Você está na página 1de 58

Engenharia de Energia

Eletricidade e Instalações
Elétricas

Profº Nélio Fleury


fleurynelio@gmail.com

www.rtgespecializacao.com.br
Engenharia de Energia
Eletricidade e Instalações Elétricas

• Objetivo
• Programa
• Avaliação
• Bibliografia
• Cronograma
• Atividade extra Disciplina
Eletricidade e Instalações Elétricas
Objetivo
• Estabelecer Conhecimentos, Qualidades e
Habilidades que possibilitem a Elaboração e
Execução de Projetos de Instalações
Elétricas Prediais – Residenciais e
Comerciais, em Baixa e Média Tensão.
Eletricidade e Instalações Elétricas
Programa
Introdução: Histórico da Eletricidade e da Engenharia Elétrica;
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas; Resolução da ANEEL n°.
414/2010; Normas Técnicas NBR’s ABNT 5.410, 5.413 e 5.419,
Notas Técnicas NTC’s 04 e 05 CELG-D; Infraestrutura para
Circuitos Elétricos; Quadro de Cargas – Levantamento e Projeto;
Previsão de Carga, Potência, Energia Elétrica, Demanda e
Consumo; Diagramas Unifilares e Trifilares; Tensões Primárias e
Secundárias; Circuitos Monofásicos, Bifásicos e Trifásicos;
Equipamentos de Circuitos Exclusivos; Dimensionamento de
Circuitos Elétricos; Simbologia para projetos de Instalações
Elétricas; Cálculo de Queda de Tensão; Memorial Descritivo de
Projeto de Instalações Elétricas; Projeto de Instalação Elétrica
Predial;
Atividades e Avaliações
• Atividade Extra Disciplina - AED: visitas técnica em um
escritório de projetos com alto índice tecnológico e em uma
construção em andamento;
• Avaliações: Para compor a avaliação da disciplina serão
consideradas duas atividades formais: elaboração de projeto
de instalações elétricas em baixa tensão (em grupo de até
cinco componentes) 50% da composição da nota, Avaliação
individual (prova escrita ou oral ou apresentação de estudo
de caso a critério do docente) 30% da composição da nota e
relatório da Atividade Extra Disciplina - AED 20% da
composição da nota;
• N= Nprojeto + Navaliaçào +NAED ↔ Nmáx = 5,0 + 3,0 + 2,0 =10,0
Histórico da Engenharia Elétrica
“A eletricidade é 10% de Técnica e 90% de
bruxaria” diário de Minas em 1889
• 1911 - Escola Politécnica do Rio de Janeiro criada em
1874 estabeleceu o primeiro curso superior de
“Engenheiros Mecânicos – Eletricistas” das Américas;
• 1913 - é fundado o “Instituto Eletrotécnico e Mecânico”
de Itajubá – MG e é estabelecida a “Escola Superior de
Eletricidade” na Rua Líbero Badaró, São Paulo – SP;
• 1920 - foi estabelecido o Instituto de Eletrotécnica da
Universidade do Rio de Janeiro - primeira Escola de
Engenharia Elétrica da América do Sul, sediado na Praça
da República;
Instituto de Eletrotécnica da Universidade do
Rio de Janeiro
• 1925 pela primeira vez tivemos o título profissional de
