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Teoria da
Administração
Da Administração Científica à Burocrática
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MARIA PAULA ALMEIDA
AUTORIA
Maria Paula Almeida
Olá! Sou formada em Administração de Empresas e Pedagogia,
também sou Mestre em Gestão da Educação, com uma experiência
técnico-profissional na área administrativa de mais de 11 anos. Apaixonada
pelo que faço, adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que
estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte
comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreender a Administração Científica.......................................... 10
Administração Científica..............................................................................................................10
Conhecer a Teoria de Taylor.................................................................... 18

Frederick W Taylor e a Administração Científica....................................................... 18
Processos e a Administração Científica....................................................... 20
Propagação dos Pensamentos da Administração Científica........25
A Indústria e a Administração Científica.......................................................26
Identificar a Teoria Clássica da Administração................................30

Contribuição de Henri Fayol e Lyndall Urwick........................................................... 30
Proposta de Henri Fayol...........................................................................................32
Princípios da Administração...............................................................34
Princípios de Lydall Urwick................................................................................... 36
Compreender a Administração Burocrática.....................................39

A Administração Burocrática de Max Weber.............................................................. 39
Concepção Burocrática............................................................................................45
A Empresa e a Burocracia..................................................................................... 46
Teoria da Administração 7
02
UNIDADE
8 Teoria da Administração
INTRODUÇÃO
A Administração vem se desenvolvendo de acordo com a sociedade.
Conforme a sociedade se estabelece, surgem problemas e anseios; e a
administração, além da missão de apresentar teorias para amenizar essas
inquietudes, deve propiciar que a organização atinja seus objetivos de forma
eficiente e eficaz. Sendo assim, iremos apresentar, nesses próximos capítulos,
o início das teorias da administração, e como o surgimento de novas teorias
estava relacionado aos acontecimentos sociais da época. Entendeu? Ao longo
desta produção letiva, você irá mergulhar neste universo!
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a Administração Científica,
2. Conhecer a Teoria de Taylor.
3. Identificar a Teoria Clássica da Administração.
4. Compreender a Administração Burocrática.
Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?

Ao trabalho! Vamos começar!
Compreender a Administração Científica
OBJETIVO:
Ao término deste material, você será capaz de compreender

o desenvolvimento social e econômico promovido
pela Revolução Industrial, e como a Administração foi
fundamental para a manutenção e aprimoramento desse
desenvolvimento. Nós, enquanto administradores, só
poderemos entender em qual lugar queremos chegar
como gestores, se compreendemos a maneira como toda
essa discussão iniciou. E, então, motivado para desenvolver
esta competência? Vamos lá. Avante!.
Administração Científica
Figura 1 – Administração Científica
Fonte: Freepik
A Revolução Industrial tornou-se um marco econômico e social da

humanidade, proporcionando a origem dos estudos sobre administração,
bem como sua evolução com o desenvolvimento da história, por
possibilitar alterar os meios de produção e as formas de organização dos
funcionários.
Esse marco ocorreu com a transição da economia europeia, em

1750, em que deixou de ser agraria passando a ser industrial e a mão de
obra que antes era artesanal passou a ser mecanizada.
O mundo vivia um processo de revolução onde encontramos as

seguintes transições:
•• Mão de Obra – Trabalhadores rurais migraram para os centros

urbanos.
•• Meios de produção – As pequenas oficinas foram substituídas por

fábricas.
•• Instrumentos de trabalho – Ferramentas foram substituídas por

máquinas.
•• Fontes de Energia – Água, vento e força muscular foram

substituídos por máquinas a vapor e elétricas.
A Revolução Industrial ocorreu em três fases distintas, são elas:
1ª Fase (1760 a 1850)
Essa fase ficou caracterizada pela utilização do carvão como fonte

de energia e do ferro como matéria prima. A invenção da máquina a
vapor possibilitou que se conhecesse o inicio da produção em massa,
proporcionando um aumento significativo na produção.
A Primeira Revolução Industrial representou um marco para a

substituição da manufatura para a maquinofatura, ou seja, o trabalho
manual foi substituído pela máquina. Nessa fase, encontramos ainda uma
expansão do comércio e um aumento da produtividade que promoveu o
aumento dos lucros.
Principais avanços dessa fase:
- Uso do carvão como fonte de energia na máquina a vapor.
- Desenvolvimento da máquina a vapor e locomotivas.
- Invenção do telégrafo.
- Surgimento da indústria têxtil, como o algodão.
- Indústria siderúrgica ampliada.
Contudo, é importante frisar que as condições de trabalho

enfrentavam sérios problemas devido ao grande objetivo de aumentar os
lucros, em vista disso as condições de trabalhos eram desconsideradas.
Consequências
As principais consequências desse período foram:
- Substituição do trabalho humano por máquina.
- Crescimento desacelerado das cidades, aumento das favelas, da

miséria, da fome e da violência.
- Aumento das indústrias.
- A sociedade se dividiu em burguesia e proletariado.
2ª Fase (1850 a 1914)
Caracterizado pela utilização da eletricidade e dos derivados de

petróleo como fonte de energia, e do aço como matéria-prima.
A segunda fase trouxe ainda mais aumento da produção, e as

condições de trabalhos continuavam limitadas a altas jornadas de trabalhos
e baixos salários. Nesse momento, verifica-se uma mudança tecnológica
e geográfica, uma vez que a revolução ultrapassou a Inglaterra e pode ser
vista em países como Estados Unidos, Japão, Alemanha e França.
Essa fase é caracterizada pelo fortalecimento do capitalismo oriundo

da industrialização, não apenas proporcionando maior investimento
em aperfeiçoamento tecnológico, como também aumentando a
produtividade e, consequentemente, o lucro.
A Segunda Revolução Industrial possibilitou a introdução de novas

formas de energia e de novas técnicas de produção, onde o vapor passa a
dar espaço para o petróleo e a eletricidade passou a ser utilizada na indústria.
A utilização do petróleo deu origem à invenção do motor,

possibilitando o aumento na produção.
Principais avanços dessa fase:
- Substituição do ferro pelo aço.
- Construção de ferrovias.
- Invenção do telefone e da televisão.
- Utilização de máquinas na indústria.
Consequências
As principais consequências são:
- Aumento da produção em massa.
- Avanço dos transportes e da telecomunicação.
- Surgimento das grandes cidades.
- Aumento de doenças.
- Desemprego.
3ª Fase (metade do século XX)
A terceira fase da revolução industrial é também conhecida como a

