causa violento impacto na válvula
e equipamentos. E também vibrações e fortes pressões que tendem a dilatar o tubo.

Para solucionar:
- regule as válvulas de descarga a cada 6 meses
- troque as válvulas de fechamento rápido
- instale válvulas redutoras de pressão

Conduto livre - o líquido dentro do tubo está sujeito apenas à pressão atmosférica e não preenche
toda a seção no tubo.
Ex: escoamento de esgoto e águas pluviais.

Conduto sob pressão - o líquido dentro do tubo está sob pressão, positiva ou negativa, e preenche
toda a seção do tubo.
Ex: água fria, incêndio e água quente.

Perda de Carga - resistência ao movimento da água. Pode ser:


a) Localizada - o choque entre as partículas causam turbulências.

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b) Distribuídas - atrito ao longo da tubulação

As principais causas da perda de carga são:


- Traçados de tubulações: quanto maior o comprimento da rede, maior será a perda de carga.
- Número de conexões: quanto mais conexões, maior será a perda de carga.
- Rugosidade: quanto mais rugosas forem as paredes internas dos tubos, maior será a perda de carga.
- Quanto menor forem os diâmetros dos tubos, maior será a perda de carga.

Questões

01. (PETROBRAS – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO/2014) Um reservatório de base


retangular é preenchido com água até uma altura h.
Se a pressão manométrica máxima suportada pela base do reservatório é de 25 kPa, a altura h
máxima, em metros, para o nível da água é

Dados
Massa específica da água = 1.000 kg/m3
Aceleração da gravidade = 10 m/s2
(A) 1,0
(B) 1,5
(C) 2,0
(D) 2,5
(E) 4,0

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO/2015) Na cidade de Boituva, a 122 km da


capital paulista, os passeios de balão são comuns. A figura a seguir ilustra um desses passeios.

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Considere que o balão, durante a decolagem, esteja sob ação exclusiva das forças peso e em
empuxo , cujos módulos são, respectivamente, P e E. A relação correta entre os módulos destas
forças para que o balão descreva um movimento vertical, para cima e com velocidade crescente,
durante a decolagem, é:
(A) E<P
(B) E=P
(C) E>P
(D) E+P=0

03. (UFF – Técnico em Equipamento Médico – Odontológico – COSEAC/2015) Na figura abaixo,


os pistões possuem áreas A1=50 cm² e A2=30 cm²

Sendo a massa de um corpo colocado sobre o pistão de A1 igual a 80kg, desprezando-se os pesos
dos pistões e considerando que o sistema está em equilíbrio estático, a massa do corpo colocado sobre
o pistão de A2 deverá ser, em kg, de
(A) 80
(B) 55
(C) 36
(D) 48
(E) 18

04.Um dos dispositivos utilizados em instalações hidráulicas de água fria, constitui-se de uma
tubulação horizontal derivada do reservatório e destinada a alimentar as colunas de distribuição. Este
dispositivo é denominado
(A). alimentador predial.
(B). sub-ramal.
(C). tubo de ventilação.
(D). colar ou barrilete.
(E). extravasor.

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05.( FGV - 2015 - TJ-RO - Engenheiro Civil) A Condutividade Hidráulica do Solo é essencial para
qualquer estudo que envolva o movimento da água no solo, seja para estudar a própria dinâmica da água,
seja para estudar o transporte de elementos, bem como seus impactos potenciais ao ambiente.
Para determinar a condutividade hidráulica de uma amostra de solo foi usado o permeâmetro de carga
constante da figura.

Sabe-se que:

- o volume de água coletada no período de 5 min foi de 300 cm³;


- a área da seção transversal da amostra de solo é de 177 cm² ;
- a carga de água (h) é de 45 cm;
- o comprimento da amostra de solo por onde a água percola é de 27 cm.
A condutividade hidráulica, em cm/s, é de:
(A) 0,15 x 10-3 cm/s;
(B) 1,26 x 10-3 cm/s;
(C) 2,82 x 10-3 cm/s;
(D) 3,39 x 10-3 cm/s;
(E) 4,65 x 10-3 cm/s.

06(SCGás – Engenheiro) A Mecânica dos Fluídos é subdividida no estudo dos fluidos incompressíveis
(líquidos) e fluidos compressíveis (gases). Uma importante subdivisão do estudo de fluidos
incompressíveis é:
(A) A hidráulica
(B) A mecânica Newtoniana
(C) A hidrodinâmica
(D) A termodinâmica

07(INSTITUTO AOCP - 2016 - CASAN - Instalador Hidráulico/Sanitário) De acordo com suas


noções de hidráulica, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A perda de carga nas tubulações ocorre pelo atrito exercido na parede interna do tubo quando há
passagem de fluído pelo seu interior.
(B) Pressão é definida como a força necessária para deslocar-se o fluído por unidade de volume.
(C) A vazão é a relação entre o volume do fluído que atravessa uma determinada seção de um conduto,
em um determinado tempo.
(D) O comprimento da tubulação de recalque é a extensão linear em metros de tubo utilizados na
instalação, desde a saída da bomba até o ponto final da instalação.
(E) A perda de carga localizada nas conexões ocorre devido ao atrito interno das conexões, registros,
válvulas, entre outros, quando há passagem de um fluído.

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Respostas
01. Resposta: D.
P=gh
25000=1000x10xh
H=2,5 m

02. Resposta: C.

Dado que o balão sobe, o Empuxo tem que ser maior que o peso.

03. Resposta: D.
𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2
800 𝐹2
=
50 30
F2=24000/50=480N
F=mg
480=m.10
M=48kg

04. Resposta: D.

05. Resposta: D.
Q= k x (dH / dL) x A
Q= vazão = 300 cm3 a cada 5 min = 1cm3/s
K= condutividade hidráulica ou permeabilidade
dH = carga d' água
dL = comprimento
A= área
1 = k x (45 /27) x 177
k= 0,00339 = 3x10 -3cm/s

06. Resposta: A.
"A mecânica pode ser definida como a ciência que descreve e prevê as condições de repouso ou
movimentos dos corpos sob a ação de forças. Divide-se em três partes: mecânica dos corpos rígidos,
mecânica dos corpos deformáveis e mecânica dos fluidos.
A mecânica dos corpos rígidos é subdividida em estática e dinâmica: a primeira trata do corpos em
repouso; a última, dos corpos em movimento. Nesta parte do estudo da mecânica, os corpos são
considerados perfeitamente rígidos. Entretanto, as estruturas e máquinas reais nunca são absolutamente
rígidas e se deformam sob a ação das cargas que estão sujeitas; essas deformações geralmente são
pequenas e não afetam de modo sensível as condições de equilíbrio ou movimento da estrutura em
consideração. São importantes, no entanto, na medida em que a resistência a estrutura a falhas seja
levada em consideração e são estudadas na mecânica dos materiais, a parte da mecânica que trata dos
corpos deformáveis. A terceira divisão da mecânica, a mecânica dos fluidos, é subdividida no estudo de
fluidos incompressíveis e de fluidos compressíveis. Uma importante subdivisão dos fluidos
incompressíveis é a hidráulica, que trata dos problemas que envolvam a água."

07. Resposta: B.

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