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Eletrônica Geral

Material Teórico
Introdução à Eletrônica Analógica

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Diego Bomfim Pedretti

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Introdução à Eletrônica Analógica

• Conceitos Básicos de Eletricidade.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar os tipos de geração de energia e retomar conceitos sobre
os fundamentos da eletricidade.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
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Conceitos Básicos de Eletricidade


Iniciaremos com uma grande questão:
Explor

De onde vem a eletricidade e de onde ou a partir de que pode ser criada?

Hidrelétrica
Uma das possibilidades – e a mais usual – é a hidrelétrica, onde a força de mo-
vimento da água gira as turbinas do gerador e inicia o ciclo de geração de energia.
Explor

Leia sobre hidrelétricas em: https://goo.gl/xb9sFc.

Figura 1 – Usina de Itaipu


Fonte: iStock/Getty Images

É assim que a “mágica” acontece: comumente a maioria dos sistemas de gerado-


res que veremos utiliza desse mesmo processo de mover um gerador, o que muda é
a forma como tal gerador é impulsionado, podendo ser por ação da água, tal como
mostrado na Figura 2; por ação do vento – geração eólica –; luz solar – por meio de
placas de silício –; aquecimento etc.

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Reservatório

Linha de transmissão de energia

Canal Casa de Força


Gerador

Duto
Turbina
Fluxo
de
água Rio

Figura 2 – Modo de geração de energia por meio de hidrelétrica


Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

Eólica
Neste caso, o que move o gerador são as hélices que recebem as correntes de
ar nas usinas de geração de energia eólica em pontos estratégicos em grandes
parques dessa natureza.

Vejamos um parque eólico com as turbinas que são movimentadas pelo vento,
gerando energia:

Figura 3 – Usina de geração eólica


Fonte: iStock/Getty Images

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Termoelétrica
Nas usinas termoelétricas, o principal combustível que move o gerador é o va-
por provocado pelo aquecimento nas fornalhas, acalorando a água ali armazena-
da, movendo as turbinas acopladas ao gerador. Este, por sua vez, gera a energia
elétrica, que é transmitida pela rede de distribuição conectada ao transformador.

Que ao utilizar as termoelétricas, a tarifa de energia passa a ficar mais cara?


Explor

Entenda mais sobre este assunto, onde a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dis-
põe informações técnicas e explicações sobre as tarifas, além de indicar a bandeira tarifária
vigente no mês de consulta. Acesse o link: https://goo.gl/9cP1dF.

O combustível utilizado nas caldeiras pode variar desde o óleo diesel até o baga-
ço de cana, palha de milho, entre outras fontes de matéria-prima. A seguir, temos
uma ilustração de como é a estrutura básica de um sistema de termelétricas:

Figura 4 – Sistema de geração de energia termelétrica


Fonte: ufscsustentavel.ufsc.br

A seguir temos outro tipo de energia que, como já mencionado, utiliza a palha
de cana-de-açúcar como fonte principal de combustível à termelétrica. O proces-
so se dá pela moagem da referida cana-de-açúcar para extrair o etanol. As sobras
nada mais são que o bagaço da cana, este que segue em esteiras em direção à
caldeira, criando o vapor para movimentar o gerador de energia elétrica, a qual
segue através de linhas de transmissão, onde são distribuídas até os grandes cen-
tros, a fim de que, a partir daí, seja fornecida às residências e indústrias em geral.

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Figura 5 – Usina termelétrica utilizando palha de cana-de-açúcar
Fonte: joinville.ifsc.edu.br

Fotovoltaica
A energia fotovoltaica é gerada por meio da luz do Sol que, ao incidir sobre
placas de silício instaladas nos telhados de fábricas, prédios, residências e em
outros locais específicos, gera energia elétrica com o auxílio de outros sistemas
eletrônicos específicos – inversores.
Tal energia pode ser empregada pelo próprio consumidor ou em sistemas de
iluminação noturna, sendo armazenada em baterias e, em algumas localidades,
chegando a fornecer subsistência elétrica para toda uma rede.

Para encontrar mais informações acerca dos sistemas fotovoltaicos, acesse o link:
Explor

https://goo.gl/zeWXC9.
Explor

Sistema básico que constitui geração de energia solar. Disponível em: https://goo.gl/6TYd1u.

Ademais, o que ocorre dentro dos condutores elétricos quando todos esses
sistemas são colocados em funcionamento? Reveremos alguns conceitos que nos
levarão à resposta para esta pergunta.

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Corrente Elétrica
Inicialmente, vejamos a constituição do átomo.

Pode-se entender que um átomo é basicamente formado por um núcleo, este


que contém duas partículas: prótons e nêutrons; e por uma eletrosfera, na qual
se situam os elétrons – tal como esquematizado na Figura 6:

Figura 6 – Estrutura básica de um átomo (E = Elétrons; P = Prótons; N = Nêutrons)


Fonte: iStock/Getty Images

Os prótons possuem carga positiva, os elétrons têm carga negativa e os nêu-


trons não possuem carga. Elétrons são os responsáveis pelos efeitos elétricos.

Os elétrons da última camada do átomo – camada de valência – têm ligação


muito fraca com o núcleo e, por isso, podem ser retirados ou incluídos nessa ca-
mada com facilidade, produzindo, assim, os efeitos elétricos que veremos a seguir.

Para que tais fenômenos aconteçam precisamos de um “caminho” por onde os


elétrons possam se deslocar, “percurso” ao qual damos o nome de circuito elétrico –
caminho fechado por onde circula a corrente elétrica –, tal como se vê na Figura 6.

