Energias Renováveis 2

Energias
Renováveis
Unidade II
Energia eólica e fotovoltaica
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
RAFAELA FILOMENA ALVES GUIMARÃES
AUTORIA
Rafaela Filomena Alves Guimarães
Olá. Sou graduada e mestra em Engenharia Elétrica pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP), com uma experiência técnico-
profissional de 20 anos na área de Engenharia. Passei por empresas
como Telefônica S. A., Combustol Indústria e Comércio Ltda. e lecionei
disciplinas relacionadas à Engenharia Elétrica por mais de 6 anos. Ainda,
publiquei livros nas áreas de Engenharia Elétrica e de Produção. Sou
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir conhecimento àqueles que
estão iniciando em suas profissões. Por conta disso, fui convidada pela
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.
Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de apresentar um
de uma nova novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando necessárias as observações
observações ou escritas tiveram que
complementações ser priorizadas para
para o seu você;
conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a
bibliográficas necessidade de
e links para chamar a atenção
aprofundamento do sobre algo a ser
seu conhecimento; refletido ou discutido;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando uma
atividade de competência for
autoaprendizagem concluída e questões
for aplicada; forem explicadas;
SUMÁRIO
Geração de energia eólica....................................................................... 10
História da energia eólica..................................................................................................................................10
Aspectos gerais da energia eólica.............................................................................................................13
Turbinas eólicas............................................................................................................................................................17
Aplicação e classificação das turbinas eólicas............................................................................. 19
Geração fotovoltaica.................................................................................. 21
História da energia Solar......................................................................................................................................21
Aspectos gerais sobre a energia fotovoltaica................................................................................ 22
Requisitos para a instalação de um painel Solar........................................................................26
A corrida espacial impulsionou o mercado de painéis Solares...................................28
Geração distribuída..................................................................................... 31
Geração de energia..................................................................................................................................................31
Tipos de energia.........................................................................................................................................................33
Vantagens e desvantagens da energia elétrica..........................................................................35
Vantagens e desvantagens da geração eólica e fotovoltaica.. 41

Impactos decorrentes da energia eólica e Solar.........................................................................41
Vantagens da utilização dos painéis Solares e da energia eólica.............................42
Vantagens e desvantagens da energia Solar fotovoltaica................................................46
Vantagens, desafios e desvantagens da energia eólica.....................................................47

Energias Renováveis 7
02
UNIDADE
8 Energias Renováveis
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos estudar as fontes eólica e Solar. Esses dois
sistemas de geração de energia são os sistemas que mais cresceram
nos últimos anos dentro das energias renováveis, assim como o preço de
instalação destes sistemas diminuíram consideravelmente. A tecnologia
que envolve estas gerações é a que mais evolui, assim como a capacidade
de instalação e os lugares onde esses sistemas podem ser construídos.
O Brasil é um dos melhores países do mundo para a instalação de

ambas as usinas eólicas e fotovoltaicas, e dentro Brasil, o Nordeste é a
região de destaque, recebendo constantes e vultuosos investimentos
nestes setores. A geração de energia a partir do Sol começou a ser
desenvolvida com a corrida espacial, já os moinhos de vento são usados
a milhares de anos. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai
mergulhar neste universo!
OBJETIVOS
Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – Energia eólica e fotovoltaica.
Nosso objetivo é auxiliar você no alcance dos seguintes objetivos até o
término desta etapa de estudos:
1. Identificar e entender o funcionamento da geração de energia

elétrica a partir da energia eólica.
2. Identificar e entender o funcionamento da geração de energia

elétrica a partir da energia fotovoltaica.
3. Explicar as vantagens e desvantagens de cada sistema de geração

assim como seus desafios futuros.
4. Identificar e entender as vantagens e desvantagens da geração

eólica e fotovoltaica.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao

conhecimento? Ao trabalho!
Geração de energia eólica

OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender a importância da obtenção

de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a
geração eólica e fotovoltaica. Isto abrirá um campo de
trabalho que está crescendo vertiginosamente no Brasil. É
de fundamental importância, no processo de geração de
energia, compreender como a energia dos ventos e do Sol
é transformada em energia elétrica. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!
História da energia eólica

Não é de hoje que a energia eólica se demonstra como importante para
a vida humana. Essa forma de energia é conhecida há mais de 3.000 anos e
vem sendo utilizada de diversas maneiras desde então; uma prova disso foi a
utilização de cataventos com a intenção de que grãos fossem moídos, água
fosse bombeada e determinadas mercadorias pudessem ser transportadas.
Figura 1 – Moinho de vento
Fonte: Pixabay.
Assim, a energia elétrica se fez presente em diversos momentos

históricos, não sendo essa uma realidade diferente no âmbito da
Idade Média, período em que foram criados e utilizados com uma
maior intensidade os moinhos de vento. Esses equipamentos foram
responsáveis por impulsionar a economia durante muito tempo, assim,
houve a otimização de várias atividades por meio da força do vento.
Nesse contexto, até o momento as únicas máquinas voltadas para a

tração animal eram as que fazia uso dos moinhos de vento, e essa realidade
perdurou até que fossem criadas as máquinas à vapor presentes no século XIX
No final do século XVIII, as turbinas eólicas passaram por atualizações

e adaptações para que pudessem ser inseridas nos Estados Unidos da
América, posteriormente, essa é uma realidade que também atingiu países
como Austrália, Rússia, África e América Latina. Diante disso, a energia
elétrica, por meio da utilização do vento, surgiu ao término do século XIX.
Em decorrência desse contexto, essa modalidade de energia elétrica não
pode ser compreendida como uma tecnologia moderna, mas, sim, como
uma tecnologia importante, porém antiga. Nesse período também foi criado
um catavento que tinha como intenção a geração da energia elétrica, sendo
que este passou a ser denominado como aerogerador.
Figura 2 – Aerogerador
Fonte: Freepik.
Um outro marco importante para a história da energia eólica foi

registrado em 1890, na Europa, tendo sido nesse momento em que o
interesse nessa forma de energia se tornou mais marcante, tendo em
vista que houve a criação do primeiro programa governamental, a fim de
incentivar o desenvolvimento eólico.
Em 1931, na Rússia, surgiram aerogeradores caracterizados pelo

seu grande porte direcionado para aplicações no campo da eletricidade.
Em 1988, a partir da criação de Bruch e levando em consideração a
eletrificação em campo, estabeleceu-se o primeiro catavento voltado para
a geração de energia elétrica. Assim, o aerogerador era responsável por
fornecer apenas 12kW de corrente contínua destinado ao carregamento
das baterias que visam fornecer energia suficiente para 350 lâmpadas
incandescentes.
Por volta de 1897 a 1904, foram criadas cerca de 70 turbinas que

possuíam potências que giravam em torno de 25kW, contudo, mesmo
nesse período, em que já se verificava uma evolução marcante no campo
da energia eólica, ainda não existia uma conexão responsável por criar
uma rede elétrica.
Os avanços não pararam por aí. Em 1927 foi desenvolvida a turbina

de eixo vertical, sendo esse um dos principais pontos para que ocorresse
o desenvolvimento dos aerogeradores caracterizados pelo seu grande
porte direcionado para as aplicações de teor elétrico.
Ainda que as grandes guerras tragam diversos impactos negativos

para o mundo como um todo, alguns avanços são impulsionados por
meio de suas consequências e em razão daquilo que uma guerra significa.
A Segunda Guerra Mundial também promoveu contribuições para o
desenvolvimento de aerogeradores tanto de médio quanto de grande
porte, tendo em vista que em decorrência dos conflitos bélicos, se tornou
necessário que houvesse uma economia dos combustíveis fósseis.
Em 1941 foi desenvolvido um projeto de construção do maior

aerogerador já projetado. Já em 1952, um marco importante para a
energia eólica foi estabelecido, tendo esse ficado marcado por meio
da elaboração do mapa eólico. Ainda que muitos já tenham sido os
avanços da energia eólica, isso não implica dizer que esse processo de
desenvolvimento parou e que já atingiu o seu ponto máximo de avanço. É
possível que a energia eólica avance e se desenvolva em conformidade
com as necessidades e os interesses relativos à eletricidade.
Aspectos gerais da energia eólica

