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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO – FELUMA

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS – FCMMG


INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – IPG
CIÊNCIAS MÉDICAS VIRTUAL - CMV

HANS MÜLLER MORAIS BORGES ARAÚJO

MONITORAMENTO ANUAL DA EXPOSIÇÃO AO CALOR PARA ATIVIDADES A


CÉU ABERTO

BELO HORIZONTE
2018
HANS MÜLLER MORAIS BORGES ARAÚJO

MONITORAMENTO ANUAL DA EXPOSIÇÃO AO CALOR PARA ATIVIDADES A


CÉU ABERTO

Projeto submetido à disciplina Metodologia de


Pesquisa, como requisito parcial de
aprovação. Orientador: Prof. MSc. Alexandre
Pinto da Silva.

BELO HORIZONTE
2018
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Localização da área de estudo .............................................................15


FIGURA 2 – Avaliações do risco físico calor............................................................. 16
FIGURA 3 – Equipamento de avalição utilizado………………………………………. 17

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Limites de tolerância para a exposição de calor……………………….12


QUADRO 2 – Limites de tolerância ...........................................................................13
QUADRO 3 – Taxas de metabolismo por tipo de atividade.......................................12

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Avaliações quantitativas do risco físico calor realizadas ao longo do ano


………………………………………………...................................................................19
TABELA 2 – Resultados estatísticos………….......................................................... 22
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 5

1.1 Contextualização ………………………………………………………………… 5

1.2 Justificativa e relevância do trabalho ……………………………………….. 6

1.3 Problema de pesquisa ………………………………………………………….. 6

2 OBJETIVOS..................................................................................................... 7

2.1 Objetivo geral.................................................................................................. 7

2.2 Objetivo específico......................................................................................... 7

3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 8

3.1 Calor ………………………………………………………………………………… 8

3.2 Sobrecarga térmica………………………………………………………..……... 9

3.3 O Índice De Bulbo Úmido Termômetro De Globo (IBUTG)………………... 10

3.3.1 As Componentes do IBUTG……………………………………………………. 10

3.3.2 AVALIAÇÃO OCUPACIONAL DE CALOR……………………………………. 11

3.4 RELAÇÃO CALOR X SAÚDE……………………………………..................... 13

4 METODOLOGIA............................................................................................. 15

4.1 Área De Estudo…………………………………………………………………… 15

4.2 Estratégia de amostragem……………………………………………………… 15

4.3 Equipamento utilizado…………………………………………………………... 16

4.4 Estratégia de Avaliação e Tratamento estatístico dos dados………….... 16

5. ANALISE DOS RESULTADOS…………………………………………………. 19

5.1 Avaliações quantitativas do risco físico calor……………………………... 19

5.2 Analise dos dados………………………………………………………………. 22

5.3 Resultado……………………………………………………………………….… 23

6 CONCLUSÃO……………………………………………………………………... 24

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………… 25
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 26

ANEXOS..................................................................................................................... 28
5

1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

Desde tempos remotos, o homem já utilizava o calor do sol como fonte de


energia para se aquecer e praticar suas atividades, mas o calor também constitui um
fator de risco importante na saúde ocupacional, estando presente em vários
ambientes de trabalho, como por exemplo: siderurgia, fundições, indústrias, em
atividades a céu aberto, entre outras.
O homem que trabalha em ambientes com exposição a altas temperaturas
(calor) pode sofrer fadiga, ter seu rendimento diminuído, incorrer em erros de
percepção e raciocínio com o aparecimento de perturbações psicológicas que
podem conduzir a exaustão (WASEM, 2015).
Diferentemente de outros fatores de riscos físicos, o calor não atua de forma
especifica sobre algum tecido ou função biológica determinada, mas atua de forma
complexa, afetando a fisiologia geral do organismo humano, podendo gerar desde
desconforto, até sobrecarga e stress térmico. Durante exposições intensas ao calor
o organismo se manifesta através de sintomas como: insolação, baixa de pressão
arterial, exaustão, desidratação, câimbras de calor, espasmos musculares e choque
térmico (SALIBA, 2017).
A legislação brasileira, através da NR-15 (Norma Regulamentadora –
Atividades e Operações Insalubres) da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho,
em seu anexo de Nº 3, estabelece o Índice do Termômetro de Bulbo Úmido,
Termômetro de Globo (IBUTG) como parâmetro para avaliar a exposição ao calor.
Nesse procedimento existem tabelas que complementam o cálculo do calor gerado
pelo metabolismo, sendo que o limite de tolerância para exposição ao calor depende
do tipo de atividade desenvolvida. Outra fonte de orientação é a Norma de Higiene
Ocupacional NHO-06 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor da
FUNDACENTRO que apresenta quadro mais detalhado da classificação e dos
valores do metabolismo, recentemente, em janeiro de 2018 foi publicada a segunda
edição da NHO-06 apresentando modificações para melhoria dos critérios e
procedimentos de avaliação.
6

