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EIA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Projeto APOLO UMIDADE NATURAL

VOLUME 2

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO

AGOSTO 2021
SUMÁRIO
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO ..........................................................................................19

6.1 APRESENTAÇÃO E DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO ........................................................................ 19


6.2 CLIMATOLOGIA .................................................................................................................................... 22
6.2.1 Metodologia .................................................................................................................................... 22
6.2.2 Resultados ....................................................................................................................................... 25
6.2.2.1 Classificação Climática Regional ..............................................................................................................25
6.2.2.2 Climatologia Local: Análise dos Parâmetros Meteorológicos..................................................................27
6.2.3 Síntese Conclusiva ............................................................................................................................ 38
6.3 QUALIDADE DO AR ............................................................................................................................... 39
6.3.1 Metodologia .................................................................................................................................... 39
6.3.1.1 Rede de Monitoramento e Analisadores ................................................................................................39
6.3.1.2 Legislação Ambiental Aplicável ...............................................................................................................42
6.3.2 Resultados ....................................................................................................................................... 45
6.3.2.1 Campanha 1 ............................................................................................................................................45
6.3.2.2 Campanha 2 ............................................................................................................................................54
6.3.2.3 Comparação dos Resultados da Primeira e Segunda Campanha ............................................................62
6.3.3 Síntese Conclusiva............................................................................................................................ 64
6.4 RUÍDO E VIBRAÇÃO .............................................................................................................................. 65
6.4.1 Metodologia .................................................................................................................................... 65
6.4.1.1 Procedimentos de ensaio de ruído..........................................................................................................65
6.4.1.2 Procedimentos de ensaio de vibração ....................................................................................................66
6.4.1.3 Equipamentos Utilizados .........................................................................................................................69
6.4.1.4 Rede de Monitoramento .........................................................................................................................70
6.4.2 Resultados ....................................................................................................................................... 74
6.4.2.1 RECEPTOR RV1 – Morro Vermelho..........................................................................................................74
6.4.2.2 RECEPTOR RV2 – Morro Vermelho..........................................................................................................78
6.4.2.3 RECEPTOR RV3 – Área Urbana de Caeté .................................................................................................82
6.4.2.4 RECEPTOR RV4 – Estrada Caeté - Rancho Novo ......................................................................................86
6.4.2.5 RECEPTOR RV5 – André do Mato Dentro / Caburé .................................................................................90
6.4.2.6 RECEPTOR RV6 – Cruz dos Peixotos ........................................................................................................94
6.4.2.7 RECEPTOR RV7 – Estrada Caeté - Rancho Novo ......................................................................................98
6.4.2.8 RECEPTOR RV8 – Estrada Caeté – Rancho Novo ...................................................................................102
6.4.2.9 Análise dos resultados de ruído ambiental ...........................................................................................106
6.4.2.10 Análise dos resultados de vibração ambiental ......................................................................................107
6.4.3 Síntese Conclusiva .......................................................................................................................... 108
6.5 GEOLOGIA .......................................................................................................................................... 109
6.5.1 Metodologia .................................................................................................................................. 109
6.5.2 Resultados ..................................................................................................................................... 111
6.5.2.1 Área de Estudo Regional (AER) ..............................................................................................................111
6.5.2.2 Área de Estudo Local (AEL) e Diretamente Afetada (ADA) ....................................................................124
6.5.3 Síntese Conclusiva .......................................................................................................................... 142
6.6 RECURSOS MINERAIS ......................................................................................................................... 143
6.6.1 Metodologia .................................................................................................................................. 143
6.6.2 Resultados ..................................................................................................................................... 143

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6.6.3 Síntese Conclusiva .......................................................................................................................... 153
6.7 GEOMORFOLOGIA ............................................................................................................................. 153
6.7.1 Metodologia .................................................................................................................................. 153
6.7.2 Resultados ..................................................................................................................................... 154
6.7.2.1 Geomorfologia Regional ........................................................................................................................154
6.7.2.2 Área de Estudo Regional .......................................................................................................................156
6.7.2.3 Área de Estudo Local (AEL) e Área Diretamente Afetada (ADA) ...........................................................161
6.7.2.4 Aspectos Associados à Paleontologia ....................................................................................................169
6.7.3 Síntese Conclusiva .......................................................................................................................... 174
6.8 PEDOLOGIA ........................................................................................................................................ 174
6.8.1 Metodologia .................................................................................................................................. 174
6.8.2 Resultados ..................................................................................................................................... 177
6.8.2.1 Área de Estudo Regional (AER) ..............................................................................................................177
6.8.2.2 Área de Estudo Local (AEL) ....................................................................................................................183
6.8.2.3 Classes de solos e aptidão agrícola na ADA do projeto .........................................................................198
6.8.3 Síntese Conclusiva .......................................................................................................................... 199
6.9 SUSCETIBILIDADE A OCORRÊNCIA DE PROCESSOS EROSIVOS ............................................................ 200
6.9.1 Metodologia .................................................................................................................................. 200
6.9.1.1 Suscetibilidade a Processos Erosivos e Movimentos de Massa .............................................................200
6.9.1.2 Suscetibilidade a alagamento e assoreamento .....................................................................................205
6.9.2 Resultados ..................................................................................................................................... 206
6.9.2.1 Avaliação da suscetibilidade à erosão e movimentos de massa ...........................................................206
6.9.2.2 Avaliação da suscetibilidade a alagamento e assoreamento ................................................................214
6.9.2.3 Síntese de suscetibilidade à erosão, movimentos de massa alagamento e assoreamento. .................216
6.9.3 Síntese conclusiva .......................................................................................................................... 218
6.10 HIDROGRAFIA E HIDROLOGIA ............................................................................................................ 218
6.10.1 Metodologia .............................................................................................................................. 218
6.10.2 Resultados ................................................................................................................................. 222
6.10.2.1 Área de Estudo Regional (AER) ..............................................................................................................222
6.10.2.2 Área de Estudo Local (AEL) e Área Diretamente Afetada (ADA) ...........................................................265
6.10.3 Síntese Conclusiva ..................................................................................................................... 297
6.11 HIDROGEOLOGIA ............................................................................................................................... 298
6.11.1 Metodologia .............................................................................................................................. 298
6.11.2 Resultados ................................................................................................................................. 299
6.11.2.1 Sistemas Aquíferos ................................................................................................................................299
6.11.2.2 Área de Estudo Local (AEL) e Área Diretamente Afetada (ADA) ...........................................................312
6.11.2.3 Piezometria ...........................................................................................................................................313
6.11.2.4 Modelo Hidrogeológico Conceitual: Carga e Descarga na Região do Projeto .......................................316
6.11.3 Síntese Conclusiva ..................................................................................................................... 328
6.12 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS .............................................................................................. 331
6.12.1 Metodologia .............................................................................................................................. 331
6.12.1.1 Área de Estudo Regional (AER) ..............................................................................................................331
6.12.1.2 Área de Estudo Local (AEL) ....................................................................................................................335
6.12.2 Resultados ................................................................................................................................. 350
6.12.2.1 Área de Estudo Regional (AER) ..............................................................................................................350
6.12.2.2 Área de Estudo Local (AEL) ....................................................................................................................355

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6.12.3 Síntese Conclusiva ..................................................................................................................... 389
6.13 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS .......................................................................................... 392
6.13.1 Metodologia .............................................................................................................................. 392
6.13.1.1 Aspectos Legais e Normativos ...............................................................................................................392
6.13.1.2 Pontos de amostragem da Qualidade das Águas Subterrâneas ............................................................393
6.13.1.3 Parâmetros Analisados e Frequência ....................................................................................................395
6.13.1.4 Apresentação e análise de dados ..........................................................................................................397
6.13.2 Resultados – Avaliação dos dados Existentes ........................................................................... 399
6.13.2.1 Contextualização das condições geoquímicas nas sub-bacias de inserção do projeto .........................399
6.13.2.2 Avaliação da qualidade das águas subterrâneas ...................................................................................400
6.13.3 Síntese Conclusiva ..................................................................................................................... 438
6.14 ÁREAS CONTAMINADAS ..................................................................................................................... 439
6.15 ESPELEOLOGIA ................................................................................................................................... 440
6.16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 446

VOLUME DE ANEXOS:
ANEXO I: CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO DOS ANALISADORES DE MATERIAIS PARTICULADOS –
EBAM PLUS

ANEXO II: REGISTRO DE DADOS VÁLIDOS DAS CAMPANHAS DE ANÁLISE DE MATERIAIS


PARTICULADOS

ANEXO III: REGISTRO DE DADOS INVÁLIDOS DAS CAMPANHAS DE ANÁLISE DE MATERIAIS


PARTICULADOS

ANEXO IV: CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DE RUÍDO E


VIBRAÇÃO

ANEXO V: DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DOS PERFIS DE SOLO

ANEXO VI: LAUDO LABORATORIAL DAS ANÁLISES FÍSICAS DE SOLO

ANEXO VII: LAUDO LABORATORIAL DAS ANÁLISES QUÍMICAS DE SOLO

ANEXO VIII: GRÁFICOS DE CORRELAÇÃO MENSAL DAS ESTAÇÕES ANALISADAS - HIDROLOGIA

ANEXO IX: ESTUDO HIDROGEOLÓGICO

ANEXO X: BOLETINS DE ANÁLISE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

ANEXO XI: BOLETINS DE ANÁLISE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ANEXO XII: RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ANEXO XIII: ESTUDO ESPELEOLÓGICO – DIAGNÓSTICO GEOESPELEOLÓGICO E SEUS ANEXOS

ANEXO XIV: ESTUDO ESPELEOLÓGICO – DIAGNÓSTICO BIOESPELEOLÓGICO

ANEXO XV: ESTUDO ESPELEOLÓGICO – PROPOSTA DE RELEVÂNCIA ESPELEOLÓGICA

ANEXO XVI: ESTUDO ESPELEOLÓGICO – PROPOSTA DE ÁREAS DE INFLUÊNCIA

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| iv


LISTA DE TABELA
TABELA 6-1: ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS. ...................................................................................................................... 23
TABELA 6-2: PRECIPITAÇÕES HISTÓRICAS TOTAIS MÉDIAS MENSAIS – PLUVIÔMETROS ANA. ................................................... 29
TABELA 6-3: DADOS PLUVIOMÉTRICOS LOCAIS. ................................................................................................................ 32
TABELA 6-4: ESPECIFICAÇÕES DO E-BAM PLUS ............................................................................................................... 41
TABELA 6-5: PADRÕES DE QUALIDADE DO AR - RESOLUÇÃO CONAMA Nº 491/2018 .......................................................... 43
TABELA 6-6: ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR (IQAR) ESTABELECIDO PELA FEAM - MG ................. 44
TABELA 6-7: ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR (IQAR) ESTABELECIDO PELO GUIA TÉCNICO - MMA.... 44
TABELA 6-8: TEMPO MÍNIMO DE AMOSTRAGEM PARA REPRESENTATIVIDADE DO DADOS DE QUALIDADE DO AR ......................... 45
TABELA 6-9: RESUMO ESTATÍSTICO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO ........................................................ 45
TABELA 6-10: REGISTROS DE PLUVIOMETRIA ESTAÇÃO AUTOMÁTICA BELO HORIZONTE – INMET ............................................ 46
TABELA 6-11: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR FEAM PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO............................ 51
TABELA 6-12: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR FEAM PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .................. 52
TABELA 6-13: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR GUIA TÉCNICO MMA PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO........ 52
TABELA 6-14: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR GUIA TÉCNICO MMA PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO
...................................................................................................................................................................... 53
TABELA 6-15: DISPONIBILIDADE DE DADOS DA ESTAÇÃO MORRO VERMELHO........................................................................ 54
TABELA 6-16: DISPONIBILIDADE DE DADOS DA ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .............................................................. 54
TABELA 6-17: RESUMO ESTATÍSTICO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO ...................................................... 54
TABELA 6-18: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR FEAM PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO............................ 60
TABELA 6-19: DISTRIBUIÇÃO DO IQAR FEAM PARA MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .................. 61
TABELA 6-20: DISPONIBILIDADE DE DADOS DA ESTAÇÃO MORRO VERMELHO........................................................................ 62
TABELA 6-21: DISPONIBILIDADE DE DADOS DA ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .............................................................. 62
TABELA 6-22: RESUMO ESTATÍSTICO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO EM MORRO VERMELHO ...................... 62
TABELA 6-23: RESUMO ESTATÍSTICO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO EM ANDRÉ DO MATO DENTRO............. 63
TABELA 6-24: LIMITES DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA CONTÍNUOS EQUIVALENTES, PONDERADA EM A, RLAEQ, ESTABELECIDOS NA
ABNT NBR 10.151:2019. ................................................................................................................................ 66
TABELA 6-25: CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE MEDIÇÃO QUANTO AO TIPO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .................................... 67
TABELA 6-26: VALORES CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO PARA SERES HUMANOS EXPOSTOS A VIBRAÇÃO EM EDIFICAÇÕES. (ADAPTADO:
NORMA DIN 4150 PARTE 02) ............................................................................................................................. 68
TABELA 6-27: VALORES CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO PARA EFEITOS DE VIBRAÇÕES DE LONGA DURAÇÃO (CONTÍNUA OU INTERMITENTE) EM
ESTRUTURAS. (ADAPTADO: NORMA DIN 4150 PARTE 03) ..................................................................................... 68
TABELA 6-28: EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS MEDIÇÕES. ............................................................................................... 69
TABELA 6-29: IDENTIFICAÇÃO DOS RECEPTORES ONDE FORAM EFETUADAS AS MEDIÇÕES SONORAS. ........................................... 70
TABELA 6-30: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV1. .......................................................................................................... 75
TABELA 6-31: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV1. .......................................................................................................... 75
TABELA 6-32: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV2. .......................................................................................................... 79
TABELA 6-33: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV2. ........................................................................................................... 79
TABELA 6-34: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV3. ........................................................................................................... 83
TABELA 6-35: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV3. .......................................................................................................... 83

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| v


TABELA 6-36: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV4. .......................................................................................................... 87
TABELA 6-37: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV4. .......................................................................................................... 87
TABELA 6-38: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV5. ........................................................................................................... 91
TABELA 6-39: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV5. ........................................................................................................... 91
TABELA 6-40: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV6. .......................................................................................................... 95
TABELA 6-41: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV6. .......................................................................................................... 95
TABELA 6-42: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV7. .......................................................................................................... 99
TABELA 6-43: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV7. ........................................................................................................... 99
TABELA 6-44: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES SONORAS REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV8. ........................................................................................................ 103
TABELA 6-45: RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO REALIZADAS NO ENTORNO DAS FUTURAS INSTALAÇÕES DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL, MG. RECEPTOR: RV8. ......................................................................................................... 103
TABELA 6-46: LAEQ,T DOS SONS RESIDUAIS NOS RECEPTORES. ............................................................................................ 106
TABELA 6-47: LIMITES DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA CONTÍNUOS EQUIVALENTES, PONDERADA EM A, RLAEQ. ........................ 107
TABELA 6-48: VALORES DE KBFMAX MEDIDOS NOS RECEPTORES. ......................................................................................... 107
TABELA 6-49: VALORES DE IVII,MAX NOS RECEPTORES. ...................................................................................................... 108
TABELA 6-50: COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA AER – PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ............................................... 114
TABELA 6-51: CAMPANHAS DE SONDAGEM REALIZADAS NA REGIÃO DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .......................... 129
TABELA 6-52: TIPOS MODELADOS NA JAZIDA DE APOLO. ................................................................................................. 133
TABELA 6-53: RECURSOS MINERAIS DE OCORRÊNCIA NAS ÁREAS DE ESTUDO DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .............. 145
TABELA 6-54: UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS DE OCORRÊNCIA NA AER............................................................................. 156
TABELA 6-55: DESCRITORES GEOMORFOMÉTRICOS UTILIZADOS NO MAPEAMENTO DIGITAL DE SOLOS E SUAS DEFINIÇÕES. ............ 176
TABELA 6-56: PERFIS DE SOLO IDENTIFICADOS NA AEL DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ........................................... 183
TABELA 6-57: UNIDADES DE MAPEAMENTO NA AEL DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .............................................. 184
TABELA 6-58: PESOS UTILIZADOS PARA AS CLASSES DE SOLO NA MODELAGEM. ..................................................................... 203
TABELA 6-59: PESOS UTILIZADOS PARA AS FAIXAS DE VALORES DO FATOR LS NA MODELAGEM. ............................................... 203
TABELA 6-60: PESOS UTILIZADOS PARA AS CLASSES DE VEGETAÇÃO, USO E COBERTURA DO SOLO NA MODELAGEM. ..................... 204
TABELA 6-61: PESOS UTILIZADOS PARA AS FAIXAS DE DISTÂNCIA EM RELAÇÃO A ESTRADAS NA MODELAGEM. ............................. 204
TABELA 6-62: PESOS UTILIZADOS PARA AS FAIXAS DE VALORES DO STREAM POWER INDEX NA MODELAGEM. .............................. 204
TABELA 6-63: PESOS UTILIZADOS PARA OS LITOTIPOS NA MODELAGEM. .............................................................................. 205
TABELA 6-64: CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA – RESULTADOS NUMÉRICOS PARA AS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS DA ÁREA DE
ESTUDO REGIONAL. ......................................................................................................................................... 230
TABELA 6-65: ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS IDENTIFICADAS NA REGIÃO EM ESTUDO. ............................................................. 231
TABELA 6-66: ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS SELECIONADAS NA REGIÃO EM ESTUDO. ............................................................. 233
TABELA 6-67: PRECIPITAÇÕES HISTÓRICAS TOTAIS MÉDIAS MENSAIS – ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS SELECIONADAS NA REGIÃO EM
ESTUDO. ........................................................................................................................................................ 235
TABELA 6-68: ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS IDENTIFICADAS NA REGIÃO EM ESTUDO. ............................................................. 236
TABELA 6-69: INDICAÇÃO DAS CORRELAÇÕES POSSÍVEIS. ................................................................................................. 240

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| vi


TABELA 6-70: ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS SELECIONADAS NA REGIÃO EM ESTUDO. ............................................................. 241
TABELA 6-71: TABELA RESUMO – COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO R²................................................................................. 244
TABELA 6-72: METODOLOGIA PARA PREENCHIMENTO DAS FALHAS DA SÉRIE CONSISTIDA – ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA HONÓRIO
BICALHO UNIFICADA. ....................................................................................................................................... 245
TABELA 6-73: DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS (M3/S) ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA HONÓRIO BICALHO UNIFICADA PREENCHIDA E
ESTENDIDA. .................................................................................................................................................... 247
TABELA 6-74: DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS (M3/S) ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA CARRAPATO (BRUMAL) ESTENDIDA. ................. 251
TABELA 6-75: DADOS PARA CURVA DE PERMANÊNCIA DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA HONÓRIO
BICALHO UNIFICADA. ....................................................................................................................................... 254
TABELA 6-76: DADOS PARA CURVA DE PERMANÊNCIA DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA CARRAPATO
(BRUMAL). ..................................................................................................................................................... 255
TABELA 6-77: DESCARGAS MÁXIMAS MÉDIAS ANUAIS ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA HONÓRIO BICALHO UNIFICADA. .................... 257
TABELA 6-78: DESCARGAS MÁXIMAS MÉDIAS ANUAIS ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA CARRAPATO (BRUMAL). ............................... 258
TABELA 6-79: QUANTIS MÁXIMOS PARA DIVERSOS TEMPOS DE RETORNO. ......................................................................... 259
TABELA 6-80: LOCAIS DE INUNDAÇÃO– MUNICÍPIO DE CAETÉ. ......................................................................................... 260
TABELA 6-81: LOCAIS DE INUNDAÇÃO– MUNICÍPIOS DE BARÃO DE COCAIS, CATAS ALTAS E SANTA BÁRBARA. .......................... 261
TABELA 6-82: VAZÕES MÍNIMAS (Q7,10). ..................................................................................................................... 262
TABELA 6-83: DESCARGA SÓLIDA EM SUSPENSÃO AFLUENTE ÀS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS DA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. .... 263
TABELA 6-84: DESCARGA SÓLIDA TOTAL AFLUENTE ÀS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS DA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. ................ 264
TABELA 6-85: OUTORGAS VIGENTES DE DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS. ............................................................. 265
TABELA 6-86: CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA E HIDROLÓGICA DE LONGO TERMO DAS SUB-BACIAS COMPONENTES DA AEL E ADA
DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ............................................................................................................ 268
TABELA 6-87: PONTOS DE MONITORAMENTO DE VAZÃO NA REGIÃO O PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ............................ 269
TABELA 6-88: CACHOEIRAS IDENTIFICADAS NA REGIÃO DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ........................................... 280
TABELA 6-89: USOS INSIGNIFICANTES DOS RECURSOS HÍDRICOS. ...................................................................................... 284
TABELA 6-90: OUTORGAS VIGENTES DE DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS. ............................................................. 284
TABELA 6-91: OUTORGAS COM USO CONSUNTIVO DE ÁGUA. ........................................................................................... 287
TABELA 6-92: INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE – SUB-BACIAS COM OUTORGAS DE USO CONSUNTIVO. .............................. 288
TABELA 6-93: CADASTRAMENTO DE NASCENTES – PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. COMPILAÇÃO HIDROVIA (2021).
COORDENADAS NO DATUM SIRGAS 2000 (UTM), ZONA 23S. .............................................................................. 290
TABELA 6-94: UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS E SISTEMA AQUÍFERO ASSOCIADO NA AER. .................................................. 301
TABELA 6-95: VALORES DE TRANSMISSIVIDADE E COEFICIENTES DE ARMAZENAMENTO EM MINERAÇÕES NO QUADRILÁTERO
FERRÍFERO...................................................................................................................................................... 308
TABELA 6-96: PIEZÔMETROS PRESENTES NA ÁREA DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. DATUM: SIRGAS 2000 (UTM) ZONA
23S. ............................................................................................................................................................. 313
TABELA 6-97: SISTEMAS E UNIDADES HIDROGEOLÓGICAS RECONHECIDAS NA ÁREA DE ESTUDO. ............................................... 317
TABELA 6-98: ANÁLISES DE VAZÕES ESPECÍFICAS DAS SUB-BACIAS NA ÁREA DE ESTUDO DO ESTUDO HIDROVIA, 2021. ................. 320
TABELA 6-99: LOCALIZAÇÃO, DESCRIÇÃO E COORDENADAS DOS PONTOS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. .. 332
TABELA 6-100: PARÂMETROS ANALISADOS NOS PONTOS NA REDE DE MONITORAMENTO DO IGAM. ....................................... 334
TABELA 6-101: PARÂMETROS ANALISADOS NOS PONTOS NA REDE DO CPRM. ..................................................................... 335
TABELA 6-102: PONTOS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS. ................................................................................... 337
TABELA 6-103: ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO DO PROJETO APOLO UMIDADE
NATURAL. ...................................................................................................................................................... 342
TABELA 6-104: PARÂMETROS DE ANÁLISE. ................................................................................................................... 344
TABELA 6-105: CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS E SEUS SIGNIFICADOS. ........................................ 348
TABELA 6-106: NÍVEL DE QUALIDADE. ......................................................................................................................... 350

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| vii


TABELA 6-107: RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DO IGAM (2019). ..................... 351
TABELA 6-108: PARÂMETROS QUE NÃO ATENDERAM AO LIMITE ESTABELECIDO NA LEGISLAÇÃO E RESULTADOS DOS ÍNDICES DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS. .................................................................................................................................... 353
TABELA 6-109: RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DO CPRM (2005). ..................... 354
TABELA 6-110: RESUMO DE VALORES MÍNIMOS, MÁXIMOS, MÉDIOS E NÚMERO DE NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS PARA CADA
SUB-BACIAS. ................................................................................................................................................... 356
TABELA 6-111:PARÂMETROS NÃO DETECTADOS. ........................................................................................................... 358
TABELA 6-112: RESUMO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DE CADA RIO AVALIADO NA ÁREA DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .. 391
TABELA 6-113: INFORMAÇÕES DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. ............................ 393
TABELA 6-114: PARÂMETROS, MÉTODOS DE ANÁLISE E LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO PARA ANÁLISE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. .. 395
TABELA 6-115: AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE AOS LIMITES LEGAIS DA RESOLUÇÃO CONAMA 396/2008 .......................... 402
TABELA 6-116: ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS PARÂMETROS DE MAIOR INTERESSE ................................................................. 413
TABELA 6-117: RESUMO DA AVALIAÇÃO DAS MEDIANAS PARA OS GRUPOS FORMADOS PELA ANÁLISE DE CLUSTER (AC). ............. 423
TABELA 6-118: MATRIZ DE CORRELAÇÃO DE SPEARMAN (P<0,05) CONSIDERANDO OS PRINCIPAIS ELEMENTOS. ......................... 424
TABELA 6-119: DADOS DE VAZÃO DAS NASCENTES ......................................................................................................... 438
TABELA 6-120: LISTA DE CAVIDADES REFERENTES AO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .................................................. 443

LISTA DE FIGURA
FIGURA 6-1: LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS. ............................................................................................ 24
FIGURA 6-2: ANTICICLONE SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL (A) AFETANDO O CLIMA NA PORÇÃO LESTE DO BRASIL, ESPECIALMENTE
NAS REGIÕES SUDESTE E NORDESTE. ...................................................................................................................... 26
FIGURA 6-3: ISOTERMAS MÉDIAS ANUAIS........................................................................................................................ 28
FIGURA 6-4: ISOTERMAS MÍNIMAS ANUAIS...................................................................................................................... 28
FIGURA 6-5: ISOTERMAS MÁXIMAS ANUAIS. .................................................................................................................... 28
FIGURA 6-6: ISOIETAS DE CHUVA ACUMULADA (MÉDIAS ANUAIS)......................................................................................... 30
FIGURA 6-7: ISOPLETAS DE EVAPORAÇÃO. ....................................................................................................................... 33
FIGURA 6-8: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA UMIDADE RELATIVA. ............................................................................................. 34
FIGURA 6-9: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA NEBULOSIDADE. .................................................................................................. 35
FIGURA 6-10: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INSOLAÇÃO....................................................................................................... 36
FIGURA 6-11: LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO ...................................................................................... 41
FIGURA 6-12: LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ........................................................................................... 42
FIGURA 6-13: LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .................................................................................. 42
FIGURA 6-14: LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DE RUÍDO E VIBRAÇÃO. .......................................................... 71
FIGURA 6-15: MAPA DE GEOLOGIA SIMPLIFICADA DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO E INSERÇÃO DA AER. ................................... 112
FIGURA 6-16: MAPA DE GEOLOGIA DAS ÁREAS DE ESTUDO REGIONAL E LOCAL. .................................................................. 113
FIGURA 6-17: MAPA DE GEOLOGIA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA. .............................................................................. 127
FIGURA 6-18: MAPA GEOLÓGICO SIMPLIFICADO DE TRECHO DA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO............................................... 128
FIGURA 6-19: SEÇÃO GEOLÓGICA VERTICAL ESQUEMÁTICA MOSTRANDO A ESTRATIGRAFIA E OS PRINCIPAIS TIPOS LITOLÓGICOS
EXISTENTES NA JAZIDA DE APOLO. ....................................................................................................................... 130
FIGURA 6-20: TIPOS DE ROCHAS RICAS EM FERRO ENCONTRADAS NA JAZIDA DE APOLO. ........................................................ 132
FIGURA 6-21: SEÇÕES GEOLÓGICAS VERTICAIS CONSTRUÍDAS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO DE FUROS DE SONDA. ....................... 133
FIGURA 6-22: SÓLIDOS POR EXTRUSÃO DOS POLÍGONOS DAS SEÇÕES HORIZONTAIS. (A) MODELO 3D COM A COBERTURA DE CANGA;
(B) MODELO 3D SEM COBERTURA DE CANGA. ....................................................................................................... 134
FIGURA 6-23: MAPA DE UNIDADES GEOTÉCNICAS. ........................................................................................................ 136

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| viii


FIGURA 6-24: MAPA DE PROCESSOS MINERÁRIOS DAS ÁREAS DE ESTUDO (SITUAÇÃO ATUAL DO PROCESSO). ........................... 151
FIGURA 6-25: MAPA DE PROCESSOS MINERÁRIOS NAS ÁREAS DE ESTUDO (SUBSTÂNCIA). ..................................................... 152
FIGURA 6-26: MAPA DA GEOMORFOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. ...................................................................... 157
FIGURA 6-27: PERFIS GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICOS DA ÁREA DE INSERÇÃO DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .......... 162
FIGURA 6-28: MAPA DE GEOMORFOLOGIA LOCAL. ........................................................................................................ 163
FIGURA 6-29: LOCALIZAÇÃO DA BACIA GANDARELA EM RELAÇÃO ÀS ESTRUTURAS DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL......... 170
FIGURA 6-30: REGISTRO DE ICNOFOSSIL NO PALEOLAGO GANDARELA - ICNOFÓSSIL (FODINICHNIA) ENCONTRADO NA FÁCIES ARGILITO
(AMOSTRA PROVENIENTE DO TESTEMUNHO FS4 À PROFUNDIDADE DE 59 M) .............................................................. 172
FIGURA 6-31: REGISTRO INDICATIVO DA PRESENÇA DE ANGIOSPERMAS NO PALEOLAGO GANDARELA - SEMENTE DE ANGIOSPERMA
DICOTILEDÔNEA ENCONTRADA NA FÁCIES ARGILITO ORGÂNICO (AMOSTRA PROVENIENTE DO TESTEMUNHO DE SONDAGEM FS 16
À PROFUNDIDADE DE 15,80M)........................................................................................................................... 172
FIGURA 6-32: ASPECTOS DA PALEOTOCA. A- GALERIA COM COLUNA DE SUSTENTAÇÃO. B-D- GALERIAS ESCAVADAS COM FEIÇÕES
ARREDONDADAS, INCLUINDO SUPERFÍCIES DE POLIMENTO EM D (DIÂMETROS C. 150 CM). E-F- SULCOS (MARCAS DE GARRAS)
NA PAREDE INDICANDO ATIVIDADE DE ANIMAL CAVADOR. FOTO EM B CORTESIA DE ALICE OKAWARA PARA RUCHKYS ET AL.,
2014. ........................................................................................................................................................... 173
FIGURA 6-33: MAPA DE SOLOS DA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. ...................................................................................... 178
FIGURA 6-34: UNIDADES DE MAPEAMENTO DA ÁREA DE ESTUDO LOCAL E DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA. .......................... 185
FIGURA 6-35. MAPA DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E MOVIMENTOS DE MASSA................................................................... 207
FIGURA 6-36. MODELO TRIDIMENSIONAL DO MAPA DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E MOVIMENTOS DE MASSA. LINK PARA ACESSAR O
MODELO 3D INTERATIVO: HTTP://TINY.CC/EROSAOMOVMASSAAPOLO - UTILIZAR NAVEGADOR GOOGLE CHROME E AGUARDAR
ALGUNS MINUTOS PARA CARREGAMENTO DO ARQUIVO. .......................................................................................... 208
FIGURA 6-37. MAPA DE SUSCETIBILIDADE A ALAGAMENTOS E ASSOREAMENTO. ................................................................... 215
FIGURA 6-38. MODELO EM 3D DAS ÁREAS MAIS SUSCETÍVEIS A ALAGAMENTO E ASSOREAMENTO. LINK PARA ACESSAR O MODELO 3D
INTERATIVO HTTPS://TINY.CC/ALAGAMENTO_ASSOREAMENTO - UTILIZAR NAVEGADOR GOOGLE CHROME E AGUARDAR ALGUNS
MINUTOS PARA CARREGAMENTO DO ARQUIVO....................................................................................................... 216
FIGURA 6-39: MAPA SÍNTESE DESTACANDO AS ÁREAS DE MAIOR SUSCETIBILIDADE À EROSÃO MOVIMENTOS DE MASSA, EROSÃO E
ASSOREAMENTO. ............................................................................................................................................. 217
FIGURA 6-40: UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. ....................... 224
FIGURA 6-41: CIRCUNSCRIÇÃO HIDROGRÁFICA – OU UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS – DO RIO DAS
VELHAS (SF5). ................................................................................................................................................ 225
FIGURA 6-42: CIRCUNSCRIÇÃO HIDROGRÁFICA – OU UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS – DO RIO
PIRACICABA (DO2). ......................................................................................................................................... 227
FIGURA 6-43: SUB-BACIAS COMPONENTES DA AER DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL E CONTEXTO HIDROGRÁFICO. ........ 229
FIGURA 6-44: HISTOGRAMA DE DADOS DE PRECIPITAÇÕES TOTAIS MÉDIAS DISPONÍVEIS NAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS
IDENTIFICADAS. ............................................................................................................................................... 232
FIGURA 6-45: MAPA DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS SELECIONADAS. .............................................................................. 234
FIGURA 6-46: HISTOGRAMA DE DADOS DE DESCARGAS MÉDIAS DISPONÍVEIS NAS ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS PRÉ-SELECIONADAS.
.................................................................................................................................................................... 239
FIGURA 6-47: MAPA DAS ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS SELECIONADAS. .............................................................................. 242
FIGURA 6-48: MAPA DO ZONEAMENTO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO PRÉVIO DO BRASIL. ........................................................ 263
FIGURA 6-49: SUB-BACIAS COMPONENTES DA AEL E ADA DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ..................................... 267
FIGURA 6-50: LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DE VAZÃO. ........................................................................ 270
FIGURA 6-51: DIAGRAMA DA LOCALIZAÇÃO DAS CACHOEIRAS E DAS ESTRUTURAS DO PROJETO. ............................................... 281
FIGURA 6-52: CACHOEIRAS IDENTIFICADAS NA ÁREA E IMEDIAÇÕES DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ........................... 282
FIGURA 6-53: OUTORGAS DE DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS............................................................................ 285
FIGURA 6-54: DISTRIBUIÇÃO DAS NASCENTES CADASTRADAS E REDE DE DRENAGEM. ............................................................. 296

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| ix


FIGURA 6-55: MAPA DE HIDROGEOLOGIA DAS ÁREAS DE ESTUDO. .................................................................................... 303
FIGURA 6-56: MAPAS DE ANÁLISES DE FLUXOS LATERAIS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ENTRE SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS. ................ 324
FIGURA 6-57: MAPA POTENCIOMÉTRICO, TOPOGRÁFICO E SEÇÃO VERTICAL. ....................................................................... 326
FIGURA 6-58: REDE DE MONITORAMENTO NA ÁREA DE ESTUDO REGIONAL. ......................................................................... 333
FIGURA 6-59: MAPA DE PONTO DE AMOSTRAGEM QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NA ÁREA DE ESTUDO DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL. ........................................................................................................................................ 338
FIGURA 6-60: MAPA DE PONTOS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUAS SUPERFICIAIS E USO DO SOLO NA ÁREA DE ESTUDO DO PROJETO APOLO
UMIDADE NATURAL. ........................................................................................................................................ 339
FIGURA 6-61: ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS. ................. 340
FIGURA 6-62: LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS........................... 394
FIGURA 6-63: DIAGRAMA DE PIPER PARA OS PONTOS LOCALIZADOS NO SISTEMA AQUÍFERO GANDARELA. ................................. 405
FIGURA 6-64: DIAGRAMA DE PIPER PARA OS PONTOS LOCALIZADOS NO SISTEMA AQUÍFERO CAUÊ (PARTE 01). .......................... 406
FIGURA 6-65: DIAGRAMA DE PIPER PARA OS PONTOS LOCALIZADOS NO SISTEMA AQUÍFERO CAUÊ (PARTE 02). .......................... 407
FIGURA 6-66: DIAGRAMA DE PIPER PARA OS PONTOS LOCALIZADOS NOS SISTEMAS AQUÍFEROS MOEDA E NOVA LIMA. ............... 408
FIGURA 6-67: DENDROGRAMA DAS 19 AMOSTRAS DE NASCENTES, CONSIDERANDO OS PARÂMETROS ALCALINIDADE, CA, MG, SO4-,
CL- E NA. ....................................................................................................................................................... 422
FIGURA 6-68: DENDROGRAMA DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (AL, FE E MN). ..................................................... 425
FIGURA 6-69: DENDROGRAMA DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (AL, FE, MN, PH E ALCALINIDADE). .......................... 427
FIGURA 6-70: HISTÓRICO DAS PROSPECÇÕES ESPELEOLÓGICAS NA REGIÃO DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. .................. 440
FIGURA 6-71: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL ESPELEOLÓGICO......................................................................................... 441
FIGURA 6-72: LOCALIZAÇÃO DAS CAVIDADES E DA PROPOSTA DE ÁREAS DE INFLUÊNCIA REFERENTES AO PROJETO APOLO UMIDADE
NATURAL. ...................................................................................................................................................... 445

