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Higiene e Segurança

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI


Conselho Nacional

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI


Departamento Nacional

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor Geral

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional

Higiene e Segurança

Tadeu Cesar Prado

Brasília

2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs Design Gráfico e Diagramação


Luciano Mattiazzi Baumgartner - Equipe de Desenvolvimento de Recursos
Departamento Regional do SENAI/SC Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis

Coordenador de EaD – SENAI/MS Design Educacional, Ilustrações e Revisão


Maise Rodrigues Sá Giacomeli – DITEC/COED – Textual
SENAI/MS FabriCO

Coordenador de EaD – SENAI/SC em Fotografias


Florianópolis Banco de Imagens SENAI/SC
Diego de Castro Vieira − SENAI/SC em http://www.sxc.hu/
Florianópolis http://office.microsoft.com/en-us/images/
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Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis

P896h
Prado, Tadeu Cesar
Higiene e segurança / Tadeu Cesar Prado. Brasília: SENAI/DN,
2010.
84 p. : il. color ; 30 cm.

Inclui bibliografias.

1. Segurança do trabalho – Legislação. 2. Higiene industrial. 3.


Proteção contra incêndios. I. SENAI. Departamento Nacional. II.
Título.

CDU 331.4

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Nacional

Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C


Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190
http://www.senai.br
Sumário

Apresentação do curso.................................................................................. 07
Plano de estudos............................................................................................. 09
Unidade 1: Introdução a Normas de Segurança................................... 11
Unidade 2: Insalubridade, Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA)........................................................................................... 51
Unidade 3: Proteção Contra Incêndios, Sinalização de Segurança
e Biossegurança............................................................................................... 65
Conhecendo o autor ..................................................................................... 81
Referências ....................................................................................................... 83
Higiene e Segurança

Apresentação
do Curso

Olá! Seja bem-vindo ao curso Higiene e Segurança!

Neste curso, você verá as normas de segurança,


tendo como base as Normas Regulamentadoras de
1 a 33, com ênfase nas NRs: 5 – CIPA; 6 – Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPI); 7 – Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO);
9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA); 15 – Insalubridade; 23 – Proteção Contra
Incêndio, e 26 – Sinalização de Segurança.

Verá que a segurança do trabalho pode ser en-


tendida como o conjunto de medidas adotadas a
fim de minimizar acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do trabalhador. Já a higiene
do trabalho é a ciência que estuda os riscos ligados
a uma série de fatores presentes nos ambientes de
trabalho que podem afetar sua saúde.

Compreenderá a importância da biossegurança


para a organização da empresa, para o aumento da
produtividade e da qualidade dos produtos e para
melhorar as relações humanas no trabalho.

Ao final de cada unidade, você poderá fazer as


atividades de aprendizagem no ambiente virtual
de aprendizagem (AVA) e terá indicações de leitu-
ras complementares que possibilitarão a fixação e
o desenvolvimento dos conhecimentos que você
constrói durante a sua vida profissional e desenvol-
verá com este curso.

Ao terminar o curso, você terá um desafio para


colocar em prática o conteúdo apreendido. Esse
desafio é composto por questões que vão garantir a
sua certificação no curso.

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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

A educação a distância é uma ótima experiência para aumentar o co-


nhecimento. Para isso, desenvolva a sua disciplina e autonomia, planeje
seus estudos e aproveite todos os recursos oferecidos.

Bons estudos!

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Higiene e Segurança

Plano de Estudos

Carga horária:
12 horas/aula

Ementa
Normas de segurança; NR 6 – equipamento de prote-
ção individual; insalubridade; atividades e operações
insalubres; NR 23 – proteção contra incêndios; NR 26
– sinalização de segurança; biossegurança.

Objetivos
Objetivo Geral

‡‡ Conhecer as leis e as normas relacionadas às áreas


de segurança e higiene do trabalho, mantendo
você, trabalhador, em seu pleno potencial de
trabalho, reduzindo ou eliminando os riscos que
possam afetar essa capacidade.

Objetivos Específicos

‡‡ Compreender o que são normas e leis aplicadas à


segurança e à saúde do funcionário em seu local
de trabalho.
‡‡ Compreender o significado da Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA) e sua aplicação
na empresa.

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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

‡‡ Conhecer como deve ser a utilização, guarda e conservação dos equipamen-


tos de proteção individual (EPIs) para proteção do funcionário em sua ativi-
dade.
‡‡ Entendera insalubridade no local de trabalho a partir de dados coletados no
posto de trabalho para a proteção do funcionário.
‡‡ Avaliara importância do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-
nal na empresa para seus funcionários.
‡‡ Compreender a importância do Programa de Prevenção de Riscos Ambien-
tais coletados no local de trabalho para a proteção da saúde e da integrida-
de do funcionário no ambiente de trabalho.

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Higiene e Segurança

Introdução a
Normas de
Segurança

Objetivos do Curso
‡‡ Compreender o que são normas e leis aplica-
das à segurança e à saúde do funcionário em
seu local de trabalho.
‡‡ Compreender o significado da Comissão In-
terna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e sua
aplicação na empresa.
‡‡ Conhecer como deve ser a utilização, guarda
e conservação dos equipamentos de prote-
ção individual (EPIs) para proteção do fun-
cionário em sua atividade.

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.

Aula 1: Introdução

Aula 2: Introdução a normas de segurança

Aula 3: NR 6 – Equipamento de Proteção Indivi-


dual

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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Para Iniciar
Até chegarmos a uma legislação moderna sobre saúde e segurança
do trabalho, vencemos desafios de implantação e a aceitação do em-
pregador na aplicação de métodos de segurança e saúde no trabalho,
elevando o trabalhador à condição de ser humano, protegendo sua
integridade física e sua dignidade.

Assim, a fundamentação de uma legislação de segurança e saúde ocu-


pacional faz com que o Brasil alcance ainda mais o caminho da preven-
ção. Certamente tropeçamos em alguns métodos nada convencionais
em locais insalubres, trabalhos periculosos e penosos, que deixam o
trabalhador mais doente e, por consequência, “encostado”, esperando
apenas chegar seu momento.

No entanto, a vida do trabalhador merece maior visão dos empresários,


já que é um assunto importante e essencial para o desenvolvimento de
um país. A proteção do trabalhador é uma ferramenta muito importan-
te para uma prevenção mais eficiente, que movimenta a engrenagem
do desenvolvimento e promove a união de todos os pontos da empre-
sa.

A importância de um acompanhamento eficaz do uso dos equipamen-


tos de proteção com os devidos treinamentos faz com que possamos
nos sentir mais confiantes em nosso trabalho, bem como a CIPA, que
representa os funcionários em reuniões mensais, acompanhando e dis-
cutindo o dia a dia da empresa quanto a sua proteção e sua saúde no
local de trabalho.

Todas essas questões serão trabalhadas ao longo desta primeira unida-


de. Boa leitura!

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Higiene e Segurança

Aula 1:
Introdução
No início da década de 1970, o Brasil era detentor do título de campeão mun-
dial de acidentes de trabalho. Assim, em 1977, foi incluído um capítulo especí-
fico sobre Segurança e Medicina do Trabalho no texto da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), por sua reconhecida importância social. Trata-se do Capítulo
V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.

O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e


Saúde no Trabalho, hoje Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho,
regulamenta os artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78 e suas
28 Normas Regulamentadoras (NRs).

Atenção
Foi com a publicação da Portaria nº 3214/78 que se estabeleceu a
concepção de saúde ocupacional.

Em 1979, a Comissão Intersindical de Saúde do Trabalhador promoveu a Se-


mana de Saúde do Trabalhador, com enorme sucesso. Em 1980, essa mesma
comissão transformou-se no Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas
de Saúde e dos Ambientes do Trabalho.

Os eventos dos anos seguintes enfatizaram a eliminação do risco de acidentes


e da insalubridade ao lado do movimento das campanhas salariais. Os diversos
sindicatos de trabalhadores, como os das indústrias metalúrgicas e mecânicas,
tiveram fundamental importância nesse processo, denunciando as condições
inseguras e indignas observadas no trabalho.

Com a Constituição de 1988, nasceu o marco principal da etapa de saúde do


trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Ela garantiu a redução dos riscos
inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E as
Convenções 155 e 161 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratifica-
das, também regulamentaram ações para a preservação da saúde e dos serviços
de saúde do trabalhador.

Unidade 1 13
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Figura 1 – Constituição

As conquistas, pouco a pouco, vêm introduzindo novas mentalidades e sedi-


mentando bases sólidas para o pleno exercício do direito que todos devem ter
à saúde e ao trabalho protegido de riscos e condições perigosas, que põe em
risco a vida e a saúde física e mental do trabalhador.

A proteção à saúde do trabalhador se fundamenta, constitucionalmente, na tu-


tela “da vida com dignidade” e tem como objetivo primordial a redução do risco
de doença, como o artigo 7, inciso XXII, e também o artigo 200, inciso VIII, que
protege o meio ambiente do trabalho, além do artigo 193, que determina que
“a ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-
estar e a justiça sociais”. Ainda na linha de proteção à saúde do trabalhador,
o Ministério do Trabalho aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais
vigentes, por meio da Portaria nº 3.067, de 12/4/1988. A Portaria SSST nº 53, de
17/12/1997, aprovou a NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.

Atuando de forma tripartite, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a


Portaria SIT/SST nº 19, de 8/8/2001, para consulta pública. Ela foi publicada no
DOU de 13/8/2001, para criação da NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho
Aquaviário.

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Higiene e Segurança

E, em 6/11/2002, a Portaria nº 30, de 22/10/2002, da Secretaria de Inspeção do


Trabalho do MTE, foi publicada no DOU, divulgando proposta de texto de cria-
ção da NR 31 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados para
consulta pública.

Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualida-


de de vida no trabalho vêm ganhando importância no governo, nas entidades
empresariais, nas centrais sindicais e na sociedade como um todo.

Dados de 2007 mostram que o Brasil está demonstrando queda nos acidentes
de trabalho, mas ainda se encontra em quarto lugar no ranking mundial de aci-
dentes, perdendo apenas para Rússia (terceiro), EUA (segundo) e China (primei-
ro).

Dica
Temos de sugerir e implantar propostas para construir um Brasil moderno
e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho
e com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos
serviços. Para isso, deve haver uma conjunção de esforços de todos os
setores da sociedade e a conscientização na aplicação de programas de
saúde e segurança no trabalho. Afinal, trabalhador saudável e qualificado
representa produtividade no mercado globalizado.

