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Fundamentos da

Construção Civil
Unidade 1
A História da Construção Civil
e os Órgãos Competentes
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
GISELE MEDINA
AUTORIA
Gisele Medina
Olá! Meu nome é Gisele Medina. Sou formada na área de Construção
Civil e pós-graduada nas áreas de Educação e Meio Ambiente, com
experiência técnico-profissional de mais de 13 anos na área de educação.
Atuei em empresas como a Secretária de Educação do Estado do Paraná
e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, entre outras instituições
de ensino. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões.
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de se apresentar um
de uma nova novo conceito;
competência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando necessária as observações
observações ou escritas tiveram que
complementações ser priorizadas para
para o seu você;
conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a
bibliográficas necessidade de
e links para chamar a atenção
aprofundamento do sobre algo a ser
seu conhecimento; refletido ou discutido
sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando uma
atividade de competência for
autoaprendizagem concluída e questões
for aplicada; forem explicadas;
SUMÁRIO
A construção civil e sua história ........................................................... 12

A origem das cidades no contexto pré-histórico e histórico........................... 12

Atributos construtivos de edifícios arcaicos............................................. 15

Metodologias construtivas do período colonial..................................... 21

A construção civil na atualidade........................................................... 24

Um panorama da indústria da construção civil.........................................................24

A ausência de informes exatos e apropriados na indústria da construção

civil..............................................................................................................................................................26

Excesso de informações no setor da construção civil.........................................28

Tecnologia da informação no setor da construção civil..................................... 30

Óticas para novas utilizações da TI no setor da construção civil.................34

Impactos econômicos da construção civil........................................36

O setor da construção civil como instrumento do avanço na economia

do nosso país..................................................................................................................................... 36

Instituicões e órgãos reguladores da construção civil ...............48

Uma rápida releitura: a liderança estatal monárquica e capitalista com

relação à comunidade civil profissional ........................................................................ 48


Ocupações e trabalhadores no alvo da vigilância: a ocorrência da vivência

brasileira com o CREA e outros órgãos de supervisionamento da atuação

profissional............................................................................................................................................ 50

Determinadas observações integrais sobre a aparência estrutural do


CREA na nação profissional de nosso país....................................................................52

Caráter histórico.............................................................................................................52

Princípios legais ............................................................................................................53

Descrição essencial.....................................................................................................54

Prerrogativas.....................................................................................................................55

Comprometimentos éticos................................................................................... 56

Formação organizacional........................................................................................57
Fundamentos da Construção Civil 9

01
UNIDADE
10 Fundamentos da Construção Civil

INTRODUÇÃO
Aqui vamos conhecer um pouco da história da indústria da
construção civil brasileira e de alguns outros países que consideramos
interessante relatarmos em nosso estudo. Esse setor é crucial na vida de
todas as pessoas, pois é por meio dele que acontece o desenvolvimento
das edificações nas cidades. É necessário conhecer as exigências e a
competitividade do ramo da construção civil no mercado e nesta unidade
a preocupação é com as inovações tecnológicas voltadas para o sistema
de informação. Este, por sua vez, viabiliza, por meio da automação, a
melhoria nos processos administrativos e executivos, quando estes
dizem respeito aos desenhos ou até mesmo à gestão dos negócios das
construtoras de obras. Vamos compreender que, mesmo com os altos e
baixos da economia em nosso país, a influência da área da construção civil
para a cadeia produtiva industrial e também na criação de empregos são
bastante significativas. Iremos entender alguns dos motivos pelos quais
o setor de construção carrega um importante papel no crescimento do
nosso Brasil, além de perceber a contribuição dos órgãos fiscalizadores
para manter a qualidade e a segurança nas obras de construção civil.
Entre essas instituições, mais particularmente o CREA é responsável por
evitar que os exercícios das profissões tecnológicas sejam praticados de
forma ilegal. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar
neste universo!
Fundamentos da Construção Civil 11

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:

1. Compreender a história das edificações no mundo com maior


ênfase no Brasil;

2. Investigar o cenário atual e global da construção civil;

3. Perceber a importância da construção civil para a economia do


país;

4. Assimilar as competências das instituições e dos órgãos envolvidos


na área da construção civil.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
12 Fundamentos da Construção Civil

A construção civil e sua história


OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de entender um


pouco da evolução histórica da indústria da construção civil
com relação a algumas técnicas construtivas que foram se
modificando ao longo dos anos. E, então? Motivado(a) para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

Figura 1: História da construção civil

Fonte – Pixabay, 2020.

A origem das cidades no contexto pré-


-histórico e histórico
De acordo com Abiko et al. (1995), os estudos apontam que o
homem surgiu na terra há alguns milhões de anos e por um significativo
período esteve em busca de seu alimento e de um abrigo no meio
ambiente. A obrigação de proteção, convivência, troca e, especialmente,
da incapacidade de o povoamento subsistir desprovido de alimento
Fundamentos da Construção Civil 13

direcionou esses povoamentos a sair da fase de nomadismo para o


estabelecimento em regiões específicas.

Para os autores, por volta de quatro mil anos antes de Cristo, iniciou-
se a formação dos primeiros grupos de pessoas, com aspectos de cidade.
A ampliação da população foi modificando os primitivos lugares em
cidades e, dessa maneira, ocasionando transformações da organização
da sociedade da época.

Os autores apontam que estudos arqueológicos verificaram que em


determinadas regiões do Oriente Médio as casas pareciam-se umas com
as outras e eram rentes entre si, possuindo um segmento principal com
área de aproximadamente 24 metros quadrados. Essas edificações não
dispunham de portas para o lado de fora na altura do solo, “uma escada
de mão passada através da abertura para a sala em baixo permitindo o
acesso a casa” (ABIKO et al., 1995, p. 6).

Os autores salientam que a cidade da Babilônia tinha a configuração


de um enorme retângulo com 2.500 metros de comprimento por 1.500
metros de largura rodeado por muralhas. A proporcionalidade geométrica
fazia parte da cidade como um todo, ou seja, as edificações habitacionais,
as ruas e os muros, os prédios localizados naquela região eram de três e
até quatro pavimentos.

Os autores comentam que nas cidades cretenses foram construídos


alguns palácios. Os logradouros dessas cidades eram estreitos, porém
pavimentados. Ao se tratar das cidades micênicas, os autores informam
que estas dispunham de grandes muros protetivos, executados em
alvenaria de pedra ciclópica, enquanto que as demais edificações
possuíam construções básicas e perecíveis.

Os autores também discorrem sobre as cidades do período


clássico e expressam que os logradouros eram extremamente afunilados,
permitindo somente a circulação de pessoas e animais cargueiros. Os
logradouros mais relevantes tinham no máximo cinco metros e eram
ligados por ruas com dimensões menores, algumas vezes por escadas de
aproximadamente três metros de largura.
14 Fundamentos da Construção Civil

Para os autores, o povo de Roma, bastante habilidoso, foi capaz de


se utilizarem das técnicas construtivas da época, manuseando materiais
de construção, como blocos cerâmicos e argamassa para levantar a fiada
de alvenaria que constituía os muros e outras partes das edificações. E,
ainda, conceberam inovações nas técnicas construtivas, como o arco e a
abóbada. Refinaram os processos de engenharia com obra de pequeno
e grande portes.

Os autores relatam que a organização viária dos romanos chegou


a ter uma extensão de quase cem quilômetros, constituídos por ruas
sinuosas, frequentemente afuniladas. Existiam as itinera, onde trafegavam
apenas os pedestres; as actus, onde trafegava somente um carro por vez;
e as viae, em que dois automóveis conseguiam se cruzar e até mesmo
realizar a ultrapassagem.

Para os autores, conforme a Lei das Doze Tábuas, as denominadas


viaes não podiam ultrapassar a largura de 4,80 metros. E, para algumas
determinadas situações, poderiam chegar a seis metros e meio. Para o
restante da cidade, a lei estabelecia que os logradouros deveriam ter no
mínimo 2,90 metros, para que as edificações habitacionais pudessem
dispor de “balcões” no pavimento superior.

Ao se tratar de pavimentação, os autores salientam que a via é


constituída de um calçamento de cascalho batido revestido com saibro
e pedregulhos. Nas regiões que apresentassem mais irregularidades
no relevo, cortavam-se as rochas, no intuito da via apresentar-se mais
planificada. O transporte do fluxo de água necessitava de construções de
pontes feitas de pedra ou até mesmo de madeira.

No que diz respeito às residências, os autores enfatizam que


elas se resumiam em duas categorias: domus e insulae. O primeiro tipo
era normalmente de um só pavimento, designado a acomodar uma
família e seus subalternos. O segundo tipo, as insulaes, constituía-se de
prédios coletivos que possuíam diversos pavimentos segmentados em
apartamentos de locação e tinham até 7 pavimentos.

Sobre a cidade medieval, os autores abordam que esta apresentava


um significativo atributo relativo às suas características físicas. Por precisar
Fundamentos da Construção Civil 15

se defender, a cidade ficava normalmente localizada em colinas ou


próximo a rios. Dessa maneira, com uma topografia não muito regular, o
arruamento ficava bem comprometido. Os logradouros mais relevantes
eram os que tinham início no centro e transcorriam de forma radial para
outros locais.

Atributos construtivos de edifícios arcaicos


Segundo Andrade (2011), são conceituados como edifícios arcaicos
aqueles que foram edificados antes de 1945, anteriores às obras de
betão e armadura. É de se alegar que os edifícios, indiferentemente de
sua tipologia, têm pelo menos cinquenta anos, retratando processos
construtivos convencionais e materiais que foram deixando de existir. O
autor enfatiza que é provável aferir, ao longo do tempo, a continuidade de
paradigmas básicos na construção de edifícios, alinhados na utilização de
uma pequena especificidade de materiais predominantemente naturais e
alguns modificados.

Para o autor, ao se tratar das fundações dos edifícios antigos, são


basicamente de três categorias: fundações em linha reta, fundações
semidiretas e fundações indiretas. A pavimentação térrea dos edifícios
arcaicos era bastante simples: basicamente de terra batida e, muito
raramente, pedra. Os pavimentos não térreos eram executados
normalmente em madeira. Para os edifícios considerados mais nobres, as
construções de abóbadas e as obras em arcos utilizando alvenaria de pedra
solucionavam os possíveis problemas trazidos pela umidade da madeira.
Nas obras militares e de igrejas, faziam parte dos materiais de construção
as pedras talhadas e alguns itens cerâmicos, acomodados de maneira
simetricamente adequada. Quando as pedras não possuíam geometrias
regulares, utilizavam argamassa na intenção de melhoria da estrutura.
Porém, esse recurso tinha restrições com relação à indispensabilidade do
uso de formas bastante complexas.

O autor relata que os tipos de madeira mais empregados nos


pavimentos dos edifícios antigos nas cidades de Portugal eram: castanho,
choupo, cedro e carvalho. Para as obras em edifícios considerados
importantes, as madeiras vinham do Brasil e da Índia. O madeiramento
16 Fundamentos da Construção Civil

estrutural era sistematizado basicamente dispondo as vigas de forma


paralela, atentando-se para o vão de aproximadamente trinta centímetros
entre elas. O padrão de espaço entre as vigas precisaria ser idêntico ao da
espessura das vigas. Porém, essa metodologia foi deixando de existir com
vigamentos mais e mais ajustados.