LISTA DE FOTO
FOTO 6-1: ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO ................................................................................................................... 40
FOTO 6-2: APRESENTAÇÃO DO ANALISADOR E-BAM PLUS FABRICANTE: MET ONE INSTRUMENTS INC.
(HTTPS://METONE.COM/PRODUCTS/E-BAM-PLUS/). ................................................................................................ 40
FOTO 6-3: REGISTROS DE QUEIMA DE RESÍDUOS EM ÁREAS PRÓXIMAS À ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ............................. 50
FOTO 6-4: REGISTROS DA ÁREA DE ENTORNO À ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ............................................................. 59
FOTO 6-5: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV1. .............................................................................................................. 72
FOTO 6-6: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV2. .............................................................................................................. 72
FOTO 6-7: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV3. .............................................................................................................. 72
FOTO 6-8: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV4. .............................................................................................................. 72
FOTO 6-9: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV5. .............................................................................................................. 73
FOTO 6-10: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV6. ............................................................................................................ 73
FOTO 6-11: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV7. ............................................................................................................ 73
FOTO 6-12: PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA RV8. ............................................................................................................ 73
FOTO 6-13: VISTA PARA TRANSIÇÃO ENTRE GRUPO NOVA LIMA E GRUPOS CARAÇA (COM AFLORAMENTOS DE QUARTZITOS MOEDA E
FILITOS BATATAL NO ESCARPAMENTO., EM DIREÇÃO AO TOPO DA SERRA DO GANDARELA, ONDE OCORRE A CANGA. ............ 118
FOTO 6-14: DEPÓSITO ALUVIONAR NO CÓRREGO MAQUINÉ EM MEIO A AFLORAMENTOS DA UNIDADE MORRO VERMELHO, A JUSANTE
DO DIQUE 1-A. ............................................................................................................................................... 121
FOTO 6-15: ÁREA DA FUTURA CAVA - AFLORAMENTO DE ITABIRITOS DA FORMAÇÃO CAUÊ. .................................................... 124
FOTO 6-16: ÁREA DA FUTURA CAVA – DETALHE DE AFLORAMENTO DE ITABIRITOS DA FORMAÇÃO CAUÊ. .................................. 124
FOTO 6-17: ÁREA DA FUTURA CAVA - AFLORAMENTO DE COBERTURAS LATERÍTICAS FERRUGINOSAS (CANGA). ........................... 125

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| x


FOTO 6-18: ÁREA DA FUTURA CAVA – DETALHE DE AFLORAMENTO DE CANGA...................................................................... 125
FOTO 6-19: ÁREA APROXIMADA DA FUTURA PILHA DE ESTÉRIL B – GRUPO NOVA LIMA, UNIDADE MORRO VERMELHO. .............. 125
FOTO 6-20: ÁREA APROXIMADA DA FUTURA PILHA DE ESTÉRIL B – GRUPO NOVA LIMA, UNIDADE MORRO VERMELHO. .............. 125
FOTO 6-21: XISTO ESVERDEADO COM INTERCALAÇÃO DE METACHERT OCORRE NA UNIDADE MORRO VERMELHO AO LONGO DO EIXO.
FONTE: ERM, 2009. ....................................................................................................................................... 126
FOTO 6-22: AFLORAMENTO DE METACHERT E ITABIRITO. PONTO ONDE A CAMADA DE ITABIRITO CRUZA O EIXO DA FERROVIA. FONTE:
ERM, 2009. .................................................................................................................................................. 126
FOTO 6-23: VISTA PARA ÁREA QUE SERÁ UTILIZADA NO ACESSO AO PROJETO – ACESSO NORTE CAETÉ, EM MEIO A RELEVO COLINOSO
TÍPICO DO COMPLEXO CAETÉ. ............................................................................................................................ 126
FOTO 6-24: MORROS ALONGADOS DE TOPOS AGUDOS DO MACROCOMPARTIMENTO MORFOESTRUTURAL “MORRARIAS DO MÉDIO
RIO DAS VELHAS”. MAIS PRÓXIMO, TOPO DESMATADO PARA EXERCÍCIO DA PECUÁRIA. VERTENTES MAIS DECLIVOSAS E FUNDOS
DE VALE RECOBERTOS POR FLORESTA (PONTO POG10). .......................................................................................... 158
FOTO 6-25: VERTENTE FORMADA PELO RECORTE EROSIVO DAS ESTRUTURAS. É POSSÍVEL OBSERVAR, DELIMITADA PELAS LINHAS
VERMELHAS, A CRISTA MARCADA PELA EXPOSIÇÃO DA CAMADA DE LATERITA FERRUGINOSA SOB A FORMA DE CARAPAÇA (PONTO
POG19). ....................................................................................................................................................... 159
FOTO 6-26: PLATÔ DO GANDARELA COM TOPO SUSTENTADO POR CARAPAÇA LATERÍTICA (PONTO POG20). ............................. 160
FOTO 6-27: PATAMARES ESCALONADOS DO MACROCOMPARTIMENTO MORFOESTRUTURAL ESCARPAS DE CAETÉ-RANCHO NOVO
DEMARCADOS PELA LINHA VERMELHA (PONTO POG24). ......................................................................................... 161
FOTO 6-28: VERTENTES RETILÍNEAS A CÔNCAVAS DA UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DOS PATAMARES ESCALONADOS DA BORDA
OCIDENTAL DO SINCLINAL GANDARELA. TOPOS SUSTENTADOS POR QUARTZITOS E SOPÉS POR XISTOS E CONGLOMERADOS
(PONTO POG10). ........................................................................................................................................... 164
FOTO 6-29: MORRARIAS DA UNIDADE GEOMORFOLÓGICA FRONT EXTERNO DA SINCLINAL GANDARELA. PASTAGEM E CULTIVO NO
FUNDO DO VALE CARACTERIZANDO AMBIENTE RURAL. PARTES MAIS ELEVADAS AINDA RECOBERTAS POR FLORESTAS (PONTO
POG05). ....................................................................................................................................................... 165
FOTO 6-30: UNIDADE GEOMORFOLÓGICA FRONT DA ESCARPA DA SINCLINAL GANDARELA. CRISTA SUSTENTADA POR CANGA MAIS À
FRENTE. AO FUNDO, VERTENTES RETILÍNEAS EM FORMA TRIANGULAR E ANFITEATROS SUSPENSOS. COBERTURA VEGETAL
FORMADA POR UM MOSAICO FLORESTA-SAVANA (PONTO POG22). .......................................................................... 166
FOTO 6-31: UNIDADE GEOMORFOLÓGICA FRONT DA ESCARPA DA SINCLINAL GANDARELA. TOPO SUSTENTADO POR CANGA. É
POSSÍVEL OBSERVAR ANFITEATROS E VERTENTES RETILÍNEAS (PONTO POG21). ............................................................ 167
FOTO 6-32: UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DA ESCARPA REVERSA DA SINCLINAL GANDARELA (POG19). .................................. 168
FOTO 6-33: MORROS E SERROTES QUE COMPÕEM A REGIÃO DE TRANSIÇÃO ENTRE AS UNIDADES PATAMAR INTERNO DA SINCLINAL
GANDARELA E ESCARPA REVERSA DA SINCLINAL GANDARELA (PONTO POG17). ......................................................... 169
FOTO 6-34: DETALHE DAS CAMADAS DE LINHITO PRESENTES NA BACIA CENOZOICA DO GANDARELA EM FOTOGRAFIA DO ACERVO DA
AMPLO ENGENHARIA, OBTIDA EM 2011. ............................................................................................................. 171
FOTO 6-35: NEOSSOLOS LITÓLICOS ASSOCIADOS A AFLORAMENTOS ROCHOSOS. ................................................................... 179
FOTO 6-36: REGIÃO DE INSERÇÃO DE CAMBISSOLOS EM MÉDIA VERTENTE. ......................................................................... 182
FOTO 6-37: PERFIL DE ARGISSOLO AMARELO ALÍTICO ENDORREDÓXICO (PAS-16). ....................................................... 187
FOTO 6-38: PERFIL DE ARGISSOLO AMARELO DISTRÓFICO TÍPICO (PAS-07). ................................................................ 187
FOTO 6-39: AMBIENTE DE OCORRÊNCIA DOS ARGISSOLOS AMARELOS DISTRÓFICOS TÍPICOS. ........................................... 187
FOTO 6-40: AMBIENTE DE OCORRÊNCIA DOS AFLORAMENTOS ROCHOSOS E NEOSSOLOS LITÓLICOS........................................... 188
FOTO 6-41: PERFIL DE CAMBISSOLO HÁPLICO TB DISTROFÉRRICO LATOSSÓLICO (PAS-20). ............................................. 189
FOTO 6-42: CAMBISSOLO HÁPLICO TB DISTRÓFICO LATOSSÓLICO (PAS-12) ................................................................. 189
FOTO 6-43: PERFIL DE CAMBISSOLO HÁPLICO TB DISTRÓFICO LÉPTICO (PAS-15). ......................................................... 190
FOTO 6-44: AMBIENTE DE OCORRÊNCIA DOS CAMBISSOLOS HÁPLICOS TB DISTRÓFICOS LÉPTICOS. ................................... 190
FOTO 6-45. PERFIL DE CAMBISSOLO HÁPLICO TB DISTRÓFICO TÍPICO (PAS-13). .......................................................... 190
FOTO 6-46: PERFIL DE CAMBISSOLO HÚMICO TB DISTROFÉRRICO LATOSSÓLICO (PAS-04). ............................................ 191

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xi


FOTO 6-47: CANGA - COURAÇA FERRUGINOSA. ............................................................................................................. 192
FOTO 6-48: GLEISSOLO HÁPLICO TB EUTRÓFICO TÍPICO DESCRITO ATRAVÉS DE TRADAGEM (PAS-10). .............................. 192
FOTO 6-49: PERFIL DE LATOSSOLO BRUNO DISTRÓFICO TÍPICO (PAS-01). ................................................................... 193
FOTO 6-50: PERFIL DE LATOSSOLO VERMELHO (PAS-05). ........................................................................................ 194
FOTO 6-51: PERFIL DE LATOSSOLO VERMELHO DISTROFÉRRICO TÍPICO (PAS-21). ........................................................ 194
FOTO 6-52: PERFIL DE NEOSSOLO LITÓLICO DISTROÚMBRICO TÍPICO (PAS-02). ........................................................... 195
FOTO 6-53: PERFIL DE NITOSSOLO HÁPLICO DISTRÓFICO LATOSSÓLICO (PAS-17). ........................................................ 196
FOTO 6-54: PERFIL DE NITOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO LATOSSÓLICO (PAS-06). .................................................... 196
FOTO 6-55: PERFIL DE PLINTOSSOLO PÉTRICO CONCRECIONÁRIO ÊUTRICO (PAS-08). .................................................... 197
FOTO 6-56: AMBIENTE DE OCORRÊNCIA DOS PLINTOSSOLOS PÉTRICOS CONCRECIONÁRIOS ÊUTRICOS. .............................. 197
FOTO 6-57: RAVINAMENTOS NO LEITO DE UMA ESTRADA NA ÁREA DE ESTUDO. PONTO PAS-14S. .......................................... 201
FOTO 6-58: MOVIMENTO DE MASSA EM CORTE DE TERRENO LOCALIZADO NA MARGEM DE UMA ESTRADA AO SUL DA ÁREA DE ESTUDO
LOCAL, PORÉM FORA DELA. ................................................................................................................................ 201
FOTO 6-59: MOVIMENTO DE MASSA NA MARGEM DE UMA ESTRADA. PONTO PAG14. ......................................................... 208
FOTO 6-60: VOÇOROCA DESENVOLVIDA NA MARGEM DE UMA ESTRADA. NESTE PONTO O TERRENO COM CURVATURA CONVERGENTE
FAVORECE O ESCOAMENTO CONCENTRADO. FORAM VERIFICADAS EVIDÊNCIAS DE SOLAPAMENTO NAS ESCARPAS DA VOÇOROCA .
PONTO PAG17. .............................................................................................................................................. 209
FOTO 6-61: PLATÔ RECOBERTO POR CANGA / COURAÇA FERRUGINOSA. ............................................................................. 209
FOTO 6-62: ENTRE AS LINHAS VERMELHAS, CAMADA DE CANGA EM CRISTA. NOTAR A COBERTURA FLORESTAL NAS VERTENTES
ESCARPADAS. .................................................................................................................................................. 210
FOTO 6-63: ESCORREGAMENTO ROTACIONAL NO PONTO PAG-11. ................................................................................... 211
FOTO 6-64: INCISÃO DE CANAL DE DRENAGEM INTERMITENTE COM APROFUNDAMENTO EXPRESSIVO. PONTO PAG-16. ............. 212
FOTO 6-65: MOVIMENTO DE MASSA EM TALUDE DE BEIRA DE ESTRADA. PONTO PAS-20S .................................................... 213
FOTO 6-66: SULCOS E RAVINAS (PAS14S). .................................................................................................................. 213
FOTO 6-67: VGD-01-A - CÓRREGO GANDARELA. FONTE: MDGEO, 2020. ...................................................................... 359
FOTO 6-68: VGD-01 - CÓRREGO GANDARELA. FONTE: MDGEO, 2020. ......................................................................... 359
FOTO 6-69: VMQ-17 - CÓRREGO MAQUINÉ. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................... 359
FOTO 6-70: VCH-13-A - CÓRREGO CACHOEIRA. FONTE: MDGEO, 2020. ....................................................................... 359
FOTO 6-71: VCH-13 - CÓRREGO CACHOEIRA. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................... 359
FOTO 6-72: VL-11 - CÓRREGO OLHOS D’ÁGUA. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................ 359
FOTO 6-73: VOD-01-A - CÓRREGO OLHOS D’ÁGUA. FONTE: MDGEO, 2020. ................................................................. 360
FOTO 6-74: TRAVESSIA-A - RIBEIRÃO DA PRATA. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................ 360
FOTO 6-75: TRAVESSIA - RIBEIRÃO DA PRATA. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................... 360
FOTO 6-76: ALTERNATIVA-05 (ALT-05) - RIBEIRÃO DA PRATA. FONTE: MDGEO, 2020. .................................................... 360
FOTO 6-77: VL-12 - RIBEIRÃO DA PRATA. FONTE: MDGEO, 2020. ................................................................................ 360
FOTO 6-78: MV-11 - CÓRREGO SANTO ANTÔNIO. FONTE: MDGEO, 2020...................................................................... 368
FOTO 6-79: RL01 - RIBEIRÃO JUCA VIEIRA. FONTE: MDGEO, 2020. ............................................................................... 368
FOTO 6-80: VJV-21 - RIBEIRÃO JUCA VIEIRA. FONTE: MDGEO, 2020............................................................................. 368
FOTO 6-81: VJV-21-A - RIBEIRÃO JUCA VIEIRA. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................ 368
FOTO 6-82: RL02 - CÓRREGO ROÇA GRANDE. FONTE: VALE, 2015. ................................................................................ 368
FOTO 6-83: RL03 - CÓRREGO JACU. FONTE: VALE, 2015. .............................................................................................. 368
FOTO 6-84: MV-10 - CÓRREGO CORTESIA. .................................................................................................................. 375
FOTO 6-85: VSE-10 -AFLUENTE SEM NOME DO RIO BARÃO DE COCAIS. FONTE: MDGEO, 2020. ......................................... 380
FOTO 6-86: VSE-10-A - AFLUENTE SEM NOME DO RIO BARÃO DE COCAIS. FONTE: MDGEO, 2020. ..................................... 380
FOTO 6-87: VSE-10-A_B - RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO. FONTE: MDGEO, 2020. ................................................ 381
FOTO 6-88: VMG-01 - CÓRREGO MATO GROSSO. FONTE: MDGEO, 2020. .................................................................... 381

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xii


FOTO 6-89: VMC-05 - CÓRREGO MARIA CASIMIRA. FONTE: MDGEO, 2020. .................................................................. 381
FOTO 6-90: VVG-01 -CÓRREGO DO VIGÁRIO. FONTE: MDGEO, 2020. ........................................................................... 381
FOTO 6-91: VRP-11 - RIBEIRÃO PRETO. FONTE: MDGEO, 2020. .................................................................................. 381
FOTO 6-92: VRP19-20 - RIBEIRÃO PRETO. FONTE: MDGEO, 2020. .............................................................................. 381

LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 6-1: TEMPERATURA MÉDIA, MÁXIMA E MÍNIMA DA NORMAL CLIMATOLÓGICA (1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO
CONVENCIONAL DE BELO HORIZONTE. ................................................................................................................... 29
GRÁFICO 6-2: PRECIPITAÇÕES HISTÓRICAS TOTAIS MÉDIAS MENSAIS NAS ESTAÇÕES DA ANA (2020) E NORMAL CLIMATOLÓGICA
(1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO CONVENCIONAL DE BELO HORIZONTE. ............................................................... 30
GRÁFICO 6-3: EVAPORAÇÃO TOTAL DA NORMAL CLIMATOLÓGICA (1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO CONVENCIONAL DE BELO
HORIZONTE. ..................................................................................................................................................... 34
GRÁFICO 6-4: UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA COMPENSADA DA NORMAL CLIMATOLÓGICA (1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO
CONVENCIONAL DE BELO HORIZONTE. ................................................................................................................... 35
GRÁFICO 6-5: NEBULOSIDADE (DÉCIMOS) DA NORMAL CLIMATOLÓGICA (1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO CONVENCIONAL DE
BELO HORIZONTE. ............................................................................................................................................. 36
GRÁFICO 6-6: INSOLAÇÃO TOTAL MENSAL DA NORMAL CLIMATOLÓGICA (1981 A 2010) - DADOS DA ESTAÇÃO CONVENCIONAL DE
BELO HORIZONTE. ............................................................................................................................................. 37
GRÁFICO 6-7: ROSA DOS VENTOS PARA A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO. ............................................................................. 38
GRÁFICO 6-8: EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO .......................... 46
GRÁFICO 6-9: EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ................. 47
GRÁFICO 6-10: VARIAÇÃO MÉDIA HORÁRIA TÍPICA DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ... 47
GRÁFICO 6-11: VARIAÇÃO MÉDIA HORÁRIA TÍPICA DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO
DENTRO........................................................................................................................................................... 48
GRÁFICO 6-12: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS RESPIRÁVEIS - MP2,5 ................................... 48
GRÁFICO 6-13: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS INALÁVEIS - MP10 ....................................... 49
GRÁFICO 6-14: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO - PTS ....................... 49
GRÁFICO 6-15: EVOLUÇÃO DO IQAR FEAM DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ................................. 51
GRÁFICO 6-16: EVOLUÇÃO DO IQAR FEAM DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ........................ 51
GRÁFICO 6-17: EVOLUÇÃO DO IQAR GUIA TÉCNICO MMA DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ............. 52
GRÁFICO 6-18: EVOLUÇÃO DO IQAR GUIA TÉCNICO MMA DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .... 53
GRÁFICO 6-19: REGISTROS DE PLUVIOMETRIA ESTAÇÃO AUTOMÁTICA BELO HORIZONTE DO INMET ........................................ 55
GRÁFICO 6-20: EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ........................ 55
GRÁFICO 6-21: EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS HORÁRIAS DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ............... 56
GRÁFICO 6-22: VARIAÇÃO MÉDIA HORÁRIA TÍPICA DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ... 56
GRÁFICO 6-23: VARIAÇÃO MÉDIA HORÁRIA TÍPICA DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO
DENTRO........................................................................................................................................................... 57
GRÁFICO 6-24: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS RESPIRÁVEIS - MP2,5 ................................... 57
GRÁFICO 6-25: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS INALÁVEIS - MP10 ....................................... 58
GRÁFICO 6-26: COMPARAÇÃO PADRÃO CONAMA 491/2018 PARA PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO - PTS ....................... 58
GRÁFICO 6-27: EVOLUÇÃO DO IQAR FEAM DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO ................................. 60
GRÁFICO 6-28: EVOLUÇÃO DO IQAR FEAM DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO ........................ 61
GRÁFICO 6-29: GRÁFICO DE BOX PLOT DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO MORRO VERMELHO.................... 63
GRÁFICO 6-30: GRÁFICO DE BOX PLOT DAS MEDIÇÕES DE MATERIAL PARTICULADO - ESTAÇÃO ANDRÉ DO MATO DENTRO .......... 64

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xiii


GRÁFICO 6-31: SOM RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 76
GRÁFICO 6-32: SOM RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 76
GRÁFICO 6-33: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 76
GRÁFICO 6-34: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 77
GRÁFICO 6-35: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 77
GRÁFICO 6-36: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV1: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 78
GRÁFICO 6-37: SOM RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 80
GRÁFICO 6-38: SOM RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 80
GRÁFICO 6-39: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 80
GRÁFICO 6-40: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 81
GRÁFICO 6-41: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 81
GRÁFICO 6-42: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV2: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 82
GRÁFICO 6-43: SOM RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 84
GRÁFICO 6-44: SOM RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 84
GRÁFICO 6-45: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 84
GRÁFICO 6-46: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 85
GRÁFICO 6-47: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 85
GRÁFICO 6-48: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV3: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 86
GRÁFICO 6-49: SOM RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 88
GRÁFICO 6-50: SOM RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 88
GRÁFICO 6-51: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 88
GRÁFICO 6-52: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 89
GRÁFICO 6-53: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 89

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xiv


GRÁFICO 6-54: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV4: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 90
GRÁFICO 6-55: SOM RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 92
GRÁFICO 6-56: SOM RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 92
GRÁFICO 6-57: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 92
GRÁFICO 6-58: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 93
GRÁFICO 6-59: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 93
GRÁFICO 6-60: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV5: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 94
GRÁFICO 6-61: SOM RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 96
GRÁFICO 6-62: SOM RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 96
GRÁFICO 6-63: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ........................................................................................................ 96
GRÁFICO 6-64: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ......................................................................................... 97
GRÁFICO 6-65: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ..................................................................................................... 97
GRÁFICO 6-66: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV6: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ...................................................................................... 98
GRÁFICO 6-67: SOM RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ...................................................................................................... 100
GRÁFICO 6-68: SOM RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ................................................................................................... 100
GRÁFICO 6-69: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ...................................................................................................... 100
GRÁFICO 6-70: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ....................................................................................... 101
GRÁFICO 6-71: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ................................................................................................... 101
GRÁFICO 6-72: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV7: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. .................................................................................... 102
GRÁFICO 6-73: SOM RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ...................................................................................................... 104
GRÁFICO 6-74: SOM RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO LAEQ, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ................................................................................................... 104
GRÁFICO 6-75: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ...................................................................................................... 104
GRÁFICO 6-76: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX , COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: DIURNO ENTRE 07:01H E 22:00H. ....................................................................................... 105

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xv


GRÁFICO 6-77: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO IVII,MAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM SEGUNDO.
PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. ................................................................................................... 105
GRÁFICO 6-78: VIBRAÇÃO RESIDUAL. PONTO RV8: VARIAÇÃO TEMPORAL DO KBFMAX, COM TEMPO DE INTEGRAÇÃO DE UM
SEGUNDO. PERÍODO: NOTURNO ENTRE 22:01H E 07:00H. .................................................................................... 106
GRÁFICO 6-79: PROPORÇÃO QUE CADA CLASSE DE SOLO, CONSIDERANDO O SEGUNDO NÍVEL CATEGÓRICO, OCUPA NA AEL DO
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL. ................................................................................................................. 186
GRÁFICO 6-80: PROPORÇÃO DE CADA TIPO DE SOLO OU COBERTURA SUPERFICIAL NA ADA. ................................................... 198
GRÁFICO 6-81. PROPORÇÃO DA AEL EM CADA GRAU DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E MOVIMENTOS DE MASSA. ....................... 210
GRÁFICO 6-82. PROPORÇÃO DA AEL EM CADA GRAU DE SUSCETIBILIDADE A ALAGAMENTO E ASSOREAMENTO. .......................... 216
GRÁFICO 6-83: CURVA DE PERMANÊNCIA DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS. ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA HONÓRIO BICALHO
UNIFICADA. .................................................................................................................................................... 255
GRÁFICO 6-84: CURVA DE PERMANÊNCIA DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS. ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA CARRAPATO (BRUMAL). 256
GRÁFICO 6-85: PONTO DE MONITORAMENTO ALTERNATIVA-05. ..................................................................................... 271
GRÁFICO 6-86: PONTO DE MONITORAMENTO TRAVESSIA. .............................................................................................. 271
GRÁFICO 6-87: PONTO DE MONITORAMENTO VCH-13-A. ............................................................................................. 272
GRÁFICO 6-88: PONTO DE MONITORAMENTO VMQ-17................................................................................................ 272
GRÁFICO 6-89: PONTO DE MONITORAMENTO VL11. ..................................................................................................... 273
GRÁFICO 6-90: PONTO DE MONITORAMENTO VJV-21. .................................................................................................. 273
GRÁFICO 6-91: PONTO DE MONITORAMENTO VJV-21-A. .............................................................................................. 274
GRÁFICO 6-92: PONTO DE MONITORAMENTO MV-10. .................................................................................................. 274
GRÁFICO 6-93: PONTO DE MONITORAMENTO MV-11. .................................................................................................. 275
GRÁFICO 6-94: PONTO DE MONITORAMENTO TRAVESSIA-A. ........................................................................................... 275
GRÁFICO 6-95: PONTO DE MONITORAMENTO VCH-13. ................................................................................................ 276
GRÁFICO 6-96: PONTO DE MONITORAMENTO VMC-05. ................................................................................................ 276
GRÁFICO 6-97: PONTO DE MONITORAMENTO VSE-10................................................................................................... 277
GRÁFICO 6-98: PONTO DE MONITORAMENTO VRP19-20. ............................................................................................. 277
GRÁFICO 6-99: PONTO DE MONITORAMENTO VRP-11. ................................................................................................. 278
GRÁFICO 6-100: PONTO DE MONITORAMENTO VMG-01. ............................................................................................. 278
GRÁFICO 6-101: PONTO DE MONITORAMENTO VVG-01. ............................................................................................... 279
GRÁFICO 6-102: GRÁFICOS DE DADOS HISTÓRICOS DE PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E COTA DE NÍVEL DE ÁGUA. ...................... 314
GRÁFICO 6-103: SEPARAÇÃO DO ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO E SUPERFICIAL PARA O RIBEIRÃO DA PRATA (ALT-05). ................ 328
GRÁFICO 6-104: VARIAÇÃO DA VAZÃO E PLUVIOMETRIA NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA ENTRE 2018 E 2020 ................ 361
GRÁFICO 6-105: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PH NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ................................ 362
GRÁFICO 6-106: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ....... 362
GRÁFICO 6-107: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE DBO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ............................. 363
GRÁFICO 6-108: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FÓSFORO TOTAL NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ............... 363
GRÁFICO 6-109: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IET NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA....................... 364
GRÁFICO 6-110: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA
PRATA. .......................................................................................................................................................... 364
GRÁFICO 6-111: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE TURBIDEZ NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA......................... 365
GRÁFICO 6-112: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE SÓLIDOS SUSPENSOS NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ......... 365
GRÁFICO 6-113: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FERRO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ........... 366
GRÁFICO 6-114: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE MANGANÊS TOTAL NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ............ 366
GRÁFICO 6-115: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE ALUMÍNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA. ...... 367
GRÁFICO 6-116: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IQA NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DA PRATA...................... 367

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xvi


GRÁFICO 6-117: VARIAÇÃO DA VAZÃO E PLUVIOMETRIA NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ ENTRE 2018 E 2020. FONTE MDGEO,
2020. ........................................................................................................................................................... 369
GRÁFICO 6-118: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PH NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. ................................... 370
GRÁFICO 6-119: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ........... 370
GRÁFICO 6-120: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IET NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. ........................ 371
GRÁFICO 6-121: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE DBO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. ................................ 371
GRÁFICO 6-122: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FÓSFORO TOTAL NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ................... 372
GRÁFICO 6-123: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE SUBSTÂNCIAS TENSOATIVAS NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ.... 372
GRÁFICO 6-124: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ.
.................................................................................................................................................................... 373
GRÁFICO 6-125: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FERRO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. .............. 374
GRÁFICO 6-126: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE MANGANÊS TOTAL NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ................ 374
GRÁFICO 6-127: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE ARSÊNIO TOTAL NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. ................... 374
GRÁFICO 6-128: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IQA NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO SABARÁ. ....................... 375
GRÁFICO 6-129: VARIAÇÃO DA VAZÃO E PLUVIOMETRIA NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA ENTRE 2018 E 2020. FONTE:
MDGEO, 2020. ............................................................................................................................................ 376
GRÁFICO 6-130: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PH NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. ................................ 376
GRÁFICO 6-131: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA........ 377
GRÁFICO 6-132: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IET NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. ..................... 377
GRÁFICO 6-133: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE SÓLIDOS SUSPENSOS NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. ......... 378
GRÁFICO 6-134: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE TURBIDEZ NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. ....................... 378
GRÁFICO 6-135: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FERRO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. ........... 379
GRÁFICO 6-136: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE MANGANÊS TOTAL NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA............. 379
GRÁFICO 6-137: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IQA NA SUB-BACIA DO CÓRREGO CORTESIA. .................... 380
GRÁFICO 6-138: VARIAÇÃO DA VAZÃO E PLUVIOMETRIA NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO ENTRE 2018 E 2020.
FONTE MDGEO, 2020. ................................................................................................................................... 382
GRÁFICO 6-139: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PH NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO. ......... 383
GRÁFICO 6-140: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO
JOÃO. ............................................................................................................................................................ 383
GRÁFICO 6-141: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE DBO NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO. ...... 384
GRÁFICO 6-142: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IET NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO.
.................................................................................................................................................................... 384
GRÁFICO 6-143: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE FÓSFORO TOTAL NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO
JOÃO. ............................................................................................................................................................ 385
GRÁFICO 6-144: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE
COCAIS OU SÃO JOÃO....................................................................................................................................... 385
GRÁFICO 6-145: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE TURBIDEZ NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO. . 386
GRÁFICO 6-146: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE SÓLIDOS SUSPENSOS NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO
JOÃO. ............................................................................................................................................................ 386
GRÁFICO 6-147: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE MANGANÊS TOTAL NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO
JOÃO. ............................................................................................................................................................ 387
GRÁFICO 6-148: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE ALUMÍNIO DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU
SÃO JOÃO. ..................................................................................................................................................... 388
GRÁFICO 6-149: BOXPLOT DE DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DO ÍNDICE IQA NA SUB-BACIA DO RIO BARÃO DE COCAIS OU SÃO JOÃO.
.................................................................................................................................................................... 388

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xvii


GRÁFICO 6-150: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS ALUMÍNIO, FERRO, MANGANÊS, SÍLICA, PH, OXIGÊNIO
DISSOLVIDO, POTENCIAL REDOX E FLUORETO. ....................................................................................................... 410
GRÁFICO 6-151: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS ALCALINIDADE, CÁLCIO TOTAL, CONDUTIVIDADE ELÉTRICA,
MAGNÉSIO TOTAL, CLORETO, SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS, SÓDIO DISSOLVIDO E SÓDIO TOTAL. ................................. 411
GRÁFICO 6-152: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS COLIFORMES TERMOTOLERANTES, E.COLI, NITRATO,
TURBIDEZ, SULFATO ......................................................................................................................................... 412
GRÁFICO 6-153: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS ALUMÍNIO, FERRO, MANGANÊS, ALCALINIDADE, CÁLCIO,
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA, MAGNÉSIO, SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS, PARA CADA FORMAÇÃO GEOLÓGICA .................... 418
GRÁFICO 6-154: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS OXIGÊNIO, PH. POTENCIAL REDOX, SÍLICA, SULFATO,
TURBIDEZ, SÓDIO, FLUORETO, PARA CADA FORMAÇÃO GEOLÓGICA. .......................................................................... 419
GRÁFICO 6-155: GRÁFICOS BOXPLOTS GERADOS PARA OS PARÂMETROS, COLIFORMES TERMOTOLERANTES E.COLI E NITRATO, PARA
CADA FORMAÇÃO GEOLÓGICA. ........................................................................................................................... 420
GRÁFICO 6-156: GRÁFICOS BOXPLOTS DOS PARÂMETROS ALCALINIDADE, CA, MG, SO4-, CL- E NA PARA CADA UM DOS SEIS GRUPOS
FORMADO NA ANÁLISE DE CLUSTER (AC), ............................................................................................................ 423
GRÁFICO 6-157: BOXPLOTS DOS GRUPOS FORMADOS PELO DENDROGRAMA CONSIDERANDO OS RESULTADOS DE AL, FE E MN. .... 426
GRÁFICO 6-158: BOXPLOTS DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO, POTENCIAL REDOX E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA PARA OS GRUPOS FORMADOS
NA AC. .......................................................................................................................................................... 426
GRÁFICO 6-159: GRÁFICOS DE BARRA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS PARA TODAS AS NASCENTES EM ESTUDO. ............................. 437
GRÁFICO 6-160: PERCENTUAL DE CAVERNAS DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL POR GRAU DE RELEVÂNCIA FINAL. ............ 442

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| xviii


6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO

6.1 APRESENTAÇÃO E DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO

O diagnóstico ambiental do meio físico apresentado a seguir considera uma análise das
seguintes temáticas:

As Áreas de Estudo abrangem o território suficiente para caracterizar as variáveis


ambientais de meio físico, de forma que, partindo-se deste limite geográfico devidamente
caracterizado seja possível somá-lo às características do projeto de engenharia do
empreendimento e a avaliação de impactos ambientais para possibilitar a definição das

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 19


áreas de influência. Assim, essas Áreas de Estudo compreendem os espaços geográficos
delimitados considerando-se as áreas potencialmente interferidas pelo empreendimento
proposto, nas quais as investigações e levantamentos de dados primários e secundários
foram desenvolvidos para a consolidação do diagnóstico ambiental. Para definição destas
áreas utilizou-se os seguintes conceitos:

▪ Área Diretamente Afetada (ADA): corresponde a todas as áreas a serem submetidas


às intervenções decorrentes da implantação e operação do Projeto Apolo Umidade
Natural, ou seja, as áreas que serão alteradas para abrigar especificamente as
atividades previstas. Estas áreas compreendem essencialmente os locais a serem
ocupados pelas seguintes estruturas: cavas, pilhas de estéril, usina de
beneficiamento, ramal ferroviário, diques e sumps para contenção de sedimentos,
acessos a serem implantados, oficinas, escritórios e demais estruturas que integram
o projeto.
▪ Área de Estudo Local (AEL): compreende as áreas a serem ocupadas pelas
estruturas do empreendimento (Área Diretamente Afetada – ADA), acrescida do seu
entorno imediato, conforme os critérios adotados para a delimitação, permitindo a
realização de levantamento e análises mais detalhadas, envolvendo as coletas de
dados primários em campo.
▪ Área de Estudo Regional (AER): engloba a AEL e amplia esse espaço geográfico
com o objetivo de compreender a dinâmica e a relação dos fatores ambientais em
uma escala regional.
▪ Área de Estudo Única: quando o tema abrange uma metodologia única e suficiente
para subsidiar a posterior definição das Áreas de Influência Indireta e Direta no
capítulo de Avaliação de Impactos Ambientais, ocorre nos diagnósticos de Clima e
Meteorologia, Qualidade do Ar e Ruído e Vibração.

As descrições das Áreas de Estudo para cada bloco temático estão abordadas na sequência
e seus limites se encontrarão representados nos respectivos mapas contidos nos
diagnósticos ambientais que serão apresentados na sequência.

A Área de Estudo Local (AEL) utilizada para a caracterização do terreno (geomorfologia,


geologia, geotecnia, pedologia, suscetibilidade a ocorrência de processos erosivos, recursos
minerais e recursos hídricos) abrange porções de cursos de água que integram as bacias
hidrográficas do rio das Velhas e do rio Piracicaba. A sua delimitação utilizou como marcos
geográficos de referência o talvegue de drenagens e divisores de água em toda a área da
mina e estruturas associadas, na maior parte da AEL, exceto no entorno das áreas que
abrangem estruturas com distribuição predominantemente lineares (acessos e ramal
ferroviário), onde foram delimitados buffers. Abrange os cursos d’água que drenam a área
do projeto.

No domínio da bacia hidrográfica do rio das Velhas, a porção oeste da AEL tem por limite o
ribeirão da Prata até a sua confluência com o córrego Olhos d’Água, afluente da margem
direita. Segue então pela bacia do córrego Olhos d’Água abrangendo suas cabeceiras até
atravessar o interflúvio do córrego Santo Antônio, e passa a acompanhar o buffer de 250
metros do Acesso Norte Caeté. Em toda a extensão do eixo ferroviário do Ramal Apolo,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 20


corresponde a um buffer de 500 metros, até alcançar as cabeceiras do córrego da Paula,
afluente do ribeirão Juca Vieira. A utilização, a priori, de uma faixa de igual largura ao longo
de todo o traçado do Ramal Ferroviário deve-se principalmente à linearidade do
empreendimento, como também a utilização da malha viária existente, a abertura de
acessos às plataformas e a intervenção ao longo da faixa de domínio.

