HARDWARE BÁSICO E MANUTENÇÃO DE

COMPUTADORES

Hardware Básico e
Manutenção de
Computadores
JEFERSON ARTUR VULCANIS

Aula 02

Energia e
Potência
Elétrica
 Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS

Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA

Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR DE ARRUDA

Autor
JEFERSON ARTUR VULCANIS

Desenvolvedor/Programador
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
JEFERSON ARTUR VULCANIS

Olá, meu nome é JEFERSON ARTUR VULCANIS. Sou especialista em redes

computacionais, infraestrutura de TI e sistemas operacionais, com uma vasta experiência
com os ambientes Windows e Linux Server. Amo informática e, mais ainda, passar toda a
minha experiência e know-how aos iniciantes nesta magnífica carreira de tecnologia da
informação. Vai ser um prazer enorme ajudar você a se tornar um excelente analista de
suporte técnico na área de informática. Conte comigo para lhe ajudar nessa trajetória rumo
ao seu desenvolvimento profissional! Muito sucesso para você!
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu
material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO
para o início do houver necessidade de se
desenvolvimento de uma apresentar um novo
nova competência; conceito;

NOTA IMPORTANTE
quando forem necessários as observações escritas
observações ou tiveram que ser priorizadas
complementações para o para você;
seu conhecimento;

EXPLICANDO MELHOR VOCÊ SABIA?

algo precisa ser mais bem curiosidades e indagações
explicado ou detalhado; lúdicas sobre o tema em
estudo, se forem
necessárias;

SAIBA MAIS REFLITA

textos, referências se houver a necessidade de
bibliográficas e links para chamar a atenção sobre
aprofundamento do seu algo a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;

ACESSE
se for preciso acessar um
ou mais sites para fazer
download, assistir vídeos,
ler textos, ouvir podcast;
RESUMINDO
quando for preciso se fazer
um resumo acumulativo
das últimas abordagens;

ATIVIDADES TESTANDO
quando alguma atividade quando o desenvolvimento
de autoaprendizagem for de uma competência for
aplicada; concluído e questões forem
explicadas;
Sumário
AULA 02 – ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA ..................................................................................................... 6
1.1 ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA ..................................................................................................... 6
1.1.1 Energia Dissipada............................................................................................................................................ 6
1.1.2 Potência Elétrica ................................................................................................................................................ 7
1.2 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ELÉTRICA ................................................................................... 7
1.2.1 Medindo a Resistência Elétrica .............................................................................................................. 7
1.2.2 Medindo a Tensão Elétrica .......................................................................................................................8
1.2.3 Medindo a Corrente Elétrica ....................................................................................................................8
1.2.4 Medindo Consumo de Energia e Potência Elétrica ................................................................8
Considerações Finais ............................................................................................................................................ 11
Atividades de Autoaprendizagem ................................................................................................................ 11
Questionário Avaliativo ........................................................................................................................................ 11
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................ 11
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Aula 02 – ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA

INTRODUÇÃO
Ao término desta aula você será capaz de entender os conceitos de
energia e potência elétrica, sendo capaz de solucionar problemas
frequentes envolvendo essas duas grandezas, juntamente com as demais
grandezas aprendidas anteriormente. De posse desse conhecimento, você
aprenderá a medir resistência, corrente e tensão elétrica por meio de um
multímetro, chegando a solucionar problemas como medir o consumo de
energia em instalações elétricas.

1.1 ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA

Como já sabemos, à circular por um condutor, a corrente elétrica sofre uma resistência em
função das propriedades físico-químicas do material, provocando a transformação parcial
dessa energia elétrica em calor (energia térmica). Assim, quanto menor for a resistência do
material, maior será a dispersão da energia elétrica, sendo uma parte dela convertida em
energia térmica. Este fenômeno pode ser observado em inúmeros aparelhos: lâmpada,
bobinas resistivas de chuveiros elétricos, enrolamento de motores etc. Baseado nesse
fenômeno, o físico britânico James Prescott Joule (1818-1889) lançou algumas teorias
revolucionárias que esclareceu várias leis e equações matemáticas, utilizadas até hoje na
física. Graças a Joule, é possível calcularmos a energia dissipada por componentes e
equipamentos eletroeletrônicos, bem como suas potências.