“Engenheiro Eletricista” egresso da Universidade do Rio
de Janeiro;
• Em 1937, a Universidade do Rio de Janeiro foi reorganizada
como Universidade do Brasil, quando surgiu a Escola de
Engenharia da Universidade do Brasil e o instituto se
tornou parte da Escola Nacional de Engenharia da
Universidade do Brasil, sendo denominado Instituto de
Eletrotécnica da Universidade do Brasil;
• 1965 obteve sua atual denominação – Instituto de
Eletrotécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Instituto de Eletrotécnica da Universidade do
Rio de Janeiro
Instituto de Eletrotécnica da Universidade do
Rio de Janeiro
• Atualmente este prédio histórico para a Engenharia Elétrica
Latinoamericana - em situação de abandono, praticamente
arruinado, foi objeto de Projeto de Cooperação entre a
UFRJ e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico
Nacional – IPHAN;
• Nos termos deste projeto após a reforma do imóvel - a ser
custeado pelo IPHAN, o prédio – patrimônio cultural da
Engenharia Elétrica Nacional abrigará um centro cultural
denominado “Casa do Samba”;
• Esta intervenção apagará de nossa já pouca memória a
principal página da história e da cultura da Engenharia
Elétrica.
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
Corrente Elétrica:
Inicialmente trataremos identificamos a grandeza elétrica
corrente Elétrica, que é definida como sendo de 01 Ampére
(A) a passagem durante 01 segundo da carga equivalente a
01 Coulomb (C), ou seja, 1,0 Ampére equivale a passagem
durante 01 segundo de 6,25 x 1018 elétrons (℮).
1,0 A = 6,25 x 1018 ℮ / segundo
Diferença de Potencial – Tensão:
A diferença de potencial que permite a passagem da carga de
01 Coulomb durante 1 segundo é denominada de 1,0 Volt.
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
Resistência Elétrica:
Definimos como Resistência Elétrica, a característica
físico-química do material, que ao conduzir corrente
elétrica produz uma diferença de potencial. À
resistência que ao conduzir 1,0A produz uma ddp ou
tensão de 1,0V, denominamos 1,0 Ohms (Ω).
• 1,0 Ω = 1,0V / 1,0A
• R=V/I
• V = R.I
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
Sendo uma característica físico-química, a resistência de
determinado material pode ser estabelecida a partir do modelo
matemático.
• R = ρ. L / a
Onde “L” é o comprimento do condutor, “a” sua área e “ρ” é a
resistividade do material.
Para determinado material a uma temperatura constante, a vinte
graus célsius, por exemplo, cuja grandeza possui os
parâmetros (Ω.mm²/m) temos que a resistividade ρ pode ser
conhecida como:
• Alumínio: 32 x 10-3 (Ω.mm²/m);
• Cobre: 17 x 10-3 (Ω.mm²/m);
• Níquel: 100 x 10-3 (Ω.mm²/m).
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
Para temperaturas distintas de zero grau célsius
temos que:
ρ = ρ0 (1 + α .T)

