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TÉCNICO DO LAR CURSOS

ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL


ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 2

PROGRAMA

o Conceito de eletricidade.
o Unidades e grandezas.
o Corrente Contínua e Corrente Alternada
o Apresentação dos equipamentos de medição.
o Utilização dos equipamentos de medição.
o Leis de Ohm.
o Conceito de rede monofásica e bifásica.
o Potência elétrica.
o Rede Monofásica
o Rede Bifásica
o Rede Trifásica
o Emendas, Conexões e Isolações.
o Montagem de QDC
o Tomadas e Interruptores paralelos, interruptores intermediários,
interruptor pulsador de campainha e interruptor pulsador de minuteria.
o Minuteria
o Lâmpadas, luminárias e Campainhas.
o Plantas e Simbologia
o Dispositivos de Proteção

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CONCEITO DE ELETRICIDADE

Podemos definir eletricidade como sendo o ramo da física que se dedica a estudar
fenômenos originados a partir do fluxo de cargas elétricas, como eletro-cinética,
eletrostática, e eletromagnetismo. Como exemplos desses fenômenos podemos citar
a eletricidade estática, relâmpagos, corrente elétrica, entre outros.

Algumas formas pelas quais podemos obter eletricidade:

Por atrito Por calor

Por pressão Por reação química

Por luz Por magnetismo

Corrente Elétrica: é provocada pelo livre deslocamento de elétrons dentro de


algum material, que dá origem a vários efeitos físicos, como o efeito Joule, que é
calorífico e ocorre quando uma quantidade de elétrons se desloca rapidamente em um
resistor gerando calor, ou mesmo o efeito eletrólise, de natureza química ou a indução
magnética (efeito magnético).

Uma vez compreendida a situação do elétron no universo elétrico,


aproveitaremos para tocarmos em outro assunto muito importante dentro da elétrica:

CONDUTORES, ISOLANTES E SEMI CONDUTORES

Condutores: são elementos químicos em cuja a camada de valência estão entre


um a três elétrons. Por óbvio, os que tem apenas um são melhores condutores dos que
possuem dois ou três elétrons; é o caso do Nióbio (Nb), da Prata (Ag), do Cobre (Cu), do
Ouro (Au), bem como a maioria dos metais.

Isolantes: são os elementos químicos que possuem de cinco a oito elétrons na


camada de valência (última camada). Também, pela lógica, os que têm oito elétrons na
camada de valência são melhores isolantes. Como exemplo temos os gases nobres ou
inertes: Neônio (Ne), Criptônio (Kr), Radônio (Rn)...

Semicondutores: são os elementos químicos que possuem quatro elétrons na


camada de valência. Podem ser considerados condutores mas não tão bons quantos os
de três ou menos. Como exemplos temos: Carbono (C), Estanho (Sn), Chumbo (Pb)..

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Corrente Contínua: é aquela produzida por por geradores que mantém o


excesso e a falta de elétrons sempre nos mesmo terminais; portanto, é aquela cujos
pólos negativo e positivo não mudam de lugar. Por consequencia, a corrente que ela
fará circular sempre manterá o mesmo sentido. Em algumas literaturas poderá se
encontrar abreviaturas diferentes quando se tratar de corrente contínua: DC (direct
current), CC (corrente contínua), Vcc (volt corrente contínua).

Corrente Alternada: é aquela produzida com polaridade alternável, ou seja, os


terminais (+) e ( - ) trocam sistematicamente de posição, por consequencia, a corrente
circulante também torcará permanentemente de sentido. Suas abreviaturas e símbolos
são: AC (alterning current), CA (corrente alternada), VCA (volts corrente Veremos que no
universo da elétrica, antes mesmo de iniciarmos algum tipo de trabalho teremos a
necessidade de executar algumas verificações; algumas delas chamaremos de
medições. Para realizarmos tais medições, precisaremos de equipamentos específicos.
A gama de equipamentos utilizados na elétrica é enorme. Como exemplo, citamos:
Multímetro, Capacímetro, Indutímetro, Terrômetro, Wattímetro, entre outros tantos.
Logo, apresentaremos os mais ulitizados para manutenções básicas.

MULTÍMETRO

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ALICATE AMPERÍMETRO

LEI DE OHM

O físico alemão chamado George Simon Ohm estudou e descobriu a relação


entre as três grandezas fudamentais: Tensão, Intensidade de Corrente e Resistência;
definindo então a lei mais básica dentro da eletricidade: “a intensidade da corrente
elétrica num circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada e inversamente
proporcional à sua resistência elétrica”.