Revolução Técnico Científica, a qual se caracteriza pelo desenvolvimento
tecnológico alinhado ao processo produtivo. Nesse momento, a
industrialização já pode ser vista em todo o mundo.
Nessa fase, iniciou-se os avanços tecnocientíficos encontrados

atualmente na sociedade, por meio das inovações e do aperfeiçoamento
na área da robótica, da genética e da eletrônica.
A globalização marca essa fase proporcionando uma melhor

comunicação, ao integrar economia e política entre diversos países, bem
como proporcionar a transmissão de informações em menor tempo, e
ultrapassar os obstáculos cultural e social entre as comunidades.
Nesse período, se observa uma nova forma de produção e uma nova

modalidade de mão de obra, em que essa precisa estar especializada
para lidar com os avanços tecnológicos que o momento exige.
A globalização permite diminuir as barreiras entre os mercados,

aumentando significativamente a concorrência, necessitando cada vez
mais de uma maior eficiência e eficácia, na oferta e/ou na produção de
serviços e de produtos.
Consequências
•• Avanços da medicina.
•• Criação de robôs.
•• Consolidação do capitalismo financeiro.
•• Maior troca de informações.
•• Esgotamento dos recursos naturais.
•• Necessidade de conscientização do desenvolvimento sustentável,

que se trata em utilizar o recurso sem prejudicar as gerações
futuras.
SAIBA MAIS:
Por meio dos nossos estudos, até o momento, observamos

que até ocorrer a Revolução Industrial não existiam
empresas formais, eram apenas pequenos produtores que
fabricavam objetos de modo artesanal para suprir suas
necessidades e da sua família.
Na época, o sistema fabril do século XIX era caracterizado pela

gestão descentralizada, pelas relações informais de trabalho e pelos
trabalhos definidos e atribuídos de forma consensual.
Contudo, no final do século XIX, as empresas estavam diante de um

cenário que tinha como realidade o aumento da concorrência, das novas
tecnologias e da pressão dos sindicatos. Diante das mudanças, as fábricas
precisaram repensar sua forma de funcionamento e sua gestão.
Em meados de 1850, a demanda por produtos era tão grande

que os empresários utilizavam modos por vezes sub-humanos para que
os funcionários produzissem mais. Na verdade o foco era aumentar a
produção a qualquer custo, a fim de atender o mercado.
ACESSE:
Importante entender a concepção de indústrias dessa

época. Dessa forma, sugiro que assista aqui o filme
Tempos Modernos. Bom Filme!
Nesse cenário, surge a administração científica como uma tentativa

de oferecer soluções para os problemas advindos da Revolução Industrial,
sendo eles:
- O crescimento alto e desorganizado que necessitou substituir o

modo improvisado pelo modo empirista.
- O aumento da eficiência e da eficácia na produção de modo frente

à concorrência que se fazia cada vez mais presente.
Em busca de responder a esses questionamentos, grandes

pesquisadores se propuseram a desenvolver métodos que apresentassem
soluções para a qualidade da produção, melhores condições de trabalho,
bem como aumento da eficácia e da eficiência no modo de produção.
Pesquisadores como Taylor, Fayol, dentre outros, atingiram

estudos que contribuíram para o desenvolvimento da produção em larga
escala. No entanto, mais tarde, surgiram pesquisadores que observaram
a indústria sob a ótica do trabalhador, com o objetivo de que estes
atingissem maiores resultados da produção devido à satisfação humana
por meio das emoções, da motivação e do ambiente de trabalho.
SAIBA MAIS:
Por meio desses estudos, podemos analisar que a

Revolução Industrial apresentou um poderoso instrumento
de estudo, em que frente aos problemas encontrados
pelo aumento da produção, a administração pode se
desenvolver e se transformar em uma ciência que busca
sanar os problemas da atualidade.
Nesse sentido, passaram a ser introduzidos nos processos, novos

procedimentos e tarefas definidas, originando, assim, uma nova forma de
abordagem administrativa.
Logo, o principal objetivo da Administração Científica é a ênfase

na tarefa e nos processos, buscando aplicar métodos científicos como
a observação e a mensuração aos problemas administrativos da época.
NOTA:
Importante ressaltar que o termo mensuração se refere

ao ato de medir. Dessa forma, a Administração Científica
teve como foco a observação de como o trabalho era
executado, e de quantificar qual o tempo que o trabalhador
levava, em média, para desenvolver esse trabalho.
A Administração Científica visava aumentar a eficiência e a eficácia

do sistema fabril da época, ao se deparar com um aumento de demanda
pelos produtos e pelos serviços; além disso, as indústrias buscavam
apresentar ofertas que satisfizessem às necessidades da época.
A Escola Clássica da Administração Científica teve início com o

engenheiro americano Frederick Winslow Taylor, considerado um dos
percussores dos estudos sobre administração. Taylor proporcionou uma
revolução no modo de gerir a indústria durante sua época, diminuindo os
desperdícios e aumentando a lucratividade.
A seguir, conheceremos mais sobre os estudos de Frederick W.

Taylor e a sua contribuição para a administração.
RESUMINDO:
A mão de obra do século XIX foi marcada pelas relações

informais de trabalho e pela gestão descentralizada. No
final desse século, nos deparamos com um mercado
aquecido e composto pelo aumento da concorrência, o que
tornou inevitável a introdução de novas tarefas e de novos
processos, que diminuísse o desperdício e aumentasse
o lucro. Nesse cenário, Frederick W. Taylor introduz a
Administração Científica que utilizou da observação e da
mensuração para atingir os objetivos das organizações que
era o aumento do retorno financeiro para as empresas.
Conhecer a Teoria de Taylor

OBJETIVO:
Ao término deste material, você será capaz de entender
quem foi Frederick Winslow Taylor e como o seu estudo
sobre a observação e a mensuração da produção foi
importante para uma nova concepção de empresa. Até
esse momento da história, as indústrias se preocupavam
apenas em produzir e em atender a demanda; a partir
dos estudos de Taylor, a preocupação se dava em como
produzir da melhor forma, em menor tempo e ter maior
retorno financeiro. E, então, motivado para desenvolver
esta competência? Vamos lá. Avante!.
Frederick W Taylor e a Administração

Científica
O engenheiro americano Frederick W. Taylor foi o precursor dessa
nova abordagem. Nascido em 1856, na Filadélfia, iniciou seu trabalho na
oficina mecânica de Midvale. Vvinte anos após iniciar sua vida profissional
desenvolveu um método de estudo de tempos e movimentos na produção.
Figura 2 – Frederick Taylor
Fonte: Domínio público.