1.2 Justificativa e relevância do trabalho

Nas épocas quentes do ano, em certas áreas geográficas, o próprio calor


solar (carga solar ou radiação solar) pode agravar a situação do trabalhador, além
de se tornar um problema sério nas atividades realizadas a céu aberto, como a
agricultura, a construção civil, atividades de pavimentação, etc. (SOUZA, 2003). As
avaliações ocupacionais do Índice do Termômetro de Bulbo Úmido, Termômetro de
Globo (IBUTG) nestas atividades também sofrem grandes alterações, pois, em
períodos mais amenos pode-se obter índices que não ultrapassam os limites de
tolerância estabelecidos nas normas legais, diferentemente dos períodos mais
quentes do ano, onde pode-se obter índices que ultrapassem os limites de
tolerância, independentemente da atividade física realizada. Devido esta questão,
um monitoramento frequente da exposição ocupacional do risco físico calor se faz
necessário, pois de acordo com este resultado, poderá ser verificado a necessidade
ou não de implementação de medidas de controle ao agente de risco.

1.3 Problema de pesquisa

Estariam os trabalhadores que realizam atividades a céu aberto expostos a


condições insalubres pelo risco do agente físico calor?
7

2. OBJETIVOS

Os objetivos são divididos entre geral e específicos.

2.1 Objetivo geral

Este projeto de pesquisa tem como objetivo de realizar o monitoramento


ambiental, no período de um ano do risco físico calor para atividades a céu aberto na
região do município de Catalão – Goiás (Sudeste Goiano).

2.2 Objetivos específicos

Nesta perspectiva, a pesquisa poderá determinar o índice de exposição de


ambientes externos com carga solar. Desta maneira, conclui-se se os trabalhadores
que realizam atividades a céu aberto estão expostos a condições insalubres de
trabalho (sobrecarga térmica) de acordo como regime de trabalho aplicado.
Com o levantamento da exposição ao risco físico calor de trabalhadores em
atividades a céu aberto poderemos identificar:
a) o índice médio de exposição durante o período avaliado;
b) análise dos regimes de trabalho e os tipos de atividades e seus limites de
tolerância, de acordo com a NR-15;
c) a necessidade ou não de adoção de medidas de controles ao agente de risco.
8

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Procedeu-se a revisão da produção científica no sentido de obter bases


teóricas e conceituais sobre as quais se baseará o estudo.