Para melhor compreensão: mantida constante a resistência, sempre que se


fizer crescer a tensão crescerá, do mesmo modo a intensidade da corrente. Diminuindo
a resistência, aumentará a corrente. A equação que demonstra a descoberta de Ohm é:

𝐕
𝐈=
𝐑
Sendo: I = intensidade de correntente (Ampère)

V = tensão (Volt)

R = resistência elétrica (Ohm)

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A partir da equação apresentada, conseguimos obter suas derivações:

𝑽
𝑹= 𝑽 = 𝑹. 𝑰
𝑰

Agora conhecendo as fórmulas relacionadas à Primeira Lei de Ohm, podemos,


de maneira mais fácil, conhecer o postulado de George Simon Ohm:

“Mantendo-se a temperatura de um resistor constante, a diferença de


potencial aplicada nos seus extremos é diretamente proporcional à intensidade da
corrente elétrica”.

RESISTIVIDADE OU RESISTÊNCIA ESPECÍFICA

A resistência elétrica dos materiais/substancias depende de suas características


físcias e é influenciada pela temperatura. Ohm determinou, por estudos e
experimentações, que a resitência é diretamente proporcional ao comprimento do
material, à estrutura atômica da sua composição e inversamente proporcional à sua
secção transversal. Daí formulou a expressão:

𝝆. 𝒍
R= onde: R = módulo da resistência
𝑺

𝜌 = módulo da resistividade

L = módulo do comprimento

S = módulo da secção (em mm2)

A resistividade ou Resistência Específica será um número tabelado que


expressará o valor da resistência de um padrão com 1 metro de comprimento, 1mm 2 de
secção e uma determinada temperatura.

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As tabelas encontradas em livros usam valores a 0 ºC ou 20 ºC. Este valor de


resistividade é o número que se obteve em função da estrutura atômica de cada
elemento químico ou liga de elementos químicos, correntemente usados em
eletricidade

POTÊNCIA ELÉTRICA

É o resultado do trabalho elétrico produzido na unidade de tempo; sendo esse


tempo na unidade do segundo. É uma grandeza utilizada com frequencia na
especificação dos equipamentos elétricos. Ela determina basicamente, por exemplo, o
quanto uma lâmpada é capaz de emitir luz, o quanto um chuveiro é capaz de aquecer,
o quanto um motor elétrico é capaz de produzir trabalho, etc. Todos os equipamentos
elétricos são concebidos para desenvolver ou dissipar certa potência. Só haverá
potência elétrica se houver corrente e tensão. A unidade de medida de potência é o
Watt (W).

Assim como na Lei de Ohm, também precisamos aprender a operar a equação


principal, bem como as suas equações derivadas.

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𝑷 = 𝑬. 𝑰
Sendo: P = potência elétrica

E = tensão elétrica

I = corrente elétrica

P = E2 / R P = I2.R

R =E2 / P I = √𝑷/𝑹
A energia que chega às nossas casas (tensão secundária) é distribuída pela
concessionária local e possui suas particularidades de acordo com sua localidade. Via
de regra, a rede elétrica que usualmente vemos nas ruas é a trifásica. A partir deste
trifásico, derivam-se as demais para nossas casas, comércios e indústrias. As que mais
estamos acostumados a ver são: 380V, 220V e 127V.

Para as medidas das tensões (ddp) existem duas formas:

Tensão de Linha: corresponde a medição entre duas fases distintas.

Tensão de Fase: corresponde a medição entre uma das fases e ou


condutor neutro.

OBS: A tensão de linha sempre terá valor modular maior que a tensão de fase,
pois na primeira estamos medindo a diferença de potencial entre duas fases.

Rede monofásica

Quando o transformador é monofásico, a ligação entre ele e o local abastecido


pela energia elétrica é feita apenas com dois condutores: uma fase e um neutro. Esse
tipo de instalação proporciona tensões elétricas máximas de 127V e só é utilizado
quando a potência máxima de todos os equipamentos residenciais chega a 8000 watts.

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Rede bifásica

A rede bifásica é utilizada somente na zona rural. A ligação entre o local


abastecido pela energia elétrica e o transformador é feita com três fios: duas fases e um
neutro. Esse tipo de instalação proporciona tensões elétricas de 127 V e 220 V e pode
ser utilizado quando a potência total dos equipamentos ligados à rede vai de 12000
watts até 25000 watts.