O autor frisa que as estruturas das pavimentações ficavam


alicerçadas às paredes de melhor resistência dos edifícios, por ancoragem
de gatos metálicos ou por meio de reentrância entre as vigas e as paredes.
O uso de suportes estruturais e métodos de encaixe básico das vigas em
paredes de boas resistências era padrão da diminuição de exigência nas
obras executadas no final do século XIX.

O autor evidencia que, na região superior, as vigas eram


disponibilizadas com ângulo de noventa graus às tábuas de soalho. Na
região inferior, era posicionada uma ripa em madeira com estuque. No
início do século XX, apareceram os pavimentos mistos, que já tinham
em sua estrutura a utilização de metais como o ferro. Esse tipo de
pavimentação era usado normalmente em áreas úmidas das edificações.

O autor também discorre sobre as paredes dos edifícios arcaicos,


que eram feitas em alvenaria, cantaria ou tabiques. Os dois primeiros tipos
apresentavam melhor resistência, enquanto que os tabiques, devido à sua
fragilidade, eram empregados somente no interior das edificações.

Mesmo que todas as paredes em uma edificação tivessem a


necessidade em acatar determinadas exigências no quesito de estrutura,
somente algumas delas tinham garantia estrutural considerável. Dessa
maneira, são denominadas paredes resistentes da edificação – as quais
demonstram como fator intrínseco a sua resistência, as cargas advindas
da natureza tanto nas direções verticais como nas horizontais. Essas
paredes são conhecidas como principais.

O autor informa que as paredes principais dos edifícios arcaicos


normalmente retratam maior espessura se comparadas a outros tipos
de paredes e, ainda, que eram constituídas por diversos materiais,
considerados elementos inflexíveis e consistentes.
Fundamentos da Construção Civil 17

Independentemente de seu dimensionamento e peso, as paredes


principais possuem uma resistência bastante baixa em relação a forças
de tracionamentos e de corte. A sua avantajada espessura, que se
legitima pela potência estabilizadora correspondente à largura e ao peso
da parede, confirma uma adequada resistência às cargas horizontais
de deslizamentos, minimizando as ameaças de instabilidade por
encurvamento. Outra situação que favorece é a ampla espessura, que
concede maior garantia de segurança contra os ventos e até mesmo as
chuvas, que têm maior privação ao entrar em contato com as regiões
interiores das edificações.

O autor informa que, nos edifícios arcaicos localizados em grande


parte da região de Portugal, as paredes com boa resistência expõem
alternâncias especialmente nos materiais da sua composição, que
estavam sujeitos à disponibilidade nas áreas de construção. A oferta de
matérias-primas supunha que as diferenças estivessem na possibilidade
de ser regional ou local.

Essa preponderância regional pode ser observada na organização


geográfica das alvenarias de pedra local, como são denominadas as
hegemonias de pedras nas distintas regiões do país. Na composição
dessas paredes, havia a possibilidade de serem empregues pedras
emparelhadas, talhadas ou, ainda, uma composição de pedras disformes
misturadas com argamassa. Havia, inclusive, a possibilidade da utilização
com elementos de madeira, como era o caso das paredes de fachadas do
período reinado por Marquês de Pombal.

O autor informa que nas áreas rurais de Portugal as paredes eram


feitas em taipa ou adobe. Para a realização dessa técnica, era necessária a
disponibilização de terra molhada e pedras coesas no meio de duas taipas
de madeira, que, após um determinado tempo, eram retiradas e assim
se concebia uma parede integrada por esses elementos. Na execução
da técnica adobe, as paredes eram criadas a partir de blocos de barro,
modelados por meio de um procedimento artesanal com a secagem
diretamente ao sol. Essas metodologias eram normalmente aplicadas
em locais ao sul do Rio Tejo, já que não eram úmidas, mas, sim bastante
quentes.
18 Fundamentos da Construção Civil

Para o autor, as paredes denominadas como mestras dos edifícios


arcaicos retratam insignificantes mudanças na perspectiva construtiva
ao longo do tempo, sinalizando-se somente a ocorrência de uma
regularizada diminuição de sua espessura ao longo dos séculos. Esse
fato deveu-se especialmente a duas situações fundamentais: o avanço
técnico e científico, que viabilizou um melhoramento quanto ao domínio
das ciências dos materiais; e a demanda do tempo de execução das
edificações, minimizando as quantias de materiais para o controle de
gastos do construtor. Esse cenário se completa com os processos
construtivos dos “gaioleiros”, do começo do Século XX, no qual se observa
uma ampla degradação dos métodos construtivos na concepção das
paredes consideradas resistentes.

Com relação às paredes de compartimentação, o autor enfatiza


que nos edifícios arcaicos estas possuíam frequentemente uma função
relevante no entrave generalizado das estruturas, realizando-se, por
meio dessas paredes, a conexão entre paredes-mestras, pavimentação
e cobertura. Contudo, serão denominadas paredes de compartimentação
somente as que têm a função de divisão de ambientes internos na
edificação, livre de qualquer consideração pela sua capacidade estrutural.

Esses tipos de paredes exibem inclusive uma enorme


heterogeneidade de soluções, sendo reconhecido um determinado
domínio regional ou local de algumas soluções, enfaticamente ligadas à
disponibilidade de alguns materiais. Nesse sentido, as obras de paredes
edificadas com as técnicas de taipa ou adobe são os exemplos. Entretanto,
encontram-se soluções em uso, com algumas modificações no país como
um todo. Estas possuem potencial de serem classificadas de domínio
nacional, como é o fato dos tabiques de madeira, arranjados pela fixação
de uma ripa sobre tábuas dispostas ao alto, sendo o composto coberto
com terra úmida ou preparo de argamassa de cal e saibro.

O autor enfatiza que os tabiques em madeira construídos no


período pombalino eram paredes que mostravam ótimo funcionamento,
já que estavam conectadas à gaiola pombalina e também aos pavimentos
do edifício. Todavia, após o Século XIX, a alvenaria de blocos cerâmicos
Fundamentos da Construção Civil 19

entrou no lugar da madeira, mais viável financeiramente e mais prática


para a execução das edificações de alvenaria.

Para o autor, as estruturas de cobertura, bem como ocorre com os


pavimentos, denotam um significativo número de soluções ao se tratar
de geometria, configuração e materiais estruturais. Quando o assunto é o
formato, nas coberturas dos edifícios eram empregues formas inclinadas,
curvas ou planas, mas, as de destaque eram as inclinadas. As edificações
religiosas normalmente tinham coberturas curvas.

O autor salienta que, nas coberturas em terraço, o uso de pedra e


blocos cerâmicos em formatos de arcos prevalecia se comparado ao de
estruturas em madeira, ainda que nesta circunstância os problemas de
garantir a estanqueidade das coberturas fossem maiores em comparação
às estruturas inclinadas. Por isso, era fundamental um material com
melhor desempenho em contato com a água.

O autor comenta que, nas coberturas inclinadas, ocorre o oposto,


prevalecendo o uso de estrutura em madeira com proteção em telha de
material cerâmico. Nessa circunstância, a estrutura em madeira tinha uma
inclinação que mudava conforme a localização do edifício. O tipo de uso
dispunha sempre de adequada estanqueidade ao acesso de água, tendo
em vista que a típica inclinação viabilizava essa situação. Para a execução
desse tipo de cobertura, quando comparado à execução do de pedra, era
mais rápida. Desse modo, favorecia o edifício. O aspecto e a composição
da estrutura em madeira eram variáveis conforme o tamanho do edifício,
a pendente da cobertura e as chances de serventia dos sótãos na aresta
inclinada do telhado.

Segundo o autor, as escadas dos edifícios arcaicos eram


normalmente de madeira. Porém, eram encontradas mais raramente
escadas de pedras ou de metal. Após o Século XVII, percebe-se um
progresso nítido da relevância das escadas, com uma ampliação do local
envolvido por esse elemento.

Nos edifícios mais arcaicos, as escadas eram frequentemente de


tiro, em um só lance entre pavimentos e de mínima largura, com uma
inclinação bastante evidente e pontual, geralmente, rente a uma das
20 Fundamentos da Construção Civil

paredes da edificação. Essas escadas não dispunham de confortabilidade,


já que os espelhos tinham aproximadamente vinte centímetros, e eram
encontradas somente em edificações com pé direito bastante reduzido. Às
vezes, tirava-se proveito dos declives nos logradouros para a configuração
das escadas sem a dependência de circulação aos pisos de habitação de
modo que existiam mais de um acesso ao edifício.

Com a ampliação do pé direito das edificações relacionada à higiene


das habitações e à conscientização da relevância da confortabilidade
das escadas, esses elementos construtivos receberam destaque e
dimensão. No início do Século XVIII, banalizaram-se as escadas com dois
lances, com maiores patamares e que dispunham de larguras maiores
do que um metro. O posicionamento específico da escada foi alterado,
localizando-se perto do ponto central da edificação. Esse posicionamento
se fundamentava na popularização das edificações em lotes com face
frontal ampla e na busca de um paralelismo estrutural proveitoso para os
edifícios.

As escadas executadas em pedras eram usadas geralmente em


áreas externas das edificações ou locais que possuíam ligação com o
pavimento térreo, de maneira a afastar qualquer tipo de problema com
relação à umidade. As escadas constituídas de materiais metálicos eram
usadas no fim do Século XIX, normalmente com estruturas de forma
básica, compostas por colunas com formatos de cilindros, vigas I ou T
e níveis de placa xadrez. Costumeiramente, referem-se a escadas de
serviço, instaladas normalmente no lado de trás da fachada do edifício.

O autor enfatiza que os revestimentos das paredes do lado de fora


dos edifícios arcaicos eram normalmente executados com argamassa
de areia e cal e logo após fazia-se um acabamento utilizando a cal para
realizar a pintura. Outra alternativa eram os azulejos, que tinham duas
funções: decorativa e protetiva. Inclusive, uma das maneiras de empregar
os azulejos era em áreas no interior das edificações, mais precisamente
nas cozinhas e banheiros. Nos lados exteriores dos edifícios “gaioleiros”,
principalmente na frente, a execução do revestimento se dava por
um sistema construtivo, onde eram utilizadas pedras talhadas que
embelezavam aquelas edificações. Por dentro dos edifícios arcaicos, tanto
Fundamentos da Construção Civil 21

nas paredes como nos tetos, o material de prioridade era o estuque como
alternativa de revestimento, já que era considerado mais barato quando
comparado a outros com a mesma finalidade, e, além disso, a aparência
de pedras naturais ou até mesmo de madeiramento considerados nobres
se tornava bastante atrativa no ponto de vista construtivo.

Metodologias construtivas do período colonial


A alvenaria é uma técnica de confecção de muros
utilizando tijolos, lajotas ou pedras de mão, aglutinados
entre si por meio de uma argamassa. No período do Brasil
colonial as argamassas mais utilizadas eram de cal e areia
ou de barro. (COLIN, 2010, p. 58)

Colin (2010) salienta que várias edificações consideradas de grande


importância foram executadas completamente em adobe, caso da Igreja
de Nossa Senhora do Rosário de Santa Rita Durão, em Minas Gerais.

