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Gerenciamento

de Aspectos
e Impactos
Ambientais
Unidade 4
Planos, Programas e
Gerenciamento
Ambiental
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Gustavo Silva Oliveira


AUTORIA
Gustavo Silva Oliveira
Olá. Sou Engenheiro Florestal formado pela Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM), mestre em Engenharia Florestal pela Universidade
do Estado de Santa Catarina (UDESC) e, atualmente, doutorando do
programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR), nas áreas de Economia, Política e Administração
Florestal. Possuo experiência como tutor científico no Programa de
Educação Continuada em Ciências Agrárias da Universidade Federal do
Paraná (PECCA/UFPR). Além das atividades de ensino, também participo
ativamente de projetos de pesquisa institucionais nas áreas de Economia
e administração florestal. Amo minha profissão, meu trabalho e adoro
transmitir meus conhecimentos e as experiências que tive ao longo da
minha carreira. É uma grande satisfação poder contribuir na formação de
pessoas que estão em busca de um futuro melhor e que almejam ser
bons profissionais. Deste modo, fui convidado pela “Editora Telesapiens”
a compor seu corpo docente e seu elenco de autores independentes.
É com grande satisfação que quero colaborar com você nesta etapa de
estudo e trabalho. Estou aqui para o que precisar! Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do
desenvolvimento houver necessidade
de uma nova de apresentar um
competência; novo conceito;
NOTA: IMPORTANTE:
quando necessárias as observações
observações ou escritas tiveram que
complementações ser priorizadas para
para o seu você;
conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a
bibliográficas necessidade de
e links para chamar a atenção
aprofundamento do sobre algo a ser
seu conhecimento; refletido ou discutido;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando uma
atividade de competência for
autoaprendizagem concluída e questões
for aplicada; forem explicadas;
SUMÁRIO
Planos e Programas de Emergência Ambiental ...............................10

Planos e Programas Ambientais........................................................................................... 12

Programa de Gestão Ambiental ........................................................................ 12

Programa de Supervisão Ambiental .............................................................. 13

Programas de Controle da Qualidade Ambiental................................. 14

Programas de Desenvolvimento Social....................................................... 14

Programa Compensatório ..................................................................................... 15

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)...................... 15

Gestão de Resíduos Sólidos........................................................................ 17

Fundamentos da Gestão dos Resíduos Sólidos........................................................ 17

Caracterização dos Resíduos Sólidos............................................................................... 19

Tratamento e Condução Final dos Resíduos............................................................... 21

Gestão dos Recursos Hídricos ...................................................................25

Estrutura da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil...........................................28

Planos de Recursos Hídricos.................................................................................................. 30

Controles Ambientais ....................................................................................32

Abordagem Geral dos Controles Ambientais ............................................................32

Requisitos de Controle Ambiental ......................................................................................35

Controle Operacional.................................................................................................35

Monitoramento e Medição.....................................................................................37
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 7

04
UNIDADE
8 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

INTRODUÇÃO
Atualmente as grandes questões ambientais têm apontado diversos
problemas que afetam o meio ambiente, como poluição, desmatamento,
queimadas, aquecimento global, entre outros. Além disso, o planeta é
afetado diretamente por esses fatores, sendo muitos deles causados
por diversas ações humanas. Para isso, a legislação busca, por meio de
planos e programas, atenuar e manter a qualidade ambiental, tanto a curto
quanto a longo prazo, visando proteger a atual e as futuras gerações. No
entanto, as emergências ambientais necessitam de uma forte e eficiente
gestão. Como exemplo, aborda-se a questão da gestão dos resíduos
sólidos que, ao longo dos anos, tem ganhado importância em virtude de
vários fatores. Visto a complexidade da sociedade moderna no convívio
com o meio ambiente, é preciso um alto grau de interferência sobre os
processos. Outro fator extremamente importante é em relação à gestão
dos recursos hídricos, em que representam as águas superficiais ou
subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacias.
Assim, a gestão desse recurso visa estabelecer um pacto nacional para a
definição de diretrizes e políticas públicas para conservação e proteção.
Diante do exposto e da complexidade das questões, é fundamental que
se realize o correto controle ambiental, buscando atenuar os danos aos
ecossistemas, sejam estes controles de cunho preventivo ou de medidas
mitigadoras.

