Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Higiene e Segurança
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
P896h
Prado, Tadeu Cesar
Higiene e segurança / Tadeu Cesar Prado. Brasília: SENAI/DN,
2010.
84 p. : il. color ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 331.4
Apresentação do curso.................................................................................. 07
Plano de estudos............................................................................................. 09
Unidade 1: Introdução a Normas de Segurança................................... 11
Unidade 2: Insalubridade, Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA)........................................................................................... 51
Unidade 3: Proteção Contra Incêndios, Sinalização de Segurança
e Biossegurança............................................................................................... 65
Conhecendo o autor ..................................................................................... 81
Referências ....................................................................................................... 83
Higiene e Segurança
Apresentação
do Curso
7
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Bons estudos!
8
Higiene e Segurança
Plano de Estudos
Carga horária:
12 horas/aula
Ementa
Normas de segurança; NR 6 – equipamento de prote-
ção individual; insalubridade; atividades e operações
insalubres; NR 23 – proteção contra incêndios; NR 26
– sinalização de segurança; biossegurança.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
9
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
10
1
Higiene e Segurança
Introdução a
Normas de
Segurança
Objetivos do Curso
Compreender o que são normas e leis aplica-
das à segurança e à saúde do funcionário em
seu local de trabalho.
Compreender o significado da Comissão In-
terna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e sua
aplicação na empresa.
Conhecer como deve ser a utilização, guarda
e conservação dos equipamentos de prote-
ção individual (EPIs) para proteção do fun-
cionário em sua atividade.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
Aula 1: Introdução
11
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Para Iniciar
Até chegarmos a uma legislação moderna sobre saúde e segurança
do trabalho, vencemos desafios de implantação e a aceitação do em-
pregador na aplicação de métodos de segurança e saúde no trabalho,
elevando o trabalhador à condição de ser humano, protegendo sua
integridade física e sua dignidade.
12
Higiene e Segurança
Aula 1:
Introdução
No início da década de 1970, o Brasil era detentor do título de campeão mun-
dial de acidentes de trabalho. Assim, em 1977, foi incluído um capítulo especí-
fico sobre Segurança e Medicina do Trabalho no texto da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), por sua reconhecida importância social. Trata-se do Capítulo
V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.
Atenção
Foi com a publicação da Portaria nº 3214/78 que se estabeleceu a
concepção de saúde ocupacional.
Unidade 1 13
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Figura 1 – Constituição
14
Higiene e Segurança
Dados de 2007 mostram que o Brasil está demonstrando queda nos acidentes
de trabalho, mas ainda se encontra em quarto lugar no ranking mundial de aci-
dentes, perdendo apenas para Rússia (terceiro), EUA (segundo) e China (primei-
ro).
Dica
Temos de sugerir e implantar propostas para construir um Brasil moderno
e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho
e com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos
serviços. Para isso, deve haver uma conjunção de esforços de todos os
setores da sociedade e a conscientização na aplicação de programas de
saúde e segurança no trabalho. Afinal, trabalhador saudável e qualificado
representa produtividade no mercado globalizado.
Aula 2:
Introdução a normas de
segurança
Segurança do trabalho é uma área de engenharia e medicina do trabalho. Ela
envolve um conjunto de ciências e tecnologias relacionadas à consciência e hi-
giene do trabalho que buscam a proteção das pessoas em seus locais de traba-
lho.
Unidade 1 15
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
NORMAS REGULAMENTADORAS
NR 1 – Disposições Gerais
NR 2 – Inspeção Prévia
NR 3 – Embargo e Interdição
NR 7 – Exames Médicos
NR 8 – Edificações
NR 9 – Riscos Ambientais
16
Higiene e Segurança
NR 12 – Máquinas e Equipamentos
NR 14 – Fornos
NR 17 – Ergonomia
NR 19 – Explosivos
NR 25 – Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 27 – Registro de Profissionais
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Unidade 1 17
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
ARNALDO PRIETO
18
Higiene e Segurança
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Unidade 1 19
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
SEÇÃO IV
SEÇÃO V
20
Higiene e Segurança
SEÇÃO VII
Da Iluminação
SEÇÃO VIII
Do Conforto Térmico
SEÇÃO XIII
Unidade 1 21
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
22
Higiene e Segurança
SEÇÃO XV
Unidade 1 23
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
ERNESTO GEISEL
Arnaldo Prieto
24
Higiene e Segurança
Dica
Procure se informar se a sua empresa estabeleceu a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) ou o Serviço Especializado em Engenharia
de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Essas equipes poderão
auxiliar você a conhecer melhor a segurança do trabalho.