3.1 Calor

Calor é um risco físico presente em processos com liberação de grande


quantidade de energia térmica e está presente em várias atividades. A avaliação do
calor a que um indivíduo está exposto é importante, envolvendo uma grande
quantidade de fatores a serem considerados; a temperatura do corpo e as condições
ambientais devem ser levantadas, pois influenciam nas trocas térmicas entre o corpo
humano e o meio ambiente (SOUZA, 2003).
Temperaturas extremas têm influência sobre a quantidade e qualidade de
trabalho que o homem pode realizar, como também sobre a forma em que possa
fazê-lo. O problema industrial frequentemente origina-se pela exposição ao calor
excessivo. O corpo humano produz calor através de seus processos metabólicos.
Para que o organismo atue eficientemente, é necessário que o calor produzido se
dissipe tão rapidamente como se produz. O organismo possui um conjunto de
mecanismos termostáticos de atuação rápida e sensível, que têm como missão
controlar o ritmo dos processos reguladores de temperatura (SOUZA, 2003).
Quando a quantidade de calor liberada para o ambiente é menor do que a
soma da quantidade de calor gerada pelo organismo com a quantidade de calor
recebida de fontes externas, a temperatura do corpo tende a aumentar levando o
indivíduo ao desconforto térmico. Isto pode ainda evoluir ao estresse térmico,
causando debilidade do estado geral de saúde, alterações das reações
psicossensoriais e queda de produção (LAMBERTS, 2002). Saliba (2014) diz que
quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo indivíduo, maior será o calor
produzido pelo metabolismo, constituindo, portanto, parte do calor total ganho pelo
organismo.
Segundo Saliba (2014) o calor é um agente presente em vários ambientes de
9

trabalho, tais como siderúrgicas, indústrias de vidro e em certas atividades a céu


aberto, como na construção civil. Ao contrário de outros agentes ambientais, na
avaliação do calor há diversos eventos e fatores envolvidos que devem ser
analisados, através de índices de avaliação de calor correlacionados.

3.2 Sobrecarga térmica

Sobrecarga térmica é a carga de calor a que o trabalhador está exposto,


resultante da combinação das contribuições do calor metabólico, temperatura do ar,
umidade, velocidade do ar e do calor radiante.
Segundo Saliba (2017), existem vários fatores que influenciam nas trocas
térmicas entre o corpo humano e o meio ambiente, definindo a severidade da
exposição ao calor. Dentre eles, cinco principais devem ser considerados na
quantificação da sobrecarga térmica:
a) Temperatura do ar:
O sentido de fluxo de calor dependerá da diferença positiva ou negativa
entre a temperatura do ar e a temperatura da pele. Se a temperatura do ar
for maior que a da pele, o organismo ganhará calor por condução-
convecção, e se for menor que a pele, o organismo perderá calor por
condução-convecção. A quantidade de calor absorvido ou perdido é
diretamente proporcional à diferença entre as temperaturas.
b) Umidade relativa do ar:
Este fator influi na troca térmica entre o organismo e o ambiente pelo
mecanismo de evaporação. A perda de calor no organismo por evaporação
dependerá da umidade relativa do ar, isto é, da quantidade de água
presente numa determinada fração ou espaço de ar.
c) Velocidade do ar:
A velocidade do ar no ambiente pode alterar as trocas térmicas, tanto na
condução/convecção como na evaporação. Quando houver um aumento da
velocidade do ar no ambiente, haverá aceleração da troca de camadas de
ar mais próximas ao corpo, aumentando o fluxo de calor, entre o corpo e o
ar. Se a velocidade do ar for maior, haverá uma substituição mais rápida
das camadas de ar mais saturadas com água por outras menos saturadas,
favorecendo a evaporação. Se a temperatura do ar for menor que a do
corpo, o aumento da velocidade do ar favorecerá o aumento da perda de
calor do corpo para o meio. Caso a temperatura do ar seja maior que a do
corpo, este ganhará mais calor com o aumento da velocidade do ar.
d) Calor radiante:
Quando um indivíduo se encontra em presença de fontes apreciáveis de
calor radiante, o organismo absorve calor pelo mecanismo de radiação.
Caso haja fontes de calor radiante com baixa temperatura, o organismo
humano poderá perder calor pelo mesmo mecanismo.
e) Tipo de atividade:
Quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo indivíduo, maior
será o calor produzido pelo metabolismo, constituindo, portanto, parte do
calor total ganho pelo organismo.
10

A Legislação Brasileira, através da Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978,


Norma Regulamentadora 15 (NR-15), anexo 3, do Ministério do Trabalho, estabelece
que a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido –
Termômetro de Globo (IBUTG) (BRASIL, 1978).
Os critérios de avaliação estabelecidos na Portaria supracitada têm por
objetivo a determinação da sobrecarga térmica para efeito da caracterização da
insalubridade. Embora as definições contidas na NHO 06 sejam perfeitamente
aplicáveis ao citado Anexo 3, o Quadro 1 da referida NHO – Taxa Metabólica por
Tipo de Atividade e Limites de Tolerância não devem ser utilizado quando se tratar
de laudo pericial para efeito da caracterização da insalubridade. Todos os demais
procedimentos técnicos apresentados na NHO 06 não conflitam com a NR 15, anexo
3.