Ele afirma que, a datar do Século XVII, o bloco cerâmico era


frequentemente utilizado no estado da Bahia e, no ano de 1711, foi
constatada a existência de uma olaria na cidade de Ouro Preto. A
inconstância de condições, todavia, destinava grande parte da fabricação
das olarias para a produção de telhas, enquanto que as alvenarias
executadas com blocos cerâmicos, os popularmente chamados de
“tijolos”, vão ser comumente utilizadas no Século XIX. Nós séculos
posteriores, são substituídos pelo processo construtivo com taipa, que
nada mais é do que o resultado da compressão da terra em formato de
madeira. Outras alternativas empregues na alvenaria eram as de pedra
e as de adobe. Este era uma mistura de barro e palha ou até mesmo
outros tipos de fibras naturais. O autor informa que foram encontradas
fileiras horizontais de tijolos junto com fragmentos rochosos em paredões
de pedra e cal.

Para o autor, a pedra era o elemento construtivo que confirmava a


capacidade de resistência, motivo porque era aproveitada nas fortificações,
em imensos ambientes religiosos e nas edificações oficiais. No começo da
colonização, mais precisamente nos anos de 1535, na cidade de Olinda,
foi construída a primeira casa forte do Brasil, conhecida como Torre
Duarte Coelho. Foi o processo construtivo predileto das igrejas da cidade
22 Fundamentos da Construção Civil

de Ouro Preto. Já no estado do Rio de Janeiro, as pedras empregadas nas


construções eram as de calcário dolomítico, as de arenito ou as de pedras
de rio, e também as rochas de granitos, na região de Minas Gerais. Para as
edificações, era utilizado um tipo de rocha de esteatita, conhecida como
pedra-sabão. A mistura de cal e areia era a constituição das argamassas,
que apresentavam melhor resistência quando comparadas ao barro.
O dimensionamento das pedras era de aproximadamente 40 cm, sem
nenhum tipo de acabamento.

O autor relata que o processo construtivo denominado taipa de


pilão foi o mais difundido nas edificações coloniais do nosso país devido
à grande quantidade de matéria-prima disponível no Brasil – o barro
de coloração avermelhada consistia na simplicidade de execução, na
conveniente durabilidade e nas adequadas garantias de proteção que
possui quando conservado apropriadamente. É um método bastante
executado em Portugal, na Espanha e em algumas regiões da África.

O autor enfatiza que o procedimento consistia em esmagar com


um pilão o barreiro disponibilizado em moldes de madeiras, as taipas,
de forma similar aos moldes de concreto usados nos dias atuais. As
taipas possuem apenas os itens laterais e são sustentadas por tábuas e
elementos de madeira, ligados por meio de cunhas na parte inferior e de
um torniquete na parte superior. Seu dimensionamento gira em torno de
1 metro de altura e, nas laterais, têm aproximadamente 3,5 metros, com
espessura final da parede de no máximo 1 metro.
Fundamentos da Construção Civil 23

RESUMINDO

E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a
história da construção civil relata que se deu pouca atenção
à qualidade dos materiais e aos processos construtivos das
edificações arcaicas, assim denominadas em nosso estudo
como as datadas de antes da Segunda Guerra Mundial,
o que lhes conferiu uma qualidade edificada diminuída.
Alguns autores que fizeram parte das nossas investigações
de obras antigas da construção civil enfatizam que várias
delas estão em progressivo estado de deterioração. Outras,
ainda que apresentem uma boa condição de preservação,
estão comprometidas por sua fragilidade estrutural ou
retratam uma resistência menor por sofrerem inapropriadas
interferências em suas estruturas no decorrer de sua
existência. A análise da descrição deste capítulo apontou
que os processos construtivos executados nas edificações
antigas demonstraram que não existe diferença nessas
metodologias de construção, inclusive no âmbito físico.
24 Fundamentos da Construção Civil

A construção civil na atualidade


OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender,


com nossa abordagem, a importância do trato do fluxo
dos informes no setor da construção civil, para um melhor
resultado das organizações da área da construção. Também
compreenderá a utilização acentuada de informações
nos procedimentos e o impasse para ter potencial na
implantação de inovações tecnológicas na indústria da
construção. E, então? Motivado(a) para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!

Figura 2: Construção Civil

Fonte – Pixabay, 2020.

Um panorama da indústria da construção


civil
De acordo com Toledo et al. (2000), percebem-se expressivas
transformações na área da construção civil. As organizações vêm aderindo
a diversos avanços tecnológicos e algumas delas os estabelecem como
Fundamentos da Construção Civil 25

uma tática competitiva. Mas, por causa das ameaças e incertezas inerentes
aos avanços tecnológicos não serem admissíveis para grande parte do
campo, somente após ser estabelecida é que uma inovação passa a ser
utilizada por um número considerável de organizações.

Toledo et al. (2000) abordam inclusive que a característica


pluridisciplinar dos projetos e a dependência da evolução de recentes
insumos e equipamentos para a produtividade instituem outros
empecilhos à adesão a novidades. Para os autores, a definição das
características da indústria da construção civil como clássica em nosso
país se atribui especialmente à conjuntura de que, até o fim dos anos
de 1970, ela obteve bastante aplicação de capital pelo governo. Este não
tinha qualquer projeto que envolvesse qualidade para o ramo, fazendo
com que diversas organizações não buscassem avanços tecnológicos.
Outro elemento fundamental és avanço do ramo no passar do tempo.

Conforme Melhado (2001), essa circunstância é complicada devido


ao caso de a mão de obra ser iletrada, apresentando-se menos preparada
e muito pouco qualificada ao ser comparada com a da indústria de
transformação. Isso atrapalha a efetivação de avanços em níveis simples.
Entretanto, ainda nas hierarquias superiores, habituou-se a assumir
estratégias administrativas desatualizadas. Embora tenham ocorrido
algumas transformações nos últimos tempos, a categoria ainda não pode
se assemelhar ao nível de eficácia, produção e qualidade das demais
áreas da indústria.

Na concepção de Nascimento e Santos (2003), ultimamente o setor


da construção civil teve diversas intervenções da economia do governo,
bem como em alguns momentos o que era do poder do estado passou
para o domínio de empresas privadas. As consequências da globalização
foram a redução da interferência do Estado na atividade de compra e
venda; a troca de moeda; o acréscimo da taxa de juros; a imposição do
governo aos planejamentos e implantações de programas de qualidade;
o crescimento da competitividade; a redução das ameaças nos capitais
financeiros; e a redução da lucratividade das organizações.

Lantelme (1994) enfatiza que não existem dados históricos de


produção no ramo da construção civil no Brasil, já que apenas no ano
26 Fundamentos da Construção Civil

de 1990 apareceram investigações relevantes para a conceituação de


tais dados. O autor relata que, no contexto dos anos de 1960 até os anos
2000 no Estados Unidos, o índice de produtividade industrial teve um
crescimento de 100% enquanto que, no da construção civil, o crescimento
desse índice foi insignificante. Tendo em vista que as inovações e as
técnicas construtivas praticado naquela região viabilizam a produtividade,
é de se prever que a o cenário brasileiro seja semelhante ou inferior
àquele e que em nosso país a área inclusive prossiga menos eficiente em
comparação com as outras áreas da indústria no geral.

De acordo com Nascimento e Santos (2003), as maiores


transformações ocasionadas no setor da construção civil em nosso país
datam do final da década de 1950 e início dos anos 1960 com a construção
de Brasília. Nesse espaço de tempo, ocorreram dois auges: o programa
de governo de Kubitschek 50 anos de progresso em 5 anos de realização;
e o “milagre econômico”, que se refere ao crescimento da economia
brasileira entre os anos de 1968 e 1973. Após a década de oitenta, o ramo
da construção civil enfrentou uma enorme estagnação que, de certa
maneira, segue até os dias atuais.

A ausência de informes exatos e apropriados


na indústria da construção civil
Segundo Nascimento e Santos (2003), a informação é um “insumo”
para as organizações na era da informação. E elemento fundamental
para a concepção de documentos, realização de atividades e criação
de vigentes discernimentos. No setor da construção, o trato do fluxo
de ideias entre os diversos intermediários pluridisciplinares inclusos na
totalidade do procedimento é um dos itens complicados para o êxito de
um empreendimento.

De acordo com Schmitt (1993), a inexistência de referências na


produção de declarações escritas comprobatórias tecnicamente de
projeto retrata uma preocupante situação na aquisição de melhor
produção e qualidade na área. Para Soibelman e Caldas (2001), no
momento em que uma volumosa quantidade de ideias está se difundindo
Fundamentos da Construção Civil 27

entre os integrantes de um projeto, é relevante assegurar-se de que essas


ideias se constituam claras e pertinentes.

Conforme Tzortzopoulos (1999), no decorrer dos processos,


vários processos decisórios fundamentais deixam de ser tomados
apropriadamente por privação de tempo ou mesmo o ato de pressionar
do mercado. De acordo com a mesma autora, esses processos decisórios
são tomados desconsiderando-se todas as ideias fundamentais e tendo
a possibilidade de resultar em perdas. E exemplo disso podemos citar
o retrabalho, incertezas do produto, atenção inapropriada ou falha
das exigências dos consumidores no projeto ou elaboração de uma
investigação econômica ou monetariamente inviável.

Nascimento e Santos (2003) acreditam, ainda, ser indispensável que


estejam classificados os documentos e as informações primordiais para
viabilizar o começo da obra. Por todas essas razões, pode-se declarar
que a ausência de trato dos fluxos de ideias nos procedimentos da
construção pode ocasionar adversidades patológicas na edificação, falta
de cumprimento com os prazos estipulados em contratos, redução da
produção e qualidade, e, consequentemente, aumento significativo nas
despesas.

De acordo com Nascimento e Santos (2003), nos dias atuais, para


a gestão de um empreendimento, não basta usar meios convencionais,
de modo que o administrador se depara com a indisponibilidade de
monitoramento adequado do somatório das informações que circulam
entre os intermediários. Diante disso, o uso de sistema de informações
tem se tornado maior com o passar dos anos, mesmo que a construção
civil tenha alcançado um pequeno resultado com esse investimento
quando comparado ao de outras áreas.

Nascimento e Santos (2003) salientam que os sistemas de


informações modificam elementos em informações para ter a capacidade
de replicar uma diversificada sucessão de pesquisas. Os dados são
mescla de casos diversos e pragmáticos. As ideias são fatos com
conceitos, destaque e finalidade. Por essa razão, a informação é alusiva
e necessita da aptidão de compreensão do receptor. É preciso conceber
uma organização para a simplificação do fluxo e interpretação das ideias
28 Fundamentos da Construção Civil

no decorrer do andamento de um empreendimento. Na metodologia de


construção das organizações do subsetor de construção civil, os diversos
intermediários têm características, pontos de vista, ideias e simbologias
distintas para exibir seus produtos. Em vista disso, existe um enorme
inconveniente em se realizar a gestão do fluxo de ideias, de maneira
que a totalidade dos dados acolhidos pelos agentes possua conteúdo,
identificando-se assim como referência.

Para Rezende et al. (2000), a informação precisa ser disseminada por


todas as pessoas envolvidas no processo. Para que isso aconteça, faz-se
necessária a utilização de meios de comunicação com mecanismos para
a obtenção das informações por todos os integrantes. O intuito do uso
da informação é para o processo decisório. Por esse motivo, a qualidade
da informação tem a possibilidade de estabelecer a assertividade das
decisões concedidas. O informe com qualidade para o processo decisório
precisa ser básico, conveniente e integral.