Aula 2:
Introdução a normas de
segurança
Segurança do trabalho é uma área de engenharia e medicina do trabalho. Ela
envolve um conjunto de ciências e tecnologias relacionadas à consciência e hi-
giene do trabalho que buscam a proteção das pessoas em seus locais de traba-
lho.

Seus objetivos são identificar, avaliar e controlar situações de risco e também


prevenir acidentes, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e
saúdavel para as pessoas.

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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Veja a transcrição da Portaria do MTB nº 3214/78 e da Lei nº 6.514 a seguir. Ler


e compreender normas, leis e portarias ajudará você a entender melhor o que é
e como funciona a segurança do trabalho.

PORTARIA Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978

(DOU de 06/07/78 – Suplemento)

Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título


II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e
Medicina do Trabalho

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais,


considerando o disposto no art. 200, da consolidação das Leis do
Trabalho, com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de
1977, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V,


Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança
e Medicina do Trabalho:

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR 1 – Disposições Gerais

NR 2 – Inspeção Prévia

NR 3 – Embargo e Interdição

NR 4 – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho –


SESMT

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI

NR 7 – Exames Médicos

NR 8 – Edificações

NR 9 – Riscos Ambientais

NR 10 – Instalações e Serviços de Eletricidade

NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

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Higiene e Segurança

NR 12 – Máquinas e Equipamentos

NR 13 – Vasos sob Pressão

NR 14 – Fornos

NR 15 – Atividades e Operações Insalubres

NR 16 – Atividades e Operações Perigosas

NR 17 – Ergonomia

NR 18 – Obras de Construção, Demolição, e Reparos

NR 19 – Explosivos

NR 20 – Combustíveis Líquidos e Inflamáveis

NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto

NR 22– Trabalhos Subterrâneos

NR 23 – Proteção Contra Incêndios

NR 24 – Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho

NR 25 – Resíduos Industriais

NR 26 – Sinalização de Segurança

NR 27 – Registro de Profissionais

NR 28 – Fiscalização e Penalidades

Art. 2º As alterações posteriores, decorrentes da experiência e


necessidade, serão baixadas pela Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho.

Art. 3º Ficam revogadas as Portarias MTIC 31, de 6-4-54; 34, de 8-4-


54; 30, de 7-2-58; 73, de 2-5-59; 1, de 5-1-60; 49, de 8-4-60; Portarias
MTPS 46, de 19-2-62; 133, de 30-4-62; 1.032, de 11-11-64; 607, de
20-10-65; 491, de 10-9-65; 608, de 20-10-65; Portarias MTb 3.442,
23-12-74; 3.460, 31-12-75; 3.456, de 3-8-77; Portarias DNSHT 16, de
21-6-66; 6, de 26-1-67; 26, de 26-9-67; 8, de 7-5-68; 9, de 9-5-68; 20,
de 6-5-70; 13, de 26-6-72; 15, de 18-8-72; 18, de 2-7-74; Portaria SRT
7, de 18-3-76, e demais disposições em contrário.

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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Art. 4º As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão decididos pela


Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

ARNALDO PRIETO

A Portaria nº 3067 de 12 de abril de 1988, aprova as Normas


Regulamentadoras Rurais (NRRs) do art. 13 da lei nº 5.889 de 8 de
junho de 1973, relativas a Segurança e Higiene do Trabalho Rural.

NRR 1 – Disposições Gerais

NRR 2 – Serviço Especializado em Prevenção de Acidente do Trabalho


Rural – SEPATR

NRR 3 − Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho


Rural – CIPATR

NRR 4 – Equipamentos de Proteção Individual EPI

NRR 5 – Produtos Químicos

A Portaria nº 191, de 15 de abril de 2008 (DOU de 16/04/08 – Seção 1


– Pág. 102) revogou as NRRs, a Portaria no 3.067 e a Portaria no 3.303
de 14 de novembro de 1989.

LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977.

Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho,


relativo à segurança e medicina do trabalho e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o CONGRESSO


NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – O Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do


Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
passa a vigorar com a seguinte redação:

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Higiene e Segurança

“CAPITULO V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO”

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Será descrito as normas objetivo do estudo deste módulo. Outras


informações e fonte de pesquisa ao final desta lição.

Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções
expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou
locais de obra nelas especificadas.

Parágrafo único – O Ministério do Trabalho regulamentará as


atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s).

Art. 164 − Cada CIPA será composta de representantes da empresa


e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser
adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do
artigo anterior.

§ 1º – Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes,


serão por eles designados.

§ 2º – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão


eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente
de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

§ 3º – O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1


(um) ano, permitida uma reeleição.

§ 4º – O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro


suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da
metade do número de reuniões da CIPA.

§ 5º – O empregador designará, anualmente, dentre os seus


representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão,
dentre eles, o Vice-Presidente.

Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas CIPA


(s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal
a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou
financeiro.

Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador,


em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência
de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser
condenado a reintegrar o empregado. (Norma Regulamentadora –
NR 5)

Unidade 1 19
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

SEÇÃO IV

Do Equipamento de Proteção Individual

Art. 166 – A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá ser posto à


venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do
Ministério do Trabalho. (Norma Regulamentadora NR 6)

SEÇÃO V

Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho

Art. 168 – Será obrigatório o exame médico do empregado, por


conta do empregador.

§ 1º – Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório


compreenderá investigação clínica e, nas localidades em que houver,
abreugrafia.

§ 2º – Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia,


outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério
médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do
empregado para a função que deva exercer.

§ 3º – O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas


atividades e operações insalubres e, anualmente, nos demais casos. A
abreugrafia será repetida a cada dois anos.

§ 4º – O mesmo exame médico de que trata o § 1º será obrigatório


por ocasião da cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a
serem discriminadas pelo Ministério do Trabalho, desde que o último
exame tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.

§ 5º – Todo estabelecimento deve estar equipado com material


necessário à prestação de primeiros socorros médicos.

Art. 169 – Será obrigatória a notificação das doenças profissionais


e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho,
comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. (NR 7 – PCMSO)

20
Higiene e Segurança

SEÇÃO VII

Da Iluminação

Art. 175 – Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação


adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade.

§ 1º – A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e


difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.

§ 2º – O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de


iluminamento a serem observados.

SEÇÃO VIII

Do Conforto Térmico

Art. 176 – Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural,


compatível com o serviço realizado.

Parágrafo único – A ventilação artificial será obrigatória sempre que a


natural não preencha as condições de conforto térmico.

Art. 177 – Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis,


em virtude de instalações geradoras de frio ou de calor, será
obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho em tais
condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento
térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem
protegidos contra as radiações térmicas.

Art. 178 – As condições de conforto térmico dos locais de trabalho


devem ser mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do
Trabalho. (NR 9 – PPRA)

SEÇÃO XIII

Das Atividades Insalubres ou Perigosas

Art. 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres


aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Unidade 1 21
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Art. 190 – O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades


e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do
empregado a esses agentes.

Parágrafo único – As normas referidas neste artigo incluirão


medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações
que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou
incômodos.

Art. 191 – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho


dentro dos limites de tolerância;

II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao


trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a
limites de tolerância.

Parágrafo único – Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho,


comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando
prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.

Art. 192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima


dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho,
assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta
por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-
mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio
e mínimo.

Art. 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, na


forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho,
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o
contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de
risco acentuado.

§ 1º – O trabalho em condições de periculosidade assegura


ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.

§ 2º – O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade


que porventura lhe seja devido.

Art. 194 – O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou


de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas
pelo Ministério do Trabalho.

22
Higiene e Segurança

Art. 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da


periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro
do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.§ 1º – É facultado
às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas
requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e
classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

§ 2º – Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por


empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o
juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não
houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do
Trabalho.

§ 3º – O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação


fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex oficio da
perícia. (NR 15 – Insalubridade)

SEÇÃO XV

Das Outras Medidas Especiais de Proteção

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em
vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho,
especialmente sobre:

I – medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de


proteção individual em obras de construção, demolição ou reparos;

II – depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis


e explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;

III – trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras,


sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios,
desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras, gases, etc.
e facilidades de rápida saída dos empregados;

IV – proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas


adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas
e paredes, construção de paredes contra-fogo, diques e outros
anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores
de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;

Unidade 1 23
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

V– proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo


no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água
potável, alojamento profilaxia de endemias;

VI – proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas,


radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações
ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação
das medidas cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos
limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da
ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames
médicos obrigatórios, limites de idade controle permanente dos
locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias;

VII – higiene nos locais de trabalho, com discriminação das


exigências, instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros,
lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições
de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água
potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua
execução, tratamento de resíduos industriais;

VIII – emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas


sinalizações de perigo.

Parágrafo único – Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos,


as normas a que se referem este artigo serão expedidas de acordo
com as resoluções a respeito adotadas pelo órgão técnico. (NR
23 – Proteção contra incêndio e NR 26 – Sinalização de Segurança)
(BRASIL, 1977).

Brasília, em 22 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º


República.

ERNESTO GEISEL
Arnaldo Prieto

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 23.12.1977.

Com a aprovação da NR 33, em 22 de dezembro de 2006, que trata da seguran-


ça e saúde nos trabalhos em espaços confinados, chegamos ao número de 33
normas regulamentadoras. Contudo, a NR 27 foi revogada pela Portaria GM nº
262, em 29 de maio de 2008.

24
Higiene e Segurança

Em 2010, foi lançada a proposta de texto para criação da Norma Regulamenta-


dora sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria Naval (NR 34)
e está disponível para consulta pública pela Portaria SIT nº 182, de 30/4/2010
para coleta de sugestões da sociedade.

Você está conseguindo se adaptar ao estudo das normas regulamentadoras


de segurança? Muitas vezes não as notamos na empresa em que trabalhamos,
mas elas sempre são utilizadas. Portanto, você pode conhecê-las melhor no seu
próprio ambiente de trabalho.

Dica
Procure se informar se a sua empresa estabeleceu a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) ou o Serviço Especializado em Engenharia
de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Essas equipes poderão
auxiliar você a conhecer melhor a segurança do trabalho.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


A CIPA é um órgão interno da empresa, supracorporativo e independente, cons-
tituído por representantes do empregador, indicados por ele, e representantes
dos empregados, eleitos pelos trabalhadores. Ela tem o objetivo de unir ambos
os lados para tratar da prevenção de riscos e acidentes no local do trabalho.