O limite segue no interflúvio de águas do córrego da Paula até atingir o divisor de águas do
córrego Maria Casimira, já na bacia do rio Piracicaba. A partir desse ponto, segue pelo
interflúvio do córrego Mato Grosso e do ribeirão Preto, abarcando a sua zona de cabeceiras
de drenagem. Estas sub bacias foram escolhidas devido à proximidade da cava em relação
aos setores de nascentes, e tomando como base para definição dos limites, a necessidade
de reconhecer as condições dessas bacias adjacentes a operação da mina do projeto.

Já a Área de Estudo Regional (AER), ainda para as temáticas afeitas as características de


terreno, o limite inclui áreas das bacias hidrográficas do rio das Velhas e do rio Piracicaba,
tendo seus limites expandidos em relação à AEL nas porções leste, oeste e norte, e foi
também delimitada considerando os divisores de água.

Na porção da bacia do rio das Velhas a AER foi definida como: em seu limite oeste, a área
representada por parte da sub bacia do ribeirão da Prata a montante da confluência com o
córrego Olhos d’Água. Na porção norte, engloba parte das cabeceiras do córrego Santo
Antônio, do córrego Caeté e do ribeirão Juca Vieira.

Na porção leste, já na bacia do rio Piracicaba, a AER compreende as drenagens do córrego


Maria Casimira e do córrego Mato Grosso, até o desague no rio São João ou Cocais. O
limite sul da AER, a partir do divisor de águas do ribeirão Preto, coincide com o limite da
AEL.

Considerando o diagnóstico de Hidrologia a AER foi expandida de modo a considerar as


seguintes sub-bacias: Rio São João ou Barão de Cocais; Ribeirão Preto; Ribeirão da Prata;
Ribeirão Juca Vieira; Ribeirão Santo Antônio e Córrego Caeté. A utilização de um contexto
hidrográfico mais amplo auxilia na determinação indireta dos valores de descargas extremas
em seções das bacias mais próximas ao projeto onde não existem informações do regime
dos cursos d’água com longas séries de dados, além de propiciar o estabelecimento de
relações e comparações entre dados hidrológicos conhecidos, servindo como referência
para o processo de seleção das estações pluviométricas e fluviométricas utilizadas.

Na sequência estão apresentadas as temáticas cuja referência espacial para elaboração do


diagnóstico é uma Área de Estudo (AE).

Para Clima e Meteorologia a delimitação da AE compreende o espaço geográfico


representado no quadrante do mapa das estações utilizadas, que abrange o conjunto de
estações climatológicas que possuem dados disponíveis atualizados e localizam-se em
áreas com similaridade altimétrica em relação à área onde se insere o projeto, tratando-se
de um tema cuja abordagem é regional devido a disponibilidade dos dados e ao
comportamento atmosférico, o qual se apresenta similar nestas áreas, conforme
demonstrado na análise dos dados.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 21


Considerando as especificidades da temática Qualidade do Ar foi delimitada uma Área de
Estudo única considerando que o estudo desse tema possui uma abordagem regional, se
baseando em uma área maior devido à utilização de dados de estações meteorológicas da
região, delimitou-se uma área de estudo de 40 x 40km, mesma área utilizada para realizar a
avaliação do estudo de dispersão atmosféricas.

Para a temática Ruído e Vibração também é considerada uma Área de Estudo única,
composta pelas aglomerações de receptores humanos potencialmente atingidos, guardando
relação com os pontos identificados como sensíveis no Diagnóstico do Meio
Socioeconômico.

6.2 CLIMATOLOGIA

6.2.1 METODOLOGIA

A caracterização climática e meteorológica foi realizada em um contexto regional, com vistas


ao conhecimento do comportamento normal da atmosfera, o qual é indicativo das condições
de tempo dominantes. Tais condições de tempo, aferidas através dos elementos climáticos
(temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, pressão atmosférica, etc.) são resultado
da atuação dos sistemas atmosféricos em associação às características da superfície,
destacadamente o relevo e o uso do solo. A dinâmica atmosférica regional, substanciada na
identificação e descrição dos principais sistemas atmosféricos atuantes na porção central de
Minas Gerais foi realizada com base no referencial bibliográfico e técnico disponível
(ERM/2008).

A Organização Meteorológica Mundial recomenda o emprego, sempre que possível, de série


de dados meteorológicos correspondentes a, no mínimo, 30 anos consecutivos de registro,
que em geral são considerados suficientes para a caracterização climática de uma área.

A caracterização abrange as características de precipitação, evaporação, temperatura,


umidade relativa, insolação total, nebulosidade total e direção do vento.

Para descrição do comportamento climático foram utilizadas as normais climatológicas do


INMET para a estação convencional mais próxima da área onde se pretende implantar o
Projeto Apolo Umidade Natural (Estação de Belo Horizonte, Código 83.587) a fim de obter-
se, em linhas gerais, o comportamento esperado das variáveis supracitadas ao longo dos
meses, sendo possível prever, por exemplo, quando são esperados períodos mais ou
menos intensos em termos de cada uma delas. Também foram utilizadas as representações
gráficas das Normais Climatológicas de 1981-2010 compiladas pelo Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET, 2018), com base nos dados das estações que compõem sua rede.

Para a caracterização da precipitação também foram utilizados os dados dos pluviômetros


da Agência Nacional da Água (ANA) situados no entorno da área do projeto. As estações da
ANA foram utilizadas de acordo com os períodos de registro disponíveis, estes períodos
encontram-se apresentados na Tabela 6-1, destacando-se a compatibilidade com o item
Hidrologia. Foram ainda utilizados dados dos pluviômetros da mina de Gongo Soco e de
Apolo da Vale e Rio Acima, com base na compilação de Hidrovia (2021).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 22


Tabela 6-1: Estações Pluviométricas.
Dados Consistidos Dados Brutos
Coordenadas Altitude Disponíveis
Código Disponíveis
da Nome Município
Estação Latitude Longitude
(m) Início Fim Início Fim
(S) (W)
Mineração
01943000 Morro Nova Lima -19.9792º -43.85º 770 Out/1941 Nov/2003 Jan/1885 Jul/2018
Velho

01943006 Sabará Sabará -19.8931º -43.815º 720 Jun/1941 Dez/2005 Jun/1941 Out/2020

Santa Santa
01943007 -19.9453º -43.4011º 748 Nov/1941 Dez/2005 Nov/1941 Out/2020
Bárbara Bárbara

01943010 Caeté Caeté -19.9028º -43.6664º 825 Jul/1941 Dez/2005 Jul/1941 Ago/2020

02043016 Rio Acima Rio Acima -20.0919º -43.7919º 730 Jun/1941 Set/1957 Mai/1937 Set/1957

Colégio Santa
02043022 -20.2167º -43.5667º 1.300 Nov/1941 Dez/1965 Nov/1941 Dez/1965
Caraça Bárbara

Conceição
Santa
02043023 do Rio -20.0667º -43.5833º 805 Nov/1941 Dez/1965 Nov/1941 Dez/1965
Bárbara
Acima

Colégio Santa
02043059 -20.0969º -43.4881º 1.300 Jan/1983 Dez/2005 Mar/1983 Set/2020
Caraça Bárbara

Fonte: ANA, 2021.

A Figura 6-1 apresenta o conjunto das estações meteorológicas cujos dados foram
utilizados para compor o diagnóstico.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 23


610000 620000 630000 640000 650000 660000
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®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMI
DADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM; Edit AMPLO, 2020); Projeto Apolo (VALE, 2021); Estações (ANA) e Área
de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição das Estações Meteorológicas
1:200.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 24/08/2021 A3 AP_mf_estacoes_meteorologicas_A3_v04
6.2.2 RESULTADOS

6.2.2.1 CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA REGIONAL

O conhecimento das características climáticas da região onde se pretende alocar o


empreendimento tem como objetivo fornecer informações fundamentais e subsídios para as
avaliações temáticas relacionadas aos diversos componentes dos meios físico, biótico e
socioeconômico, devido ao condicionamento que os fatores climáticos exercem sobre estes.

6.2.2.1.1 CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN-GEIGER

O clima da região do empreendimento, pela classificação de Köppen-Geiger (Strahler-


Strahler, 1989), é do tipo Cwb – tropical de altitude, com verões quentes e úmidos e a
estação seca bem definida, sendo os meses de outubro a abril, úmidos, e os de maio a
setembro, relativamente secos. A cobertura vegetal da região, de acordo com os mapas e
descrições dos domínios morfoclimáticos da América do Sul, segundo Aziz Ab’Saber (1971),
situa-se na condição de transição entre os domínios Tropical Atlântico e dos Cerrados.

6.2.2.1.2 EFEITOS DO REGIME CLIMÁTICO DE LARGA ESCALA

O município de Caeté, por sua localização geográfica, sofre a influência de fenômenos


meteorológicos de larga escala, de latitudes médias e tropicais, que imprimem à região
características de um clima de transição. Segundo o trabalho de Nimer (1979) predominam
sobre o Estado de Minas Gerais perturbações meteorológicas que se deslocam de sul, de
leste e de oeste. Duas estações climáticas bem definidas podem ser identificadas como:
uma seca e outra chuvosa.

A estação seca é observada no outono e no inverno. No inverno predomina a atuação da


Frente Polar Atlântica (FPA) e do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). Este atua
com circulação continental antes do sistema frontal atingir o Estado, causando forte
estabilidade atmosférica. Após a passagem dos sistemas frontais, a massa de ar
predominante do sul do continente avança até o centro do Estado, provocando queda de
temperatura.

A estação chuvosa é observada na primavera e no verão, quando o Anticiclone Subtropical


do Atlântico Sul atua predominantemente sobre o oceano. As regiões Leste, Nordeste e
Sudeste do Estado de Minas sofrem, então, forte influência de sistemas convectivos
associados ao aquecimento continental. Segundo Moreira (2002), estes sistemas,
conhecidos como Linhas de Instabilidade, são constituídos por nuvens denominadas
cumulunimbus, organizadas em linhas ou em curva. Estas linhas formam um sistema
associado à circulação de escala sinótica. Nimer (1979) afirma que as linhas de instabilidade
são comuns no interior do Brasil, em especial nos meridianos de 45º a 40ºW, sendo muito
frequentes durante o verão e raras durante o inverno. Estas linhas podem provocar
significativa precipitação. As Linhas de Instabilidade, originadas da continentalidade, afetam

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 25


a região da Grande Belo Horizonte e são intensificadas pela circulação de vale-montanha
com reflexos diretos sobre a região do empreendimento.

Segundo Abreu (1998), as Linhas de Instabilidades Tropicais (ITs) estão relacionadas aos
núcleos de baixa pressão, originários do aquecimento continental. Elas são equivalentes às
correntes perturbadas de oeste, as quais foram identificadas no trabalho de Nimer (1979).
Estas depressões podem associar-se à convergência que se verifica no lado equatorial dos
sistemas frontais. A partir dessa associação ao norte da Frente Polar, intensifica-se a
formação das ITs sobre o continente. Depois de formadas elas se deslocam lentamente
podendo permanecer estacionárias. Moreira (2002) afirma que à medida que a Frente Polar
avança para o Equador, as ITs se deslocam para E, ou mais comumente para SE,
anunciando nuvens pesadas e geralmente chuvas tipicamente tropicais. Esta situação
favorece a ocorrência de tempestades severas, que se formam geralmente à tarde e à noite.

Um aspecto importante da circulação do ar sobre a latitude de Caeté foi apontado por


Moreira (2002). Segundo este autor, o sentido predominante do vento na região é do
quadrante leste/nordeste devido à ação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul conforme
ilustrado na Figura 6-2. Porém, em seu trabalho, a análise interanual dos ventos mostrou
que alguns anos da série de dados não obedeciam a este padrão, tendo sido observado o
predomínio de ventos do quadrante norte/oeste, associados a anomalias positivas de
precipitação mensal.

Finalmente observa-se que os sistemas de ventos locais também atuam sobre a área do
empreendimento resultante da circulação de brisa entre as encostas que circundam os
municípios limítrofes de Caeté e a depressão onde grande parte da região se localiza, sendo
originada pelo aquecimento e resfriamento diferenciados das encostas.

Figura 6-2: Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (A) afetando o clima na porção leste do Brasil,
especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste.
Fonte: Oliveira, S. (2008).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 26


Observa-se que os sistemas de ventos locais também atuam sobre a área do
empreendimento. Esses sistemas são resultado da circulação de brisa entre as encostas
que circulam os municípios limítrofes de Caeté e a depressão topográfica, onde grande
parte da região se localiza. Essa circulação de brisa ocorre devido ao aquecimento e
resfriamento diferenciados das encostas que fazem parte da topografia complexa da região.

6.2.2.1.3 EFEITOS DO REGIME CLIMÁTICO DE MESO ESCALA

Os fenômenos meteorológicos de mesoescala representam uma interface entre os


fenômenos de larga escala e os de microescala, com reflexos diretos na baixa atmosfera.

A região do Projeto Apolo Umidade Natural encontra-se a aproximadamente 400 km da


costa oceânica. O empreendimento localiza-se no limite entre o Quadrilátero Ferrífero e a
Depressão Topográfica da Grande Belo Horizonte, principais conjuntos morfo-estruturais da
região.

Resumidamente pode-se afirmar que o clima do Estado de Minas Gerais, com ênfase na
área do projeto, é determinado por vários fatores, como a circulação geral da atmosfera e a
influência de sistemas de meso-escala e escala local, tais como o Anticiclone Subtropical do
Atlântico Sul, os sistemas frontais, sua topografia, etc.

O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul atua sobre a região estudada durante todo o ano,
intensificando sua magnitude durante os meses de inverno. A circulação dos ventos
oriundos deste anticiclone gera ventos de leste e nordeste. Durante o verão, observa-se
uma persistência dos ventos de oeste, noroeste e sudoeste provenientes do continente.
Ventos de sudeste e sul também são observados, particularmente relacionados à presença
de sistemas frontais.

6.2.2.2 CLIMATOLOGIA LOCAL: ANÁLISE DOS PARÂMETROS


METEOROLÓGICOS

6.2.2.2.1 TEMPERATURA

A Figura 6-3, Figura 6-4 e a Figura 6-5 apresentam as isotermas médias, mínimas e
máximas anuais compiladas pelo INMET com base nos dados das Normais Climatológicas
da rede de estações distribuídas no território nacional, publicadas em 2018 para o período
de 1981 a 2010. Trata-se do conjunto de temperaturas médias medidas na rede de estações
meteorológicas do INMET.

Observa-se no mapa de distribuição espacial das isotemperaturas médias anuais que a


faixa de temperatura de 20 a 22º C domina sobre a área do Projeto Apolo Umidade Natural.
Com relação às isotemperaturas mínimas anuais domina a faixa de temperatura de 16 a 18º
C e, para as isotemperaturas máximas anuais, a faixa de temperatura de 27 a 29º C.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 27


Figura 6-3: Isotermas médias anuais.
Fonte: INMET, 2021.

Figura 6-4: Isotermas mínimas anuais. Figura 6-5: Isotermas máximas anuais.
Fonte: INMET, 2021. Fonte: INMET, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 28


O Gráfico 6-1 apresenta os dados da série da Normal Climatológica da estação Belo
Horizonte (1981 a 2010), sendo esperadas as maiores temperaturas em dezembro, janeiro,
fevereiro e março e as menores temperaturas em maio, junho, julho e agosto na região. A
média do período corresponde a 21,1°C, correspondendo a faixa representada acima nas
isotermas médias.

Gráfico 6-1: Temperatura Média, Máxima e Mínima da Normal Climatológica (1981 a 2010) - Dados
da estação convencional de Belo Horizonte.
Fonte: INMET, 2021.

6.2.2.2.2 PRECIPITAÇÃO

Os valores históricos médios mensais encontram-se apresentados na Tabela 6-2 e no


Gráfico 6-2. A distribuição da ocorrência das chuvas nas estações pluviométricas
selecionadas é semelhante ao comportamento da Normal Climatológica. Ao se analisar os
dados médios históricos de precipitação, pode-se observar que os valores médios mensais
registrados apresentam um comportamento muito semelhante, sendo identificado um
período chuvoso de novembro a janeiro e meses mais secos correspondendo a Junho,
Julho e Agosto. Observou-se também que os maiores índices pluviométricos ocorrem nos
meses de primavera e verão e os baixos índices são verificados no final do outono e,
sobretudo, nos meses de inverno.

Tabela 6-2: Precipitações Históricas Totais Médias Mensais – Pluviômetros ANA.


Conceição
Mineração Santa Colégio Colégio
Sabará Caeté Rio Acima do Rio
Meses Morro Velho Bárbara Caraça Caraça
(01943006) (01943010) (02043016) Acima
(01943000) (01943007) (02043022) (02043059)
(02043023)
Janeiro 287,7 277,2 275,8 276,9 207,0 340,8 284,8 359,6
Fevereiro 190,6 173,1 178,5 169,4 170,5 266,9 176,8 224,7
Março 167,4 168,7 169,5 155,7 165,9 227,0 155,7 224,4
Abril 63,1 59,8 58,8 54,2 46,2 84,5 62,2 92,6
Maio 29,5 28,0 27,6 26,9 21,5 34,9 29,7 44,6
Junho 13,0 11,2 14,3 11,6 12,7 16,5 14,7 13,4
Julho 11,3 10,5 11,1 10,1 3,9 15,9 7,9 11,4
Agosto 12,3 9,6 13,9 11,0 4,5 11,8 8,3 18,1
Setembro 43,6 40,5 42,9 43,7 30,4 35,2 31,6 57,1
Outubro 124,8 115,8 106,6 109,1 99,6 162,0 101,7 124,7
Novembro 236,7 227,8 216,6 217,6 159,2 261,3 213,2 284,7
Dezembro 341,1 333,0 305,8 330,9 302,6 465,0 348,0 471,5
MÉDIA 126,8 121,3 118,4 118,1 102,0 160,2 119,5 160,6
TOTAL 1.521 1.455 1.421 1.417 1.224 1.922 1.434 1.927

Fonte: ANA, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 29


Gráfico 6-2: Precipitações Históricas Totais Médias Mensais nas estações da ANA (2020) e Normal
Climatológica (1981 a 2010) - Dados da estação convencional de Belo Horizonte.
Fonte: ANA, 2021 e INMET, 2021.

A Figura 6-6 mostra a distribuição espacial da chuva com a localização aproximada do


Projeto Apolo Umidade Natural, apresentando as isoietas de chuva acumulada (médias
anuais).

Figura 6-6: Isoietas de chuva acumulada (médias anuais).


Fonte: INMET, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 30


Por meio dessa representação tem-se que os totais pluviométricos acumulados na área do
Projeto ficam entre 1.450 e 1.650 mm, médios anuais. Para as estações pluviométricas da
ANA identificadas em áreas mais próximas ao empreendimento (dados apresentados na
Tabela 6-2) nota-se que os valores variam no entorno desta faixa, havendo ultrapassagens
significativas destes valores apenas para as estações situadas na Serra Caraça.

Os registros de precipitação utilizados pela Vale para caracterizar o regime pluvial no local
do Projeto Apolo Umidade Natural referem-se à série histórica mensal de duas estações
pluviométricas da Vale, sendo uma localizada na Mina Gongo Soco e operada no período
compreendido entre agosto de 2000 e agosto de 2011 e a outra localizada na região da
futura mina de Apolo, com registros entre setembro de 2011 até dezembro de 2020, bem
como também foi utilizada uma estação pertencente ao CEMADEN (Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), localizada em Rio Acima, com dados a
partir de 2020, conforme dados observados na Tabela 6-3. A série foi compilada por
Hidrovia (2021).

Conforme indicam os dados citados, o período seco concentra-se entre abril e setembro e o
chuvoso entre outubro e março. Observa-se que a precipitação apresenta uma queda desde
2012 até os dias atuais e que os anos hidrológicos 2012/2013 e 2014/2015, ambos do
pluviômetro de Apolo, apresentam valores anômalos de precipitação em relação aos demais
anos.

Comparando estes valores com o do pluviômetro de Gongo Soco, verifica-se que


provavelmente existe uma anomalia nos dados nestes anos hidrológicos. Neste sentido o
modelo hidrogeológico de referência – que será apresentado adiante – para este EIA não
considera estes resultados na média geral de precipitação plurianual no valor de 1.533
mm/ano que foi adotada no modelo, relativa ao período dos anos hidrológicos analisados.
Este valor é coerente com o valor verificado em média anual acima com os dados das
estações analisadas anteriormente (ANA e INMET).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 31


Tabela 6-3: Dados pluviométricos locais.
Ano Período Período
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Total
hidrológico chuvoso seco
Estação Mina Gongo Soco
1999 - 2000 - - - - - - - - - - 36 89 - 125* -
2000 - 2001 94 307 277 223 50 137 12 27 4 17 21 83 1087 165 1251
2001 - 2002 177 309 482 484 269 112 53 13 0 0 10 60 1832 136 1968
2002 - 2003 69 211 616 851 135 131 9 23 0 0 40 17 2014 89 2103
2003 - 2004 35 171 322 430 375 106 111 44 3 55 0 0 1438 213 1651
2004 - 2005 74 172 448 334 156 350 47 46 19 20 6 109 1534 247 1781
2005 - 2006 24 368 310 136 193 405 25 19 10 26 19 62 1436 162 1598
2006 - 2007 99 222 349 280 208 46 54 24 3 12 0 16 1202 109 1311
2007 - 2008 164 179 300 347 262 259 130 1 6 0 34 164 1511 334 1845
2008 - 2009 77 233 808 484 191 225 124 9 62 0 31 163 2018 389 2407
2009 - 2010 292 299 725 150 39 232 82 46 20 3 0 48 1736 199 1935
2010 - 2011 161 380 299 354 59 345 87 1 17 0 2 8 1598 114 1712
Estação Apolo
2011 - 2012 122 95 439 291 75 113 49 50 25 5 12 16 1135 158 1293
2012 - 2013 80 165 77 241 57 109 2 58 36 5 5 43 730* 149* 879*
2013 - 2014 115 122 305 83 27 153 91 25 12 83 7 2 806 221 1028
2014 - 2015 87 264 97 26 0 1 0 22 1 38 0 38 474* 100* 574*
2015 - 2016 42 32 157 436 52 177 26 6 59 0 1 60 895 153 1048
2016 - 2017 15 250 262 97 215 53 26 42 5 0 1 20 892 93 985
2017 - 2018 14 0 39 186 152 117 27 21 2 3 67 61 508 180 687
2018 - 2019 148 168 196 84 192 98 87 84 6 0 0 33 887 211 1097
2019 - 2020 52 184 204 611 286 384 83 31 1 18 14 23 1721 170 1891
Estação Rio Acima
2020 - 2021 0 0 327 142 358 663 - - - - - - 1489 - 1489
Análise de máxima, média e mínima
Máxima 292 380 808 851 375 663 130 84 62 83 67 164 2018 389 2407
Média 92 197 335 299 159 201 56 30 14 14 15 53 1347 186 1533
Mínima 0 0 39 26 0 1 0 1 0 0 0 0 508 89 687

* Valores considerados anômalos.


Fonte: Hidrovia, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 32


6.2.2.2.3 EVAPORAÇÃO

A Figura 6-7 apresenta os resultados da análise climatológica da evaporação realizada pelo


INMET (2018) com a série das Normais Climatológicas da Evaporação. Na rede do INMET a
evaporação é medida com o equipamento conhecido como “Evaporímetro de Piche”. Como
não há estações que coletem estes dados especificamente na área do empreendimento não
foi possível avaliar o regime mensal do comportamento da evaporação na área do
empreendimento.

Figura 6-7: Isopletas de evaporação.


Fonte: INMET, 2021.

Observa-se que a evaporação média anual sobre a área do projeto é da ordem de 1.250
mm a 1.500 mm. Considerando que o total anual de precipitação acumulada de acordo com
os dados da normal climatológica da estação Belo Horizonte corresponde a
aproximadamente 1.600 mm, nota-se que há um superávit de vapor d’água na região.

O comportamento da evaporação na faixa de latitude da área do Projeto Apolo Umidade


Natural é tipicamente o de clima dependente da variabilidade sazonal do campo da pressão,
da temperatura, da radiação solar e da altitude. O Gráfico 6-3 apresenta os dados de
evaporação total (mm) mensais considerando como fonte de dados a estação do INMET
(Belo Horizonte). Estes dados demonstram que os maiores registros guardam uma
tendência climatológica de ocorrer nos meses de agosto e setembro. Neste período, o
crescente aumento da radiação solar incidente sobre o hemisfério sul, combinado à
nebulosidade ainda baixa, favorecem a entrada de radiação de ondas curtas (menos
obstáculos para chegar à superfície) forçando a evaporação do vapor d’água presente na
atmosfera. Esta situação contrasta fortemente com aquela verificada entre dezembro e

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 33


fevereiro. Nesse período o aumento da nebulosidade é significativo, como será observado
na sequência do diagnóstico.

Gráfico 6-3: Evaporação total da Normal Climatológica (1981 a 2010) - Dados da estação
convencional de Belo Horizonte.
Fonte: INMET, 2021.

6.2.2.2.4 UMIDADE RELATIVA DO AR

A Figura 6-8 apresenta a distribuição espacial das isopletas de umidade relativa média anual
sobre o estado de Minas Gerais, realizado com a série das Normais Climatológicas.
Observa-se que a umidade sobre a área do projeto oscila entre 76% e 80%. Esse resultado
reflete o elevado índice pluviométrico dominante na região.

Figura 6-8: Distribuição espacial da umidade relativa.


Fonte: INMET, 2021.

O Gráfico 6-4 apresenta os dados de Umidade Relativa do Ar Média Compensada


elaborado com base nos dados da Normal Climatológica da estação de Belo Horizonte. O
comportamento da Umidade Relativa do Ar tende a ser mais elevado nos períodos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 34


correspondentes aos maiores acumulados de chuva e às maiores temperaturas, que
favorecem a saturação do ar. Nos meses de junho, julho, agosto e setembro observam-se a
diminuição e transição em direção ao aumento da temperatura. A média no período
corresponde a 67,2%, aproximando-se das isopletas, mas demonstrando a variação local da
umidade relativa.

Gráfico 6-4: Umidade Relativa do Ar Média Compensada da Normal Climatológica (1981 a 2010) -
Dados da estação convencional de Belo Horizonte.
Fonte: INMET, 2021.

6.2.2.2.5 NEBULOSIDADE

A Figura 6-9 mostra a distribuição espacial da nebulosidade elaborada pelo INMET a partir
dos dados da sua rede de estações climatológicas. A nebulosidade é medida em décimos
por parte de céu coberto em cada estação climatológica. Observa-se que a nebulosidade
sobre a área do projeto é de 6 a 7 décimos. Esse resultado reflete o elevado índice de
convecção que transporta verticalmente o vapor d’água da superfície para manutenção do
teto de nebulosidade moderada.

Figura 6-9: Distribuição espacial da nebulosidade.


Fonte: INMET, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 35


O Gráfico 6-5 ilustra as médias de cobertura do céu a cada mês por meio da estação mais
próxima do Projeto, com dados do INMET (1981 a 2010). Os períodos com tendências
maiores de nebulosidade são observados nos meses de maior precipitação e maiores
temperaturas. No inverno, em junho, julho e agosto são observadas as menores
porcentagens de cobertura do céu devido à estabilidade climática observada. Esse
comportamento é similar ao esperado para a região.

Gráfico 6-5: Nebulosidade (décimos) da Normal Climatológica (1981 a 2010) - Dados da estação
convencional de Belo Horizonte.
Fonte: INMET, 2021.

6.2.2.2.6 INSOLAÇÃO

A insolação corresponde ao intervalo efetivo de horas em que há brilho solar. A Figura 6-10
mostra a distribuição espacial da insolação elaborada pelo INMET (2018). Observa-se que a
insolação total na Normal Climatológica (1981 a 2010) esperada sobre a área do projeto é
de aproximadamente 2.100 a 2.200 horas por ano.

Figura 6-10: Distribuição espacial da insolação.


Fonte: INMET, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 36


O Gráfico 6-6 apresenta o comportamento esperado, indicando uma tendência de maior
duração do brilho solar durante os meses em que há menor nebulosidade, o que facilita o
alcance da superfície terrestre. O maior valor (241,5 horas de brilho solar) é observado em
agosto, sendo recorrente ao longo de todo o inverno, e o menor (153,3 horas de brilho solar)
ocorre em dezembro, se prolongando, também, durante o período do verão.

Gráfico 6-6: Insolação Total Mensal da Normal Climatológica (1981 a 2010) - Dados da estação
convencional de Belo Horizonte.
Fonte: INMET, 2021.

6.2.2.2.7 VENTO

A dominância temporal de atuação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul na região


central de Minas Gerais conduz à predominância de ventos da porção leste, situação
recorrente ao longo do ano, tanto no período seco quanto no úmido. Sendo assim o
comportamento dos ventos também se assemelha ao identificado no dado de direção da
Normal Climatológica utilizada como referência: Leste, de janeiro a outubro e Nordeste, de
novembro a dezembro.

Adicionalmente, convém ressaltar que esses dados também são coniventes com os
apresentados no Estudo de Dispersão Atmosférica (Ecosoft, 2021) e cuja rosa dos ventos
resultante encontra-se retratada abaixo (Gráfico 6-7), para o período compreendido entre
01/01/2017 e 31/12/2019, tendo sido obtida por meio de modelagem meteorológica de
mesoescala (WRF). A rosa indica a predominância de ventos de leste, como esperado para
a região.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 37


Gráfico 6-7: Rosa dos ventos para a região do empreendimento.
Fonte: Ecosoft, 2021.

6.2.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Conforme as informações apresentadas neste capítulo pode-se concluir que, segundo a


classificação de Köppen-Geiger, o clima da região é do tipo Cwb – tropical de altitude, com
verões amenos e estação seca bem definida, sendo os meses de outubro a abril, úmidos, e
os de maio a setembro, relativamente secos.

A estação chuvosa é observada na primavera e no verão, quando o Anticiclone Subtropical


do Atlântico Sul atua predominantemente sobre o oceano. As regiões Leste, Nordeste e a
Sudeste do estado de Minas Gerais sofrem, então, forte influência de sistemas convectivos
sazonais associados ao aquecimento continental. A média anual de chuva registrada na
Normal Climatológica é de 1.602,6 mm, valor coerente com o dado local obtido nas estações
da Vale: 1.638 mm (Hidrovia, 2021). O mês mais chuvoso é dezembro e o mês de junho é o
mais seco. Os baixos índices pluviométricos ocorrem no final do outono e nos meses de
inverno. A temperatura média anual das Normais Climatológicas do INMET é 21,1ºC; a
média das máximas é cerca de 27ºC e a média das mínimas corresponde a 18ºC.

Convém ressaltar que a condição geomorfológica do local de implantação do Projeto Apolo


Umidade Natural não permite a simples extrapolação dos parâmetros, pois as estações se
posicionam em condições diferentes das existentes na área do Quadrilátero Ferrífero.
Contudo, as longas séries das estações que se situam, muitas vezes, em condições
análogas de altitude possibilitam o diagnóstico de uma espécie de comportamento esperado
das variáveis climatológicas, bem como, os dados das estações da Vale situadas no local
conferem um maior grau de assertividade às médias consideradas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 38


6.3 QUALIDADE DO AR

6.3.1 METODOLOGIA

A caracterização da qualidade do ar para a área do Projeto Apolo Umidade Natural foi


realizada com base nos relatórios de duas campanhas de monitoramento ambiental
desenvolvidos pela empresa EcoSoft Consultoria e Softwares Ambientais Ltda, utilizando
estações automáticas instaladas nas localidades de Morro Vermelho (Caeté-MG) e André do
Mato Dentro (Santa Bárbara-MG). A Campanha 1 (Ecosoft, 2020a) foi realizada entre
09/07/2020 e 10/09/2020, correspondente ao período seco, e a Campanha 2 (Ecosoft,
2020b), entre os dias 27/10/2020 e 23/12/2020, correspondente ao período chuvoso,
conforme climatologia típica observada na região.

Este documento apresenta na íntegra os resultados obtidos pela Ecosoft em relação às


análises das concentrações dos poluentes monitorados (MP2,5, MP10 e PTS), com
representações gráficas e estatísticas de suas medições contínuas e descrição das
atividades técnicas realizadas no período.

6.3.1.1 REDE DE MONITORAMENTO E ANALISADORES

Os pontos de monitoramento foram definidos pela VALE com o apoio da EcoSoft durante
visita nas localidades no dia 25/06/2020. Após definição dos pontos de monitoramento e
negociação da equipe de comunicação da VALE com a comunidade, os locais foram
liberados e a instalação das estações foi realizada pela EcoSoft no dia 09/07/2020 em Morro
Vermelho (conclusão de montagem e início do monitoramento às 16:30) e no dia 10/07/2020
em André do Mato Dentro (conclusão de montagem e início do monitoramento às 18:30). As
informações dos locais escolhidos e registro fotográficos das estações instaladas são
apresentados na Foto 6-1.

As estações foram estruturadas com analisadores contínuos automáticos de monitoramento


material particulado (Analisador Met One modelo E-BAM Plus), realizando medições 24
horas por dia das concentrações de MP2,5, MP10 e PTS na atmosfera. O certificado de
calibração encontra-se apresentado nos Anexos do Volume 2 (ANEXO I - Certificado de
Calibração dos Analisadores de Materiais Particulados – EBAM PLUS).

O analisador E-BAM Plus utiliza o princípio de atenuação de raios beta para fornecer uma
determinação simples da concentração de massa de partículas presentes na atmosfera. Um
pequeno elemento de C14 (<60 µCi) emite uma quantidade constante de elétrons de alta
energia, também conhecida como partículas beta. Estas partículas são detectadas por um
contador de cintilações colocado próximo a essa fonte. Uma bomba externa succiona uma
quantidade controlada de ar da atmosfera fazendo-o passar através de uma fita filtrante.
Esta fita, impregnada com a poeira do ambiente, é colocada entre a fonte e o detector,
causando atenuação do sinal de medição das partículas beta. O grau de atenuação do sinal
de partículas beta é utilizado para medir a concentração de material particulado na fita, onde
a concentração volumétrica de material particulado no ar ambiente e expressada em mg/m3
ou µg/m3.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 39


O analisador E-BAM Plus é certificado pela United States Environmental Protection Agency
(US-EPA), sendo aceito mundialmente como um método equivalente ao de referência
definido pela legislação ambiental vigente no Brasil. A Foto 6-2 e a Tabela 6-4 a seguir
apresentam o analisador E-BAM Plus e suas características técnicas

Estação Morro Vermelho Estação André do Mato Dentro

Local: Escola Municipal Anézia Maria Pinheiro Local: Escola Municipal Raimundo Linhares
Coordenadas: -19.952279° ; -43.699918° Coordenadas: -19.993614° ; -43.637567°
Foto 6-1: Estações de Monitoramento
Fonte: Ecosoft, 2020a

Foto 6-2: Apresentação do Analisador E-BAM Plus Fabricante: Met One Instruments Inc.
(https://metone.com/products/e-bam-plus/).

Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 40


Tabela 6-4: Especificações do E-BAM Plus

Faixa de Medição 0 - 10.000 μg/m3


(2σ) (1 hora) menos que 10 μg/m3
Limite Inferior de Detecção
(2σ) (24 horas) menos que 2 μg/m3
Exatidão Excede os padrões PM10 de Classe III da US-EPA
Ciclo de medição 1 Hora
2 canais; optoisolados; 0-1 VDC, 0-2,5 VDC, 0-5VDC - Configurado no switch.
Saídas Analógicas
4-20 mA
Padrão 1 canal RS 232 e USB (saída compartilhada com a serial)
Porta de Comunicação
Taxas de transmissão: 1200, 2400, 4800, 9600, 19200, 38400, 57600, 115200
Temperatura de Operação -25 a 50º C
Alimentação 100/115/230 VAC – 50/60 Hz.
Interface com usuário Tela de 4.3” Touch Screen
Modelo 597 com monitoramento de Temperatura Ambiente (TA), Umidade
Sensores Ambientais Relativa (UR) e Pressão Atmosférica (PA).
TA: -50° C a 70° C; UR: 0 a 98%; PA: 375 to 825 mmHg

Fonte: Ecosoft, 2020a

A Figura 6-11, Figura 6-12 e Figura 6-13, a seguir apresentam as localizações das estações
em Morro Vermelho e André do Mato Dentro.

Estação Morro Vermelho

Estação André do Mato Dentro

Figura 6-11: Localização das Estações de Monitoramento


Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 41


Estação Morro Vermelho

Figura 6-12: Localização da Estação Morro Vermelho


Fonte: Ecosoft, 2020a

Estação André do Mato Dentro

Figura 6-13: Localização da Estação André do Mato Dentro


Fonte: Ecosoft, 2020a

6.3.1.2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL

Com o objetivo de estabelecer estratégias para o controle, preservação e recuperação da


qualidade do ar, válidas para todo o território nacional, conforme previsto na Lei nº
6.938/1981, foi instituído o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR)
pela Resolução CONAMA nº 05/1989.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 42


Com base nesta norma, foi editada em 28/06/1990 a Resolução CONAMA nº 03/1990. Esta
resolução estabelece padrões de qualidade do ar, métodos de amostragem e análise dos
poluentes atmosféricos, assim como níveis de qualidade atinentes a um plano de
emergência para episódios críticos de poluição do ar, visando providências dos governos
estaduais e municipais, com o objetivo de prevenir grave e iminente risco à saúde pública.