Ela não é muito utilizada em zonas urbanas porque a tendência dos moradores
dessas regiões é a de possuir um maior número de equipamentos elétricos, o que gera
a necessidade da utilização de sistemas diferentes. Para residências, quando a soma das
potências dos equipamentos ultrapassa 8000 watts, a ligação mais indicada é a trifásica.

Rede trifásica

O fornecimento trifásico, utilizado nas regiões urbanas e por indústrias, é a


ligação feita por quatro fios: três fases e um neutro. As tensões elétricas proporcionadas
são de 127 V ou 220 V, e a soma das potências de todos os equipamentos ligados à rede
pode ser de 25000 watts até 75000 watts.

Como informado anteriormente, cada localidade possui sua tensão de


distribuição. No quadro seguinte estão dispostas as tensões de fase de cada estado e
suas exceções: Podemos nos deparar com vários tipos de possibilidades de ligações;
onde as mais usuais são:

➢ Monofásico: 127V (Fase- Neutro)


220V (Fase – Fase)

➢ Bifásico: 220V (Fase – Fase)

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UNIDADES DE GRANDEZA

UNIDADE SÍMBOLO DETERMINA


AMPÉRE A Corrente Elétrica
VOLT V Tensão Elétrica
WATT W Potência Elétrica
VOLT-AMPÉRE VA Potência Elétrica
VOLT-AMPÉRE REATIVO Var Potência Elétrica
CAVALO VAPOR Cv Potência Elétrica
WATT-H0RA Wh Energia Elétrica
OHM Ω Resistência Elétrica
HERTZ Hz Frequência

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

Ao iniciarmos um projeto ou mesmo ao recebê-lo para exercutá-lo,


precisamos entender muito mais do que fazer, mas principalmente precisamos
aprender a ler o que estamos recebendo para podermos executar.
Esse capítulo tratará disso. Aprenderemos a ler os elementos que vem
expressos nas plantas e projetos.
Para que possamos desenvolver um trabalho de forma adequada, é mister
que consigamos entender a simbologia utilizada, portanto, o quadro acima precisa
estar ratificado muito bem na cabeça do profissional da elétrica; ou no mínimo que
se tenha acesso ao quadro apresentado.
Existe a forma usual, mais popular, e a forma normatizada pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). A NBR (Norma Brasileira) que regula a
simbologia elétrica é a NBR 5444 (Símbolos gráficos para instalações elétricas
prediais).

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ESQUEMAS
É a representação de uma instalação ou parte dela por meio de símbolos
gráficos. Normalmente os projeto são desenvolvido e apresentados através de símbolos,
e para tanto serão utilizados os esquemas multifilar, unifilar, e funcional.

➢ ESQUEMA MULTIFILAR: este tipo de esquema representa todo o


sistema elétrico de forma detalhada, com todos os condutores, sendo que nessa
forma de apresentação cada traço representa um condutor que será utilizado na
ligação do componentes.

Multifilar

Funcional

ESQUEMA UNIFILAR: o esquema unifilar representa um sistema elétrico


simplificado, que identifica o número de condurores e representa seus trajetos através
de um único traço.

Geralmente representa a posição física dos componentes da instalação, porém,


não representa com clareza o funcionamento e sequência funcional dos circuitos. O

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esquema multifilar é o que encontramos nas plantas baixas e projetos, por isso a enorme
necessidade em conhecer e aprender muito bem sua aplicação.

PLANTA BAIXA
O principal objetivo da planta baixa de uma instalação elétrica é permitir ma
previsão de todos os pontos de energia, bem como por onde devem passar os
conduroers e a existencia de diversos componentes, o que facilita o serviço não só de
uma manutenção como também sua montagem.

Fases de elaboração:

• Em um primeiro momento, em se tratando de edificação


já constituída, devemos ir até o local para executar as medições dos
cômodos da residência, preparando dessa forma uma planta secundária
(Croqui). Nesta fase a planta é montada de forma rústica, de forma a
agilizar a preparação para a próxima etapa.

• A segunda etapa pode ser feita com programa específico e


adequado a preparação de plantas baixas (há quem prefira já transferir
para o papel, de forma definitiva), o que facilita o ajuste de certos
detalhes que conseguimos observar no levantamento in loco, como
ajustes no posicionamento, dimensões...

• A fase final da confecção da planta constitui-se no desenho


definitivo com as devidas dimensões e a distribuição dos elementos de
forma acertada. Cabe lembrar que está planta definitiva pode ser feita à
mão ou em programas adquados para tal, como o Pró-Elétrica, Woca,
AutoCAD, entre outros.