3.3 O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG)

O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) é o principal


parâmetro de análise para a quantificação da sobrecarga térmica. O IBUTG foi
desenvolvido por Yaglou e Minard (1957) inicialmente para estudar as relações entre
o calor e suas consequências fisiológicas durante treinamentos militares. É o índice
legal apresentado na NR 15 - Anexo Nº 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao
Calor e também é descrito pela norma ISO 7243, tendo aprovação mínima de 75%
dos países membros da ISO.
A NR 15 é a norma reguladora do Ministério do Trabalho que trata das
atividades e operações insalubres e no seu Anexo nº 3 traz os limites e tolerâncias
para exposição ao calor para caracterizar uma sobrecarga térmica no ambiente.

3.3.1 As componentes do IBUTG

São várias as componentes que interferem na mensuração do índice IBUTG,


sendo as principais a radiação térmica, a temperatura de bulbo seco, a temperatura
11

de bulbo úmido, a umidade e a velocidade do ar.


Conforme Saliba (2017), explica que:
A radiação térmica é medida através do termômetro de globo (Tg), que
consiste de uma esfera oca de cobre pintada externamente de tinta preta
com um termômetro de mercúrio ou outro tipo de sensor que dê leitura
idêntica que é colocado no interior dessa esfera.
A temperatura de bulbo seco (Tbs) é medida com um termômetro composto
de mercúrio ou algum outro sensor que possua leitura idêntica. A
temperatura de bulbo seco nada mais é do que a temperatura do ar
ambiente sem a presença de calor radiante.
A temperatura de bulbo úmido (Tbn) é medida com o auxílio de um
termômetro de mercúrio comum revestido com uma camisa pavio de
algodão branca embebido com água destilada.

3.3.2 Avaliação Ocupacional de calor

Conforme a NR 15, o IBUTG é calculado para ambientes internos ou externos


sem carga solar como segue na equação 1, bem como para ambientes externos
com carga solar, como segue na equação 2:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg (equação 1)
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg (equação 2)
Onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural;
tg = temperatura de globo;
tbs = temperatura de bulbo seco.

De acordo com a norma, dependendo da temperatura IBUTG medida e do


tipo de atividade, o trabalhador deve ter um tempo de descanso. O quadro nº 1 traz
os limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente
com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.
12

Quadro nº 1
REGIME DE TRABALHO TIPO TIPO DE ATIVIDADE
DE ATIVIDADE INTERMITENTE
COM DESCANSO NO PRÓPRIO
LOCAL DE LEVE MODERADA PESADA
TRABALHO (por hora)
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho, sem
a doção de medidas adequadas acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
de controle
Fonte: NR 15, anexo 3.

A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita


consultando-se o Quadro nº 3 da NR-15, transcrito na Tabela 2 abaixo.

Quadro nº 3 – Taxa de Metabolismo por Atividade


TIPO DE ATIVIDADE kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
125
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco.
150
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas.
150
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, principalmente com os braços
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em bancadas ou maquina, com alguma movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em bancadas ou maquina, com alguma 220
movimentação. 300
Em movimento, trabalho moderado de levantar e empurrar.
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos. 440
Trabalho fatigante 550

Fonte: NR-15 – Anexo 3

Quando a exposição ao calor é em regime de trabalho intermitente, e o


período de descanso é feito em um local com temperatura mais amena e o
colaborador está em repouso ou atuando em uma atividade leve, os limites de
tolerância são dados através do Quadro nº2 da NR-15.
13

Quadro nº 2 – Limites de Tolerância


MÁXIMO
M (Kcal/h)
IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
Fonte: NR-15 – Anexo 3

M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora dada pela


Equação:

M = (Mt x Td+ Md x Td)/60

Onde:
Mt= taxa de metabolismo no local de trabalho;
Tt= soma dos tempos, em minutos, em que se permanece, no local de trabalho;
Md= taxa de metabolismo no local de descanso;
Td= soma dos tempos, em minutos, em que se permanece, no local de descanso.