E então? Preparado para iniciar este desafio rumo ao aprimoramento


do conhecimento? Vamos começar.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 9

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:

1. Interpretar como funciona os planos e programas ambientais.

2. Identificar os procedimentos de gestão de resíduos sólidos.

3. Identificar os procedimentos de gestão de recursos hídricos.

4. Explicar e avaliar os controles ambientais.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
10 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Planos e Programas de Emergência


Ambiental

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de verificar


os conceitos de planos e programas ambientais e suas
principais diretrizes. Além disso, serão abordados alguns
exemplos de programas utilizados e aplicados pela
legislação vigente frente aos impactos e degradação
causados por um empreendimento.

E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então


vamos lá. Avante!

O Plano de Emergência Ambiental consiste em um identificador


de situações emergenciais de cenários, que podem causar incidentes
perigosos ou prejudiciais, e a proposição de medidas para atenuar o
incidente.

Nos dias atuais, muitos são os problemas ambientais advindos do


uso desacerbado dos recursos, muitos deles provocados pelas atividades
humanas. Além disso, tais questões afetam diretamente a qualidade e
sobrevivência da fauna, flora, solo, águas, ar, etc.

Nesse contexto, surgem os planos de emergência ambiental que


apresentam inúmeras vantagens para manutenção e preservação do
ambiente, dentre elas:

•• Prevenção de danos ambientais, materiais e pessoais;

•• Manutenção de procedimentos formais que atenuem cenários


perigosos ou prejudiciais à organização;

•• Conscientização dos colaboradores sobre os danos que suas


atividades podem causar.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 11

Figura 1: Prevenção de danos ambientais

Fonte:@freepik

Além disso, esses instrumentos têm como premissa dar suporte


a todos os empreendimentos que necessitam estar preparados para
emergências ambientais e redução de danos. Assim, as recomendações
em relação aos programas, sob uma ótica empresarial, se justificam por:

•• Fixar procedimentos formais a serem adotados em situações


emergenciais;

•• Fornecer aos colaboradores conhecimento dos danos ambientais


que suas atividades possam desencadear;

•• Prevenir danos de cunho ambiental, material, etc.


12 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Planos e Programas Ambientais


Considerando a complexidade das problemáticas ambientais, os
planos e programas ambientais surgem com o propósito de explanar
metodologias eficientes para com medidas:

•• Compensatórias;

•• Preventivas;

•• Corretivas;

•• Potencializadoras.

Ademais, cabe ressaltar que, em virtude das diferentes realidades


dos empreendimentos e operações que as empresas desenvolvem, é
fundamental que sejam formulados planos específicos que se adequem
aos cenários de cada empresa.

Programa de Gestão Ambiental


Este programa visa estabelecer fatores eficientes que colaborem
com a implantação das atividades planejadas de prevenção,
monitoramento, controle e prevenção dos impactos ambientais inerentes
às atividades.

NOTA:

Cabe a este instrumento manter o padrão de qualidade


ambiental em equilíbrio com as questões legais.

Assim, o (PGA) busca sistematizar os objetivos e metas ambientais,


estabelecendo atribuições e indicadores para o atendimento. Ademais,
formaliza as ações que a organização deve inserir e desenvolver junto ao
seu planejamento.

Diante do exposto, para o atendimento do planejamento, é


fundamental seguir determinado cronograma com as seguintes iniciativas:
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 13

•• Capacitação técnica dos colaboradores;

•• Cuidar os riscos à saúde e segurança do colaborador;

•• Implantação das atividades;

•• Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais da atividade;

•• Definir objetivos e metas nos setores envolvidos;

•• Medidas compensatórias;

•• Sequenciamento de revisões.

Programa de Supervisão Ambiental


Nestas situações, definem-se regras e limites legalmente,
apontando-se as metodologias de tratamento e procedimento de
atenuação de geração, segregação e descarte de resíduos e efluentes.
Figura 2: Resíduos sólidos

Fonte: @freepik

Em suma, o programa tem como principal objetivo a garantia


de que os grupos de atividades apontadas se apliquem conforme a
legislação vigente, agregando inclusive questões de garantias dos prazos
e condições estabelecidos aos organismos de fiscalização e controle
ambientais. Além disso, define o processo de gestão a ser adotado para
a execução de ações destinadas a evitar ou a mitigar as consequências
dos impactos.
14 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Programas de Controle da Qualidade Ambiental


Nestes programas, são apontadas as rotinas para monitorar
a manutenção da qualidade ambiental nas áreas referentes aos
empreendimentos.