No contexto do aumento de utilização de fontes renováveis para
produção de energia elétrica visando a sustentabilidade, a energia eólica
se coloca atualmente como uma das alternativas mais promissoras para
a geração de energia elétrica. Uma vantagem desta forma de geração de
energia é que os impactos ambientais são de mais fácil controle e mitigação
do que as outras fontes convencionais de geração de eletricidade.
DEFINIÇÃO:
A energia eólica consiste na energia cinética contida nos

movimentos das massas de ar na atmosfera (ventos),
produzidos essencialmente pelo aquecimento diferenciado
das camadas de ar pelo Sol (geração de diferentes
densidades e gradientes de pressão) e pelo movimento de
rotação da Terra sobre o seu próprio eixo.
No cenário energético atual, a utilização da energia eólica para

geração de energia elétrica apresenta um notável crescimento tanto para
alimentação de cargas elétricas remotas como para conexão às redes
de transmissão. Isso resultou em um período de notável evolução em
pouco mais de 30 anos com o aperfeiçoamento da tecnologia, aumento
da potência unitária das turbinas eólicas e o crescimento do número de
fabricantes, com redução dos custos do aerogerador, conforme pode ser
demonstrado na Figura 3.
Figura 3 – Evolução da potência unitária das turbinas eólicas
Fonte: DEWI (on-line apud E-DISCIPLINAS USP, 2017).
A geração de energia, a partir da matriz eólica, é feita através da

movimentação de aerogeradores pela força do vento. Os ventos giram as pás
das turbinas, que alimentam um rotor conectado a um conversor de energia.
Atualmente a geração pode ser feita em corrente contínua ou alternada.
A instalação desses sistemas depende basicamente da velocidade

do vento na região. Estudos mostram que esse projeto se torna viável
quando os ventos ultrapassam os 7 m/s de velocidade. No Brasil, a melhor
área para instalação dessas turbinas são na região Nordeste, mas existem
centrais na região Sul e Sudeste.
A potência disponível para aproveitamento energético dos ventos

depende, além da localização, da área de captação das turbinas eólicas
e é proporcional ao cubo de sua velocidade. Mesmo variações pequenas
da velocidade do vento podem ocasionar grandes alterações na potência.
Tais características reforçam a importância de se dispor de dados
confiáveis e de boa qualidade.
Como em todo projeto de engenharia, e mais especificamente

naqueles associados às fontes renováveis de natureza intermitente e
sazonal, o período de coleta, a qualidade e as formas de modelagem e
tratamento estatístico dos dados e informações relacionadas ao vento
garantem o dimensionamento adequado do sistema eólico, minimizam
erros de estimativa de produção e, como consequência, garantem o
dimensionamento adequado do sistema eólico, como reduzem eventuais
prejuízos financeiros às empresas donas do empreendimento. A grande
dificuldade do projeto é que a velocidade do vento tem comportamento
aleatório e de difícil previsão. A modelagem otimizada das medidas
de direção e intensidade, normalmente coletadas com anemômetros
instalados a 10m do Solo, são tratadas como se fossem uma distribuição
de Weibull.
Como as turbinas eólicas em operação comercial são instaladas no

interior da camada limite (abaixo de 650m), torna-se importante conhecer
a distribuição da velocidade do vento com a altura, que vai permitir
determinar a produtividade de uma turbina instalada em uma torre de
certa altura. Além disso, o perfil de vento afeta a vida útil das pás do rotor,
pois influencia os esforços mecânicos cíclicos exercidos sobre as pás.
O conhecimento da velocidade média do vento é fundamental

para a estimativa da energia gerada. Primeiro, porque os aerogeradores
começam a gerar a uma determinada velocidade de vento de partida
(cut-in) e param de gerar quando a velocidade ultrapassa determinado
valor (cut-out), estabelecido por questões de segurança, sendo, portanto,
importante registrar a frequência de duração das calmarias e dos ventos
fortes. Com ventos na velocidade de partida (cut-in), a turbina é ligada, e
com ventos em velocidade excessiva (cut-out), a turbina é desligada.
Os documentos que apresentam resultados dos levantamentos de

dados relacionados à energia eólica são denominados “Atlas do Potencial
Eólico”. Com base nos últimos atlas, estima-se que o potencial eólico do
Brasil gire em torno de 154 GW e temos somente 15 GW instalados até
o ano de 2019, ou seja, temos um potencial de crescimento de mais de
10 vezes a nossa potência instalada. Na Figura 4, é mostrado o perfil da
velocidade média dos ventos no Brasil.
Figura 4 – Velocidade média anual do vento a 50 m de altura
Fonte: Feitosa et. al. (2003 apud ANEEL, 2005).

Turbinas eólicas
As máquinas eólicas modernas são denominadas turbinas eólicas,
sistemas de conversão de energia eólica ou aerogeradores. Sua faixa de
aplicação varia de pequenas turbinas com potências da ordem de dezenas
ou centenas de kW (utilizadas em áreas rurais) até turbinas com potências
da ordem de alguns MW, normalmente conectadas à rede elétrica. Há
uma grande variedade de máquinas eólicas desenvolvidas para produção
de energia elétrica e mecânica.
Os principais componentes de um aerogerador de eixo horizontal

são descritos abaixo e mostrados na Figura 5:
• Rotor – constando das pás e do suporte (cubo) em que estas são

acopladas e do mecanismo de controle de passo da pá.
• Trem de acionamento – contém as outras partes rotativas da turbina,

além do rotor, os eixos, a caixa multiplicadora de velocidade, os
acoplamentos, o freio mecânico e o gerador elétrico.
• Nacele e sua base – compartimento no qual estão alojados os

outros componentes, além do rotor e de seu sistema de orientação.
• Suporte estrutural.
Figura 5 – Esquema de uma turbina eólica moderna
Fonte: CBE/UFPE (2000 apud ANEEL, 2005).

Aplicação e classificação das turbinas

eólicas
A geração eólica pode ser feita de forma isolada, ou seja, o gerador
não é conectado à rede de energia e atende uma demanda específica.
Este sistema é muito usado em regiões afastadas com vento, mas que
possuem baixo índice de radiação solar.
Existem também os sistemas eólicos conectados à rede que se

dividem em dois tipos: instalados em terra, ou instalados no mar (estes,
denominados offshore). Geralmente, os países que usam esta maneira de
instalar são países que não possuem uma grande extensão territorial e
as áreas com maiores velocidade dos ventos ficam no mar. O problema
desta instalação marítima é seu alto custo de construção e de conexão à
rede de energia.
Os sistemas eólicos também se classificam em:

Tabela 1 – Relação de tamanho e potência instalada
Tamanho Potência instalada (kW)

Pequeno Até 100
Médio De 100 a 1.000
Grande > 1.000
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
O maior problema enfrentado pela geração de energia através do

movimento dos ventos é a imprevisibilidade desta velocidade, fazendo
com que a capacidade de geração de energia oscile muito. Com a
tecnologia atual, a eficiência da conversão da energia cinética eólica em
energia elétrica é de aproximadamente 30%, ou seja, a capacidade de
geração de energia é uma variável intrinsecamente ligada às condições
climáticas (no caso, velocidade do vento).
Em algumas regiões, como Fernando de Noronha e Rio Grande do