Frederick Winslow Taylor (1856 a 1915) foi considerado o pai da

administração científica. O principal objetivo desse pensador era o aumento
da eficiência dos colaboradores por meio do planejamento das tarefas.
Taylor utilizou um cronômetro para calcular os movimentos operacionais
dos operários. Ele também se preocupava com se o modo de trabalho
dos operários era realizado de forma amadora. Em sua concepção, a
gestão deveria ser tratada como uma ciência, por isso acreditava que
teria sempre um método melhor para realizar uma determinada atividade,
o qual deveria ser descoberto e aplicado por todos.
Frederick W. Taylor também contestava a necessidade de ter

sindicatos, pois, segundo ele, os resultados seriam obtidos por uma
gestão qualificada, e por funcionários inovadores e codependentes da
chefia.
Nesse percurso, surge, em 1910, o termo Administração Científica,

empregada para definir o método elaborado por Taylor, o qual buscava
cronometrar tempo e propunha fazer as atividades de forma ordenada e
não mais empírica, ou seja, indutiva.
Figura 3 – Movimentos Operacionais
Fonte: Freepik.
Taylor acreditava que deveriam ser definidos padrões, e que os

gestores deveriam dar atenção apenas aos processos que desviassem
do padrão, sejam eles positivos ou negativos, para serem tomadas
providências.
SAIBA MAIS:
Frederik W. Taylor foi um importante revolucionário da

administração para sua época. Portanto, é importante se
aprofundar em sua biografia. Saiba mais sobre a vida desse
importante estudioso clicando aqui.
Processos e a Administração Científica

Anteriormente, na Administração Científica, encontramos força
de trabalho focada nos artesões, os quais eram profissionais altamente
qualificados no seu ofício e aprendiam seu trabalho ao longo do tempo;
eram também responsáveis pela tomada de decisão do seu trabalho.
Figura 4 – Trabalho dos artesões
Fonte: Freepik
A Administração Científica transformou a mão de obra qualificada

em uma série de postos de trabalho, que contava com funcionários não
qualificados e que eram treinados para desenvolver uma determinada
tarefa. Essa nova forma de trabalho trouxe uma revolução para a época,
uma vez que mudou o ofício na forma de fazer os processos.
O novo método, denominado Administração Científica, surgiu por

meio da observação e da mensuração, realizada por Taylor, durante sua
jornada profissional.
Figura 5 – Formas de Trabalho
Fonte: Freepik
Ao observar os processos, Taylor procurou melhorar a produtividade

do trabalhador, que, segundo ele, apresentava problemas como:
•• Crença – na época, havia a crença que, se o trabalho fosse mais

produtivo, menos trabalhadores seriam necessários, gerando,
com isso, demissões.
•• Incentivo de salário – a falta de incentivo salarial contribuía para a

baixa produtividade; os colaboradores também acreditavam que
o salário pago por quantidade produzida reduziria seu salário por
peça.
•• Métodos Empíricos – o modo de fazer baseado apenas na

experiência torna o trabalho menos produtivo, ocorrendo perdas
de esforços.
EXPLICANDO MELHOR:
Em busca de resolver esses problemas, Taylor e os

adeptos a sua teoria rejeitavam o conhecimento empírico e
defendiam a prática da ciência e da análise nos processos
de produção.
Por suas contribuições empíricas, Taylor deixou um legado de

gerentes industriais inovadores, que buscam encontrar novas maneiras
para aumentar o desempenho e a produtividade das fábricas.
Frederick W. Taylor realizou o estudo denominado “Estudos de

tempo e movimentos”, através do qual buscou cientificamente encontrar
a melhor maneira de executar uma tarefa. Nesse processo, ele mensurava
o tempo da sequência do movimento realizada pelo trabalhador,
conseguindo, assim, identificar com precisão como deveria ser a realização
do trabalho e quanto seria o padrão para a execução de uma tarefa, tais
como a sequência e o tempo para o seu desenvolvimento.
Figura 6 – Trabalho Padrão
Fonte: Freepik
Algumas vantagens do Estudo de Tempo e Movimento são:
•• Eliminação de desperdício e de movimentos desnecessários.
•• Facilidade de treinamentos.
•• Tarefas sendo realizadas em menor tempo e maior eficiência.
SAIBA MAIS:
Para se aprofundar nos estudos de tempo e movimento de
Taylor, click aqui.
Segundo Chiavenato (2005), na gestão da época de Taylor, os

funcionários adaptavam seus métodos ao seu estilo de trabalho e o
gerente não possuía entendimento sobre as atividades da fábrica.
REFLITA:
Importante refletir que toda mudança gera uma dificuldade

inicial. Imaginemos uma época em que o trabalho era
realizado por artesões que coordenavam sua própria
função. A partir da introdução da Administração Científica,
esses mesmos trabalhadores passam a desempenhar
processos determinados por modo e tempo de realização;
e os gestores, por sua vez, precisaram se adaptar em ser
líderes e cobrar os serviços. Dessa forma, todos tiveram
que reaprender para desenvolver novas funções, seja o
artesão ou o líder/gestor da fábrica.
Taylor também foi responsável por introduzir conceitos como:

sistema de contabilidade, através do qual o gerente acompanhava
o que está ocorrendo nas fábricas; estudos de tempo e movimento,
os quais determinavam quanto os trabalhadores seriam capazes de
realizar, e sistemas de pagamento por produção, incentivando, assim, os
trabalhadores a produzirem um maior número de peças.
A administração científica traz alguns princípios, denominados de

Taylor ou taylorismo, são eles:
•• Substituição do trabalho empírico por métodos baseados em

estudos da tarefa.
•• Treinar e desenvolver funcionários para uma determinada função.
•• Proporcionar aos colaboradores instrução da tarefa e também a

supervisão da execução, com o objetivo da padronização.
•• Incentivo salarial e condições de trabalho.