Exemplo: Programa de monitoramento da qualidade do solo.

Programas de Desenvolvimento Social


Nos programas com enfoque de desenvolvimento social, abordam-
se as diretrizes que visam orientar as respostas às necessidades individuais
e coletivas.
Figura 3: Desenvolvimento social

Fonte: @freepik

Nesses programas, são promovidas a disseminação de


conhecimento, conscientização e a prática de ações voltadas à preservação
ambiental, objetivando servir de suporte a todas as intervenções para a
promoção do desenvolvimento social.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 15

Além disso, prezam pelo estabelecimento de canais para a


explanação de opiniões e esclarecimentos em relação ao empreendimento.

Programa Compensatório
A compensação ambiental é uma ferramenta criada para que
as organizações consigam contrabalançar os impactos de seus
empreendimentos diante dos ecossistemas.

Exemplo: Determinações do SNUC (Sistema Nacional de Unidades


de Conservação) aplicados aos empreendedores na implantação e
manutenção de unidades de conservação.

Atualmente, muitas são as medidas compensatórias voltadas para


unidades de conservação, no entanto, podem ser bem mais abrangentes,
como ações voltadas à educação ambiental, criação de uma praça, entre
outras.

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)


O PRAD objetiva o planejamento das atividades que têm em vista o
retorno da área degradada a uma forma de utilização, conforme um plano
pré-determinado para a utilização do uso do solo.
Figura 4: Área degradada

Fonte: @freepik
16 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Cabe ressaltar que o plano é solicitado pelos órgãos ambientais


responsáveis, no processo de licenciamento de atividades degradadoras
ou alteradoras do ambiente, após o empreendimento ser punido
administrativamente em virtude da degradação ambiental.

Desse modo, destaca-se que muitos são os planos e programas


aplicados atualmente visando possibilitar a qualidade ambiental. Alguns
apresentam retorno de maneira mais imediata, e outros, a longo prazo.

RESUMINDO:

Neste capítulo explanou-se alguns dos planos e programas


mais utilizados para manutenção da qualidade ambiental
frente aos empreendimentos que possam causar impactos
ou degradação ambiental.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 17

Gestão de Resíduos Sólidos


OBJETIVO:

Nesta segunda unidade, você terá uma abordagem geral


sobre a gestão dos resíduos sólidos frente ao crescente
aumento da produção e a capacidade do planeta em
gerenciar os resíduos produzidos por este cenário. Em
seguida, verá os principais tratamentos e destinações
utilizados atualmente para os resíduos. .

Preparado? Vamos começar!

Fundamentos da Gestão dos Resíduos Sólidos


Nos últimos anos, as questões relacionadas à gestão dos resíduos
sólidos têm sido bastante discutidas por diversos atores da sociedade e
em todas as partes do mundo, fato explicado pela complexidade social
moderna frente à utilização dos recursos naturais.

Em vista disso, os resíduos sólidos compõem no mundo moderno


uma das grandes questões ambientais, pois o aumento contínuo de
consumo, em virtude do aumento populacional e criação de novas
demandas, avança no sentido de escassez dos recursos naturais.

Agregado a esse crescente consumo está a produção de resíduos


sólidos, cuja gestão é fundamental para a saúde e qualidade de vida
humana. Assim, no Brasil, destaca-se a Lei Federal 12.305/2010, que
aborda exclusivamente a gestão dos resíduos sólidos.

Tal lei foi estabelecida como ferramenta norteadora dos seguintes


critérios:

•• Desenvolvimento sustentável;
18 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Figura 5: Desenvolvimento sustentável sob os critérios da lei

Fonte: @freepik

•• Ótica sistêmica;

•• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

•• Prevenção e a precaução;

•• Colaboração entre os diferentes níveis do poder público;

•• Direito social quanto à informação e ao controle social;

•• Razoabilidade e a proporcionalidade;

•• Entre outros.