Em 19/11/2018 foi publicada a Resolução CONAMA nº 491/2018, que revoga a Resolução


CONAMA nº 03/1990 e os itens 2.2.1 e 2.3 da Resolução CONAMA nº 05/1989. Assim,
desde novembro de 2018, em todo o Brasil aplicam-se os padrões de qualidade do ar
definidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018.

A Tabela 6-5 apresenta os padrões de qualidade do ar vigentes. Nota-se que na Resolução


CONAMA nº 491/2018 os padrões foram estabelecidos em 4 níveis sequenciais
progressivos, padrões intermediários 1 a 3 (PI) e padrão final (PF) e a primeira etapa a partir
da publicação da resolução compreende os padrões de qualidade do ar intermediários PI-1.

Tabela 6-5: Padrões de Qualidade do Ar - Resolução CONAMA nº 491/2018


RESOLUÇÃO CONAMA 491/2018
Tempo de Padrões Intermediários Padrão Final
POLUENTE
Média [µg/m³] [µg/m³]
PI-1 PI-2 PI-3 PF
24 horas 60 50 37 25
Material Particulado - MP2.5
Anual 1 20 17 15 10
24 horas 120 100 75 50
Material Particulado - MP10
Anual 1 40 35 30 20
Partículas Totais em Suspensão - 24 horas - - - 240
PTS Anual 2 - - - 80

Notas:
1. Média aritmética anual
2. Média geométrica anual
Fonte: Ecosoft, 2020a

A Resolução CONAMA nº 491/2018 apresenta também o índice de qualidade do ar (IQAr)


que estabelece valores de concentrações somente para a faixa N1-Boa, com limite superior
igual ao valor de concentração do padrão final (PF) de cada poluente. Como previsto e
estabelecido no artigo 8º da resolução, essa estrutura inicial do IQAr foi complementada
pelo Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar, publicado em
14/04/2020 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), contendo, dentre outros, a
sistematização do cálculo e a definição das demais faixas do índice de qualidade do ar.

Portanto, considerando a definição e regulamentação das demais faixas do IQAr pelo Guia
Técnico, neste relatório é apresentado os resultados com base no IQAr definido e ainda
divulgado no site da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e com base no IQAr
definido pelo Ministério do Meio Ambiente, divulgado em maio/2020 (Guia Técnico).

O índice de qualidade do ar traduz de forma qualitativa os valores das concentrações de


diversos poluentes atmosféricos. É obtido por meio de uma função linear segmentada que

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 43


relaciona as concentrações dos poluentes com as faixas de IQAr, resultando em um número
adimensional que classifica a qualidade do ar da região monitorada.

A Tabela 6-6 e Tabela 6-7, apresentam, respectivamente, a estrutura e a distribuição do


IQAr para os poluentes MP2,5, MP10 e PTS definido pela FEAM e a estrutura e a distribuição
do IQAr para os poluentes MP2,5 e MP10 definido pelo Guia Técnico.

Ressalta-se que os valores da faixa Boa do IQAr da FEAM e do Guia Técnico são iguais
para MP10 e MP2,5 e que o Guia Técnico não estabelece IQAr para o PTS.

Tabela 6-6: Estrutura e Distribuição do Índice de Qualidade do Ar (IQAr) Estabelecido pela


FEAM - MG
MP2,5 [µg/m³] MP10 [µg/m³] PTS [µg/m³]
Qualidade Índice
24h 24h 24h
Boa 0 - 40 0 - 25 0 - 50 0 - 240
Regular > 40 - 96 > 25 - 60 > 50 - 120 > 240 - 285
Inadequada > 96 - 144 > 60 - 90 > 120 -180 > 285 - 330
Ruim > 144 - 200 > 90 - 125 > 180 - 250 > 330 - 375
Péssima > 200 > 125 > 250 > 375

Fonte: Ecosoft, 2020, adaptado de FEAM (2019).

Tabela 6-7: Estrutura e Distribuição do Índice de Qualidade do Ar (IQAr) Estabelecido pelo Guia
Técnico - MMA
MP2,5 [µg/m³] MP10 [µg/m³]
Qualidade Índice
24h 24h
N1 - Boa 0 - 40 0 - 25 0 - 50
N2 - Moderada 41 - 80 > 25 - 60 > 50 - 120
N3 - Ruim 81 - 120 > 60 - 90 > 120 -180
N4 – Muito Ruim 121 - 200 > 90 - 125 > 180 - 250
N5 - Péssima 201 - 400 > 125 > 250

Fonte: Ecosoft, 2020, adaptado do Guia Técnico do MMA (Brasil, 2020).

O Guia Técnico do MMA traz considerações também quanto aos critérios de


representatividade temporal dos dados de qualidade do ar, visando garantir que as perdas
ou ausências dos dados, quem podem ocorrer em monitoramentos contínuos da qualidade
do ar (falhas no funcionamento dos analisadores, no sistema de armazenamento de dados,
no suprimento de energia, entre outros), não comprometam a interpretação dos resultados.

Portanto, neste relatório as médias horárias, diárias e mensais apresentadas são geradas
conforme os critérios de representatividade temporal dos dados previstos no Guia Técnico
(Tabela 6-8). As médias horárias e diárias que não atendem aos critérios são
automaticamente invalidadas pelo sistema e desconsideradas das análises gráficas e
estatísticas. Para as médias mensais e anuais (janeiro a dezembro), quando não
alcançarem a representatividade requerida, serão apresentadas nos gráficos com as
devidas ressalvas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 44


Tabela 6-8: Tempo Mínimo de Amostragem para Representatividade do Dados de
Qualidade do Ar

Tipo de Média Critério de Validação


Média horária 3/4 das médias válidas na hora
Média diária 2/3 das médias válidas no dia
Média mensal* 2/3 das médias diárias no mês
Média anual 1/2 das médias diárias válidas em cada quadrimestre (jan-abr; mai-ago e set-dez)

* Em casos específicos da necessidade de utilização de dados mensais, deve ser utilizado o critério de validação dos
dados especificados na Tabela 6-8. Esse critério não deve ser utilizado para validação da média anual.

Fonte: Guia Técnico do MMA (Brasil, 2020).

6.3.2 RESULTADOS

6.3.2.1 CAMPANHA 1

O resumo descritivo com análises estatísticas das concentrações médias horárias dos
poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS registradas pelas estações Morro Vermelho e
André do Mato Dentro no período de 10/07/2020 a 09/09/2020 é apresentado na Tabela 6-9.

Considerando a não representatividade para geração de médias 24 horas para os dias


09/07/2020 e 10/09/2020, as médias horárias iniciais (dia 09/07/2020) e finais (dia
10/09/2020) do monitoramento não foram consideradas para as análises apresentadas.

Tabela 6-9: Resumo Estatístico das Médias Horárias de Material Particulado

Estação Morro Vermelho Estação André do Mato Dentro


Parâmetros Estatísticos
(MP2,5) (MP10) (PTS) (MP2,5) (MP10) (PTS)
Média Aritmética [µg/m³] 7,1 20,3 36,6 5,0 18,5 32,6
Média Geométrica [µg/m³] 4,0 13,0 24,6 3,2 11,5 18,1
Mínimo [µg/m³] 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Máximo [µg/m³] 219,0 247 329 47,0 228,0 583
Desvio Padrão [µg/m³] 9,95 20,58 34,13 5,04 21,09 45,01
Primeiro Quartil [µg/m³] 1,0 6,0 9,0 1,0 8,0 14,0
Mediana [µg/m³] 4,0 12,0 17,0 5,0 15,0 27,0
Terceiro Quartil [µg/m³] 10,0 25,0 48,0 7,0 23,0 37,0

Fonte: Ecosoft, 2020a

Visando apenas evidenciação de tipificação climatológica de “período seco” para o período


consolidado de realização do monitoramento, a Tabela 6-10 apresenta registros de
medições de pluviometria da estação automática Belo Horizonte (Latitude: -19.980.034;
Longitude: -43.958.651) pertencente ao INMET, a princípio mais próxima das localidades de
Morro Vermelho de André do Mato Dentro (distância média aproximada de 28 km), entre os
dias 10/07/2020 e 09/09/2020, onde observa-se um total acumulado de apenas 13 mm de
chuva.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 45


Tabela 6-10: Registros de Pluviometria Estação Automática Belo Horizonte – INMET

Estação Automática Belo Dias com Registro de Pluviometria


Horizonte 17/07/20 18/07/20 25/07/20 27/07/20 02/08/20 21/08/20 22/08/20
Acumulado Diário (mm) 0,2 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 11,6
Acumulado no Período (mm) 0,2 0,4 0,8 1,0 1,2 1,4 13,0

Fonte: INMET, 2020.

O Gráfico 6-8 e Gráfico 6-9, apresentam, respectivamente, a evolução das concentrações


médias horárias dos poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS registradas pelas estações
Morro Vermelho e André do Mato Dentro no período de 10/07/2020 a 09/09/2020.

Gráfico 6-8: Evolução das Médias Horárias de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020a

Para a estação Morro velho as médias aritméticas apresentaram valores de 7,1 µg/m³ para
MP2,5, 20.3 µg/m³ para MP10 e 36,6 µg/m³ para PTS. As máximas concentrações observadas no
período amostrado atingiram 329,0 µg/m³ para PTS, 247,0 µg/m³ para MP10 e 219,0 µg/m³ para
MP2,5 (Gráfico 6-8 e Tabela 6-9 apresentados anteriormente).

Para a estação André do Mato Dentro as médias aritméticas apresentaram valores de 5,0 µg/m³
para MP2,5, 18,5 µg/m³ para MP10 e 32,6 µg/m³ para PTS. As máximas concentrações
observadas no período amostrado atingiram 583,0 µg/m³ para PTS, 228.0 µg/m³ para MP10 e
47,0 µg/m³ para MP2,5 (Gráfico 6-9 e Tabela 6-9 apresentados anteriormente).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 46


Gráfico 6-9: Evolução das Médias Horárias de Material Particulado - Estação André do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020a

O Gráfico 6-10 e Gráfico 6-11, apresentam a variação média horária típica das
concentrações dos poluentes MP2,5, MP10 e PTS monitorados no período de 10/07/2020 a
09/09/2020.

Gráfico 6-10: Variação Média Horária Típica das Medições de Material Particulado - Estação Morro
Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 47


Gráfico 6-11: Variação Média Horária Típica das Medições de Material Particulado - Estação André
do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020a

O Gráfico 6-12, Gráfico 6-13 e Gráfico 6-14, apresentam, respectivamente, a adequação das
concentrações médias diárias 24 horas dos poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS em
relação aos padrões vigentes de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA nº
491/2018.

Gráfico 6-12: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Respiráveis - MP2,5
Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 48


Gráfico 6-13: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Inaláveis - MP10
Fonte: Ecosoft, 2020a

Gráfico 6-14: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Totais em Suspensão - PTS
Fonte: Ecosoft, 2020a

Com os resultados no monitoramento da primeira campanha realizada nos distritos de Morro


Vermelho e André do Mato Dentro de 09/07/2020 a 10/09/2020 foi possível constatar que as
concentrações médias diárias dos poluentes (material particulado MP2,5, MP10 e PTS) estão

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 49


em conformidade com o padrão de qualidade do ar intermediário (PI-1) para MP2,5 e MP10 e
padrão final (PF) para PTS, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018.

Como possíveis condições locais de interferência para o monitoramento realizado, destaca-


se a princípio apenas a eventual prática observada na comunidade no entorno dos pontos
de instalação das estações de queima de resíduos, conforme registrado no dia 11/07/2020
durante visita técnica na estação André do Mato Dentro (Foto 6-3).

Foto 6-3: Registros de queima de resíduos em áreas próximas à Estação André do Mato Dentro
Fonte: EcoSoft, 2020a (julho)

6.3.2.1.1 ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR (IQAR)

Os índices de qualidade do ar são valores adimensionais e, conforme os valores das faixas


de concentração de cada poluente relacionadas às faixas de classificação do IQAr, é
possível e comum a ocorrência de valor do IQAr para MP2,5 acima do valor do IQAr para
MP10 e PTS e/ou do valor do IQAr para o PTS ser inferior ao valor do IQAr para o MP10,
dependendo das concentrações médias diárias destes poluentes.

O Gráfico 6-14 e Gráfico 6-15, a Tabela 6-11 e a Tabela 6-12 apresentam, respectivamente,
a evolução do IQAr segundo FEAM para os poluentes MP2,5, MP10 e PTS no período de
10/07/2020 a 09/09/2020 e os percentuais de ocorrências nas faixas de classificação.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 50


Gráfico 6-15: Evolução do IQAr FEAM de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020a

Tabela 6-11: Distribuição do IQAr FEAM para Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP2,5 100,00% 0,00% 0,00%
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020a

Gráfico 6-16: Evolução do IQAr FEAM de Material Particulado - Estação André do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 51


Tabela 6-12: Distribuição do IQAr FEAM para Material Particulado - Estação André do Mato
Dentro
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP2,5 100,00% 0,00% 0,00%
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020a

O Gráfico 6-15, Gráfico 6-16, Tabela 6-13 e a Tabela 6-14, apresentam, respectivamente, a
evolução do IQAr segundo Guia Técnico do MMA para os poluentes MP10 e PTS no período
de 10/07/2020 a 09/09/2020 e os percentuais de ocorrências nas faixas de classificação.

Gráfico 6-17: Evolução do IQAr Guia Técnico MMA de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020a

Tabela 6-13: Distribuição do IQAr Guia Técnico MMA para Material Particulado - Estação Morro
Vermelho
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 52


Gráfico 6-18: Evolução do IQAr Guia Técnico MMA de Material Particulado - Estação André do Mato
Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020ª

Tabela 6-14: Distribuição do IQAr Guia Técnico MMA para Material Particulado - Estação André
do Mato Dentro
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020a

Com base nos dados apresentados verifica-se que no período de 10/07/2020 a 09/09/2020,
os valores dos índices de qualidade do ar de todos os poluentes monitorados nas estações
Morro Vermelho e André do Mato Dentro enquadraram-se na faixa Boa, conforme IQAr da
FEAM (2019) e o IQAr do Guia Técnico do MMA (2020).

6.3.2.1.2 DISPONIBILIDADE DE DADOS DO MONITORAMENTO

A disponibilidade de dados (médias diárias 24 horas) para o monitoramento realizado nas


estações Morro Vermelho (Caeté) e André do Mato Dentro (Santa Bárbara) no período de
10/07/2020 a 09/09/2020 é apresentada, respectivamente, na Tabela 6-15 e na Tabela 6-16,
a seguir. Nos Anexos do Volume 2 foram apresentados o Registro de Dados Válidos e
Inválidos das Campanhas de Análise de Materiais Particulados (ANEXO II e ANEXO III,
respectivamente).

Considerando principalmente as invalidações e/ou não geração de dados de MP10 na


estação André do Mato Dentro, o período do monitoramento foi estendido viabilizando a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 53


superação de atendimento do mínimo de 45 dias de dados válidos para cada parâmetro
(médias diárias 24 horas) estabelecido para o projeto.

Tabela 6-15: Disponibilidade de Dados da Estação Morro Vermelho


Nº de Dias de Nº de Dias com Médias Nº de Dias com Médias
Parâmetro Monitoramento 24 Horas Válidas 24 Horas Invalidadas
Contratados Fornecidos e/ou Não Geradas
MP2,5 45 57 5
MP10 45 62 0
PTS 45 62 0

Fonte: Ecosoft, 2020ª.

Tabela 6-16: Disponibilidade de Dados da Estação André do Mato Dentro


Nº de Dias de Nº de Dias com Médias Nº de Dias com Médias
Parâmetro Monitoramento 24 Horas Válidas 24 Horas Invalidadas
Contratados Fornecidos e/ou Não Geradas
MP2,5 45 61 0
MP10 45 48 13
PTS 45 56 5

Fonte: Ecosoft, 2020a

6.3.2.2 CAMPANHA 2

O resumo descritivo com análises estatísticas das concentrações médias horárias dos
poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS registradas pelas estações Morro Vermelho e
André do Mato Dentro no período de 29/10/2020 a 22/11/2020 é apresentado na Tabela
6-17.

Tabela 6-17: Resumo Estatístico das Médias Horárias de Material Particulado

Estação Morro Vermelho Estação André do Mato Dentro


Parâmetros Estatísticos
(MP2,5) (MP10) (PTS) (MP2,5) (MP10) (PTS)
Média Aritmética [µg/m³] 5,0 12,2 21,1 5,5 13,6 20,7
Mínimo [µg/m³] 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Máximo [µg/m³] 30 96 175 38,0 54,0 134
Desvio Padrão [µg/m³] 4,12 9,32 15,61 15,61 21,09 45,01
Primeiro Quartil [µg/m³] 1,0 6,0 11,0 1,0 8,0 14,0
Mediana [µg/m³] 4,0 10,0 18,0 5,0 15,0 27,0
Terceiro Quartil [µg/m³] 7,0 16,0 26,0 7,0 23,0 37,0

Fonte: Ecosoft, 2020b

Visando apenas evidenciação de tipificação climatológica de “período chuvoso” para o


período consolidado de realização do monitoramento, o Gráfico 6-19 apresenta os registros
de medições de pluviometria (acumulados diários) da estação automática Belo Horizonte
(Latitude: -19.980.034; Longitude: -43.958.651) pertencente ao INMET, a princípio mais
próxima das localidades de Morro Vermelho e de André do Mato Dentro (distância média
aproximada de 28 km), entre os dias 29/10/2020 e 22/12/2020, onde observa-se um total
acumulado de 409,80mm de chuva.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 54


Gráfico 6-19: Registros de Pluviometria Estação Automática Belo Horizonte do INMET
Fonte: INMET, 2020

O Gráfico 6-20 e o Gráfico 6-21 apresentam, respectivamente, a evolução das concentrações


médias horárias dos poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS registradas pelas estações
Morro Vermelho e André do Mato Dentro no período de 27/10/2020 a 23/12/2020.

Para a estação Morro velho as médias aritméticas apresentaram valores de 5,0 µg/m³ para
MP2,5, 12, 2 µg/m³ para MP10 e 21,1 µg/m³ para PTS. As máximas concentrações observadas no
período amostrado atingiram 175,0 µg/m³ para PTS, 96,0 µg/m³ para MP10 e 30,0 µg/m³ para
MP2,5 Gráfico 6-20, Tabela 6-17).

Para a estação André do Mato Dentro as médias aritméticas apresentaram valores de 5,5 µg/m³
para MP2,5, 13,6 µg/m³ para MP10 e 20, µg/m³ para PTS. As máximas concentrações observadas
no período amostrado atingiram 134,0 µg/m³ para PTS, 54.0 µg/m³ para MP10 e 38,0 µg/m³ para
MP2,5 (Gráfico 6-21, Tabela 6-17).

Gráfico 6-20: Evolução das Médias Horárias de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 55


Gráfico 6-21: Evolução das Médias Horárias de Material Particulado - Estação André do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020b

O Gráfico 6-22 e o Gráfico 6-23 apresentam a variação média horária típica das
concentrações dos poluentes MP2,5, MP10 e PTS monitorados no período de 27/10/2020 a
23/12/2020.

Gráfico 6-22: Variação Média Horária Típica das Medições de Material Particulado - Estação Morro
Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 56


Gráfico 6-23: Variação Média Horária Típica das Medições de Material Particulado - Estação André
do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020b

O Gráfico 6-24, Gráfico 6-25 e Gráfico 6-26 apresentam, respectivamente, a adequação das
concentrações médias diárias 24 horas dos poluentes atmosféricos MP2,5, MP10 e PTS em
relação aos padrões vigentes de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA nº
491/2018.

Gráfico 6-24: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Respiráveis - MP2,5
Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 57


Gráfico 6-25: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Inaláveis - MP10
Fonte: Ecosoft, 2020b

Gráfico 6-26: Comparação Padrão CONAMA 491/2018 para Partículas Totais em Suspensão - PTS
Fonte: Ecosoft, 2020b

Com os resultados no monitoramento da segunda campanha realizada nos distritos de


Morro Vermelho e André do Mato Dentro de 27/10/2020 a 23/12/2020 foi possível constatar
que as concentrações médias diárias dos poluentes (material particulado MP2,5, MP10 e PTS)
estão em conformidade com o padrão de qualidade do ar intermediário (PI-1) para MP2,5 e
MP10 e padrão final (PF) para PTS, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 58


Como possíveis condições locais de interferência para o monitoramento realizado nas
localidades de Morro Vermelho e André do Mato Dentro, destaca-se a princípio a eventual
prática observada nas comunidades no entorno dos pontos de instalação das estações de
queima de resíduos. Especificamente, para a estação André do Mato Dentro, importante
ainda destacar a possível condição de interferência provocada por emissões associadas às
movimentações de veículos e pessoas em via não pavimentada de acesso à quadra
poliesportiva e à igreja vizinhas ao local de instalação da estação, conforme apresentado na
Foto 6-4 a seguir.

Foto 6-4: Registros da Área de Entorno à Estação André do Mato Dentro


Fonte: EcoSoft (2020b).

Outro ponto relevante é em relação à qualidade no fornecimento de energia elétrica nas


localidades de instalação das estações. Conforme descrito no item “Disponibilidade de
Dados do Monitoramento”, foram observadas muitas ocorrências de falhas/oscilações no
fornecimento de energia nas estações durante a campanha, a princípio agravadas com
ocorrências de chuvas nas localidades, comprometendo o perfeito funcionamento dos
equipamentos e por consequência falha na geração de medições. Considerando a previsão
de realização de monitoramento futuro e contínuo nestas mesmas localidades, recomenda-
se a avaliação de possíveis melhorias na rede elétrica externa junto a concessionária de
energia dos locais.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 59


6.3.2.2.1 ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR (IQAR)

O Gráfico 6-27, Gráfico 6-28 , a Tabela 6-18 e a Tabela 6-19, apresentam, respectivamente,
a evolução do IQAr seguindo estrutura FEAM para os poluentes MP2,5, MP10 e PTS no
período de 27/10/2020 a 23/12/2020 e os percentuais de ocorrências nas faixas de
classificação.

Gráfico 6-27: Evolução do IQAr FEAM de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020b

Tabela 6-18: Distribuição do IQAr FEAM para Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP2,5 100,00% 0,00% 0,00%
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 60


Gráfico 6-28: Evolução do IQAr FEAM de Material Particulado - Estação André do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020b

Tabela 6-19: Distribuição do IQAr FEAM para Material Particulado - Estação André do Mato
Dentro
Faixas de IQAr
Poluente
Boa Regular Inadequada
MP2,5 100,00% 0,00% 0,00%
MP10 100,00% 0,00% 0,00%
PTS 100,00% 0,00% 0,00%

Fonte: Ecosoft, 2020b

No período de 27/10/2020 a 23/12/2020, os valores dos índices de qualidade do ar de todos


os poluentes monitorados nas estações Morro Vermelho e André do Mato Dentro
enquadraram-se na faixa Boa, conforme IQAr da FEAM de novembro/2020, com estrutura
idêntica ao definido pelo Guia Técnico do Ministério do Meio Ambiente divulgado em
maio/2020.

6.3.2.2.2 DISPONIBILIDADE DE DADOS DO MONITORAMENTO

A disponibilidade de dados (médias diárias 24 horas) para o monitoramento realizado nas


estações Morro Vermelho e André do Mato Dentro no período de 27/10/2020 a 23/12/2020 é
apresentada, respectivamente, na Tabela 6-20 e Tabela 6-21 a seguir.

Considerando principalmente as invalidações e/ou não geração de dados de MP10 na


estação André do Mato Dentro (detalhada anteriormente), conforme acordado com a
fiscalização VALE dos serviços, o período do monitoramento foi estendido viabilizando o
atendimento do mínimo de 45 dias de dados válidos para cada parâmetro (médias diárias 24
horas) estabelecido para o projeto.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 61


Tabela 6-20: Disponibilidade de Dados da Estação Morro Vermelho
Nº de Dias de Nº de Dias com Médias Nº de Dias com Médias
Parâmetro Monitoramento 24 Horas Válidas 24 Horas Invalidadas
Contratados Fornecidos e/ou Não Geradas
MP2,5 45 48 9
MP10 45 52 5
PTS 45 55 2

Fonte: Ecosoft, 2020b

Tabela 6-21: Disponibilidade de Dados da Estação André do Mato Dentro


Nº de Dias de Nº de Dias com Médias Nº de Dias com Médias
Parâmetro Monitoramento 24 Horas Válidas 24 Horas Invalidadas
Contratados Fornecidos e/ou Não Geradas
MP2,5 45 45 12
MP10 45 47 13
PTS 45 46 11

Fonte: Ecosoft, 2020b

6.3.2.3 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DA PRIMEIRA E SEGUNDA CAMPANHA

Para fins de comparação dos resultados da primeira e segunda campanha de


monitoramento, respectivamente, período seco (10/07/2020 a 09/09/2020) e chuvoso (de
27/10/2020 a 23/12/2020) apresentamos a seguir análises estatísticas (Tabela 6-22, Tabela
6-23) e gráficas (Gráfico 6-29 e Gráfico 6-30) dos dois períodos.

Conforme o esperado as análises a seguir apontam que os valores de material particulado


registrados no período seco foram maiores em relação ao período chuvoso.

Tabela 6-22: Resumo Estatístico das Médias Horárias de Material Particulado em Morro
Vermelho
1ª Campanha 2ª Campanha
Parâmetros Estatísticos
(MP2,5) (MP10) (PTS) (MP2,5) (MP10) (PTS)
Média Aritmética [µg/m³] 7,1 20,3 36,6 5,0 12,2 21,1
Mínimo [µg/m³] 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Máximo [µg/m³] 219,0 247 329 30 96 175
Desvio Padrão [µg/m³] 9,95 20,58 34,13 4,12 9,32 15,61
Primeiro Quartil [µg/m³] 1,0 6,0 9,0 1,0 6,0 11,0
Mediana [µg/m³] 4,0 12,0 17,0 4,0 10,0 18,0
Terceiro Quartil [µg/m³] 10,0 25,0 48,0 7,0 16,0 26,0
Acumulado de chuva
13,0 414,4
[mm]

Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 62


Tabela 6-23: Resumo Estatístico das Médias Horárias de Material Particulado em André do
Mato Dentro
1ª Campanha 2ª Campanha
Parâmetros Estatísticos
(MP2,5) (MP10) (PTS) (MP2,5) (MP10) (PTS)
Média Aritmética [µg/m³] 5,0 18,5 32,6 5,5 13,7 20,2
Mínimo [µg/m³] 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Máximo [µg/m³] 47,0 228,0 583 38 54,0 134,0
Desvio Padrão [µg/m³] 5,04 21,09 45,01 4,88 7,03 12,30
Primeiro Quartil [µg/m³] 1,0 8,0 14,0 1,0 9,0 12,0
Mediana [µg/m³] 5,0 15,0 27,0 4,0 13,0 18,0
Terceiro Quartil [µg/m³] 7,0 23,0 37,0 8,0 18,0 25,0
Acumulado de chuva
13,0 414,4
[mm]

Fonte: Ecosoft, 2020b

Gráfico 6-29: Gráfico de Box Plot das Medições de Material Particulado - Estação Morro Vermelho
Fonte: Ecosoft, 2020b

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 63


Gráfico 6-30: Gráfico de Box Plot das Medições de Material Particulado -
Estação André do Mato Dentro
Fonte: Ecosoft, 2020b

6.3.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Os resultados do monitoramento de Qualidade do Ar de duas campanhas realizadas nos


distritos de Morro Vermelho e André do Mato Dentro de 09/07/2020 a 10/09/2020
(Campanha 1 – Período Seco) e entre 27/10/2020 e 23/12/2020 (Campanha 2 – Período
Chuvoso) permitiram constatar que as concentrações médias diárias dos poluentes
analisados (material particulado MP2,5, MP10 e PTS) em ambas as campanhas estão em
conformidade com o padrão de qualidade do ar intermediário (PI-1) para MP2,5 e MP10 e
padrão final (PF) para PTS, estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018.

Com base nos dados apresentados verifica-se que em ambas as campanhas os valores dos
índices de qualidade do ar de todos os poluentes monitorados nas estações Morro Vermelho
e André do Mato Dentro enquadraram-se na faixa Boa, conforme IQAr da FEAM (2019) e o
IQAr do Guia Técnico do MMA (2020).

A comparação dos resultados das Campanhas 1 e 2, mostrou, conforme o esperado, que os


valores de material particulado registrados no período seco (Campanha 1) foram maiores
em relação ao período chuvoso (Campanha 2).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 64


Como possíveis condições locais de interferência para o monitoramento realizado nas
localidades de Morro Vermelho e André do Mato Dentro, destaca-se a eventual prática
observada nas comunidades no entorno dos pontos de instalação das estações de queima
de resíduos. Especificamente para a estação André do Mato Dentro, é importante ainda
destacar a possível condição de interferência provocada por emissões associadas às
movimentações de veículos e pessoas em via não pavimentada de acesso à quadra
poliesportiva e à igreja vizinhas ao local de instalação da estação. Outro ponto relevante é
em relação à qualidade no fornecimento de energia elétrica nas localidades de instalação
das estações, o que comprometeu o perfeito funcionamento dos equipamentos gerando
falha na geração de medições, de forma que foi necessário estender o período de
monitoramento para viabilizar o atendimento do mínimo de 45 dias de dados válidos para
cada parâmetro.

6.4 RUÍDO E VIBRAÇÃO

6.4.1 METODOLOGIA

Este relatório apresenta os resultados das medições acústicas realizadas no entorno das
futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural. Tal avaliação torna-se relevante pois
permite identificar as características do ambiente acústico (som e vibração) antes da
implantação do projeto, sendo possível avaliar possíveis alterações que venham a ocorrer
durante a futura operação do empreendimento.

6.4.1.1 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO DE RUÍDO

O monitoramento de ruído foi realizado em conformidade com as recomendações da ABNT


NBR 10.151:2019 (versão corrigida 2020), “Acústica — Medição e avaliação de níveis de
pressão sonora em áreas habitadas — Aplicação de uso geral” (Tabela 6-24). O
monitoramento foi realizado durante o mês de agosto de 2020 (dias 24, 25, 26 e 27).

As medições nos 8 (oito) receptores que compõem a área de estudo da temática foram
realizadas com tempo de medição de dez minutos cada, nos períodos diurno (entre 07:01h e
22:00h) e noturno (entre 22:01h e 07:00h).

O medidor de nível de pressão sonora foi verificado utilizando calibrador sonoro com
emissão de 94,0 dB, em 1000 Hz, antes e após a realização das medições sonoras, não
havendo variação superior a 0,5 dB em relação ao valor de emissão.

Essas medições sonoras foram efetuadas registrando os níveis de pressão sonora


contínuos equivalentes, ponderada em A, com tempo de integração de um segundo (LAeq,1s),
bem como todos os demais descritores de níveis sonoros exigidos na ABNT NBR
10.151:2019 (versão corrigida 2020), para aplicação do método detalhado de medição (que
inclui a caracterização objetiva de sons impulsivos e tonais). Esse procedimento possibilita
avaliar adequadamente os sons residuais no entorno das futuras instalações do
empreendimento.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 65


6.4.1.2 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO DE VIBRAÇÃO

As medições de vibração foram realizadas em conformidade com as recomendações da


norma DIN 456669 partes 1 e 2.

As vibrações foram caracterizadas pelos valores máximos absolutos dos sinais de


velocidade não ponderados (IvIi,max) e a magnitude de máxima vibração ponderada
(maximum weighted vibration severity) KBFmax, obtidos a partir de medições de acelerações
efetuadas com um acelerômetro tri-axial e em conformidade com a norma DIN 4150 partes 2
e 3.

O medidor de vibração foi verificado antes da realização das medições, com fonte calibrada
de 1m/s2 r.m.s em 79,58Hz. As medições foram realizadas com registro contínuo durante
dez minutos, com monitoramento realizado durante o mês de agosto de 2020 (dias 24, 25,
26 e 27).

6.4.1.2.1 RUÍDO

Os limites dos níveis de pressão sonora contínuos equivalentes, ponderada em A, RLAeq,


devem atender a Resolução CONAMA nº 001 de 1990, a qual remete à utilização da ABNT
NBR 10.151. Também devem ser atendidos os limites estabelecidos na legislação estadual
de Minas Gerais (Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, com as devidas alterações
processadas pela Lei nº 10.100, de 17 de janeiro de 1990), sendo aplicável a condição mais
restritiva.

Em conformidade com a ABNT NBR 10151:2019 (versão corrigida 2020), os RLAeq (nível de
pressão sonora contínuo equivalente ponderada em A) estão apresentados na Tabela 6-24,
a seguir.

Tabela 6-24: Limites dos níveis de pressão sonora contínuos equivalentes, ponderada em A,
RLAeq, estabelecidos na ABNT NBR 10.151:2019.
RLAeq [dB]
Tipos de áreas habitadas
Período diurno Período noturno
Área de residências rurais 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista predominantemente residencial 55 50
Área mista com predominância de atividades comerciais e/ou
60 55
administrativa
Área mista com predominância de atividades culturais, lazer e turismo 65 55
Área predominantemente industrial 70 60

Fonte: ABNT NBR 10.151:2019


NOTA: Para aplicação desta Norma, entende-se por área mista aquelas ocupadas por dois ou mais
tipos de uso, sejam eles residencial, comercial, de lazer, de turismo, industrial e outros.

Em conformidade com a legislação estadual de Minas Gerais, os RLAeq (limite para o nível
de pressão sonora contínuo equivalente ponderada em A, LAeq,T) são de 70dB no período
diurno e 60dB no período noturno. Caso o LAeq medido do som residual em um intervalo de
tempo T, acrescido de 10dB, seja inferior aos valores acima, o RLAeq a ser adotado deve ser
o valor do LAeq,T do som residual acrescido de 10dB.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 66


Na Tabela 6-25 a seguir estão discriminados os tipos de uso e ocupação do solo para cada
um dos oito pontos de medição. Cabe ressaltar que essa classificação pode ser alterada
mediante novas informações como a demarcação de áreas de uso e ocupação do solo por
órgãos competentes.

Tabela 6-25: Classificação dos locais de medição quanto ao tipo de uso e ocupação do solo
PONTO DE MEDIÇÃO CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ABNT NBR 10151
RV1 Área de residências rurais
RV2 Área de residências rurais
RV3 Área mista predominantemente residencial
RV4 Área de residências rurais
RV5 Área de residências rurais
RV6 Área de residências rurais
RV7 Área de residências rurais
RV8 Área de residências rurais

NOTA: A classificação do tipo de ocupação do solo foi realizada com base em observações de campo e pode vir
a ser alterada por demarcação de uso e ocupação do solo.

6.4.1.2.2 VIBRAÇÃO

Devido à ausência de normas brasileiras que possam ser utilizadas como referência na
avaliação de incômodo em seres humanos expostos a vibrações não impulsivas (contínuas
ou intermitentes) em edificações, bem como à ausência de normas brasileiras para avaliar
danos estruturais em edificações submetidas a vibrações não impulsivas, utiliza-se como
referências de avaliação os limites estabelecidos nas normas DIN 4150, partes 2 e 3.
Ressalta-se que os limites estabelecidos nessa norma são considerados dos mais restritivos
no cenário mundial atualmente.

Durante a fase de operação do empreendimento, as vibrações impulsivas, provenientes das


detonações durante o processo de desmonte de rochas, devem atender aos critérios de
avaliação estabelecidos na ABNT NBR 9653:2018 “Guia para avaliação dos efeitos
provocados pelo uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas”.

6.4.1.2.2.1 Avaliação de incômodo em seres humanos expostos a vibrações em


edificações

Em conformidade com a Norma DIN 4150 – Structural vibration, Part 2: Human exposure to
vibration in buildings, o maior valor de KBFmax, definido dentre os valores determinados
separadamente nos eixos 1, 2 e 3, deve ser comparado aos valores de referência
apresentados na Tabela 6-26 (adaptada da Norma DIN 4150, parte 2) para os períodos
diurno, compreendido entre 07h e 22h, e noturno, compreendido entre 22h e 07h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 67


Tabela 6-26: Valores critério de avaliação para seres humanos expostos a vibração em
edificações. (ADAPTADO: Norma DIN 4150 parte 02)
KBFmax LIMITE INFERIOR E
LOCALIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO SUPERIOR* [mm/s]
Diurno Noturno
Área predominantemente industrial 0,4 – 6 0,3 – 0,6
Área predominantemente comercial 0,3 – 6 0,2 – 0,4
Áreas que não são predominantemente comerciais ou residenciais 0,2 – 5 0,15 – 0,3
Área predominantemente residencial 0,15 – 3 0,1 – 0,2
Áreas especialmente protegidas como hospitais 0,1 – 3 0,1 – 0,15

* Valor de KBFMAX abaixo do LIMITE INFERIOR apresentado atende a norma DIN 4150 – 2. Valor de KBFMAX
acima do LIMITE SUPERIOR apresentado não atende a norma DIN 4150 – 2. Quando o KBFMAX calculado
possuir valor entre os limites inferiores e superiores apresentados, deve-se adotar outro critério de avaliação,
conforme estabelecido na norma DIN 4150 – 2, utilizando o parâmetro denominado “Avaliação de Severidade de
Vibração” (KBFTr).