1.1.1 Energia Dissipada

“A quantidade de calor liberado por unidade de tempo em
determinado material condutor ou semicondutor é proporcional ao
quadrado da intensidade da corrente elétrica que passa por ele”.
Essa lei foi descrita matematicamente por Joule por meio da
seguinte equação:

W=UIt

Ou:

W = R I2 t
Figura 1 – James Prescott Joule (1818 – 1889).
Fonte:
Onde: https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Prescott_Joule
Acesso em: 20/03/2019
• W = energia térmica dissipada, medida em Joules (J);
• U = tensão elétrica, medida em Volts (V);
• I = corrente elétrica, medida em Ampères (A);
• R = resistência elétrica do material, medida em Ohms (Ω);
• t = tempo no qual passa a corrente elétrica pelo material, em segundos (s).
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1.1.2 Potência Elétrica

Prosseguindo em seus estudos, Joule observou que: “A energia
elétrica dissipada por um resistor, em um dado intervalo de tempo
∆t, é diretamente proporcional ao quadrado da intensidade de
corrente elétrica que o percorre”.

Sabemos que a potência mecânica é o trabalho realizado por um

corpo em um intervalo de tempo. Logo, por analogia, concluímos
que a potência elétrica (P) será dada por:
• P = W / t;
• W = R I2 t;
Figura 2 – Transformador de energia.
Fonte:
https://pixabay.com/images/search/transformador/
• P = R I2 t / t.
Acesso em: 20/03/2019

Logo:

P = R I2

Onde:

• P = potência medida a Joules por segundo (J/s) ou Watts (W);

• R = resistência elétrica do material, medida em Ohms (Ω);
• I = corrente elétrica, medida em Ampères (A).

1.2 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

ELÉTRICA
Para medirmos as três principais grandezas elétricas podemos
fazer uso de um instrumento de medição chamado multímetro
(figura ao lado). Ele é capaz de medir essas três grandezas em um
circuito eletroeletrônico de baixa tensão: resistência (em Ω -
Ohms), tensão (em V - Volts) e corrente elétrica (em A - Ampères).

Antes da invenção do multímetro, era preciso lançar mão de

diferentes aparelhos de medição, tais como: Voltímetro,
Ohmímetro e Amperímetro; para se medir tensão, resistência e
corrente elétrica respectivamente. Os multímetros
Figura 3 – Multímetro digital. desempenham a função desses três instrumentos
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mult%C3%ADmetro simultaneamente, bastando chavear entre as três formas de
Acesso em: 20/03/2019
medição necessárias.

1.2.1 Medindo a Resistência Elétrica

Para medir a resistência de uma carga qualquer, insira os
eletrodos do multímetro nos pontos de partida e chegada da
corrente elétrica, como indicado na figura a seguir.
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NOTA
Para este tipo de medição, não importa a
polaridade da corrente elétrica, ou seja, a
resistência independe do sentido da corrente
elétrica, sempre resultando em uma leitura
numérica positiva (em “Ohms”).

Figura 4 – Exemplo de multímetro medindo a

resistência.
Fonte: http://mybeastpowers.com/utilisation-
multimetre-digital.html#
Acesso em: 20/03/2019

1.2.2 Medindo a Tensão Elétrica

Usando o mesmo multímetro, podemos girar a chave e passar
para a modalidade “voltímetro” toda vez que quisermos medir a
diferença de potencial elétrico (ou tensão) entre dois pontos de
um circuito. Para isto, insira os eletrodos do multímetro nos dois
pontos do circuito fechado (energizado), devidamente alimentado
pela fonte de energia elétrica, conforme ilustrado na figura ao
lado.

Diferentemente da medição de resistência elétrica, a inversão da

polaridade na medição da tensão elétrica provocará a inversão do
sinal lido no instrumento. Portanto, é fortemente recomendável Figura 5 – Exemplo de multímetro medindo a
tensão.
seguir a convenção de cores: vermelho (positivo) e preto Fonte: http://mybeastpowers.com/utilisation-
multimetre-digital.html#
(negativo), respectivamente. Acesso em: 20/03/2019

1.2.3 Medindo a Corrente Elétrica

Para medir a intensidade de corrente elétrica em um circuito,
deve-se chavear o multímetro para a modalidade amperímetro,
além de colocá-lo em série em relação ao circuito. Para isto, abra
(interrompa) o circuito em um certo ponto e insira o multímetro
como se ele fosse um componente do circuito. Dizemos que,
nessas condições, o multímetro está “em série” com o circuito.

Figura 6 – Exemplo de multímetro medindo a

corrente.
1.2.4 Medindo Consumo de Energia Fonte: http://mybeastpowers.com/utilisation-
multimetre-digital.html#
e Potência Elétrica Acesso em: 20/03/2019

O mercado oferece aparelhos de medição de consumo de energia

elétrica. Esses instrumentos funcionam a base do mesmo
princípio dos contadores de energia elétrica implantados em
nossas casas pelas concessionárias de distribuição de energia.
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Mas podemos calcular o consumo sem ajuda desses

instrumentos. Graças a Lei de Joule, basta utilizarmos um
multímetro para medir a resistência total da máquina ou do
equipamento sobre a qual se deseja a informação de consumo.
Na sequência, medimos a corrente elétrica que passa por ele em
um certo período.

