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Educacionais
Educação e Tecnologia
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
FRANCIANE HEIDEN RIOS
AUTORIA
Franciane Heiden Rios
Olá! Sou formada em Pedagogia, especialista em Tecnologias
Educacionais e Educação Especial e Inclusiva, com mestrado em
educação. Estou na educação desde o início da minha vida profissional,
cursei magistério, então iniciei com estágios em escolas e nunca mais
sai. Esse espaço, rico de aprendizagens humanas, oportunizou-me pensar
sobre diferentes questões e perceber as pessoas em suas diferentes
necessidades. Durante dez anos fui servidora concursada, educadora e
professora dos municípios de São José dos Pinhais, Curitiba e Araucária.
Atuei como supervisora do curso de Pedagogia da UNIVESP, Universidade
Federal do Paraná e lecionei em diversas instituições de ensino superior,
sempre no curso de Pedagogia e em disciplinas correlatas à educação.
Atualmente, sou diretora pedagógica da Curiosidade, instituição que atua
em parceria com redes de ensino para desenvolvimento de boas práticas
educativas, tendo como subsídio a perspectiva do desenho universal para
a aprendizagem. Acredito no princípio básico da inclusão e no respeito
pela diversidade, portanto, escrever, palestrar, capacitar ou qualquer outra
ação, ou prática profissional relacionada ao tema, são hoje meu foco de
atuação. E, nesse cenário, as tecnologias são essenciais, afinal, elas são
ferramentas que permitem superar barreiras e ampliar possibilidades no
processo ensino-aprendizagem. Porém, como todo processo relacional,
é fundamental compreender que a tecnologia, por ela só, não significa
transformação, é a ação do educador, do professor, do ser humano por
trás dessa ferramenta que significa a condição humana
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Definição de Tecnologias Educacionais............................................. 10
Compreendendo o Conceito de Tecnologia................................................................10
Fluência Digital................................................................................................................................. 50
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 7
01
UNIDADE
8 Neuroeducação e Tecnologias Educacionais
INTRODUÇÃO
“Gente, com esse tamanho, ele já sabe mexer no celular?” É
possível que você já tenha ouvido essa frase. Ainda, é cada vez mais
comum nos depararmos com crianças entretidas com seus tablets,
celulares e demais aparatos tecnológicos em diversos espaços, tais
como restaurantes, consultórios médicos, entre outros. Não somente as
crianças, os jovens, adultos e idosos se ocupam cada vez mais, cada um a
seu modo e convergentes às suas necessidades, às tecnologias e de suas
possibilidades. Nesse cenário, a educação não é, e nem deve ficar isenta,
isolada dessa relação tecnologia e comportamento humano. Mais que se
apropriar das ferramentas, cabe à Educação pensar sobre, com e a partir
da tecnologia e suas facetas o ensino, a aprendizagem e, sobretudo, a
concepção de sociedade que emerge dessas interações. Assim, no campo
da Neuroeducação, é fundamental compreender os conceitos inerentes à
tecnologia, desmistificando os sentidos de termos corriqueiros, porém, se
mal concebidos repercutem em práticas educativas questionáveis.
Com os termos esclarecidos, seguiremos nosso percurso de
aprendizagem questionando e identificando as implicações das
tecnologias educacionais nos objetivos de ensino e nas expectativas de
aprendizagem. Abordaremos as competências digitais esperadas diante
da TDIC, os conhecimentos, as habilidades e as atitudes objetivadas
nesse cenário. Os desafios para essas competências serão discutidos
na terceira competência, na qual identificaremos como as interferências
socioeconômicas e culturais influenciam nessa perspectiva, implicam na
apropriação tecnológica e, consequentemente, no processo de ensino-
aprendizagem mediado por elas. Tema que será expandido na última
competência, encerrando a proposta dessa unidade.
Mesmo aqui, nesse início de conversa, é possível afirmar que, como
todo tema relacionado à educação, a relação Neuroeducação e Tecnologia
não é diferente: apresenta desafios que precisam ser pensados e repensados
intermitentemente, assim, finalizaremos essa primeira unidade identificando
esses desafios no mundo contemporâneo. É da constante reflexão que se
avança na construção do conhecimento e fazemos melhores profissionais,
assim, a partir dessa premissa, convido você, estudante, para trilhar esse
percurso rico de aprendizagens, dando sentido e vida às reflexões e às
discussões propostas nesse material. Vamos juntos?
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:
DEFINIÇÃO:
Para Kenski (2002), tecnologia é a totalidade das coisas
resultantes da engenhosidade do cérebro humano. Está
presente em todas as épocas, em diferentes formas de uso
e para diferentes aplicações.
Jornal Fotocopiadoras
Telégrafo Videocassetes
Fotografia Videogames
Cinema Revistas
Televisão Programas de rádio
especializados
TV a cabo
IMPORTANTE:
DEFINIÇÃO:
Para Santaella (2003):
EXPLICANDO MELHOR:
DEFINIÇÃO:
Fonte: Freepik.
Para tanto, cabe pensarmos no que é preciso para que essas tecnologias
contribuam para a mais reflexiva do ser humano e de um mundo melhor.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que tecnologia não se restringe a computadores, celulares
e internet, esse termo diz respeito à totalidade das coisas
resultantes da engenhosidade do cérebro humano. Está
presente em todas as épocas, em diferentes formas de uso
e para diferentes aplicações e se relaciona diretamente a
três palavras: evolução, progresso e comodidade. Ainda,
que o pensamento, que organiza o conhecimento e o
processo de construção de alguma ferramenta, também é
tecnologia.