6.4.1.2.2.2 Avaliação dos danos estruturais em edificações submetidas a


vibrações de longa duração

Em conformidade com a Norma DIN 4150 – Structural vibration. Part 3: Effects of vibration
on structures, o maior valor de IvIi,max, definido dentre os valores determinados
separadamente nos eixos horizontais, eixos 1 e 2, deve ser comparado aos valores de
referência apresentados na Tabela 6-27 (adaptada da Norma DIN 4150 parte 3).

Tabela 6-27: Valores critério de avaliação para efeitos de vibrações de longa duração (contínua
ou intermitente) em estruturas. (ADAPTADO: Norma DIN 4150 parte 03)
VALORES LIMITES PARA IvIi,max DA
TIPO DE ESTRUTURA VIBRAÇÃO HORIZONTAL DO ÚLTIMO PISO
DA ESTRUTURA* [mm/s]
Edificações industriais e comerciais 10

Habitações e edificações residenciais 5

Estruturas sensíveis como edificações em preservação,


2,5
tombadas pelo patrimônio histórico

* Limites estabelecidos para vibrações não causarem dano em estruturas de edificações, conforme norma DIN
4150 – 3.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 68


6.4.1.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Para a avaliação dos níveis de ruído e vibração existentes na área de estudo do Projeto Apolo Umidade Natural, foram utilizados os
equipamentos listados na Tabela 6-28 a seguir.

Tabela 6-28: Equipamentos utilizados nas medições.


N° DO CERTIFICADO DATA DA ÚLTIMA DATA DE VALIDADE
EQUIPAMENTO CÓDIGO FABRICANTE MODELO N° DE SÉRIE
DE CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO DA CALIBRAÇÃO
Sonômetro(1) OPP13 B&K 2250-L 3003519 CBR1900573 23/08/2019 23/08/2021

Calibrador Sonoro(2) OPP16 B&K 4231 3006591 CBR1900576 23/08/2019 23/08/2021


Calibrador de
acelerômetro Portable OPP21 Svantek SV110 52577 DIMCE 0783/2017 18/09/2019 18/09/2021
Hand Held Shaker
Medidor, analisador e
monitor de eventos de
OPP19 Svantek Svan 958A 59506 RBC5-10851-654 17/09/2019 17/09/2021
vibração em tempo real
de quatro canais.
Acelerômetro Triaxial OPP19 Svantek SV84 E3493 RBC5-10851-654 17/09/2019 17/09/2021

Anemômetro OPP09 Lutron AM-4202 L639703 SKV19010004 23/01/2019 23/01/2023

Termo Higrômetro OPP12 Minipa MTH-1362 MB1362000706 R00064/19 29/01/2019 29/01/2023

(1)
O sonômetro (ou medidor integrador de nível sonoro), juntamente com seu microfone, atendem às normas IEC 61672 (todas as partes) e IEC 61260 (todas as partes) para
condição de equipamento Classe 1.

(2) O calibrador sonoro atende à norma IEC 60942 para condição de equipamento Classe 1.

Obs.: Os Certificados de Calibração constam nos Anexos do Volume 2 (Certificados de Calibração dos Equipamento de Medição de Ruído e Vibração -ANEXO IV).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 69


6.4.1.4 REDE DE MONITORAMENTO

Os ensaios foram efetuados em 8 (oito) receptores localizados na vizinhança das futuras


instalações do empreendimento. Estes receptores estão identificados na Tabela 6-29, Figura
6-14 - Foto 6-5 a Foto 6-12 e foram selecionados de maneira a representar as condições
dos níveis atuais de pressão sonora e vibração nas comunidades mais próximas do entorno
do empreendimento, as quais compõem a Área de Estudo para avaliação das emissões
acústicas (som e vibração) do Projeto Apolo Umidade Natural.

Tabela 6-29: Identificação dos receptores onde foram efetuadas as medições sonoras.

COORDENADAS UTM
PONTO DE
(SIRGAS 2000) DESCRIÇÃO
MEDIÇÃO (1)
ZONA 23 S
0635640 Rua Ten. João G. De Carvalho, nº 28 – Morro Vermelho –
RV1
7792759 Caeté/MG
0636547 Rua Ten. João G. De Carvalho, nº 92 – Morro Vermelho –
RV2
7792822 Caeté/MG
0639003
RV3 Rua Peixoto de Souza, nº 172 – Caeté/MG
7798973
0642965
RV4 Estrada Caeté, km 2,9 – Rancho Novo – Área Rural – Caeté/MG
7796296
0642554 André do Mato Dentro (em frente à Igreja) / Caburé – Santa
RV5
7788671 Bárbara/MG
0644831
RV6 Cruz dos Peixotos – Santa Bárbara/MG
7786492
0644574
RV7 Estrada Caeté – Rancho Novo – Caeté/MG
7796966
0647083 Estrada Caeté (acesso ao Hotel Fazenda Vera Cruz) – Rancho
RV8
7797290 Novo – Caeté/MG

(1) Todas as medições foram efetuadas com o microfone posicionado a 1,5 (um e meio) metro do solo e
afastado de, no mínimo, 2 (dois) metros de superfícies refletoras.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 70


630000 640000 650000

7800000

7800000
MT TO

SABARÁ Itabira
BA

Lagoa Taquaraçu GO DF

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Santa de Minas Nova

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Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo

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Piracicaba
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7790000

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630000 640000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Ponto de Monitoramento de Ruído e
Vibração (AMPLO, 2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição dos Pontos de Monitoramento de Ruído e Vibração
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 24/08/2021 A3 AP_mf_moni_rv_A3_v04
Foto 6-5: Ponto de medição acústica RV1.

Foto 6-6: Ponto de medição acústica RV2.

Foto 6-7: Ponto de medição acústica RV3.

Foto 6-8: Ponto de medição acústica RV4.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 72


Foto 6-9: Ponto de medição acústica RV5.

Foto 6-10: Ponto de medição acústica RV6.

Foto 6-11: Ponto de medição acústica RV7.

Foto 6-12: Ponto de medição acústica RV8.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 73


6.4.2 RESULTADOS

As fontes sonoras percebidas pela equipe de medição, durante os ensaios, os descritores


de níveis acústicos medidos no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade
Natural, bem como os dados complementares coletados durante as medições sonoras,
estão discriminados nos itens 6.4.2.1 a 6.4.2.8 a seguir.

Os níveis de pressão sonora contínuos equivalentes, ponderada em A, no tempo de


medição (T), LAeq,T, foram determinados a partir dos dados de LAeq,1s registrados e
apresentados nos Gráficos dos itens 6.4.2.1 a 6.4.2.8. Nesses gráficos, os trechos
marcados em verde correspondem ao som residual (sem a influência das atividades nas
futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural da Vale S.A.). Os trechos indicados
por linhas vermelhas são sons intrusivos que foram eliminados da medição por serem
atípicos, de rara ocorrência, e não constituírem objeto de avaliação.

Os gráficos com a variação dos IvIi e KBFmax no tempo estão apresentados nos itens 6.4.2.1
a 6.4.2.8. Nesses gráficos, os trechos destacados em vermelho são vibrações intrusivas que
foram eliminados da medição por serem atípicas, de rara ocorrência, e não constituírem
objeto de avaliação.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-30 a Tabela 6-45 seguir.

NOTA: Os resultados dos descritores de níveis acústicos reportados possuem estimativa de Incerteza
Expandida de Medição (U) calculada e é declarada como a incerteza padrão de medição multiplicada
pelo fator de abrangência k = 2,00, para uma probabilidade de abrangência de aproximadamente
95%. Quando o fator de abrangência k é um valor diferente de 2,00, o valor de k é reportado
juntamente com os resultados. A expressão da incerteza de medição é determinada de acordo com o
Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (GUM).

6.4.2.1 RECEPTOR RV1 – MORRO VERMELHO

No receptor RV1, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de atividades de moradores, de passagem
de ciclista, de conversas, de aves da ordem Galliformes (galinhas), de reprodução de
música, de obras de construção civil, de aves da ordem Passeriformes (pássaros), de
passagem de pedestres, de acionamento de sirene de ré em veículo e da ação do vento
sobre a vegetação. Durante as medições de som residual no período noturno (entre 22:01h
e 07:00h), os sons percebidos foram provenientes de atividades de moradores, de
conversas, de insetos da ordem Orthoptera (grilos), de latidos e de reprodução de música.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-30 e Tabela 6-31 a seguir. Do Gráfico 6-31 a
Gráfico 6-36 apresentam –se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 74


Tabela 6-30: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV1.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES


PERÍODO Data Horário [hh:mm] Temp. U.R. (1) Vento
LAeq,T LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax
[dd/mm/aaaa] Inicial Final [oC] [%] [m/s]

Diurno 42,6 33,8 36,4 40,7 46,0 59,3 24/08/2020 15:21 15:30 23 40 <5
Noturno 37,5 28,2 31,1 35,2 41,7 51,0 27/08/2020 22:02 22:12 12 81 <5

(1)
Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-31: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV1.
INTERVALO DE
MEDIÇÃO
PERÍODO

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


Início Fim

Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax


hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]
24/08/20 24/08/20
Diurno 0.0772 15:20:46 0.0155 15:20:46 0.0645 15:27:09 0.0188 15:27:09 0.1058 15:20:46 0.0248 15:20:46
15:20:21 15:30:20
27/08/20 27/08/20
Noturno 0.0388 22:10:09 0.0058 22:10:09 0.0233 22:02:16 0.0063 22:02:16 0.0200 22:02:15 0.0066 22:02:16
22:01:03 22:11:02

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 75


p1_s r_d 200824 001 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
15:22:00 15:23:00 15:24:00 15:25:00 15:26:00 15:27:00 15:28:00 15:29:00 15:30:00 15:31:00
LA eq
Curs or: 24/08/2020 15:21:27 - 15:21 :28 LA eq=40,6 dB

Gráfico 6-31: Som residual. Ponto RV1: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p1_s r_n 200827 003 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
22:03:00 22:04:00 22:05:00 22:06:00 22:07:00 22:08:00 22:09:00 22:10:00 22:11:00 22:12:00
LA eq
Curs or: 27/08/2020 22:02:05 - 22:02 :06 LA eq=38,8 dB

Gráfico 6-32: Som residual. Ponto RV1: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-33: Vibração residual. Ponto RV1: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 76


Gráfico 6-34: Vibração residual. Ponto RV1: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-35: Vibração residual. Ponto RV1: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 77


Gráfico 6-36: Vibração residual. Ponto RV1: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.2 RECEPTOR RV2 – MORRO VERMELHO

No receptor RV2, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de conversas, de latidos, de aves da ordem
Passeriformes (pássaros), de passagem de pedestres, de utilização de serra elétrica, de
passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação. Durante as medições de som
residual no período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons percebidos foram provenientes
de passagem de aeronave, de curso d'água, de insetos da ordem Orthoptera (grilos), de
latidos e de sino de bovino.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-32 e Tabela 6-33 a seguir. Do Gráfico 6-37
ao Gráfico 6-42 apresentam-se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 78


Tabela 6-32: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV2.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES


PERÍODO Horário [hh:mm]
Data Temp. U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax
[dd/mm/aaaa] Inicial Final [oC] [%] [m/s]
Diurno 37,9 31,0 32,6 35,7 41,1 50,2 24/08/2020 16:13 16:23 25 39 <5
Noturno 31,6 25,7 27,0 29,5 33,5 52,7 27/08/2020 22:32 22:42 12 81 <5

(1) Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-33: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV2.
INTERVALO DE
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3
PERÍODO

MEDIÇÃO
Início Fim
Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax
hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]

24/08/20 24/08/20
Diurno 0.0566 16:12:38 0.0096 16:15:21 0.0377 16:15:21 0.0134 16:15:22 0.0384 16:19:44 0.0121 16:21:01
16:12:27 16:22:26

27/08/20 27/08/20
Noturno 0.0182 22:33:03 0.0031 22:36:37 0.0200 22:39:46 0.0030 22:36:47 0.0180 22:37:24 0.0030 22:39:32
22:31:49 22:41:48

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 79


p2_s r_d 200824 002 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
16:14:00 16:15:00 16:16:00 16:17:00 16:18:00 16:19:00 16:20:00 16:21:00 16:22:00 16:23:00
LA eq
Curs or: 24/08/2020 16:13:31 - 16:13 :32 LA eq=39,1 dB

Gráfico 6-37: Som residual. Ponto RV2: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p2_s r_n 200827 004 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
22:33:00 22:34:00 22:35:00 22:36:00 22:37:00 22:38:00 22:39:00 22:40:00 22:41:00 22:42:00
LA eq
Curs or: 27/08/2020 22:32:50 - 22:32 :51 LA eq=36,6 dB

Gráfico 6-38: Som residual. Ponto RV2: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-39: Vibração residual. Ponto RV2: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 80


Gráfico 6-40: Vibração residual. Ponto RV2: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-41: Vibração residual. Ponto RV2: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 81


Gráfico 6-42: Vibração residual. Ponto RV2: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.3 RECEPTOR RV3 – ÁREA URBANA DE CAETÉ

No receptor RV3, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de acionamento de buzina automotiva, de
conversas, de latidos, de aves da ordem Passeriformes (pássaros), de passagem de
pedestres e de passagem constante de veículos. Durante as medições de som residual no
período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons percebidos foram provenientes de insetos
da ordem Orthoptera (grilos), de latidos e de passagem de veículos.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-34 e Tabela 6-35 a seguir. Do Gráfico 6-43
ao Gráfico 6-48 apresentam-se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 82


Tabela 6-34: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV3.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES

PERÍODO Horário [hh:mm]


Data U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] [%] [m/s]
Inicial Final

Diurno 61,4 50,8 54,4 59,8 65,0 70,8 24/08/2020 17:04 17:14 18 48 <5

Noturno 37,9 28,1 29,7 32,7 40,8 52,8 27/08/2020 23:12 23:21 15 83 <5

(1) Umidade Relativa do ar.


NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-35: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV3.

INTERVALO DE MEDIÇÃO
PERÍODO

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


Início Fim

Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax


hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]
24/08/20 24/08/20
Diurno 0.1110 17:07:08 0.0476 17:04:06 0.1527 17:11:22 0.0482 17:11:22 0.1651 17:08:06 0.0677 17:05:54
17:03:01 17:13:00
27/08/20 27/08/20
Noturno 0.0634 23:10:22 0.0278 23:10:22 0.0435 23:12:34 0.0152 23:20:05 0.1011 23:12:34 0.0295 23:12:34
23:10:22 23:20:21

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 83


p3_s r_d 200824 003 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
17:05:00 17:06:00 17:07:00 17:08:00 17:09:00 17:10:00 17:11:00 17:12:00 17:13:00 17:14:00
LA eq
Curs or: 24/08/2020 17:04:02 - 17:04 :03 LA eq=66,2 dB

Gráfico 6-43: Som residual. Ponto RV3: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p3_s r_n 200827 005 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
23:12:00 23:13:00 23:14:00 23:15:00 23:16:00 23:17:00 23:18:00 23:19:00 23:20:00 23:21:00
LA eq
Curs or: 27/08/2020 23:11:22 - 23:11 :23 LA eq=62,6 dB

Gráfico 6-44: Som residual. Ponto RV3: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-45: Vibração residual. Ponto RV3: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 84


Gráfico 6-46: Vibração residual. Ponto RV3: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-47: Vibração residual. Ponto RV3: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 85


Gráfico 6-48: Vibração residual. Ponto RV3: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.4 RECEPTOR RV4 – ESTRADA CAETÉ - RANCHO NOVO

No receptor RV4, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de curso d'água, de aves da ordem
Galliformes (galinhas), de latidos, de aves da ordem Passeriformes (pássaros), de
passagem de pedestres, de passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação.
Durante as medições de som residual no período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons
percebidos foram provenientes de curso d'água, de insetos da ordem Orthoptera (grilos), de
latidos, de passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação.

Como o local do RV4 é próximo à futura via de acesso de veículos ao Projeto Apolo
Umidade Natural, neste receptor foi realizada a contagem de fluxos médios de veículos
leves (veículos de passeio) e pesados (caminhões, ônibus, utilitários e motos) nos períodos
diurno e noturno, os quais estão apresentados a seguir.

▪ Fluxo médio de veículos – RV4


o Período diurno:
Veículos leves: 12 veículos / hora
Veículos pesados: 6 veículos / hora
o Período diurno:
Veículos leves: 6 veículos / hora
Veículos pesados: zero veículos / hora

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-36 e Tabela 6-37 a seguir. Do Gráfico 6-49
ao Gráfico 6-54 apresentam-se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 86


Tabela 6-36: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV4.
DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES
PERÍODO Data Horário [hh:mm] U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] Inicial Final [%] [m/s]

Diurno 42,9 27,6 29,4 34,1 47,3 59,4 25/08/2020 11:23 11:33 32 28 <5

Noturno 35,1 29,5 30,1 31,8 37,0 49,6 27/08/2020 0:34 0:44 11 83 <5

(1) Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-37: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV4.
INTERVALO DE
MEDIÇÃO
PERÍODO

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


Início Fim

Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax


hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]
Diurno

25/08/20 25/08/20
0.1033 11:22:31 0.0135 11:23:51 0.0982 11:23:53 0.0125 11:23:47 0.0592 11:23:48 0.0226 11:23:48
11:22:22 11:32:21
Noturno

27/08/20 27/08/20
0.0205 00:52:59 0.0033 00:52:23 0.0204 00:54:43 0.0046 00:54:42 0.0184 00:58:12 0.0032 00:58:58
00:52:22 01:02:21

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 87


p4_s r_d 200825 003 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
11:24:00 11:25:00 11:26:00 11:27:00 11:28:00 11:29:00 11:30:00 11:31:00 11:32:00 11:33:00
LA eq
Curs or: 25/08/2020 11:23:23 - 11:23 :24 LA eq=36,8 dB

Gráfico 6-49: Som residual. Ponto RV4: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p4_s r_n 200827 002 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
00:35:00 00:36:00 00:37:00 00:38:00 00:39:00 00:40:00 00:41:00 00:42:00 00:43:00 00:44:00
LA eq
Curs or: 27/08/2020 00:34:09 - 00:34 :10 LA eq=31,4 dB

Gráfico 6-50: Som residual. Ponto RV4: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-51: Vibração residual. Ponto RV4: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 88


Gráfico 6-52: Vibração residual. Ponto RV4: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-53: Vibração residual. Ponto RV4: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 89


Gráfico 6-54: Vibração residual. Ponto RV4: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.5 RECEPTOR RV5 – ANDRÉ DO MATO DENTRO / CABURÉ

No receptor RV5, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de conversas, de curso d'água, de aves da
ordem Galliformes (galinhas), de operação de grupo moto-gerador (estação de
monitoramento de ar), de latidos, de aves da ordem Passeriformes (pássaros), de utilização
de serra elétrica e de passagem de veículos. Durante as medições de som residual no
período noturno (entre 07:01h e 22:00h), os sons percebidos foram provenientes de curso
d'água, de insetos da ordem Orthoptera (grilos) e de operação de grupo moto-gerador
(estação de monitoramento de ar).

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-38 e Tabela 6-39 a seguir. Do Gráfico 6-55
ao Gráfico 6-60-se apresentam os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 90


Tabela 6-38: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG. Receptor:
RV5.
DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES
PERÍODO Data Horário [hh:mm] U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] Inicial Final [%] [m/s]

Diurno 47,2 43,2 44,1 45,8 49,9 61,0 25/08/2020 10:23 10:33 30 32 <5

Noturno 42,7 41,9 42,1 42,5 43,5 50,7 26/08/2020 22:39 22:49 10 86 <5

(1) Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-39: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV5.
INTERVALO DE MEDIÇÃO
PERÍODO

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


Início Fim
Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax
hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]

25/08/20 25/08/20
Diurno 0.0553 10:24:20 0.0147 10:29:57 0.0488 10:28:30 0.0149 10:29:57 0.0719 10:29:56 0.0252 10:29:57
10:22:09 10:32:08

26/08/20 26/08/20
Noturno 0.0340 22:47:11 0.0047 22:47:10 0.0303 22:42:29 0.0059 22:42:29 0.0458 22:42:29 0.0080 22:42:29
22:38:34 22:48:33

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 91


p5_s r_d 200825 002 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
10:24:00 10:25:00 10:26:00 10:27:00 10:28:00 10:29:00 10:30:00 10:31:00 10:32:00 10:33:00
LA eq
Curs or: 25/08/2020 10:23:12 - 10:23 :13 LA eq=45,6 dB

Gráfico 6-55: Som residual. Ponto RV5: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p5_s r_n 200826 002 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
22:40:00 22:41:00 22:42:00 22:43:00 22:44:00 22:45:00 22:46:00 22:47:00 22:48:00 22:49:00
LA eq
Curs or: 26/08/2020 22:39:34 - 22:39 :35 LA eq=42,7 dB

Gráfico 6-56: Som residual. Ponto RV5: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-57: Vibração residual. Ponto RV5: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 92


Gráfico 6-58: Vibração residual. Ponto RV5: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-59: Vibração residual. Ponto RV5: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 93


Gráfico 6-60: Vibração residual. Ponto RV5: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.6 RECEPTOR RV6 – CRUZ DOS PEIXOTOS

No receptor RV6, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de atividades de moradores, de conversas,
de aves da ordem Galliformes (galinhas), de reprodução de música, de aves da ordem
Passeriformes (pássaros), de passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação.
Durante as medições de som residual no período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons
percebidos foram provenientes de curso d'água e de insetos da ordem Orthoptera (grilos).

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-40 e Tabela 6-41 a seguir. Do Gráfico 6-61
ao Gráfico 6-66 apresentam-se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 94


Tabela 6-40: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV6.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES

PERÍODO Horário [hh:mm]


Data U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] [%] [m/s]
Inicial Final

Diurno 33,7 25,2 26,5 29,4 35,2 63,5 25/08/2020 9:12 9:22 21 58 <5

Noturno 24,8 22,8 23,0 23,8 26,1 45,3 26/08/2020 22:01 22:11 10 81 <5

(1) Umidade Relativa do ar.


NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-41: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV6.

INTERVALO DE
PERÍODO

MEDIÇÃO Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


Início Fim
Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max hh:mm: KBFmax IvIi,max KBFmax
hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] ss [mm/s] [mm/s] [mm/s]

25/08/20 25/08/20
Diurno 0.0177 09:11:55 0.0031 09:12:28 0.0327 09:16:26 0.0051 09:16:22 0.0260 09:17:05 0.0046 09:17:48
09:11:23 09:21:22
26/08/20 26/08/20
Noturno 0.0189 22:03:23 0.0032 22:03:23 0.0200 22:03:09 0.0030 22:03:30 0.0182 22:04:40 0.0025 22:03:01
22:00:29 22:10:28

Nota: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 95


p6_s r_d 200825 001 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
09:13:00 09:14:00 09:15:00 09:16:00 09:17:00 09:18:00 09:19:00 09:20:00 09:21:00 09:22:00
LA eq
Curs or: 25/08/2020 09:12:27 - 09:12 :28 LA eq=54,9 dB

Gráfico 6-61: Som residual. Ponto RV6: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p6_s r_n 200826 001 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
22:02:00 22:03:00 22:04:00 22:05:00 22:06:00 22:07:00 22:08:00 22:09:00 22:10:00 22:11:00
LA eq
Curs or: 26/08/2020 22:01:30 - 22:01 :31 LA eq=25,2 dB

Gráfico 6-62: Som residual. Ponto RV6: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-63: Vibração residual. Ponto RV6: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 96


Gráfico 6-64: Vibração residual. Ponto RV6: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-65: Vibração residual. Ponto RV6: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 97


Gráfico 6-66: Vibração residual. Ponto RV6: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.7 RECEPTOR RV7 – ESTRADA CAETÉ - RANCHO NOVO

No receptor RV7, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de conversas, de aves da ordem
Galliformes (galinhas), de latidos, de aves da ordem Passeriformes (pássaros), de
passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação. Durante as medições de som
residual no período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons percebidos foram provenientes
de insetos da ordem Orthoptera (grilos), de latidos, de anfíbios da ordem Anura (sapos), de
passagem de veículos e da ação do vento sobre a vegetação.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-42 e Tabela 6-43 a seguir. Do Gráfico 6-67 a
Gráfico 6-72 apresentam-se os registros contínuos destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 98


Tabela 6-42: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV7.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES


PERÍODO Horário [hh:mm]
Data U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] Inicial Final [%] [m/s]

Diurno 40,6 31,4 33,7 39,0 43,5 63,6 25/08/2020 14:33 14:43 30 26 <5

Noturno 34,3 25,8 27,3 29,4 39,4 50,8 27/08/2020 0:07 0:15 12 84 <5

(1) Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-43: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV7.

INTERVALO DE MEDIÇÃO Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3


PERÍODO

Início Fim
Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax
hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]
Diurno

25/08/20 25/08/20
0.0529 14:35:27 0.0186 14:35:27 0.0962 14:33:51 0.0137 14:33:51 0.0659 14:32:34 0.0182 14:32:34
14:32:21 14:42:20
Noturno

27/08/20 27/08/20
0.0309 00:15:02 0.0104 00:15:02 0.0276 00:12:42 0.0083 00:12:42 0.0296 00:15:02 0.0116 00:12:42
00:06:23 00:16:22

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 99


p7_s r_d 200825 005 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
14:34:00 14:35:00 14:36:00 14:37:00 14:38:00 14:39:00 14:40:00 14:41:00 14:42:00 14:43:00
LA eq
Curs or: 25/08/2020 14:33:20 - 14:33 :21 LA eq=39,5 dB

Gráfico 6-67: Som residual. Ponto RV7: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p7_s r_n 200827 001 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
00:08:00 00:09:00 00:10:00 00:11:00 00:12:00 00:13:00 00:14:00 00:15:00 00:16:00 00:17:00
LA eq
Curs or: 27/08/2020 00:07:25 - 00:07 :26 LA eq=35,2 dB

Gráfico 6-68: Som residual. Ponto RV7: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-69: Vibração residual. Ponto RV7: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 100


Gráfico 6-70: Vibração residual. Ponto RV7: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-71: Vibração residual. Ponto RV7: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 101


Gráfico 6-72: Vibração residual. Ponto RV7: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.8 RECEPTOR RV8 – ESTRADA CAETÉ – RANCHO NOVO

No receptor RV8, durante as medições de som residual no período diurno (entre 07:01h e
22:00h), os sons percebidos foram provenientes de passagem de aeronave, de aves da
ordem Passeriformes (pássaros), de acionamento de sirene de ré em veículo, de passagem
de veículos e da ação do vento sobre a vegetação. Durante as medições de som residual no
período noturno (entre 22:01h e 07:00h), os sons percebidos foram provenientes de curso
d'água, de insetos da ordem Orthoptera (grilos), de latidos e de passagem de veículos.

Os descritores de níveis acústicos (som e vibração), bem como os dados complementares


das medições estão discriminados na Tabela 6-44 e Tabela 6-45 a seguir. Do Gráfico 6-73 a
Gráfico 6-78 apresentam o registro contínuo destas medições.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 102


Tabela 6-44: Resultados das medições sonoras realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV8.

DESCRITORES DE NÍVEIS SONOROS [dB] DADOS DAS MEDIÇÕES

PERÍODO Horário [hh:mm]


Data U.R. (1) Vento
LAeq,10min LAmin LA90 LA50 LA10 LAFmax Temp. [oC]
[dd/mm/aaaa] [%] [m/s]
Inicial Final

Diurno 34,0 29,2 30,4 33,2 36,9 47,5 25/08/2020 13:36 13:46 <5

Noturno 26,0 22,9 23,4 24,8 28,6 40,4 26/08/2020 23:38 23:48 <5

(1) Umidade Relativa do ar.

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de níveis sonoros são de ± 2,0 dB.

Tabela 6-45: Resultados das medições de vibração realizadas no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural, MG.
Receptor: RV8.

INTERVALO DE MEDIÇÃO
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3
PERÍODO

Início Fim

Data Data IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax IvIi,max KBFmax


hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss hh:mm:ss
hh:mm:ss hh:mm:ss [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s] [mm/s]
Diurno

25/08/20 25/08/20
0.0334 13:39:55 0.0091 13:45:40 0.0231 13:45:40 0.0092 13:45:40 0.0280 13:45:40 0.0107 13:45:40
13:35:44 13:45:43
Noturno

26/08/20 26/08/20
0.0186 23:41:13 0.0033 23:41:13 0.0177 23:44:40 0.0032 23:44:19 0.0166 23:42:17 0.0028 23:40:49
23:37:31 23:47:30

NOTA: As estimativas de incerteza expandida (U) associadas aos resultados dos descritores de vibração é de ± 5 %.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 103


p8_s r_d 200825 004 i n Unti tl ed
S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
13:37:00 13:38:00 13:39:00 13:40:00 13:41:00 13:42:00 13:43:00 13:44:00 13:45:00 13:46:00
LA eq
Curs or: 25/08/2020 13:36:44 - 13:36 :45 LA eq=33,4 dB

Gráfico 6-73: Som residual. Ponto RV8: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

p8_s r_n 200826 003 i n Unti tl ed


S om Intrus i vo S om Res i dual S ound

dB
100

90

80

70

60

50

40

30

20
23:39:00 23:40:00 23:41:00 23:42:00 23:43:00 23:44:00 23:45:00 23:46:00 23:47:00 23:48:00
LA eq
Curs or: 26/08/2020 23:38:33 - 23:38 :34 LA eq=29,3 dB

Gráfico 6-74: Som residual. Ponto RV8: variação temporal do LAeq, com tempo de integração de um
segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

Gráfico 6-75: Vibração residual. Ponto RV8: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 104


Gráfico 6-76: Vibração residual. Ponto RV8: variação temporal do KBFMAX , com tempo de integração
de um segundo. Período: Diurno entre 07:01h e 22:00h.

Gráfico 6-77: Vibração residual. Ponto RV8: variação temporal do IvIi,max, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 105


Gráfico 6-78: Vibração residual. Ponto RV8: variação temporal do KBFMAX, com tempo de integração
de um segundo. Período: Noturno entre 22:01h e 07:00h.

6.4.2.9 ANÁLISE DOS RESULTADOS DE RUÍDO AMBIENTAL

Na Tabela 6-46 estão resumidos os níveis de pressão sonora contínuos equivalentes,


ponderada em A, LAeq,T, dos sons residuais nos receptores. Esses resultados poderão ser
utilizados como referência em futuras análises de ruído ambiental nos monitoramentos
sonoros a serem efetuados durante a fase de implantação e a fase de operação do
empreendimento.

Tabela 6-46: LAeq,T dos sons residuais nos receptores.

SOM RESIDUAL - LAeq,T [dB] SOM RESIDUAL - LAeq,T [dB]


RECEPTOR Período Diurno (entre 07:01h Período Noturno (entre 22:01h
e 22:00h) e 07:00h)
RV1 – Morro Vermelho 42,6 37,5
RV2 – Morro Vermelho 37,9 31,6
RV3 - Caeté 61,4 37,9
RV4 – Área Rural de Rancho Novo 42,9 35,1
RV5 – André do Mato Dentro / Caburé 47,2 42,7
RV6 – Cruz dos Peixotos 33,7 24,8
RV7 – Rancho Novo 40,6 34,3
RV8 – Estrada Rancho Novo 34,0 26,0

Além disso, o empreendimento deve atender aos limites dos níveis de pressão sonora
contínuos equivalentes, ponderada em A, RLAeq estabelecidos em conformidade com a
legislação estadual vigente e a ABNT NBR 10151:2019 (versão corrigida 2020)
considerando o critério mais restritivo, apresentado na Tabela 6-47 a seguir.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 106


Tabela 6-47: Limites dos níveis de pressão sonora contínuos equivalentes,
ponderada em A, RLAeq.
RLAeq [dB]*
RECEPTOR Período Diurno Período Noturno
(entre 07:01h e 22:00h) (entre 22:01h e 07:00h)
RV1 – Morro Vermelho 40 35
RV2 – Morro Vermelho 40 35
RV3 - Caeté 55 48
RV4 – Área Rural de Rancho Novo 40 35
RV5 – André do Mato Dentro / Caburé 40 35
RV6 – Cruz dos Peixotos 40 35
RV7 – Rancho Novo 40 35
RV8 – Estrada Rancho Novo 40 35

* RLAeq em conformidade com a ABNT NBR 10.151:2019 (versão corrigida 2020) e a legislação
estadual vigente, considerando o critério mais restritivo.

Embora não existam limites para os níveis de pressão sonora (LAeq,T) dos sons residuais,
observa-se que os LAeq,T dos sons residuais nos receptores RV1, RV3 a RV5 e RV7 no período
diurno, e nos receptores RV1, RV4 e RV5 no período noturno, ultrapassaram os valores
estabelecidos na Tabela 3 da ABNT NBR 10.151:2019 (reproduzida neste texto na Tabela
6-24), indicando que som residual por si só pode estar gerando incômodo mesmo sem a
ocorrência de atividades do empreendimento no local, o que depende da natureza das fontes
sonoras presentes no som residual. Por outro lado, nos demais receptores e períodos não
citados acima, os níveis de pressão sonora do som residual permaneceram inferiores aos limites
da Tabela 3 da ABNT NBR 10.151:2019, indicando que nesses locais o som residual não está,
a princípio, gerando incômodo. Em ambos os casos, o incômodo gerado pelo ruído está
fundamentalmente vinculado à natureza das fontes sonoras que compõem o som residual.

6.4.2.10 ANÁLISE DOS RESULTADOS DE VIBRAÇÃO AMBIENTAL

6.4.2.10.1 AVALIAÇÃO DE INCÔMODO EM SERES HUMANOS EXPOSTOS A VIBRAÇÕES


EM EDIFICAÇÕES

Na Tabela 6-48 a seguir é apresentado o maior valor de KBFmax, definido dentre os valores
determinados separadamente nos eixos 1, 2 e 3, constantes na Tabela 6-30 a Tabela 6-45
de resultados de vibração apresentadas anteriormente no item 6.4.2.

Tabela 6-48: Valores de KBFmax medidos nos receptores.


PERIODO DIURNO PERIODO NOTURNO
RECEPTOR (entre 07:01h e 22:00h) (entre 22:01h e 07:00h)
KBFmax [mm/s]* KBFmax [mm/s]*
RV1 – Morro Vermelho 0,025 0,007
RV2 – Morro Vermelho 0,013 0,003
RV3 - Caeté 0,068 0,030
RV4 – Área Rural de Rancho Novo 0,023 0,005
RV5 – André do Mato Dentro / Caburé 0,025 0,008
RV6 – Cruz dos Peixotos 0,005 0,003
RV7 – Rancho Novo 0,019 0,012
RV8 – Estrada Rancho Novo 0,011 0,003

* Maior valor entre os Eixos 1, 2 e 3

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 107


Comparando os valores de KBFmax apresentados na Tabela 6-48, apresentada
anteriormente, com os valores critério de avaliação da DIN 4150-2, apresentados
anteriormente na Tabela 6-26, é possível observar que em todos os receptores e períodos
de medição estes valores se encontram abaixo dos limites inferiores estabelecidos para
todos os tipos de habitação.

6.4.2.10.2 AVALIAÇÃO DOS DANOS ESTRUTURAIS EM EDIFICAÇÕES SUBMETIDAS A


VIBRAÇÕES DE LONGA DURAÇÃO

Na Tabela 6-49 a seguir é apresentado o maior valor de IvIi,max, definido dentre os valores
determinados separadamente nos eixos horizontais (eixos 1 e 2) apresentados nas Tabelas
Tabela 6-30 a Tabela 6-45 de resultados de vibração apresentadas anteriormente no item
6.4.2.

Comparando os valores de IvIi,max apresentados na Tabela 6-49 com os valores critério de


avaliação da DIN 4150-3, apresentados na Tabela 6-27, é possível observar que em todos
os receptores e períodos de medição estes valores se encontram abaixo dos limites
estabelecidos para todos os tipos de edificações.

Tabela 6-49: Valores de IvIi,max nos receptores.