SAIBA MAIS:
Aprofunde seus conhecimentos na Teoria de Taylor aqui.
RESUMINDO:
Frederick Tyalor era engenheiro e tinha como objetivo

o aumento da eficiência dos colaboradores, por meio
do planejamento das tarefas. Os estudos do pai da
administração propuseram cronometrar os movimentos
operacionais, através da elaboração do método de
estudo do tempo e movimento. Essas pesquisas
definiram os métodos para realizar as atividades e, para
o desenvolvimento de padrões de produção. Para isso, a
postura do gestor focou em avaliar se as tarefas estavam
de acordo com o padrão, e a mão de obra passou a ser
altamente técnica por ser trabalhadores que conseguiam
desenvolver uma atividade mediante a um padrão.
Propagação dos Pensamentos da Administração

Científica
Em 1901, Taylor deixou seu trabalho na metalúrgica e passou
a se dedicar à divulgação das suas ideias e atrair clientes para instalar
suas concepções. Em 1911, com o apoio de Morris L. Coke, o pai da
administração elaborou uma obra chamada “Princípios da Administração
Científica”, na qual apresentou os princípios universais da administração,
que tinham como fundamentos:
•• Substituição do trabalho por métodos científicos.
•• Treinamento dos operários.
•• Divisão igualitária do trabalho entre gestores e trabalhadores.
Segundo os princípios da administração científica, os gestores

e operários deveriam passar por uma mudança de mentalidade e de
atitude frente ao trabalho. Mesmo com o sucesso da sua teoria, Taylor

teve muitas críticas, principalmente, por seus princípios defenderem que
o método científico poderia ser aplicado e resolver qualquer problema no
interior da fábrica.
A Indústria e a Administração Científica

Figura 7 – A Indústria Antiga
Fonte: Marc Ferrez.
Entre 1901 a 1915, muitas fábricas americanas introduziram as ideias

da Administração Científica. Essas fábricas eram tanto grandes como
pequenas e tecnicamente inovadoras.
EXPLICANDO MELHOR:
O que se observou foi que a maioria dessas fábricas não

conseguiu introduzir todos os princípios da Administração
Científica, já que os princípios eram, muitas vezes, restritos à
melhoria do planejamento e da programação da produção.
Outros aspectos da Administração Científica, como o estudo do

tempo e movimentos, muitas vezes nunca foram realizados. Os críticos
de Taylor rebatiam com o fato de que os colaboradores perderiam sua

autonomia e criatividade com a padronização do trabalho, haja vista
que verificou-se que muitos dos empregados envolvidos na fábrica se
tornaram passivos no processo.
SAIBA MAIS:
A Administração Científica, segundo Chiavenato (2005),

desencadeia o aumento da produção, a redução de
custos e a eliminação de empregados com baixa
produção e habilidades. No entanto, os sindicatos (órgão
esses criticados por Taylor) propagaram que as ideias da
administração científica acarretariam demissões, e os
colaboradores não tiveram paciência para aguardar os
efeitos verdadeiros desse método.
Isso ocasionou reações contrárias as ideias de Taylor, tais como

greves em algumas fábricas, perdas de autoridade de alguns supervisores,
perdas no nível de habilidade e autonomia dos artesões. Assim, com a
melhoria dos processos, algumas funções desapareceram, acarretando
em demissões.
As principais críticas às obras de Taylor se centralizaram em:
•• A visão de transformar o homem em máquina.
•• A padronização que gera maior intensificação do trabalho.
•• A Administração Científica não considera o lado humano do

trabalhador.
•• A Administração Científica possui pouca comprovação científica

sobre sua eficácia.
•• A organização é tida como um sistema fechado, não levando em

conta as influências externas.
Figura 8 – Cientificidade na Administração
Fonte: Pixabay
IMPORTANTE:
Importante ressaltarmos que as ideias do taylorismo

revolucionaram as empresas da época; mesmo diante
das críticas, os princípios de Taylor foram importantes e se
tornaram marco para a época.
Embora seus estudos se concentrassem nas atividades voltadas

aos sistemas fabris, suas teorias foram os primeiros passos importantes
para o desenvolvimento iniciado pela experiência com os operários.
Após a morte de Taylor, em 1915, as suas ideias se propagaram por

todo Estados Unidos. Embora se verificasse a inviabilidade de aplicação
de todo seu método, as características foram importantes para o
desenvolvimento fabril da época.
Os estudiosos pós Taylor tiveram o desafio de apresentar uma

estrutura para a organização, partindo do princípio da filosofia defendida
por Taylor, como:
•• Delimitação da Autoridade.
•• Responsabilidade.
•• Separar planejamento da operação.
•• Incentivo aos trabalhadores.
•• Especialização das tarefas.
Os estudos de Taylor foram fundamentais para que houvesse

continuidade no desenvolvimento dos processos e, consequentemente,
melhoria da eficiência e da eficácia do processo produtivo.
RESUMINDO:
Os novos conceitos introduzidos pela Administração

Científica geraram aumento na produção e a diminuição
de custo. No entanto, algumas dúvidas sobre os
trabalhadores foram levantadas, entre elas as ideias em
torno do tratamento dos funcionários como máquinas e as
dúvidas em relação às perdas que as empresas teriam ao
adotarem essa teoria. A Administração Científica de Taylor
revolucionou os métodos de produção, promovendo o
aumento da lucratividade, mas também teve que conviver
e responder a algumas críticas a esse novo sistema de
produção.
Identificar a Teoria Clássica da