Norte, este fator pode subir para 50%, dada a homogeneidade dos ventos
nestas regiões. Mas os fatores de capacidade acima de 50%, como os
vistos no Nordeste, só são registrados normalmente por um seleto grupo

de países, como Cabo Verde (64%), Aruba (66%) e Curaçao (76%), segundo
os dados da A Agência Internacional para as Energias Renováveis – Irena
(sigla em inglês).
Em 2019, chegamos a ter 85% da energia consumida no Nordeste

fornecida exclusivamente por geração eólica. Esta fonte é a que mais tem
crescido nos últimos anos, com seu crescimento anual superior a 20%.
Este recorde é quebrado mês a mês e o futuro desta energia renovável é
muito promissor.
O Brasil possui muitas fábricas de aerogeradores; você já pode

ter se deparado com uma dessas imensas pás sendo transportadas nas
nossas rodovias, envolvendo uma logística bem complicada devido ao
tamanho de cada uma delas, pois algumas possuem mais de 10 m.
RESUMINDO:
Ao longo do presente capítulo, vimos que a energia é um

instrumento de extrema importância para a prestação das
principais atividades humanas e que é utilizada em diversos
campos e setores dos territórios e nos mais diversos
espaços geográficos. Aprendemos que o potencial
energético depende dos recursos naturais que estejam
disponíveis e ao conhecimento atrelados a eles.
Nessa perspectiva, destinamos a nossa atenção para o
campo da energia eólica, sendo essa uma modalidade
de energia renovável e que é gerada através da força
dos ventos; Dessa forma, essa modalidade de energia é
considerada como bem mais barata que as demais, além
disso, ela não gera emissões de poluentes presentes na
atmosfera.
Geração fotovoltaica
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender o funcionamento da

geração de energia elétrica a partir da energia fotovoltaica.
E então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então, vamos lá. Avante!
História da energia solar

Sem o Sol não há vida e ele é fonte de energia para diversos
processos, sendo essencial para que a vida ocorra em vários de seus
aspectos, seja de forma direta ou indireta.
No que se refere à criação e a origem da energia solar, verifica-se

que o seu surgimento teve origem em 1839, momento em que Becquerel
descobriu qual é o efeito fotovoltaico. Já em 1883 houve a criação da
primeira célula fotovoltaica, tendo essa sido uma descoberta de Charles
Fritts.
Contudo, nesse momento, a energia Solar não era aquilo que

conhecemos atualmente, sendo que essa modalidade só obteve um
formato mais parecido com os dias atuais a partir de 1954, a partir dos
estudos de Russel Shoemaker Ohl. Já em 1958, deu-se início à utilização
dos painéis Solares.
A partir dos anos 2000, houve um crescimento mais expressivo

associado à capacidade fotovoltaica e à capacidade de instalação. Essa
energia alcançou 1.000 MW, mas, em 2006, houve um novo recorde
quanto à obtenção de eficiências das células solares.
No Brasil, em 2012, houve o estabelecimento da regulamentação

da RN 482 da ANEEL, sendo esta responsável por determinar condições
gerais acerca do acesso de microgeração e minigeração a serem
distribuídas para os sistemas de energia elétrica, o que tornou o sistema
de compensação de energia elétrica dotada de uma certa validade
Já em 2015, uma nova resolução normativa foi firmada, sendo

essa a de nº 687/2015, que foi estabelecida com a intenção de que a
RN nº 482/2012 fosse aprimorada. Além disso, essa resolução foi a
responsável por criar as modalidades acerca da geração distribuída de
energia, envolvendo questões como o autoconsumo remoto, a geração
compartilhada de energia e a destinação de energia a múltiplas unidades
de consumo.
Aspectos gerais sobre a energia

fotovoltaica
A geração de energia a partir da energia Solar é feita através de
células fotovoltaicas. Essas células são feitas a partir do silício (que tem
sua origem na areia). O silício é tratado e dopado com átomos de fósforo
e boro, formando uma junção pn (é como se fosse um diodo) para que os
elétrons estimulados pela luz solar, chamados de fótons passem de uma
camada de não condução para uma de condução. Este deslocamento
de átomos (por definição um deslocamento de átomos é uma corrente
elétrica) dá origem a uma diferença de potencial, chamada de efeito
fotovoltaico.
Essas pastilhas podem ser compostas de silício monocristalino

(o processo de fabricação mais caro), multicristalino (processo de
fabricação intermediário em questões de preço) e amorfo (processo de
fabricação mais barato). O rendimento varia em cada um destes tipos de
placas. Geralmente ele é da ordem de 20%. Como um diodo cada célula
fotovoltaica gera 0,7 V e uma célula é ligada a outra em série formando
uma placa fotovoltaica. Este sistema de geração de energia também é
ideal para regiões iSoladas ou de difícil acesso como a Antártica.
Para regiões montanhosas, os sistemas fotovoltaicos são mais

eficientes que outras maneiras de geração de energia elétrica devido a
funcionarem melhor em altitudes elevadas porque o sistema recebe mais
radiação Solar. Por outro lado, geradores a diesel e os demais tipos de
geração que utilizam máquinas geradoras sofrem queda de rendimento
pelo fato de o ar ser rarefeito.
Figura 6 – A forma mais comum de instalação de placas fotovoltaicas é nos telhados das
residências
Fonte: Freepik .
O Brasil possui um ótimo índice de radiação Solar, principalmente o

Nordeste, com destaque para a região do semiárido. A energia fotovoltaica
pode ser dividida em:
• Sistemas autônomos – fornecem energia elétrica somente para

uma instalação e não são interligados à rede da concessionária. Se
forem equipados com baterias, o sistema pode fornecer energia
em momentos em que as células não estão expostas ao Sol. O
sistema fotovoltaico gera energia mesmo em dias nublados (não
no rendimento máximo, mesmo assim há geração), mas não
durante à noite. Estes sistemas vão funcionar até a capacidade
de armazenamento da bateria ser consumida, se esta não for
recarregada pelo painel fotovoltaico.
• Sistemas interligados - os sistemas interligados são conectados

à rede elétrica para receberem energia da concessionária em
períodos em que o painel Solar não estiver funcionando ou quando
a instalação consumir mais energia do que o painel Solar puder
fornecer. Possuem um medidor bidirecional para vender a energia
excedente para a concessionária, ou seja, a energia gerada pelo

sistema fotovoltaico não é consumida pela instalação. Como
a geração fotovoltaica é feita em corrente e tensão contínua, é
necessário um conversor para transformar esta forma de energia
em corrente e tensão alternada (a energia utilizada na rede
elétrica). Para monitorar este processo de conversão, ainda temos
um controlador de carga, o cabeamento e um protetor de surtos.
Todos esses equipamentos são projetados para uma vida útil de
25 anos.
A maior parte do custo financeiro dos sistemas fotovoltaicos é

realizada na aquisição do equipamento. Sistemas de geração de energia
elétrica à base de energia Solar têm custos operacionais e de manutenção
baixos. Geralmente um sistema fotovoltaico se paga em torno de 6 a 8
anos, dependendo da complexidade dos equipamentos e da energia
gerada. A diferença do tempo (25 – 8 = 17 anos) permite ao proprietário
obter o retorno do investimento. As contas de energia elétrica ainda vêm
no valor mínimo cobrado pela distribuidora. Se for um sistema interligado
à rede da concessionária, podem vir também em forma de bônus quando
a geração de energia fotovoltaica estiver excedendo ao consumo.
Figura 7 – Equipamento para energia fotovoltaica
Fonte: Pixabay .
Esse tipo de energia, quando equipado com filtros e controles

eletrônicos, tem uma qualidade muito superior à fornecida pelas
concessionárias e podem ser utilizadas em processos que requerem
um fornecimento de energia sem instabilidade e deformações na forma
de onda, geralmente processos com muita eletrônica embarcada e
automatizados.
As preocupações mais citadas em relação à energia fotovoltaica

incluem o custo inicial, o armazenamento da energia e a variabilidade
do recurso Solar. Nuvens, neblina, sujeira e neve afetam diretamente
a quantidade de radiação Solar recebida pelas placas fotovoltaicas. Os
locais com muita neve ou dias chuvosos produzem menos energia do
que os locais ensolarados. Alguns desses locais exigem módulos extras.
Os conjuntos de placas precisam receber o máximo possível de luz Solar
direta, de preferência no período entre 8h às 16h. Essa exposição precisa
ser sem interferências para termos um rendimento ótimo. Obstruções
incluem árvores, prédios, montanhas, folhas e sujeira. Linhas de
distribuição de energia elétrica também podem causar sombreamentos
indesejáveis
Para os painéis Solares serem instalados nos telhados das nossas