Já o IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado de uma hora dado pela


Equação:

IBUTG = (IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td)/60


Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso

De acordo com a NR-15 deve-se fazer a medição nos tempos mais


desfavoráveis do ciclo do trabalho, onde Tt + Td = 60 minutos corridos e as taxas de
metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3.

3.4 Relação Calor X Saúde


14

A sobrecarga térmica ocorre quando o corpo sai de seu equilíbrio térmico, isto
é, recebe mais calor do que pode dissipar, causando seu aquecimento a
temperaturas acima de 38 °C. Quanto maior a temperatura do corpo, maiores são os
efeitos fisiológicos provocados pelo calor. Segundo Jackliotsch, et.al (2016) a
exposição ao calor extremo pode resultar em doenças ocupacionais causadas por
estresse térmico, incluindo acidente vascular cerebral, exaustão, cãibras, erupções e
até a morte. O calor também pode aumentar o risco de lesões dos trabalhadores,
devido ao suor das mãos, embasamento dos óculos de segurança, tonturas, pode
reduzir a função do cérebro responsável pela capacidade de raciocínio, criando
riscos adicionais.
Os sintomas iniciais nas pessoas expostas ao calor excessivo podem ser
detectados quando a pele começa a ficar seca e quente, ou podendo ser verificada
sudorese profunda, calafrios, dor de cabeça e fadiga severa, causando desconforto
e afetando negativamente o desempenho e a segurança no trabalho. Em estágios
mais avançados, o indivíduo pode ainda apresentar fala ininteligível e sofrer
alucinações, confusão mental, tonturas e desmaios. Estes sintomas podem evoluir
para a insolação, que é doença mais grave decorrente do calor e, se não for tratada
de imediato, pode leva à morte.
Há estudos que verificam agravos ou alterações nas respostas fisiológicas de
órgãos ou sistemas do corpo humano, relacionados à exposição ao calor. Como
exemplos, cita-se:
 Complicações renais são relatadas no trabalho de Tawatsupa et al. (2012);
 Consequências cardiovasculares são abordadas nos trabalhos de Barbosa
(2011), Barbosa et al. (2012) e Sett e Sahu (2014);
 Disfunções cognitivas são identificadas por Jay e Kenny (2010);
 Diversos sintomas são identificados por Bethel e Harger (2014), tais como
erupções cutâneas, cãibras e espasmos musculares, tonturas, desmaios,
dores de cabeça, sudorese severa, fadiga e extrema fraqueza, náuseas e
vômito e estado de confusão.
15

4. METODOLOGIA

4.1 Área de Estudo

O estudo foi realizado no município de Catalão – Goiás (Sudeste Goiano),


centro-oeste brasileiro, localizado à latitude 18° 9' 57" sul e à longitude 47° 56' 47"
oeste e à altitude de 835 metros.
Figura 1 – Localização da área de estudo

Fonte: Prefeitura de Catalão-GO, 2018.

4.2 Estratégia de amostragem

Conforme Saliba (2016, p. 90) são necessárias avalições ao longo dos meses
e do ano para o risco físico calor, pois os resultados das avaliações podem variar
significativamente em função das condições climáticas. Portanto, foram realizadas
avaliações quantitativas do risco físico calor, durante o período de um ano, outubro
de 2017 a setembro de 2018, sendo realizadas 10 (dez) avalições mensais, em área
16

urbana, em dias aleatórios, nos horários mais quentes do dia (12h00 até 15h00), de
acordo com o anexo 3 da NR-15, que determina que a avaliação deve ser feita no
período mais desfavorável do ciclo de trabalho.
Caracterizando, desta maneira, o projeto de pesquisa realizado como de
abordagem quantitativa, de natureza aplicada, de objetivo descritivo com
procedimentos de levantamento amostral.