Unidade 1 25
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
O presidente deve ser escolhido pelo empregador entre os membros por ele
indicados e o vice-presidente deve ser um representante titular escolhido em
eleição da qual participam todos os representantes eleitos.
As atas das reuniões ordinárias são elaboradas pelo secretário da comissão, que
pode ser um funcionário membro da CIPA ou não; contudo, seu nome deve ser
aprovado por todos os membros da comissão eleitos (titulares e suplentes) e
indicados.
Esses dois anos, na verdade, são um pouco estentidos, pois o período de esta-
bilidade vai do momento em que o empregado se candidata até um ano após
o término do seu mandato. Atualmente, o suplente também pode conseguir a
estabilidade por meio de jurisprudência.
Reflita
26
Higiene e Segurança
O SESMT pode ser formado por uma equipe multidisciplinar composta por mé-
dico do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho,
engenheiro de segurança do trabalho e técnico de segurança do trabalho.
CIPA e SESMT são equipes com diferenças, mas que têm relações importantes.
A primeira é formada por trabalhadores que, muitas vezes, são leigos na área
de prevenção de acidentes do trabalho, mas são os únicos com conhecimento
prático dos problemas da empresa. E a segunda é formada por profissionais
especialistas em segurança e saúde do trabalho.
Reflita
O objetivo das duas equipes é comum e a diferença entre elas pode ser
muito construtiva, por isso devem atuar em conjunto para preservar e
promover a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
Unidade 1 27
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Aula 3:
NR 6 – Equipamento de
Proteção Individual (EPI)
Conforme a NR 6, em texto dado pela Portaria SIT nº 25, de 15 de outubro de
2001, deve ser considerado EPI “todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de amea-
çar a segurança e a saúde no trabalho.” (NR 6, 2001).
28
Higiene e Segurança
Note que ela é muito presente no nosso dia a dia e também muito importante
para garantir a saúde física e mental. Mantendo-se bem informado, você saberá
adotar medidas cada vez mais eficazes para a proteção de saúde.
Unidade 1 29
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
30
Higiene e Segurança
Unidade 1 31
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
32
Higiene e Segurança
g) cancelar o CA.
6.12 e Subitens
Unidade 1 33
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
ANEXO I
A.1 – Capacete
34
Higiene e Segurança
A.2 – Capuz
Unidade 1 35
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
B.1 – Óculos
36
Higiene e Segurança
Unidade 1 37
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
38
Higiene e Segurança
Unidade 1 39
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
40
Higiene e Segurança
Unidade 1 41
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
F.1 – Luva
42
Higiene e Segurança
F.3 – Manga
Unidade 1 43
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
F.4 – Braçadeira
F.5 – Dedeira
G.1 – Calçado
44
Higiene e Segurança
G.2 – Meia
G.3 – Perneira
G.4 – Calça
Unidade 1 45
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
H.1 – Macacão
H.2 – Conjunto
46
Higiene e Segurança
I.2 – Cinturão
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser
expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.
Unidade 1 47
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Muitas vezes, temos a impressão de que o EPI é algo desconfortável e que pode
atrapalhar o rendimento do trabalho. Com a tecnologia, a produção dos EPIs
evoluiu e hoje temos muitos equipamentos que podem propiciar tanto proteção
como conforto. Além disso, o trabalhador pode avisar a empresa de que deter-
minado equipamento é incômodo, e esta deverá tentar fazer a substituição.
