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Unidade 4
Subestações elétricas
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MARINA BORGES ARANTES DE SOUZA
AUTORIA
Marina Borges Arantes de Souza
Olá. Sou formada em Engenharia Mecatrônica pelo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, mestre
em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora, na
área de sistema de energia elétrica, doutoranda na mesma área e MBA
em Gestão de Projetos. Trabalho com otimização e controle de sistemas
robóticos e de energia. Sou amante do poder transformador da Engenharia
na sociedade, e poder contribuir na formação do profissional da área é
uma satisfação. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar
seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar
você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Fundamentos e conceitos de subestações elétricas................... 12
Introdução.............................................................................................................................................. 12
Características básicas................................................................................................................. 12
Nível de tensão............................................................................................................... 13
Categorias........................................................................................................................... 15
Operação............................................................................................................................. 16
Funções................................................................................................................................ 17
Materiais empregados............................................................................................. 18
Isolação............................................................................................................................... 20
Instalação abrigada..................................................................................................... 22
Instalação blindada......................................................................................................24
Equipamentos.....................................................................................................................................25
Ramal de ligação...........................................................................................................26
Para-raios............................................................................................................................26
Disjuntores..........................................................................................................................26
Chaves seccionadoras..............................................................................................26
Chave fusível....................................................................................................................27
Transformador.................................................................................................................27
Cabine de transformação........................................................................................35
Ramal de entrada......................................................................................................... 36
Barramentos primários................................................................................................................ 39
Subestações de 69 kV..................................................................................................................44
04
UNIDADE
10 Instalações elétricas de média e alta tensão
INTRODUÇÃO
O sistema elétrico de potência é formado pela geração,
transmissão e distribuição. Para fazer o transporte da energia da primeira
etapa até o consumidor, é importante que se realizem mudanças nos
níveis de tensão com a finalidade de reduzirem-se as perdas do sistema.
Para efetuar essa redução ou aumento de tensão, são empregadas as
subestações elétricas, que são estruturas de transformação que, além
de abrigarem os transformadores, figuras principais nesse processo,
ainda necessitam de dispositivos de medição, proteção e controle para
o correto funcionamento. Nesta unidade, definiremos alguns conceitos
acerca dessa estrutura e compreenderemos o funcionamento de
subestações de média e alta tensão. Vamos, agora, entender mais
sobre esse assunto?
Instalações elétricas de média e alta tensão 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 – Subestações elétricas.
Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
Introdução
O sistema elétrico de potência é composto por geração, transmissão
e distribuição. Por questões técnicas, a transmissão em tensão mais alta
que a gerada favorece a redução de perdas. Dessa forma, a elevação
da tensão para transmissão é requerida, assim como a distribuição para
consumidores, que necessita de uma tensão mais baixa e requisita um
abaixador de tensão. As subestações são estruturas de elevação ou
redução de tensão utilizando-se da característica de transformação de
transformadores.
ACESSE:
Características básicas
As características de uma subestação relacionam-se com a sua
aplicação. A seguir, algumas características da estrutura.
Instalações elétricas de média e alta tensão 13
Nível de tensão
O nível de tensão é uma característica fundamental que se relaciona
com o encaixe da subestação ao sistema para o qual foi projetada. O nível
de tensão de uma subestação é dado pela seguinte equação:
Vse = 18√(Pc) 1
Assim sendo:
EXEMPLO: Para uma indústria com carga instalada de 12,6 MW, qual
é a tensão indicada para a subestação?
Vse = 18√12,6
Vse = 64 kV
• Subestação de média tensão nível II: com nível de tensão entre 34,5
kV e 46 kV, com predominância da tensão de 34,5 kV utilizada em
redes coletoras de parques eólicos e fotovoltaicos. Não é comum
esse nível de tensão nas concessionárias e são encontradas em
empreendimentos industriais de grande porte para atendimento
de cargas específicas.
• Subestação de alta tensão nível IV: com nível de tensão entre 230
kV e 440 kV. Subestações de 230 kV são amplamente utilizadas
em todas as áreas da rede básica do Sistema Interligado Nacional.