Desse modo, a CIPA tem participação na identificação e no levantamento de


pontos críticos para elaborar o mapa de riscos com o auxílio do maior número
possível de trabalhadores e do SESMT; na elaboração do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e no Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA); e na promoção de campanhas como a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT).

O mapa de riscos é uma ferramenta essencial para garantir a segurança e a


saúde dos trabalhadores. Trata-se de uma representação gráfica dos pontos
críticos, ou seja, dos pontos que oferecem risco ao trabalhador. Cada setor deve
fazer um levantamento das situações, dos procedimentos, das etapas e dos
locais que podem oferecer perigo para que seja elaborado um mapa de risco de
todo o ambiente. Esse mapa deve ser colocado em local visível para todos.

O artigo 163 e a Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria


nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Tra-
balho e Emprego, são responsáveis por dar suporte legal à CIPA.

Unidade 1 25
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

A NR 5 trata do dimensionamento, do processo eleitoral, do treinamento e das


atribuições da CIPA. As empresas devem constituí-la e dimensioná-la de acordo
com a atividade econômica e o número de empregados, conforme os quadros I,
II e III da norma.

A comissão deve se registrada no órgão regional do Ministério do Trabalho e


Emprego, ter mandato de um ano e ser constituída por igual número de repre-
sentantes do empregador e dos empregados.

O presidente deve ser escolhido pelo empregador entre os membros por ele
indicados e o vice-presidente deve ser um representante titular escolhido em
eleição da qual participam todos os representantes eleitos.

Tanto presidente como vice-presidente são encarregados de mediar conflitos,


elaborar o calendário de reuniões ordinárias e constituir comissão eleitoral para
a regular o processo de eleição da CIPA subsequente.

As atas das reuniões ordinárias são elaboradas pelo secretário da comissão, que
pode ser um funcionário membro da CIPA ou não; contudo, seu nome deve ser
aprovado por todos os membros da comissão eleitos (titulares e suplentes) e
indicados.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição Federal Brasileira


garantem aos representantes titulares eleitos dois anos de estabilidade no em-
prego, durante os quais só poderão ser desligados se houver justa causa para a
demissão.

Esses dois anos, na verdade, são um pouco estentidos, pois o período de esta-
bilidade vai do momento em que o empregado se candidata até um ano após
o término do seu mandato. Atualmente, o suplente também pode conseguir a
estabilidade por meio de jurisprudência.

Quando a empresa não é obrigada por legislação a constituir a CIPA, é necessá-


rio que haja a designação de uma pessoa com treinamento para desempenhar
as atribuições da comissão. Para conhecer as atribuições da CIPA, leia a NR 5
acessando o endereço indicado no Saiba Mais.

Reflita

O papel mais importante da CIPA é estabelecer o diálogo entre gerentes


e empregados e desenvolver, de forma participativa e criativa, a
conscientização em relação ao ambiente de trabalho e ao modo como
os trabalhos são realizados, com o objetivo de melhorar as condições e
tornar o trabalho cada vez mais humanizado.

26
Higiene e Segurança

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho (SESMT)
O SESMT é uma equipe de profissionais que trabalham para empresas a fim de
garantir a integridade física e promover a saúde dos trabalhadores.

É estabelecido pelo artigo 162 e regulamentado pela Norma Regulamentado-


ra no 4 (NR 4), que garantem a manutenção do SESMT em empresas públicas
e privadas, órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes
Legislativo e Judiciário.

Sua constituição e seu dimensionamento estão relacionados à gradação do


risco da atividade principal da empresa e à quantidade de empregados e devem
estar de acordo com os quadros I e II da NR 4.

O SESMT pode ser formado por uma equipe multidisciplinar composta por mé-
dico do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho,
engenheiro de segurança do trabalho e técnico de segurança do trabalho.

CIPA e SESMT são equipes com diferenças, mas que têm relações importantes.
A primeira é formada por trabalhadores que, muitas vezes, são leigos na área
de prevenção de acidentes do trabalho, mas são os únicos com conhecimento
prático dos problemas da empresa. E a segunda é formada por profissionais
especialistas em segurança e saúde do trabalho.

Reflita
O objetivo das duas equipes é comum e a diferença entre elas pode ser
muito construtiva, por isso devem atuar em conjunto para preservar e
promover a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Unidade 1 27
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Aula 3:
NR 6 – Equipamento de
Proteção Individual (EPI)
Conforme a NR 6, em texto dado pela Portaria SIT nº 25, de 15 de outubro de
2001, deve ser considerado EPI “todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de amea-
çar a segurança e a saúde no trabalho.” (NR 6, 2001).

A empresa é obrigada a fornecer o EPI ao empregado sempre que as medidas


gerais e a utilização dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) não derem
proteção completa contra acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais; du-
rante o processo de implantação das medidas de proteção coletiva e em situa-
ções de emergência.

O EPI deve ser fornecido gratuitamente, em perfeito estado de conservação e


funcionamento, e deve ser adequado aos riscos. Também é importante que a
empresa ofereça treinamentos sobre o uso, a limpeza e a manutenção do equi-
pamento.

É responsabilidade do empregado a utilização do EPI somente para sua finali-


dade e a conservação e o acondicionamento corretos do equipamento. Além
disso, o empregado deve comunicar à empresa qualquer alteração que torne o
equipamento inadequado para o uso.

Com a publicação da NR 10, a roupa passou a ser considerada um dispositivo


de proteção complementar, assim foi proibida a utilização de adornos, tanto
metálicos como não metálicos.

Caso essas obrigações não sejam cumpridas, o empregador poderá ter de


responder na área criminal ou cível e também poderá ser multado pelo Minis-
trério do Trabalho. Já o funcionário que não cumprir a legislação estará sujeito a
sanções trabalhistas e pode, até mesmo, ser demitido por justa causa.

A norma que regulamenta e fornece orientações quanto à utilização do EPI é a


NR 6, aprovada pela Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978.

28
Higiene e Segurança

Estabelece parâmetros para o dimensionamento, a fabricação, a


importação, o cadastramento, o uso, a restauração e o treinamento
dos equipamentos de proteção individual e específicos aos riscos nos
ambientes de trabalho (lista de EPIs). Obrigatoriedade de aposição do
CA (Certificado de Aprovação), fornecimento e, treinamento para uso
e reposição dos EPIs por parte da empresa (SEGURANÇA..., 2007).

O fornecimento dos EPIs não garante a proteção do trabalhador se eles forem


utilizados incorretamente, o que pode acarretar problemas e comprometer a
segurança do trabalhador.

Ter informações e saber regras de segurança é primordial para assegurar o su-


cesso das medidas tomadas para a proteção individual do trabalhador. Por isso,
leia a transcrição da NR 6 a seguir para que você a compreenda.

Note que ela é muito presente no nosso dia a dia e também muito importante
para garantir a saúde física e mental. Mantendo-se bem informado, você saberá
adotar medidas cada vez mais eficazes para a proteção de saúde.

NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Publicação D.O.U. Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978

6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR,


considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo
ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

6.1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual,


todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha
associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente
e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou


importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação
do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego.

6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,
nas seguintes circunstâncias:

Unidade 1 29
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa


proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo


implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e


observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos
trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I
desta NR.

6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados


no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as
propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas
por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo
as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e
Emprego para aprovação.

6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho – SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes – CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT,
recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade.

6.5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,


mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar
o EPI adequado à proteção do trabalhador.

6.6. Cabe ao empregador

6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

30
Higiene e Segurança

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados


livros, fichas ou sistema eletrônico.

(Inserida pela Portaria SIT nº107, de 25 de agosto de 2009)

6.7. Cabe ao empregado

6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio


para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8. Cabe ao fabricante e ao importador

6.8.1. O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente


em matéria de segurança e saúde no trabalho;

b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;

c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o


prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde do trabalho;

d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver


alteração das especificações do equipamento aprovado;

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu


origem ao Certificado de Aprovação – CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e


saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional,


orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao
seu uso;

Unidade 1 31
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do


SINMETRO, quando for o caso.

6.9. Certificado de Aprovação – CA

6.9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio


que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do


SINMETRO, quando for o caso;

c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação


desta Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou
internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado
para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua
aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de
Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação,
podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e, (Alterada pela Portaria SIT nº 194, de 22 de dezembro de
2006)

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI


desenvolvidos após a data da publicação desta NR, quando não existirem
normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas,
ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que
os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise
do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de
fabricação.

6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no


trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer
prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis,


o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número
do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de
fabricação e o número do CA.

6.9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3,


o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta
pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

32
Higiene e Segurança

6.10. Restauração, lavagem e higienização de EPI

6.10.1. Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão


definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto
no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as características de proteção
original.

6.11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego/MTE

6.11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e


saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de


EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios


de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,

g) cancelar o CA.

6.11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em


matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de
EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência,
além de outros requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo


descumprimento desta NR.

6.12 e Subitens

(Revogados pela Portaria SIT nº 125, de 12 de novembro de 2009)

Unidade 1 33
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

ANEXO I

(Texto dado pela Portaria SIT nº 25, de 15 de outubro de 2001)

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A – EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete

a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre


o crânio;

b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos


provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a
incêndio.

34
Higiene e Segurança

A.2 – Capuz

a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos


de origem térmica;

b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra


respingos de produtos químicos.

Unidade 1 35
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

B – EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de


partículas volantes;

b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade


intensa;

c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação


ultravioleta;

d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação


infravermelha;

e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de


produtos químicos.

36
Higiene e Segurança

B.2 – Protetor facial

a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de


partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de


produtos químicos;

c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação


infravermelha;

d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra


luminosidade intensa.

Unidade 1 37
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

B.3 – Máscara de solda

a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra


impactos de partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra


radiação ultravioleta;

c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra


radiação infravermelha;

d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra


luminosidade intensa.

38
Higiene e Segurança

C − EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 – Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo


contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15,
Anexos I e II;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra


níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, Anexos I e
II;

Unidade 1 39
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo


contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15,
Anexos I e II.

D – EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 – Respirador purificador de ar

a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


poeiras e névoas;

b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


poeiras, névoas e fumos;

c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração
inferior a 50 ppm (parte por milhão);

e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


gases emanados de produtos químicos;

f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra


partículas e gases emanados de produtos químicos;

g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias


respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

40
Higiene e Segurança

D.2 – Respirador de adução de ar

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção


das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente
Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das


vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente
Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 – Respirador de fuga

a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes


químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa
à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em
volume.

E – EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 – Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra


riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e
umidade proveniente de operações com uso de água.

E.2 – Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que


trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra
riscos de origem mecânica. (Incluído pela Portaria SIT n.º 191, de 04 de
dezembro de 2006)

Unidade 1 41
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

F – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva

a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e


escoriantes;

b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e


perfurantes;

c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

42
Higiene e Segurança

F.2 – Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores


contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de
29/12/1994.

F.3 – Manga

a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra


choques elétricos;

b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra


agentes abrasivos e escoriantes;

c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra


agentes cortantes e perfurantes.

d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra


umidade proveniente de operações com uso de água;

e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra


agentes térmicos.

Unidade 1 43
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

F.4 – Braçadeira

a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes


cortantes.

F.5 – Dedeira

a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes


abrasivos e escoriantes.

G – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçado

a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de


objetos sobre os artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes


e escoriantes;

e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade


proveniente de operações com uso de água;

f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos


de produtos químicos.

44
Higiene e Segurança

G.2 – Meia

a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 – Perneira

a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes


abrasivos e escoriantes;

b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes


térmicos;

c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de


produtos químicos;

d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes


cortantes e perfurantes;

e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade


proveniente de operações com uso de água.

G.4 – Calça

a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos


e escoriantes;

b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de


produtos químicos;

c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade


proveniente de operações com uso de água.

Unidade 1 45
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 – Macacão

a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores


e inferiores contra chamas;

b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores


e inferiores contra agentes térmicos;

c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores


e inferiores contra respingos de produtos químicos;

d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores


e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto

a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou


paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
agentes térmicos;

b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou


paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
respingos de produtos químicos;

c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou


paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
umidade proveniente de operações com uso de água;

d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou


paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
chamas.

H.3 – Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra


respingos de produtos químicos;

b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra


umidade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo


contra choques elétricos. (Incluída pela Portaria SIT nº 108, de 30 de
dezembro de 2004)

46
Higiene e Segurança

I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE


NÍVEL

I.1 – Dispositivo trava-queda

a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra


quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando
utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

I.2 – Cinturão

a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda


em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de


queda no posicionamento em trabalhos em altura.

Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser
expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.

Unidade 1 47
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Muitas vezes, temos a impressão de que o EPI é algo desconfortável e que pode
atrapalhar o rendimento do trabalho. Com a tecnologia, a produção dos EPIs
evoluiu e hoje temos muitos equipamentos que podem propiciar tanto proteção
como conforto. Além disso, o trabalhador pode avisar a empresa de que deter-
minado equipamento é incômodo, e esta deverá tentar fazer a substituição.

Reflita
O EPI é uma ferramenta importante de proteção, entretanto, é necessário
que as pessoas estejam conscientes sobre o uso dos equipamentos. Sua
utilização pode não evitar acidentes, mas diminui o impacto sobre o ser
humano e pode salvar a vida do trabalhador.

Colocando em prática
Você chegou ao final da primeira unidade do curso! Caso tenha fica-
do com dúvidas, retome o conteúdo, anote os pontos que você achou
mais difíceis e entre em contato com o seu tutor para que ele ajude
você. Agora, acesse o AVA e faça as atividades de aprendizagem, elas
vão possibilitar que você fixe os conhecimentos construídos.

Relembrando
Nesta unidade você viu as datas que marcaram a história da seguran-
ça do trabalho no Brasil, entre os anos de 1925 e 1978, quando foram
criadas as Normas Regulamentadoras relativas à segurança e à medi-
cina do trabalho. O surgimento da Constituição de 1988 foi o marco
importante para a preservação da saúde e dos serviços de saúde do
trabalhador e, desde então, a busca pela qualidade de vida no trabalho
vem ganhando importância no governo, nas empresas, nos sindicatos e
na sociedade, pois se criou a consciência de que profissional saudável e
qualificado representa produtividade.

Estudou a definição de segurança do trabalho, que é uma área de en-


genharia e medicina do trabalho e envolve um conjunto de ciências e
tecnologias relacionadas à consciência e higiene do trabalho a fim de
buscar a proteção das pessoas em seus locais de trabalho. A partir da
leitura da Portaria do MTB nº 3214/78 e da Lei no 6.514, pôde-se com-
preender melhor o que é e como funciona e quais as bases dessa área.

48
Higiene e Segurança

Você viu também que a CIPA é um órgão interno da empresa que tem
como objetivo unir empregador e empregados para tratar da preven-
ção de riscos e acidentes no local do trabalho. Ela tem participação em
grande parte das atitudes que visam à conscientização do trabalhador
e à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, a fim
de tornar melhor as condições de trabalho.

Além da CIPA, conheceu o SESMT, que é uma equipe multidisciplinar de


profissionais que trabalham para empresas para garantir a integridade
física e promover a saúde dos trabalhadores.

Toda empresa tem a obrigação de constituir o SESMT, que pode ser


próprio ou terceirizado, e a empresa que não é obrigada a constituir a
CIPA deve designar uma pessoa treinada para desempenhar as atribui-
ções da comissão.

Na Aula 3, você estudou a NR 6, que regulamenta o uso dos EPIs e viu


que toda empresa é obrigada a fornecê-los gratuitamente quando os
equipamentos e as medidas de proteção coletiva não derem proteção
completa contra acidentes ou doenças. Viu os diversos tipos de EPIs e
aprendeu que a conservação, o acondicionamento e a utilização dos
equipamentos é de responsabilidade do trabalhador, que deve receber
treinamento adequado e estar consciente sobre o uso. A utilização do
EPI pode não evitar acidentes, mas diminui o impacto e pode salvar a
vida do trabalhador.

Saiba mais
‡‡ Paraconhecer um pouco da história geral da segurança do trabalho,
assista ao vídeo no link < http://www.youtube.com/watch?v=YZtvBVG_
Cq8&feature=fvw>.
‡‡ Para
saber mais sobre a CIPA e a norma que a regulamenta, acesse a
NR 5 no link <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamenta-
doras/nr_05.pdf>.
‡‡ Para
compreender melhor o que é e como se elabora a SIPAT, acesse
<http://www.lojamaxipas.com.br/conteudo/a-sipat-semana-interna-de-
prevencao-de-acidentes-do-trabalho/>.
‡‡ Para
saber sobre SESMT, acesse <http://www.educacao.go.gov.br/edu-
cacao/servicos/sesmt/legislacao.asp>.
‡‡ Paracompreender a importância da ergonomia, do uso de EPIs e do
treinamento dos funcionários, acesse o link a seguir e assista à anima-
ção: <http://www.youtube.com/watch?v=vjR4rWHorew&feature=relat
ed>

Unidade 1 49
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Alongue-se
Agora que você terminou a primeira unidade do curso, relaxe um pou-
co. Converse com um amigo, beba uma xícara café, faça alongamentos,
ouça uma música. Quando estiver preparado(a), volte aos estudos e
lembre-se de sentar corretamente: mantenha as costas retas, os om-
bros relaxados e, se possível, use um descanso para os pés.

Você pode fazer isso sempre que achar que seu estudo não está ren-
dendo, assim poderá aproveitar ao máximo o nosso curso!

50
2
Higiene e Segurança

Insalubridade,
Programa de
Controle Médico e
Saúde Ocupacional
(PCMSO) e
Programa de
Prevenção de
Riscos Ambientais
(PPRA)

Objetivos do Curso
‡‡ Entender a insalubridade no local de traba-
lho a partir de dados coletados no posto de
trabalho para a proteção do funcionário.
‡‡ Compreender a importância de um Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional
na empresa.
‡‡ Compreender a importância do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais a partir de
coletados no local de trabalho para a prote-
ção da saúde e integridade do funcionário
no seu local de trabalho.

51
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas seguintes.

Aula 1: Insalubridade

Aula 2: Atividades e operações insalubres

Aula 3: PCMSO e PPRA

Para Iniciar
Insalubre é tudo aquilo que não é saudável, portanto, as atividades
insalubres são aquelas que deixam os empregados expostos a agen-
tes nocivos em intensidade ou tempo acima dos limites de tolerância
permitidos. Esses limites são estabelecidos conforme a natureza e a
intensidade do agente, a natureza do trabalho e o tempo de exposição
do trabalhador.

A NR 15 estabelece a caracterização de insalubridade, os limites de


tolerância, o quadro de atividades insalubres e as formas de proteção.
Trabalhadores que executam suas funções em condições consideradas
insalubres têm direito a receber um acréscimo salarial, o adicional de
insalubridade. Entretanto, o empregador deve, prioritariamente, pro-
curar eliminar a insalubridade tomando medidas para o controle do
ambiente ou do processo.

A NR 7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação do


PCMSO por parte de todos os empregadores e instituições. Além dele,
também deve ser constituído o PPRA, que tem sua elaboração e imple-
mentação obrigatória estabelecida pela NR 9.

O PCMSO é responsável pelos exames médicos obrigatórios e pelo pro-


grama de acompanhamento da saúde dos empregados. Já o PPRA é um
programa de ação contínua que visa a preservar a saúde dos trabalha-
dores por meio da prevenção, sem deixar de considerar a proteção ao
meio ambiente. Ambos são parte integrante de um conjunto de iniciati-
vas que os empregadores tomam para cuidar da saúde dos trabalhado-
res e devem estar articulados com as demais NRs.

A insalubridade, as atividades insalubres, o PCMSO e o PPRA e as nor-


mas que os regulamentam são os assuntos abordados nesta unidade.
Boa leitura!

52
Higiene e Segurança

Aula 1:
Insalubridade
Insalubridade é a qualidade ou característica daquilo não é saudável, que origi-
na uma doença ou deixa um ambiente doentio. O conceito legal de insalubrida-
de é dado pelo artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que diz:

Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,


por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham
os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e
do tempo de exposição aos seus efeitos.

A partir desse conceito, vemos que a insalubridade é definida levando em conta


o tempo de exposição do trabalhador ao agente nocivo, ou agressivo, e a natu-
reza do trabalho e do agente.