Reflita
O EPI é uma ferramenta importante de proteção, entretanto, é necessário
que as pessoas estejam conscientes sobre o uso dos equipamentos. Sua
utilização pode não evitar acidentes, mas diminui o impacto sobre o ser
humano e pode salvar a vida do trabalhador.
Colocando em prática
Você chegou ao final da primeira unidade do curso! Caso tenha fica-
do com dúvidas, retome o conteúdo, anote os pontos que você achou
mais difíceis e entre em contato com o seu tutor para que ele ajude
você. Agora, acesse o AVA e faça as atividades de aprendizagem, elas
vão possibilitar que você fixe os conhecimentos construídos.
Relembrando
Nesta unidade você viu as datas que marcaram a história da seguran-
ça do trabalho no Brasil, entre os anos de 1925 e 1978, quando foram
criadas as Normas Regulamentadoras relativas à segurança e à medi-
cina do trabalho. O surgimento da Constituição de 1988 foi o marco
importante para a preservação da saúde e dos serviços de saúde do
trabalhador e, desde então, a busca pela qualidade de vida no trabalho
vem ganhando importância no governo, nas empresas, nos sindicatos e
na sociedade, pois se criou a consciência de que profissional saudável e
qualificado representa produtividade.
48
Higiene e Segurança
Você viu também que a CIPA é um órgão interno da empresa que tem
como objetivo unir empregador e empregados para tratar da preven-
ção de riscos e acidentes no local do trabalho. Ela tem participação em
grande parte das atitudes que visam à conscientização do trabalhador
e à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, a fim
de tornar melhor as condições de trabalho.
Saiba mais
Paraconhecer um pouco da história geral da segurança do trabalho,
assista ao vídeo no link < http://www.youtube.com/watch?v=YZtvBVG_
Cq8&feature=fvw>.
Para
saber mais sobre a CIPA e a norma que a regulamenta, acesse a
NR 5 no link <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamenta-
doras/nr_05.pdf>.
Para
compreender melhor o que é e como se elabora a SIPAT, acesse
<http://www.lojamaxipas.com.br/conteudo/a-sipat-semana-interna-de-
prevencao-de-acidentes-do-trabalho/>.
Para
saber sobre SESMT, acesse <http://www.educacao.go.gov.br/edu-
cacao/servicos/sesmt/legislacao.asp>.
Paracompreender a importância da ergonomia, do uso de EPIs e do
treinamento dos funcionários, acesse o link a seguir e assista à anima-
ção: <http://www.youtube.com/watch?v=vjR4rWHorew&feature=relat
ed>
Unidade 1 49
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Alongue-se
Agora que você terminou a primeira unidade do curso, relaxe um pou-
co. Converse com um amigo, beba uma xícara café, faça alongamentos,
ouça uma música. Quando estiver preparado(a), volte aos estudos e
lembre-se de sentar corretamente: mantenha as costas retas, os om-
bros relaxados e, se possível, use um descanso para os pés.
Você pode fazer isso sempre que achar que seu estudo não está ren-
dendo, assim poderá aproveitar ao máximo o nosso curso!
50
2
Higiene e Segurança
Insalubridade,
Programa de
Controle Médico e
Saúde Ocupacional
(PCMSO) e
Programa de
Prevenção de
Riscos Ambientais
(PPRA)
Objetivos do Curso
Entender a insalubridade no local de traba-
lho a partir de dados coletados no posto de
trabalho para a proteção do funcionário.
Compreender a importância de um Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional
na empresa.
Compreender a importância do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais a partir de
coletados no local de trabalho para a prote-
ção da saúde e integridade do funcionário
no seu local de trabalho.
51
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas seguintes.
Aula 1: Insalubridade
Para Iniciar
Insalubre é tudo aquilo que não é saudável, portanto, as atividades
insalubres são aquelas que deixam os empregados expostos a agen-
tes nocivos em intensidade ou tempo acima dos limites de tolerância
permitidos. Esses limites são estabelecidos conforme a natureza e a
intensidade do agente, a natureza do trabalho e o tempo de exposição
do trabalhador.