Nesse contexto, os resíduos são produtos inevitáveis resultantes


dos processos de quem a sociedade depende. Assim, é extremamente
necessário o desenvolvimento de mecanismos que transformem
poluentes em produtos menos agressivos aos ecossistemas.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 19

Dentre eles, racionar a utilização das matérias primas, separação


correta e adequada, são alternativas para atenuar o impacto danoso
ao meio ambiente, equilibrando os elementos sociais, econômicos e
ambientais.

Caracterização dos Resíduos Sólidos


Conforme a NBR 10004:2004, os resíduos sólidos no Brasil são
classificados é a norma que classifica os resíduos no Brasil. Ainda,
considera os resíduos quanto aos seus riscos potenciais ao ambiente e à
saúde pública, apontando que necessitam ser manuseados e rigidamente
controlados. Essa separação é realizada quanto à origem e quanto à
periculosidade.

Sob o ponto de vista da origem podem ser divididos em:

•• Domiciliares;

•• Limpeza urbana;

•• Resíduos sólidos urbanos;

•• Estabelecimentos comerciais

•• Prestadores de serviços;

•• Serviços públicos de saneamento básico;

•• Industriais;

•• Serviços de saúde;

•• Construção civil;

•• Agrossilvopastoris;

•• Serviços de transportes;

•• Mineração.

Já em relação à periculosidade, seguindo a Legislação vigente,


juntamente à NBR 10004:2004, são representados como perigosos e não
perigosos (ABNT, 2004).
20 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Resíduos classe I (Perigosos): resíduos que apresentam


periculosidade ou toxicidade, corrosividade,
inflamabilidade, reatividade ou patogenicidade. Podem
inclusive, representar risco para a saúde pública,
resultando em mortalidade ou incidência de doenças.
Quando dispostos de maneira errônea, podem causar
impactos adversos ao ambiente, quando conduzidos ou
dispostos de forma inadequada;
Figura 6: Produtos com resíduos perigosos

Fonte: @freepik

•• Resíduos classe II (Não perigosos): constituem resíduos não


perigosos e que não estão em nenhuma das premissas dos
classificados como classe I. Tal classificação ainda pode ser
dividida em:

•• Resíduos classe II A (Não inertes): podem ter propriedades como


biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;

Exemplo: Materiais orgânicos da indústria alimentícia.


Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 21

•• Resíduos classe II B (Inertes): Esse segundo grupo engloba os


resíduos, quando amostrados de uma maneira significativa e
postos em contato dinâmico e estático com água destilada, em
temperatura ambiente não apresentam elementos constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez,
dureza e sabor.
Figura 7: Produtos de classe II B (inertes)

Fonte: @freepik

Diante da classificação, os gestores responsáveis realizam a


quantificação dos resíduos, por meio de taxas que consideram o número
de indivíduos ou empreendimentos comerciais ou industriais.

Para isso, é fundamental projetar a população, conciliando as


técnicas de previsão dos dados de populações ao longo do tempo à
modelos matemáticos.

Tratamento e Condução Final dos Resíduos


O tratamento e condução dos resíduos são extremamente
importantes frente ao modelo atual de produção. Atualmente, um
22 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

dos principais problemas encontrados diz respeito aos lixões, que se


apresentam como uma grande e grave ameaça aos ecossistemas.

Aponta-se que esses resíduos causam degradação ao ambiente,


visto que a lixiviação desses materiais infiltram no lençol freático e em
mananciais. Deste modo, as partes interessadas buscam soluções
tecnológicas, dentre elas:

•• Aterros sanitários: nos dias de hoje, é um tratamento bastante


utilizado. Os resíduos são dispostos e intercalados por camadas
da terra;
Figura 8: Aterro sanitário

Fonte: @freepik

NOTA:

Desse modo, o processo no aterro ocorre por decomposição


da matéria orgânica de maneira anaeróbio, produzindo gás
natural, como por exemplo, metano.

•• Compostagem: coloca-se disposição de matéria orgânica em área


controlada para que ocorra a inertização dos resíduos.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 23

NOTA:

O material gerado tem grande capacidade de fertilização


de áreas agrícolas. Ademais, cabe destacar que a correta
condução desse tipo de solução depende de uma boa
utilização da matéria orgânica e boa triagem.