Como vimos anteriormente, se elevarmos a corrente elétrica

Figura 7 – Medidores de consumo de energia.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medidor_de_energi
a_el%C3%A9trica#/media/File:Compteur_electriq
ue.jpg
Acesso em: 20/03/2019
medida ao quadrado e a multiplicarmos pela resistência elétrica
do circuito, saberemos finalmente qual a potência do aparelho.
Mas o que queremos saber é o consumo. Como obtê-lo? Se
multiplicarmos a potência pelo tempo transcorrido entre o
começo e o término da medição, isto resultará na energia
dissipada pelo aparelho. Agora só falta transformar essa energia
em dinheiro. Como fazemos isto? Simples. Considerando que as
concessionárias de energia medem o consumo em quilowatt-
hora (kWh), é só transformar o tempo de segundos para horas e
aplicar a mesma equação usada anteriormente.

Estando todos os números no SI (Sistema Internacional), o custo

do consumo deste equipamento é dado pelo produto do
resultado da energia dissipada (em kWh) pelo custo médio da
tarifa da concessionaria (em moeda corrente).

REFLITA
Imagine que você precisa calcular o consumo total de três computadores
e uma impressora para adquirir um nobreak para a sua empresa. Sabemos
que a potência máxima dissipada por um computador é de 350W.
Logo, a potência dos 04 equipamentos gira em torno de 1.200W.
Considerando que o expediente diário é de 8 horas, em um mês teremos
22 dias úteis multiplicados por 8 horas, resultando em uma utilização
efetiva mensal de 176 horas. Considerando que a concessionária cobra em
média R$ 0,30 por kWh, quanto se pagará por mês pelo consumo de
energia elétrica em função desses equipamentos?

Para iniciarmos a solução deste problema, nós iremos calcular a

energia dissipada pela máquina.

• W = P * t;
• W = 1.200 W * 176h;
• W = 211.200 Wh;
• W = 211,2 kWh.

As concessionárias medem o consumo em quilowatts-hora (kwh), logo é só transformar o

tempo de segundos em horas, e aplicarmos a mesma equação usada anteriormente.
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Agora que sabemos qual será a energia dissipada em 176 horas de funcionamento efetivo
daqueles equipamentos, basta multiplicá-la pelo custo médio da tarifa elétrica:

• Consumo = W * custo /kWh;

• Consumo = 211,2 kWh * R$0,30 /kWh;
• Consumo = R$63,36 por mês de operação.

Estando todos os números correntes no SI (Sistema Internacional), o custo do consumo

deste equipamento é dado pelo produto do resultado da energia dissipada (em kWh) pelo
custo médio da tarifa da concessionaria (em moeda corrente).
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Considerações Finais
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar no tema desta aula? Nós recomendamos o acesso à uma
seguinte fonte de consulta e aprofundamento:
VÍDEO: “Eletricidade 4 – Os Três Mosqueteiros” (coleção francesa de vídeos
didáticos) https://youtu.be/AB_SWf7mu7U
Acesso em: 20/01/2019

Atividades de Autoaprendizagem
ATIVIDADES
Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o enunciado
de sua atividade de autoaprendizagem proposta para esta aula. Se você está
fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades.
Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância),
acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e realize a
atividade de modo online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou
em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas
no fórum de discussões em seu ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu
a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamente em
seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte!

Questionário Avaliativo
TESTANDO
Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi abordado ao
longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu
caderno de atividades. Se você estiver fazendo este curso a distância,
acesse o QUIZ (banco de questões) em seu ambiente virtual de
aprendizagem e boa sorte!

BIBLIOGRAFIA
• Dicionário de Informática (CPU - UC - ULA e Registradores). (2016).
Acesso em 13 de Outubro de 2016, disponível em YouTube:
https://youtu.be/hcn0BPG182A
• NEUBARTH, L. (2012). Evolução da Informática - dos primeiros computadores à internet.
Acesso em 28 de Março de 2017, disponível em YouTube:
https://youtu.be/Sx1Z_MGwDS8
• SANTOS, J. E. (2017). Evolução e Comparação das Famílias de Processadores Intel e AMD.
Acesso em 21 de Março de 2017, disponível em Universidade Estadual de Campinas:
www.ic.unicamp.br/~ducatte/mo401/1s2010/T2/087563-t2.pdf
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