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Exemplo de Planta Baixa para projeto elétrico

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DIAGRAMA UNIFILAR DO PAINEL DE ESTUDOS

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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Por não possuir cor, cheiro ou massa, a energia elétrica é algo perigoso a se
manusear. Neste momento falaremos sobre proteção nas instalações elétricas; não só
a proteção para as pessoas, mas também a proteção para os materiais e equipamentos.

Existem dispositivo próprios para esse tipo de proteção (disjuntores e fusíveis),


porém, aqui daremos maior atenção para os disjuntores, que são os meios que mais
utilizaremos em nosso dia a dia.

DISJUNTORES: são dispositivos de manobra e proteção, capazes de garantir o


funcionamento do circuito em condições normais, e interromper quando houver
correntes em condições anormais, tais como as de curto-circuito ou sobrecarga. Existem
vários tipos de disjuntores, os mais usados em instalações elétricas residenciais são os
descritos abaixo:

MONOPOLAR BIPOLAR TRIPOLAR

DISJUNTORES TERMO MAGNÉTICOS (DTM)

Os disjuntores térmicos são dispositivos que têm objetio de interromper a


passagem de corrente, sendo constituído por lâminas metálicas com coeficientes de
dilatação térmica diferentes (latão e aço), soldados. A dilatação em tempos diferentes
produz um aquecimento devido corrente elétrica acima do valor nominal determinado
pelo fabricante, o que provoca abertura do disjuntor em tempos diferentes, isso porque
a dilatação disigual das lâminas determina que as mesmas se curvem de desliguem o
dispositivo

Partindo da definição básica do DTM, podemos concluir de forma objetiva que


eles servem para proteger a instalação elétrica contra curto-circuitos e sobrecorrentes;
sua capacidade é sempre menor ou igual ao condutor do circuito; a menor capacidade
a ser usada por um disjuntor em um circuito elétrico é de 10A.

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Curva dos disjuntores:

Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e
essas curvas foram separadas em categorias. A curva de ruptura do disjuntor é o tempo
em que o disjuntor suporta uma corrente acima da corrente nominal por determinado
tempo. Quando se tem um equipamento muito delicado necessita-se que a interrupção
do circuito quando a corrente passar o limite de funcionamento seja muito rápida, para
que o equipamento não seja danificado, em compensação na partida de um motor por
exemplo, para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade máxima uma
grande corrente é necessária no instante da partida, ás vezes muitas vezes maior do que
a corrente para que este mesmo motor esteja em velocidade plena, nestes casos o
disjunto tem que suportar a corrente alta durante um período de tempo maior.

Além do período de tempo as curvas de rupturas estipulam o quanto maior


essas correntes podem ser em relação ás correntes nominais.

Curva B:

A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura


está compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.

Os disjuntores curva B são usados onde se espera um curto circuito com baixa
intensidade, normalmente cargas resistivas, em residências nas tomadas de uso comum,
onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa.

Curva C:

A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura


esta compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Os disjuntores de curva C são usados onde se espera um curto circuito de


intensidade média e onde a demanda de corrente para partida de equipamentos é

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mediana, normalmente cargas indutivas, como motores, sistemas de comando e


controle, circuitos de iluminação em geral e ligação de bobinas.

Curva D:

A curva de ruptura D para um disjuntor estipula que sua corrente de ruptura


está compreendida entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.

INTERRUPTOR DIFERENCIA RESIDUAL (IDR)

BIPOLAR TETRAPOLAR

São dispositivos de seccionamento mecânico, obrigatórios por Norma,


destinados à abertura dos próprios contatos quando ocorre uma corrente indesejada à
terra (fuga de corrente), ou seja, correntes que são produzidas normalmente e por
falhas de isolamento expõem pessoas e animais a choques elétricos. Tal dispositivo não
evita a percepção do choque, ele apenas diminui o tempo de exposição entre a pessoa
e a energia elétrica; porém seu desarme é tão rápido que o tempo de exposição não
causa nenhum dano à pessoa.

DISPOSITIVO DIFERENCIA RESIDUAL (DDR)

Diferentemente do anterior, este dispositivo não protege apenas pessoas e


animais contra choques elétricos; ele também possui a função de interruptor
termomagnético, ou seja, com sua interrupção há também a proteção da instalação e
seus equipamentos.