•• Incineração: ocorre pela combustão dos resíduos, reduzindo-os a


cinzas a serem dispostas em aterro apropriado em muito menor
volume. Tal processo é bastante utilizado na destinação final
de resíduos perigosos, especialmente resíduos hospitalares e
contaminantes químicos;
Figura 9: Queima do lixo em um barril

Fonte: @freepik

NOTA:

Nesses procedimentos existe a alternativa de recuperação


energética por meio de uma caldeira e a geração em
uma termoelétrica. No entanto, apresentam altos custos
inerentes à implantação e manutenção.
24 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

•• Biodigestores: pode ser feito com um reator anaeróbio produzindo


gás natural, para posterior utilização na geração de calor e energia;

•• Sistemas de transbordo: consiste em um modelo mais econômico


em que é adotado um sistema de transporte de maior escala entre
o local que gera o resíduo e o local que de tratamento.

Dessa maneira, destaca-se que independentemente do sistema de


tratamento e destinação final do resíduo utilizado, ele deve ser eficiente e
conduzir de maneira correta a gestão dos resíduos sólidos.

RESUMINDO:

Nesta unidade, foi apresentada a gestão dos resíduos


sólidos e sua importância para a qualidade ambiental. Além
disso, foi realizada a abordagem referente aos tipos de
tratamento e condução final do resíduo mais utilizado, cada
qual com suas características e finalidades.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 25

Gestão dos Recursos Hídricos

OBJETIVO:

Neste capítulo serão abordadas questões frente à


indispensabilidade de uma correta gestão deste recurso.
Ademais, o foco da abordagem será em relação à legislação
brasileira vigente, compartilhando as competências de
cada órgão e instituição frente ao gerenciamento. Para
finalizar, serão apontados os planos utilizados.

Vamos começar!

A gestão deste recurso consiste em um processo sistemático


visando ao desenvolvimento sustentável, alocando e mantendo a sua
utilização sob as metas e objetivos ambientais, sociais e econômicos.
Teoricamente falando, a água é um elemento fundamental para a vida e
é um dos elementos do empasse entre o modelo de produção atual e a
escassez dos recursos.

Além disso, a água consiste em um bem de valor econômico,


representando um importante insumo produtivo. Ainda cabe destacar
que é função do estado ser ator responsável por manter a qualidade e a
correta utilização desse recurso natural.

No entanto, em virtude da grande degradação e poluição do


ambiente, o grande desafio é garantir a sociedade acesso à água potável
e saneamento básico. Diante dessas questões, deve-se buscar uma
gestão que garanta os investimentos necessários para a preservação da
água para a atual e futuras gerações.

Assim, define-se gestão de recursos hídricos como agregado de


medidas visando controlar e regular a utilização desses recursos vitais.
Para isso, as atividades de gestão são realizadas conforme a legislação
vigente e de maneira a preservar a qualidade e a quantidade das águas.
26 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Figura 10: Recursos hídricos

Fonte: @freepik

No Brasil, conforme o estabelecimento da Constituição Federal de


1988 em seu artigo 225, descreve que:

•• “Todos possuem direito e ao Poder Público e à coletividade


incumbe a defesa do meio ambiente, sendo que a água, ou os
recursos hídricos integram o meio ambiente como elemento vital”;

•• “O domínio dos recursos hídricos pela União e pelos Estados não


tem a conotação de propriedade inscritível no registro imobiliário,
mas decorre a responsabilidade pela preservação do bem, guarda
e gerenciamento, objetivando a sua perenidade e uso múltiplo,
bem como do poder de editar as regras aplicáveis”.

Ressalta-se que o Brasil se apresenta como um dos países com


maior abundância em recursos hídricos, possuindo domínio de três
grandes bacias hidrográficas e boa parcela do aquífero guarani. No
entanto, apresenta irregularidade quanto à distribuição de água potável
entre as populações. Dentre as atividades que mais demandam desse
recurso, destacam-se:
•• Irrigação;
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 27

Figura 11: Pivô de irrigação a campo

Fonte: @freepik

•• Usos domésticos;

•• Usos urbanos;

•• Uso industrial.