Foi com base nesses fatores que foram estabelecidos os limites de tolerância
para os agentes nocivos. Esses limites são representados por um valor numérico
abaixo do qual se acredita que o trabalhador esteja seguro. Portanto, eles ser-
vem como parâmetros para a avaliação e o controle de riscos ambientais.

Atenção
Os agentes nocivos podem ser classificados em agentes físicos
(temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, pressões anormais e umidade), agentes químicos (gases e
vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas) e agentes biológicos (vírus,
bactérias, fungos, parasitas e outros microrganismos).

Conforme o artigo 189 da CLT, a insalubridade somente será caracterizada se o


limite de tolerância for superado. Entretando, a CLT trata da questão de direito
ao adicional de insalubridade e deixou o aspecto de prevenção a critério das
normas regulamentares do Ministério do Trabalho.

A NR 15, aprovada pela Portaria no 3.214/78, estabelece a caracterização de


insalubridade, os limites de tolerância, o quadro de atividades insalubres e as
formas de proteção.

Unidade 2 53
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Existe uma diferença entre neutralizar e eliminar a insalubridade que o artigo


191 da CLT esclarece. A eliminação só acontece com a “adoção de medidas que
conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância”, enquan-
to a neutralização pode ocorrer “com a adoção de equipamentos de proteção
individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a
limites de tolerância”.

A utilização de EPI é justificada enquanto a condição de insalubridade não


for eliminada desde que ele tenha capacidade efetiva de neutralizar o agente
agressivo, seja de fato utilizado pelo trabalhador e não se torne uma medida
definitiva, o que eximiria a empresa da obrigatoriedade de eliminar o agente
por meio de medidas de proteção coletiva.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é um pro-


grama exigido por lei para todos os empregadores e instituições que admitam
empregados. A realização do PCMSO nas empresas cumpre as exigências legais,
dispostas na Norma Regulamentadora no 7 (NR 7), a fim de promover e preser-
var a saúde dos trabalhadores.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um programa obriga-


tório, estabelecido pela Norma Regulamentar no 9, aprovada pela Portaria no 25,
de dezembro de 1994. Assim como o PCMSO, deve ser implementado por toda
instituição ou empregador que admitem empregados.

O PPRA tem como objetivo garantir a preservação da saúde e a integridade dos


trabalhadores por meio da avaliação, da antecipação e do controle dos riscos
ambientais que existem ou possam vir a existir no ambiente.

Atenção
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos ou
biológicos que, presentes no ambiente de trabalho, podem prejudicar
a saúde do trabalhador conforme sua intensidade, concentração ou
natureza.

54
Higiene e Segurança

Aula 2:
NR 15 – Atividades e
operações insalubres
A NR 15, que tem embasamento jurídico nos artigos 189 e 192 da CLT, descreve
quais são as atividades, as operações e os agentes insalubres e estabelece os
limites de tolerância. Dessa forma, ela define as situações que podem ser carac-
terizadas como insalubres e quais os meios de proteger os trabalhadores das
exposições nocivas à saúde.

Também estabelece os procedimentos obrigatórios nas atividades ou operações


insalubres, ou seja, atividades executadas acima dos limites de tolerância, que
devem ser comprovadas por meio de laudo de inspeção.

Segundo a NR 15 (BRASIL, 1978), consideram-se atividades ou operações insa-


lubres que são as mencionadas nos anexos 6, 13 e 14; as executadas acima dos
limites de tolerância, que são previstos em anexos dessa norma; e as que são
comprovadas insalubres por meio de laudo de inspeção no local, conforme se
descreve nos anexos 7, 8, 9 e 10.

Limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, de-


finida conforme a natureza do agente e o tempo de exposição a ele, que não
ocasionará dano à saúde do trabalhador.

Trabalhadores que executam suas funções em condições consideradas insalu-


bres têm direito a receber um acréscimo salarial, o adicional de insalubridade.
Esse acréscimo equivale a: “40% do salário mínimo para insalubridade de grau
máximo; 20% do salário mínimo para insalubridade de grau médio; e 10% do
salário mínimo para insalubridade de grau mínimo” (BRASIL, NR 15, 1978).

O empregador deve procurar eliminar a insalubridade tomando medidas para


o controle do ambiente ou do processo. Primeiramente, deve procurar medidas
de segurança coletivas, com a adequação do ambiente por meio de reforma ou
a utilização de EPCs (redes de segurança, sinalizadores, extintores etc). E caso
não seja possível a eliminação do agente causador da insalubridade, o empre-
gador deve dar proteção ao trabalhador, fornecendo os EPIs necessários para a
neutralização do agente.

Unidade 2 55
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Atenção
Observe que a prioridade é a eliminação do agente que potencializa a
insalubridade.

Para saber quais atividades ou operações expõem os trabalhadores e o grau de


insalubridade delas, confira a seguir a tabela de graus de insalubridade disposta
na NR 15.

Tabela 1 - Graus de insalubridade

Atividades ou operações que exponham


Anexo Percentual
o trabalhador

Níveis de ruído contínuo ou intermitentes superiores


1 aos limites de tolerância fixados no quadro constante 20%
do anexo 1 e no item 6 do mesmo anexo.

Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de


2 20%
tolerância fixados nos itens 2 e 3 do anexo.

Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores


3 aos limites de tolerância fixados nos quadros 1 e 2 do 20%
anexo.

Níveis de radiação ionizante com radioatividade supe-


4 40%
rior aos limites de tolerância fixados no anexo.

5 Trabalho sob condições hiperbáricas. 40%

Radiações ionizantes consideradas insalubres em de-


6 20%
corrência de inspeção no local de trabalho.

Vibrações consideradas insalubres em decorrência de


7 20%
inspeção no local de trabalho.

Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção


8 20%
no local de trabalho.

Umidade considerada insalubre em decorrência de


9 20%
inspeção no local de trabalho.

10%, 20% e
Agentes químicos cujas concentrações sejam superio-
10
res aos limites de tolerância fixados no quadro no 1.
40%

56
Higiene e Segurança

Atividades ou operações que exponham


Anexo Percentual
o trabalhador

Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores


11 40%
aos limites de tolerância fixados neste anexo.

Atividades ou operações, envolvendo produtos quími- 10%, 20% e


12 cos, consideradas insalubres em decorrência de inspe-
ção realizada no local de trabalho. 40%

13 Agentes biológicos. 20% e 40%

Pergunta
Que tal conhecer alguns agentes que podem pôr em risco a saúde do
trabalhador?

Veja a seguir uma lista de agentes biológicos que podem ser considerados ris-
cos ambientais:

1 a ocorrência de água parada e não tratada, que pode favorecer a presença


de mosquitos ou a leptospirose (causada pela urina de rato);
2 a presença de pombos, pássaros e morcegos no telhado, cujos dejetos po-
dem causar doenças;
3 a presença de cães de guarda não tratados, com possíveis riscos de raiva ou
a infestação de pulgas;
4 a falta de higiene nos refeitórios, com possível presença de ratos, baratas,
moscas e outros;
5 a falta de higiene nos banheiros, originando fungos e bactérias, causadores
de micoses e outras afecções cutâneas;
6 a falta de higiene em alojamentos com a possível presença de piolhos, sarna,
micoses e outros;
7 a ventilação inadequada, permitindo a proliferação de gripes e resfriados;
8 a falta de higiene em filtros de ar, contaminando o ambiente com ácaros e
outros;
9 a presença de ferros ou metais oxidados, capazes de provocar o tétano.

Unidade 2 57
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

A diminuição desses riscos pode ocorrer com a promoção de treinamentos e a


inspeção e limpeza contínuas dos ambientes a fim de mantê-los limpos.

Reflita
A NR 15 serve de parâmetro para o estudo das operações e serviços
quanto à definição de ambientes e condições insalubres e aos seus graus
de risco, que são feitos por meio de cálculos considerando dados obtidos
no ambiente de trabalho, a natureza do agente agressivo e o tempo de
exposição do trabalhador a ele. Esses cálculos estabelecem os limites de
tolerância.

Lembre-se de que você pode exercitar a sua visão em relação à segurança do


trabalho no dia a dia. Durante a sua jornada de trabalho, observe se no am-
biente em que você trabalha existem riscos à saúde ou integridade física dos
empregados.

Com o conhecimento que você está construindo, utilize suas opiniões para aju-
dar a empresa a se desenvolver, acatando as normas da legislação e melhoran-
do ou mantendo as condições seguras do trabalho.

Ao final desta unidade, na seção Saiba Mais, você encontrará um link para a NR
15. Observando as NRs, você construirá seu conhecimento sobre segurança do
trabalho de modo efetivo.

Aula 3:
PCMSO e PPRA
NR 7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
(PCMSO)
A sétima norma regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de elaboração
e implantação do PCMSO por parte de todos os empregadores e instituições,
com objetivo de monitorar individualmente aqueles trabalhadores expostos aos
agentes químicos, físicos e biológicos definidos pela NR 9.

58
Higiene e Segurança

A fundamentação legal, ordinária e específica, que


dá embasamento jurídico à existência da NR 7, são
os artigos 168 e 169 da CLT.

O PCMSO é responsável pelos exames médicos


obrigatórios (admissional, periódico, de retorno ao
trabalho, por mudança de função e demissional) e
pelo programa de acompanhamento da saúde dos
empregados.

É parte integrante de um conjunto de iniciativas


que os empregadores tomam para cuidar da saúde
dos trabalhadores. Deve considerar a relação entre
saúde e trabalho, mantendo a articulação com as
exigências das demais NRs.

A prioridade do PCMSO é a prevenção, o rastre-


amento e o diagnóstico de problemas de saúde
relacionados ao trabalho, como as doenças ocupa-
cionais.

Reflita

O atendimento integral à saúde


ocupacional do trabalhador no seu local de
trabalho ameniza as consequências e evita
causas de acidentes de trabalho, lesões
ocupacionais e custos sociais (Previdência
Social) decorrente de acidentes; e promove
a diminuição do absenteísmo por meio do
aumento de motivação, o que traz também
o aumento da produtividade, redução de ABSENTEÍSMO:
gastos e maior integração entre os diversos
setores da empresa, que tem consequências As ausências dos traba-
positivas. lhadores no processo de
trabalho, seja por falta
ou atraso (Fonte: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/Ab-
senteísmo>).