52
Higiene e Segurança
Aula 1:
Insalubridade
Insalubridade é a qualidade ou característica daquilo não é saudável, que origi-
na uma doença ou deixa um ambiente doentio. O conceito legal de insalubrida-
de é dado pelo artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que diz:
Foi com base nesses fatores que foram estabelecidos os limites de tolerância
para os agentes nocivos. Esses limites são representados por um valor numérico
abaixo do qual se acredita que o trabalhador esteja seguro. Portanto, eles ser-
vem como parâmetros para a avaliação e o controle de riscos ambientais.
Atenção
Os agentes nocivos podem ser classificados em agentes físicos
(temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, pressões anormais e umidade), agentes químicos (gases e
vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas) e agentes biológicos (vírus,
bactérias, fungos, parasitas e outros microrganismos).
Unidade 2 53
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Atenção
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos ou
biológicos que, presentes no ambiente de trabalho, podem prejudicar
a saúde do trabalhador conforme sua intensidade, concentração ou
natureza.
54
Higiene e Segurança
Aula 2:
NR 15 – Atividades e
operações insalubres
A NR 15, que tem embasamento jurídico nos artigos 189 e 192 da CLT, descreve
quais são as atividades, as operações e os agentes insalubres e estabelece os
limites de tolerância. Dessa forma, ela define as situações que podem ser carac-
terizadas como insalubres e quais os meios de proteger os trabalhadores das
exposições nocivas à saúde.
Unidade 2 55
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Atenção
Observe que a prioridade é a eliminação do agente que potencializa a
insalubridade.
10%, 20% e
Agentes químicos cujas concentrações sejam superio-
10
res aos limites de tolerância fixados no quadro no 1.
40%
56
Higiene e Segurança
Pergunta
Que tal conhecer alguns agentes que podem pôr em risco a saúde do
trabalhador?
Veja a seguir uma lista de agentes biológicos que podem ser considerados ris-
cos ambientais:
Unidade 2 57
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Reflita
A NR 15 serve de parâmetro para o estudo das operações e serviços
quanto à definição de ambientes e condições insalubres e aos seus graus
de risco, que são feitos por meio de cálculos considerando dados obtidos
no ambiente de trabalho, a natureza do agente agressivo e o tempo de
exposição do trabalhador a ele. Esses cálculos estabelecem os limites de
tolerância.
Com o conhecimento que você está construindo, utilize suas opiniões para aju-
dar a empresa a se desenvolver, acatando as normas da legislação e melhoran-
do ou mantendo as condições seguras do trabalho.
Ao final desta unidade, na seção Saiba Mais, você encontrará um link para a NR
15. Observando as NRs, você construirá seu conhecimento sobre segurança do
trabalho de modo efetivo.
Aula 3:
PCMSO e PPRA
NR 7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
(PCMSO)
A sétima norma regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de elaboração
e implantação do PCMSO por parte de todos os empregadores e instituições,
com objetivo de monitorar individualmente aqueles trabalhadores expostos aos
agentes químicos, físicos e biológicos definidos pela NR 9.
58
Higiene e Segurança
Reflita
Unidade 2 59
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Deve ser elaborado pelo SESMT, podendo contar com a participação da CIPA
ou por uma empresa ou um profissional terceirizado, contratado para elaborar,
implementar, acompanhar e avaliar o PPRA. É importante observar que, caso
a decisão seja de contratar um profissional terceirizado, ele deve estar sob a
coordenação de um engenheiro ou de um técnico de segurança do trabalho,
conforme as características da empresa.
Na elaboração do PPRA deve ser observada, de modo específico para cada área,
a antecipação e o reconhecimento do risco, as metas de avaliação e controle, a
identificação do risco, a determinação e localização das fontes e as medidas de
controle, que são os EPCs (coletivo), EPIs (individual), processos e outros.
Pergunta
O que o PPRA e o PCMSO representam em uma empresa?