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DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO (DPS)

Este dispositivo tem por finalidade a proteção contra descargas atmosféricas. É


muito utilizado em áreas agrículas devido a incidência de queda de raio e a baixa
ulitilização de SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), muito
comuns na área urbana.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS (QDC)

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Toda a energia elétrica consumida em um imóvel passa pelo quadro de distribuição. Este

componente da instalação é o responsável por abrigar os dispositivos de proteção e

distribuir todos os circuitos para os pontos de utilização da instalação elétrica.

Se você possui dúvidas para fazer uma montagem de um QDC (quadro de distribuição dos

circuitos) que seja eficiente, confira a seguir algumas dicas.

PLANEJAMENTO

Qualquer instalação elétrica eficiente deve possuir, de acordo com cada necessidade

apresentada, a divisão de circuitos.

Nesse momento você já deve calcular os espaços necessários no QDC para abrigar todos

os DISJUNTORES, DR, DPS.

Precisamos ter um diagrama de montagem e definir a carga e limites das proteções. Isso

normalmente vem discriminado em um projeto desenhado por um profissional habilitado

e dentro das normas e padrões regidos pela NBR 5410 e NR–10.

Para este curso, calculamos um projeto e passamos agora a discriminar os limites e

referências do mesmo.

Passaremos a seguir o diagrama de montagem, com a representação gráfica de todos os

componentes de proteção, dispositivos de manobra, periféricos e condutores.

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DIAGRAMA DE MONTAGEM DO QDC

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PLANEJAMENTO

Primeiro deve ser conferida a fixação do QDC, ele pode ser de embutir (chumbado na
parede) ou sobrepor (parafusado na parede), em alguns casos será necessário uma
limpeza para tirar restos de massas, gesso, sendo aconselhável usar marreta e talhadeira
leves para esse trabalho, para finalizar use um pincel de pintura para eliminar o excesso
de poeira. Após isso passe os condutores fazendo com que cheguem até o QDC,
separando-os por circuito, identificando cada circuito conforme numeração do projeto.

O próximo passo é a fixação dos barramentos de neutro e terra nas laterais do QDC,
depois comece a organizar os cabos (neste ponto os cabos já deverão estar passados).
Separe os condutores de aterramento, de neutro e de fase, se possível use abraçadeiras
de nylon para uni-los, deixando os cabos prontos para serem cortados e conectados aos
seus respectivos barramentos.

Condutores de neutro conectados ao seu barramento.

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Condutores de proteção (terra) conectados ao seu barramento.

Após essa fixação dos condutores de neutro e proteção nos seus devidos barramentos,
inicie a montagem dos dispositivos de proteção e distribua os circuitos.

Após os cabos de Neutro (azul) e Terra (verde) estarem conectados aos seus respectivos
barramentos, iniciaremos a montagem dos disjuntores, DPS e DR no QDC. A fixação dos
dispositivos DIN é bem simples, primeiro coloque a parte de cima no trilho e aperte a de
baixo onde está a trava, para retirar o disjuntor é só desprender a trava com uma chave
de fenda. Em nosso exemplo devemos colocar primeiro os DPS ao lado o Disjuntor Geral,
e o DR ao lado do disjuntor do circuito que alimenta o periférico que trabalha com água.

Em seguida deve-se conectar o barramento de fase na saída do Disjuntor geral, e


alimentar todos os disjuntores, após esse passo começamos conectar os cabos de fase aos
seus disjuntores.

Sempre aperte bem os bornes dos disjuntores e confira se nenhum condutor ficou fora
do borne, vindo assim a escapar.

Para dar um acabamento final nos condutores não se esqueça sempre de usar
abraçadeiras de nylon para uni-los, após a conferencial final parafuse a tampa, identifique
os circuitos e cole o diagrama unifilar do quadro na parte interna da tampa. Pronto dessa
forma você seguiu de forma simples e objetiva a montagem do QDC monofásico.

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DISPOSITIVOS ELÉTRICOS
Todo circuito elétrico é composto de dispositivos diversos, os dispositivos de manobra
são parte importante do projeto elétrico, estes dispositivos são responsáveis por ligar,
desligar uma carga.

Em nosso projeto de elétrica básica residencial e predial estudaremos os seguintes


dispositivos:

Tomadas
Uma tomada elétrica é o ponto de conexão que fornece a eletricidade principal a
um plugue conectado a ela. Desde o dia 1º de julho de 2011, a NBR14136 é o padrão
oficial de tomadas no Brasil. A venda de outros tipos de tomada é proibida
pelo Inmetro desde esta data. O padrão foi escolhido por ser mais seguro e por contar
com o condutor de proteção, o popular, terra. Há o modelo apropriado para aparelhos
que necessitem de corrente até 10A e até 20A funcionando no segundo modelo, ambos
os tipos de aparelhos.