Unidade 2 59
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)


Além da obrigatoriedade de constituição do PCMSO estabelecida pela NR 7, to-
dos os empregadores e instituições que admitem empregados devem constituir
também o PPRA, que tem sua elaboração e implementação obrigatória estabe-
lecida pela NR 9. A fundamentação legal, ordinária e específica que dá embasa-
mento jurídico à existência desta NR são os artigos 175 a 178 da CLT.

O PPRA é um programa de ação contínua que tem como objetivo preservar


a saúde e a integridade dos trabalhadores por meio da antecipação, do reco-
nhecimento, da avaliação e do controle de riscos ambientais existentes ou que
possam vir a existir no ambiente de trabalho. Isso sem deixar de considerar a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Deve ser elaborado pelo SESMT, podendo contar com a participação da CIPA
ou por uma empresa ou um profissional terceirizado, contratado para elaborar,
implementar, acompanhar e avaliar o PPRA. É importante observar que, caso
a decisão seja de contratar um profissional terceirizado, ele deve estar sob a
coordenação de um engenheiro ou de um técnico de segurança do trabalho,
conforme as características da empresa.

Na elaboração do PPRA deve ser observada, de modo específico para cada área,
a antecipação e o reconhecimento do risco, as metas de avaliação e controle, a
identificação do risco, a determinação e localização das fontes e as medidas de
controle, que são os EPCs (coletivo), EPIs (individual), processos e outros.

Ficam livres da obrigação de implementar o PPRA as empresas obrigadas a de-


senvolver o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Esse programa, regu-
lamentado pela NR 22 e exigido para empresas de mineração, beneficiamento e
pesquisa mineral, visa a adotar medidas preventivas a fim de minimizar danos à
saúde do trabalhador.

Pergunta
O que o PPRA e o PCMSO representam em uma empresa?

Esses são programas permanentes que devem coexistir nas empresas e insti-
tuições, sendo que o PPRA deve ser feito antes para que sirva de subsídio ao
PCMSO. Ambos são programas importantes no cuidado com a saúde e a segu-
rança dos trabalhadores, porém, não as garantem totalmente.

60
Higiene e Segurança

Eles integram um conjunto de iniciativas que os empregadores tomam para


cuidar da saúde dos trabalhadores, por isso é necessário que os programas se
articulem com o que dispõem as outras NRs e, além disso, que os trabalhadores
sejam informados, treinados e motivados.

Colocando em prática
Agora que você chegou ao final da segunda unidade, que tal pôr em
prática os conhecimentos que desenvolveu nesta unidade? Acesse o
AVA e faça as atividades de aprendizagem.

Caso você esteja com dúvidas, releia o conteúdo e entre em contato


com o seu tutor, ele estará pronto para ajudar!

Relembrando
Nesta unidade, você viu o conceito de insalubridade, que é tudo aquilo
que não é saudável ou pode originar doença. A partir desse conceito,
pôde compreender que atividades insalubres são todas aquelas que
põem em risco a saúde do trabalhador por meio da exposição a agen-
tes nocivos acima dos limites de tolerância.

Viu também a diferença entre eliminar e neutralizar a insalubridade e


sobre as formas de proteção e prevenção. A princípio devem ser toma-
das medidas coletivas de proteção, como o uso de EPCs, a fim de elimi-
nar a insalubridade, e, caso isso não seja possível, devem ser fornecidos
EPIs.

Compreendeu que os riscos ambientais são os agentes físicos (tempe-


raturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes e não ionizan-
tes, pressões anormais e umidade), químicos (gases e vapores, poeiras,
fumos, névoas, neblinas) ou biológicos (vírus, bactérias, fungos, parasi-
tas e outros microrganismos) que podem prejudicar a saúde do traba-
lhador se presentes no ambiente de trabalho.

Na segunda aula, você estudou a NR 15, que estabelece a caracteriza-


ção de insalubridade, os limites de tolerância, o quadro de atividades
insalubres e as formas de proteção.

Unidade 2 61
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Viu que o limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima


ou mínima do agente que não é capaz de ocasionar danos à saúde do
trabalhador. Ele é estabelecido conforme a natureza e a intensidade do
agente agressivo e o tempo de exposição do trabalhador.

Os trabalhadores que executam suas atividades em ambientes ou


condições consideradas insalubres têm direito a receber o adicional de
insalubridade, garantido pelo artigo 189 da CLT. Porém, a eliminação
dos agentes que causam a insalubridade deve ser prioridade do empre-
gador.

Na terceira aula desta unidade, você pôde compreender o que é o


PCMSO, com base na norma que o regulamenta, a NR 7, e o que é o
PPRA, regulamentado pela NR 9.

Viu que o PCMSO é responsável pelos exames médicos obrigatórios e


pelo programa de acompanhamento da saúde dos empregados. Já o
PPRA é um programa de ação contínua que visa a preservar a saúde e
a integridade dos trabalhadores por meio da antecipação, do reconhe-
cimento, da avaliação e do controle de riscos ambientais existentes ou
que possam vir a existir no ambiente de trabalho.

Ambos são programas de grande importância para a preservação e


promoção da saúde dos trabalhadores e fazem parte de um conjunto
de iniciativas que os empregadores tomam para cuidar da saúde dos
trabalhadores e devem coexistir nas empresas articulados com as ou-
tras NRs.

Saiba mais
‡‡ Parasaber mais sobre insalubridade e atividades insalubres, assita o
vídeo no link <http://www.youtube.com/watch?v=gNZDhBVxLyM&feat
ure=related>.
‡‡ Para
compreender melhor o que é o PCMSO e a norma que o regula-
menta, acesse a NR 7 pelo link <http://www.mte.gov.br/legislacao/nor-
mas_regulamentadoras/nr_07_at.pdf>.
‡‡ Parasaber mais sobre PPRA e a sua regulamentação, acesse a NR 9
pelo link <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentado-
ras/nr_09_at.pdf>.
‡‡ Para saber sobre PPRA e PCMSO na gestão de segurança do trabalho
rural, acesse o material da Associação Brasileira Produtora de Algodão
<http://www.abrapa.com.br/jornais/979251865411587.pdf>.

62
Higiene e Segurança

Alongue-se
Você chegou ao final da Unidade 2! Agora, pare um pouco para relaxar
fazendo alguns alongamentos: sentado, faça uma massagem no pes-
coço com os dedos em forma de pinça. Ainda sentado, segure a borda
lateral da cadeira com uma das mão e flexione a cabeça para o lado
oposto e, após 40 segundos, troque de lado. Muito bem! Agora, levan-
te-se e estique todo o corpo, como se estivesse se pegando um objeto
em um local alto.

Aproveite para beber água, olhar o movimento, fazer uma pequena


caminhada. Quando estiver relaxado, volte aos estudos.

Unidade 2 63
3
Higiene e Segurança

Proteção Contra
Incêndios,
Sinalização de
Segurança e
Biossegurança

Objetivos do Curso
‡‡ Compreender a importância da proteção
contra incêndios e como deve ser feita a sua
implantação conforme a NR 23.
‡‡ Compreender o que é a sinalização de segu-
rança, quais os seus objetivos e como ela é
feita segundo a NR 26.
‡‡ Conhecer a biossegurança, as relações que
ela envolve e os riscos existentes.

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.

Aula 1: NR 23 – Proteção Contra Incêndios

Aula 2: NR 26 – Sinalização de Segurança

Aula 3: Introdução à biossegurança

65
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Para Iniciar
A proteção contra incêndios é obrigatória e regulamentada pela NR
23. Toda empresa deve oferecer proteção contra incêndio, ter saídas de
emergência suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço,
equipamentos para combater o fogo e pessoas treinadas para o uso
correto desses equipamentos.

A sinalização de segurança tem por objetivo chamar a atenção das


pessoas para os riscos à saúde nos locais onde realizam suas atividades.
Ela deve existir em todos os setores para auxiliar funcionários, presta-
dores de serviços, visitantes a identificar locais com riscos, e também
nos locais aberto ao público. Para implantar a sinalização de segurança,
podem-se usar as cores definidas na NR 26. É importante lembrar que
todos os equipamentos de sinalização deverão ser mantidos em bom
estado de conservação para orientar a todos que circulam pela empresa.

A biossegurança é um conjunto de estudos e procedimentos que visam


a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes quí-
micos, físicos e biológicos, e também um conjunto de ações voltadas
para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às
atividades visando manter a saúde do homem, a preservação do meio
ambiente e a qualidade dos resultados.

A prevenção e a proteção contra incêndios, a sinalização de segurança,


as normas que as regulamentam e a biossegurança são os assuntos que
você verá nesta unidade. Bons estudos!

Aula 1:
NR 23 – Proteção Contra
Incêndios
A NR 23 estabelece os procedimentos que todas as empresas devem possuir
em relação à proteção contra incêndio, às saídas de emergência para os traba-
lhadores, aos equipamentos para combater o fogo e a pessoal treinado.

66
Higiene e Segurança

A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à


existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

Atualizada em 2001, essa norma traz disposições gerais sobre como um am-
biente de trabalho deve se precaver para combater incêndios e proteger as
pessoas.

As empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas suficientes para a


rápida retirada do pessoal em serviço em caso de incêndio; equipamentos para
combater o fogo em seu princípio; pessoas treinadas no uso correto desses
equipamentos (NR 23, 1978).

A NR 23 dá atenção especial às saídas, e explana uma série de disposições para


elas, determinando até mesmo a distância entre o local de trabalho e a saída.
Trata também da circulação, que deve ser livre de obstáculos para que o acesso
à saída do ambiente seja facilitado.

O número de saídas de emergência é outro ponto de grande importância, pois


em uma situação de desespero as pessoas vão procurar a saída mais próxima.

Por questões de precaução com o material, algumas empresas mantêm apenas


uma saída e uma entrada, muitas vezes com obstáculos, como catracas e alar-
mes. Essa situação, em um momento de pânico, pode causar acidentes, atrope-
lamentos e até mesmo morte.

Assim, deve-se dar atenção ao devido dimensionamento do ambiente, que deve


sempre ter pelo menos uma saída de emergência visível, bem sinalizada e total-
mente desobstruída.

Quanto ao equipamento para combater o fogo em seu início, a NR 23 foca em


dois pontos: exercícios de alerta e extintores de incêndio.