casas, é preciso que tenha sido feito um cálculo estrutural de reforço para
que o peso extra das placas seja suportado pela residência sem causar
danos ou rachaduras.
O Brasil é um dos melhores locais para instalação de sistemas

fotovoltaicos devido ao seu elevado índice de radiação solar. O único
problema ainda é o preço de todo o sistema. Geralmente, a instalação de
um painel Solar, com possibilidade de ligação à rede da concessionária,
é orçada na faixa entre R$ 10.000 a R$ 20.000 para uma residência com 4
pessoas – padrão médio brasileiro.
ACESSE:
O Energia solar mostra, em detalhes, um painel solar, assim

como seus componentes e um cálculo aproximado dos
valores de instalação e do retorno do investimento. Assista
clicando aqui .
A geração de energia elétrica a partir dos painéis Solares também é

da ordem de 25 a 30% (o cálculo acima já é feito levando em consideração
este número) e depende das condições climáticas.
EXPLICANDO MELHOR:
Você sabia que a energia fotovoltaica começou a ser

pesquisada durante a corrida espacial? Os cientistas
estavam preocupados em como gerar energia no espaço
e essa tecnologia foi considerada a melhor opção. Hoje, os
avanços neste setor muitas vezes são feitos com pesquisas
para melhorar a geração de energia para foguetes, satélites
e sondas espaciais. Os cientistas já conseguiram produzir
células fotovoltaicas que convertem 45% da luz solar
em eletricidade. O problema ainda é o alto custo desta
tecnologia.
Requisitos para a instalação de um painel

solar
Para a instalação de um painel Solar na sua residência, deve ser
analisado o índice de radiação Solar da região que pode ser obtido no site
da própria Aneel. Também deve ser feita uma consulta à concessionária
de energia local para verificar quais documentos são necessários para a
interligação deste sistema à rede de energia para a venda do excedente
de energia produzido e não consumido pela residência. O valor auferido
por esta venda deve ser utilizado para se analisar a possibilidade da
instalação de um painel Solar interligado à rede ou somente a instalação
de um painel Solar com baterias para alimentar a residência.
Também deve ser feito um estudo da área de sombreamento do

telhado da residência e se o telhado vai precisar de um reforço estrutural
devido ao peso dos equipamentos a serem instalados. Os painéis Solares
devem ser instalados de maneira que fiquem a maior quantidade possível
de horas expostos ao Sol e que os raios solares incidam perfazendo um
ângulo de 90° com as células fotovoltaicas.
SAIBA MAIS:
Hoje, existem sites que nos dão o índice de radiação solar;

basta que saibamos a latitude e a longitude da nossa
residência. Uma dessas é a página da CRESESP. Acesse
clicando aqui .
Figura 8 – Irradiação solar no Brasil
Brasil
Irradicação diária média anual entre
1.500 e 2.400 kWh/m²/ano.
Alemanha: 900-1.250 kWh/m²/ano.

França 900-1.650 kWh/m²/ano.
Espanha: 1.200-1.850 kWh/m²/ano.
Fonte: Adaptada de Atlas Brasileiro de Energia Solar (2006 apud BRASIL, 2014).
Finalmente deve ser feito um estudo detalhado do local de

armazenamento das baterias, que devem ser acondicionadas em uma sala
longe da presença de pessoas e animais e com ventilação e climatização
adequada.
De posse de todas essas informações, deve-se entrar em contato

com alguns fabricantes de painéis Solares para que possa realizar pelo
menos três orçamentos para a aquisição do equipamento, além da
instalação deles . Para isto, é preciso termos os dados de consumo de
todos os equipamentos da residência e a possível ampliação da carga
pelo menos por três anos para se realizar um bom dimensionamento dos
painéis
Deve-se procurar algumas instituições financeiras para ver se

elas possuem linhas de crédito que possam ajudar na aquisição do
equipamento. O governo federal oferece algumas linhas junto com alguns
estados, além da isenção de impostos.
Com todos esses dados em mãos, é possível calcular o custo de

aquisição deste painel Solar a vista ou a prazo, e quando se dará o retorno
deste investimento, além do valor para o qual se reduzirá a conta de
energia elétrica, pois ainda se deve pagar o mínimo cobrado por cada
concessionária de distribuição de energia.
Infelizmente, não possuímos fábricas de painéis Solares, sendo

a grande maioria delas todas importadas da China. Alguns fabricantes
estão tentando desenvolver este mercado no Brasil para que consigamos
avançar na diminuição do preço desta fonte de energia.
A corrida espacial impulsionou o mercado

de painéis solares
O primeiro satélite enviado ao espaço pelos russos, o Sputnik, era
alimentado por uma bateria a base de prata e zinco, que tinha somente a
função de alimentar um equipamento que emitia um sinal de beep. Assim,
começava a corrida espacial e a busca por fontes que pudessem produzir
energia no espaço. Quem resolveu este problema foi um cientista alemão
chamado Hans Ziegler, que conseguiu convencer a NASA a utilizar painéis
solares para produzir energia elétrica no espaço. O Vanguard I foi o
primeiro satélite a utilizar um painel Solar que possuía o tamanho de uma
bola de futebol e continha apenas quatro pequenos painéis fotovoltaicos
que produziram energia para o satélite por 7 anos.
Hoje, todos os equipamentos enviados ao espaço são alimentados

por painéis Solares, como por exemplo o telescópio Hubble, a Estação
Espacial Internacional (ISS), que possui um total de 375 m2 de painéis
fotovoltaicos que rastreiam o Sol, maximizando a produção de energia
elétrica, além dos robôs Spirit e Opportunity, que exploraram a superfície
de Marte, enviando fotos para podermos ver como é o planeta vermelho
A sonda Rosetta, lançada em 2004 pela Agência Espacial Europeia

(ESA), para explorar o cometa 67P, utiliza 2 conjuntos de painéis
fotovoltaicos de 32m2 cada, capazes de gerar 850W a uma distância de
792 milhões de quilômetros da Terra
Células Solares para uso em satélites são dispositivos de alta

confiabilidade, garantidos por testes severos feitos em condições extremas
de temperatura, ciclos térmicos, vácuo, aceleração, choques mecânicos
e radiação por partículas. A exigência desse nível de confiabilidade se
justifica pelo fato de que os satélites em órbita em torno da Terra não
podem ser consertados em caso de avaria. Sobre a composição dos
painéis, as células Solares são feitas com Arsênio e Gálio, o que garante
maior eficiência na produção de energia elétrica. Em testes já realizados
na superfície da Terra, esse tipo de painel chegou a ter eficiência de
33,9%, praticamente o dobro das placas comuns de silício. O que limita a
produção comercial destes painéis ainda é seu alto custo. Esses materiais
prolongam a vida útil dos painéis.
O projeto da parte de suprimento de energia elétrica de um

satélite depende do gasto de energia dos componentes eletrônicos,
tais como os resistores e diodos, que formam os diversos subsistemas
(telecomunicações, computador de bordo, controle de atitude e controle
térmico). Cada célula solar gera uma pequena quantidade de energia
elétrica. O projeto correto calcula a quantidade de células solares
necessárias para que o gerador Solar forneça a energia requerida pelo
satélite.
Figura 9 – Imagem dos painéis solares da estação espacial
Fonte: Freepik .
Painéis Solares compostos por células Solares estão localizados

nas partes externas dos satélites. Os painéis podem estar juntos ao corpo
do satélite ou abertos e orientados para o sol. De modo geral, os painéis

usados em equipamentos espaciais precisam ter uma grande área de
superfície que pode ser apontada para o Sol. A maioria desses painéis
são móveis, e podem ser direcionados para o Sol, garantindo energia em
todo o tempo, ou mesmo serem direcionados para o lado oposto ao Sol,
quando as baterias já estão totalmente carregadas.
A pesquisa por novos materiais, eficiência e economia dos