Nascimento e Santos (2003) enfatizam que, nos dias de hoje,


há inclusive a atenção com a administração da informação. Para tal
fim, é fundamental que as organizações invistam em inovações para a
administração da informação na totalidade de sua rede produtiva. Essas
inovações precisam ser aptas para apanhar, guardar, formatar, sintetizar e
selecionar dados.

Segundo Nascimento et al. (2000), a administração da informação


consiste em uma tarefa enigmática que transita por vários níveis, estando
manipulada por diversos usuários. De acordo com esses autores, a
informação mostra-se sob o formato de fluxos constantes, acrescentando
vigência aos procedimentos organizacionais e produtivos.

Excesso de informações no setor da


construção civil
Nascimento e Santos (2003) relatam ainda que, em uma metodologia
de construção básica, diversos documentos podem ser produzidos em
um empreendimento peculiar. Esses documentos são de diferenciadas
categorias e abrangem solicitações de informação, desenho assistido
Fundamentos da Construção Civil 29

por computador (CAD), memorando, fotografias, memoriais descritivos,


planilhas orçamentárias, layout de canteiros de obras, atas de reuniões da
equipe técnica e administrativa, entre outros, e são adicionados a normas
específicas e técnicas, legislações representativas do ramo e outras
documentações externas.

Nascimento e Santos (2003) afirmam que a inserção e a utilização


de sistema de informação ainda das denominadas “extranets de projeto”
tornam vários desses dados instantaneamente acessíveis. O excesso
de informações acontece quando os usuários obtêm mais informes
fundamentais do que eles podem captar ou no momento em que a eles
é destinada uma enorme quantia de informação não requisitada, uma
parcela dela fundamental.

Para Nascimento e Santos (2003), nos anos de 1980 e praticamente


todos os anos da década de 1990, existiram diversos estudos no ramo da
construção civil para procurar esclarecer o transtorno da inexistência de
informação entre os diversos grupos que integram um empreendimento.
Naquele tempo, a inexistência de informação para o processo decisório
era incumbida de uma parcela do mau funcionamento do ramo. Para
erradicar esse problema, diversas empresas apostaram em Tecnologia
da Informação, obtendo software e hardware para a administração das
informações. Nos dias atuais, com o leque de opções e a utilização de
mecanismos de Tecnologia da Informação fomentados pelo crescimento
e a popularização de inovações com base na internet, encontra-se uma
melhor flexibilidade de se adquirir informação. Com a enorme oferta de
informação, determinados usuários se acham abarrotados pela ampla
quantidade de dados à disposição, direcionando seus profissionais à
superabundância de informações.

De acordo com Nascimento e Santos (2003), as decorrências mais


assíduas do excesso de informação são: prejuízo com o tempo, mau
resultado na atividade, diminuição da eficácia, insatisfação, fadiga, falta
de assertividade nos processos decisórios, diminuição na produção e
malefícios na vida pessoal. Situações mais drásticas acarretam doenças
estomacais e cardíacas. A resolução mais prática para esse agravante é
o filtro de informações. Dessa maneira, antagonicamente, a Tecnologia
30 Fundamentos da Construção Civil

da Informação se encontra no centro da inconveniência do excesso


de informações e inclusive no direcionamento do recurso da mesma
inconveniência.

Tecnologia da informação no setor da


construção civil
Nascimento e Santos (2003) convencionalmente empregam a
denominação de Tecnologia da Informação (TI) às tecnologias usadas
para adquirir, guardar, organizar e compartilhar informações de forma
eletrônica. A expressão Tecnologia da Informação não está relacionada
somente ao trato dos informes por meio de mecanismos eletrônicos,
mas, é relativa. Inclusive, de acordo com Laurindo (2000), pode considerar
questões humanas, burocráticas e institucionais. O setor da construção
civil tem investido uma pequena quantidade em TI se comparado a outras
áreas da indústria. A analisarmos o paralelo de investigações realizadas no
Brasil e em países diferentes, é revelado que, de modo genérico, o uso da
Tecnologia da Informação no ramo é parecido universalmente. Mas, pela
variabilidade governamental que intimida os investidores em nosso país,
não existe utilização tão significativa como em determinados países de
Primeiro Mundo.

Para Nascimento e Santos (2003), o subterfúgio de TI segue o plano


de negócios da organização conforme sua repercussão e colocação
prevista no mercado da construção, considerando também questões
políticas, ponto de vista humano e pormenores culturais. Um caso típico
que representa isso é o cenário dos agentes tecnocratas que adquiriam
o software CAD em seu setor de projetos e prosseguiam a realizar
seus procedimentos da mesma forma que o executavam quando o
procedimento não era informatizado.

Os mesmos autores salientam que essas organizações não


impulsionaram seus contratos, já que faziam a utilização da tecnologia
somente para projetar desenhos em formatação eletrônica, tendo
em vista, apenas elementos quantitativos que, independentemente
do desempenho do projetista, arriscava-se ter tempo igual ao de um
desenho executado em prancheta manual (especialmente levando em
Fundamentos da Construção Civil 31

conta o tempo para o desenvolvimento do desenho e o tempo disposto


para a plotagem).

Segundo Nascimento e Santos (2003), desse modo, somente a


adesão da TI não assegura crescimento na produtividade. Nos dias de
hoje, o mesmo acontece com organizações que usam mecanismos
adjuntos com os extranets de projetos sem analisar seu plano de negócio.
Esses mecanismos necessitam que seja modificado todo o padrão
institucional e a dinâmica das informações da estrutura de projeto, além
do engajamento com a tecnologia pela somatória das parcerias de um
empreendimento.

Na concepção de Cruz (1998), é preciso que as organizações


reconsiderem seus procedimentos para adquirirem Tecnologia da
Informação. Ainda, o mesmo autor enfatiza que é fundamental “aculturar”
os profissionais que precisarão realizar suas atividades de forma
diferente. De modo que não exista recusa à inovação tecnológica, faz-se
necessário informar os profissionais que o emprego total da nova técnica
viabilizará a melhoria na produção de maneira racional, incorporando
valor aos procedimentos e artefatos gerados, aprimorando, dessa forma,
a reputação dos agentes diante de sua equipe de trabalho e de seus
consumidores externos.

No ponto de vista de Nascimento e Santos (2003), a TI tem


transformado a maneira como as organizações executam seus negócios
e colaborado para um enorme progresso no que se refere à logística
e comunicação. Sendo assim, tem proporcionado o aparecimento
de inéditas empresas com base no atual contexto. Os fornecedores
de extranets de projetos e organizações cibernéticas focalizadas na
comercialização de eletrônicos são modelos dessas novas empresas
que eram inexistentes antes da década de 1980. Durante o tempo em
que, na maioria das organizações, a TI somente oferece apoio aos seus
procedimentos, nessas incorporações a TI é um elemento fundamental
para a sua permanência no mercado.

Estudos realizados por Villagarcia et al. (1999) apontam que a


indústria da construção civil não está indo junto com as transformações
nos planejamentos das organizações e o crescimento da relevância da
32 Fundamentos da Construção Civil

TI para a eficiência do negócio. O resultado programado da TI por um


pequeno e longo prazo nas organizações pode ser padronizado por meio
da rede estratégica de Mcfarlan (1984), conforme o quadro 1, auxiliando
a orientar a estratégia das organizações nesse ramo. Nessa rede, o
resultado da TI é exibido por meio de quatro quadrantes: Suporte, Fábrica,
Mudança e Estratégico.
Quadro 1 – Impacto estratégico da TI

Fonte: Nascimento e Santos, 2003 (Adaptado).

No quadrante Suporte, encontram-se aquelas organizações


que atualmente utilizam a TI apenas como apoio de suas tarefas. Para
Nascimento e Santos (2003), geralmente poderiam contratar os serviços
de terceiros para realizar essas tarefas sem nenhuma desvantagem. Como,
por exemplo, o processo da folha de pagamento de uma construtora
de obras. O impacto no momento desse ato ou mesmo no futuro é
insignificante. Um exemplo poderia ser uma empresa de projetos que utiliza
algum software CAD para a elaboração dos desenhos. O CAD configura-
se como um mecanismo fundamental no trabalho da organização. Porém,
como a concorrência se utiliza do mesmo desenvolvimento e a maneira
com que é empregue não se mostra avançada, não configura uma tática
de competitividade promissora para proporcionar o futuro da organização.

Segundo Nascimento e Santos (2003), incorporações nas quais


a necessidade da TI não é absoluta, porém que a utilizam com intuitos
estratégicos para o seu trabalho no mercado, ficam no quadrante
Mudança. A exemplo dessa situação poderia ser mencionado o caso
de uma construtora de obras que faz uso de uma inovação tecnológica
para o setor de suprimento. Trata-se de um sistema denominado
e-procurement, que efetua as compras de produtos e até mesmo as de
serviços e que, devido ao fato de minimizar gasto e diminuir prazos, pode
operar no mercado ofertando preços atrativos aos seus consumidores.
Fundamentos da Construção Civil 33

Sendo assim, a TI propicia benefícios competitivos, no mínimo enquanto


as demais concorrências não adquirem essa inovação tecnológica.

Por fim, Nascimento e Santos (2003) salientam que, no quadrante


Estratégico, o resultado da TI é bastante considerável tanto nas tarefas
presentes quanto na estratégia em longo prazo da organização, sendo
um mecanismo fundamental para seu plano de negócio. Um exemplo é a
utilização apropriada das extranets de projetos ou softwares de gestão de
projetos na web. Nessa circunstância, a jornada de todo o empreendimento
necessita da atuação constante da TI, mesmo porque as tarefas técnicas
diretamente conectadas à obra precisam das informações lá arquivadas.
Dessa mesma maneira, as organizações que adquirem apropriadamente
essa inovação tecnológica presumem algumas vantagens no que diz
respeito a custos reduzidos, prazos e falhas oportunizadas por ela para
dar embasamento à sua tática competitiva diante da concorrência.
Incorporações de construção situada nesse quadrante são as que têm
mais propensão de atingir todas as vantagens que a TI oferece a diferentes
setores da economia.

De acordo com Nascimento e Santos (2003), as companhias do


ramo da construção civil, especialmente do subsetor, deveriam já ocupar
os quadrantes Mudança ou Estratégico, mas a grande maioria dessas
organizações ainda se encontra no quadrante Suporte, no qual a TI é
usada somente para mecanizar determinadas tarefas burocráticas e de
projetos. Nessas organizações, a TI possui baixa interferência nas suas
técnicas e procedimentos atuais e futuros. Em determinas situações mais
peculiares, como a dos escritórios de projetos, o caso é um pouco atípico
fixando-se no quadrante Fábrica.

No entendimento de Nascimento e Santos (2003), recentemente,


a TI passou a ter uma crescente relevância nas estratégias dessas
organizações, já que tem um acentuado uso do computador no decorrer
de seus procedimentos. As primordiais tarefas de um escritório de projeto
necessitam do uso softwares para a execução de trabalhos burocráticos
(pacote de Office da Microsoft), de projetos (sistemas de CAD e de gestão)
e de comunicação (internet, entre outros).
34 Fundamentos da Construção Civil

Para Nascimento e Santos (2003), isso ocorre por que, nas técnicas
construtivas da obra, as fases dos projetos possuem um nível de
mecanização, enquanto que, nas fases de construção, a atividade ainda
se configura de forma “semiartesanal” com o profissional em execução
predominantemente no braço. Lamentavelmente, uma empresa de
projeto que pretendesse se deslocar para o quadrante Estratégico, por
exemplo, usando CAD 3D ou ainda outros sistemas mais sofisticados,
chocaria na exigência de adesão da inovação tecnológica por todos os
seus consumidores.