Esses são programas permanentes que devem coexistir nas empresas e insti-
tuições, sendo que o PPRA deve ser feito antes para que sirva de subsídio ao
PCMSO. Ambos são programas importantes no cuidado com a saúde e a segu-
rança dos trabalhadores, porém, não as garantem totalmente.
60
Higiene e Segurança
Colocando em prática
Agora que você chegou ao final da segunda unidade, que tal pôr em
prática os conhecimentos que desenvolveu nesta unidade? Acesse o
AVA e faça as atividades de aprendizagem.
Relembrando
Nesta unidade, você viu o conceito de insalubridade, que é tudo aquilo
que não é saudável ou pode originar doença. A partir desse conceito,
pôde compreender que atividades insalubres são todas aquelas que
põem em risco a saúde do trabalhador por meio da exposição a agen-
tes nocivos acima dos limites de tolerância.
Unidade 2 61
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Saiba mais
Parasaber mais sobre insalubridade e atividades insalubres, assita o
vídeo no link <http://www.youtube.com/watch?v=gNZDhBVxLyM&feat
ure=related>.
Para
compreender melhor o que é o PCMSO e a norma que o regula-
menta, acesse a NR 7 pelo link <http://www.mte.gov.br/legislacao/nor-
mas_regulamentadoras/nr_07_at.pdf>.
Parasaber mais sobre PPRA e a sua regulamentação, acesse a NR 9
pelo link <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentado-
ras/nr_09_at.pdf>.
Para saber sobre PPRA e PCMSO na gestão de segurança do trabalho
rural, acesse o material da Associação Brasileira Produtora de Algodão
<http://www.abrapa.com.br/jornais/979251865411587.pdf>.
62
Higiene e Segurança
Alongue-se
Você chegou ao final da Unidade 2! Agora, pare um pouco para relaxar
fazendo alguns alongamentos: sentado, faça uma massagem no pes-
coço com os dedos em forma de pinça. Ainda sentado, segure a borda
lateral da cadeira com uma das mão e flexione a cabeça para o lado
oposto e, após 40 segundos, troque de lado. Muito bem! Agora, levan-
te-se e estique todo o corpo, como se estivesse se pegando um objeto
em um local alto.
Unidade 2 63
3
Higiene e Segurança
Proteção Contra
Incêndios,
Sinalização de
Segurança e
Biossegurança
Objetivos do Curso
Compreender a importância da proteção
contra incêndios e como deve ser feita a sua
implantação conforme a NR 23.
Compreender o que é a sinalização de segu-
rança, quais os seus objetivos e como ela é
feita segundo a NR 26.
Conhecer a biossegurança, as relações que
ela envolve e os riscos existentes.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
65
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Para Iniciar
A proteção contra incêndios é obrigatória e regulamentada pela NR
23. Toda empresa deve oferecer proteção contra incêndio, ter saídas de
emergência suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço,
equipamentos para combater o fogo e pessoas treinadas para o uso
correto desses equipamentos.
Aula 1:
NR 23 – Proteção Contra
Incêndios
A NR 23 estabelece os procedimentos que todas as empresas devem possuir
em relação à proteção contra incêndio, às saídas de emergência para os traba-
lhadores, aos equipamentos para combater o fogo e a pessoal treinado.
66
Higiene e Segurança
Atualizada em 2001, essa norma traz disposições gerais sobre como um am-
biente de trabalho deve se precaver para combater incêndios e proteger as
pessoas.
Em relação aos extintores, a norma determina que devem existir pelo menos
dois em cada pavimento, independentemente da área ocupada, e descreve os
tipos de extintores e seus usos.
Unidade 3 67
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Equipamentos energi-
Dióxido de carbono;
zados. Exemplos: fios,
pó químico; água pul-
motores, transforma-
verizada.
dores.
Podem ser encontrados nos estados líquido, sólido ou gasoso, porém sua ação
só é efetiva quando estiver nos estados líquido ou gasoso. Por isso, são utili-
zados por meio de aparelhos, fixos ou móveis, construídos especialmente para
projetá-los contra o fogo.