Administração
OBJETIVO:
Ao término deste material, você será capaz de compreender

a contribuição de Henri Fayol que teve seus estudos sobre
administração baseados nas ideias de Taylor, as quais, por
sua vez, foram aprimoradas de acordo com o momento da
sociedade em que ele se deparava. Fayol foi fundamental
para o desenvolvimento dos princípios fundamentais para a
administração, como o ato de planejar, organizar, comandar,
coordenar e controlar. Esses princípios estão presentes até
hoje nas empresas, promovendo o desenvolvimento das
organizações. E, então, motivado para desenvolver esta
competência? Vamos lá. Avante!.
Contribuição de Henri Fayol e Lyndall

Urwick
A Administração Científica foi difundida na França, sendo introduzida,
primeiramente, nas fábricas de propriedade do governo. As experiências
de Taylor influenciaram o francês Henri Fayol, o qual defende a estrutura
organizacional na gestão.
EXPLICANDO MELHOR:
Embora tenha sofrido influência, Fayol (1987) alega que

os estudos de Taylor estavam fundamentados na análise
do trabalho nos níveis mais baixos da organização,
desprezando, dessa forma, a unidade de comando da
organização.
Henri Fayol (1841-1925) era diretor de uma empresa de mineração,

sendo considerado pai da administração moderna. Ele concentrou-se em
estudos sobre a eficiência em níveis organizacionais.
Figura 9 – Henri Fayol
IMPORTANTE:
Importante analisar que a experiência de Fayol como diretor

possibilitava uma visão da empresa de “cima para baixo”, ou
seja, da diretoria para o chão de fábrica. Essa perspectiva se
diferenciava de Taylor, já que este tinha como experiência
a engenharia, a qual possibilitava um olhar da empresa de
“baixo para cima”, isto é, da linha de produção para a diretoria.
A teoria de Fayol se baseia em cinco elementos, são eles:
•• Planejamento/Previsão: desenvolver planos de ação voltados

para o futuro.
•• Organização: material e capital humano.
•• Comando: manutenção de pessoal e quantidade de atividades.
•• Coordenação: gerenciamento de atividades.
•• Controle: garantir a qualidade e atingir os objetivos.

Figura 10 – Os cinco elementos de Fayol
Fonte: Elaborado pela autora (2020), com base em Fayol (1994).
Esses cinco elementos foram a base usada por Fayol para

desenvolver os “14 princípios” para melhorar a eficácia da gestão.
Proposta de Henri Fayol

Henri Fayol, embora tenha seus estudos baseados em Taylor, tinha
concepções distintas das propostas pelo pai da administração. Observe
com atenção o quadro que segue para compreender melhor as diferentes
perspectivas:
Quadro 1 – Diferenças entre as teorias de Taylor e Fayol
Fonte: Elaborado pela autora (2020).

SAIBA MAIS:
Aprofunde seus conhecimentos sobre as diferenças entre

as teorias de Taylor e Fayol aqui.
A gestão de Fayol deveria ser concentrada na melhoria das práticas

gerenciais, as quais melhorariam a eficiência institucional. Essas práticas
deveriam dar importância para a prática da previsão e do planejamento;
desse modo, os processos seriam realizados com eficiência.
Fayol, diferentemente de Taylor, se preocupava com o coletivo dos

colaboradores, tendo como foco a formação coletiva e a humanidade; o
pensamento de Taylor, em contrapartida, tinha o trabalhador individual
como objeto de trabalho.
Figura 11 – Colaboradores e o coletivo
Fonte: Freepik
Princípios da Administração
Na Teoria da Administração Clássica, encontramos os 14 princípios
desenvolvidos por Fayol, os quais têm como objetivo a gestão de forma
mais eficaz.
No que tange a esses princípios, Maximiano (2011) assevera que são

importantes por estarem presentes na estrutura da gestão administrativa.
são eles:
1º. Divisão do Trabalho: organizar o trabalho e proporcionar a

especialização como ferramenta de melhoria contínua, e também
assegurar que o trabalhador estará concentrado naquela atividade.
2º. Autoridade: direito de dar ordens e de exigir obediência.
3º. Disciplina: considera que a empresa só atingirá bons resultados

se todos compreenderem seus papeis e obedecerem.
4º. Comando: os funcionários devem receber ordens de apenas um

chefe.
5º. Direção: a organização deve se mover em uma única direção e

objetivo; para isso todos devem estar alinhados.
6º. Subordinação: todos no interior da organização devem ser

submissos ao interesse da empresa e não aos seus individualmente.
7º. Remuneração: a remuneração deve ser justa e recompensador

pelo esforço desprendido.
8º. Centralização: uma organização deve possuir um foco

centralizador para desenvolver metas e planejamentos.
9º. Hierarquia: na organização, é importante estabelecer uma

unidade de gestão estabelecida pela hierarquia, já que a escala hierárquica
é fundamental para o progresso da empresa.
10º. Ordem: deve ser equilibrado os recursos de acordo com a

necessidade da empresa, todos com a mesma tarefa devem ser situados
em um mesmo espaço/local.
11º. Equidade: os funcionários devem tratados de forma igualitária.
12º. Estabilidade de retenção de pessoal: reter/manter os

funcionários em uma empresa se torna uma prioridade na organização.
13º. Iniciativa: a equipe de trabalhadores deve ser estimulada a ter

iniciativa.
14º. Espirito de grupo: a empresa deve estimular a harmonia e o

espírito de equipe entre os trabalhadores.
SAIBA MAIS:
Conheça mais sobre os 14 princípios da Administração

segundo Henri Fayol aqui.
Os princípios gerais da administração de Fayol contêm uma ampla

diversidade de assuntos; entretanto, os temas abaixo apresentam maior
foco de estudos para Fayol são eles:
•• Eficiência.
•• Pessoas.
•• Atitudes.
Em seus estudos, Fayol define as cinco funções da administração

utilizadas até hoje como:
•• Prever – definir objetivos e meios para alcançá-los.
•• Organizar – definir e alocar recursos.
•• Comandar – motivar, liderar e direcionar para um objetivo.
•• Coordenar – orientar e coordenar grupos.
•• Controlar – definir padrões, avaliar desempenho e agir

corretivamente.
Fayol desenvolveu modelos organizacionais estabelecendo a

divisão do trabalho de modo vertical (níveis de autoridade), horizontal
(autoridade linear) e staff (consultoria), tendo como ênfase a estrutura da
organização e o comando de cima para baixo.
Figura 12 - Liderança
Fonte: Freepik
Princípios de Lydall Urwick