Óticas para novas utilizações da TI no


setor da construção civil
Conforme Nascimento e Santos (2003), no momento presente a
área da construção civil está começando sua etapa de estabelecimento
da prática da Tecnologia da Informação por meio de Sistemas de
Informação (SI) junto aos seus procedimentos. Atrasada, ela transcendeu
à fase na qual fazia-se o uso de computadores somente para o tratamento
de suas informações, com intenção de conceber dados importantes
que primeiramente eram executados em Centro de Processamento de
Dados e seguidamente era compartilhado na empresa por meio dos
equipamentos computacionais.

De acordo com Silva e Heineck (2001), na atualidade, pode-se contar


com vários tipos de Sistemas de Informações voltados para o setor da
construção civil, como os programas de fluxos de trabalhos e as extranets
de projetos. Esses conjuntos de elementos interligados administram toda
a informação concebida. Mas, em diferentes ramos da indústria, já há
uma enorme atenção em gerir o conhecimento gerado pelos usuários do
procedimento por meio grupos de Gestão do Conhecimento (GC), o que
dá início à inquietude na área da construção civil também.
Fundamentos da Construção Civil 35

RESUMINDO

E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido que o setor da construção civil se encontra
bastante desatualizado ao ser comparado com outros
ramos da indústria no geral, quanto à utilização das
inovações tecnológicas da informação e comunicação.
A multinacionalização e o novo cenário universal, assim
como o recente contexto brasileiro, privatizado e com
insuficiência de financiamento, necessitam da construção
civil imediata melhoria na produção e na competitividade.
O aperfeiçoamento em seus artefatos e procedimentos,
especialmente com o apoio da Tecnologia da Informação
(TI), tem a capacidade de orientar a área a percorrer novos
caminhos. A inexistência de informações programadas, tal
como o excesso de informações, é condição que pondera
a adesão à TI. Por esse motivo, é fundamental entender
os empecilhos quanto à utilização dessas inovações
tecnológicas no ramo da construção civil e ter uma ótica
dos direcionamentos futuros.
36 Fundamentos da Construção Civil

Impactos econômicos da construção civil


OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de entender


a importância da indústria da construção civil para o
desenvolvimento da economia nacional, já que por meio
dela surgem novas oportunidades de emprego, renda e
também tributações. E isso tem uma grade contribuição
para a sociedade de um modo geral. E então? Motivado(a)
para desenvolver esta competência? Então, vamos lá.
Avante!

O setor da construção civil como instrumento


do avanço na economia do nosso país
De acordo com Teixeira e Carvalho (2005), uma das maiores
dificuldades da teoria e da política da evolução são as escolhas de
aplicação de capitais. Pelo fato de as receitas serem insuficientes,
existe a conveniência de se estabelecer esferas estratégicas para o
desenvolvimento da economia, indicando prioridades aos exercícios que
trazem resultados mais satisfatórios no âmbito econômico. Essa é uma
situação vista normalmente nos países de desenvolvimento lento, onde
existe muito desprovimento e os meios de supri-los são restritos. No
entanto, a ausência de soluções consideravelmente à disposição pode
ser contornada com o apontamento de instâncias estratégicas.

Para Hirschman (1961), é da individual essência do crescimento que


se definem as prioridades e determinadas tarefas ganham provisoriamente
trato prioritário, para que concebam viabilidades econômicas e beneficiem
todas as pessoas. Na concepção de Teixeira e Carvalho (2005), a escolha
precisa incidir sobre as incumbências que potencializam as ampliações
econômicas objetivas ou incentivadas em outras esferas.

Segundo os autores, geralmente os setores apontados como


estrategicamente fundamentais para o desenvolvimento ativo de uma
sociedade são os que atuam com potente influência na economia e que
Fundamentos da Construção Civil 37

têm avantajada encadeação frontal e posteriormente. Hirschman (1961)


salienta que uma continuidade eficaz ou tática de crescimento pode ser
reconhecida por meio de análise comparativa da veemência com que o
desenvolvimento de um setor impulsiona o crescimento do outro.

Teixeira e Carvalho (2005) enfatizam que o desenvolvimento da


economia apresenta-se em ímpetos versáteis, em concordância com as
esferas em que acontece, com decorrências derradeiras múltiplas no
complexo econômico. A “indústria motora”, por meio de suas conexões
tanto de forma frontal quanto para trás, gera impactos de alastramentos
convenientes sobre o processamento mundial da economia, e as reservas
externas que se tem como desfechos auxiliam a esclarecer o crescimento
da economia de sociedade.

De acordo com Teixeira e Carvalho (2005), diversas investigações


já foram realizadas na orientação para um ponto comum de políticas de
extensão com o setor, que possuem potente tendência para concepção
de arrecadação e emprego. Martins e Guilhoto (2001) indicam o setor
de laticínios como o favorito de mensuradores oportunos no quesito
de aumento da produtividade e do emprego, e que aparecem políticas
públicas para a inserção de laticínios nas áreas as quais o leite é uma
atuação importante.

Segundo Najberg e Pereira (2004), os ramos de negócios


ofertados às famílias e produtos de vestimentas são os mais intensos em
trabalhadores. No entanto, a visão da investigação é apenas a criação
de emprego, não levando em conta outros pormenores fundamentais
na concepção de políticas públicas. Teixeira e Carvalho (2005) salientam
que, na realidade, alguns são estudos voltados nas especificidades da
construção civil em nosso país e seus impactos benéficos com relação ao
desenvolvimento de produção, ganho, emprego e contribuições fiscais,
assim como sua potente correspondência setorial.

Rigolon e Piccinini (1997) examinaram a atribuição da aplicação de


capitais na infraestrutura como fomento do desenvolvimento econômico
sustentado. Porém, esse exame pretendeu mensurar os impactos
previstos do investimento complementar em infraestrutura por mieo de
38 Fundamentos da Construção Civil

demonstrações de desfechos e composição de situações para o padrão


macroeconômico de compatibilidade.

As investigações de Teixeira e Carvalho (2005) buscam identificar


se as aplicações de capitais em construção geram consequências
eficazes e se se distribuem pelas outras esferas de atividades que lhes
são provedoras de matérias-primas ou consumidoras da sua mercadoria.
Dessa forma, segurando diferenciais de produção e economias externas
que apresentam razão por uma destinação preferencial de capitais na
indústria construtiva.

No entendimento de Teixeira e Carvalho (2005), o raciocínio utilizado


para conceituar a área da construção civil como ramo econômico de
relevância estratégica é a sua dimensão e influência direta na economia
do nosso país e, da mesma maneira, com o seu destaque indireto e
atraído para o crescimento. A sua consequência de correspondência não
somente para frente como para trás é correlacionada a outras esferas,
tendo em vista indicar sua relevância na organização produtiva brasileira.

Hirschman (1961) enfatiza que o produto da construção civil


é conjunto de bens efetivos coletivos utilizado para analisar um
encadeamento eficaz de crescimento.
A indústria da construção produz infraestrutura
econômica por meio da instalação de portos, ferrovias,
rodovias, sistemas de irrigação, energia e comunicação,
dentre outros, serviços sem os quais as atividades
primárias, secundárias e terciárias não podem funcionar
adequadamente. (TEIXEIRA; CARVALHO, 2005, p. 11)

Sendo assim, na concepção dos autores o comportamento


do ramo viabiliza o crescimento de uma ampla categoria de práticas
econômicas. Essas atividades são sustentadas pela gestão pública ou por
organizações privadas submetidas à vistoria pública e se caracterizam
pela inseparabilidade sistêmica e por uma grande associação capital-
produção.

Existe uma potente analogia benéfica entre investida em recurso


fixo social e inserção das atuações produtivas. De acordo com Rigolon
e Piccinini (1997), a aplicação de capital em infraestrutura propicia o
Fundamentos da Construção Civil 39

desenvolvimento econômico, já que amplia a volta da matéria-prima


privada e estimula a captação de recursos e a empregabilidade. Os
autores realizaram uma estimativa de elasticidade-renda entre 0,55 e 0,61
para a aplicação de capital em alguns setores de infraestrutura de nosso
país.

Teixeira e Carvalho (2005) generalizam que existem potentes


complementaridades entre as simplificações de infraestruturas e as
aplicações de capitais privado, além de externalidades benéficas para
todas as pessoas. A organização da logística e o sistema de comunicação
apropriadamente munido de equipamentos são fundamentais para uma
efetiva execução do mercado, pelo aumento dos clientes, melhores
flexibilidades comerciais, integração entre localidades, propagação de
inovações tecnológicas, sem estimar sua importância na constituição
dos gastos de produção. A admissão de infraestrutura essencial traz
benefícios comparativos mais intensos às localidades nas quais estão
mais avançadas, acarretando os “efeitos propulsores” no crescimento
econômico retratados por Myrdal (1965).

Teixeira e Carvalho (2005) evidenciam que o entendimento da


correlação estrutural é especialmente relevante nas esferas industriais
da economia, pelo fato de as economias estrangeiras estarem a elas
relacionadas. Esse é o cenário típico da indústria da construção, em que
as externalidades são notórias em vários outros ramos. O pensamento
indispensável de que as aplicações de capitais na construção – por meio
do aumento dos serviços de energia, logísticos e de telecomunicações,
são um requisito fundamental para o crescimento econômico – é outra
explicação ao seu favoritismo seletor e o amparo de fomentos creditícios
e tributários ao ramo.

Ainda para Teixeira e Carvalho (2005), outra característica


lógica dos meios investidos em capital fixo social é a sua atuação no
crescimento autossustentado. Para Brum (1987), o capital financeiro
público destinado à infraestrutura e a instâncias estratégicas essenciais
favorece substancialmente o conjunto de bens do país e proporcionam
um desenvolvimento mais autossuficiente da economia.
40 Fundamentos da Construção Civil

Teixeira e Carvalho (2005) comentam que Leontief (1985)


desenvolveu um sistema de insumo-produto. Trata-se de um padrão
funcional para a investigação econômica, no qual os ramos de atividades
estão associados, exigindo ou oferecendo bens e serviços. A organização
da economia encontra-se caracterizada, em algum ano, por um grupo
de tabelas que apontam as movimentações dos bens e serviços no meio
das atividades e possibilitam orçar as matrizes de constantes técnicas
de produtividade. Essas matrizes associam a quantia da matéria-prima
consumida absorvida pelo ramo de atividade para a execução dos bens
e serviços que constituem a somatória da economia. Dessa maneira, as
matrizes apontam a organização de matérias-primas empregadas para se
constituir um elemento (em valor) de cada tarefa.