68
Higiene e Segurança
Unidade 3 69
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Aula 2:
NR 26 – Sinalização de
Segurança
Essa NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de
trabalho a fim de previnir acidentes, identificando os equipamentos de seguran-
ça e as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e
gases, delimitando áreas e advertindo contra riscos (NR 26, 1978).
As cores de segurança devem ser utilizadas para indicar e advertir acerca dos
riscos existentes nas áreas de trabalho. Entretanto, o seu uso não dispensa as
outras formas de prevenção de acidentes. Todas as formas necessárias devem
ser utilizadas.
70
Higiene e Segurança
Pergunta
Quais as cores de sinalização e quando devem ser utilizadas?
Vermelho
Distingue e indica equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio.
Por ser menos visível que o amarelo e o alaranjado, o vermelho não deve ser
utilizado com sentido de advertência de perigo, com exceção do uso em luzes a
serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e obstruções temporá-
rias e em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência
(NR 26, 1978).
Unidade 3 71
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Amarelo
Identifica gases não liquefeitos em canalizações e indica “Cuidado!”, assinalan-
do partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeito, pisos, partes infe-
riores de escadas que apresentem risco, espelho de degraus de escada, bordas
etc. (NR 26, 1978).
Branco
Utilizado basicamente para indicar meios de circulação e ajudar na localização
de equipamentos, o branco indica passarelas e corredores de circulação (por
meio de faixas); direção e circulação (por meio de sinais); localização e coletores
de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de
socorro e urgência, de combate a incêndio e outros equipamentos de emergên-
cia; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança (NR 26, 1978).
Preto
Indica canalizações de produtos inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade,
como óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc. Pode subs-
tituir o branco ou ser combinado a ele em situações especiais (NR 26, 1978).
Azul
Indica “Cuidado!”, mas com utilizaçãr fora de serviço ou em manutenção. Tam-
bém serve para localizar os pontos de comando, de partida e fonte de energia
dos equipamentos; pontos de arranque ou fontes de potência; e canalizações
de ar comprimido (NR 26, 1978).
Verde
Essa cor caracteriza a segurança. Identifica canalizações de água, caixas de equi-
pamentos de socorro de urgência; caixas com máscaras contra gases ou outros
EPIs; localização de EPIs; chuveiros de segurança; macas; fontes lavadoras de
olhos; quadro para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança; porta
de entrada de salas de curativos de urgência; emblemas de segurança; disposi-
tivos de segurança e mangueiras de oxigênio (NR 26, 1978).
72
Higiene e Segurança
Laranja
Identifica canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipa-
mentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou
abertas; faces externas de polias e engrenagens; faces internas de caixas prote-
toras de dispositivos elétricos; botões de arranque de segurança; dispositivos
de corte, bordas de serras e prensas. (NR 26, 1978)
Púrpura
Indica locais onde há radiações eletromagnéticas. Deve ser usada em portas
e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam mate-
riais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; em locais onde
tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; e em sinais
luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas
e partículas nucleares (NR 26, 1978).
Lilás
Indica canalizações que contêm álcalis e nas refinarias de petróleo pode identi-
ficar os lubrificantes (NR 26, 1978).
Cinza
O cinza claro é empregado para identificar canalizações em vácuo. Já o cinza
escuro identifica eletrodutos (NR 26, 1978).
Alumínio
Utilizado em canalizações que contêm gases liquefeitos, inflamáveis e combus-
tíveis de baixa viscosidade, como querosene, óleo diesel, gasolina etc. (NR 26,
1978).
Marrom
Identifica os fluídos não que não foram identificados pelas outras cores, confor-
me o critério da empresa (NR 26, 1978).
Unidade 3 73
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Aula 3:
Introdução à
biossegurança
A lógica da construção do conceito de biossegurança teve seu início na década
de 1970, na reunião de Asilomar, na Califórnia, onde a comunidade científica
iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade.
Essa reunião, segundo Goldim Jr. (1997), “é um marco na história da ética apli-
cada à pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteção
aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza
o projeto de pesquisa”. A partir daí o termo biossegurança vem, ao longo dos
anos, sofrendo alterações.