Onde α pode ser definido com o seguinte valor:


• Alumínio: 0,0036;
• Cobre: 0,0040;
• Níquel: 0,0050;
• .....
Exercício 1
• Qual é a resistência elétrica de uma barra de cobre
com dimensões de 2,5mm x 5,0mm com comprimento
de 12 metros a uma temperatura de 20o C?

Área da barra de cobre: A = 2,5.0,5 = 1,25mm²;


Resistividade do Cobre a 0o C ρ= 17x10-3 Ω.mm²/m;

R = 17x10-3 Ω.mm²/m (12m/1,25mm²) = 163,2 x 10-3;

R = 0,1632 Ω.
Exercícios

• Qual seria a resistência elétrica da mesma barra


de cobre o exercício anterior desde que submetida
à temperatura de 35o C?

• Dimensione um condutor de cobre (área em mm²)


que alimente uma lâmpada elétrica com potência
de 100W distante 18 metros do ponto de entrega
de energia, alimentada em 220V monofásico.
Grandezas Elétricas
Impedância:
Impedância elétrica ou simplesmente Impedância em circuitos
elétricos, é a relação entre o valor eficaz da diferença de potencial
entre dois pontos de circuito em consideração, e o valor eficaz da
corrente resultante no circuito.

É expresso por um fasor, que da forma de número complexo possui


uma parte real, equivalente a resistência R, e uma parte imaginária,
dada pela reatância X. A impedância também é expressa em ohms, e
designada pelo símbolo Z. Indica a oposição total que um circuito
oferece ao fluxo de uma corrente elétrica variável no tempo.
Matematicamente, exprime-se:

Z = R + j X (Ω)
Grandezas Elétricas
Em função dos circuitos, estes podem ser capacitivos e ou
indutivos, possuindo, portanto uma Reatância capacitiva e ou
indutiva;
A Reatância indutiva e ou capacitiva existe apenas em circuitos
de corrente alternada e podem ser expressas como sendo:
Reatância Capacitiva XC = -j (1/W.C) e
Reatância Indutiva XL = + j W.L
Onde:
W é frequência angular, em rad/s, e vale ω = 2.π.f (f =
frequência simples, em hertz); L: Indutância elétrica, em Henry;
C: Capacitância elétrica, em Faraday.
Grandezas Elétricas
• Circuitos em Série:
Definimos circuitos em série aqueles que alimentam
equipamentos e ou componentes que necessitam de estar
submetidos sempre à mesma corrente.
• Circuitos em paralelo:
Definimos circuito paralelo àqueles que alimentam
equipamentos e ou componentes que necessitam de estar
submetidos sempre à mesma tensão.
• Circuitos RLC (resistivos + Indutivos +capacitivos)
Definimos como circuitos RLC aqueles que são formados por
equipamentos e ou componentes resistivos, capacitivos e ou
indutivos.
Exercício

• Desenhe um circuito que alimente três


equipamentos, sendo um resistivo de 8Ω, um
capacitivo de 20Ω e outro indutivo 10Ω. Estes
equipamentos devem ser alimentados por uma
tensão de 220V. Calcule a corrente Geral e a
corrente utilizada por cada equipamento.
Grandezas Elétricas
• Potência:
Definimos como potência, o produto tensão e corrente, ou seja:
• P = VI
Definimos como potência de 1,0 Watts o produto de 1,0 Volts por
1,0 Ampére.
Da Lei de Ohm obtemos as seguintes expressões:
• P= V2 / R ou
• P=R.I2.
Esta última expressão indica matematicamente que a potência
em determinado circuito é proporcional à resistência e ao
quadrado da corrente.
Exercício
Exercício 5: Estabeleça um sistema de distribuição de energia
elétrica, abastecido por uma tensão de 220V que alimente de energia
elétrica a cozinha e a área de serviço de uma residência que
contenha uma forno elétrico (4.000W), uma geladeira, um freezer,
uma máquina de lavar roupas, um forno de micro-ondas, um
liquidificador, uma batedeira de bolo, uma torradeira (600W cada),
iluminação led de 200W (fp 0,5) e uma secadora de roupa (3.000W).
Para nosso cálculo considere que todos os equipamentos podem ser
utilizados simultaneamente. Neste sistema calcule a corrente total
requerida pelo sistema e dimensione o condutor necessário para
alimentá-lo com uma queda de tensão máxima de 4% considerando
uma distância de 35m do Quadro Geral ao último equipamento e
submetidos a uma temperatura de 35°C.
Energia
• Finalmente definimos como energia (Joule) o produto
tempo e potência, ou seja, a potência é a taxa de
transferência da energia em função do tempo;
• A energia de determinado circuito é definida como integral
da tensão e corrente em função do tempo. Quanto maior
for o tempo em que a potência estiver sendo aplicada,
maior será a energia transferida;
• A energia transferida por uma potência de 1,0 Watts
durante 1,0 segundo é definida como sendo de 1,0 Jaule
(J);
• A energia pode ser medida em Watts.Horas (Wh) que
representa a quantidade de Watts transferida por hora.
Exercício: Energia
Exercício 6: Considere uma instalação elétrica projetada
para abastecer de energia elétrica um chuveiro elétrico com
potência de 6.800W. Considerando que a rede disponível é
monofásica de 220V com frequência de 60Hz e que o custo
do KW.h da Celg-D é de R$ 0,74 (setenta e quatro centavos),
calcule o valor da fatura sobre o consumo de energia elétrica
mensal para uma família de 04 membros que diariamente
tome dois banhos com 12 (doze) minutos de duração.