Figura 13 – Lydall Urwick

Lydall Urwick (1891 – 1983) foi oficial do exército britânico e se tornou

um consultor inglês, que divulgava as ideias de Henry Fayol. Ele era um
pensador que unia as ideias da Administração Científica com a Teoria da
Organização Clássica.
Ao longo de suas pesquisas, promoveu o desenvolvimento de

outros estudos da administração, bem como desenvolveu princípios para
atingir a eficácia gerencial. Nesse período, publicou vários livros, além de
artigos, os quais propôs sintetizar o estudo dos 14 princípios da Teoria de
Fayol para apenas 10. Vamos conhecê-los:
1. Princípio do objetivo: uma organização só existe se tiver um

objetivo definido.
2. Princípio da especialização: dimensiona o trabalho sendo que o

indivíduo deve fazer apenas uma função.
3. Princípio da coordenação: organizar e coordenar o esforço.
4. Princípio da autoridade: deve ser definida uma autoridade que

deve ser conhecida por todos.
5. Princípio da responsabilidade: o superior deve ser responsável

pelas ações dos subordinados.
6. Princípio da definição: os deveres, as autoridades e as

responsabilidades devem ser bem definidas dentro de uma
organização.
7. Princípio da correspondência: devem ter responsabilidade e

autoridade dentro da empresa sendo que cada um deve ter sua
correspondência.
8. Princípio da amplitude: cada superior deve ter limitado seu número

de subordinado.
9. Princípio do equilíbrio: a organização deve ser mantida em

equilíbrio.
10. Princípio de continuidade: o gestor deve estar disposto a manter a

organização da empresa.
RESUMINDO:
Observando os princípios definidos por Lydall e os de

Fayol, concluímos que atualmente ainda utilizamos esses
conceitos na administração. Dessa forma, vale salientar
a importância de refletirmos sobre esses importantes
estudiosos, que desenvolveram teorias que ultrapassaram
suas épocas.
SAIBA MAIS:
Leia aqui o artigo As bases históricas da gestão da qualidade:

a abordagem clássica da administração e seu impacto na
moderna gestão da qualidade. Ao longo da leitura, observe
a importância desse estudo para a administração atual.
Compreender a Administração Burocrática
OBJETIVO:
Ao término desta produção, você será capaz de entender

como surgiu a Teoria Burocrática desenvolvida por Max
Weber e refletir sobre os conceitos burocráticos que
promoveram o desenvolvimento de empresas da época e
auxiliam as organizações até hoje no século XXI. E, então,
motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá.
Avante!.
A Administração Burocrática de Max Weber

Karl Emil Maximilian Weber (1864-1920), conhecido como Max Weber
foi um dos maiores sociólogos e criador da Sociologia da Burocracia.
Em meados da década de 1940, enquanto empresas iam surgindo,
outras desenvolvendo com rapidez, as máquinas evoluíam e as teorias
da administração eram implantadas, mesmo que tenham surgido as
teorias sobre como administrar, ainda encontravam problemas com essa
administração, pois o lado pessoal (com base em opiniões dos próprios
empresários), na administração, permanecia na tomada de decisão.
NOTA:
Importante ressaltar que muitas vezes os empresários

não estavam preparados para o ato de administrar. Dessa
forma, os méritos e os incentivos eram dados mais pelo
lado pessoal ou até mesmo pelo humor do empresário, do
que por métodos claros de meritocracia. Esse fato deixava
os trabalhadores desmotivados, sendo alvo de constantes
reivindicações.
A falta de regras, de procedimentos específicos e de objetivos

claros davam sinais de que os progressos dessas empresas estariam
ameaçados. Com isso os estudiosos passaram a perceber que a falta da

racionalidade nos processos e nas decisões iriam sinalizar problemas
para a época.
As empresas passaram a sentir que necessitavam ter ordem
e exatidão, e começaram as reivindicações de trabalhadores por
tratamentos justos e imparciais. Nesse cenário, surgiram os estudos
de Max Weber, cujos estudos analisaram as organizações de forma
estruturada e racional, considerando os meios utilizados e os objetivos
previstos pela organização.
Max Weber acreditava que o método burocrático seria a única

forma de gerir um grande número de colaboradores, proporcionando
desenvolvimento eficiente e eficaz para a organização.
Figura 14 – Forma estruturada de organização
Fonte: Freepik
IMPORTANTE:
Vale ressaltar que a burocracia defendida pelo sociólogo

Max Weber não se refere ao conceito popular, que associa
a palavra ao termo emperrado, indicando a morosidade
dos processos, geralmente públicos.
O termo burocracia, tal como proposto por Weber, é dado a uma

teoria que visa resolver os problemas apresentados pela sociedade na
época, mudando as concepções das empresas, as quais necessitam desse
momento para estruturar melhor os processos e as relações humanas, e,
assim, atingir os seus objetivos organizacionais. Entre o final do século XIX
e inicio do século XX, as organizações receberam as contribuições de Max
Weber (1864 – 1920), que era um sociólogo alemão, economista político e
estudioso em administração.
As ideias do sociólogo expressam sua relação com a sociedade

da época, na qual ele acreditava que os indivíduos estavam sujeitos
ao aprisionamento burocrático da época. Weber viveu na época da
Revolução Industrial do final do século XIX. Nesse período, ocorriam
inúmeras transformações sociais, de cunho cultural e econômico. Essas
transformações levariam a sociedade a se tornar cada vez mais racional
e burocrática.
Figura 15 – Revolução Industrial
Fonte: Andreas Praefcke.