PERIODO DIURNO PERIODO NOTURNO


(entre 07:01h e 22:00h) (entre 22:01h e 07:00h)
RECEPTOR
IvIi,max [mm/s]* IvIi,max [mm/s]*

RV1 – Morro Vermelho 0,077 0,039


RV2 – Morro Vermelho 0,057 0,020
RV3 - Caeté 0,153 0,063
RV4 – Área Rural de Rancho Novo 0,103 0,021
RV5 – André do Mato Dentro / Caburé 0,055 0,034
RV6 – Cruz dos Peixotos 0,033 0,020
RV7 – Rancho Novo 0,096 0,031
RV8 – Estrada Rancho Novo 0,033 0,019

* Maior valor entre os eixos horizontais (Eixos 1 e 2).

6.4.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Neste estudo foram apresentados os resultados das medições acústicas realizadas em


receptores no entorno das futuras instalações do Projeto Apolo Umidade Natural. Os
resultados dessas medições foram analisados sinteticamente nos itens 6.4.3.2 e 6.4.3.3
desse relatório e, em síntese, foram apresentados valores dos descritores de níveis
acústicos (som e vibração) que podem vir a ser utilizados como base para análises futuras a
respeito do impacto acústico do empreendimento na comunidade.

Para o ruido embora não existam limites para os níveis de pressão sonora (LAeq,T) dos sons
residuais, observa-se que os LAeq,T dos sons residuais nos receptores RV1, RV3 a RV5 e
RV7 no período diurno, e nos receptores RV1, RV4 e RV5 no período noturno,
ultrapassaram os valores estabelecidos na ABNT NBR 10.151:2019, indicando que som

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 108


residual por si só pode estar gerando incômodo mesmo sem a ocorrência de atividades do
empreendimento no local, o que depende da natureza das fontes sonoras presentes no som
residual. Por outro lado, nos demais receptores e períodos não citados acima, os níveis de
pressão sonora do som residual permaneceram inferiores aos limites da ABNT NBR
10.151:2019, indicando que nesses locais o som residual não está, a princípio, gerando
incômodo. Em ambos os casos, o incômodo gerado pelo ruído está fundamentalmente
vinculado à natureza das fontes sonoras que compõem o som residual.

Para vibração os resultados demonstram que em todos os receptores e períodos de


medição os valores se encontram abaixo tanto dos valores de referência estabelecidos para
incômodo humano quanto para a não ocorrência de dano em estruturas de edificações,
conforme norma DIN 4150 (partes 2 e 3).

6.5 GEOLOGIA

6.5.1 METODOLOGIA

A geologia foi caracterizada considerando como base de informações de dados secundários


do Projeto “Geologia do Quadrilátero Ferrífero – Integração e correção cartográfica em SIG”
(BALTAZAR et al., 2005), Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
(CODEMIG), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (LOBATO
et al., 2005; BALTAZAR et al., 2005). O objetivo do projeto foi reunir, em uma só base
cartográfica corrigida, a geologia disponível, na escala 1:25.000, para o Quadrilátero
Ferrífero - QF, resultante dos projetos de mapeamento geológico DNPM/USGS e
DNPM/CPRM, executados, respectivamente, nos períodos 1946/1964 (DORR, 1969) e
1992/1996 (DNPM-CPRM, 2006). Uma das razões para esta integração se relaciona ao fato
de que o foco principal do projeto DNPM/USGS foi cartografar em detalhe apenas o que era
então conhecido como “Série Minas”, devido a seus importantes depósitos de minério de
ferro, enquanto o projeto DNPM/CPRM visou exclusivamente o Supergrupo Rio das Velhas
por sua importância aurífera. Assim, a integração dos dois projetos de mapeamento
geológico era oportuna e necessária.

Utilizou-se, ainda, das informações dos levantamentos geológicos realizados pela Vale na
área do Projeto Apolo Umidade Natural (VALE 2006, 2008). Os dados secundários foram
complementados com visitas técnicas ao sítio onde se pretende alocar o empreendimento,
com realização de descrições in loco das unidades geológicas presentes e registro
fotográfico das mesmas.

A descrição da geologia da Área de Estudo Regional apresenta, inicialmente, uma


caracterização regional considerando-se sua inserção no Quadrilátero Ferrífero como
unidade de análise. Posteriormente, passa-se para uma abordagem local (Área de Estudo
Local), e finaliza-se com a descrição do ambiente geológico relacionado à área de
implantação do projeto (Área Diretamente Afetada), bem como das características do corpo
de minério.

Ainda no âmbito do diagnóstico geológico foi conferido detalhe na AEL para os aspectos
geotécnicos das unidades litoestratigráficas. A caracterização geotécnica dos substratos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 109


rochosos e coberturas superficiais presentes na AEL do projeto foi elaborada com base nos
critérios de classificação e na descrição das Unidades Geotécnicas do Projeto APA Sul
RMBH – Estudos do Meio Físico, Geotecnia (PIMENTEL et al., 2005). Neste estudo, a
metodologia proposta para individualização e caracterização das unidades geotécnicas teve
como premissa primeira, a adoção dos produtos temáticos resultantes do Projeto APA Sul
RMBH, entre eles, os mapas geológico, geomorfológico e pedológico, em escala 1:50.000.
Essa proposta previa a integração dos mapas temáticos com os dados de levantamentos de
campo, de pesquisa bibliográfica e de investigações geológico-geotécnicas elaboradas por
terceiros. Estes dados permitiram a compartimentação preliminar das unidades geotécnicas
com base em alguns comportamentos homogêneos esperados para determinados grupos
de solos.

Entretanto, com a evolução dos trabalhos e do conhecimento sobre o meio físico da área
do projeto, ficou evidente o predomínio de algumas das variáveis temáticas na
determinação do comportamento geotécnico dos materiais (PIMENTEL et al., 2005). É
evidente a importância da geologia, no condicionamento geotécnico dos materiais no
Quadrilátero Ferrífero. São evidentes também, a correlação e dependência existente
entre compartimentação geomorfológica e suas unidades de relevo, em relação ao
arcabouço geológico e estrutural. Essa constatação reforçou o entendimento de que os
procedimentos e métodos a serem adotados para a individualização e caracterização de
unidades geotécnicas, deveriam ser realizados com base nas unidades litológicas,
acrescidas das componentes de solo, relevo e estruturas.

Desta forma, o estudo de referência supracitado aborda os aspectos geotécnicos em


relação à capacidade de suporte, escavabilidade, suscetibilidade aos processos erosivos,
rupturas de taludes e inundações dos terrenos, os quais foram abordados no presente
diagnóstico para as unidades com ocorrência na AEL do Projeto Apolo Umidade Natural.
Feições erosivas e aquelas relacionadas com movimentos de massa foram descritas
segundo aspectos morfológicos, litológicos, estruturais, geotécnicos e fatores
condicionantes dos processos. Dados referentes à percussão, com ensaios SPT, gerados
por terceiros, foram analisados com a finalidade de fornecer parâmetros comparativos sobre
a capacidade de suporte dos materiais. Foram utilizados também, dados referentes aos
perfis descritivos de solos, provenientes do levantamento pedológico realizado no Projeto,
os quais foram analisados sob o ponto de vista geotécnico.

Complementando o estudo geotécnico feito com base em dados secundários, foram


realizadas visitas técnicas à área. Estes trabalhos de campo auxiliaram na análise dos
riscos geológico-geotécnicos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 110


6.5.2 RESULTADOS

6.5.2.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

6.5.2.1.1 LITOESTRATIGRAFIA

A Área de Estudo Regional está inserida na porção norte do Quadrilátero Ferrífero (QF), na
borda sul do Cráton do São Francisco. O QF representa um terreno granito-greenstone
coberto por sequências supracrustais Proterozoicas. A sua litoestratigrafia pode ser
subdividida em cinco unidades principais (DORR, 1969; MARSHAK e ALKMIM, 1989;
ALKMIM e MARSHAK, 1998) as quais incluem, da base para o topo, os Terrenos granito-
gnáissicos (idade de 3,2-2,9 Ga, CARNEIRO et al., 1994), o Supergrupo Rio das Velhas
(3,0-2,7 Ga, MACHADO et al., 1989; MACHADO e CARNEIRO, 1992), o Supergrupo Minas
(<2,6-2,4 Ga, BABINSKI et al., 1991, MACHADO et al., 1996), o Grupo Itacolomi (2,1 Ga,
MACHADO et al., 1993) e o Supergrupo Espinhaço (ca. 1,7 Ga, MACHADO et al., 1989,
1996). A Figura 6-15 apresenta o mapa com a Geologia simplificada para o contexto do QF,
demonstrando a distribuição das principais unidades litoestratigráficas e a forma
quadrangular da região, delineada pela distribuição das rochas metassedimentares do
Supergrupo Minas – a qual originou o nome Quadrilátero Ferrífero.

Na Área de Estudo Regional as litologias são representadas por rochas do Complexo


Granito-Gnáissico, Supergrupo Rio das Velhas (grupos Nova Lima e Maquiné), Supergrupo
Minas (grupos Caraça, Itabira, Piracicaba e Sabará) e coberturas superficiais do Cenozoico
(Figura 6-16 e Tabela 6-50). A AEL também foi representada neste mapa, uma vez que foi
utilizada a mesma base cartográfica para avaliação.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 111


560000 590000 620000 650000 680000
MT
BA

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7830000

7830000
ES

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7800000

7800000
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Geologia
Formação Cauê - SG Minas
7770000

7770000
Grupo Itacolomi
Supergrupo Espinhaço
Supergrupo Minas
Supergrupo Rio das Velhas
Terrenos Granito-Gnaissicos
Corberturas Cenozóicas
Fácies Itacolomi
Rocha Intrusiva

Projeto Apolo Umidade Natural


AEL - Área de Estudo Local
7740000

7740000
AER - Área de Estudo Regional

Localidades/Referências
/ Capital Estadual (Belo Horizonte)
"
! Sede Municipal
Limite Municipal

560000 590000 620000 650000 680000

® Base Cartográfica (Fonte): Limites políticos (IBGE, 2015); Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Áreas de Estudo (Amplo, 2020); Projeto Apolo (Vale, 2021); Projeção: Transverse Mercator
Geologia (CODEMIG, 2005). Datum: SIRGAS 2000
Título:
Geologia simplificada do Quadrilátero Ferrífero e inserção da AER
1:500.000
Km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 10 20 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_geologia_quadrilatero_A3_v03
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n N23co Coluvião: fragmentos rolados, constituídos de matacões, calhaus e seixos de hematita em solo aluvial

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20 40 Sedimento lacustre: argilito, arenito e linhito
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30 32 Diques de metadiabásio

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45 PP1mpc Formação Cercadinho - Filito, filito grafitoso, quartzito, quartzito ferruginoso.
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Formação Gandarela - Dolomito, calcário magnesiano; itabirito dolomítico, com filito e quartzito.
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30 GRUPO CARAÇA
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Formação Batatal - Xistos e filito cinza e marrom

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Formação Moeda - Quartzito com intercalações de filito e conglomerado

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SUPERGRUPO RIO DAS VELHAS
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50 FORMAÇÃO CASA FORTE

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Ü 52 72 50 50 45 40 Unidade Capanema - Sericita xisto e sericita-quartzo xisto fino. (Associação de Litofácies Não-Marinha:

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35 45 Unidade Jaguara - Quartzito sericítico de granulação média a grossa e grit; metaconglomerado polimítico
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s 75 50 Unidade Rio de Pedras - Quartizito sericítico fino e quartzo-sericita xisto; xisto carbonoso subordinado.
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40 40 Unidade Córrego do Sítio - Quartzo-carbonato-mica-clorita xisto, quartzo-mica xisto, filito carbonoso; formação

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Unidade Mindá - Plagioclásio-clorita-mica xisto, sericita-moscovita-quartzo xisto, quartzo-clorita-mica xisto; xisto
85¹¦ ¦

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(
35
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50
carbonoso e formação ferrífera subordinados.
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GRUPO NOVA LIMA


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Unidade Mestre Caetano - Sericita-clorita-quartzo xisto, sericita-clorita xisto, sericita xisto e xisto carbonoso;
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formação ferrífera e quartzo-ankerita xisto subordinados.


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7785000
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48 40 Unidade Morro Vermelho - Metabasalto toleiítico e komatiítico, formação ferrífera e metachert; xisto epiclástico e
nÜ 42 20 60

s
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¦85
47 50
o 35

o
90 30 35 metavulcânica félsica subordinados. Formação ferrífera (ff). Sericita-Quartzo Xisto (sq).

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46

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45 50 40 45
47 Unidade Ouro Fino - Metabasalto toleiítico e komatiítico, metaperidotito e metatufo básico; metavulcânica ácida,
N23ca
50
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30 40 metachert, formação ferrífera e xisto carbonoso subordinados. Formação ferrífera (ff). Talco xisto (tx).
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Conglomerados (cg). Xisto grafitoso (xg).


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Gnaisse granítico e granodioritico, granito foliado, biotita gnaisse, homblenda gnaisse.


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35 6 44 50 Contato geológico aproximado Acamamento com foliação sub-paralela


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50 45 50 50 55 50 55 Contato geológico definido Acamamento ou Bandamento composicional com mergulho medido


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Clivagem de crenulação ou fratura com mergulho medido, fase 3


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¦ ¹

60 25 65
¦

45
M oÜoo v o

45 Clivagem de crenulação ou fratura com mergulho medido, fase 4


o o
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48 35 Falha indiscriminada definida


(

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35
85

Direção de camadas verticais


É 35 43 65 40
o 32
o

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35
o

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37 25 40 65

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Ü 30

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30 75 Falha indiscriminada inferida
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(
74 45
8
5

30 Direção de clivagem vertical

s s 8
60
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¦85 58
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¦

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o

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o

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Ü 70 39 Falha normal aproximada

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(

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(

¦85 ¦ ¦8 85

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45 45 Direção e caimento de lineação
( (
(
(

50 45 25 55
53
¹ sss o 60 33
ê

19 65
é 72 so¹ 70
A4rncs
Falha normal definida
os
¦

ÜÜ ÂÜ A4rmcdv 10 Ü 40 65
o 65
¦8ê

30
¹

ss ss
45 75 Direção e mergulho das camadas
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7780000
30 76 60 85 90
n

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45 40 45 60 75 d d Fratura preenchida (diabásio)


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%

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¦

40 È o Direção e mergulho de camadas invertidas


(

42 10 45
n

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45
n o 50 40 65
(

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(
¦

n
85 5

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(

80 Traço axial aproximado de anticlinal invertido


¦

38
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» 35 75 I

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ê

78
¦

45 40 Direção e mergulho de clivagem


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80
o ov
o

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90 80
30
¹
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(

35 35 70 50
A4rmcdv(cg) Ü Ü Ü o Traço axial aproximado de anticlinal normal
(

40
(

32 Lineação B
15 35 50
» »» o 15
¹
ê

s 30 75 60
(

50 55
n n 40
PP1mig PF Direção e mergulho de foliação
¦
(
(

55

¦
85
F 75 85 75
¦

30 50
oÜÜ vv
(

45
(
(

A3rnsq(ff) 40 37 Traço axial aproximado de sinclinal invertido


( so vvv
MF

30 30
(

35
n 80 Lineação B, fase 2
( (
o ¦

30
85

20 82 ¦ Foliação com mergulho medido, fase 2

É
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¦

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65 40 20 ¦»» ¦ » 45 60
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Ä
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Ü 25 50 40 90
o

60

É
35
85 Traço axial aproximado de sinclinal normal
36 90 85
o o ÜÜ ¦
¹
¦

45 35 75
( 60
50 90 M
(

60
(
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Junta Vertical Lineação B, fase 3


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40
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12 60
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Ü
85 5

45 80
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45 25 35
o 50 70
%

40 Traço axial definido de anticlinal normal


F
¦

81
(

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Ü n 58
(

45
Ü
(

¦85

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o

35
8

50 80 55 F
5

Junta com mergulho medido

5
45 45 80
(

30 25
( ((

35 Lineação de estiramento ou mineral

I
36 25
o

50
o
% ê

55 90
25
Ü
¹

A4rmcdv(d)
40
¹

(
8

Traço axial definido de sinclinal normal


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Projeto:
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Base Cartográfica ( (Fonte): Limites políticos (IBGE, 2015); Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
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Geologia (CODEMIG, 2005); Áreas de Estudo (Amplo, Projeção: Transverse Mercator


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2020); (Projeto Apolo (Vale, 2021). Datum: SIRGAS 2000
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Título:
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Mapa de Geologia das Áreas de Estudo


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1:90.000 Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
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Km Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3


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Tabela 6-50: Coluna litoestratigráfica da AER – Projeto Apolo Umidade Natural.
Unidade Geológica Simbologia Litologia
Fanerozoico (Cenozoico)
COBERTURAS SUPERFICIAIS
Aluvião* (Neogeno) N34al Areia e cascalho.
Colúvio (Neogeno) N23co Fragmentos rolados, constituídos de matacões, calhaus e seixos de hematita em solo aluvial.
Sedimentos
E23sl Argilito, arenito e linhitos.
Lacustres (Paleogeno)
Canga (Paleogeno) Eca Fragmentos de rocha cimentados por limonita.
ROCHAS INTRUSIVAS DE IDADE INCERTA
Pegmatito peg Pegmatito e outras intrusões graníticas.
Diques md Diques de diabásio.
Proterozoico (Paleoproterozoico)
SUPERGRUPO MINAS
GRUPO SABARÁ
Indiviso PP2ms Clorita-sericita xisto, quartzito sericítico, quartzito feldspático e metagrauvaca.
GRUPO PIRACICABA
Formação Cercadinho PP1mpc Quartzito ferruginoso, quartzito, grit, quartzo sericita xisto, filito, sericita xisto, talco xisto e grafita xisto.
GRUPO ITABIRA
Formação Gandarela PP1mig Dolomito, itabirito dolomítico, calcário e filito. Itabirito (it).
Formação Cauê PP1mic Itabirito e itabirito dolomítico, com lentes de dolomito. Hematita compacta e friável (h).
GRUPO CARAÇA
Formação Batatal PP1mcb Filito sericítico, filito carbonoso, lente de quartzito fino e de formação ferrífera.
Formação Moeda PP1mcm Quartzito cinza, grit e conglomerado, quartzo-sericita xisto com lentes de filito intercaladas; quartzito filítico, quartzo-mica xisto e conglomerado.
Arqueano
Neoarqueano
SUPERGRUPO RIO DAS VELHAS
GRUPO MÁQUINÉ
Formação Casa Forte
A4rmcc Sericita xisto e sericita-quartzo xisto fino.
Unidade Capanema
A4rmcj Quartzito sericítico de granulação média a grossa e grit; metaconglomerado polimítico e quartzo-mica xisto subordinado.
Unidade Jaguara
Formação Palmital
A4rmrp Quartizito sericítico fino e quartzo-sericita xisto com estratificação cruzada de pequeno a médio porte; xisto carbonoso subordinado. Quartzito sericítico (qts).
Unidade Rio das Pedras
GRUPO NOVA LIMA
Unidade Córrego do Sítio A4rncs Quartzo-carbonato-mica-clorita xisto, quartzo-mica xisto, filito carbonoso; formação ferrífera subordinada. Formação ferrífera (ff). Sericita-quarzto xisto (sq).
Unidade Mindá A4rnm Plagioclásio-clorita-mica-quartzo xisto, sericita-quartzo xisto (sq), quartzo-clorita-mica xisto; xisto carbonoso e formação ferrífera subordinados.
Mesoarqueano
GRUPO NOVA LIMA
Unidade Morro Vermelho A3rnmv Metabasalto toleiítico e komatiítico, formação ferrífera (ff) e metachert; Sericita-quartzo xisto (sq); xisto epiclástico e metavulcânica félsica subordinada.
Unidade Ouro Fino A3rnof Metabasalto toleiítico e komatiítico, metaperidotito e metatufo básico; metavulcânica ácida, metachert, formação ferrífera (ff) e xisto carbonoso subordinado; talco-xisto (tx).
COMPLEXOS GRANITO GNÁISSICOS
Complexo Caeté A3ca Gnaisse granítico e granodiorítico, granito foliado, biotita gnaisse, hornblenda gnaisse

*Unidade não é representada no mapa geológico por não ser mapeável na escala apresentada.
Fonte: DNPM-CPRM,1996 / Baltazar et al., 2005.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 114


6.5.2.1.1.1 Complexos Granito Gnáissico

Estes complexos abrigam os terrenos mais antigos da região de estudo, uma vez que
Arqueanos. No mapeamento de referência o embasamento cristalino recebe nomes
informais das localidades presentes nas quadriculas, de maneira que na área do projeto
ocorre o Complexo Caeté (porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero).

6.5.2.1.1.1.1 Complexo Caeté

O Complexo Caeté ocorre na porção norte da AER (2.776 +/- Ma, Machado et al. 1989),
região próxima ao Acesso Norte Caeté e Barão. As rochas mais comumente encontradas se
referem a gnaisse granítico e granodiorítico, granito foliado, biotita gnaisse e hornblenda
gnaisse. De acordo com Rossi (2014) “as rochas podem apresentar-se isótropas ou foliadas,
resultado de sucessivos processos tectono-metamórficos superimpostos. Esta foliação
orienta-se com mergulhos elevados, segundo as direções principais N-S, NE-SW e E-W e,
subordinadamente, NW-SE”.

6.5.2.1.1.2 Supergrupo Rio das Velhas

O Supergrupo Rio das Velhas (SGRV) (3,0-2,7 Ga, Machado et al. 1989,1992, DNPM-
CPRM 1995, 1996) representa uma sequência do tipo greenstone belt subdividida nos
Grupos Nova Lima e Maquiné. Podem ainda ocorrer intrusões locais de rochas máficas e
ultramáficas.

6.5.2.1.1.2.1 Grupo Nova Lima

O Grupo Nova Lima ocorre na porção central da AER, alongando-se em direção meridional,
entre as unidades do Grupo Maquiné, a oeste, e do Supergrupo Minas (Grupo Caraça) a
leste. Representa a unidade inferior do Supergrupo Rio das Velhas e é formado por rochas
vulcânicas máficas e ultramáficas, rochas plutônicas subordinadas, sedimentos químicos,
rochas vulcânicas félsicas e sedimentos clásticos e vulcanoclásticos.

A partir de trabalhos de detalhe em áreas de distritos auríferos, várias divisões informais


foram propostas para o Grupo Nova Lima, tais como Ladeira (1980), Oliveira et al. (1983),
Vieira & Oliveira (1988) e Vieira (1991). Com base no mapeamento realizado na escala
1:25.000 pela CPRM (BALTAZAR & SILVA, 1996) e no estudo integrado das rochas
vulcânicas e sedimentares, Baltazar e Pedreira (1996), modificado por Baltazar & Zuchetti
(2005) agruparam as rochas do Supergrupo Rio das Velhas em associações de litofácies
geneticamente relacionadas. Estas associações serviram de base para a divisão
litoestratigráfica do Grupo Nova Lima. Na AER ocorrem as Unidades Ouro Fino, Morro
Vermelho, Mindá e Córrego do Sítio.

A Unidade Ouro Fino (A3rnof) constitui a porção basal do Grupo Nova Lima. Ocorre na
extremidade NW e na porção centro norte da AER. É constituída por sequências de lavas

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 115


komatiíticas e toleiíticas, com corpos intrusivos de diabásios (md), gabros, anortositos e
peridotitos, subordinados. Intercaladas ocorrem formações ferríferas bandadas (ff), talco-
xistos (tx), metachert, tufo máfico, vulcanoclásticas félsicas e xisto carbonoso. As lavas
ultramáficas estão representadas por komatiítos peridotíticos com estruturas típicas de lavas
maciças, almofadadas e brechadas com textura spinifex e quench structures
(SCHORSCHER, 1978; SICHEL, 1983). Os peridotitos intrusivos estão representados por
rochas com textura cumulática, onde se observam pseudomorfos de olivina substituídos por
serpentina. As sequências máficas predominam e estão representadas por basaltos
toleiíticos e, em menor proporção, komatiíticos, que ocorrem na forma de lavas maciças e
almofadadas (LADEIRA, 1980, 1981). Os basaltos apresentam várias texturas primárias
preservadas, tais como variolítica, amigdaloidal, branching plagioclásio, subofítica e
micrográfica. Os derrames estão intercalados com formações ferríferas e metachert,
indicando ambiente de fundo oceânico (BALTAZAR et al., 2005).

A Unidade Morro Vermelho (A3rnmv) ocorre envolvendo a Unidade Ouro Fino na porção
centro norte da AER. É formada predominantemente por rochas vulcânicas, sedimentos
químicos e sedimentos clásticos, que se agrupam de duas maneiras: um conjunto vulcano-
químico e outro clasto-químico. O primeiro caracteriza-se por apresentar basaltos toleiíticos
e komatiíticos intercalados com abundantes pacotes de formação ferrífera e metachert, com
filito carbonoso subordinado. É comum a alternância rítmica entre derrames basálticos e
leitos de formação ferrífera e metachert, com espessuras que variam de centímetros até
metros, evidenciando a contemporaneidade destes litotipos. O segundo conjunto
caracteriza-se pela alternância entre sedimentos clásticos finos e sedimentos químicos; são
pelitos predominantemente e filitos carbonosos intercalados com formações ferríferas e
metachert. A Unidade Ouro Fino grada verticalmente para esta unidade com o predomínio
das formações ferríferas sobre os leitos de basalto. Os contatos da Unidade Morro Vermelho
com as unidades inferiores e superiores são tectônicos por falha de empurrão. A associação
toda foi depositada em ambiente de fundo oceânico (BALTAZAR et al., 2005).

A Unidade Mindá (A4rnm) ocorre na porção NW da AER, formando uma faixa de direção N-
S na porção central. É composta por plagioclásio-clorita-mica, sericita-moscovita-quartzo,
quartzo-clorita-mica xistos; xisto carbonoso e formação ferrífera são subordinados.
Representam predominantemente metapsamitos e metapelitos intercalados, com
estratificação gradacional preservada, e sedimentos químicos subordinados. Os contatos
com as unidades inferiores e superiores são tectônicos por falha de empurrão (BALTAZAR
et al., 2005).

A Unidade Córrego do Sítio (A4rncs) ocorre na porção noroeste entre as unidades Morro
Vermelho e Mindá. Predominam quartzo-carbonato-mica-clorita e quartzo-mica xistos, filito
carbonoso, formação ferrífera subordinada e sericita-quartzo xisto. Estas rochas
representam metapelitos e metapsamitos, em parte carbonosos, com estratificação
gradacional e cruzada preservadas, e com sedimentos químicos subordinados. Os contatos
com as unidades Morro Vermelho e Mindá são tectônicos por falha de empurrão
(BALTAZAR et al., 2005). As unidades Mindá e Córrego do Sítio transicionam vertical e
lateralmente para a associação de rochas vulcanoclástica (a qual não ocorre na AER),

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 116


constituindo uma evolução dos processos de fragmentação e transporte das rochas
vulcânicas e vulcanoclásticas. A principal característica destas unidades é a ciclicidade de
camadas, com espessuras variando desde subcentimétricas a até cerca de 50 centímetros,
com gradação granodecrescente dentro de cada ciclo, variando de tamanho areia grossa na
base até argila carbonosa no topo, com contatos bruscos entre os ciclos. Estruturas
primárias como estratificação horizontal plano-paralela e cruzada tabular são comuns e,
localmente, observa-se estrutura em chamas (flame structure). Estas características
básicas, tais como a ciclicidade, gradação interna destes ciclos e contatos abruptos entre si,
permite interpretar as unidades Mindá e Córrego do sítio como resultante de deposição por
correntes de turbidez de alta e baixa densidade. Em geral, é possível identificar divisões de
Bouma incompletas, representando turbiditos de areias proximais e distais (ZUCCHETTI et
al., 1996; ZUCCHETTI e BALTAZAR, 1998).

6.5.2.1.1.2.2 Grupo Maquiné

O Grupo Maquiné é constituído por um pacote relativamente espesso de rochas


metassedimentares clásticas agrupadas nas formações Palmital (O’Rourke in Dorr 1969) e
Casa Forte (GAIR, 1962). Na AER ocorrem as Unidades Rio de Pedras (Formação
Palmital), Jaguara e Capanema (Formação Casa Forte).

A Unidade Rio de Pedras (A4rmprp) ocupa a faixa distribuída na porção oeste da AER,
acompanhando o limite, sendo composta por quartzitos, sericíticos ou não, quartzo-sericita
xisto e xisto carbonoso subordinado, representando metarenitos, metagrauvacas e
metargilitos, com estratificação cruzada preservada de pequeno a médio porte.
Representam metaturbiditos proximais. Os contatos são tectônicos por falha de empurrão
com a unidade Mindá e normal com a unidade Jaguara (BALTAZAR et al., 2005).

A Unidade Jaguara (A4rmcj) ocorre na porção sudoeste da AER e é formada por quartzito
sericítico de granulação média a grossa e grit, metaconglomerado polimítico e quartzo-mica
xisto subordinado. Mostra estratificação gradacional e cruzada acanalada e tangencial
preservadas. Representa uma litofácies “arenito de granulação grossa” e foi interpretada
como depósitos aluvial-fluviais de fluxo, não confinado, de um sistema de rios entrelaçados.
Os conglomerados podem ser interpretados como barras longitudinais, linguóides ou de
preenchimento de canal. Os arenitos com estratificação plano-paralela e associados a
conglomerados são depósitos fluviais de águas rasas de topo de barra, os arenitos com
estratos cruzados acanalados depositaram-se em águas mais profundas em canais fluviais
e os arenitos com laminação cruzada tabular são interpretados como barras linguóides
(BALTAZAR et al., 2005).

A Unidade Capanema (A4rmcc) ocorre em pequena porção na extremidade sul da AER.


Compõe-se de sericita xisto e sericita-quartzo xisto fino ocorrendo em íntima associação
com a unidade Jaguara para a qual transiciona. Representa uma litofácies “arenito de
granulação fina a média” e foi interpretada como depósitos aluvial-fluviais distais de um
sistema de rios entrelaçados. Seus litotipos principais são sericita e sericita-quartzo xistos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 117


de granulação fina, com estratificação gradacional e cruzada preservadas. Os contatos com
a unidade Mindá são tectônicos por falha de empurrão (BALTAZAR et al., 2005).

6.5.2.1.1.3 Supergrupo Minas

O Supergrupo Minas (SGM) (<2,6-2,4 Ga, BABINSKI et al. 1991, MACHADO et al. 1996) é
caracterizado por uma sucessão de rochas metassedimentares de origem fluvial a marinha
plataformal composta, da base para o topo, pelos grupos Caraça, Itabira, Piracicaba e
Sabará. Na AER ocorrem todas estas unidades, as quais ocupam sua porção leste. Na foto
a seguir ilustração da vertente norte da serra, contato entre Supergrupos Minas e Velhas.

Foto 6-13: Vista para transição entre Grupo Nova Lima e Grupos Caraça (com afloramentos de
quartzitos Moeda e filitos Batatal no escarpamento., em direção ao topo da Serra do Gandarela, onde
ocorre a canga.

6.5.2.1.1.3.1 Grupo Caraça

O Grupo Caraça foi descrito por Dorr et al. (1957) como um conjunto de rochas clásticas
situadas entre a discordância regional do Supergrupo Rio das Velhas e os metassedimentos
químicos do Grupo Itabira. O Grupo Caraça corresponde à sequência terrígena inferior da
bacia sedimentar e é constituído por metassedimentos clásticos (metaconglomerados do
tipo Witwatersrand, metarenitos e metapelitos) depositados na fase inicial de abertura do rift
(depósitos aluviais a deltáicos) em discordância angular e erosiva sobre as rochas do Grupo
Nova Lima. Muitas feições discordantes foram obliteradas pela deformação, porém são
ainda visíveis em alguns locais. Os contatos do Grupo Caraça com as rochas do Grupo
Itabira são concordantes e localmente gradacionais (DORR, 1969; MARSHAK e ALKMIM,
1989; SILVA et al., 2005). O Grupo Caraça é subdividido nas formações Moeda na base e
Batatal no topo.

A Formação Moeda (PP1mcm) é composta por quartzito, quartzo-sericita xisto com lentes
de filito intercaladas, quartzito filítico, quartzo-mica xisto e conglomerado. A espessura

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 118


máxima atribuída a esta formação é de 1.200 m e a média é cerca de 200 m. Caracteriza-se
também pela sua rápida e extrema variação de espessura em certos locais do Quadrilátero
Ferrífero (WALLACE, 1958 e DORR et al. 1969). Na AER aflora numa faixa que não
ultrapassa 200 m de espessura, com direções de mergulho, em geral, para sudeste. Se
estende a partir da porção sul na direção SSE-NNW, infletindo para SW-NE.

A Formação Batatal (PP1mcb) é constituída de filitos sericíticos e filitos grafitosos; contendo


localmente quantidades significativas de clorita e material carbonático representado por
lentes de marga dolomítica de espessura reduzida. Ocorrem intercalações de metacherts e
delgadas lentes de quartzito hematítico, do tipo itabirítico, no topo desta formação. Tem
espessura de 30 m na área tipo, no entanto sua espessura é normalmente superior a 50 m.
Seu contato com a Formação Cauê é gradacional (SIMMONS e MAXWELL,1961; DORR,
1969; SILVA et al., 2005). Na AER as rochas desta formação afloram numa faixa que pode
atingir até 300 metros de espessura, acompanhando a Formação Moeda.

6.5.2.1.1.3.2 Grupo Itabira

O Grupo Itabira foi definido por Dorr et al. (1957) como sendo constituído por uma sequência
metassedimentar dominantemente química, imediatamente superior ao Grupo Caraça. Foi
subdividido em: Formação Cauê (DORR, 1958a) e Formação Gandarela (DORR, 1958b).
Corresponde à sedimentação química plataformal da bacia sedimentar.

A Formação Cauê (PP1mic) é constituída por formações ferríferas bandadas (FFB) do tipo
lago superior com lentes subordinadas de dolomito, níveis de hematita compacta e friável,
filitos e mármore ferruginoso (DORR, 1958a). Encontra-se localizada em uma faixa
distribuída aproximadamente na porção central. Seu principal litotipo é o itabirito que, na
definição de Dorr (1969), corresponde a uma formação ferrífera bandada de fácies oxidado,
perfeitamente laminada e afetada por metamorfismo, motivando a recristalização do chert,
ou jaspe original, em quartzo granular e o ferro em hematita; por espessura aparente na
área estudada atinge em torno de 1.000 m. As partes mais intemperizadas da unidade são
friáveis e liberam os constituintes mineralógicos com relativa facilidade, contrastando com a
rocha fresca, extremamente dura e compacta (DORR, 1969; SILVA et al., 2005). Em grande
parte, as rochas da Formação Cauê estão cobertas por lateritas do tipo Canga. Em alguns
locais a passagem da Formação Cauê para a Formação Gandarela é gradacional (DORR,
1969; SOUZA-GOMES, 1985).

A Formação Gandarela (PP1mcb) (DORR, 1958b) é composta de dolomitos, mármores,


filitos e itabiritos dolomíticos com intercalações de hematita e zonas manganesíferas. Essa
formação ocorre na porção leste da AER, acompanhando a distribuição espacial da
Formação Moeda. Os dolomitos são de granulometria fina a média, geralmente de cor
vermelha, branca ou cinza, muito característica pela estrutura laminada; podem apresentar
estruturas indicativas de fluxo sedimentar e estruturas brechóides. No local-tipo, contém
bancos algais materializados por níveis estromatolíticos de espessura centimétrica. Seu
contato inferior com a Formação Cauê é do tipo gradacional. O contato superior, com o
Grupo Piracicaba, é marcado por uma disconformidade (DORR, 1969; SILVA et al., 2005).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 119


6.5.2.1.1.3.3 Grupo Piracicaba

O Grupo Piracicaba consiste em metassedimentos clásticos, incluindo conglomerado fino,


quartzito e filito grafitoso, contendo esporadicamente precipitados químicos ou bioquímicos.
O Grupo Piracicaba é composto pelas formações Cercadinho, Fecho do Funil, Taboões e
Barreiro. A leste da AER ocorre apenas a Formação Cercadinho (PP1mpc), que
corresponde à sequência turbidítica do Grupo Piracicaba e é composta essencialmente por
metaritmitos ferruginosos caracterizados pela alternância de bancos centimétricos a
decimétricos de quartzito ferruginoso grosseiro com níveis de conglomerado fino e filito
cinzento ferruginoso, em camadas contínuas milimétricas a centimétricas. A unidade contém
localmente bancos de dolomito puro a ferruginoso e lentes de quartzito hematítico grosseiro
do tipo itabirítico. Nos locais onde ocorre, a formação apresenta uma acentuada
instabilidade por causa do alto grau de fraturamento que geralmente possui. Apresenta
espessura máxima de 317 m na localidade-tipo, no entanto, possui espessura média em
torno de 100 m (SILVA et al., 2005). O contato basal com a Formação Gandarela é
discordante erosivo e com a Formação Fecho do Funil é do tipo transicional.