Figura 2 – Avaliações do risco físico calor

Fonte: Autor, 2018.

4.3 Equipamento utilizado

Para obtenção das amostras no Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo


Médio (IBTUG) foi utilizado o equipamento Medidor de Stress Térmico Digital,
Modelo TGD – 200 da marca Instrutherm, devidamente calibrado e certificado
(ANEXO 1).

Figura 3 – Equipamento de avalição utilizado


17

Fonte: Autor, 2018.

4.4 Estratégia de avaliação e tratamento estatístico dos dados

Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam


estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o
infrassom e o ultrassom (NR-09). Com exceção do ruído não há normas definindo os
tratamentos estatísticos aos dados, dependendo do agente e condições de
exposição. Assim, por exemplo, numa avaliação de calor a céu aberto ou em local
onde condições climáticas influenciam nos dados, podem ser feitas avaliações ao
longo do ano e aplicar os parâmetros de limite de confiança inclusive da distribuição
normal (SALIBA, 2016).
A aplicação dos métodos utilizados no tratamento estatístico dos agentes
químicos não se aplicam aos resultados das exposições aos agentes físicos, devido
à falta de conhecimento dos modelos de distribuição apropriados dos dados.
Entretanto, foi constatado que as distribuições normal e log-normal são apropriadas
para os dados das avalições dos riscos físicos, de modo que os métodos dos
agentes químicos podem ser adaptados aos agentes físicos (NIOSH, 1977).
No presente trabalho foram obtidos o total de 120 (cento e vinte) amostras,
18

avaliações quantitativas de calor. Conforme Saliba (2016, p. 90-91) foi determinado


a média aritmética do IBUTG e o desvio padrão, considerando o tamanho da mostra
superior a 30 (trinta) foi utilizado a distribuição normal com variável Z nos cálculos
dos intervalos de confiança.
Equações utilizadas:

Equação 1 – Limites de confiança

Equação 2 – Desvio padrão

Equação 3 – Média aritmética

X = X1+X2+X3+… Xn
n

Onde:
 LSC = Limite Superior de Confiança;
 LIC = Limite Inferior de Confiança;
 X = média aritmética;
 Z = valor da variável z na tabela de distribuição normal acumulada
(unilateral), para confiança de 95%, conforme Niosh (1977, p. 66);
 S = desvio padrão da amostra;
 N = tamanho da amostra.
19

5. ANALISE DOS RESULTADOS

5.1 Avaliações quantitativas do risco físico calor

Tabela 1 – Avaliações quantitativas do risco físico calor realizadas ao longo do ano

Mês Nº Tbn Tbs Tg IBUTG ºC

1 21,5 30,5 42 26,5


2 19,5 30,2 39,8 24,63
3 20,5 33,5 47,2 27,14
4 18,7 35 47,5 26,09
5 19,3 28,9 39,1 24,22
out/17
6 19,2 32,5 45,3 25,75
7 21,5 28 46,5 27,15
8 21 28,9 45,3 26,65
9 20,7 26,8 45 26,17
10 20 33,1 51,2 27,55
11 21,2 22,5 35,9 24,27
12 21 24,5 39,8 25,11
13 22,2 26 40 26,14
14 22,1 28,1 42,5 26,78
15 22,3 27,5 42,9 26,94
nov/17
16 24 30,2 39,6 27,74
17 23,5 28,7 38,2 26,96
18 23 33,5 43,1 28,07
19 23,2 26,9 30,1 24,95
20 21,5 25,6 34 24,41
21 25 30,8 42 28,98
22 23,5 26 31 25,25
23 22,8 27,3 31,5 24,99
24 24,8 30,5 41,6 28,73
25 24,9 31,9 43,4 29,3
dez/17
26 23,6 30,5 45,2 28,61
27 24,7 30,7 34,7 27,3
28 24,8 33,3 40,2 28,73
29 24,6 34 45 29,62
30 23,2 27 34,5 25,84
31 22,5 26,5 38,7 26,14
jan/18
32 24,3 30 42,5 28,51
20