Em virtude desses muitos usos, crescimento demográfico e a


crescente urbanização, torna-se muito difícil para o órgão responsável
fazer a gestão da disponibilidade hídrica.

Com base nesses preceitos é importante conhecer a estrutura do


código da água promulgado em 10 de julho de 1934 na forma do Decreto
nº 10.643. Tal decreto serviu de base para várias legislações, considerando
a cobrança do uso dos recursos hídricos públicos e o princípio poluidor-
pagador. Nesse sentido, o ator responsável pelos danos ou perdas às
águas responde criminalmente, conforme legislações vigentes.
28 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

IMPORTANTE:

Um dos mais importantes pontos desse decreto diz respeito


a garantir a preservação e a qualidade das águas do Brasil.

Tecnologicamente a gestão deve englobar todas as variáveis


conectadas aos recursos hídricos, dentre elas:

•• Controle e a conservação dos recursos hídricos;

•• Vazão ou quantidade de águas disponíveis;

•• Desníveis e velocidade de escoamento;

•• Oxigênio disponível;

•• Demanda bioquímica de oxigênio;

•• Teor em coliformes;

•• Toxidez;

•• Eutrofização potencial;

•• Estratificação térmica;

•• Entre outros.

Estrutura da Gestão dos Recursos


Hídricos no Brasil
Juntamente à aplicação eficiente e correta de toda a legislação,
estão os atores responsáveis por tais aplicação. Assim, atualmente, no
Brasil, a estrutura de gestão ocorre da seguinte maneira:
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 29

Figura 12: Esboço simplificado da estrutura de gestão dos recursos hídricos no Brasil

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Conforme abordado na figura o Conselho Nacional de Recursos


Hídricos (CNRH), configura-se como a instância de nível mais acima. Esse
conselho tem por intuito analisar propostas, deliberar projetos, atenuar
conflitos e administrar a promoção dos recursos hídricos em todos os
âmbitos federais.

Juntamente, existe a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente


Urbano (SRHU) e o órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no
qual é feita a gestão dos recursos de acordo com a estrutura regimental
definida. Em seguida, tem a Agência Nacional das Águas (ANA), seguindo
os comitês e agências de bacia, do mesmo modo, de cunho estadual,
na qual existe o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), órgão
deliberativo, secretarias e entidades Estaduais, com a responsabilidade
de gestão das bacias e recursos dos estados.
30 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Planos de Recursos Hídricos


Conforme determinações do comitê de bacia hidrográfica, tendo
a responsabilidade de aprovar e executar o plano de recursos hídricos,
assim como expor alternativas para o cumprimento de metas.

NOTA:

O comitê é composto por representantes do governo,


municípios, usuários da água e sociedade civil.

Deste modo, de acordo com a Lei 9.433, fica estabelecido que


os Planos de Recursos Hídricos são de longo prazo, compostos por
horizontes de planejamento adequado com o tempo de implantação de
seus programas e projetos que devem apresentar:

•• Análise da atual situação dos recursos em questão;

•• Identificação dos conflitos potenciais;

•• Metas de racionalização de uso;

•• Diagnósticos de medidas de crescimento demográfico;

•• Evolução de atividades produtivas e de alterações na padronização


de uso do solo;

•• Equilíbrio entre demandas dos recursos hídricos, em quantidade


e qualidade;

•• Aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos


hídricos disponíveis;
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 31

Figura 13: Recursos hídricos disponíveis

Fonte: @freepik

•• Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;

•• Critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

•• Propostas de locais sujeitos à restrição de uso;

•• Alternativas de programas a serem desenvolvidos;

•• Projetos a serem aplicados para atender às metas.

Diante dessa abordagem, aborda-se que a definição dos planos


de recursos hídricos é extremamente importante para a qualidade e
quantidade disponível desse recurso natural. Pois é a partir desses planos
que podem ser apontadas as tomadas de decisões frente a quaisquer
problemas relacionados à má qualidade ou extinção.

RESUMINDO:

Neste capítulo, foram abordadas algumas questões básicas


em relação à gestão dos recursos hídricos e sua importância
em relação à vida no planeta. Em seguida, foi explanada
uma estrutura básica em relação às competências de
gestão para esse recurso, com a abordagem final referente
aos planos de gestão.
32 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Controles Ambientais

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender


sobre os controles ambientais e sua importância frente
ao equilíbrio entre os empreendimentos e a qualidade
ambiental. Ainda serão abordados os dois tipos de controle,
conforme a norma vigente, que são divididos em dois
grandes grupos: controle operacional e monitoramento e
medição.