Exercício 7: Para os equipamentos previstos no exercício 05


estabeleça o consumo de energia elétrica, custo em uma
hora – valores em real, de cada equipamento.
Sistemas e Circuitos Elétricos
• A maior parte da geração, transmissão e utilização em
alta potência da energia elétrica envolve sistemas
polifásicos, ou seja, sistemas nos quais são
disponíveis diversas fontes de mesma amplitude com
uma diferença de fase entre elas. Por possuir
vantagens econômicas e operacionais, o sistema
trifásico é o mais difundido.
• Uma Fonte Trifásica é constituída de três fontes de
tensões iguais defasadas 120° uma da outra.
• A potência “P” medida em Watts é a potencia ativa
dissipada em calor.
Circuitos Trifásicos
• A potência Reativa, medida em Volts.Ampères Reativos (VAr), que
pode ser indutiva ou capacitiva – dependendo do circuito é a potência
trocada entre o gerador e a carga sem ser consumida;
• A soma vetorial destas duas potências (ativa + reativa) é chamada de
Potência Aparente e é medida em Volts.Ampéres (VA).
• Chama-se fator de potência o ângulo resultante da soma vetorial
entre as potências ativas e reativas de determinado circuito e ou
equipamento.
• Para circuitos monofásicos temos que a potência pode ser calculada
como:
P = VI
• Para circuitos trifásicos temos que a potência pode ser calculada
como:
  P=VI√3
Pré- Projeto
• Exercício 9: Considere uma edificação residencial
unifamiliar com área construída de 550m²,
instalada em um Condomínio Horizontal
devidamente aprovado e de acordo com a
legislação vigente. Na concepção do projeto das
instalações elétricas de baixa tensão, o proprietário
do empreendimento devidamente orientado pelo
arquiteto autor do projeto arquitetônico relacionou
os equipamentos elétricos e eletrônicos que
possivelmente serão instalados na residência;
Carga ou Potência Instalada

• Ar condicionado 5x 10.000 BTU’s/h


• Motor (filtro piscina) 1x 1 ½ Cv
• Motor ( poço artesiano) 2x 2 CV
• Elevador (cápsula) 4 Cv
• Boiller (Caldeira) 8.000W
• Iluminação 8.300W
• Eletrodomésticos 6.600W
• Vigilância e Monitor. 4.200W
• Automação 3.600W
Questões
• Qual o fator de potência total da Instalação?
• Qual é a Carga Instalada (KW)?
• Qual é a Demanda (KVA)?
• Qual a Potência Reativa (KVAr)?
• Será necessário corrigir o fator de potência?
• Qual é o melhor modelo de tarifa a ser contratado?
• Qual o sistema de abastecimento possível – monofásico ou
trifásico?
• Qual a tensão permitida para alimentar esta unidade consumidora?
• Qual a corrente elétrica necessária para abastecer de energia
elétrica esta instalação?
• Quais seriam os condutores (Fase + Neutro + Proteção)?
Resolução Aneel 414/2010
Exemplo
• Um motor elétrico, trifásico de 100 cv ( 75 kW ), IV
pólos, operando com 100% da potência nominal,
com fator de potência original de 0,87 e rendimento
de 93,5%.
• Deseja-se calcular a potência reativa necessária
para elevar o fator de potência para 0,92.
A Potência Ativa (W) representa a porção líquida do copo, ou seja, a parte que realmente
será utilizada para matar a sede.
Como na vida nem tudo é perfeito, junto vem uma parte de espuma, representada pela
potência Reativa (VAr). Essa espuma está ocupando lugar no copo, porém não é utilizada
para matar a sede.
O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente (VA).
A analogia da cerveja pode ser utilizada para tirarmos algumas conclusões iniciais:
- Quanto menos espuma tiver no copo, haverá mais cerveja. Da mesma maneira, quanto
menos Potência Reativa for consumida, maior será o Fator de Potência.
- Se um sistema não consome Potência Reativa, possui um Fator de Potência unitário, ou
seja, toda a potência drenada da fonte (rede elétrica) é convertida em trabalho.
Em resumo:

Você é a Unidade Consumidora;


O copo é o ponto de entrega;
O ramal de entrada é choperia (serpentinas)
A rede primária é o Barril da Chopeira;
O buteco é uma Subestação Rebaixadora;
O garçom é uma Linha de Distribuição;
A AMBEV é uma UHE;
A conta é a Tarifa e;
Sua esposa / namorada é a ANEEL! O poder Regulador.
Resolução 414/2010 - Definições

• carga instalada: soma das potências nominais


dos equipamentos elétricos instalados na
unidade consumidora, em condições de entrar
em funcionamento, expressa em quilowatts (kW);
• consumidor: pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, legalmente representada, que
solicite o fornecimento de energia ou o uso do
sistema elétrico à distribuidora, assumindo as
obrigações decorrentes deste atendimento à(s)
sua(s) unidade(s) consumidora(s);
Resolução 414/2010 - Definições
• consumidor especial: que adquire energia elétrica
da concessionária, agrupamento de unidades
consumidoras cuja carga total seja maior ou igual a
500 kW;
• consumidor livre: que adquire energia elétrica no
ambiente de contratação livre para unidades
consumidoras que satisfaçam,
• consumidor potencialmente livre: pessoa jurídica
cujas unidades consumidoras que satisfazem,
individualmente, os requisitos ... porém não adquirem
energia elétrica no ambiente de contratação livre.
Resolução 414/2010 - Definições
• Demanda: média das potências elétricas ativas ou
reativas, durante um intervalo de tempo especificado,
expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo
(kvar);
• Demanda contratada: demanda de potência ativa a ser
obrigatória e continuamente disponibilizada pela
distribuidora, e que deve ser integralmente paga, seja ou
não utilizada durante o período de faturamento, expressa
em quilowatts (kW);
• Demanda faturável: valor da demanda de potência ativa,
considerada para fins de faturamento, com aplicação da
respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW);
Resolução 414/2010 - Definições
• Energia elétrica ativa: aquela que pode ser convertida
em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora
(kWh);
• Energia elétrica reativa: aquela que circula entre os
diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de
corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em
quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh);
• Fator de potência: razão entre a energia elétrica ativa e a
raiz quadrada da soma dos quadrados das energias
elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período
especificado;
Resolução 414/2010 - Definições

• Consumidor grupo A: unidades consumidoras com


fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV;
• Consumidor grupo B: grupamento composto de
unidades consumidoras com fornecimento em
tensão inferior a 2,3 kV;
B1 – residencial;
B2 – rural;
B3 – demais classes;
B4 – Iluminação Pública.
Resolução 414/2010 - Definições
• Potência Disponibilizada: potência que o sistema elétrico da
distribuidora deve dispor para atender aos equipamentos elétricos da
unidade consumidora;
• Unidade consumidora do grupo A: a demanda contratada, expressa
em quilowatts (kW);
• Unidade consumidora do grupo B: a resultante da multiplicação da
capacidade nominal de condução de corrente elétrica do dispositivo
de proteção geral da unidade consumidora pela tensão nominal,
observado o fator específico referente ao número de fases, expressa
em quilovolt-ampère (kVA);
• O faturamento de unidade consumidora do grupo B deve ser
realizado com base no consumo de energia elétrica ativa.
Resolução 414/2010 - Definições
• Modalidade Tarifária: conjunto de tarifas aplicáveis às
componentes de consumo de energia elétrica e demanda
de potência ativas:
• Tarifa Convencional: modalidade caracterizada pela
aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e
demanda de potência, independentemente das horas de
utilização do dia e dos períodos do ano;
• Tarifa Horossazonal: modalidade caracterizada pela
aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência, de acordo com os
postos horários, horas de utilização do dia, e os períodos
do ano.
Do Ponto de Entrega