Segundo Teixeira e Carvalho (2005), as associações relevantes


de insumo-produto exibem que a produtividade das instâncias pode
ser aplicada no interior do procedimento produtor das várias atividades
consumidoras da economia ou pode ser utilizada pelos integrantes do
consumidor final. E, no ponto de vista da oferta, para se conceber bens e
serviços é preciso absorver matéria-prima interna ou de fora do país, arcar
com as despesas dos tributos, obtendo como consequência a criação
de valor acrescido – que se manifesta nas retribuições financeiras e no
excesso produtivo bruto, sendo assim, no rendimento dos elementos de
produção, além de conceber trabalho na economia.

De acordo com Teixeira e Carvalho (2005), as vinculações entre os


vários ramos de atividades da economia podem ser apresentadas sob a
forma matricial por meio das equações abaixo:
X = AX + Y (1)

Onde:

X = um vetor (n x 1) com o valor da produção total por


setor; Y = um vetor (n x 1) com os valores da demanda final
setorial;

A = uma matriz (n x n) com os coeficientes técnicos de


produção.

Nesse modelo aberto, o vetor de demanda final é


geralmente considerado exógeno ao sistema e, portanto,
Fundamentos da Construção Civil 41

o vetor de produção total é determinado unicamente pelo


vetor de demanda final. Assim,

X = BY (2)

B = (l - A)-1 (3)

Onde:

B = uma matriz (n x n) contento a matriz inversa de Leontief

(TEIXEIRA; CARVALHO, 2005, p. 11- 12)

Para os autores, o composto de insumo-produto de Leotief pode


ser visto, inclusive, fechado. Nessa situação, a fileira disposta na posição
horizontal do valor acrescido e a fileira disposta na posição vertical de
demanda final são classificadas como um setor acrescido, de maneira
endógena. Ao passo que a matriz aberta de Leontief mensura as
consequência diretas e indiretas da procura final. A respeito das atividades
econômica, a matriz fechada pondera, ainda, os rendimentos e o gasto
final das famílias na parte de dentro da matriz de constante prática e
possibilita calcular os resultados instigados advindos da consumação
dos indivíduos ativos nas dinâmicas econômicas. A reprodução da matriz
fechada de Leontief pode ser detalhada pelas equações:
(4) e (5):

X = B*Y (4)

B* = (l –A*) -1 (5)

Onde:

A* é uma nova matriz (n x n) com os coeficientes técnicos


de produção contendo a renda e o consumo das famílias e
B* é uma matriz (n x n) contendo a matriz inversa fechada
de Leontief. (TEIXEIRA; CARVALHO, 2005, p. 12)

Segundo os autores, com base no padrão insumo-produto acima


demonstrado, é viável equacionar o efeito dos distintos ramos de atividade
com relação à economia. As forças das convivências intersetoriais são
mensuradas pelos fatores técnicos de produtividade e pelos níveis
de efeitos indiretos e impulsionados. Isto é, o padrão de Leontief
oportuniza medir os fatores de resultado diretamente, indiretamente e
42 Fundamentos da Construção Civil

incentivados de cada instância sobre a produtividade, a empregabilidade,


os proventos e as tributações. Esses fatores estabelecem a significância
com que um complemento extra na demanda final de alguma instância
influencia de forma direta a economia ou indireta – pela possibilidade de
extravasamento de impactos desta instância sobre as outras na dinâmica
das ações produtivas ou até mesmo pela repercussão regida da receita
sobre a consumação de bens finais na economia.

Miller e Blair (1985) conceituam os coeficientes de repercussões como


multiplicadores do tipo 1 ou tipo 2. Os multiplicadores do tipo 1 mensuram
o aumento direto e indireto sobre a produtividade, da empregabilidade, da
rentabilidade ou tributação conclusiva de um desenvolvimento acrescido
na demanda final de algum setor. Os multiplicadores do tipo 2 oferecem
não só aumento direto e indireto, mas o aumento impulsionado pelas
remunerações das famílias conforme o trabalho, emprego, arrecadação,
impostos decorrentes de um progresso aditivo na procura final de alguma
esfera.
As equações (6) e (7) exemplificam os procedimentos
de cálculo dos multiplicadores dos tipos l e ll,
respectivamente, para o caso do emprego, podendo ser
igualmente derivados para a produção, salários, valor
adicionado bruto e tributos.

Multiplicador do tipo l:

E j = wi b ij (6)

i=1

Multiplicador do tipo ll:

Onde:

w representa os coeficientes de emprego do setor j e bij


e b*ij são elementos das matrizes B e B* descritas nas
equações (3) e (5) acima. (TEIXEIRA; CARVALHO, 2005, p.
13- 14)
Fundamentos da Construção Civil 43

A indústria da construção civil encontra-se ambientalmente


disposta em toda extensão de nosso país, conforme Teixeira e Carvalho
(2005), ainda que exista uma grande acumulação das organizações nas
localidades Sul e Sudeste (gráfico 1). Segundo as informações da Pesquisa
Anual da Indústria da Construção (PAIC), do ano de 2003 (IBGE, 2004), são
122.888 organizações da construção operantes no Brasil, identificadas em
sua maior parte como micro e pequenas empresas, tendo em conta o
tamanho pelo parâmetro da quantidade de funcionários por unicidade em
conta de produção. Para Teixeira e Carvalho (2005), aproximadamente 95%
da somatória das instituições no ramo são micro e pequenas empresas,
que admitem até 29 funcionários, porém são vetores relevantes de
geração de empregabilidade e receita.
Gráfico 1 – Número de organizações de construção de algumas áreas do Brasil - 2003

Fonte: IBGE, 2004 (Adaptado).

Teixeira e Carvalho (2005) mencionam que, no ano de 2003, a indústria


da construção civil atuou com pouco mais que 7% para composição do
produto interno bruto do nosso país e mobilizou mais de 100 bilhões de
reais, abatidas as tributações indiretas líquidas, as margens de logística e
as do processo comercial. Entretanto, a colaboração correspondente do
ramo já foi muito maior e nem faz tanto tempo assim.

Para os autores, quanto ao progresso na história dos finais dos anos


do século passado e os primeiros cinco anos do século atual, a indústria
da construção foi perdendo cooperação relacionada ao valor acrescido
bruto a preços essenciais pelo seu direcionamento de desenvolvimento
44 Fundamentos da Construção Civil

decrescente, notoriamente a partir do ano de 1998, o que pode ser


verificado na tabela 1. Nota-se, contudo, pelas informações da tabela
2, que o setor da construção civil se situou na sexta posição no uso da
mão de obra, atingindo quase 4 milhões de colaboradores diretamente
empregados no ramo, em um balanço relacionado a outros tipos de
atividades da economia. O faturamento médio da construção civil foi pouco
mais de R$ 4 mil e foram despendidos aproximadamente R$ 12 bilhões
com pagamento pela prestação de serviços dos trabalhadores, impostos
e outros benefícios a seus colaboradores do setor. O ramo agropecuário
ficou em segundo lugar em trabalhadores exercendo algum tipo de
função nessa área. O salário médio foi de R$ 951,00 e a agropecuária
dispôs de pouco mais de R$ 14 bilhões em proventos. No entanto,
paralelamente, esse setor tem um valor acrescido bruto muito maior
do que o da indústria da construção civil. Considerando a qualidade da
empregabilidade gerada, aproximadamente 60% do emprego concebido
pelo ramo agropecuário se centraliza em atividade sem remuneração,
pois o setor contrata bastante mão de obra familiar para produtividade de
sustento. Na construção civil, a quantidade de colaboradores que não têm
remuneração está abaixo de 10% do seu quadro efetivo de funcionários no
total. O comércio, mesmo que ocupe o terceiro lugar em envolvimento de
mão de obra, tem um ganho médio pouco melhor ao ser comparado com
a construção civil. As organizações financeiras, que acrescentam valor à
economia em somatório semelhante ao do setor da construção civil, têm
a melhor rentabilidade média entre as atividades, porém criam pouca
empregabilidade.
Fundamentos da Construção Civil 45

Tabela 1 – Valor acrescido bruto a preços essenciais da construção civil no Brasil 1990-2003

Fonte: IBGE, 2004 (Adaptada) e Teixeira e Carvalho, 2005 (Adaptada).

De acordo com Teixeira e Carvalho (2005), no ano de 2003,


aproximadamente 50% do somatório da produção setorial retratava a
diligência conduzida a outras instâncias por intermédio da consumação
média. O setor da construção civil é o elemento soberano da formação
bruta de capital fixo (FBCF) e, por decorrência, das aplicações de capitais
integrais. Com preços contínuos do ano de 2003, a atuação no tocante
médio da construção civil nas tarifas fixas de investimento nacional,
entre o ano de 1990 e 2003, foi de aproximadamente 60%. Essa ação
foi decrescendo desde o ano de 1998 devido à transformação realista
negativa dos trabalhos construtivos na grande maioria do período.
46 Fundamentos da Construção Civil

Segundo Teixeira e Carvalho (2005), o setor da construção civil é


uma participação econômica que integra o alicerce de produtividade e
realiza significativo resultado na estruturação do crescimento econômico-
social. A infraestrutura essencial é um recurso interposto em praticamente
toda a organização produtiva, sendo fração constituinte do conjunto de
bens fixos sociais e uma complementação relevante ao capital privativo.
Por meio de externalidades, o objeto da construção civil amplia a
rendimento dos coeficientes de produção e gera um espaço ao redor
benéfico e eficaz à produção, incentivando as aplicações de capitais
privados e possibilitando conveniências comprobatórias relevantes à
cadeia produtiva do nosso país. Isso fundamenta a contribuição do setor
da construção civil como preferência, uma circunstância que atinge, de
maneira não segregada, as demais instâncias da economia.

Para Teixeira e Carvalho (2005), a maioria dos produtos do ramo


da construção civil são patrimônios de cunho público, geridos pelo
mercado. Sendo assim, precisam ser administrados politicamente, sendo
fundamentais os mecanismos de ação do Estado. As despesas públicas em
infraestrutura têm subsídio direto e assertivo com relação ao crescimento
do PIB. De acordo com Rigolon e Piccinini (1997), a demonstração da
elasticidade-renda da indústria da construção civil brasileira é assertiva.
Os gastos com logística (em seus diversos modais), produção de energia
e telecomunicações encontram-se pontualmente associados às tarifas
fixas de volta à economia e à capacidade de produzir com rendimento das
organizações, intercedendo na concepção do custo final das mercadorias
ao cliente. Formam, ainda por cima, como decorrência, o contentamento
da sociedade e o avanço da qualidade de vida das pessoas.

Enfatizam Teixeira e Carvalho (2005) que nosso país possui,


atualmente, obstáculos significativos em infraestruturas de transportes,
na geração de energia, no setor das telecomunicações e na área de
saneamento que podem acometer a economia territorial em médio
prazo. O pequeno compasso de crescimento da economia nacional
entre os anos 1990 até os primeiros anos de 2000 tem bloqueado o
desenvolvimento econômico sustentável do Brasil, com resultados
duradouros sobre o padrão de renda, o parâmetro da tranquilidade e a
eficiência da economia. A preocupação com as aplicações de capitais
Fundamentos da Construção Civil 47

em infraestrutura é fundamental, abrangendo ameaças de perda de


posicionamento relevantes no mercado internacional e o interesse ao
capital externo. A ausência de infraestrutura apropriada em logística tem
baixado a lucratividade das organizações por meio da ampliação dos
custos efetivo de veículos, despesa com combustível, e, em vista disso,
oneração do frete para a movimentação do produto.