OBJETIVO:
Figura 3 – Conectividade
Fonte: Freepik
Comunicar
Pensar
Lidar e produzir
Agregar e rastrear
Fonte: Freepik
DEFINIÇÃO:
DEFINIÇÃO:
SAIBA MAIS:
TECNOLÓGICA
Explora novas possibilidades
tecnológicas com
flexibilidade.
ÉTICA COGNITIVA
Interage de forma Acessa, seleciona e
responsável com as avalia de forma crítica as
tecnologias. informações.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido que as TDIC conectadas são, por natureza,
multilinguagens, conectivas e hipertextuais, sendo
que o processo de interação, leitura e associação se
configura como multitarefas, não lineares, autodidáticos,
exploratórios e colaborativos. Características que não são
inéditas no processo de ensino-aprendizagem, mas que,
com o advento tecnológico, passam a ser encaradas como
tendências contemporâneas, demandando habilidades
relacionadas à participação ativa, criativa, lúdica e engajada
por parte dos sujeitos. Vimos dois conceitos fundamentais
relacionados ao ensino-aprendizagem na relação com as
TDIC: a interatividade e a autonomia.
Racionalidade Instrumental e
Determinismo Tecnológico
OBJETIVO:
Fonte: Freepik.
termos nos permitem pensar sobre a forma como cada um desses sujeitos
aprende, ensina e constrói conhecimento.
IMPORTANTE:
Fonte: Freepik.
36 Neuroeducação e Tecnologias Educacionais
esta só pode ser aplicada quando aquela ocorrer de maneira ampla, mas
tão somente destacar que são instrumentos importantes e que, podem de
fato, ser trabalhadas de maneira conjunta. Inclusive, pelas formas como o
processo educacional tem se apresentado, em especial em virtude dos
aspectos surgidos com a pandemia da Covid-19, não há como dissociar
as realidades.
“Obviamente, isso não significa que se deva esperar
que se chegue a erradicar o analfabetismo para se
desenvolver políticas de inclusão digital. Não podemos
esquecer que a luta pela inclusão digital é uma luta contra
o tempo. As novas tecnologias da informação aumentam
a desigualdade social, de forma que a universalização do
acesso não é mais do que a luta por um novo nivelamento
das condições de acesso ao mercado de trabalho”. (SORJ,
GUEDES, 2005 p.116)
Sobre esta relação tênue que deve existir entre inclusão escolar
e inclusão digital, destaca-se que decorre do processo observado no
próprio mercado de trabalho, visto que é pré-requisito, atualmente, para
assumir um emprego, não apenas o conhecimento técnico, mas essencial
o conhecimento informático.
“As exigências da economia e os novos empregos obrigam
a convivência de políticas públicas que trabalhem
simultaneamente com diferentes setores sociais e ritmos
desiguais de universalização de serviços públicos. Não se
pode, porém, desconhecer o imbricamento das políticas
sociais, e o fato de que o sucesso final depende de um
programa integrado de universalização dos vários serviços
públicos”. (SORJ, GUEDES, 2005 p.117)
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que Palfrey e Gasser (2011) são responsáveis pelos
termos nativos, imigrantes e colonizadores digitais. Esses
autores relacionaram as habilidades para o uso das TDIC
com a faixa etária populacional, assim, aqueles que
nasceram após os anos 80, por serem contemporâneos
às tecnologias, teriam maiores habilidades e seriam os
“nativos digitais”, os imigrantes seriam os que antecedem
essa geração e, portanto, precisariam “se familiarizar”
com a tecnologia emergente e, os colonizadores digitais,
seriam as pessoas que destoam do primeiro e do segundo
grupo, correspondendo àquelas pessoas que nasceram
em mundo analógico, mas são responsáveis ou vem
contribuindo para a evolução digital.
OBJETIVO:
Letramento Computacional,
Informacional e em Mídias: Ponderações
Necessárias
Vimos que para que a inclusão digital se efetive, três ações
essenciais são necessárias: a disponibilização da tecnologia aos usuários,
a formação técnica desses para o uso e, a formação intelectual crítica
para refletir sobre seu papel de usuário.
DEFINIÇÃO:
IMPORTANTE:
IMPORTANTE:
Fluência Digital
Dessas considerações, podemos avançar para a perspectiva da
fluência digital. Essa condição de ser fluente diz respeito ao “algo a mais”
para se comunicar diante das peculiaridades das TDIC.
Hoje nas redes sociais é comum nos depararmos com “memes”, que
são imagens com textos ou outros formatos, geralmente com conteúdos
engraçados. Para compreender a “graça” que esse recurso carrega em si,
é preciso ser fluente na linguagem que o compõe, afinal, há um contexto
que o significa e faz como que ele seja, portanto, engraçado ao comunicar
sua mensagem.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 51
IMPORTANTE:
PASSO A PASSO
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
BUZATO, M. E. K. Letramentos digitais e formação de professores.
São Paulo: Portal Educarede. 2006. Disponível em:http://educarede.
org.br/educa/img_conteu-do/marcelobuzato.pdf . Acesso em: 8 de
novembro de 2021.