Os exercícios de alerta devem ser feitos periodicamente, de forma que todos


saibam como se comportar em um caso de incêndio para que a evacuação do
local ocorra sem pânico. Abordar pontos básicos, como a forma de acionar o
sistema de alarme e chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros, é de extre-
ma importância.

Em relação aos extintores, a norma determina que devem existir pelo menos
dois em cada pavimento, independentemente da área ocupada, e descreve os
tipos de extintores e seus usos.

Observe na tabela a seguir as classes de incêndio e seus símbolos, os tipos de


incêndio e o agente extintor. Assim, você saberá identificar o tipo de extintor
adequado para cada tipo de incêndio.

Unidade 3 67
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Quadro 1 - Classes de incêndio

Classes de incêndio Tipo de material Agente extintor

Materiais de fácil com-


bustão que queimam
Água pressurizada;
em sua superfície e
espuma; dióxido de
profundidade e deixam
carbono, desde que no
resíduos. Exemplos:
início do incêndio.
madeira, papel, teci-
dos.

Materiais que quei- Dióxido de carbono;


mam somente na su- pó químico; espuma;
perfície e não deixam abafamento com balde
resíduos. Exemplos: de areia; água pressu-
óleo, tinta, gasolina, rizada sob a forma de
verniz. neblina.

Equipamentos energi-
Dióxido de carbono;
zados. Exemplos: fios,
pó químico; água pul-
motores, transforma-
verizada.
dores.

Pó químico seco (PQS)


específico para cada
material; abafamento
Elementos pirofóricos. com balde de areia ou
Exemplos: magnésio, limalha de ferro fun-
titânio, zircônio. dido.

Atenção: nunca use


água!

Os agentes extintores são produtos utilizados para prevenção ou eliminação


de incêndios e explosões. Eles combatem o fogo de modo físico ou químico ou
combinando as duas ações.

Podem ser encontrados nos estados líquido, sólido ou gasoso, porém sua ação
só é efetiva quando estiver nos estados líquido ou gasoso. Por isso, são utili-
zados por meio de aparelhos, fixos ou móveis, construídos especialmente para
projetá-los contra o fogo.

68
Higiene e Segurança

Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados


são a água, a espuma, o pó químico seco, o gás
carbônico e os compostos halogenados.

‡‡ Água (H2O): é o agente extintor mais abun-


dante na natureza e o mais utilizado por ser
de baixo custo e fácil obtenção. Age principal-
mente por resfriamento, pois é capaz de absor-
ver grande quantidade de calor e, conforme é
aplicada (neblina, jato contínuo etc.), também
age por abafamento.
A água é condutora de eletricidade, devido aos
sais minerais presentes em sua composição
química. Portanto, se usada para o combate
ao fogo em materiais energizados, há risco de
choque elétrico. E se utilizada para combater
fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de provo-
car o transbordamento do líquido que está queimando e
assim aumentar a área de incêndio.
‡‡ Extintor
de água: pressurizado, pressão injeta-
da e manual, tipo costal ou cisterna.
‡‡ Espuma: é uma das formas de aplicação da
água, pois se constitui de um aglomerado de
bolhas de ar ou gás carbônico (CO2) envoltas
por uma película de água. Mais leve que todos
os líquidos inflamáveis, é utilizada para extin-
guir incêndios por abafamento e, por conter
água, possui uma ação secundária de resfria-
mento.
‡‡ Extintor de espuma: pressurizado e pressão
injetada.
‡‡ Pó químico seco (PQS): os PQSs são subs-
tâncias constituídas de bicarbonato de sódio,
bicarbonato de potássio ou cloreto de potás-
sio, que, quando pulverizados, formam uma
nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por
quebra da reação em cadeia e por abafamento.
TRATAMENTO ANTI-
O pó deve receber um tratamento anti-higroscó
HIGROSCÓPICO:
pico para não umedecer e assim evitar a solidificação
no interior do extintor. Pode ser usado também no Tratamento para perder a
combate ao incêndio da classe D e, para isso, capacidade de absorver
deve ser feito à base de cloreto de sódio, clore- umidade.
to de bário, monofosfato de amônia ou grafite
seco.

Unidade 3 69
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

‡‡ Extintor de pó químico seco: pressurizado e pressão injetada.


‡‡ Gáscarbônico (CO2): também conhecido como dióxido de carbono, é um
gás mais denso, ou seja, mais pesado que o ar. Não tem cor nem cheiro,
não conduz eletricidade e não é venenoso, porém é asfixiante. Age princi-
palmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento.
Por não deixar resíduos e não ser corrosivo é um agente extintor apropriado
para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis
(como centrais telefônicas e computadores).
‡‡ Compostos halogenados (Halon): são compostos químicos formados por
elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Atuam na quebra da
reação em cadeia em razão das suas propriedades específicas e, de forma
secundária, por abafamento. São ideais para o combate a incêndios em
equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo mais eficientes que o
CO .
2
Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com facilidade
em locais abertos, perdendo seu poder de extinção.

Aula 2:
NR 26 – Sinalização de
Segurança
Essa NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de
trabalho a fim de previnir acidentes, identificando os equipamentos de seguran-
ça e as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e
gases, delimitando áreas e advertindo contra riscos (NR 26, 1978).

A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à


existência desta NR, é o artigo 200, inciso VIII, da CLT.

As cores de segurança devem ser utilizadas para indicar e advertir acerca dos
riscos existentes nas áreas de trabalho. Entretanto, o seu uso não dispensa as
outras formas de prevenção de acidentes. Todas as formas necessárias devem
ser utilizadas.

A sinalização por cores deve ser acompanhada de sinais convencionais ou de


identificação por palavras em áreas de trânsito para pessoas estranhas ao traba-
lho.

70
Higiene e Segurança

Pergunta
Quais as cores de sinalização e quando devem ser utilizadas?

Figura 2 - Cores de segurança


Fonte : CHIANEZZI, 2010.

Segundo a NR 26, as cores a serem utilizadas são: vermelho, amarelo, branco,


preto, azul, verde, laranja, púrpura, lilás, cinza, alumínio e marrom. Vamos ver o
que elas significam conforme o que descreve a NR 26.

Vermelho
Distingue e indica equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio.
Por ser menos visível que o amarelo e o alaranjado, o vermelho não deve ser
utilizado com sentido de advertência de perigo, com exceção do uso em luzes a
serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e obstruções temporá-
rias e em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência
(NR 26, 1978).

Unidade 3 71
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Amarelo
Identifica gases não liquefeitos em canalizações e indica “Cuidado!”, assinalan-
do partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeito, pisos, partes infe-
riores de escadas que apresentem risco, espelho de degraus de escada, bordas
etc. (NR 26, 1978).

Branco
Utilizado basicamente para indicar meios de circulação e ajudar na localização
de equipamentos, o branco indica passarelas e corredores de circulação (por
meio de faixas); direção e circulação (por meio de sinais); localização e coletores
de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de
socorro e urgência, de combate a incêndio e outros equipamentos de emergên-
cia; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança (NR 26, 1978).

Preto
Indica canalizações de produtos inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade,
como óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc. Pode subs-
tituir o branco ou ser combinado a ele em situações especiais (NR 26, 1978).

Azul
Indica “Cuidado!”, mas com utilizaçãr fora de serviço ou em manutenção. Tam-
bém serve para localizar os pontos de comando, de partida e fonte de energia
dos equipamentos; pontos de arranque ou fontes de potência; e canalizações
de ar comprimido (NR 26, 1978).

Verde
Essa cor caracteriza a segurança. Identifica canalizações de água, caixas de equi-
pamentos de socorro de urgência; caixas com máscaras contra gases ou outros
EPIs; localização de EPIs; chuveiros de segurança; macas; fontes lavadoras de
olhos; quadro para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança; porta
de entrada de salas de curativos de urgência; emblemas de segurança; disposi-
tivos de segurança e mangueiras de oxigênio (NR 26, 1978).

72
Higiene e Segurança

Laranja
Identifica canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipa-
mentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou
abertas; faces externas de polias e engrenagens; faces internas de caixas prote-
toras de dispositivos elétricos; botões de arranque de segurança; dispositivos
de corte, bordas de serras e prensas. (NR 26, 1978)

Púrpura
Indica locais onde há radiações eletromagnéticas. Deve ser usada em portas
e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam mate-
riais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; em locais onde
tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; e em sinais
luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas
e partículas nucleares (NR 26, 1978).

Lilás
Indica canalizações que contêm álcalis e nas refinarias de petróleo pode identi-
ficar os lubrificantes (NR 26, 1978).

Cinza
O cinza claro é empregado para identificar canalizações em vácuo. Já o cinza
escuro identifica eletrodutos (NR 26, 1978).

Alumínio
Utilizado em canalizações que contêm gases liquefeitos, inflamáveis e combus-
tíveis de baixa viscosidade, como querosene, óleo diesel, gasolina etc. (NR 26,
1978).

Marrom
Identifica os fluídos não que não foram identificados pelas outras cores, confor-
me o critério da empresa (NR 26, 1978).

Unidade 3 73
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Aula 3:
Introdução à
biossegurança
A lógica da construção do conceito de biossegurança teve seu início na década
de 1970, na reunião de Asilomar, na Califórnia, onde a comunidade científica
iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade.
Essa reunião, segundo Goldim Jr. (1997), “é um marco na história da ética apli-
cada à pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteção
aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza
o projeto de pesquisa”. A partir daí o termo biossegurança vem, ao longo dos
anos, sofrendo alterações.

Na década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (1993) a definia como


“práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem”.
O foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos bio-
lógicos no ambiente ocupacional. Já na década de 1980, a própria OMS (1993)
incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em am-
bientes laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem,
como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos. Nos anos 1990,
verificamos que a definição de biossegurança sofreu mudanças significativas.

Em seminário realizado no Instituto Pasteur, em Paris (INSERM, 1991), obser-


vamos a inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais
e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante, em programas de
biossegurança.

Outra definição nessa linha diz que

[...] a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção,


minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do
meio ambiente e a qualidade dos resultados. (TEIXEIRA; VALLE, 1996).

74
Higiene e Segurança

Esse foco de atenção retorna ao ambiente ocupacional e amplia-se para a


proteção ambiental e a qualidade. Não é centrado em técnicas de DNA recom-
binante. Uma definição centrada no ambiente ocupacional encontramos em Tei-
xeira e Valle (1996), onde consta no prefácio “segurança no manejo de produtos
e técnicas biológicas”.

Outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da medicina


do trabalho é encontrada em Costa (1996), em que aparece “conjunto de medi-
das técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas
para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos”. Está centrada na pre-
venção de acidentes em ambientes ocupacionais.

Fontes et al. (1998) já apontam para “os procedimentos adotados para evitar os
riscos das atividades da biologia”. Embora seja uma definição vaga, entende-se
que estejam incluídas a biologia clássica e a biologia do DNA recombinante.
Essas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações:

Quadro 2 - Biossegurança e suas relações

Tecnologia
Homem
Agente biológico
Risco
Tecnologia Sociedade

Biodiversidade Economia

Assim, a biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, meto-


dologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecno-
lógico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem,
dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Tipos de riscos existentes


Conforme Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, MTE no 3214, de
08/06/78, existem cinco tipos de riscos: riscos de acidentes, riscos ergonômicos,
físicos, químicos e biológicos. Vamos ver um pouco sobre cada um deles?

Unidade 3 75
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Riscos de acidentes: são fatores capazes de co-


locar o trabalhador em situação de perigo e afe-
tar sua integridade, bem-estar físico e moral. São
exemplos de risco de acidente: máquinas e equipa-
mentos sem proteção, probabilidade de incêndio
e explosão, arranjo físico inadequado, armazena-
mento inadequado etc.

Riscos ergonômicos: são fatores que podem


interferir nas características psicofisiológicas do
trabalhador, causando desconforto ou afetando
sua saúde. São exemplos de risco ergonômico o
levantamento e transporte manual de peso, o rit-
mo excessivo ou desajustes no ritmo de trabalho, a
fadiga, a repetitividade, a responsabilidade exces-
siva, a postura inadequada de trabalho etc.

Riscos físicos: os agentes de risco físico são as


diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, como: ruído, vibrações,
pressões anormais, temperaturas extremas, radia-
ções ionizantes, radiações não ionizantes, ultras-
som, materiais cortantes e pontiagudas etc.

CARCINOGÊNICOS: Riscos químicos: são agentes de risco químico as


substâncias ou os produtos que possam penetrar
1. Pat. ref. à formação ou no organismo pela via respiratória, nas formas de
geração de carcinoma(s), poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que propicia ou pro- ou que, pela natureza da atividade de exposição,
voca esse tipo de forma- possam ter contato ou ser absorvido pelo organis-
ção cancerígena. (iDicio- mo por meio da pele ou por ingestão.
nário Aulete, 2010).
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais
de acidentes inerentes às suas propriedades es-
pecíficas. Devem ser consideradas todas as etapas
MUTAGÊNICOS:
de seu descarte com a finalidade de minimizar
2. diz-se do agente quí- não só acidentes decorrentes dos efeitos agressi-
mico, físico ou biológico vos imediatos (corrosivos e toxicológicos) como
capaz de causar muta- os riscos cujos efeitos venham a se manifestar em
ções; MUTAGENÉTICO; longo prazo, como os carcinogênicos e os muta-
MUTÁGENO. (Dicionário gênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou
Aulete, 2010). inorgânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explo-
sivos, teratogênicos etc.

76
Higiene e Segurança

Riscos biológicos: são agentes de risco biológi-


co as bactérias, os fungos, os parasitas, os vírus
e outros microrganismos. Eles podem ser distri-
buídos em classes por ordem crescente de risco,
classificados segundo os seguintes critérios: pato
genicidade para o homem, virulência, modos de
transmissão, disponibilidade de medidas profiláti- PATOGENICIDADE:
cas eficazes, disponibilidade de tratamento eficaz
e endemicidade. 1. capacidade que um
organismo possui de
Existem trabalhos que favorecem o contato com causar doenças em outros
determinados riscos. As atividades profissionais organismos. 2. O grau
na indústria da borracha e na indústria do vidro, dessa capacidade. 3. Fator
por exemplo, favorecem o contato, principalmente que provoca doenças por
com riscos físicos e químicos. meio da liberação de bac-
térias patogênicas. (Dicio-
No caso dos riscos biológicos, são as indústrias e nário Aulete, 2010).
empresas do setor alimentício, os hospitais, o ser-
viço de limpeza pública, os laboratórios etc, que
estão mais suscetíveis à contaminação. VIRULÊNCIA:

1. Pat. capacidade de um
microrganismo se multi-
Reflita plicar dentro do organis-
mo, provocando doenças:
Em muitos casos o contato com os agentes a virulência de uma bacté-
biológicos podem causar inúmeras
ria. 2. P. ext. O poder que
doenças, tanto para os trabalhadores
como para quem utiliza o serviço ou tem um agente infeccioso
produto. Por isso, esteja atento às regras de de provocar lesão.
higiene e segurança e ao uso correto dos
equipamentos.
PROFILÁTICAS:

2. que previne ou us. para


prevenir doenças (medida
profilática); PREVENTIVO.
(Dicionário Aulete, 2010).

ENDEMICIDADE:

1. ocorrência de alguma
espécie em apenas um
lugar ou região; Endemi-
cidade. (Dicionário Aulete,
2010).

Unidade 3 77
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Colocando em prática
Muito bem, você chegou ao final da terceira unidade, a última do
curso! Agora é hora de colocar em prática o que você estudou. Acesse
o AVA para realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se
você estiver com dúvidas, pode saná-las com a ajuda do seu tutor.

Relembrando
Nesta unidade, você estudou a NR 23, que estabelece os procedimen-
tos obrigatórios a todas as empresas em relação à proteção contra
incêndio, às saídas de emergência, aos equipamentos para combater o
fogo e a pessoal treinado.

As empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas suficien-


tes para a rápida retirada do pessoal em serviço em caso de incêndio;
equipamentos para combater o fogo em seu princípio; pessoas treina-
das no uso correto desses equipamentos (NR 23, 1978). Exercícios de
alerta devem ser feitos periodicamente e devem existir pelo menos dois
extintores em cada pavimento.

Você estudou que as classes de incêndio são: Classe A (combustíveis),


Classe B (líquidos inflamáveis), Classe C (equipamentos elétricos) e
Classe D (metais combustíveis). Compreendeu que agentes extintores
são produtos utilizados para a prevenção ou eliminação de incêndios
e explosões e sua ação só é efetiva quando estiver nos estados líquido
ou gasoso. Os mais comuns são a água, a espuma, o pó químico seco,
o gás carbônico e os compostos halogenados.

Na Aula 2 você estudou a NR 26, que trata da sinalização de segurança,


fixando as cores que devem ser utilizadas nos locais de trabalho para
identificar tanto os possíveis riscos à saúde do trabalhador como as
saídas de emergência.

O uso da sinalização por cores não dispensa as outras formas de pre-


venção de acidentes e deve ser acompanhada de sinais convencionais
ou de identificação por palavras em áreas de trânsito para pessoas es-
tranhas ao trabalho. As cores utilizadas são: vermelho, amarelo, branco,
preto, azul, verde, laranja, púrpura, lilás, cinza, alumínio e marrom.

78
Higiene e Segurança

Na terceira aula, você estudou biossegurança a partir de um breve


histórico das suas definições. Compreendeu que a biossegurança é um
conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamen-
tos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico
e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem,
dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvol-
vidos.

Viu que existem cinco tipos de riscos aos trabalhadores – de acidentes,


ergonômicos, físicos, químicos e biológicos – e que algumas atividades
favorecem o contato com determinados riscos. Em muitos casos o con-
tato com os agentes biológicos podem causar inúmeras doenças tanto
para os trabalhadores como para quem utiliza o serviço ou produto.
Por isso, é necessário estar atento às regras de higiene e segurança e
ao uso correto dos equipamentos.

Saiba mais
‡‡ Paraentender melhor o uso de extintores, acesse <http://chama-ce.vi-
labol.uol.com.br/arquivos/extintores.htm> e navegue pelo site <http://
www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/fogo.html#Agentes%20
Extintores>.
‡‡ Parasaber mais sobre o uso de cores na sinalização de segurança,
acesse <http://www.cpsol.com.br/upload/arquivo_download/1872/
CORES%20NA%20SINAL%20DE%20SEG%20-%20ARTIGO%20
COSMO%20REVISTA%20CIPA.pdf>.
‡‡ Para
conhecer melhor a área de biossegurança, acesse <http://www.
anbio.org.br>.

Alongue-se
Antes de seguir para o desafio, faça uma pausa para relaxar. Faça um
exercício leve, converse com um amigo, beba um suco, assista um
pouco à tevê. Lembre-se de, ao voltar para os estudos, sentar correta-
mente, pois a boa postura é essencial para a saúde e evita o cansaço.
Tome o tempo que for necessário e, quando estiver preparado, volte
aos estudos para realizar o desafio.

Unidade 3 79
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

Desafio
Chegou o momento de você realizar o desafio! Lembre-se de que você
se dedicou ao estudo e é esta questão vai garantir sua certificação no
curso Higiene e Segurança. Agora acesse o AVA, observe atentamente a
questão e faça o que é pedido.

80
Higiene e Segurança

Conhecendo o
autor
Tadeu Cesar Prado é graduado em Engenharia Civil
pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) de
Presidente Prudente desde 1999. É pós-graduado
em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Uni-
versidade Estadual Paulista (UNESP) de Presidente
Prudente desde 2003. Tem experiência em seguran-
ça e saúde do trabalhador na área frigorífica bovina
e de aves e há dois anos é instrutor e coordenador
do curso de Técnico de Segurança do Trabalho na
FATEC SENAI de Campo Grande (MS).

81
Higiene e Segurança

Referências

ARAÚJO, G. M. Normas regulamentadoras comen-


tadas e ilustradas. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007.

ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Legislação de segu-


rança e saúde no trabalho: normas regulamenta-
doras do Ministério do Trabalho e Emprego. 7. ed.
rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro, RJ: GVC, 2009. 3 v.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma


Regulamentadora no 5: comissão interna de pre-
venção de acidentes. Brasília: Ministério do Traba-
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______. Lei no 6.514, de 22 de dezembro de 1977.


Altera o Capítulo V, do Título II, da Consolidação
das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medi-
cina do Trabalho. Diário Oficial da União 1977; 23
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_______. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma


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mento de Proteção Individual – EPI. Disponível em:
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taria no 3.214, 8 de junho de 1978. Dispo-
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COSTA, M.A.F. Biossegurança: segurança química


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Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes

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