• Conceitos Fundamentais
• Estruturas Cristalinas de Metais:
– CFC
– CCC
– HC
– Cálculos de Densidade
• Polimorfismo e Alotropia
• Sistemas Cristalinos, Redes de Bravais
• Direções e Planos Cristalinos
– Densidades Atômicas Linear e Planar
– Estruturas Cristalinas Compactas
• Materiais Cristalinos, Policristalinos e Não-Cristalinos
• Difração de Raios-X: Determinação de Estruturas Cristalinas
O QUE É UM CRISTAL?
CRISTAIS DE QUARTZO
Empacotamentos densos.
PELO TEOREMA DE
Va n Vesfera 4 16
4 πR 3 πR 3 PITÁGORAS:
3 3 4R
a2 + a2 = (4R)2
a
Vc a 3 2a2 = 16R2
a2 = 8R2
3
Vc 2R 2 16R3 2
a = 2R√2
a
16 3
πR a 2R 2
Va
FEA 3 3 0,74
Vc 16R 2 74% do volume da célula unitária estão
ocupados pelos átomos do material
ESTRUTURA CÚBICA DE CORPO CENTRADO (CCC)
CARACTERÍSTICAS:
– 1 átomo em cada VÉRTICE e 1 átomo no centro do CUBO.
– Número de átomos por célula: n = 2.
– Número de coordenação: NC = 8.
– FEA = 0,68.
CÉLULA CCC
ESTRUTURA HEXAGONAL COMPACTA (HC)
CARACTERÍSTICAS:
– 6 átomos em cada BASE (nos vértices de um hexágono regular, em
torno de um átomo central) + 3 átomos em um PLANO ADICIONAL
entre as bases.
– Número de átomos por célula: n = 6.
– Número de coordenação: NC = 12.
– FEA = 0,74.
CÉLULA HC
ESTRUTURAS CRISTALINAS DE ALGUNS METAIS
• CROMO
CCC • MOLIBDÊNIO
• FERRO-α
• OURO
• PRATA
CFC • PLATINA
• COBRE
• ALUMÍNIO
• FERRO-γ
• MAGNÉSIO
HC • COBALTO
• ZINCO
• TITÂNIO
CÁLCULO DE DENSIDADE
nA
ρ
VcNA
Onde:
: densidade do material [g/cm3]
n: número de átomos em cada célula unitária
A: peso atômico [g/mol]
Vc: volume da célula unitária [cm3]
NA: número de Avogadro (6,023×1023 átomos/mol)
CÁLCULO DE DENSIDADE: EXEMPLO 3.3, PÁGINA 25
O cobre possui um raio atômico de 0,128 nm, estrutura cristalina CFC e um
peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule sua densidade e compare a resposta
com a sua densidade medida experimentalmente.
nA nA nA nA
ρ 3
VcNA a NA 2R 2 3 N
A
16R 3
2 NA
4 átomos/célula(63,5 g/mol)
ρ
16 3
2 0,128 10 7 cm /célula 6,023 10 23 átomos/mol
ρ 8,89g/cm3 Valor experimental: 8,94 g/cm3
POLIMORFISMO E ALOTROPIA
Diamante Grafite
ALOTROPIA DO CARBONO
Fulereno
(“buck-ball”)
Nanotubos
ALOTROPIA DO FERRO
Transformações do Fe PURO
→L
(FUSÂO)
Temperatura, ºC
Fe-δ (CCC) 1538
E
→
1394
C D
→
912
B
Fe-γ (CFC)
A tempo
Fe- (CCC)
ALOTROPIA DO ESTANHO
SISTEMAS CRISTALINOS, REDES DE BRAVAIS*
β α
c
γ a y
Auguste Bravais (1811-1863), cientista francês,
destacou-se em diversos campos como
Botânica, Física e astronomia. Ficou famoso b
com a dedução dos 14 reticulados. x
7 SISTEMAS, 14 ARRANJOS
c c
a a a
a a
a
a a
CÚBICO
HEXAGONAL TETRAGONAL
α
a a
β
a c a
ROMBOÉDRICO b
MONOCLÍNICO α
cβ
γ
a b
c
TRICLÍNICO
b
a
ORTORRÔMBICO
ESTRUTURA CRISTALINA
RETÍCULO
ESTRUTURA
CRISTALINA
ÁTOMOS
DIREÇÕES E PLANOS CRISTALOGRÁFICOS
Propriedades variam em função da direção cristalográfica
(módulo de elasticidade, condutividade elétrica).
ETAPAS x y z
Projeções a
0 -b
b0 0c
c/2
z z
Projeções
(em termos de a, b e c)
0
1 1
0
-1 1
0
1/2
x x
Nos cristais hexagonais, as direções são
indicadas com 4 índices, [uvtw].
+ Exemplos: MACMARON
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
Converta a direção [111] ao sistema de quatro índices
para cristais hexagonais.
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
FAMÍLIAS DE DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
[100] [001]
[010]
FAMÍLIA <100> (cristais cúbicos).