6.5.2.1.1.3.4 Grupo Sabará

O Grupo Sabará (PP2ms) (RENGER et al., 1994), antiga Formação Sabará de Gair (1958),
consiste em filitos, xistos metavulcânicos, metagrauvacas, quartzito sericíticos e quartzito
feldspático, ocorre na porção leste, próximo ao limite da AER. Na seção ao longo do Rio das
Velhas, próximo ao contato com as rochas intrusivas granito-gnaissicas-migmatíticas, na
direção noroeste, aumentam a granulação e o grau metamórfico. A metade superior deste
grupo é composta por biotita-muscovita xisto com porfiroblastos de granada e estaurolita
(GAIR, 1962). A seção tipo ao longo do Rio das Velhas tem 4.000 m de extensão. Estudos
geocronológicos de Noce, 1995 apud Silva, 2005 revelaram uma vasta distribuição de
idades para zircões de uma metagrauvaca do Grupo Sabará variando de 3.100 Ma a 2.100
Ma. A variação de idades indica que o grupo incorporou sedimentos provenientes de várias
épocas, e que 2.100 Ma é a idade máxima para a sua deposição.

6.5.2.1.1.3.5 Rochas Intrusivas

Rochas intrusivas de idade indeterminada incluem diques de diabásio e pegmatitos. Os


diques ocorrem na porção centro norte da AER intrudindo litologias da Unidade Ouro Fino
do Grupo Nova Lima. Já os pegmatitos ocorrem intrudindo a Unidade Morro Vermelho do
Grupo Nova Lima, também na porção centro norte da AER.

6.5.2.1.1.3.6 Coberturas Superficiais

Os Depósitos Cenozoicos englobam a canga, os sedimentos lacustres, os colúvios e os


aluviões. A Canga (Eca) é um produto de alteração intempérica formada por fragmentos de
itabirito e hematita compacta provenientes da Formação Cauê, e, minoritariamente, por
outras rochas; é cimentada por hidróxido de ferro e possui teor de ferro (Fe) entre 40 e 60%.
A posição das ocorrências em superfície corresponde geralmente a elúvios, quando no alto

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 120


das serras, e colúvios quando dispostos nas vertentes, o que implica que podem estar
localizados exatamente sobre as rochas da Formação Cauê, ou extrapolando os limites
desta formação. Sustentam o relevo abrupto das serras e possuem uma espessura média
entre 2 e 10 m. Podem ser classificadas em Canga rica (hematita com pouca limonita);
Canga comum (lascas de hematita e fragmentos de itabirito cimentados por limonita); e
Canga química (limonita cimentando argila e solo ferruginoso) (SILVA et al., 2005).

No Quadrilátero Ferrífero, ocorrem quatro depósitos sedimentares lacustrinos (E23sl) de idade


cenozoica, distribuídos nas bacias do Gandarela, rio do Peixe, Fonseca e Gongo Soco (Maizatto
e Castro, 1993). Na AER ocorre o depósito da bacia do Gandarela localizado na porção leste da
área, dentro da Formação Gandarela, descrito primeiramente por Gorceix (1884).

As rochas sedimentares que compõem o depósito da bacia do Gandarela são linhitos,


folhelhos, arenitos, argilitos e conglomerados (SILVA et al., 2005). Gorceix (1884)
determinou idade terciária para estes depósitos baseado em plantas fósseis existentes
numa camada de linhito com laurináceas, rubiáceas, spondiláceas e ficus que deveriam
pertencer ao Plioceno, quando muito ao Mioceno Superior.

Os depósitos coluviais (N23co) são formados por blocos de rocha imersos numa matriz
argilosa. Ocorrem na porção central da AER sobre as unidades Morro Vermelho, Mindá e
Córrego do Sítio do Grupo Nova Lima.

Os depósitos aluviais (N34al) da AER correspondem a sedimentos arenosos e de


granulometrias variadas depositados na calha dos cursos de água (Foto 6-14). Estes
depósitos são constituídos basicamente por sedimentos de areia quartzosa, fragmentos de
rochas locais com granulometria variável, com frequência de grânulos de itabiritos e
metachert. Ressalta-se que a maioria destes depósitos não são mapeáveis na escala
apresentada no mapa geológico.

Foto 6-14: Depósito aluvionar no córrego Maquiné em meio a afloramentos da Unidade Morro
Vermelho, a jusante do Dique 1-A.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 121


6.5.2.1.2 TECTÔNICA E GEOLOGIA ESTRUTURAL

A evolução tectônica do QF tem sido objeto de muitos debates na literatura. Harder &
Chamberlain (1915), Guimarães (1931), Barbosa (1949), Barbosa (1961) e Guimarães et al.
(1966) foram os pioneiros. Nos anos 60, mapeamento geológico mostrou que o QF era
caracterizado por estruturas dobradas de grande escala. Elas foram interpretadas por Dorr
(1969) como sendo dobras polifásicas invertidas, que refletiam três eventos principais de
deformação, que envolveram as unidades das então séries Rio das Velhas, Minas, Itacolomi
e Pós-Itacolomi. Na interpretação de Ladeira e Viveiros (1984) as dobras são descritas
como sinclinais invertidos.

As rochas dos supergrupos Rio das Velhas e Minas mostram-se empurradas para oeste.
Vieira e Oliveira (1988) descrevem quatro fases de deformação D1, D2, D3 e D4. Quatro
fases Pós-Minas Supergrupo são identificadas por Marshak & Alkmim (1989). Outros
estudos na região propuseram uma (BELO DE OLIVEIRA, 1986; BELO DE OLIVEIRA e
VIEIRA, 1987; BELO de OLIVEIRA e TEIXEIRA, 1990), duas (GUIMARÃES, 1931), e seis
(LADEIRA e VIVEIROS, 1984) fases de deformação. Os trabalhos de Marshak et al. (1994),
Chauvet et al. (1994), Chemale et al. (1994, 1996), Corrêa Neto & Baltazar (1995) e Baltazar
et al. (1993, 1995) reavaliam este tema tão controverso.

Lobato et al. (2000a) apresentam uma síntese dos dados geocronológicos disponíveis para
a região do QF. As idades incluem determinações para os gnaisses e migmatitos arqueanos
tipo TTG, plútons granitóides arqueanos, diques máficos, pegmatitos e granitóides
Proterozoicos e rochas do Supergrupo Minas. Com base nestes dados uma sequência de
cinco eventos pode ser estabelecida para o QF. O primeiro envolveu um período principal de
crescimento crustal anterior a 2.9 Ga, seguido de vários eventos tectônicos curtos
episódicos entre 2860 e 2600 Ma. O primeiro evento ocorreu por volta de 2860 Ma e
envolveu a migmatização de terrenos TTG antigos.

Num segundo evento ocorreu a evolução do greenstone belt Rio das Velhas associada com
eventos tectono-metamórficos e magmáticos entre 2780 e 2700 Ma, o qual pode ser dividido
em duas fases: (i) Plutonismo calco alcalino-tonalítico a granítico, vulcanismo félsico e
retrabalhamento de crosta TTG entre 2780-2760 Ma; intrusão de granitos tardi a pós
colisionais entre 2720-2700 Ma.

No terceiro evento ocorreu a cratonização e sedimentação em plataforma estável seguida


de intrusão de granitos em 2600 Ma. A Sedimentação plataformal de carbonatos da
Formação Gandarela em 2400 Ma indica um longo período de estabilidade tectônica.

Num quarto evento ocorreu a orogenia Transamazônica compreendendo consumo de crosta


oceânica e geração de tonalitos e trondjemitos derivados do manto de idade entre 2162-
2124 Ma (ÁVILA et al., 1998; NOCE et al., 1998), seguida de intrusão de granitos sin a tardi-
colisionais de derivação crustal, e sedimentação tipo foreland basin. O colapso do orógeno
resultou no desenvolvimento de estruturas tipo dome-and-keel, que é a estrutura dominante

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 122


do QF (ALKMIM E MARSHAK, 1998). Idades U-Pb de titanitas entre 2060 e 2030 definem o
período desta fase final extensional.

Num quinto evento ocorreu a deformação do Brasiliano, cuja atuação é marcante ao longo
da borda leste do QF, devido ao transporte de massa de leste a oeste evidenciado nos
fronts de empurrão.

Evidências de tectônica Cenozoica no Quadrilátero Ferrífero têm sido observadas por vários
autores, em pequenos depósitos sedimentares (SAADI, 1991; SAADI et al., 1992;
MAIZATTO e CASTRO, 1993; LIPSKY et al., 2001). Maizatto & Castro (1993) assinalam a
ocorrência de falhas normais sin-deposicionais, com orientações WNW-ESE, afetando a
sequência sedimentar cenozoica da bacia do Gandarela. Lipsky et al. (2001) descrevem
intensa deformação, com falhas normais, reversas e transcorrentes cortando os sedimentos
Cenozoicos do Quadrilátero Ferrífero. Estes autores individualizam três eventos
deformacionais com campos de tensão distintos: um primeiro evento, extensional, com
orientação NNE-SSW, associado à fase de sedimentação eocênica observada por Maizatto
(1997) na bacia do Gandarela; um segundo evento compressivo segundo NW-SE, por vezes
direcional, causando inversão de depósitos e, finalmente; um terceiro representando um
relaxamento das estruturas do evento anterior, com tendência de extensão E-W.

6.5.2.1.3 PRINCIPAIS ESTRUTURAS

Em sua macroestrutura, o QF tem geometria definida por megadobras sinformes e


antiformes, truncadas por cinturões de falhas de empurrão, de direções norte-sul, na sua
parte oriental. As primeiras estruturas estabelecem seus limites norte, sul, oeste e leste,
representados, respectivamente, pelo homoclinal da serra do Curral, e sinclinais Dom
Bosco, Moeda e Santa Rita. A leste, além do Sinclinal Santa Rita, os sinclinais Gandarela,
Ouro Fino e Conta História dispõem-se segundo amplo arco de direção norte-sul,
segmentados pelos cinturões de falhas de empurrão atribuídas ao Ciclo Tectônico
Brasiliano.

As principais estruturas relacionadas à área de inserção do Projeto Apolo Umidade Natural


incluem o Sinclinal Gandarela e o sistema de falhas Fundão Cambotas. O Sinclinal
Gandarela é descrito por Dorr (1969) como uma dobra aberta e normal em sua porção oeste
e isoclinal e invertida para noroeste, em sua porção leste, configurando dois estilos
estruturais distintos, com caimentos de eixos para NE na sua extremidade ocidental e
caimento para SW na sua terminação oriental. Para Chemale Jr. et al. (1994) o Sinclinal
Gandarela é uma estrutura alóctone, invertida, vergente para NW, com os estratos do
Supergrupo Minas dobrados em torno de um eixo NE-SW.

O modelo evolutivo proposto para o sinclinal por Endo et al. (2004) inicia-se no evento
Transamazônico com a geração de uma dobra recumbente regional, com o Supergrupo Rio
das Velhas em seu núcleo, tendo seu flanco inverso redobrado coaxialmente, formando o
Sinclinal Gandarela, uma dobra recumbente com o Supergrupo Minas em seu núcleo. A
dobra é, portanto, um sinclinal antifórmico que adquiriu uma conformação de dobra

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 123


reclinada, com eixo de caimento em torno de 35o para ESE, durante o evento Brasiliano, por
efeito de uma sucessão de dobras-falhas que afetou principalmente seu segmento oriental
(BALTAZAR et al., 2005).

O Sistema de cisalhamento Fundão-Cambotas representa uma frente de empurrões e


dobras compreendida pelas falhas do Fundão (DORR, 1969) e das Cambotas (CROCCO-
RODRIGUES et al. 1989), que se articulam ao sul do Sinclinal Gandarela (CHEMALE JR. et
al., 1994), com diversas escamas de empurrão imbricadas delimitadas pelas falhas de Ouro
Fino, das Flechas, Alegria, Frazão e Água Quente (ENDO & FONSECA, 1992). São zonas
de cisalhamento de empurrão, de direção geral norte-sul, com vetor de transporte tectônico
orientado de leste a oeste.

6.5.2.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL) E DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

6.5.2.2.1 ESTRUTURAS DO PROJETO E ESTRATIGRAFIA

Na Área de Estudo Local (AEL) ocorrem as mesmas unidades litoestratigráficas descritas


para a Área de Estudo Regional, com exceção do Grupo Sabará, conforme apresentado
anteriormente na Figura 6-16. Na Área Diretamente Afetada (ADA) afloram rochas do
embasamento cristalino, do Supergrupo Rio das Velhas, (representadas pelos Grupos Nova
Lima e Maquiné), do Supergrupo Minas e, também, coberturas cenozoicas, conforme o
detalhamento provido pela Figura 6-17.

A futura cava da mina será aberta no domínio das formações ferríferas (itabiritos) da
Formação Cauê (PP1mic), cujos exemplos de afloramentos podem ser observados na
Foto 6-15 e na Foto 6-16 e de coberturas lateríticas ferruginosas (canga-Eca), conforme
demonstrado na Foto 6-17 e na Foto 6-18. Parte dos quartzitos da Formação Moeda e dos
filitos da Formação Batatal também se encontra no domínio da projeção da cava
(Figura 6-17).

Foto 6-15: Área da futura cava - afloramento de Foto 6-16: Área da futura cava – detalhe de
itabiritos da Formação Cauê. afloramento de itabiritos da Formação Cauê.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 124


Foto 6-17: Área da futura cava - Afloramento de Foto 6-18: Área da futura cava – detalhe de
coberturas lateríticas ferruginosas (canga). afloramento de canga.

As pilhas de estéril A e B e a usina de beneficiamento estão projetadas para serem


implementadas em sua maioria sobre os metabasaltos com intercalações de lentes de
formações ferríferas (FFs) da Unidade Morro Vermelho (A3rnmv) do Grupo Nova Lima. A
Foto 6-19 e a Foto 6-20 correspondem aos locais aproximados onde se pretende implantar a
futura PDE (Pilha de Disposição de Estéril) B na paisagem do projeto.

Foto 6-19: Área aproximada da futura pilha de Foto 6-20: Área aproximada da futura pilha de
estéril B – Grupo Nova Lima, Unidade Morro estéril B – Grupo Nova Lima, Unidade Morro
Vermelho. Vermelho.

Na futura área de implantação do ramal ferroviário de conexão com EFVM predominam as


rochas do Grupo Nova Lima associadas às Unidades Morro Vermelho e Ouro Fino, com
ocorrência de metabasaltos, xistos (Foto 6-21), sericitas-quartzo-xistos, com intercalações
de faixas estreitas de formação ferrífera (Foto 6-22).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 125


Foto 6-21: Xisto esverdeado com intercalação de Foto 6-22: Afloramento de metachert e itabirito.
metachert ocorre na Unidade Morro Vermelho ao Ponto onde a camada de itabirito cruza o eixo da
longo do eixo. Fonte: ERM, 2009. ferrovia. Fonte: ERM, 2009.

Na região de implantação do Acesso Norte Caeté e Barão, norte da AEL, ocorrem


predominantemente granitos-gnaisse do Complexo Caeté, correspondendo ao trecho em
estudo com ocorrência de terrenos antigos do embasamento cristalino (Foto 6-23).

Foto 6-23: Vista para área que será utilizada no acesso ao projeto – Acesso Norte Caeté, em meio a
relevo colinoso típico do Complexo Caeté.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 126


(
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7795000
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77
N23co Coluvião: fragmentos rolados, constituídos de matacões, calhaus e seixos de hematita em solo aluvial
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A4rnm

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25 é 25 5
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PALEOGENO

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25 ( 35
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30
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Canga; formação ferrífera detrítica cimentada por limonita

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25 30 30 65
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20 70 ROCHAS INTRUSIVAS DE IDADE INCERTA

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35 20 70
¦ 35 ¦ 50 30 peg Pegmatito e outras intrusivas graníticas
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55 Diques de metadiabásio
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PROTEROZÓICO

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SUPERGRUPO MINAS

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30 30 40 GRUPO PIRACICABA
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é A3rnmv(peg)
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(

A3rnmv Formação Gandarela - Dolomito, calcário magnesiano; itabirito dolomítico, com filito e quartzito.
é 85
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(
25 25 29 Formação Cauê - Itabirito, itabirito dolomítico, dolomito; itabirito ocre na parte superior da formação.

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25
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20 30 45 35 Formação Batatal - Xistos e filito cinza e marrom P

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23 25 PP1mcm
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é A34rnmv(ff) 25 55 SUPERGRUPO RIO DAS VELHAS

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30
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Unidade Rio de Pedras - Quartizito sericítico fino e quartzo-sericita xisto; xisto carbonoso subordinado.
¦
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45 Ü 40 40

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33 70 Unidade Córrego do Sítio - Quartzo-carbonato-mica-clorita xisto, quartzo-mica xisto, filito carbonoso; formação

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¦

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35 A4rncs

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éé é 60 50 50 ferrífera subordinada. Metagrauvaca (gv). Quartzo-ankerita xisto(ls-lapa seca).Formação Ferrífera(ff).
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Unidade Mindá - Plagioclásio-clorita-mica xisto, sericita-moscovita-quartzo xisto, quartzo-clorita-mica xisto; xisto

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42 4
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carbonoso e formação ferrífera subordinados.
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Unidade Morro Vermelho - Metabasalto toleiítico e komatiítico, formação ferrífera e metachert; xisto epiclástico e
¦

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40 40 90 25 35
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45 15 metavulcânica félsica subordinados. Formação ferrífera (ff). Sericita-Quartzo Xisto (sq).


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Unidade Ouro Fino - Metabasalto toleiítico e komatiítico, metaperidotito e metatufo básico; metavulcânica ácida,
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38 60

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A3rnof
Ü 45 metachert, formação ferrífera e xisto carbonoso subordinados. Formação ferrífera (ff). Talco xisto (tx).
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Conglomerados (cg). Xisto grafitoso (xg).
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50 55
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30 COMPLEXO CAETÉ
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40 35
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Gnaisse granítico e granodioritico, granito foliado, biotita gnaisse, homblenda gnaisse.


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35
42
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50 Contato geológico definido Clivagem de crenulação ou fratura com mergulho medido, fase 3
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Falha de empurrão aproximada Clivagem de crenulação ou fratura com mergulho medido, fase 4
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7785000

7785000
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50 Falha de empurrão definida Direção de camadas verticais

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Projeto:
(

PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL


(

Base Cartográfica (Fonte): Limites políticos (IBGE, 2015); Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
(Geologia (CODEMIG, 2005); Projeto Apolo (Vale, 2021). Projeção: Transverse Mercator
(
(

(
(

Datum: SIRGAS 2000


(

Título:
(

Mapa de Geologia do Projeto Apolo


(
(

(
(

1:65.000
(

Elaboração: Data: Formato: Arquivo:


(

Km Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3


(
AP_mf_geologia_ada_A3_v02
(

0 0,65 1,3 1,95 2,6


(

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I
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6.5.2.2.2 GEOLOGIA DO DEPÓSITO APOLO

A área da Jazida Apolo inicialmente estudada está geologicamente situada no flanco oeste
do Sinclinal do Gandarela, conforme apresentado na Figura 6-18.

O minério de ferro situa-se na porção basal dos itabiritos da Formação Cauê (PP1mic), os
quais estão sotopostos aos filitos da Formação Batatal (PP1mcb) e aos quartzitos da
Formação Moeda (PP1mcm), ambos do Grupo Caraça. Na base, o Grupo Caraça está em
contato com os xistos da Unidade Morro Vermelho, Grupo Nova Lima. No topo, a Formação
Cauê encontra-se em contato com a Formação Gandarela, que por sua vez faz contato com
as rochas do Grupo Piracicaba. Rochas intrusivas cortam as formações Cauê e Batatal
(Figura 6-19). A espessura total da Formação Cauê, no Sinclinal do Gandarela, pode chegar
a cerca de 800 metros (VALE, 2008).

Figura 6-18: Mapa geológico simplificado de trecho da região do empreendimento.


Fonte: VALE, 2008.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 128


A Pesquisa Mineral no local envolveu a abertura de galerias e diversas campanhas de
sondagem, ao longo de vários anos, por distintas empresas. Desde 1970 até 2007, foram
executados 477 furos com mais de 60.000 metros de extensão e sete galerias com cerca de
750 metros de extensão no total (Tabela 6-51). De maneira geral, a malha de sondagem tem
espaçamento de 100 x 100 metros, com furos mais espaçados em algumas áreas e outros
mais próximos (25 m x 25 m) na porção nordeste. Os furos têm profundidade média de 117
metros, sendo que os furos mais profundos alcançam a profundidade de cerca de 400
metros. A profundidade máxima alcançada foi de 990 metros. Apenas nas campanhas 8, 9 e
10 foram tomadas medidas de desvios dos furos de sonda (VALE, 2008).

Tabela 6-51: Campanhas de Sondagem realizadas na região do Projeto Apolo Umidade Natural.
Nº de
Campanha Ano Solicitante Executora Metragem Galerias Metragem
furos
1970 a
1 ATAKA & CO Ltda. Geosol* 7 593,00 0 0
1975
1979 a
2 AMAX-FERMAX Geosol* 25 3559,77 0 0
1981
1984 a APOLO/MINAS
3 Geosol 6 1140,55 0 0
1986 NOVAS
1993 a
4 STA. MARIANA S.A. - 79 6479,68 7 756,7
1994
5 1994 EXTRAMIL - 13 614,00 0 0
1997 a
6 FERTECO - 44 4534,40 0 0
1998
2001 a
7 CVRD Geosol 18 1576,70 0 0
2002
8 2003 CVRD Geoserv 3 830,40 0 0
2005 a Mata
9 CVRD 6 1301,30 0 0
2007 Nativa
10 2007 CVRD Geosol 79 16934,95 0 0

Total 280 37564,75 7 756,7

*informação oral do geólogo Julio Seara (empresa ITAMINAS – STA MARIANA).

Fonte: VALE, 2008.

Não existem muitos afloramentos na área de Apolo sendo a maior parte deles cobertos por
canga ou lateritas. Alguns tipos de materiais somente podem ser vistos em galerias ou
testemunhos de sondagem.

A partir dos furos de sonda, observa-se que, localmente, a estrutura pode ser vista como um
homoclinal de direção SW-NE, com mergulhos em torno de 35º com caimento para SE
(VALE, 2008) (Figura 6-19).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 129


NW SE
OC CG
IGO
HF IF

IDO GAD

FL DO
QT IC
XI

Figura 6-19: Seção geológica vertical esquemática mostrando a estratigrafia e os principais tipos
litológicos existentes na Jazida de Apolo.

Legenda: Porção Norte (XI – xisto Nova Lima; QT – quartzito Moeda; FL – filito Batatal; CG – canga; Formação Cauê: IF
(itabirito friável), IC (itabirito compacto); IGO (itabirito goethítico); HF (hematita friável); OC (ocre); IDO (itabirito
dolomítico); DO (dolomito).

Fonte: VALE, 2008.

Os principais tipos de materiais ricos em ferro da jazida Apolo são (VALE, 2008)
(Figura 6-20):

▪ Hematita Friável (HF): este material é formado predominantemente pelo


enriquecimento supergênico dos itabiritos friáveis. Os corpos de hematita friável
ocorrem próximos à superfície e apresentam teores de ferro (Fe) de cerca de 64%.
Possui teores relativamente baixos de fósforo, o que o distingue quimicamente dos
itabiritos goethíticos (IGO). Nos contatos com o itabirito friável ocorre uma quebra
brusca no teor de ferro, embora, localmente, observa-se contato gradacional. A
espessura varia de poucos metros a até mais de 120m;
▪ Hematita Compacta (HC): este material é restrito à região norte da área modelada.
Possui estrutura maciça ou foliada e é rico em goethita. A espessura dos corpos
varia de poucos metros a até 60 metros e o teor médio de Fe é de cerca de 65%,
com altos teores de fósforo (P). Seus contatos com os outros tipos são abruptos;
▪ Itabirito Goethítico (IGO): itabirito hidratado, rico em goethita, com teores médios de
Fe em torno de 56%. Apresentam-se friáveis. A espessura varia de poucos metros
até mais que 200 metros. Podem representar antigos itabiritos carbonáticos, já
totalmente decompostos pela ação do intemperismo;
▪ Itabirito Friável (IF): distingue dos Itabiritos Goethíticos pelos teores bem mais baixos
de Ferro (Fe), Fósforo (P) e Perda ao Fogo (PF). O teor médio de Fe é de
aproximadamente 48%;
▪ Itabirito Compacto (IC): Formações ferríferas bandadas predominantemente
compactas com alternância de bandas quartzosas e de hematita. A espessura não é
bem conhecida, já que estas rochas se encontram em regiões profundas e com
pouca informação. O teor médio deste tipo é de 41.0% de Fe;

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 130


▪ Canga (CG): “rocha composta de fragmentos de formações ferríferas consolidados
por óxidos de ferro, em processos de laterização”. Recobre praticamente toda a
extensão da área da jazida. A espessura média gira em torno de 8 metros podendo
atingir 35 metros. O teor médio de Fe é de cerca de 57% e possui altos teores de
fósforo, alumina e Perda ao Fogo;
▪ Ocre (OC): Rocha argilosa caracterizada por teores elevados de Fe (54% em média).
Trata-se de um litotipo muito hidratado e que traz como parâmetros alumina, fósforo
e perda ao fogo. Não se apresenta como minério devido a dificuldades de
processamento mineral. A espessura varia lateralmente em toda jazida de pouco
metros até centenas, apresentando alguns corpos lenticulares.

Na Figura 6-20 apresentam-se fotografias com os principais litotipos. A Figura 6-21


apresenta duas seções geológicas mostrando as variações do corpo de minério ao longo da
jazida.

O modelo geológico de Apolo foi construído primeiramente a partir da interpretação dos


contatos geológicos entre os furos de sonda e o mapa de superfície, em seções verticais.
No total foram interpretadas 58 seções verticais, espaçadas de 100 em 100 m, 50 em 50 m
ou 25m em 25m. A interpretação feita nas seções verticais foi então transferida para as
seções horizontais espaçadas de 15 em 15 metros, num total de 43 seções. Na
interpretação das seções horizontais utilizou-se uma topografia elevada em 15 m para evitar
vazios durante a discretização do modelo em blocos (VALE, 2008).

Buscou-se no modelamento a definição de zonas geológicas relativamente homogêneas em


que os contatos fossem bem definidos e marcados por descontinuidades mineralógicas,
químicas e/ou granulométricas. Desta forma, muitas amostras foram recodificadas durante o
processo de modelamento geológico (Tabela 6-52) (VALE, 2008).

Após a conclusão do modelo geológico foram construídos os sólidos 3D por extrusão dos
polígonos das seções horizontais (Figura 6-22). O modelo de sólidos foi então discretizado
em blocos de 12,5 x 12,5 x 10 m sem sub-blocos. Para checagem do modelo de blocos
foram feitas seções horizontais e verticais no modelo, comparando-se, visualmente, o
contorno dos polígonos com o carimbo litológico dos blocos.

Todo o trabalho de interpretação geológica da Vale foi feito on screen, utilizando os módulos
de desenho do software Vulcan. O modelo de blocos foi também construído no Vulcan
(VALE, 2008).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 131


Figura 6-20: Tipos de rochas ricas em ferro encontradas na jazida de Apolo.
Fonte: VALE, 2008.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 132


Figura 6-21: Seções geológicas verticais construídas a partir da interpretação de furos de sonda.
Fonte: VALE, 2008.

Tabela 6-52: Tipos modelados na Jazida de Apolo.

TIPOS MODELADOS
HF Hematita Friável
HC Hematita Compacta
IGO Itabirito Goethítico
IF Itabirito Friável
IC Itabirito Compacto
CG Canga
LT Laterita
IN Rochas básica intrusivas
IDO Itabirito dolomítico
DO Dolomito
FL Filito Batatal
QT Quartzito Moeda
XI Xisto Nova Lima
GAD Gandarela
OC Rocha Ocre

Fonte: VALE, 2008.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 133


N

CG

IC
OC

LT

IF
HF

B
Figura 6-22: Sólidos por extrusão dos polígonos das seções horizontais. (A) modelo 3D com a
cobertura de canga; (B) modelo 3D sem cobertura de canga.
Fonte: VALE, 2008.

6.5.2.2.3 GEOTECNIA AMBIENTAL

O objetivo da caracterização geotécnica dos substratos rochosos e das coberturas


superficiais presentes nas áreas do empreendimento tem como objetivo a identificação das
unidades geotécnicas, com base no levantamento geológico e nos comportamentos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 134


previsíveis das litologias quanto a suas características geotécnicas principais. O diagnóstico
é baseado em dados secundários e aos resultados foram associados os locais de
implantação das estruturas previstas no Projeto Apolo Umidade Natural considerando-se o
detalhamento da Área de Estudo Local.

O contexto geológico-geotécnico da Área de Estudo Local está associado às litologias das


rochas do Supergrupo Rio das Velhas, do Supergrupo Minas e das coberturas detrítico
lateríticas e aluviais do Cenozoico. As rochas identificadas na AEL compreendem: gnaisses,
migmatitos, xistos, quartzitos, filitos, itabiritos, dolomitos e calcários, rochas básicas e
ultrabásicas, depósitos lacustres, sedimentos aluvionares, depósitos de tálus, colúvios e
coberturas lateríticas (canga). O comportamento geotécnico de cada unidade geológica
permitiu agrupá-las em unidades geotécnicas segundo Pimentel et al. (2005), trabalho que
também subsidia as descrições do comportamento geral das rochas sob a perspectiva
geotécnica. As unidades geológico-geotécnicas foram individualizadas em dois grandes
grupos:

▪ Unidades Geológico-Geotécnicas relacionadas ao Substrato Rochoso


1) Rochas Gnaisses e migmatitos, 2) Ultrabásicas, 3) Xistos, 4) Xistos e Quartzitos
Finos, 5) Quartzitos, 6) Filitos, 7) Itabiritos, 8) Dolomitos e Calcários, 9) Filitos e
Quartzitos Ferruginosos e 10) Rochas Básicas.
▪ Unidades Geológico-Geotécnicas relacionadas às Formações Superficiais
1) Canga, 2) Coluvionar e 3) Depósitos Aluvionares.

6.5.2.2.3.1 Unidades Geológico-Geotécnicas Relacionadas ao Substrato Rochoso

6.5.2.2.3.1.1 Unidade Geotécnica Gnaisses e Migmatitos

A unidade é constituída de gnaisses, granito-gnaisses, granito-gnaisses porfiríticos e


migmatitos está relacionada, por associação a geologia na área do projeto, ao Complexo
Caeté. Distribui-se principalmente em áreas de relevo de colinas, na região norte da AEL,
próximo a zona rural de Rancho Novo. Os processos intempéricos e pedológicos
desenvolveram sobre essas litologias Latossolos e Argissolos, principalmente. De acordo
com os dados de Pimentel et al. (2005) a capacidade de suporte é em geral elevada. A
escavabilidade é fácil nos locais de ocorrência de solos mais profundos, podendo ser difícil a
muito difícil nos locais onde o topo rochoso apresenta-se mais elevado.

A suscetibilidade a movimentos de massa é baixa, função dos baixos gradientes


topográficos e das características geotécnicas dos materiais de cobertura. Rupturas de
talude ocorrem de modo isolado, relacionadas aos processos de evolução, avanço e
alargamento das feições erosivas (um exemplo que pode ser citado é o das voçorocas na
região da Casa Branca, apesar de não se situarem na área do projeto, representam o
comportamento das rochas dessa unidade). A suscetibilidade à erosão é alta a moderada. A
adaptação das feições erosivas ao longo dos planos das descontinuidades é marcante em
diversas ravinas e voçorocas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 135


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Relacionadas ao Substrato Rochoso
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Projeto Apolo Umidade Natural


AEL - Área de Estudo Local

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Rede Hidrográfica
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630000 640000

®
Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2020), Unidades Geotécnicas (adaptado
doProjeto APA Sul, 2005) e Área de Estudo (AMPLO, 2021). Título:
Mapa de Unidades Geotécnicas da Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_geotecnia_local_A3_v02
6.5.2.2.3.1.2 Unidade Geotécnica Rochas Ultrabásicas (Ug-Ub)

A unidade é relacionada com os esteatitos, talco-xistos, serpentinitos, dunitos, peridotitos,


talco-xistos anfibolíticos, formações ferríferas e turmalinitos, do SGr. Rio das Velhas/Gr.
Nova Lima/unidade Ouro Fino, principalmente. Ocorre ao norte da área em relevo de colinas
e morros convexos, com cambissolos e latossolos. De acordo com Pimentel et al. (2005)
apresenta capacidade de suporte moderada a alta, escavabilidade em geral moderada e
suscetibilidade a processos erosivos entre moderada a baixa. Ocorre a norte da AEL,
entremeada pela unidade xistos e em contato com os Gnaisses e Migmatitos, na região da
ADA Acesso Norte Barão.

6.5.2.2.3.1.3 Unidade Geotécnica Xistos (UG-X)

A unidade é relacionada com os xistos grafitosos, cloríticos e estaurolíticos, fucsita xistos,


talco xistos, sericita-muscovita-quartzo xistos, formações ferríferas, rochas calciossilicáticas,
e zonas de alteração hidrotermal, do SGr. Rio das Velhas/Gr. Nova Lima/ (unidades
Catarina Mendes, Córrego do Sítio, Mindá, Morro Vermelho, Ouro Fino). Ocupa extensa e
larga faixa central da AEL de direção N-S e distribui-se na região da Pilha B e da usina e
estruturas de apoio, bem como na região dos diques e sumps, em relevos de morros
convexos, cristas aguçadas e colinas, com cambissolos e neossolos pouco espessos e
pouco desenvolvidos. De acordo com Pimentel et al. (2005) apresenta capacidade de
suporte moderada a alta, escavabilidade fácil a moderada, suscetibilidade à erosão
superficial alta e moderada a muito alta para os movimentos de massa.

6.5.2.2.3.1.4 Unidade Geotécnica Xistos e Quartzitos Finos (UG-XQF)

A unidade é relacionada com os xistos finos, xistos grafitosos, quartzitos sericíticos finos,
quartzito finos, quartzitos micáceos e, localmente, filitos, do SGr. Rio das Velhas/Gr.
Maquiné/Fm. Casa Forte/Unidade Chica Dona e Fm. Palmital/Unidade Rio das Pedras.
Ocupa uma estreita faixa, de direção N-S, no lado oeste da AEL, região do ribeirão da Prata,
com relevos de serras, patamares e morros convexos, que portam cambissolos,
principalmente, além de afloramentos de rochas e solos litólicos. Apresenta capacidade de
suporte moderada a alta, escavabilidade moderada a fácil e suscetibilidade à erosão
superficial moderada a baixa e moderada para movimentos de massa (Pimentel et al.,
2005).

6.5.2.2.3.1.5 Unidade Geotécnica Quartzitos (UG-QTZ)

A unidade é constituída por quartzitos, quartzitos conglomeráticos, quartzitos ferruginosos,


metaconglomerados, filitos xistosos e metacherts, do SGr. Rio das Velhas/Gr. Maquiné/Fm.
Casa Forte/Unidade Chica Dona, e do SGR. Minas/Fm. Moeda/Gr. Caraça, geralmente.
Ocorre em relevos de platôs quartzíticos, patamares, serras e morros convexos, portando
solos incipientes com textura arenosa. Ocorre em uma estreita faixa na AEL, porção central.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 137


Apresenta capacidade de suporte elevada a muito elevada, escavabilidade difícil a muito
difícil e suscetibilidade baixa aos ravinamentos e localizada a movimentos de massa do tipo
queda de blocos (Pimentel et al., 2005).

6.5.2.2.3.1.6 Unidade Geotécnica Filitos (UG-FIL)

A unidade é relacionada com os filitos e filitos grafitosos, do SGr. Minas/Gr. Caraça/Fm.


Batatal, ocorrendo, em geral, em relevo de colinas, serras e cristas homoclinais, relacionada
a cambissolos e solos litólicos. A variação da relação “plano topográfico/planos estruturais”
controla as variações da capacidade de suporte baixa a alta, bem como de escavabilidade
fácil a moderada até moderada a difícil (Pimentel et al., 2005). A suscetibilidade à erosão é
muito alta, seja por ravinamentos como por movimentos de massa e de rupturas de taludes.
A unidade ocorre em uma estreita faixa na porção central da AEL, na escarpa da serra em
contato com itabiritos e quartzitos.

6.5.2.2.3.1.7 Unidade Geotécnica Itabiritos (UG-ITA)

A unidade é relacionada com os itabiritos com intercalações de filitos, dolomitos e zonas


manganesíferas subordinadas, do SGr. Minas/Gr. Itabira/Fm. Cauê, em relevos de cristas de
homoclinais, serras, platôs lateríticos e escarpas, portando solos litólicos e cambissolos. De
acordo com Pimentel et al. (2005), apresenta capacidade de suporte muita elevada,
escavabilidade muito difícil até moderada, dependendo do litotipo predominante e
suscetibilidade a ravinamento baixa a muito baixa e baixa a elevada para movimentos de
massa. Ocorre em ampla faixa na porção leste da ADA, encoberta em partes pela Unidade
Geotécnica Cangas, na região da cava do projeto.