Ademais, o fluxo organizado dos elétrons em um circuito é o que dá origem


à corrente elétrica, ou simplesmente corrente. Esse fluxo ocorre sempre do polo
negativo ao positivo, pois no polo negativo temos grande quantidade de cargas
elétricas; se lembrarmos da teoria dos átomos, estes sempre procuram o equilí-
brio – ou seja, o mesmo número de prótons e elétrons –, constituindo o sentido
real da corrente elétrica para fins de análise de circuito, instituindo o sentido
convencional da corrente elétrica, a qual teoricamente flui do polo positivo ao
negativo (link abaixo).
Explor

Sentidos real e convencional da corrente elétrica. Disponível em: https://goo.gl/TbzbiK.

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A unidade de medida da intensidade de corrente elétrica é o ampere (A).

Figura 7 – Circuito elétrico básico


Fonte: iStock/Getty Images

Tensão Elétrica
O que impulsiona os elétrons para que possam se mover em um circuito?
A “força” que estimula os elétrons em um circuito é chamada de tensão elétri-
ca, ou simplesmente tensão, de modo que a sua unidade de medida é o volt (V).

Basicamente, pode-se classificar a tensão elétrica em dois tipos: alternada


ou contínua.

Tensão Contínua (CC ou DC)


Na tensão contínua pura não há mudança de polaridade da forma de onda de
tensão, ou seja, será sempre positiva (Figura 8a) ou sempre negativa (Figura 8b) por
todo o período de sua apresentação no circuito. Com isso, pode-se garantir um fluxo
de elétrons sempre em um único sentido durante todo o processo. Comumente, a
tensão contínua tem como elementos geradores as pilhas e baterias.

Ao representar uma tensão em uma anotação, por exemplo, utilizamo-nos do


sufixo V = 12 VDC (em inglês, Direct Current), ou V = 12 VCC (em português,
Corrente Contínua).

V (t) V (t)

v
t

t -v

(a) (b)
Figura 8 – Formas de onda da tensão contínua positiva (A) e negativa (B)
Fonte: Duarte, 2017

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Tensão Alternada
A tensão alternada pura senoidal contém uma mudança de polaridade na forma
de onda de tensão em diferenciados instantes de tempo. Ademais, a tensão alternada
tem como elementos geradores os alternadores e as turbinas de hidrelétricas.

Ao representar uma tensão em uma anotação, por exemplo, usa-se o seguinte


sufixo: V = 12 VAC (em inglês, Alternate Current), ou V = 12 VCA (em portu-
guês, Corrente Alternada).

A Figura 9 mostra um exemplo de tensão alternada senoidal em que o fluxo de


elétrons se dá em sentidos opostos para diferentes instantes de tempo:

V (t)

Vp Vp= Tensão de pico

T
Figura 9 – Forma de onda da tensão alternada
Fonte: Duarte, 2017

Nas questões que tangem ao meio de alimentação utilizado em nossos roti-


neiros equipamentos eletroeletrônicos, devemos prestar atenção em alguns as-
pectos interessantes:
• Equipamentos como batedeiras, liquidificadores, fornos elétricos, fogões e
outros que utilizam apenas motores e resistências AC para o seu funciona-
mento – salvo exceções – são ligados em corrente alternada, em conexão
com tomadas de energia elétrica sem a necessidade de retificadores – estes
que transformam tensão alternada em contínua e objetivo de nosso próximo
assunto – ou fontes DC;
• Já os telefones celulares, as câmeras, os notebooks ou outros aparelhos ele-
trônicos são alimentados prioritariamente por tensão contínua, apesar de se-
rem conectados à corrente AC para que sejam recarregados. Nestes são utili-
zadas fontes e retificadores para transformar a tensão AC em DC e adequar
os níveis conforme determina o fabricante de cada equipamento.

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Resistência Elétrica
Existem alguns materiais que estão entre os condutores, ou seja, que conduzem
a corrente elétrica com facilidade por possuírem os elétrons da última camada – de
valência – fracamente ligados ao núcleo; assim como há os isolantes, os quais não
permitem a passagem da corrente elétrica, pois possuem os elétrons da última
camada – de valência – fortemente ligados ao núcleo.

O material a que nos referimos corresponde aos resistivos que se caracterizam


pela oposição à passagem de corrente elétrica em um circuito, característica de-
nominada resistência – elétrica – e sua unidade de medida é o ohm (Ω), símbolo
mostrado na Figura 10:

R R

Figura 10 – Símbolo de resistência elétrica


Fonte: CRUZ, 20--

Vejamos algumas formas de resistências elétricas largamente utilizadas na indústria:

Figura 11 – Tipos de resistências industriais. Figura 12 – Resistências industriais blindadas


Fonte: https://goo.gl/Ux1CJw Fonte: https://goo.gl/wKMtZQ

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Laboratório de eletricidade e eletrônica
CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de eletricidade e eletrônica.
24. ed. São Paulo: Érica, 2007.

 Vídeos
Entre o Mais e o Menos
https://youtu.be/IUgS7Uw-qBI
Corrente Alternada
https://youtu.be/bWvbSwgtjC0
Energia Elétrica
https://youtu.be/y7tjPBvqjyY

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Referências
CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de eletricidade e eletrônica.
24. ed. São Paulo: Érica, 2007.

CRUZ, E. Eletricidade aplicada em corrente contínua: teoria e exercícios. 2. ed.


São Paulo: Érica, [20--].

DUARTE, M. de A. Eletrônica analógica básica. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

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