33 23 33 46,7 28,74
34 23,4 32 42,7 28,12
35 23,3 33,8 45,3 28,75
36 24,5 30,5 40,5 28,3
37 25,2 33,7 46,2 30,25
38 24,4 28,3 32,8 26,47
39 24,2 30 35,1 26,96
40 24,4 29,5 39,6 27,95
41 25,6 30,1 48,1 30,55
42 24,2 31,5 48,8 29,85
43 25,5 31,1 46,5 30,26
44 24,4 29,2 47,9 29,58
45 23 26,2 42,5 27,22
fev/18
46 23,5 27,2 49,7 29,11
47 23,6 28,8 49,2 29,24
48 22,6 26 44,8 27,38
49 23,7 30,5 47,1 29,06
50 24 29,7 34,6 26,69
51 23,7 31 53,5 30,39
52 23,7 29,5 50,5 29,64
53 23,9 30,1 48,2 29,38
54 22,7 26,5 40,5 26,64
55 23 30,1 42,5 27,61
mar/18
56 23,9 32 36,2 27,17
57 24,3 32,3 43,5 28,94
58 22,5 28 42,5 27,05
59 22 27,9 39,5 26,09
60 22,5 30 43,9 27,53
61 24,9 30 43,1 29,05
62 21,2 27,6 39 25,4
63 22 26,1 41,1 26,23
64 23 26,9 43,7 27,53
65 21,7 27 42,2 26,33
abr/18
66 25,1 32,7 47,6 30,36
67 24,4 32,4 41,7 28,66
68 21,5 27,2 40,6 25,89
69 21,8 28 41,1 26,28
70 21,2 26,4 42,8 26,04
71 22,2 29,6 42,1 26,92
72 21,3 27,2 41,4 25,91
mai/18
73 20,1 26 42,9 25,25
74 21 26,6 41,7 25,7
21

75 21,3 26,5 39,9 25,54


76 17,1 19,2 33,4 20,57
77 18 26,2 40,8 23,38
78 21,9 26,5 42 26,38
79 19,1 24 34,5 22,67
80 18,9 24,3 36,2 22,9
81 19,5 27,4 40,5 24,49
82 19,9 27 36,5 23,93
83 21 28,7 42,2 26,01
84 20,2 28,8 41,8 25,38
85 19,3 26,2 38 23,73
jun/18
86 22,3 30,5 42,1 27,08
87 18,5 26,5 30,1 21,62
88 22 30,8 39,9 26,46
89 18,1 26,8 36,5 22,65
90 21 28,6 35,7 24,7
91 19 26,8 40,6 24,1
92 18,2 26,4 38,2 23,02
93 18,5 23,4 39 23,09
94 18,8 26,8 40,1 23,86
95 18,3 26,6 38,7 23,21
jul/18
96 18,8 25,6 35,5 22,82
97 21,5 26,9 42,2 26,18
98 19,2 27,2 41,2 24,4
99 19,7 28,2 45,8 25,77
100 22,1 29,4 45 27,41
101 21,3 32 41,4 26,39
102 20,9 27,1 29,8 23,3
103 20,1 34,8 46,6 26,87
104 18,5 27,1 35 22,66
105 21,7 32,8 46,3 27,73
ago/18
106 18,7 28,5 40,5 24,04
107 18,9 30,6 41,3 24,55
108 20,5 25,1 39,5 24,76
109 18,8 27,1 36 23,07
110 20,2 28,9 42,3 25,49
111 20,5 28,7 43,5 25,92
112 18,1 25,9 39 23,06
113 20 27,1 38,5 24,41
set/18
114 21,8 35 49,1 28,58
115 20 33,1 44,5 26,21
116 22,5 36,3 44,1 28,2
22

117 21 24,2 27,3 22,58


118 21,7 29,5 33,7 24,88
119 19,5 20,8 23,6 20,45
120 22,1 27 36,5 25,47
Fonte: Autor, 2018.