A Teoria Burocrática na administração teve início em 1940. O

desenvolvimento dessa teoria ocorreu devido a alguns fatores, entre os
quais pode-se destacar:
•• A teoria clássica e das relações humanas se mostravam frágeis

para as transformações da época.
•• Necessidade de um modelo de gestão que trata todas as variáveis

envolvidas em todas as empresas e não somente as fábricas.
•• Modelos organizacionais mais bem definidos em relação às

especificidades das empresas.
Devido à grande transformação social do período, Max Weber

analisou a sociedade em seus estudos. , através dos quais definiu três
tipos de organizações societárias, são elas:
•• Sociedade tradicional - possui características patriarcal e

patrimonialista, como a família.
•• Sociedade carismática - possui características místicas e partidos

políticos.
•• Sociedade legal - possui características de normas e de

racionalidade.
Segundo Max Weber, cada tipo de sociedade necessita de um tipo

de autoridade, a qual diz respeito a um poder oficializado.
NOTA:
Importante ressaltar que a autoridade citada nesse trecho

refere a um tipo de poder oficializado.
A autoridade possibilita ter o poder sobre algo, sendo assim,

quando se tem autoridade se tem o poder, ou seja, ter autoridade é se
fazer obedecer.
Figura 16 – Liderança
Fonte: Freepik
Weber, em seus estudos, aponta para três tipos de autoridade, a

saber:
•• Autoridade tradicional - subordinados aceitam as ordens dos

superiores;
•• Autoridade carismática - subordinados aceitam as ordens por

influência da personalidade e por se identificar com o líder;
•• Autoridade racional-legal - as regras são determinadas em um

regulamento, através do qual todos passam a ter conhecimento
dessas regras. Nesse tipo de autoridade, o cargo indica o poder
da pessoa.
Max Weber acreditava que a autoridade racional-legal traria maior

desenvolvimento para as empresas. Por isso, desenvolveu o modelo
de “Teoria da Burocracia” para as organizações, determinando algumas
características que devem compor a organização:
•• Caráter legal das normas e regulamentos
Criação de normas e de regulamentos por escritos.
•• Caráter formal da comunicação
Comunicação deve ser realizada por escrito.
•• Caráter racional e divisão do trabalho
O trabalho deve ser dividido para obter eficiência.
•• Relações impessoais
Não deve haver distinção entre pessoas e sim entre cargos.
•• Hierarquia por autoridade
Definição de autoridades por meio de cargos.
•• Rotinas e procedimentos padronizados
Regras e procedimentos auxiliam na organização em relação à

conduta de funcionários dentro das organizações.
•• Competência e meritocracia
Responsáveis por determinar a admissão e a alteração de funções

dentro das empresas.
•• Profissionalização dos trabalhadores
Colaboradores devem ser especialistas em um determinado cargo.
Previsão de atividades em normas de regulamento.
A teoria burocrática parte de uma concepção sobre burocracia. Para

entender melhor esta concepção, seguiremos nosso estudo,.
Concepção Burocrática
A burocracia estabelece regras, normas, regulamentos, padrões e
procedimentos, o seu objetivo é possibilitar que as organizações possam
ser administradas de modo eficiente e eficaz.
Segundo Maximiano (2011), a concepção burocrática possui relação

com os seguintes elementos:
•• Regulamentos que visam controlar atividades.
•• Crenças e valores de uma sociedade.
•• Produzir efeitos pretendidos.
•• Classificar ou organizar segundo critérios.
•• Determinar ordem de processos.
•• Grupos de pessoas com objetivos iguais.
•• Cumprimento de um dever.
A burocracia trata-se de um modo de gerir a instituição,

desenvolvendo regras, padrões e procedimentos que visam simplificar
o funcionamento das empresas. Esses padrões e procedimentos são
escritos e conjugados a técnicas administrativas e hierárquicas, os quais
são utilizados como documentos para checagem de desempenho e, caso
estejam fora do previsto, serão utilizadas ações de medidas corretivas.
Exemplo:Um exemplo que podemos mencionar de burocracia são

os formulários utilizados para declarar o imposto de renda. Você já viu
um?
O preenchimento desses formulários requer informações

específicas, além de regras que determinam o que pode ser declarado
ou não. Ao preencher os formulários, encontramos uma facilidade em
introduzir informações. No entanto, se torna complexo o fato de ter que
conhecer as regras e cumprir o regulamento exigido no sistema para ter
efetivada a declaração.
A Empresa e a Burocracia
Max Weber prega que os funcionários devem ser analisados de
acordo com suas atividades de forma impessoal. Essa análise deve
ocorrer por meio de regras pré-estabelecidas, do mesmo modo em
que as promoções devem ocorrer por meio de processos de análise de
méritos mensuráveis.
A Teoria de Weber sobre burocracia tem como tema:
•• Mão de obra especializada.
•• Meritocracia.
•• Métodos padronizados.
•• Hierarquia no trabalho.
Algumas características da burocracia de Weber são:
•• Hierarquia organizacional.
•• Autoridade.
•• Regras preestabelecidas para tomada de decisão.
•• Especialização da mão de obra.
As empresas que adotam o modelo gerencial burocrático definido

por Max Weber acreditam que os processos e as regras devem ser
estabelecidos de forma clara, e os colaboradores deverão ser julgados
ou promovidos por essas regras. Sendo assim, o fator individual humano é
desconsiderado, o importante são os fatores que poderão ser mensurados
sobre o desempenho do trabalhador.
A Teoria Burocrática defende uma mão de obra altamente técnica e

mecânica, cuja preocupação está baseada na estrutura da empresa, nos
cargos e nos salários, tornando todas as ações da empresa previsíveis por
meio de padrões e de procedimentos.
A mentalidade burocrática desconsidera o caráter humano e

despreza as instabilidades e as alterações que podem ocorrer no cenário
externo. Esses fatos dão margem às mentalidades críticas ao modelo.
EXPLICANDO MELHOR:
Os críticos da Teoria Burocrática alegam que o sistema

burocrático não aceita o fato de que as coisas podem
mudar constantemente, e que todas as regras registradas
em manuais devem contar com o interesse dos
trabalhadores em tomar ciência e colocar em prática esses
procedimentos.
Max Weber acreditava que uma organização condicionada por

regras e procedimentos rígidos tornaria mais aptos a conquistar, a
eficiência e a eficácia. No entanto, a falta de possibilidade de mudanças
e o foco nos processos alertaram os estudiosos sobre a importância das
pessoas nesse processo.
Dessa forma, é necessário iniciar um estudo sobre as relações

humanas, por meio da gestão comportamental, que visa tornar a empresa
mais humana e menos mecânica.
No século XXI, a Teoria Burocrática apresenta uma grande