preços resulta em vantagens para os consumidores de painéis Solares
convencionais, assim como a Fórmula 1 trouxe várias inovações
tecnológicas, como o ABS, freio a disco, suspensão eletrônica e airbag
para os carros de passeio.
RESUMINDO:
Ao longo deste capítulo, aprendemos que a energia Solar

será aquela através da qual a luz e o calor do Sol serão
captados para que seja gerada eletricidade, sendo essa
denominada como a energia Solar fotovoltaica e a energia
solar heliotérmica. No Brasil, esse sistema de energia Solar
já é utilizado por diversas empresas e em residências, sendo
que uma das principais vantagens atrelada à utilização
dessa modalidade de energia consiste na redução dos
valores presentes nas contas de luz. Além disso, esse tipo
de energia é caracterizado como alternativa, renovável
e limpa. Diante disso, aprendemos quais são os aspectos
principais e como a energia fotovoltaica funciona. Também
destinamos atenção para a relação firmada entre a corrida
espacial e os painéis Solares.
Geração distribuída
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, vamos estudar as vantagens e

desvantagens de cada sistema de geração, assim como
seus desafios futuros. E então? Motivado para desenvolver
esta competência? Então, vamos lá. Avante!
Geração de energia
Durante muito tempo, as fontes de energia estiveram longe dos
centros consumidores, cabendo a nós um papel passivo. Faz pouco tempo
que o consumidor pôde passar a produzir a sua própria energia, como é
o caso da instalação de painéis Solares, passando a ser um agente ativo
no sistema.
Além de gerar sua própria energia, os consumidores também podem

vender o excedente para as concessionárias de energia, passando a ser
produtores de energia. A geração de energia por parte dos consumidores
é chamada de geração distribuída, conforme pode ser visto na figura
abaixo.
Figura 8 – Geração distribuída
Fonte: Freepik.
Com esta forma de gerar energia, o consumidor passa a exercer

um papel ativo no sistema elétrico. A concessionária de energia também
faz a sua parte instalando um medidor inteligente na residência deste
consumidor. A vantagem deste medidor é que ele é antifraude e
totalmente digital. Com ele, o consumidor pode acompanhar exatamente
o valor do seu consumo ou do seu crédito por meio de um aplicativo.
Este crédito pode ser usado até mesmo em outra unidade residencial e
comercial atrelada ao mesmo CPF da instalação onde é feita a geração
distribuída.
Com o seu próprio sistema de geração de energia, o consumidor

também disporá de uma energia de melhor qualidade (se ele investir
em bons equipamentos) e poderá até mesmo exercer um controle
eficiente do seu consumo, por exemplo, escolher um momento de alta
geração para usar o ar-condicionado, ou escolher vender a energia para
a concessionária dependendo do valor da tarifa que ela estiver pagando
A geração distribuída será a causadora de uma revolução no sistema

elétrico de potência. Pelo fato de ser antifraude, o valor da tarifa tenderá a
diminuir, e por estar interligado à internet, a concessionária poderá ofertar
serviços exclusivos baseados no padrão de consumo daquela residência.
Em alguns países, o valor da tarifa varia durante as horas do dia, fato

que teve origem na pior crise de energia enfrentado pela Califórnia. Um
aplicativo igual aquele, que monitora o valor que gastamos de internet na
nossa conta de celular, é utilizado para que o consumidor possa decidir
o melhor horário para utilizar aparelhos que consomem muita energia.
Estabelecimentos comerciais também usam este aplicativo para decidir
sobre o melhor momento para acionar suas bombas hidráulicas, por
exemplo.
Com isto, o consumidor passará de mero usuário a protagonista

no processo de geração e uso da energia elétrica. A desvantagem
desta tecnologia é que ainda não existe um padrão bem definido para
que as concessionárias possam responsabilizar ou executar serviços de
manutenção na rede dentro da residência do consumidor ou em seu
estabelecimento comercial
A vanguarda deste serviço será a união do fornecimento de

energia com o acesso à internet. A rede de energia poderá passar a
utilizar o cabo para-raios para transmitir serviços de acesso à internet por
fibra óptica. Esta fibra seria lançada junto com o cabo para-raios e esse
serviço de fornecimento de internet seria uma fonte de renda extra para a
concessionária, assim como ele seria responsável pelo monitoramento da
instalação do consumidor.
A cidade de Búzios, no município do Rio de Janeiro, é a pioneira

na implantação desta tecnologia e vem obtendo muito sucesso em se
tornar uma cidade inteligente com todos os seus serviços, como trânsito,
iluminação pública conectados e monitorados via internet.
Tipos de energia
Os principais tipos de energia se dividem em energia mecânica,
energia térmica, energia elétrica, e ainda existem as modalidades
denominadas como energia química e atômica, sendo que cada uma
dessas é responsável por efetuar e realizar um tipo de trabalho específico,
sendo também incumbido por promover movimentos e gerar energia
elétrica
Nessa perspectiva, a energia elétrica é aquela que está presente

em nosso cotidiano e dia adia, sendo dotada do objetivo e da intenção
de que sejam geradas certas facilidades para o âmbito do sistema
produtivo. Assim, a eletricidade será gerada, e os aparelhos eletrônicos
e eletrodomésticos irão funcionar. Diante disso, será possível que as
residências sejam abastecidas, assim como os estabelecimentos de
origem comercial e as ruas públicas.
Já no que se refere às modalidades de energia elétrica, é importante

que sejam mencionadas algumas modalidades específicas e tidas como
principais, sendo essas:
• Energia da biomassa.
• Energia solar.
• Energia eólica.
• Energia hídrica.
• Energia geotérmica.
• Energia derivada dos combustíveis fósseis.
• Energia nuclear.
Figura 9 – Tipos de energia elétrica
Fonte: Pixabay.
É importante ressaltar que a energia se divide em dois aspectos

principais, sendo que as energias de fonte renováveis são aquelas que
partem de fontes que estão sempre disponíveis para utilização e que,
portanto, não se esgotam. Assim, ainda que essa modalidade implemente
alguns danos ao Meio Ambiente, em geral são menos agressivas que as
fontes não renováveis
Por sua vez, as fontes não renováveis de energia são aquelas que
fazem uso dos recursos que existem no planeta Terra em uma quantidade
limitada, e que em decorrência de sua própria natureza, podem se esgotar,
sendo esse o caso do petróleo, carvão mineral e do urânio.
Vantagens e desvantagens da energia

elétrica
Agora passaremos a estudar algumas das principais vantagens e
desvantagens acerca dos principais tipos de energia elétrica
No que se refere à energia da biomassa, pode-se afirmar que

essa modalidade de produção de energia elétrica tem como base os
processos de combustão de material orgânico que se fazem presentes
no ecossistema. Diversos podem ser os materiais utilizados com essa
intenção, mas de forma mais comum, usa-se a madeira, o bagaço da cana
de açúcar, galhos e folhas de árvore, bem como materiais que sejam tidos
como resíduos de animais.
As vantagens da energia da biomassa são:
• Baixo custo de desenvolvimento.
• Não emite dióxido de enxofre.
• Há uma menor corrosão dos equipamentos.
• Quando comparadas aos combustíveis fósseis, possuem um

potencial poluidor menor.
• As emissões não geram danos para o efeito estufa.
Já entre as suas desvantagens, menciona-se que há uma maior

dificuldade quanto ao estoque e ao armazenamento dos materiais
necessários para que essa modalidade de energia seja produzida. Além
disso, promovem uma maior produção de partículas a serem liberadas
no Meio Ambiente, sendo que essas podem gerar danos para o Meio
Ambiente.
Por sua vez, a energia Solar será aquela que tem origem através da
energia Solar, assim, será aproveitada a partir do aquecimento Solar. Ela
divide-se em energia Solar fotovoltaica, energia heliotérmica e arquitetura
Solar. Essa modalidade possui várias vantagens, mas as desvantagens
atreladas a ela não podem ser descartadas.
Figura 10 – Energia solar
Fonte: Pixabay.
Já no que se refere às vantagens, estão o fato de que essa é uma

