Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e Prática
Wannise de Santana Lima
Aula 01
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
ANALICE OLIVEIRA FRAGOSO
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
WANNISE DE SANTANA LIMA
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Afinal, como surgiu a prática da avaliação educacional no
Brasil?...............................................................................................................12
Avaliação diagnóstica......................................................................................25
Avaliação formativa...........................................................................................27
Avaliação somativa...........................................................................................29
01
UNIDADE
10 Avaliação: teoria e prática
INTRODUÇÃO
A avaliação faz parte da nossa vida e também do processo de
aprendizagem. Avaliamos se o nosso dia foi bom ou ruim, avaliamos o
quanto as pessoas que convivemos são interessantes e competentes,
avaliamos o desempenho dos nossos filhos ou das crianças que
convivemos e também avaliamos o quanto aprendemos ou deixamos
de aprender sobre algum tema. Na nossa memória, temos o registro de
experiências de aprendizagem e dos momentos de avaliação escolar.
Alguns guardam recordações da avaliação como momento único,
de prova, caracterizado por ser tenso e punitivo. Outros, mais felizes,
passaram por professores que integraram a avaliação ao processo de
aprender, e conseguiram construir com os alunos memórias agradáveis.
Estudar a avaliação exige a reflexão individual de cada futuro
professor sobre como foi o seu processo de avaliação escolar e em
que medida ele contribuiu para a construção das suas aprendizagens.
Nosso primeiro exercício é compreender a avaliação não apenas como
momento de verificação das aprendizagens, como o momento da prova,
mas ampliar este olhar e perceber a avaliação como parte importante do
processo de ensinar e aprender.
Esse processo exige o conhecimento sobre a história da avaliação,
marcada inicialmente pela elaboração de exames escolares, e somente
a partir da década de 30 começou a usar a expressão avaliação da
aprendizagem, para expressar a necessidade de atenção que os
educadores precisam ter com a aprendizagem dos seus educandos,
propondo uma prática pedagógica mais eficiente. No Brasil, começamos
a falar de avaliação da aprendizagem no final dos anos 60, início dos
anos 70. Antes falávamos apenas de verificação da aprendizagem a
partir de exames escolares. Nosso grande desafio é aprender a sermos
avaliadores. Essa é uma habilidade que precisamos construir como
educadores: aprender não apenas os conceitos teóricos sobre avaliação,
mas especialmente o de aprender a avaliar. Ao longo desta unidade letiva
vamos mergulhar neste universo!
Avaliação: teoria e prática 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
ACESSE
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/
article/view/8640534/8093
EXPLICANDO MELHOR
ACESSE
ACESSE
https://www.youtube.com/watch?v=FkaO7zFPZPw
Figura 2 – Modelo de Avaliação de Currículo, Segundo Ralph Tyler. Fonte: Ana Maria Saul,
1985
ACESSE
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/52.
pdf
Cognitivo
Psicomotor Afetivo
22 Avaliação: teoria e prática
ACESSE
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf
Avaliação diagnóstica
Da mesma forma que o médico, o professor também pode
usar instrumentos para diagnosticar. A diferença é que o professor vai
diagnosticar os saberes dos alunos. A avaliação diagnóstica é analítica,
deve ser realizada no início de um processo de aprendizagem e tem
como propósito identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes
que os estudantes já possuem ou as que necessitam de ajustes, e, a
partir daí, nortear o planejamento do professor, que deverá organizar as
estratégias de ensino específicas, de acordo com o perfil da turma, com
base nas situações identificadas na atividade diagnóstica. Ela pode ser
feita com diversos instrumentos, tais como:
• Conversa informal com a turma no primeiro dia de aula;
• Entrevistas;
• Questionários;
• Aplicação de dinâmicas de integração, com perguntas sobre os
temas de estudos previstos;
• Fóruns de discussão em que os estudantes sejam motivados a
apresentarem os seus conhecimentos prévios sobre os temas das aulas;
• Questões que diagnostiquem o que os estudantes já sabem
• Enquetes e outros
26 Avaliação: teoria e prática
ACESSE
https://www.youtube.com/watch?v=_eHrHiZ8jCQ
Avaliação: teoria e prática 27
Avaliação formativa
A avaliação formativa compreende todas as atividades realizadas
ao longo do processo de formação para que os alunos demonstrem o
que estão ou não estão aprendendo. Ela está incorporada ao processo
de ensinar com o propósito de a aprendizagem dos alunos detectando
as dificuldades a fim de corrigi-las rapidamente.
Embora existam diferenças nas concepções de avaliação
formativa de diversos autores, a partir de Bloom elas têm em comum a
mesma essência. Todos os autores sugerem que a avaliação formativa
possui as seguintes características:
• deve ser realizada durante o processo de ensino-aprendizagem,
• deve ser contínua,
• Não deve ter caráter classificatório,
• deve ser baseada fortemente no feedback, tanto para o
professor como para o aluno.