E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então,


vamos lá. Avante!

Abordagem Geral dos Controles


Ambientais
Diante da atual situação dos cenários ambientais frente ao elevado
consumo e a disponibilidade de recurso, muitas devem ser as medidas
mitigadoras e preventivas quanto à degradação e poluição ambiental.

Desse modo, sob uma ótica empresarial, muitas são as exigências


em relação às responsabilidades ambientais, em virtude da dimensão que
uma má gestão pode causar. Em muitos casos, os empreendedores e
gestores têm buscado o estabelecer o gerenciamento de suas atividades
com objetivos e metas bem definidos, dentre eles:

•• Controle da poluição;

•• Atenuação das taxas de efluentes;

•• Controle e atenuação dos impactos ambientais;

•• Aperfeiçoamento do uso de recursos naturais.

Diante desses apontamentos, o principal objetivo do controle


operacional diz respeito à identificação das ações e atividades adotadas
por uma empresa, para atenuar os efeitos dos seus impactos ambientais
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 33

representativos. Além disso, busca identificar as situações que vão contra


o cumprimento dos objetivos ambientais da organização e a legislação
vigente.
Figura 14: Gestor realizando controle ambiental

Fonte: @freepik

Conforme definida a política ambiental, o controle operacional


colabora para que sejam avaliadas as operações poluidoras para que
então, a gestão possa buscar alternativas para garantir o desempenho
frente ao compromisso ambiental. Desse modo, esse posicionamento
deve ser expandido para novos projetos e ampliados nos outros já
existentes.

NOTA:

Na prática, o controle operacional na organização deve ser


encaminhado abordando noções em relação a atividades
que agreguem controle ambiental, dentre elas: resíduos,
efluentes líquidos, emissões atmosféricas, consumo de
energia e água.
34 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Juntamente às diretrizes de controle ambiental, a norma ISO


14001:2015 aborda que a empresa tem que estabelecer meios e
procedimentos para:

•• Identificar potenciais acidentes;

•• Situações de emergência;

•• Prevenir e mitigar os impactos ambientais.

No Brasil, as certificações aparecem como um poderoso instrumento


por parte das empresas para se diferenciar e se adaptar às normativas
ambientais.
Figura 15: Adaptação as normativas de controle ambiental

Fonte: @freepik

Conforme as concordâncias com as normativas de controle


ambiental, os gestores devem atenuar os impactos e o risco de ocorrência
de desvios, incidentes e acidentes ambientais.

IMPORTANTE:

Aplicar o controle operacional nas empresas é ter o domínio


sobre os aspectos ambientais.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 35

O controle está, de maneira direta, relacionado às atividades sob


o gerenciamento da empresa e compreendem ações que vão desde
instruções de trabalho e procedimentos que estabelecem as medidas a
serem tomadas para reduzir os distintos impactos de suas operações.

Requisitos de Controle Ambiental


O controle ambiental ocorre conforme a norma IS014001, em
que a empresa deve identificar aquelas atividades inerentes aos
aspectos ambientais representativos conforme a política, objetivos e
metas. Ademais, é preciso atentar-se para o planejamento de ações de
manutenção visando assegurar que sejam executadas sob condições
específicas.

Desse modo, de acordo com a norma, o controle ambiental se


divide em dois modos:

Controle Operacional
Agrega procedimentos para manter as atividades da organização
conforme os aspectos ambientais significativos, para que eles não
excedam situações especificadas ou padrões de desempenho.

Exemplo: Procedimento para operação de estação de tratamento


de efluentes.

Juntamente ao controle das empresas, necessita-se rever


constantemente os tipos de materiais, insumos, e serviços identificados.
Cabe destacar que, em algumas situações, deve-se atentar para questões
como: toxicidade, reuso, reciclagem e embalagem do insumo.
36 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Figura 16: Situações em que os insumos ou materiais podem causar perigo

Fonte: @freepik

Além dessas questões, em relação aos serviços também se deve


ter total atenção, pois podem incluir resíduos, transportabilidade de
cargas perigosas, entre outros.