fonte de energia pouco poluente. Além disso, os seus equipamentos de
captação precisam de pouca manutenção, e quando localizados em
países tropicais como o Brasil, são tidos como viáveis ao longo de quase
todo o ano.
Nessa perspectiva, entre as desvantagens atreladas ao uso da

energia Solar, destaca-se que, por depender do Sol, pode sofrer com
oscilações que sejam decorrentes das condições climáticas. Também é
afetada porque os formatos de efetuação de seu armazenamento não são
tão eficazes quanto se deseja. Necessita de um alto investimento para
que seja implementada, então, não são todas as pessoas que podem ter
acesso a essa modalidade de energia.
Por sua vez, a energia eólica é aquela através da qual a energia

elétrica é produzida por meio da força dos ventos, e para que isso ocorra,
é necessário que ela esteja atrelada a um aerogerador. A captação na
energia eólica é feita através das hélices, que ao serem ligadas a uma
turbina, geram energia para o gerador elétrico.
Assim como a energia Solar, a energia eólica também é renovável e

não emite gases poluentes. Por isso, é responsável por promover poucos
danos ao Meio Ambiente, mas ainda pode afetá-lo de outras formas,
sendo exemplo disso as suas desvantagens associadas à poluição sonora,
já que o motor promove impactos sonoros significativos para a população
que mora nessa região, podendo afetar também as aves presentes nessa
região. Além disso, é tido como vantagem da energia eólica o fato de
que o aparelho que produz essa energia é móvel e por isso há uma certa
facilidade de que ela seja instalada em outros lugares a depender da
necessidade e do que se busca atender.
A energia hídrica, também denominada como energia hidrelétrica,

é obtida por meio do fluxo da água. Para que ela seja gerada, se faz uso
dos desníveis presentes nos rios e nos lagos. Nessa perspectiva, entre as
vantagens da utilização da energia hidrelétrica, mencionam-se:
• É uma fonte de energia tida como confiável.
• O seu custo de produção é baixo.
• É uma modalidade de energia elétrica que afeta pouco o ambiente

quando o assunto é a poluição.
• É capaz de promover desenvolvimento para regiões que fiquem

localizadas próximas as usinas hidrelétricas.
No Brasil, grande parte da energia elétrica advém das usinas

hidrelétricas. Por isso, também é importante que se compreenda quais
são as desvantagens atrelada a essa modalidade de energia, sendo elas:
• Ainda que afete pouco o Meio Ambiente quanto à promoção da

poluição, é capaz de gerar danos a ele de outras formas. Um
exemplo disso é o fato de que a energia hidrelétrica tem como
consequência a promoção da erosão do Solo, o que acaba
promovendo consequências para a vegetação da região.
• Também pode afetar a população da região, tendo em vista que

pode gerar o descolamento de populações ribeirinhas.
• A instalação de usinas hidrelétricas também pode ter como

resultado o alargamento da terra.
• A sua construção irá depender da formação de grandes

reservatórios de água, assim, a criação destes podem provocar
alterações significativas no ecossistema.
• Não é uma modalidade de energia barata quanto à sua instalação.
Quanto à energia geotérmica, como o próprio nome indica, parte do

calor que está presente no interior da Terra. Em alguns locais, esta possui
uma instalação mais fácil e se torna mais efetiva, sendo uma realidade
que se adequa para as regiões em que esse calor está mais próximo da
superfície.
Dentre as vantagens associadas à energia geotérmica, pode-se

mencionar:
• Não promove prejuízos para a terra e nem para o Meio Ambiente

como um todo.
• É uma fonte de energia limpa.
• A intenção dessas centrais é que elas funcionem 24 horas por dia

e durante todo o ano.
Já como desvantagem dessa forma de energia, é importante

destacar que ela pode ser bastante dispendiosa, pois em alguns casos
será necessário que seja efetuada a perfuração do Solo para que o calor
atrelado a ela possa ser acessada. Uma curiosidade sobre essa forma de
energia é que elas se tornam mais efetivas quando instaladas em países
desenvolvidos, tornando maiores as chances de que esses cresçam com
um menor índice de poluição e possam obter certas vantagens desse fato.
No que se refere aos combustíveis fósseis, ainda que existam

diversas críticas quanto à utilização dessa fonte de energia em decorrência
de não serem renováveis e do efeito negativo que elas podem causar ao
Meio Ambiente, não são apenas desvantagens que podem estar atreladas
ao uso de tais combustíveis.
Nesse sentido, entre as vantagens associadas ao uso de

combustíveis fósseis, é importante que se mencione que os reservatórios
dessas fontes são de fácil acesso e eles são dotados de um elevado
potencial e eficiência energética. Além disso, a efetuação do transporte
de combustíveis fósseis é fácil e simples de ser realizada.
Uma outra modalidade de energia que recebe muitas críticas quanto

à sua utilização, mas que não pode ser reduzida apenas aos seus pontos
negativos, é a energia nuclear. Ela é produzida por meio dos processos de
transformação dos seus núcleos atômicos.
Figura 11– Energia nuclear
Fonte: Pixabay.
Diante disso, entre as vantagens da energia nuclear, é importante

que se mencione:
• Não emitem gases que afetam o efeito estufa.
• Não é necessário que sejam utilizadas grandes áreas para que

ocorra a construção das usinas.
• Há um pequeno risco atrelado ao transporte dessa modalidade de

combustível.
• A sua produção não depende de condições climáticas.
Já como desvantagem, é importante que se mencione a produção

de lixo nuclear radioativo e os impactos que podem ser causados em
decorrências destes, bem como as chances e as consequências que
podem derivar de acidentes nucleares. Além disso, essa não é uma forma
de energia barata, quando comparada as demais.
RESUMINDO:
Ao longo deste capítulo, pudemos aprender que a geração

de energia, como a energia elétrica, é gerada e produzida,
bem como quais são os principais impactos promovidos por
ela. Além disso, também aprendemos que existem outras
modalidades de energia que vão além do que aquelas que
fazem menção à energia elétrica.
No que se refere aos principais tipos de energia elétrica,
podem ser citados: energia de biomassa, energia hídrica,
energia Solar, energia eólica, energia geotérmica, energia
nuclear, energia dos combustíveis fósseis, dentre outros.
Também aprendemos ao longo desta unidade quais são as
principais vantagens e desvantagens atreladas a cada uma
dessas modalidades de energia elétrica.
Vantagens e desvantagens da geração

eólica e fotovoltaica
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos identificar e entender as vantagens

e desvantagens da geração eólica e fotovoltaica. E então?
Motivado para desenvolver esta competência? Então,
vamos lá. Avante!
Impactos decorrentes da energia eólica e

Solar
O impacto ambiental causado pelas turbinas eólicas é pequeno
quando comparado a hidroelétricas e termoelétricas, mas existe. Os
principais impactos são: ruído, interferência eletromagnética, colisão de
pássaros e a limitação do uso do espaço ocupado.
Figura 12 – Turbina eólica
Fonte: Pixabay.
Os geradores eólicos produzem ruídos (especialmente nas pás) que

aumentam de acordo com a velocidade do vento e são impossíveis de
serem eliminados por completo. Esses ruídos se situam abaixo dos níveis
que comprometem a saúde humana, geralmente na casa dos 60 dB. O

ruído aerodinâmico tende a aumentar com a velocidade de rotação
Também pode ocorrer interferência eletromagnética se os

geradores forem instalados em áreas próximas a torres de rádio e
televisão. Se pessoas estiverem morando próximos aos geradores, esta
interferência também pode ser sentida nos aparelhos domésticos.
O principal problema enfrentado pelos aerogeradores é o impacto

que estas fazendas eólicas exercem sobre a população local de pássaros.
Alguns ruídos emitidos por estas turbinas desorientam os pássaros,
fazendo com que eles colidam com as pás.
Alguns estudos também relacionam o movimento das pás à perda

de cores pelos recifes de corais, quando os aerogeradores são instalados
perto do mar. Finalmente, estas turbinas têm enfrentado alguma oposição
quando são instaladas em áreas litorâneas que poderiam ser utilizadas
para o turismo.
Já os painéis fotovoltaicos apresentam um baixíssimo impacto