• Art. 14. O ponto de entrega é a conexão do


sistema elétrico da distribuidora com a unidade
consumidora e situa-se no limite da via pública
com a propriedade onde esteja localizada a
unidade consumidora, vedada a passagem
aérea ou subterrânea por vias públicas e
propriedades de terceiros, exceto quando:
……..
Distribuidora x Consumidor

• Art. 15. A distribuidora deve adotar todas as providências


com vistas a viabilizar o fornecimento, operar e manter o
seu sistema elétrico até o ponto de entrega,
caracterizado como o limite de sua responsabilidade,
observadas as condições estabelecidas na legislação e
regulamentos aplicáveis.
• Parágrafo único. O consumidor titular de unidade
consumidora do grupo A é responsável pelas instalações
necessárias ao abaixamento da tensão, transporte de
energia e proteção dos sistemas, além do ponto de
entrega.
Resolução 414/2010 - Definições
• Ramal de Entrada: conjunto de condutores e acessórios
instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a
medição ou a proteção de suas instalações;
• Ramal de Ligação: conjunto de condutores e acessórios
instalados entre o ponto de derivação da rede da
distribuidora e o ponto de entrega;
• Tensão Primária de Distribuição: tensão disponibilizada
no sistema elétrico da distribuidora, com valores
padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV;
• Tensão Secundária de Distribuição: tensão
disponibilizada no sistema elétrico da distribuidora, com
valores padronizados inferiores a 2,3 kV;
Da Tensão de Fornecimento
• Art. 12. Compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de
fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos
seguintes critérios:
• I – tensão secundária em rede aérea: quando a carga instalada na
unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
• II – tensão secundária em sistema subterrâneo: até o limite de carga
instalada conforme padrão de atendimento da distribuidora;
• III – tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga
instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda
a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou
inferior a 2.500 kW;
• IV – tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV:
quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para o
fornecimento, for superior a 2.500 kW.
Das Edificações com Múltiplas Unidades
Consumidoras
• Art. 17. Em edificação com múltiplas unidades, cuja
utilização da energia elétrica ocorra de forma
independente, cada fração caracterizada por uso
individualizado constitui uma unidade consumidora.
• Parágrafo único. As instalações para atendimento das
áreas de uso comum constituem uma unidade
consumidora de responsabilidade do condomínio, da
administração ou do proprietário do empreendimento.
Fator de Potência e Faturamento
• O fator de potência da unidade consumidora, para efeito
de faturamento, deve ser verificado pela distribuidora por
meio de medição permanente, de forma obrigatória para o
grupo A e facultativa para o grupo B;
• Ocorrendo impedimento de acesso para fins de leitura, os
valores faturáveis de energia elétrica e de demanda de
potência excedentes, ativas e reativas, devem ser as
respectivas médias aritméticas dos 12 (doze) últimos
faturamentos anteriores à constatação do impedimento,
exceto para a demanda de potência ativa cujo montante
faturável deve ser o valor contratado, quando cabível.
Compensação de Perda
• 1% (um por cento) nos fornecimentos em tensão
superior a 44 kV; ou
• 2,5% (dois e meio por cento) nos fornecimentos em
tensão igual ou inferior a 44 kV;
• O fator de potência de referência “fR”, indutivo ou
capacitivo, tem como limite mínimo permitido, para as
unidades consumidoras, o valor de 0,92;
• Aos montantes de energia elétrica e demanda de
potência reativos que excederem o limite permitido,
aplicam-se as cobranças estabelecidas.
MUSD
Mercado Usuário do Sistema de Distribuição
• Art. 61. O Contrato de Conexão às Instalações de Distribuição –
CCD e o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD
devem ser celebrados com consumidores especiais, livres e
potencialmente livres;
• Para contratação do MUSD, deve ser observada, ao menos em
um dos postos....
• 3 MW, para consumidores livres;
• 500 kW, para consumidores especiais, responsáveis por unidade
consumidora ou conjunto de unidades consumidoras reunidas por
comunhão de interesses de fato ou de direito; e
• 30 kW, para demais consumidores, inclusive cada unidade
consumidora que integre comunhão de interesses de fato ou de
direito descrita no inciso II.
A fatura de energia elétrica deve
conter
• Nome do consumidor; número de inscrição no CNPJ
ou CPF; código de identificação da unidade
consumidora; classificação da unidade consumidora;
endereço da unidade consumidora; números de
identificação dos medidores de energia elétrica ativa e
reativa.....
• limites mensais, trimestrais e anuais definidos para os
indicadores de continuidade individuais – DIC, FIC
e DMIC);
• Valor mensal do encargo de uso do sistema de
distribuição – USD.
O DEC e o FEC são indicadores coletivos, e são acompanhados pela ANEEL
através de subdivisões das distribuidoras, denominadas Conjuntos Elétricos.

O DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) indica


o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante
um período, geralmente o mês ou o ano.

Já o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora)


indica quantas vezes em média, houve interrupção na unidade consumidora
(residência, comércio, indústria etc.).

Os indicadores DIC (Duração de Interrupção por Unidade Consumidora) e FIC


(Frequência de Interrupção por Unidade Consumidora) indicam por quanto
tempo e o número de vezes respectivamente que uma unidade consumidora ficou
sem energia elétrica durante um período considerado.

O DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora) é um


indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção, impedindo que a
concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica durante um período muito
longo.
Índices de Continuidade

CEB-DIS - ANUAL 2009 2010 2011

DEC APURADO 16,26 14,81 15,68

DEC LIMITE 14,52 13,63 12,92

FEC APURADO 15,21 14,79 13,00

FEC LIMITE 17,39 15,50 13,79

Nº CONSUMIDORES 823.085 865.165 869.702


A fatura de energia elétrica deve
conter
• Valor da tensão de fornecimento do sistema no
ponto de entrega e os respectivos limites
adequados, expressos em volts (V), para
unidades consumidoras atendidas em tensão
igual ou inferior a 2,3 kV.
Dos Distúrbios no Sistema Elétrico
• Quando o consumidor utilizar em sua unidade consumidora, à
revelia da distribuidora, carga susceptível de provocar
distúrbios ou danos ao sistema elétrico de distribuição, ou ainda
a instalações e equipamentos elétricos de outros consumidores,
a distribuidora deve exigir o cumprimento das seguintes
medidas:
- Instalação de equipamentos corretivos na unidade
consumidora, destinadas à correção dos efeitos desses
distúrbios; e
- Ressarcimento à distribuidora de indenizações por danos
a equipamentos elétricos acarretados a outros consumidores,
que, comprovadamente, tenham decorrido do uso da carga
provocadora dos distúrbios.
Do Aumento de Carga

• O consumidor deve submeter previamente o


aumento da carga instalada que exigir a
elevação da potência disponibilizada à apreciação
da distribuidora, com vistas à verificação da
necessidade de adequação do sistema elétrico,
observados os procedimentos dispostos nesta
Resolução.
• Ar condicionado?
É de responsabilidade do consumidor

• Manter a adequação técnica e a segurança das


instalações internas da unidade consumidora;
• As instalações internas que ficarem em desacordo
com as normas e padrões a que se referem as
alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 27, vigentes à
época da primeira ligação da unidade consumidora,
devem ser reformadas ou substituídas pelo
consumidor.
Solicitação de Ressarcimento
• O consumidor tem até 90 (noventa) dias, a contar da data
provável da ocorrência do dano elétrico no equipamento,
para solicitar o ressarcimento à distribuidora, devendo
fornecer, no mínimo, os seguintes elementos:
- data e horário prováveis da ocorrência do dano;
- informações que demonstrem que o solicitante é o titular
da unidade consumidora, ou seu representante legal;
- relato do problema apresentado pelo equipamento elétrico;
- descrição e características gerais do equipamento
danificado, tais como marca e modelo.
Obrigado.

Até a próxima.

Profº Nélio Fleury | fleurynelio@gmail.com

Você também pode gostar