Teixeira e Carvalho (2005) afirmam que construção civil simboliza


recurso direto para iniciativas, escolhas e projetos adotados por entes
públicos, que pode viabilizar a criação de emprego e propagação de
renda; redução das discrepâncias regionais; incentivo ao desenvolvimento
econômico; impulso as transformações privadas; ampliação da
concorrência da economia; propensão ao capital internacional; criação de
divisas; ascensão das melhorias com sustentabilidade; e a confortabilidade
social, reduzindo a grande dívida social do Brasil.

RESUMINDO

E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a
aplicação de capitais na indústria da construção civil possui
como efeito a ampliação do conjunto de bens fixos sociais.
Estes são componentes fundamentais para o crescimento
econômico nacional. A construção civil é significativa como
modo de política pública para a constituição de trabalho e
rendimentos, devido à sua grandiosidade em colaboração
para o desenvolvimento econômico. A estrutura dos seus
vínculos na economia retrata sua potência especialmente
sobre os ramos dos quais adquirem seus trabalhos. De mais
a mais, existem consideráveis acréscimos e externalidades
afirmativas entre a aplicação de capitais em infraestrutura e
o desenvolvimento da economia brasileira.
48 Fundamentos da Construção Civil

Instituicões e órgãos reguladores da


construção civil
OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de entender,


com um olhar um pouco mais aprofundado, o que é o
Conselho Regional de Engenharia e arquitetura CREA.
Com uma abordagem mais superficial, conhecerá outros
órgãos envolvidos direta ou indiretamente nas atividades
profissionais da área da construção civil. E, então?
Motivado(a) para desenvolver esta competência? Então
vamos lá. Avante!

Uma rápida releitura: a liderança estatal


monárquica e capitalista com relação à
comunidade civil profissional
De acordo com Santos (2012), a estrutura da sociedade civil baseada
em suas parcelas de compatibilidade profissional, de maneira alguma é
inédita. Investigações verificadas por Menezes (1985) apontaram que
já na Roma do Século VII a. C. o rei daquela época elaborou, cercado
por outros sistemas de ofícios, o chamado “colégio e construtores”. Sob
a enérgica legislação e as restrições inflexíveis do então preambular
estado da monarquia romana, a execução das profissões de tecnologia
e também das que envolvem a arte teve sua primeira normatização em
formato organizacional. Bandeira (2002) defende que a sistematização
da sociedade por agrupamentos corporativos pode, de um modo geral,
ser compreendida como um pensamento categórico de estrutura social
pelas compatibilidades socioeconômicas que as pessoas possam ter
partilhado.

Bandeira (2002) enfatiza o preceito das associações (conjunto de


pessoas de tarefas profissional em comum, submetidas às mesmas
normas e com os idênticos objetivos, benefícios e obrigações), de modo
que, projeta a evolução da contribuição e fidelidade concorrencial,
Fundamentos da Construção Civil 49

o reconhecimento da comunhão e das pertinentes ocupações, a


consonância entre os similares, a cordialidade pelo amparo e o bem
comum. Melhor dizendo, o corporativismo consegue ser sinteticamente
conceituado como um fundamento que julga as assembleias profissionais
como parâmetro para a sistematização política, social e econômica do
país, sendo seu domínio e reduto de importância especial do Estado.

Segundo Santos (2012), nesse aspecto, continuava claro o


reconhecimento da importância comunitária e política que as ocupações
artísticas e profissões tecnológicas disponibilizavam à indispensável
disciplina de sua realização. No entanto, normatizadas pelo Estado da
monarquia, sua sistematização e operação se realizavam de maneira
independente e, por isso, corporativa.

Portanto, na concepção de Santos (2012), esse padrão de


sistematização social movimentou-se pela Idade Média em forma de
associações de comerciantes que comandavam algumas partes do
mercado; suportou a organização de regime liberalista e ao exclusivismo
partidário do utilitarismo da Idade Moderna; motivou o sindicalismo,
sedimentou-se inclusive com os de regimes políticos totalitários no século
passado; e terminou no período pós-modernista como opção consistente
e vivenciada de formação social ativa e competente.

Para Santos (2012), a propósito de elucidação, é importante


apontar que, no Brasil em especial, tradicionalmente se realiza o padrão
corporativista para a conformação e a gestão profissional, basta ver o seu
uso coletivo e econômico. É real que, em nossa atualidade, as profissões
são executadas espontaneamente; mas sua atividade específica é
normatizada em lei, exibindo, assim, a permanente submissão do
Estado capitalista acerca de seu exercício. Da mesma maneira, a
estrutura profissional é independente. Contudo, precisam ser verificados
determinados objetivos e premissas que o Estado determina, sancionadas
formalmente de acordo com as necessidades da sociedade civil brasileira
e da respectiva nação em geral.

De acordo com Menezes (1985), preocupar-se com essas situações


é excepcionalmente essencial, levando em consideração a realidade de
que em determinados países de princípios menos conservadores, a gestão
50 Fundamentos da Construção Civil

sobre as profissões pode se declarar pequena. As instituições profissionais


relativamente autônomas são responsáveis por supervisionar a prática
das profissões afetadas por elas. É a ocorrência – a título de exemplo, o
Canadá e os Estados Unidos – em que as unions reúnem os profissionais
e encarrega-se do controle de sua normatização sem a influência direta
política do governo, tendo, de maneira oposta, o amparo do governo da
originalidade de sua atuação. Em países de regime socialista, comumente
a administração é realizada pelas representações de trabalhadores ou
pelos sindicatos, que são instituições participantes diretas do poderio. Em
Cuba, por exemplo, os grupos de trabalhadores de categoria sindical têm
apoios sólidos na entidade governamental suprema, que é a Assembleia
Nacional. À medida que se pode verificar, pontualmente ou reflexivamente
o Estado permanecerá constantemente vigente na normatização e no
supervisionamento da atividade profissional.

Ocupações e trabalhadores no alvo da


vigilância: a ocorrência da vivência
brasileira com o CREA e outros órgãos de
supervisionamento da atuação profissional
Em concordância com o que foi dito, em vários países não existe
controle extrínseco do funcionamento das profissões. São desprovidos
de uma normatização profissional vasta, ou seja, de um complexo de
constituições jurídicas que regimentam a execução de alguma profissão
(COTRIM, 1996).

Segundo Santos (2012), elas se estruturam e se autotutelam


por instituições participativas, existindo com tal força complacente
constitucional, ou são absolutamente independentes. Os imprevisíveis
quesitos relativos à profissão são solucionados por conciliações
diretamente ou nos tribunais de justiça, não existindo instância
administrativa para seu desfecho, bem como são as ocorrências das
unions da Inglaterra, do Canadá e dos Estados unidos. Em nosso país, o
costume político nos direcionou a uma determinada ordem de manejo
das profissões, retratando uma peculiaridade.
Fundamentos da Construção Civil 51

A própria Constituição da República Federativa do


Brasil, de 05 de outubro de 1988, promulgada durante o
governo republicano do presidente José Ribamar Sarney e
atualmente em vigor (BRASIL, 1988), bem como as outras
seis constituições brasileiras existentes anteriormente
(1824; 1891; 1934; 1937; 1946 e 1967), requisita apenas
a lei para o estabelecimento do perfil profissional e a
regulamentação de sua prática. (SANTOS, 2012, p. 4)

De acordo com Santos (2012), em geral, a normatização profissional


aponta o tipo da profissão com suas prerrogativas e condições de alcance
do benefício profissional, a maneira registral, a atitude de valores morais
a ser verificada e as vias de funcionamento de autoridade de sua gestão.
Além do mais, gera entidades típicas para a gestão das respeitantes
profissões normatizadas de nível médio e também superior. A entidade
reguladora é uma forma de governo autônoma.

No ponto de vista de Solda (2004), as autarquias designadas a


essa finalidade retratam um diferencial em correspondência a outras
formas de governo independentes da gestão pública: são absolutamente
emancipadas e corporativas, ou seja, condicionam-se somente à legislação,
sem influência dos governantes e são absolutamente administradas pelos
respectivos profissionais que integram sua comunidade de especialidade.
Para Pusch (2006), dessa maneira, essa organização tem determinadas
especificidades essenciais, a perceber: disponibiliza de autossuficiência; é
administrada de forma comunitária de comitê; não se sistematiza segundo
grau de subordinação interna ou externamente; é restrita à atuação de
incomum à profissão; qualquer profissional pode envolver-se em sua
gestão e nos processos decisórios; os profissionais são inspecionados
por seus colegas de profissão; assegura os benefícios profissionais em
objeção aos não munidos de habilitação; é contrária com relação à atitude
de titubear no que diz respeito aos assuntos político-partidários; certifica
à profissão impulso atuante ao lado da sociedade; detém jurisdição
burocrática que poderá ser resolvida amigavelmente ou de forma
conciliatória; tem a possibilidade de ofertar determinados serviços para
o progresso da profissão; e obtém a execução direta de profissionais ou
das instituições e, em determinadas situações, dos estabelecimentos de
ensino de graduação.
52 Fundamentos da Construção Civil

De acordo com Santos (2012), nesse segmento, as autarquias dessa


estrutura são chamadas de “Conselhos Regionais” para criar referências
a algumas profissões. Geralmente, essa designação não influencia seu
espírito, retificando somente determinadas alterações de distribuição e
assuntos específicos. Profissionais da área do direito e os profissionais
da área de música, a título de exemplo, portaram sua estruturação e
inspeção profissional feita por meio das denominadas “ordens”, enquanto
que as outras profissões normatizadas dispõem de “Conselhos Regionais”
como intitulações de suas autarquias superintendentes.

Daí as profissões de engenheiro, arquiteto, agrônomo, geólogo,


geógrafo, meteorologista e outras áreas afins, tanto de nível médio quanto
superior, encontrarem no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia (CREA) a sua autarquia com competência de controle da sua
respectiva atividade profissional. (SANTOS, 2012, p. 5-6)

Determinadas observações integrais sobre


a aparência estrutural do CREA na nação
profissional de nosso país
Caráter histórico
Segundo Santos (2012), ao investigarmos minuciosamente a história
brasileira, é possível verificar que, desde os anos de 1500 a 1800, as
profissões geralmente eram vistoriadas pelo autocrata. No período dos
Séculos XII e XIII, ancoraram em regiões litorâneas no Brasil os primeiros
engenheiros, por incumbências militares, para traçar a organização da
guarda costeira, facilitando várias fortificações edificadas. Nesse momento
da história, surgem as célebres obras do profissional de arquitetura do
estado de Minas Gerais popularmente conhecido como “Aleijadinho” e de
outros valorosos artistas habilitados.

De acordo com Santos (2012), a chegada de D. João VI ao estado


do Rio de Janeiro, no começo do Século XIX, as dificuldades operacionais
e de luxo da corte do império estenderam várias chances para o
estabelecimento de determinadas tarefas profissionais. O autor enfatiza
Fundamentos da Construção Civil 53

que, com a vinda dos missionários da França, chegaram trabalhadores


dos ramos de engenharia e arquitetura, e profissionais das artes sob
solicitação do rei. No período da monarquia brasileira, o primeiro cargo
técnico foi regimentado.