Uma importante característica da avaliação formativa é a
capacidade de gerar informações sobre a construção dos conhecimentos
dos alunos, identificando as competências que já construíram e as
principais dificuldades encontradas. Na avaliação formativa o professor
deve estabelecer um feedback contínuo sobre o andamento do processo
de aprendizagem com os alunos.
A avaliação formativa pode ser feita com diferentes instrumentos,
vão variar de acordo com o perfil das turmas, a modalidade de ensino e
os cursos. Veja alguns exemplos:
• observação dos alunos em aula;
• Entrevistas;
• lista de exercícios;
• observação dos cadernos e atividades de casa;
• correção na sala de aula das atividades realizados pelos alunos,
individualmente ou em grupo
• produção de projetos de caráter mais prático;
• construção de portfólios;
• diário de bordo;
• teatro;
• júri simulado;
28 Avaliação: teoria e prática
• mapas conceituais;
• esquemas;
• vídeos
• podcasts;
• debates, fóruns de discussões, exposições;
• testes;
• fichas de auto-avaliação fornecidas ao aluno.
A avaliação formativa propicia aos estudantes maior
responsabilidade acerca de seu próprio processo de aprendizagem e da
construção de autonomia. A sua finalidade é facilitar as aprendizagens.
Elas devem ser frequentes e diversas. Os erros e as dificuldades dos
alunos são explorados pelo professor nos momentos de correção, quando
deve retomar os conceitos que os alunos ainda não compreenderam. É
um momento privilegiado de diálogo que deve permitir:
• Ao aluno: saber se progrediu ou fracassou e as possíveis causas
dessa situação;
• Ao professor: propor atividades de ajuda aos alunos em
dificuldade e atividades mais complexas para os alunos com um bom
desempenho. Os dados recolhidos permitirão ainda ao professor
reajustar objetivos, atividades e estratégias de ensino.
Em síntese, a avaliação formativa pode ser usada para:
• Ajudar o aluno a estabelecer seu ritmo de estudo e de aprendizagem;
• Prover feedback ao professor sobre o que os alunos estão
aprendendo ou não estão aprendendo, permitindo que o professor
ajuste as aulas, as atividades e os materiais de ensino;
• Prover feedback ao aluno , pois com base nas avaliações
formativas ele próprio identifica quando está tendo um aproveitamento
satisfatório e quando tem necessidade de recuperação.
Vejamos o que ensina o Perrenoud sobre a avaliação formativa:
…uma avaliação formativa ajuda o aluno a aprender e o professor
a ensinar. A ideia base é bastante simples: a aprendizagem nunca
é linear, precede ensaios, tentativas e erros, hipóteses, recuos e
avanços; um individuo aprenderá melhor se o seu meio envolvente
for capaz de lhe dar respostas e regulações sob diversas formas”.
(Perrenoud, 1993 p.173)
Avaliação: teoria e prática 29
Avaliação somativa
A avaliação somativa caracteriza-se por ser pontual, ocorrer ao
fim de um processo educacional (ano, semestre, bimestre.) e ter como
objetivo mensurar o quanto o aluno aprendeu com base no que estava
previsto nos objetivos educacionais. A avaliação somativa compreende
a soma de vários instrumentos avaliativos. Assim, no decorrer de um
período letivo (bimestre, por exemplo), em que o aluno realizou diversas
atividades (trabalhos, pesquisas e provas), este recebe uma nota única
pela soma desses resultados.
Veja a definição:
“Avaliação somativa ou integradora é entendida como um informe
global do processo, que, a partir do conhecimento inicial, manifesta
a trajetória seguida pelo aluno, as medidas específicas que foram
tomadas, o resultado final de todo o processo e, especialmente, a
partir deste conhecimento, as previsões sobre o que é necessário
continuar fazendo ou o que é necessário fazer de novo. (ZABALA,
1998, p. 201)
A principal característica da avaliação somativa é classificar o
aluno, em aprovado ou reprovado, pois acontece no final de um processo
educacional. Ou seja, seus resultados servem para verificar, classificar,
situar, informar e certificar. A avaliação somativa é uma avaliação muito
geral, que serve como ponto de apoio para atribuir notas, classificar o
aluno e transmitir os resultados em termos quantitativos, feita no final de
um período” (Bloom, Hasting, & Madaus, 1983).
Sendo assim, a avaliação somativa serve para:
• Atribuir notas
• Certificar conhecimentos e habilidades dos alunos
• Estimar o rendimento do aluno em cursos ou séries subsequentes
• Prover feedback aos alunos.
• Comparar resultados de grupos diferentes
O professor pode usar os seguintes instrumentos para a realização
de avaliação somativa:
• Questões objetivas
• Questões dissertativas
30 Avaliação: teoria e prática
Figura 6: Resumindo
ACESSE