Subestações de 345 kV pertencem, em sua grande maioria, à
FURNAS Centrais Elétricas e a algumas concessionárias que
operam no estado de São Paulo. Grandes indústrias possuem
subestações próprias de 230 kV. A Figura 1 mostra uma subestação
de 230 kV.
Figura 1 – Subestação de 230 kV
ACESSE:
Categorias
De acordo com a função, as subestações podem ser categorizadas
como:
ACESSE:
Você já conhece uma subestação abaixadora em um
parque eólico. Assista ao vídeo Subestação recebedora de
energia eólica e conheça uma subestação que faz a conexão
de aerogeradores com a rede de energia da COSERN em
69 kV. Acesse clicando aqui.
Operação
As formas de operação de uma subestação são:
Funções
Quanto às suas funções, as subestações podem ser classificadas
como:
• Finalidade do projeto.
Materiais empregados
As subestações podem ser construídas utilizando-se as seguintes
estruturas:
Isolação
Os meios isolantes associados às subestações são:
RESUMINDO:
Instalação abrigada
Nesse tipo de instalação, a subestação é instalada dentro de uma
estrutura, geralmente de concreto armado. As Figuras 7 e 8 ilustram a
vista lateral e frontal, respectivamente, de uma estrutura para subestação
de 69/13,8 kV abrigada.
Figura 7 – Subestação de 69/13,8 kV abrigada – vista lateral
ACESSE:
Instalação blindada
Nesse tipo de instalação, os equipamentos de potência ficam
abrigados dentro de cubículos metálicos. Empregada em projetos com
restrição de espaço. As Figuras 10 e 11 mostram a visão frontal externa e
interna de uma subestação blindada, respectivamente.
Instalações elétricas de média e alta tensão 25
Equipamentos
Nessa seção, exploraremos os equipamentos utilizados em
subestações de alta tensão.
26 Instalações elétricas de média e alta tensão
Ramal de ligação
O ramal de ligação é responsável pela ligação do ponto de entrega
da distribuidora ao terminal de entrada da subestação. É formado pelo
conjunto de condutores que realiza essa interligação. A entrada de
energia pode ser aérea ou subterrânea. É composto por 3 condutores e
um condutor para neutro. Subestações com nível de tensão menor que 69
kV geralmente utilizam apenas um ramal de ligação. Já em subestações
de nível de tensão mais elevado, é comum a disponibilização de dois
ramais de ligação.
Para-raios
Tais equipamentos são destinados à proteção frente a elevadas
sobretensões ocasionadas por descargas elétricas ou frente a outra
ocorrência no sistema. Os para-raios podem ser dos tipos: cabo para-
raios; para-raios tipo haste reta e para-raios do tipo válvula.
Disjuntores
Os disjuntores são os equipamentos responsáveis por interromper
a corrente elétrica caso sejam acionados e também são destinados ao
reestabelecimento da rede.
Chaves seccionadoras
Responsáveis por manobras de abertura e fechamento de circuito
sem carga. Em subestações, as chaves seccionadoras são trifásicas com
acionamento simultâneo das três fases. A Figura 12 mostra uma chave
seccionadora tripolar.
Instalações elétricas de média e alta tensão 27
Chave fusível
Ela pode seccionar o circuito e também protegê-lo frente a
sobrecorrentes. Não é comum encontrar esse equipamento em
subestações de consumidores. Geralmente a chave fusível é conectada
ao ramal derivado para alimentar a subestação pela distribuidora,
funcionando como uma proteção de retaguarda ao disjuntor conectado.
Transformador
O transformador é o equipamento mais importante da subestação.
Por meio da indução magnética, transfere a energia do primário ao
secundário com níveis de tensão diferentes, configurando a função
principal da subestação. Os dispositivos de proteção associados ao
transformador devem ser instalados em conjunto a fim de garantir a
segurança de operação da subestação.