ambiental durante sua vida útil. Seu principal impacto ambiental é
durante a fabricação das pastilhas, pois alguns métodos de fabricação
de células fotovoltaicas utilizam materiais perigosos, como o seleneto de
hidrogênio e Solventes similares àqueles usados na produção de outros
semicondutores. Os riscos podem ser reduzidos a níveis baixos se técnicas
modernas de minimização e reciclagem de sobras forem empregadas
durante a fabricação.
A destruição de módulos que contêm cádmio ou outros metais

pesados poderia criar danos ao Meio Ambiente, no entanto, os módulos
descartados podem ser reciclados, minimizando os problemas com o seu
descarte.
Vantagens da utilização dos painéis solares

e da energia eólica
As principais vantagens dessas tecnologias são a sua utilização em
áreas antes esquecidas, que não eram rentáveis economicamente, como
os telhados das casas, os estacionamentos, a região semiárida, a região

costeira, ou mesmo o mar
Atualmente, as grandes fazendas de geração fotovoltaica possuem

tecnologias que fazem com que suas placas acompanhem o movimento
do Sol, movimento esse inspirado no girassol. O problema deste avanço
tecnológico é que esta maneira de se instalar os painéis é muito mais cara
que a convencional. A instalação de painéis Solares em estacionamentos
(área que não era aproveitada) traz a vantagem da sombra e de uma renda
para aquela área que antes só servia para guardar carros. Finalmente
existem alguns projetos de instalação de painéis Solares em comunidades
de baixa renda que trazem uma fonte de renda extra para seus moradores.
Figura 13 – Vista aérea de uma fazenda de painéis solares
Fonte: Freepik.
A nova fronteira de instalação dos painéis Solares agora são os rios,

utilizados como reservatórios de hidroelétricas. Pesquisas mostram que
a instalação desses painéis na água aumenta o seu rendimento devido à
temperatura da água ser menor do que a do Solo. Pesquisas envolvendo
a CHESF (Companhia de Energia do Rio São Francisco) já mostram
resultados promissores com o uso desta tecnologia.
Figura 14 – Nova fronteira de instalação de painéis solares – rios utilizados como

reservatórios de hidroelétricas
Fonte: Freepik.
Quanto à energia eólica, as inovações ocorrem na fabricação de pás

que podem se mover em todas as direções. Estas turbinas aumentam a
eficiência de geração de energia elétrica, e existem muitos projetos que
combinam os dois tipos de geração de energia elétrica, ou seja, fazendas
de painéis Solares instaladas juntamente com aerogeradores.
As principais vantagens dessas fontes de energia é que elas são

consideradas a que causam menores impactos ambientais e possuem
uma longa vida útil. Com as mudanças climáticas, as hidroelétricas
passaram a não gerar toda a sua capacidade produtiva devido à falta de
água no seu reservatório, e especialistas começaram a debater sobre o
uso desta água. A água é de vital importância para a manutenção da vida
e seu uso para abastecimento humano, de animais e para a produção de
alimentos, deve ser prioritário, face à sua utilização para a geração de
energia elétrica.
Por esta razão, essas energias renováveis vêm se expandindo,

pois não competem com este líquido tão importante para a manutenção
da vida humana. Mesmo as mudanças climáticas que têm alterado o
clima no planeta são favoráveis a estas matrizes energéticas, porque o

aquecimento global eleva a temperatura do planeta, o que faz com que
a geração fotovoltaica se beneficie, assim como a geração eólica está se
beneficiando das mudanças nos ventos.
As empresas, face à introdução das bandeiras tarifárias e a

dificuldade de se prever o valor da conta de energia anualmente, porque
esta previsão é influenciada pelo índice de chuvas, adotaram a energia
Solar ou eólica como uma estratégia para reduzir o custo da conta de
eletricidade. Estas Soluções têm sido utilizadas cada vez mais desde que
a ANEEL instituiu o Mercado Atacadista de Energia. Este mercado é uma
espécie de bolsa de valores, só que em vez de ações, são negociados
kWh (energia elétrica). Assim, grandes consumidores podem produzir sua
energia elétrica em um lugar e vender essa energia, abatendo, assim, o
valor utilizado por ele em outro local. Esses locais não precisam ficar no
mesmo Estado devido à operação desta bolsa de valores ser feita em
todo o território nacional.
Alguns integrantes desse mercado têm conseguido tarifas muito

vantajosas de fornecimento de energia elétrica ou a venda de sua
geração em condições bem atraentes, ainda mais quando esta energia é
excedente, ou seja, é uma energia que não estava sendo prevista para ser
gerada. Isto é válido quando as condições climáticas ajudam a geração de
energia e o valor da velocidade do vento ou da radiação Solar excede o
previsto. Um exemplo de duas indústrias que utilizam este sistema pode
ser visto no vídeo abaixo.
ACESSE:
O vídeo produzido pela GloboNews mostra duas empresas

alimentadas por energia fotovoltaica e uma empresa por
energia eólica, inclusive sendo com instalação de painel
Solar no Rio Grande do Sul – região que não possui um
índice de radiação Solar máximo como em outras regiões,
por exemplo no Nordeste do país. Assista clicando aqui .
Vantagens e desvantagens da energia solar

fotovoltaica
Diante do exposto, é importante que sejam destacadas quais são
as principais vantagens e desvantagens atreladas ao uso da energia
fotovoltaica, ou seja, a energia que decorre do Sol. Nesse sentido, existem
muitas vantagens relacionadas ao uso da energia fotovoltaica, assim,
algumas das vantagens atreladas a utilização da energia Solar, são:
• A energia Solar não emite sons.
• É uma fonte de energia Solar gratuita.
• É uma forma de energia de fácil instalação e que não requer altos

custos para a sua manutenção.
• Energia Solar alternativa ao petróleo.
• Não é uma fonte poluente, também é renovável, limpa e

sustentável;
• Caracteriza-se por ser um sistema de autogeração mais barato

quando comparado aos demais.
• As placas Solares são resistentes.
• Podem ser usadas nas áreas que são isoladas das redes elétricas.
Já no que se refere às desvantagens, podem ser citadas questões

como:
• É necessário um alto custo para que essa modalidade de energia

seja adquirida.
• Não é capaz de produzir energia durante à noite.
• No Brasil não há incentivos suficientes para que essa modalidade

energética seja implementada com uma maior efetividade e seja
devidamente difundida.
• Sistema antilhamento.
Vantagens, desafios e desvantagens da

energia eólica
O uso da energia eólica é a responsável por implementar diversas
vantagens no campo das energias tradicionais e até quando comparada
com outras modalidades de energias renováveis, verifica-se o quanto o
seu desempenho é importante e como ela é capaz de promover impactos
mais marcantes e indispensáveis para o campo do desenvolvimento.
Figura 15 – Energia eólica
Fonte: Pixabay.
Ainda que a energia eólica não seja compreendida por grande parte
da população, principalmente por aqueles que moram nas proximidades
dos parques eólicos, a sua responsabilidade e a importância acerca do
conhecimento das informações, bem como a sua relevância, não podem
ser deixadas de lado.
A energia eólica apresenta várias vantagens e desvantagens

atreladas às suas funções. Os benefícios são destinados à sociedade
como um todo, bem como para campos específicos, como a criação de
empregos e a dependência de determinados combustíveis fósseis. Entre
as principais vantagens atreladas ao uso dessa modalidade energética, é

preciso que se mencione o aproveitamento energético eólico. Contudo,
nem só de lados positivos está respaldado o uso da energia eólica, tendo
em vista que algumas desvantagens também se relacionam ao uso de tipo
de energia, sendo que os principais, nessa perspectiva, fazem menção ao
uso de grandes aerogeradores, parques e usinas eólicas.
Com a intenção de que possamos entender um pouco melhor o

motivo que torna a energia eólica capaz de promover tais vantagens e
desvantagens, é importante que seja apresentado alguns pontos acerca
da sua história. Nesse sentido, na Grécia, na Roma e em Portugal, o
vento era utilizado com a intenção de que barcos a vela fossem movidos.
Dessa forma, tais barcos eram utilizados no campo do comércio quando
se buscava conquistar certos domínios ou para que ocorresse a devida
exploração dos mares.
Já no que se refere ao século V, a energia derivada do vento passou

a ser utilizada também no âmbito da terra firma. Assim, nos séculos XII
e XIII, surgiram os primeiros moinhos hidráulicos e de vento, que estão
representados na figura e que comumente são relacionados à produção
da energia eólica.
Em um momento posterior, houve um marco tido como fundamental

no campo do sistema industrial durante o século XVI, sendo que a partir
desse momento, o vento passou a ser visto e compreendido como uma
fonte importante de produção de energia.
Muitas são as vantagens da energia eólica e elas podem estar

relacionadas a aspectos específicos. Nesse contexto, as vantagens
destinadas para a sociedade em geral envolvem os seguintes pontos:
• É uma fonte de energia inesgotável.
• Não emite gases poluentes.
• Não produz resíduos que promovem impactos para o Meio