Segundo Santos (2012), em 1863, por meio do Decreto nº 3.198,


fundou-se o ofício de agrimensor, tão indispensável para a amplificação
de soberania e territórios. No entanto, ao longo da Primeira República,
iniciaram-se as normatizações regulamentadoras profissionais com
máxima amplitude. Depois da revolução que aconteceu no ano de 1930
no Brasil, a presidência de Vargas foi benevolente no ato de regulamentar.
Sob incentivo da doutrina fascista que se instaurou na Itália, foi nessa
época que mais intensamente o governo intercedeu nas convenções
profissionais. Schneeberger (2008) afirma que as vinculações sindicais
sob a proteção da autoridade foram controladas, as profissões alinhadas
e suas prerrogativas limadas. Desse modo, inseriu-se a definição de
autarquia na gestão indireta.

Na perspectiva de Santos (2012), diversas profissões da época


de agora normatizadas e fiscalizadas por meio de autarquias, como
o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e outras
instituições, devem sua organização à forma política de Getulio Vargas.
Entre elas, podem ser mencionadas as ocupações especializadas das
engenharias, da agrimensura, da agronomia e da arquitetura, as quais
foram legitimadas inicialmente no ano de 1933 e tiveram atualizações com
a Lei nº 5.194, no ano de 1966. Esse momento da história, demonstrando
um traço monopolizador, criou uma grande quantia de normatizações para
toda a nação brasileira. O regime de autarquia de autoridade profissional
é, portanto, de fato afirmado.

Princípios legais
Conforme Marins (1991), o princípio essencial jurídico da realidade
do CREA em nosso país é a Constituição Federal do ano de 1988. Ela
evidencia que, mesmo que seja independente a atividade das profissões,
é consentida à lei ordinária a definição dos atributos para sua validade.
A lei ordinária, contudo, era já presente e compreendia que, além dos
54 Fundamentos da Construção Civil

atributos que requisitavam sua vistoria ética e de atividade adequada,


precisaria acontecer por intervenção da autarquia da corporação.

Segundo Santos (2012), em não existindo divergências entre as


leis, a que se mantém corrente é oportuna. Nessas situações, o princípio
legal, isto é, a lei que concede autenticidade relativa ao direito e à justiça
à instituição é a lei que concebe taxativamente. No contexto peculiar
do CREA, é a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, expedida pelo
Congresso Nacional e validada pelo presidente em exercício naquela
data, o popularmente conhecido como Castello Branco.

De acordo com Santos (2012), para que essas questões sejam


compreensíveis de forma adequada, é válido dizer ainda que, na
nação brasileira da atualidade, existem profissionais da medicina, da
odontologia, da veterinária, da contabilidade da assistência social e um
gigantesco rol de outros profissionais que se encontram regulamentados
formalmente sob as observações de instituições executivas específicas
aos seus exercícios. Souza (1995) não é distinto com as profissões do
ramo da engenharia e da agronomia. Para essas classes de profissionais,
a gestão acontece por meio de instituição própria, originada a princípio
com a denominação de Conselho de Engenharia e Arquitetura no ano
de 1933. Nessa mesma época, são regimentadas as profissões referentes
à agronomia pelo Decreto nº 23.196, e os profissionais das áreas de
engenharia, arquitetura e agrimensura, por meio do Decreto nº 23.569, de
11 de dezembro de 1933.

Para Santos (2012), isso quer dizer que algumas profissões são,
todavia, autorizadas e sujeitas, de acordo com a lei, e estão subordinadas
a supervisionamento e contínua monitorização daquela autarquia, sob
uma vista cuidadosa.

Descrição essencial
De acordo com Bussinger (1991), de modo geral o CREA pode ser
conceituado como a instituição do país que possui aptidão para realizar a
fiscalização e a gestão das profissões de tecnologias. Durante o tempo em
que outros órgãos semelhantes agrupam uma ou muito pouca titulação
profissional sob sua habilitação, o CREA, especificamente, incorpora sete
Fundamentos da Construção Civil 55

profissões em ordem de instrução média e superior, inclusive diversas


titulações profissionais.
Comparativamente pode-se citar: Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho
Regional de Enfermagem (CRE) – englobando profissionais
enfermeiros e técnicos em enfermagem, Conselho Regional
de Odontologia (CRO) e Conselho Regional de Contabilidade
(CRC) – fazendo alusão aos contadores e técnicos em
contabilidade. (SANTOS, 2012, p. 8)

Conforme Santos (2012), diante disso, contamos que, sob o respaldo


do CREA, efetua-se o supervisionamento das tarefas dos profissionais que
exercem a prática da engenharia, arquitetura, agronomia, agrimensura,
geologia, geografia, meteorologia e de especialistas de nível médio
correspondente. Determinadas profissões abordadas, como é o caso
do engenheiro, não obstante, dividem-se em uma diversidade de
especializações designadas nas categorias semelhantes das engenharias
química, da produção civil, eletrotécnica, de automação, entre outras. Em
vista disso, a variedade de títulos, sob a vasta concepção da profissão de
tecnologia, conduz a algumas centenas de distintas denominações.

Prerrogativas
Salienta Lacerda (1991) que, no contexto do direito administrativo,
contrariando a concepção do direito civil, é necessário exercer o
que a lei impõe, e não o que ela consente. Posto isso, como entidade
pública federal de autarquia, o CREA permanece submetido a realizar
rigorosamente o que estipula a lei, não podendo ir mais adiante de suas
atribuições tampouco se esquivar delas.

Santos (2012) enfatiza para que se torne viável a compreensão


dessa afirmação, é preciso conceituar a limitação do CREA, ou seja, a
localidade a qual tem habilitação. O CREA é uma entidade que, mesmo
sendo federal, tem sua autoridade jurídica de atividade restringida à área
do “Estado-membro”, necessitando ter sede em sua metrópole. Todos os
estados federativos do Brasil têm atualmente uma dessas autarquias. Em
outras definições, isso acarreta mencionar que a incumbência concreta
fundamental do CREA é, de acordo com que está estabelecido no artigo
56 Fundamentos da Construção Civil

da Lei Federal nº 5.194/1966, o supervisionamento da atividade dos


profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia em suas localidades.
Santos (2012), por conseguinte, afirma que não é diferente seu objetivo
de vigilância dos exercícios desses profissionais em nosso país. Diversas
diretrizes normalizadoras consecutivas aportaram à supremacia do CREA
modernas profissões, expandindo assim sua cobertura fiscal a um grande
leque profissional. Possivelmente, no esforço de atenuar a concepção da
tarefa do “poder de polícia” a que possui responsabilidade o CREA, tem-
se mencionado a ele o propósito da proteção da integridade pública ou
de amparo da nação pelo supervisionamento da atividade das profissões.

Santos (2012) diz que, apesar disso, configura simples veemência,


compreendermos que a intervenção da integridade pública é
compromisso do Estado por inteiro e pela integralidade de suas
associações administrativas em todas as três esferas (Executiva a
Legislativa e a Judiciária); visto que é o denominado consentimento que
pertence a um sujeito referente à constituição da segurança em que
está encontrando-se acolhido. O que deveras é o real objetivo básico do
CREA está essencialmente na autêntica vistoria estatal da atividade nas
profissões de tecnologias.

Comprometimentos éticos
Segundo Santos (2012), as áreas das engenharias, arquitetura,
agronomia e também da geociência são compreendidas como
esferas profissionais análogas, contando com uma de suas divisões
administrativas nos setores de ciência e tecnologias e desfrutando de
sistematização, normalização e liderança, inclusive por legislação similar.
Na perspectiva ética, essas profissões, ultimamente, aprovaram sua
legislação coletivamente. Conservando o tipo particular de cada uma,
determinaram regras de comportamento comuns à atuação ocupacional
de todas elas.

Santos (2012) avançando nos privilégios e responsabilidades a


serem verificados pelos profissionais executores, julga que suas classes
igualmente têm intrínseco o préstimo do ético. Tendo em mente que o
Código de Ética Profissional precisa, em seu texto, ser o mais lógico possível,
Fundamentos da Construção Civil 57

deixando de transpor episódios que originem grande inconveniente para


esclarecer o que é visto como deficiência de ética e qual a sanção a quem
dessa forma agir, certificou com Vecchiatti (1991), ao refletir a imposição da
admissão para a prática das ocupações especializadas das tecnologias,
que era um Código de Ética em que se acham adequadamente definidas
os consecutivos quesitos: comprometimento na prática da profissão;
inter-relacionamento profissional; vinculação com institutos patronais;
consumidores, empreiteiras e empresas que fornecem insumos;
relacionamento com os trabalhadores; segredo profissional; direitos
autorais; provento; vistoria feita por perito. Com isso, somos capazes de
deduzir que o sistema que visa à estruturação da sociedade baseado em
instituições representativas dos proveitos e dos exercícios profissionais é,
pois, a ação assertiva que propõe o desenvolvimento do bem coletivo, no
momento em que for feito sob a ordenação ética.

Formação organizacional
Segundo Santos (2012), a Lei Federal nº 5.194/1966 determina que
a autarquia CREA seja conduzida em forma de assembleia representativa.
Sua instituição regulamentadora suprema é o Conselho em absoluto.
Esse tribunal é instituído por conselheiros intitulados pelas corporações
profissionais (associações, sindicatos e escolas) com privilégio à
representação. Seu arranjo é uniforme, garantida a cooperação de cada
uma das categorias profissionais (engenheiros, arquitetos, agrônomos e
outras profissões de tecnologias reguladas em instituição exclusivas).

De acordo com Santos (2012), os conselheiros reúnem-se em


câmaras conforme suas especializações, com o acompanhamento de mais
um representante do plenário. Uma câmara é formada com, pelo menos,
três representantes de igual categoria no pleno. Ela tem por finalidade a
distribuição da verificação em suas referentes classes praticáveis e são
responsáveis pelos julgamentos dos processos de contravenção.

Conforme Santos (2012), o movimento do cotidiano e a atuação


externa do Conselho CREA são realizados por meio de uma diretoria,
a qual é integrada por um presidente escolhido pela aprovação direta
dos profissionais que estão sob determinada jurisdição (com poder de
58 Fundamentos da Construção Civil

julgamento), que são acompanhados por uma diretoria resoluta originária


do pleno. Por conseguinte, compete ao presidente do CREA a incumbência
útil dessa autarquia e a liderança de seu Conselho mesma.

Para Pinho (2000), as atividades burocráticas do dia a dia no CREA


são feitas em repartições e efetuadas por colaboradores públicos da
autarquia. Por exemplo: o exercício fiscal acontece por meio do setor de
fiscalização. Por mais que a fiscalização seja responsabilidade da câmara
especialista, o ato burocrático relativo se materializa pelo responsável
fiscal, que é um colaborador especialista desprovido de poder decisório,
mas com poder executivo.

RESUMINDO

E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido que, com base nas abordagens relatadas, pode-
se garantir que é inexistente que alguma instância pública
federal de autarquia haja retratado tanta relevância para os
profissionais dos ramos tecnológicos conforme o CREA,
visto que essa autarquia permanentemente pretendeu,
apesar de alguns ranços e evoluções, organizar um trabalho
efetivo com a nação profissional do nosso país, a datar de
seu início histórico. É verdade que a política social efetivada
por Vargas no Brasil no ano de 1930 para a normalização
e supervisionamento de profissionais prevalece até os dias
atuais.
Fundamentos da Construção Civil 59

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