Cuide no padrão novo a posição do neutro:

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 25

Sempre use pino de proteção (terra) como referência, por ele ser centralizado. Se o pino
de proteção estiver para cima, o neutro ficará à esquerda, se o pino estiver virado para
baixo, o neutro estará à direita.
Neste padrão, temos tomadas disponíveis de 10A e 20A.

Interruptor simples
São normalmente utilizados para ligar e desligar uma ou mais lâmpadas no mesmo ponto de
comando.

Diagrama de ligação de um interruptor simples

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Interruptor paralelo

Interruptores paralelos são usados para ligar uma ou mais lâmpadas ao mesmo tempo
em dois pontos diferentes.

Diagrama de interligação de um interruptor paralelo

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Interruptor intermediário

Interruptores intermediários são usados para ligar uma ou mais lâmpadas ao mesmo
tempo em três ou mais pontos diferentes.

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 28

Interruptor pulsador campainha


Interruptor pulsador, quando pressionado fecha um circuito elétrico. Seu interruptor
tem volta automática. Muito utilizado para acionamento de campainhas.

Interruptor pulsador minuteria

Interruptor pulsador minuteria, permite acender lâmpadas temporariamente. Quando


pressionado fecha um circuito elétrico. Seu interruptor tem volta automática. Muito
utilizado para acionamento de lâmpadas em qualquer tipo de ambiente.

O diagrama elétrico para ligação dos pulsadores de minuteria, é passado juntamente


com o diagrama da Minuteria.

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Minuteria
O Relé Temporizador - Minuteria Multifunção é destinado ao comando temporizado de
iluminação (halls, corredores e escadarias), motores elétricos, exaustores de
churrasqueiras e banheiros, entre outras cargas.

Características Técnicas

• Tensão: 100 - 240V~ 50/60Hz

• Ajustes de tempo: de 30 segundos à 60 minutos, com marcações nos tempos de 30


segundos, 3, 10, 15 ou 60 minutos

• Função APS: Sistema de autoproteção contra efeitos na instalação, ocasionado por


pulsador trancado (LED vermelho aceso). A minuteria desligará as lâmpadas, voltando a
funcionar após o problema ser solucionado

• LEDs indicativos: cor verde, indica carga ligada; vermelho, pulsador acionado ou
trancado

• EZNEON: permite o uso de pulsadores com neon (corrente máxima de 50mA)

• Função chave: AUTO-ON-OFF

• Recontagem de tempo após a última chamada

• Fixação: trilho DIN 35 mm

• Produzido em material plástico antichama

• Especial para quadros elétricos

• Temperatura de operação: -5ºC até +55ºC

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 30

Luminária, lustres e pendentes


Exemplos de lustres, pendentes e luminárias sobrepostas e de embutir.

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 31

Receptáculos
Um receptáculo, ou soquete, possui a função de comportar uma lâmpada para que ela
fique presa nesse dispositivo, além de levar a tensão para que a lâmpada seja ligada.
Existe uma diversidade grande de receptáculos, que são diferenciados por modelos e
tamanhos das lâmpadas que eles comportam.

Atente na ilustração abaixo onde fica o neutro em uma lâmpada e em um receptáculo,


para que você possa conectar o condutor no borne correto.

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 32

Sensor de presença
Os sensores detectam a presença das pessoas pelo calor emitido pelos movimentos
através do infravermelho. Esses dispositivos conseguem captar a variação térmica e são
calibrados de acordo com a temperatura das pessoas (35º a 38º graus Celsius). Com isso
quando uma pessoa entra em ambiente que possui sensores de presença, ocorre uma
mudança na luz infravermelha que dispara um “alarme” no equipamento, acionando
então a lâmpada.

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 33

RELÉS FOTOELÉTRICOS

O relé fotoelétrico esta entre os elementos pioneiros dos sistemas de automação


residencial, hoje pode parecer uma coisa simples e comum, mas quando foi inventado
definitivamente trouxe muito conforto e economia de energia elétrica. Sua principal
função é que um determinado circuito seja ligado ou desligado automaticamente
através da quantidade de luz.

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ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL 34

CRÉDITOS – TÉCNICO DO LAR CURSOS

APOSTILA CRIADA E COMPILADA POR:


JÚLIO CÉSAR RODRIGUES PORTEIRO
JOSÉ DARLEM QUADROS SOARES

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