Ambiente;
• São responsáveis por diminuir a emissão de gases relativos ao

efeito estufa.
Já as vantagens destinadas para as comunidades nos quais os

parques eólicos estão inseridos, englobam questões como:
• Geram empregos.
• Os parques eólicos são compatíveis com a utilização presente

em outros terrenos, como é o caso da agricultura e da criação de
animais.
• Promovem e incentivam os investimentos em zonas que são tidas

como desfavorecidas.
• Promovem benefícios financeiros relativos tanto aos proprietários

quanto às zonas camarárias.
No que se refere às vantagens destinadas aos governos, menciona-

se o seguinte:
• Promove a redução da dependência energética no âmbito exterior,

sendo que essa realidade deixa clara a relação de dependência
firmada com o consumo dos combustíveis fósseis.
• Gera contribuições para a cota de gases do efeito estufa.
• É considerada como uma fonte barata de energia quando

comparada às fontes renováveis e não renováveis.
Quanto às vantagens relativas aos promotores, estão:
• Geram uma excelente rentabilidade e retorno no âmbito dos

investimentos.
• Não necessitam de combustível e quase nunca precisam de

manutenção, tendo em vista que a sua revisão só precisa ser
realizada a cada seis meses.
Por fim, como nem só de coisas boas a energia eólica é gerada,

também existem aspectos negativos e desvantagens relacionadas a essa
modalidade de energia. Alguns exemplos dessas desvantagens e que
merecem ser citadas são:
• O vento é uma força da natureza e nem sempre sopra o suficiente

para que seja gerada a energia da qual se necessita;
• Causam impactos visuais e modificam a paisagem de forma

marcante;
• Afetam as aves que voam sobre os locais;
• Geram impactos sonoros.
RESUMINDO:
Ao longo deste capítulo, pudemos refletir que cada

modalidade de energia elétrica possui vantagens e
desvantagens, sendo que cada uma delas estão atreladas
ao seu funcionamento. Diante disso, a energia eólica é de
extrema importância no Brasil, já que esse país apresenta
condições propícias para a presença dessa modalidade de
energia; contudo, ainda que ela apresente várias vantagens,
não são apenas os pontos positivos que estão atrelados à
sua utilização, havendo, também, desvantagens.
Já quanto à energia Solar, destaca-se que essa também é
uma modalidade de energia renovável capaz de promover
impactos e avanços importantes em um país tropical no
Brasil; contudo; ainda que existam inúmeras vantagens
vinculadas à sua utilização, existem muitas residências e
estabelecimentos comerciais que não fazem uso dessa
modalidade energética, pois mesmo proporcionando
redução nas contas de luz a longo prazo, a aquisição dos
painéis é cara e não é acessível para grande parte da
população.
REFERÊNCIAS
BALFOUR, J.; SHAW. M.; NASH, N. B. Introdução ao projeto de
sistemas fotovoltaicos. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
EXPÓSITO GÓMEZ, A., CONEJO, A. J.; CAÑIZARES, C. Sistemas de

energia elétrica: análise e operação. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
REIS, L. B. Geração de energia elétrica. 3. ed. São Paulo: Editora

Manole, 2017.
STEVENSON JR., W. D. Elementos de análise de sistemas de

potência. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.
ZANETTA JR, L. C. Fundamentos de sistemas elétricos de

potência. 1. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2005.

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Energias

Aspectos gerais da energia eólica.............................................................................................................13

Aplicação e classificação das turbinas eólicas............................................................................. 19

Aspectos gerais sobre a energia fotovoltaica................................................................................ 22

Requisitos para a instalação de um painel Solar........................................................................26

A corrida espacial impulsionou o mercado de painéis Solares...................................28

Vantagens e desvantagens da energia elétrica..........................................................................35

Vantagens e desvantagens da geração eólica e fotovoltaica.. 41

Vantagens da utilização dos painéis Solares e da energia eólica.............................42

Vantagens e desvantagens da energia Solar fotovoltaica................................................46

Vantagens, desafios e desvantagens da energia eólica.....................................................47

O Brasil é um dos melhores países do mundo para a instalação de

1. Identificar e entender o funcionamento da geração de energia

2. Identificar e entender o funcionamento da geração de energia

3. Explicar as vantagens e desvantagens de cada sistema de geração

4. Identificar e entender as vantagens e desvantagens da geração

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao

Geração de energia eólica

Neste capítulo, vamos entender a importância da obtenção

História da energia eólica

Assim, a energia elétrica se fez presente em diversos momentos

Nesse contexto, até o momento as únicas máquinas voltadas para a

No final do século XVIII, as turbinas eólicas passaram por atualizações

Um outro marco importante para a história da energia eólica foi

Em 1931, na Rússia, surgiram aerogeradores caracterizados pelo

Por volta de 1897 a 1904, foram criadas cerca de 70 turbinas que

Os avanços não pararam por aí. Em 1927 foi desenvolvida a turbina

Ainda que as grandes guerras tragam diversos impactos negativos

Em 1941 foi desenvolvido um projeto de construção do maior

Aspectos gerais da energia eólica

A energia eólica consiste na energia cinética contida nos

No cenário energético atual, a utilização da energia eólica para

Figura 3 – Evolução da potência unitária das turbinas eólicas

Fonte: DEWI (on-line apud E-DISCIPLINAS USP, 2017).

A geração de energia, a partir da matriz eólica, é feita através da

A instalação desses sistemas depende basicamente da velocidade

A potência disponível para aproveitamento energético dos ventos

Como em todo projeto de engenharia, e mais especificamente

Como as turbinas eólicas em operação comercial são instaladas no

O conhecimento da velocidade média do vento é fundamental

Os documentos que apresentam resultados dos levantamentos de

Figura 4 – Velocidade média anual do vento a 50 m de altura

Fonte: Feitosa et. al. (2003 apud ANEEL, 2005).

Os principais componentes de um aerogerador de eixo horizontal

• Rotor – constando das pás e do suporte (cubo) em que estas são

• Trem de acionamento – contém as outras partes rotativas da turbina,

• Nacele e sua base – compartimento no qual estão alojados os

Figura 5 – Esquema de uma turbina eólica moderna

Fonte: CBE/UFPE (2000 apud ANEEL, 2005).

Aplicação e classificação das turbinas

Existem também os sistemas eólicos conectados à rede que se

Os sistemas eólicos também se classificam em:

Tamanho Potência instalada (kW)

Médio De 100 a 1.000

Grande > 1.000

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

O maior problema enfrentado pela geração de energia através do

Em algumas regiões, como Fernando de Noronha e Rio Grande do

vistos no Nordeste, só são registrados normalmente por um seleto grupo

Em 2019, chegamos a ter 85% da energia consumida no Nordeste

O Brasil possui muitas fábricas de aerogeradores; você já pode

Ao longo do presente capítulo, vimos que a energia é um

Neste capítulo, vamos entender o funcionamento da

História da energia solar