Arranjo/capacidade de subestações
De acordo com a classificação em níveis de tensão (MAMEDE
FILHO, 2021), pode-se projetar uma subestação considerando algumas
características.
• Número de transformadores: 1 a 3.
• Número de transformadores: 1 a 3.
• Número de transformadores: 1 a 3.
• Número de transformadores: 1 a 4.
• Número de transformadores: 1 a 4.
ACESSE:
RESUMINDO:
Cabine de transformação
A cabine de transformação (Figura 17) é o local onde são instalados
os transformadores de potência.
Figura 17 – Cubículo de transformação
Ramal de entrada
O ramal de entrada pode ser subterrâneo ou aéreo.
• Em plataformas elevadas.
Barramentos primários
Os barramentos primários são construídos em barras de
seção retangular de cobre ou em vergalhão, também de cobre. O
dimensionamento dos barramentos deve considerar a seguinte tabela,
com relação à potência de transformação.
Tabela 1 – Dimensionamento de barramentos primários
Barramento retangular de
Vergalhão de cobre
Potência dos cobre
transformadores (kVA)
(pol) (mm) Seção (mm2) Diâmetro (mm)
Introdução.
Cálculo luminotécnico.
• Planta de situação.
• Corte B-B.
• Iluminação interna.
• SPDA e conexões.
Malha de aterramento.
Medição de faturamento.
Instalações elétricas de média e alta tensão 41
• Detalhes construtivos.
• Relação de material.
ACESSE:
RESUMINDO:
Subestações de 69 kV
Em situações de demanda elevada, sistemas de média tensão não
conseguem suprir as necessidades. Assim, faz-se necessária a utilização
de redes de tensão mais elevadas. Demandas de até 2.500 kW podem
ser atendidas por rede de média tensão. Indústrias de médio porte,
geralmente, já necessitam dessa configuração com maior nível de tensão
e utilizam de subestações de 69 e 88 kV. E, para tanto, é necessária a
instalação de subestações compatíveis.
Composição de subestação de 69 kV
Em subestações com nível de tensão de 69 ou 88 kV, a composição
básica é:
Subestações de 138 kV
Embora seja um nível de tensão menos empregado pelas
concessionárias, sistemas de 138 kV são utilizados em áreas rurais de
grandes extensões e densidade de cargas média e baixa. É possível
observar esse nível em concessionárias do Piauí (PI), Bahia (BA), Santa
Catarina (SC), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Também são
aplicados em áreas urbanas, mas a chegada até a subestação ocorre
por meio de cabos subterrâneos. Além disso, em estados com grande
extensão territorial e média densidade de carga, utiliza-se o nível de 138
kV, por motivos econômicos.
Área
Arranjo Confiabilidade Custo
utilizada
Menor confiabilidade.
Menor custo, devido
Falhas simples
Barra simples ao menor número de Pequena.
podem ocasionar
componentes.
desligamento da SE.
Baixa confiabilidade,
semelhante à
Custo moderado
Barra principal e barra simples;
devido ao uso de Pequena.
transferência melhor flexibilidade
mais componentes.
na operação e
manutenção.
Custo moderado
Barra dupla – Confiabilidade devido ao número
Média.
disjuntor simples moderada. de componentes um
pouco maior.
Alta confiabilidade.
Barra dupla disjuntor
Falhas simples isolam Custo moderado. Grande.
e meio
apenas o circuito.
Subestações de 230 kV
Os projetos de subestações de 230 kV geralmente são requeridos
com o aumento de cargas industriais de grande porte. Além disso, com o
crescimento de usinas de geração elétrica, existe uma demanda também
para esse tipo de instalação. Sendo que se aplica à geração hidrelétrica
de médio porte e à geração termoelétrica, eólica e fotovoltaica de grande
porte. Usinas hidrelétricas, quando construídas, demandaram um número
significativo de subestações de 230 kV e 500 kV.
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5287
– Para-raios de resistor não linear a carboneto de silício (SIC) para
circuitos de potência de corrente alternada. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.