PLANOS CRISTALOGRÁFICOS: EXEMPLOS
ETAPAS x y z
1. Interseções -a
a ∞ ∞c
b 2c/3
2. Interseções
(em termos de a, b e c)
-1
1 ∞ ∞1
1 2/3 + Exemplos: MACMARON
-1
1 01 0
1 z
3. Inversos 3/2
z
4. Redução
(se necessária) -1
1
2 01 0
1
3
5. Plano (100)
(111)
(110)
(203)
y
o
Nos CRISTAIS CÚBICOS, direções e planos com
os MESMOS ÍNDICES são PERPERNDICULARES y
entre si. Exemplo: [123] e (123). o
x
36
PLANOS CRISTALOGRÁFICOS: EXEMPLOS
FAMÍLIAS DE PLANOS CRISTALOGRÁFICAS
{100} {001}
{010}
FAMÍLIA {100} (cristais cúbicos).
CÉLULA CFC: ARRANJO ATÔMICO NO PLANO (110)
C
A B C
B
A
D E F
F
E
D
CÉLULA CFC: ARRANJO ATÔMICO NO PLANO (110)
A A B
C
C
D E
E
D
DENSIDADE ATÔMICA LINEAR
LC
DL
LI
onde:
– DL: densidade linear.
– Lc: comprimento total interceptado pelos círculos (átomos).
– LI: comprimento do vetor compreendido pela célula.
Calcule a densidade linear para a direção [100] em uma estrutura cristalina CCC.
AC
DP
AP
onde:
– DP: densidade planar.
– Ac: área total dos círculos (átomos)
– Ap: área do plano compreendida pela célula.
Calcule a densidade planar para o plano (110) em uma estrutura cristalina CFC.
A P AC AD F
4R 2R 2 A
D E
AP 8R 2
2
P A B C
Ac = ÁREA DE 2 CÍRCULOS = 2R2
A c 2πR 2
DP 2 0,555
A P 8R 2
D E F
ESTRUTURAS CRISTALINAS COMPACTAS
A A A A
C C C
B B B B
A A A A A
C C C C
B B B B B
A A A A A A
B
A
B
A
ESTRUTURAS CRISTALINAS COMPACTAS: CFC
B
A
C
B
A
C
B
A
SEQÜÊNCIAS DE EMPILHAMENTO CFC E HC
MATERIAIS MONOCRISTALINOS
Constituídos por um único cristal. Todas as células unitárias
possuem a MESMA ORIENTAÇÃO.
Estrutura cristalina
do silício.
Dendritas
Cristais crescem e se
crescem encontram,
formando formando o
Átomos
uma estrutura CONTORNO
perdem
chamada DE GRÃO.
energia,
formando os DENDRITA.
Temperatura PRIMEIROS
permanece CRISTAIS em
constante diferentes
(METAL PURO). pontos.
crescimento
DENDRITAS
Amostras de latão
ANISOTROPIA
Feixes
difratados
Feixe
incidente
Monocristal
Fonte de raios-X
Chapa Barreira de
fotográfica chumbo
Max Von Laue (1879-1960), físico alemão, sugeriu corretamente que os átomos em um
cristal seriam uma rede de difração para os raios-X. Verificou experimentalmente este
fato em 1912 utilizando um monocristal de sulfato de cobre, estabelecendo assim as
bases para o trabalho dos Braggs.
Fotografia de Laue
1 1´
Feixe
nλ 2dhklsenθ λ
incidente
2´
Feixe
2 difratado
θ P
dhkl θθ
S T
Q
William Henry Bragg (1862-1942) e William Lawrence Bragg (1890-1971), físicos
ingleses, foram uma equipe genial de pai e filho e os primeiros a demonstrar a equação
acima usando difração de raios-X para determinar as estruturas cristalinas de vários
aletos alcalinos. Desde então, mais de 80.000 materiais foram catalogados.
70
LEI DE BRAGG
• A lei de Bragg relaciona quatro variáveis:
• 2d senq = n l
– l - o comprimento de onda dos raios-X
• pode assumir apenas um valor (monocromático)
• pode assumir muitos valores - raios-X “brancos”
(policromáticos)
– d - o espaçamento entre os planos
• pode variar aleatoriamente em função da posição relativa dos
diversos mono-cristais que formam uma amostra poli-
cristalina;
– q - o ângulo de incidência dos raios-X
• pode variar continuamente dentro de uma faixa
• pode assumir diferentes valores, em função do conjunto de
planos que difrata o feixe de raios-X;
– n - a ordem da difração
DIFRATÔMETRO
Fonte de Amostra
raios-X θ
2θ
Detector
90˚
Difratômetro
73
Para o ferro com estrutura cristalina CCC, compute (a) o espaçamento
Interplanar,e (b) o ângulo de difração para o conjunto de planos (220). O
parâmetro de rede para o ferro equivale a 0,2866 nm (2,866 A ). Ainda, admita
que uma radiação monocromática como comprimento de onda de 0,1790 nm
(1,790 A ) seja usada, e que ordem de reflexão seja de 1.
a
a= 0,2866 nm, e
d
h2 k 2 l 2 h = 2, k = 2 e l = 0, uma vez que estamos
Considerando os planos (2 2 0)
0 ,2866 nm
d 0 ,1013 nm ( 1 ,013 A)
2 2
( 2 ) ( 2 ) (0 ) 2
3.51 a 3.55