74
Higiene e Segurança
Fontes et al. (1998) já apontam para “os procedimentos adotados para evitar os
riscos das atividades da biologia”. Embora seja uma definição vaga, entende-se
que estejam incluídas a biologia clássica e a biologia do DNA recombinante.
Essas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações:
Tecnologia
Homem
Agente biológico
Risco
Tecnologia Sociedade
Biodiversidade Economia
Unidade 3 75
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
76
Higiene e Segurança
1. Pat. capacidade de um
microrganismo se multi-
Reflita plicar dentro do organis-
mo, provocando doenças:
Em muitos casos o contato com os agentes a virulência de uma bacté-
biológicos podem causar inúmeras
ria. 2. P. ext. O poder que
doenças, tanto para os trabalhadores
como para quem utiliza o serviço ou tem um agente infeccioso
produto. Por isso, esteja atento às regras de de provocar lesão.
higiene e segurança e ao uso correto dos
equipamentos.
PROFILÁTICAS:
ENDEMICIDADE:
1. ocorrência de alguma
espécie em apenas um
lugar ou região; Endemi-
cidade. (Dicionário Aulete,
2010).
Unidade 3 77
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Colocando em prática
Muito bem, você chegou ao final da terceira unidade, a última do
curso! Agora é hora de colocar em prática o que você estudou. Acesse
o AVA para realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se
você estiver com dúvidas, pode saná-las com a ajuda do seu tutor.
Relembrando
Nesta unidade, você estudou a NR 23, que estabelece os procedimen-
tos obrigatórios a todas as empresas em relação à proteção contra
incêndio, às saídas de emergência, aos equipamentos para combater o
fogo e a pessoal treinado.
78
Higiene e Segurança
Saiba mais
Paraentender melhor o uso de extintores, acesse <http://chama-ce.vi-
labol.uol.com.br/arquivos/extintores.htm> e navegue pelo site <http://
www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/fogo.html#Agentes%20
Extintores>.
Parasaber mais sobre o uso de cores na sinalização de segurança,
acesse <http://www.cpsol.com.br/upload/arquivo_download/1872/
CORES%20NA%20SINAL%20DE%20SEG%20-%20ARTIGO%20
COSMO%20REVISTA%20CIPA.pdf>.
Para
conhecer melhor a área de biossegurança, acesse <http://www.
anbio.org.br>.
Alongue-se
Antes de seguir para o desafio, faça uma pausa para relaxar. Faça um
exercício leve, converse com um amigo, beba um suco, assista um
pouco à tevê. Lembre-se de, ao voltar para os estudos, sentar correta-
mente, pois a boa postura é essencial para a saúde e evita o cansaço.
Tome o tempo que for necessário e, quando estiver preparado, volte
aos estudos para realizar o desafio.
Unidade 3 79
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Desafio
Chegou o momento de você realizar o desafio! Lembre-se de que você
se dedicou ao estudo e é esta questão vai garantir sua certificação no
curso Higiene e Segurança. Agora acesse o AVA, observe atentamente a
questão e faça o que é pedido.
80
Higiene e Segurança
Conhecendo o
autor
Tadeu Cesar Prado é graduado em Engenharia Civil
pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) de
Presidente Prudente desde 1999. É pós-graduado
em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Uni-
versidade Estadual Paulista (UNESP) de Presidente
Prudente desde 2003. Tem experiência em seguran-
ça e saúde do trabalhador na área frigorífica bovina
e de aves e há dois anos é instrutor e coordenador
do curso de Técnico de Segurança do Trabalho na
FATEC SENAI de Campo Grande (MS).
81
Higiene e Segurança
Referências
83
Operador de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
FONTES, E.; VARELLA, M.D.; ASSAD, A.L.D. Biosafety in Brazil and it´s Interface
with other Laws. 1998. Disponível em: <Http://www.bdt.org.br/bdt/oeaproj/
biossegurança>. Acesso em: 10 jul. 2010.
84