importância para a administração aplicada. Atualmente, nas empresas de
grande ou pequeno porte, embora ainda necessitem de outras teorias
que complementem seus estudos, a Teoria Burocrática foi um marco para
a administração.
SAIBA MAIS:
Leia o texto que trata sobre as informações e os detalhes

do pensamento de Max Weber clicando aqui.
RESUMINDO:
Max Weber, devido ao cenário de novas empresas

surgindo, outras se desenvolvendo e as máquinas em um
alto grau de evolução, previu que a falta de racionalidade
nos processos seriam as origens dos grandes problemas.
Em decorrência disso, defendeu a Teoria Burocrática que
visava estabelecer padrões como modelos de gestão,
definindo tratamento juntos aos colaboradores, e o
gerenciamento que visasse um único modo de se fazer
para o desenvolvimento eficiente e eficaz da empresa.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4 ed.
São Paulo: Markron Books, 2005.
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria da Administração: modelo

burocrático de organização. 7. ed. São Paulo. CAMPUS, 2004.
FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. 10. ed. São Paulo: Atlas,

1994.
FERREIRA, A. A; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de

Taylor aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 1997.
GOMES, B. A diferença entre a Administração Científica e Clássica.

LinkedIn, 2015. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/
diferen%C3%A7a-entre-administra%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica-e-
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KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7. ed. São Paulo:

Perspectiva, 2003.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 8. ed. São Paulo:

Atlas, 2011.
PALADINI, E. P. As bases históricas da gestão da qualidade: a

abordagem clássica da administração e seu impacto na moderna gestão
da qualidade. Gestão e Produção, v. 5, n. 3, dez., 1998.
POLICARPO, A. P. M. Reflexões sobre a teoria burocrática weberiana.

Sociologia Jurídica, n. 15, jul./dez., 2012. Disponível em: https://
sociologiajuridica.net/reflexoes-sobre-a-teoria-burocratica-weberiana/.
Acesso em: 11 fev. 2020.
RABACHIM, F. Administração Científica de Taylor. Administradores,

2016. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/
administracao-cientifica-taylor. Acesso em: 11 fev. 2020.
SILVA, B. Taylor e Fayol. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1987.

SOUZA, A. R.; FERREIRA, V. C. P. Introdução a administração: uma

iniciação ao mundo das organizações. 6. ed. Rio de Janeiro: Pontal, 2004.
SOUZA, H. Os princípios da Administração Cientifica.

Administradores, 2017. Disponível em: https://administradores.com.br/
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TAYLOR, F. W. Principios de Administração Científica. 8. ed. São

Paulo: Atlas, 1995.
TEMPOS MODERNOS. United Artists. EUA, 1936. 1 vídeo (1:23:09).

Publicado pelo canal Tarcisioantoniolopes. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ. Acesso em: 10 fev. 2020.
TIAGO, T. Teoria Clássica da Administração segundo Henri Fayol.

Administradores, 2007. Disponível em: https://administradores.com.br/
artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol. Acesso
em: 11 fev. 2020

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Teoria da

Conhecer a Teoria de Taylor.................................................................... 18

Processos e a Administração Científica....................................................... 20

Propagação dos Pensamentos da Administração Científica........25

A Indústria e a Administração Científica.......................................................26

Identificar a Teoria Clássica da Administração................................30

Proposta de Henri Fayol...........................................................................................32

Princípios de Lydall Urwick................................................................................... 36

Compreender a Administração Burocrática.....................................39

1. Compreender a Administração Científica,

2. Conhecer a Teoria de Taylor.

3. Identificar a Teoria Clássica da Administração.

4. Compreender a Administração Burocrática.

Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?

Compreender a Administração Científica

Ao término deste material, você será capaz de compreender

A Revolução Industrial tornou-se um marco econômico e social da

Esse marco ocorreu com a transição da economia europeia, em

O mundo vivia um processo de revolução onde encontramos as

•• Mão de Obra – Trabalhadores rurais migraram para os centros

•• Meios de produção – As pequenas oficinas foram substituídas por

•• Instrumentos de trabalho – Ferramentas foram substituídas por

•• Fontes de Energia – Água, vento e força muscular foram

A Revolução Industrial ocorreu em três fases distintas, são elas:

1ª Fase (1760 a 1850)

Essa fase ficou caracterizada pela utilização do carvão como fonte

A Primeira Revolução Industrial representou um marco para a

Principais avanços dessa fase:

- Uso do carvão como fonte de energia na máquina a vapor.

- Desenvolvimento da máquina a vapor e locomotivas.

- Surgimento da indústria têxtil, como o algodão.

- Indústria siderúrgica ampliada.

Contudo, é importante frisar que as condições de trabalho

As principais consequências desse período foram:

- Substituição do trabalho humano por máquina.

- Crescimento desacelerado das cidades, aumento das favelas, da

- Aumento das indústrias.

- A sociedade se dividiu em burguesia e proletariado.

2ª Fase (1850 a 1914)

Caracterizado pela utilização da eletricidade e dos derivados de

A segunda fase trouxe ainda mais aumento da produção, e as

Essa fase é caracterizada pelo fortalecimento do capitalismo oriundo

A Segunda Revolução Industrial possibilitou a introdução de novas

A utilização do petróleo deu origem à invenção do motor,

Principais avanços dessa fase:

- Substituição do ferro pelo aço.

- Invenção do telefone e da televisão.

- Utilização de máquinas na indústria.

As principais consequências são:

- Aumento da produção em massa.

- Avanço dos transportes e da telecomunicação.

- Surgimento das grandes cidades.

3ª Fase (metade do século XX)

A terceira fase da revolução industrial é também conhecida como a

Nessa fase, iniciou-se os avanços tecnocientíficos encontrados

A globalização marca essa fase proporcionando uma melhor

Nesse período, se observa uma nova forma de produção e uma nova

A globalização permite diminuir as barreiras entre os mercados,

•• Consolidação do capitalismo financeiro.

•• Maior troca de informações.

•• Esgotamento dos recursos naturais.

•• Necessidade de conscientização do desenvolvimento sustentável,