5.2 Analise dos dados

Os valores levantados a partir das avaliações quantitativas do risco físico


calor passaram por tratamento estatístico dos dados, onde foram encontrados os
valores presentes na tabela 2 e no Gráfico 1, abaixo:

Tabela 2 – Resultados estatísticos

Coeficiente de variação 8,439298%


Média Aritimética 26,2971667
Desvio Padrão 2,219296
LSC = Limite Superior de Confiança 26,63
LIC = Limite Inferior de Confiança 25,96
Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 1 – Variação do IBUTG ºC durante o período amostral

Fonte: Autor, 2018.

Analisando o Gráfico 1 observamos que os maiores índices de IBUTG se


23

concentraram entre os meses de outubro a abril, consequentemente, os meses de


índices menores foram entre os meses de maio a setembro.

5.3 Resultado

Após o tratamento estático dos dados da amostra foram determinados os


limites de confiança, sendo o LIC (Limite Inferior de Confiança) igual a 25,96 e o LSC
(Limite Superior de Confiança) igual a 26,63. Portanto, o IBUTG médio encontrado
durante o período avaliado, outubro de 2017 a setembro de 2018, está
compreendido entre 25,96ºC a 26,63ºC com 95% de confiança.
24

6. CONCLUSÃO

A avaliação ocupacional do calor deve ser feita utilizando-se os índices que


levam em conta todos os fatores ambientais e fisiológicos que influenciam na
sobrecarga térmica. De acordo com a NR-15, a avaliação da exposição deve ser
realizada em ciclos de trabalho (ciclo de 60 minutos sendo o mais desfavorável do
dia), levando-se em conta a situação de exposição, metabolismo e o índice de
IBUTG.
O projeto de pesquisa revelou que o IBUTG médio anual encontrado, para
atividades a céu aberto na região do município de Catalão – Goiás (Sudeste
Goiano), durante o período de outubro de 2017 a setembro de 2018 está
compreendido entre 25,96ºC a 26,63ºC com 95% de confiança.
Desta maneira, considerando trabalhadores que realizaram atividades leves e
moderadas, de acordo com a NR-15 e seu anexo 03, o limite de tolerância não foi
ultrapassado com 95% de certeza.
Considerando trabalhadores que realizaram atividades pesadas em regime
contínuo, de acordo com a NR-15 e seu anexo 03, o limite de tolerância foi
ultrapassado com 95% de certeza, portanto, estariam trabalhando em condições de
sobre carga térmica, caracterizando a atividade com insalubre pelo agente físico
calor.
25

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para os trabalhadores ocupacionalmente expostos em condições de


sobrecarga térmica são necessárias adoções de medidas de controle de exposição.
O controle de exposição deve ser feito prioritariamente por meio de medidas de
proteção coletivas e complementadas com medidas de proteção administrativas ou
de organização do trabalho, pois, o uso de equipamentos de proteção individuais
não afasta o risco de sobrecarga térmica.
No caso apresentando, realização de atividades consideradas pesadas em
regime contínuo a céu aberto, poderiam ser consideradas propostas de medidas de
controle de exposição, como por exemplo, verificação da possibilidade de instalação
de estruturas de proteção contra os raios solares (barracas, tendas, entre outros),
verificação da possibilidade de redução do metabolismo (exigência física da
atividade) e adoção de períodos de descanso, de acordo com o Quadro nº1 anexo
03 da NR-15.
Em trabalhos a céu aberto deve-se usar roupas de algodão ou linho de cor
clara visando a refletir a radiação solar, bem como proteger a região da cabeça.
Todos os trabalhadores ocupacionalmente expostos ao risco físico calor
devem realizar exames médicos pré-admissionais e periódicos, com a finalidade de
detectar possíveis problema de saúde que possam ser agravados com a exposição
ao calor. O acompanhamento dos exames médicos dos trabalhadores possibilita a
identificação de possíveis estados patogênicos em estágios iniciais.
26

REFERÊNCIAS

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Group of Healthy Workers, Brazil. September 27, 2012. Disponível em:
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Trabalho, relativas a segurança e medicina do trabalho. Disponível em:
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uma unidade industrial produtora de plásticos. Trabalho de Conclusão de Curso –
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNIpSINOS. São Leopoldo. 2015.
28

ANEXOS

ANEXO 1.

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