IMPORTANTE:

Cabe à organização gerenciar o estabelecimento de ações


sistematizadas para qualificar e avaliar prestadores de
serviços, agregando as questões ambientais.

Ainda sob os preceitos da norma, ela aponta que empresas de


prestação de serviços, seja por compra e venda de insumos, devem ter
responsabilidades ambientais em conjunto, pois estão comercialmente
vinculadas.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 37

Monitoramento e Medição

DEFINIÇÃO:

Monitoramento e medição configuram-se como as


atividades que avaliam se a empresa está em concordância
com os critérios de sua política ambiental, objetivos, metas,
entre outros.

Dessa maneira, a norma ISO 14001 aponta que a organização deve


estabelecer e manter documentados os procedimentos inerentes às
atividades de monitoramento e medir, com uma certa periodicidade, os
atributos das operações que apresentem impacto sobre o meio ambiente.

Exemplo: Carga orgânica de efluente.

Outro ponto abordado pela norma é que a organização estabeleça


indicadores de desempenho frente aos seus objetivos e metas e ao
histórico de desempenho ambiental.

Juntamente a essas premissas de indicadores, ressalta-se que,


hoje em dia, esses procedimentos estão totalmente computadorizados,
facilitando para que as empresas consigam avaliar, com maior praticidade,
os fatores impostos pela legislação. Além disso, muitos modelos
permitem que sejam realizadas simulações de cenários, visando o melhor
atendimento dos objetivos frente ao controle ambiental.
38 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

Figura 17: Monitoramento e medição

Fonte: @freepik

Diante do exposto, destaca-se que esses procedimentos de


monitoramento e medição só ocorrem de maneira eficiente se os
instrumentos estiverem aferidos e bem organizados.

Algumas empresas atualmente utilizam laboratórios eventualmente


contratados, institutos externos, para garantir a qualidade das análises,
visando potencializar a confiabilidade do monitoramento de suas
atividades.

RESUMINDO:

Neste último capítulo, foram abordados os controles


ambientais necessários para quaisquer que sejam as
atividades e empreendimentos que utilizem o meio
ambiente para produzir suas atividades. Além disso, foram
abordados os dois métodos de controle ambiental, de
acordo com a norma vigente em que são divididos em
controles operacionais e monitoramento e medição.
Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 39

SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar nesse tema? Recomendamos o acesso


à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo:
“Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da
sustentabilidade”. JACOBI e BESEN. Clique aqui para acessar.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
sobre os planos e programas ambientais, associados a uma
eficiente gestão ambiental. Em seguida, foram explanados
os pontos mais importantes de uma gestão de resíduos
sólidos, fundamentando suas diretrizes e caracterizando
os resíduos sólidos quanto a sua origem e periculosidade.
Ainda no mesmo capítulo, foram abordados os principais
métodos de tratamento e condução final dos resíduos. No
terceiro capítulo, o foco foi a gestão dos recursos hídricos e
a indispensabilidade de uma correta gestão desse recurso
frente à qualidade do ambiente. Ainda, a estrutura de
competências da gestão e os planos utilizados atualmente
foram abordados de maneira sucinta. Para finalizar a
unidade, foram apresentados os controles ambientais,
fundamentados frente aos empreendimentos. Por fim,
conforme a norma vigente, foram explicados os dois tipos
de controle: controle operacional e o de monitoramento e
medição.
40 Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) – NBR 1004:
Resíduos Sólidos: Classificação. Rio de Janeiro: 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) – NBR ISSO


14001: Sistemas de gestão ambiental: especificação e diretrizes para
uso . Rio de Janeiro: 1996.

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do


Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.
Acesso em: 28 set. 2020.

BRASIL. Lei Federal n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política


e Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. QA –
Qualidade da água.

BRASIL. Resolução Conama n° 357, de 17 de março de 2005. Brasília, DF.

FLORES, R. K.; MISOCZKY, M. C. Dos antagonismos na apropriação


capitalista da água à sua concepção como bem comum. Organizações
& Sociedade, v. 22, p. 237-250, 2015.

MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição.


São Paulo: Boitempo, 2002.

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