6.5.2.2.3.1.8 Unidade Geotécnica Dolomitos e Calcários (Ug-Dol)

A unidade é relacionada com os dolomitos, calcários dolomíticos, mármores com níveis


itabiríticos e de filitos, do SGr. Minas/Gr. Itabira/Fm. Gandarela, em faixa de relevo de
patamares, cristas homoclinais, colinas e cristas aguçadas que bordeja o Sinclinal
Gandarela pelo lado leste, portando cambissolos e solos litólicos. Na AEL ocorre na
extremidade leste. Apresenta capacidade de suporte baixa a muito elevada, escavabilidade
fácil a muito difícil e suscetibilidade à erosão baixa, graças a cobertura vegetal, ainda
bastante preservada (Pimentel et al., 2005).

6.5.2.2.3.1.9 Unidade Geotécnica Filitos e Quartzitos Ferruginosos (UG-FQF)

A unidade é relacionada com forte variabilidade litológica dos filitos, filitos grafitosos, filitos
conglomeráticos, quartzitos, quartzitos ferruginosos, dolomitos, talco-xistos, metagrauvacas
e lentes de formações ferríferas, do Gr. Piracicaba, SGr. Minas/Fm. Cercadinho e Gr.
Sabará. O relevo é representado por colinas e serrotes do Gandarela, esporões e morros,
portando cambissolos e solos litólicos. De acordo com Pimentel et al., (2005) apresenta
capacidade de suporte geralmente baixa, escavabilidade variando de fácil a moderada ou

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 138


mesmo difícil e suscetibilidade alta a muito alta aos ravinamentos, bem como alta também
aos movimentos de massa e rupturas de taludes. Ocorre na extremidade sul, na porção
leste da AEL.

6.5.2.2.3.1.10 Unidade Geotécnica Rochas Básicas (UG-B)

A unidade é constituída relacionada com os enxames de diques de gabros, gabros


porfiríticos e diques de diabásio que se encontram principalmente ao longo de baixos
topográficos, portando principalmente cambissolos típicos. Ocorre na AEL entremeando a
unidade rochas ultrabásicas, na porção norte.

6.5.2.2.3.2 Unidades Geológico-Geotécnicas Relacionadas às Formações


Superficiais

As formações superficiais englobam os materiais geológicos de idade cenozoica, se


apresentam sob forma de camadas geralmente delgadas e de extensão limitada a
fragmentos de vertentes ou fundos de vales. No caso da AEL e ADA do projeto, trata-se de
depósitos coluviais e aluviais e de lateritas, nas quais a predominância das carapaças
ferruginosas impôs a denominação de Cangas.

6.5.2.2.3.2.1 Unidade Geotécnica Cangas (UG-CAN)

A unidade é relacionada, quase essencialmente, com cangas, além de níveis de hematita


compacta e friável, bauxita e solos lateríticos concrecionados com espessuras superiores a
2 metros. O relevo de ocorrência é muito variável, de áreas planas de topo de platô a
vertentes bastante inclinadas e o suporte edáfico varia de afloramentos de canga, sob forma
de fina crosta limonítica ou espessa carapaça a solos bauxíticos. Apresenta capacidade de
suporte em geral elevada a muito elevada, escavabilidade variando de moderada (solos) a
extremamente difícil (carapaça), suscetibilidade baixa a ravinamentos, mas elevada a queda
de blocos das escarpas sustentadas pelas cangas (Pimentel et al., 2005). Ocorre na porção
leste da AEL, na região da cava e em suas proximidades do projeto.

6.5.2.2.3.2.2 Unidade Geotécnica Coluvionar (UG-CO)

Esta unidade é relacionada com massas de materiais detríticos carreados por processos
principalmente gravitacionais e hídricos, os quais formam depósitos de encosta, com
espessuras métricas e heterogêneas granulometria e mineralogia, que portam cambissolos.
Apresenta capacidade de suporte baixa a moderada, escavabilidade fácil a moderada e
suscetibilidade elevada a ravinamentos, mas baixa para movimentos de massa(Pimentel et
al., 2005). Na AEL ocorrem duas manchas principais, a sul e a leste, distribuindo-se em
encostas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 139


6.5.2.2.3.2.3 Unidade Geotécnica Depósitos Aluvionares (UG-Al)

A unidade é relacionada com delgados depósitos aluvionares recentes, compostos de areia,


silte, argila e cascalho, que ocorrem em terraços fluviais e pequenos depósitos ao longo das
calhas de drenagem, principalmente, com cobertura pedológica de neossolos e gleissolos.
Ocorre em um trecho a sul da AEL. Apresenta capacidade de suporte baixa, escavabilidade
fácil e elevada suscetibilidade à erosão das margens dos cursos d´água e dos terraços
(Pimentel et al., 2005).

6.5.2.2.3.3 Ocorrência das Unidades Geotécnicas na AEL e ADA

As unidades geotécnicas da ADA variam de acordo com a localização da cava, da usina de


beneficiamento, das duas pilhas de estéril e das áreas de apoio (alojamentos, escritório das
empreiteiras e outros), bem como do ramal ferroviário, algumas dessas características serão
abordadas a seguir.

Na área da cava ocorrem principalmente as unidades geotécnicas itabiritos (Ug-Ita) e a


unidade geotécnica Cangas (Ug-Can), esta última ligada às formações superficiais. A
unidade geotécnica itabiritos (Ug-Ita) possui capacidade de sustentação em geral muito
elevada, entretanto, é dependente do grau de alteração de das condições de confinamento
do maciço. É constituída principalmente por Itabiritos, formações ferríferas, filitos, dolomitos
e zonas manganesíferas subordinadas. Os movimentos de massa desta unidade são
condicionados pela orientação das descontinuidades do maciço, i.e., foliação, falhas e
fraturas, em relação espacial com a face do talude. A unidade geotécnica cangas (Ug-Can)
forma uma cobertura superficial principalmente sobre os itabiritos, sobrepondo a estes em
quase toda a cava. Compõe-se de cangas, níveis de hematita compacta e friável que
sustentam as cristas do platô laterítico onde a cava está inserida, apresentando capacidade
de suporte elevada a muito elevada.

Sua escavabilidade é dependente da intensidade de atuação dos agentes intempéricos,


podendo variar de moderada a extremamente difícil e apresenta baixa suscetibilidade frente
aos processos erosivos.

A pilha de disposição de estéril B, a área da usina de beneficiamento, e os principais


acessos estão situados sobre a unidade geotécnica Xistos (Ug-X), constituída de xisto, xisto
grafitoso, xisto clorítico e estaurolítico, fucsita xisto, talco xisto, sericita-muscovita quartzo
xisto, formação ferrífera, rochas calciossilicáticas, e zonas de alteração hidrotermal,
incluídas no Supergrupo Rio das Velhas/ Grupo Nova Lima/ unidades: Catarina Mendes,
Córrego do Sítio, Mindá, Morro Vermelho, Ouro Fino. Os tipos de solos desta unidade que
servirão de materiais de empréstimo são os cambissolos e latossolos. A capacidade de
suporte é moderada a alta, a escavabilidade é variável de fácil a moderada, sendo
influenciada pelas relações espaciais entre os planos da foliação e o plano de corte, sendo
fácil quando paralela e mais difícil quando perpendicular a foliação. Localmente, a
escavabilidade pode ser difícil a muito difícil devido à presença de horizontes ou níveis de
formação ferrífera, quartzitos e rochas mais coesas. A suscetibilidade à erosão é alta,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 140


condicionada pela textura dos materiais de intemperismo, dominantemente siltosa, e
pequena espessura dos cambissolos lépticos e Litossolos.

A cava, trecho da pilha de disposição de estéril A e algumas estruturas de apoio estão


também, parcialmente situadas sobre as unidades geotécnicas filitos (Ug-Fil) e quartzitos
(Ug-Qtz). A unidade dos quartzitos (Ug-Qtz) é constituída essencialmente por quartzitos com
pouca ou nenhuma cobertura superficial, possuindo uma capacidade de suporte elevada a
muito elevada, e escavabilidade em geral, difícil a muito difícil, condicionada pelo topo
rochoso elevado ou aflorante. A associação de feições estruturais e as relações espaciais
entre elas podem gerar cunhas e blocos desconfinados podendo ocasionar rupturas no
maciço quartzítico. A unidade geotécnica Filitos (Ug_Fil) é constituída essencialmente por
filitos e filitos grafitosos; é fortemente influenciada pelas características litológicas, sendo
dependentes das relações estruturais, das atitudes das descontinuidades e da foliação
metamórfica frente os esforços solicitados. A capacidade de suporte varia de baixa, quando
paralela à foliação, a alta, quando perpendicular. As condições geotécnicas desta unidade
são também condicionadas pelo escoamento das águas superficiais e pelo nível do lençol
freático, o qual, uma vez alcançado pelo ravinamento, evolui rapidamente para feições
erosivas do tipo voçorocas.

O ramal ferroviário de conexão com a EFVM, os acessos predominantes e diques


encontram-se projetados sobretudo sobre a unidade geotécnica Xistos (Ug-X) e sobre a
unidade geotécnica das rochas ultrabásicas (Ug-Ub). A unidade dos xistos é constituída de
xisto, xisto grafitoso, xisto clorítico e estaurolítico, fucsita xisto, talco xisto, sericita-muscovita
quartzo xisto, formação ferrífera, rochas calciossilicáticas, e zonas de alteração hidrotermal,
incluídas no Supergrupo Rio das Velhas/ Grupo Nova Lima. A capacidade de suporte é
moderada a alta, a escavabilidade é variável de fácil a moderada, sendo influenciada pelas
relações espaciais entre os planos da foliação e o plano de corte, sendo fácil quando
paralela e mais difícil quando perpendicular a foliação. Localmente, a escavabilidade pode
ser difícil a muito difícil devido à presença de horizontes ou níveis de formação ferrífera,
quartzitos e rochas mais coesas. A suscetibilidade à erosão é alta, condicionada pela textura
dos materiais de intemperismo, dominantemente siltosa, e pequena espessura dos
cambissolos lépticos e Litossolos. Por sua vez a unidade das rochas ultrabásicas (Ug-Ub)
são constituídas de rochas ultrabásicas incluindo esteatito, talco-xisto, serpentinito, dunito,
peridotito, talco-xisto anfibolítico, formação ferrífera e turmalinito. A capacidade de suporte é
moderada a alta, condicionada pelo desenvolvimento de solos mais profundos e coesivos. A
escavabilidade é em geral moderada, sendo fácil nos locais de solos mais profundos e difícil
nas áreas de ocorrência de cambissolos lépticos. A suscetibilidade a movimentos de massa
é baixa, condicionada pelos baixos gradientes topográficos. A suscetibilidade à erosão é
moderada a baixa, sendo favorecida nos locais de ocorrência de solos pouco espessos e
pouco coesivos (PIMENTEL et al., 2005).

Na região do acesso norte Caeté, na área rural de Rancho Novo, ocorre ainda a unidade
geotécnica rochas Gnaisses e Migmatitos, nessa unidade de acordo Pimentel et al. (2005) a
suscetibilidade a movimentos de massa é baixa, função dos baixos gradientes topográficos
e das características geotécnicas dos materiais de cobertura, apesar disso, a suscetibilidade

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 141


a erosão é alta a moderada quando a rocha econtra-se exposta e os processos ocorrem ao
longo de planos de descontinuidade das rochas.

6.5.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

A Área de Estudo Regional do Projeto Apolo Umidade Natural se insere na porção norte do
Quadrilátero Ferrífero, na borda sul do Cráton do São Francisco. Na Área de Estudo
Regional as litologias são representadas por rochas do embasamento cristalino (Complexo
Caeté), Supergrupo Rio das Velhas (grupos Nova Lima e Maquiné), Supergrupo Minas
(grupos Caraça, Itabira, Piracicaba e Sabará) e coberturas superficiais do Cenozoico As
principais estruturas relacionadas à área de inserção do Projeto Apolo Umidade Natural
incluem o Sinclinal Gandarela e o sistema de falhas Fundão Cambotas. A área da Jazida
Apolo está geologicamente situada no flanco oeste do Sinclinal do Gandarela.

Para a Área de Estudo Local (AEL) ocorrem as mesmas unidades litoestratigráficas


descritas para a Área de Estudo Regional, com exceção do Grupo Sabará. Na Área
Diretamente Afetada (ADA) afloram rochas do Supergrupo Rio das Velhas, (representadas
pelos Grupos Nova Lima e Maquiné), do Supergrupo Minas e, também, Coberturas
Cenozoicas.

A futura cava da mina (ADA) será aberta no domínio das formações ferríferas (itabiritos) da
Formação Cauê e nas coberturas lateríticas ferruginosas. Parte dos quartzitos da Formação
Moeda e dos filitos da Formação Batatal também se encontra no domínio da projeção da
cava. As pilhas de estéril A e B e a usina de beneficiamento estão projetadas para serem
implementadas em sua maioria sobre os metabasaltos com intercalações de lentes de
formações ferríferas da Unidade Morro Vermelho do Grupo Nova Lima. Na futura área de
implantação do ramal ferroviário de conexão com EFVM predominam as rochas do Grupo
Nova Lima associadas às Unidades Morro Vermelho e Ouro Fino.

O comportamento geotécnico dos materiais no Quadrilátero Ferrífero é dependente da


compartimentação geomorfológica, das unidades de relevo e suas relações com o
arcabouço geológico e estrutural. As unidades geológicas foram agrupadas em unidades
geotécnicas segundo Pimentel et al. (2005).

As unidades geotécnicas identificadas na Área de Estudo Local (AEL) são as mesmas


caracterizadas na Área de Estudo Regional, estando associadas às litologias das rochas
dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas, assim como às coberturas detrítico lateríticas e
aluviais do Cenozoico.

Em geral, as unidades de rochas básicas e ultrabásicas apresentam alto potencial de


geração de argilas do grupo das esmectitas, com comportamento geotécnico problemático
devido à expansividade. As unidades compostas por xistos, quartzitos, ganisses, filitos e
itabiritos, são condicionadas pelo grau de confinamento dos maciços rochosos, pelo grau de
alteração e pelas relações espaciais entre suas descontinuidades e as faces dos taludes
nos quais afloram, estando mais propícias a deslizamentos quanto mais próximas ao

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 142


ecnparalelismo. A unidade geotécnica composta por dolomitos e calcários é influenciada
principalmente pela ação do intemperismo e dos processos pedogenéticos, onde a
cobertura vegetal confere importante proteção frente à ação dos agentes erosivos
(PIMENTEL et al., 2005). A escavabilidade dos materiais varia de acordo com a atuação dos
agentes intempéricos, que podem alterar sua textura, estrutura e composição de modo a
facilitá-la ou dificultá-la.

As unidades geotécnicas superficiais são compostas por cangas – resistentes à erosão, com
rupturas condicionadas por descontinuidades, colúvios – suscetibilidade alta à erosão e
geralmente baixa a movimentos de massa – e aluviões – baixas propriedades geotécnicas
em função da percolação de água, da variação granulométrica e lentes de argila mole.

6.6 RECURSOS MINERAIS

6.6.1 METODOLOGIA

Os diagnósticos dos recursos minerais da AER, AEL e ADA foram elaborados com a base
de dados do sistema SIGMINE da Agência Nacional de Mineração (ANM, 2021), integrante
do Ministério das Minas e Energia. Os dados foram obtidos até julho de 2021. Convém
destacar que a Agência Nacional de Mineração (ANM) substituiu o antigo Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM), considerando-se a publicação da Lei nº 13.575, de
26 de dezembro de 2017.

6.6.2 RESULTADOS

A mineração é a principal atividade econômica do Quadrilátero Ferrífero, cujos registros


mais antigos datam ainda do século XVII e encontram-se associados aos principais núcleos
populacionais. A situação atual da exploração configura-se como complexos mineiros de
grande vulto, com relevante papel socioeconômico para o estado de Minas Gerais e para os
municípios abrangidos. A região é reconhecida como dotada de um dos maiores potenciais
minerais do Brasil e se apresenta com forte atividade extrativa de minérios, com destaque
para o ferro, ouro, dolomito, manganês e bauxita (E.G. LOBATO e PEDROSA-SOARES,
1993; SILVA et al., 2005).

A produção de ferro no Quadrilátero Ferrífero está associada à camada itabirítica da


Formação Cauê. Tem como principais minérios a hematita de alto teor (67% Fe) e o itabirito
(teor de Fe variável entre 25 e 50%). O itabirito intensamente intemperizado é macio, friável,
de lavra simples e fonte de larga tonelagem de material, que pode ser concentrado até um
teor de 67% Fe (E.G. SILVA et al., 2005).

O Quadrilátero Ferrífero constitui uma das principais províncias auríferas mundiais, com
mineralizações associadas a veios de quartzo nas rochas dos complexos granito-gnáissicos;
associado à máficas, vulcanoclásticas, metassedimentos e formações ferríferas do
Supergrupo Rio das Velhas; em paleoplacer da Formação Moeda; e em aluviões e lateritas

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 143


cenozoicas (E.G. RIBEIRO-RODRIGUES, 1998; RIBEIRO-RODRIGUES et al., 2000,
LOBATO et al., 1998a,1998b, 2000).

As unidades geológicas mais importantes da área do empreendimento sob o ponto de vista


econômico, são as do Supergrupo Rio das Velhas, com uma sequência metassedimentar de
xistos e quartzitos com intercalações de formações ferríferas bandadas (FFB) mineralizadas
a ouro; do Supergrupo Minas, com depósitos de ouro associados aos conglomerados
Moeda, com os depósitos de minério de ferro associados à Formação Cauê e com depósitos
de mármore, associados à Formação Gandarela; e das coberturas cenozoicas, com
depósitos de bauxita (E.G. MINTER et al., 1990, LOBATO et al., 2000; SILVA et al., 2005).

A região de inserção do empreendimento apresenta atividade mineral extrativa, sendo a


bauxita o principal minério extraído. Atualmente, a extração ocorre no topo da Serra do
Piancó, onde localmente formou-se uma camada laterítica de bauxita ferruginosa. Existe
uma mina desativada de dolomita que pertencia à empresa Extramil, essa mina está
localizada próximo ao limite sudeste da ADA do Projeto Apolo Umidade Natural, mostrando
uma boa exposição dos dolomitos ferruginosos da Formação Gandarela.

A seguir serão apresentados os resultados considerando as áreas de estudo Regional e


Local e ADA do Projeto Apolo Umidade Natural. Os processos que ocorrem especificamente
na cava do projeto encontram-se apresentados na Caracterização do Empreendimento do
presente Estudo de Impacto Ambiental.

A Tabela 6-53 sintetiza os direitos minerários, número de processos, situação legal, bem
mineral e tamanho da área segundo dados ANM obtidos no SIGMINE em julho de 2021. A
tabela apresenta ainda dados da localização das áreas de estudo em relação a
porcentagem da área do polígono do direito ocorrente nestas.

A Figura 6-24 apresenta a distribuição espacial dos processos com enfoque na situação
atual do processo minerário, a Figura 6-25 apresenta essa distribuição com enfoque na
substância objeto do processo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 144


Tabela 6-53: Recursos Minerais de ocorrência nas Áreas de Estudo do Projeto Apolo Umidade Natural.
Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
ADA 0,64%
Concessão de 1106 - conc lav/relatório pesq nova Mineração Nossa
1362/1940 357,92 Manganês Não informado AEL 54,34%
lavra substância aprovado em 26/04/2021 Senhora do SIon LTDA
AER 45,03%
Concessão de 474 - conc lav/defeS.A. protocolizada Minério de AER 2,08%
1540/1960 490,15 VALE S.A. Não informado
lavra em 15/10/2020 cobre NA 97,92%
AEL 53,91%
Concessão de 436 - conc lav/documento diverso Mineração Nossa
2371/1940 96,82 Manganês Não informado AER 1,25%
lavra protocolizado em 28/02/2020 Senhora do SIon LTDA
NA 44,84%
ADA 0,71%
1828 - disponib/área descartada Dado não Dado não AEL 8,16%
300836/2020 359,88 Disponibilidade Dado não cadastrado
liberada para edital em 02/11/2020 cadastrado cadastrado AER 85,92%
NA 5,20%
ADA 4,00%
Concessão de 436 - conc lav/documento diverso Minerações Brasileiras AEL 44,70%
3071/1962 1235,35 Bauxita Não informado
lavra protocolizado em 11/06/2021 Reunidas S.A. AER 44,94%
NA 6,35%
Anglogold Ashanti AEL 0,05%
Concessão de 473 - conc lav/cumprimento exigência
326/1973 7465,22 Córrego do Sítio Ouro Não informado AER 12,41%
lavra protocoli em 25/11/2020
Mineração S.A. NA 87,54%
Concessão de 1812 - área desbloqueada ADA 85,48%
4099/1967 26,19 VALE S.A. Bauxita Não informado
lavra judicialmente em 04/12/2020 AEL 14,52%
ADA 48,32%
Concessão de 1812 - área desbloqueada
7182/1960 416,14 VALE S.A. Bauxita Não informado AEL 46,63%
lavra judicialmente em 04/12/2020
AER 5,05%
Concessão de 1812 - área desbloqueada ADA 87,78%
800299/1975 159,09 VALE S.A. Ferro Não informado
lavra judicialmente em 04/12/2020 AEL 12,22%
AEL 0,69%
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação
802307/1978 351,28 VALE S.A. Ferro Não informado AER 19,71%
de lavra minerária- requerida em 05/04/2019
NA 79,60%
AEL 15,23%
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação
802308/1978 506,02 VALE S.A. Ferro Não informado AER 62,86%
de lavra minerária- requerida em 05/04/2019
NA 21,91%
Concessão de 473 - conc lav/cumprimento exigência Mineração Serras do Minério de AEL 81,07%
807482/1976 675,18 Industrial
lavra protocoli em 10/05/2021 Oeste Eireli ouro AER 18,93%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 145


Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
ADA 66,48
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação AEL 587,24
807484/1976 1521,79 VALE S.A. Ouro Não informado
de lavra minerária- requerida em 05/04/2019 AER 429,02
NA 439,05
Concessão de 1812 - área desbloqueada AER 12,06%
807959/1976 92,47 VALE S.A. Ferro Não informado
lavra judicialmente em 01/09/2020 NA 87,94%
AEL 35,33%
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação
807960/1976 174,78 VALE S.A. Ferro Não informado AER 40,34%
de lavra minerária- requerida em 05/04/2019
NA 24,33%
Requerimento 603 - req lav/transf direitos -cessão Minério de AER 5,46%
816314/1973 709,82 VALE S.A. Industrial
de lavra parcial req lav negada em 08/07/2020 ferro NA 94,54%
AEL 48,50%
Requerimento 157 - req pesq/desistência req pesq Minério de
830012/2013 49,21 Terrativa Minerais S.A. Industrial AER 35,30%
de pesquisa homologada pub em 06/01/2020 ouro
NA 16,20%
Iamgold Brasil ADA 4,35%
2086 - disponib/julgamento habilitação
830132/1990 547,67 Disponibilidade Prospecção Mineral Prata Não informado AEL 95,57%
proponente habilitado em 21/09/2018
LTDA. AER 0,07%
ADA 12,34%
Requerimento 336 - req lav/documento diverso
830134/1984 251,92 VALE S.A. Bauxita Não informado AEL 53,36%
de lavra protocolizado em 16/11/2020
AER 34,30%
Brazmine Mineração, ADA 10,93%
Autorização de 282 - aut pesq/transf direitos -cessão Minério de
830166/2017 178,47 Comércio e Indústria Industrial
pesquisa total efetivada em 02/02/2021 ouro AEL 89,07%
LTDA
Autorização de 641 - aut pesq/multa aplicada-tah em Minério de AER 1,48%
830176/2016 256,56 Larisss Couto Faria Industrial
pesquisa 17/05/2021 ouro NA 98,52%
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação ADA 4,06%
830263/1983 162,91 VALE S.A. Ferro Não informado
de lavra minerária- requerida em 05/04/2019 AEL 95,94%
AEL 10,37%
Autorização de 2041 - aut pesq/ofício intima p/ Mineração Belocal Minério de
830291/1989 526,46 Não informado AER 60,89%
pesquisa defeS.A. decaimento em 31/01/2017 LTDA manganês
NA 28,73%
AEL 0,00%
Autorização de 236 - aut pesq/documento diverso Gandarela Minérios
830340/2000 161,73 Dolomito Não informado AER 7,05%
pesquisa protocolizado em 09/01/2020 LTDA
NA 92,95%
ADA 17,86%
Requerimento 1812 - área desbloqueada AEL 53,72%
830351/1981 996 VALE S.A. Ouro Não informado
de lavra judicialmente em 19/09/2018 AER 27,83%
NA 0,59%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 146


Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
Brazmine Mineração, ADA 7,07%
Autorização de 282 - aut pesq/transf direitos -cessão Minério de
830357/2017 358,62 Comércio e Indústria Industrial
pesquisa total efetivada em 02/02/2021 ouro AEL 92,93%
LTDA
Requerimento 336 - req lav/documento diverso Mineração Belocal AER 7,16%
830401/1983 978,03 Dolomito Não informado
de lavra protocolizado em 09/01/2020 LTDA NA 92,84%
Requerimento 136 - req pesq/documento diverso Recursos Minerais do Minério de ADA 2,34%
830509/2010 391,5 Industrial
de pesquisa protocolizado em 27/01/2016 Brasil S.A. ouro AEL 97,66%
Requerimento 136 - req pesq/documento diverso Recursos Minerais do Minério de
830510/2010 132,2 Industrial AEL 100,00%
de pesquisa protocolizado em 27/01/2016 Brasil S.A. ouro
Concessão de 436 - conc lav/documento diverso Minerações Brasileiras AER 16,21%
830684/1979 410,31 Bauxita Não informado
lavra protocolizado em 11/06/2021 Reunidas S.A. NA 83,79%
Requerimento 336 - req lav/documento diverso Minerações Brasileiras AER 20,17%
830685/1979 69,13 Ferro Não informado
de lavra protocolizado em 11/06/2021 Reunidas S.A. NA 79,83%
2293 - disponib/abertura de processo Brasroma Mineração, AER 0,90%
Minério de
830697/2009 79,65 Disponibilidade declarado prioritário protocol em Comércio e Indústria Industrial
ouro NA 99,10%
15/06/2021 LTDA
ADA 2,16%
2468 - disponib/leilão eletronico area Mineração Jaguara Minério de AEL 12,81%
830719/2013 1309,3 Disponibilidade Industrial
para pesquiS.A. em 11/03/2021 LTDA ouro AER 18,95%
NA 66,09%
ADA 30,17%
Requerimento 361 - req lav/exigência publicada em Mineração Serras do
830807/2017 999,85 Ouro Não informado AEL 60,36%
de lavra 15/12/2020 Oeste Eireli
AER 9,47%
Requerimento 135 - req pesq/cumprimento exigência Minério de AER 95,99%
830852/2017 154,02 LACT Mineração LTDA Industrial
de pesquisa protocoli em 06/02/2020 ouro NA 4,01%
Anglogold Ashanti ADA 14,18%
Autorização de 642 - aut pesq/pagamento multa Minério de
830863/2013 86,51 Córrego do Sítio Industrial
pesquisa efetuado-tah em 13/11/2020 ouro AEL 85,82%
Mineração S.A.
1743 - conc lav/ral retificador AER 9,69%
Concessão de Mineração Serras do Minério de
830940/1979 285,32 cumprimento de exigência em Não informado
lavra Oeste Eireli ouro NA 90,31%
06/11/2019
Requerimento 136 - req pesq/documento diverso Minerbras Minerações Minério de AEL 72,21%
830999/2012 352,53 Industrial
de pesquisa protocolizado em 07/05/2012 Brasileiras LTDA ME ferro AER 27,79%
ADA 7,18%
Requerimento 365 - req lav/cumprimento exigência Mineração Serras do Minério de AEL 35,44%
831056/2010 706,03 Industrial
de lavra protocoliz em 19/04/2021 Oeste Eireli ferro AER 36,98%
NA 20,40%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 147


Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
AEL 3,33%
Concessão de 659 - conc lav/torna s/efeito exigência Mineração Serras do Minério de
831057/2010 193,08 Industrial AER 72,59%
lavra publicada em 26/01/2021 Oeste Eireli ouro
NA 24,07%
AEL 1,35%
Requerimento 336 - req lav/documento diverso Minerações Brasileiras
831142/1982 230,73 Ferro Não informado AER 87,11%
de lavra protocolizado em 11/06/2021 Reunidas S.A.
NA 11,54%
100 - req pesq/requerimento Anglogold Ashanti AER 0,90%
Requerimento Minério de
831146/2021 79,65 pesquiS.A. protocolizado em Córrego do Sítio Industrial
de pesquisa ouro NA 99,10%
15/06/2021 Mineração S.A.
Requerimento 135 - req pesq/cumprimento exigência Mineração Serras do Minério de AER 0,01%
831157/2019 86 Industrial
de pesquisa protocoli em 22/12/2020 Oeste Eireli ouro NA 99,99%
Requerimento 352 - req lav/desistencia req lavra Minério de ADA 3,73%
831176/2007 89,51 VALE S.A. Industrial
de lavra homologada pub em 04/03/2021 ferro AEL 96,27%
Requerimento 2348 - req pesq/sigilo informação Mineração Serras do Minério de ADA 9,75%
831580/2018 313,76 Industrial
de pesquisa minerária- requerida em 04/04/2019 Oeste Eireli ouro AEL 90,25%
AEL 17,04%
Autorização de 178 - aut pesq/notificação adm l pgto Luiz Antonio Ribeiro Minério de
831593/2008 208,28 Industrial AER 75,98%
pesquisa débito tah em 02/10/2019 dos S.A.ntos ouro
NA 6,98%
Direito de 291 - dir req lavra/relatorio pesq aprov Mineração Serras do AER 66,32386
831817/2003 476,48 Ouro OuriveS.A.ria
requerer a lavra c/reduc área pub em 05/10/2020 Oeste Eireli NA 410,0075
Brasroma Mineração,
Autorização de 240 - aut pesq/defeS.A. apresentada Minério de
832057/2003 132,19 Comércio e Indústria Industrial AEL 132,1453
pesquisa em 30/11/2018 ouro
LTDA
ADA 1,57%
312 - disponib/habilit edital disponibi Mineração Serras do Minério de AEL 14,59%
832151/2002 647,63 Disponibilidade OuriveS.A.ria
p/pesq em 10/11/2009 Oeste Eireli ouro AER 48,51%
NA 35,33%
AEL 43,73%
Requerimento 2350 - req lav/sigilo informação Mineração Serras do Minério de
832152/2002 600,24 OuriveS.A.ria AER 42,11%
de lavra minerária- requerida em 04/04/2019 Oeste Eireli ouro
NA 14,17%
100 - req pesq/requerimento AEL 15,01%
Requerimento Adreane Marquez Minério de
832253/2018 767,72 pesquiS.A. protocolizado em Industrial AER 82,56%
de pesquisa Drumond ferro
07/12/2018 NA 2,43%
2041 - aut pesq/ofício intima p/ Minério de AER 0,00%
832422/1996 262,58 Disponibilidade Sebastião Ferri Não informado
defeS.A. decaimento em 30/11/2016 manganês NA 100,00%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 148


Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
Autorização de 264 - aut pesq/pagamento tah Recursos Minerais do Minério de AER 4,10%
832463/2010 315,72 Industrial
pesquisa efetuado em 29/01/2020 Brasil S.A. ouro NA 95,90%
Iamgold Brasil AER 0,91%
Autorização de 264 - aut pesq/pagamento tah Minério de
832472/1995 79,78 Prospecção Mineral Não informado
pesquisa efetuado em 24/07/2008 ouro NA 99,09%
LTDA.
Autorização de 642 - aut pesq/pagamento multa Luiz Antonio Ribeiro Minério de AER 2,46%
832576/2009 1834,46 Industrial
pesquisa efetuado-tah em 27/08/2019 dos S.A.ntos ouro NA 97,54%
ADA 23,78%
Requerimento 336 - req lav/documento diverso Minério de AEL 75,85%
832610/1983 717,44 VALE S.A. Industrial
de lavra protocolizado em 16/11/2020 ferro AER 0,10%
NA 0,26%
Requerimento 150 - req pesq/desistencia req pesq Minério de AER 3,01%
832611/2010 105,84 Terrativa Minerais S.A. Industrial
de pesquisa protocolizada em 04/09/2015 ferro NA 96,99%
Autorização de 236 - aut pesq/documento diverso Agrocity Mineração Minério de AEL 42,75%
832846/2015 26,16 Industrial
pesquisa protocolizado em 07/06/2021 LTDA ferro AER 57,25%
AEL 4,98%
Requerimento 336 - req lav/documento diverso Mineração Belocal
832967/1992 35,49 Dolomito Não informado AER 54,81%
de lavra protocolizado em 09/01/2020 LTDA
NA 40,21%
ADA 0,00%
Requerimento 150 - req pesq/desistencia req pesq Minério de AEL 32,99%
832999/2009 213,84 Terrativa Minerais S.A. Industrial
de pesquisa protocolizada em 26/02/2021 ferro AER 36,27%
NA 30,75%
Anglogold Ashanti AEL 40,82%
Requerimento 2348 - req pesq/sigilo informação Minério de AER 29,46%
833008/2009 400,49 Córrego do Sítio Industrial
de pesquisa minerária- requerida em 10/04/2019 ouro
Mineração S.A. NA 29,72%
ADA 0,95%
Requerimento 150 - req pesq/desistencia req pesq Minério de AEL 75,04%
833050/2011 1653,53 Terrativa Minerais S.A. Industrial
de pesquisa protocolizada em 15/05/2018 ferro AER 22,92%
NA 1,09%
Requerimento 1812 - área desbloqueada Minério de AEL 99,47%
833052/2011 201,57 VALE S.A. Industrial
de pesquisa judicialmente em 19/09/2018 ouro AER 0,53%
Anglogold Ashanti AEL 34,19%
Autorização de 236 - aut pesq/documento diverso Minério de AER 36,89%
833582/2013 213,63 Córrego do Sítio Industrial
pesquisa protocolizado em 22/10/2019 ouro
Mineração S.A. NA 28,92%
Prospectus do Brasil - AER 21,95%
2468 - disponib/leilão eletronico area Consultoria em Minério de
833802/2012 939,38 Disponibilidade Industrial
para pesquiS.A. em 11/03/2021 Mineração e Geologia ferro NA 78,05%
Eireli

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 149


Área
Processo Fase Último evento registrado Requerente Substância Uso Ocorrência no projeto
(ha)
315 - disponib/documento diverso Água Nova Pesquisas Minério de AER 0,03%
833867/2008 348,85 Disponibilidade Industrial
protocolizado em 16/04/2019 Minerais LTDA. ouro NA 99,97%
Anglogold Ashanti AER 2,82%
Direito de 2210 - dir req lavra/prorrogação prazo Minério de
834394/2007 862,07 Córrego do Sítio Industrial
requerer a lavra req lavra solicitado em 24/03/2020 ouro NA 97,18%
Mineração S.A.
AEL 19,66%
Direito de 317 - dir req lavra/relatorio pesq aprov Mineração Serras do Minério de
834409/2007 550,61 Industrial AER 11,18%
requerer a lavra art 30 i cm publ em 04/03/2021 Oeste Eireli ouro
NA 69,16%
Requerimento 1356 - req pesq/recurso protocolizado Minério de AER 21,96%
834965/2007 347,27 Rubens Silva Gomes Industrial
de pesquisa em 29/04/2011 ouro NA 78,04%

Fonte: ANM, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 150


630000 635000
!
.
640000 645000 650000 655000

7800000

7800000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
832576/2009 Santa do Amparo MINAS
NovaGERAISES

co
nt i
Luzia Era

tlâ
831817/2003 SP Bela Vista RJ

oA
de Minas an
Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo

Raposos Rio
300836/2020 Piracicaba

SABARÁ 834394/2007 (
!
Nova
Lima
RANCHO NOVO Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
830719/2013 Alvinópolis

830940/1979
7795000

7795000
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
Longa

831157/2019 831056/2010
CAETÉ Direitos Minerários (Fase
830176/2016 816314/1973 do Processo)
832151/2002
834409/2007 MORRO
(
!
831057/2010 Disponibilidade
832472/1995
830697/2009 VERMELHO
Requerimento de Pesquisa
831146/2021 832999/2009 830351/1981
832463/2010 832999/2009 807959/1976 Autorização de Pesquisa
833582/2013 BARÃO DE Direito de Requer Lavra
830852/2017 COCAIS
833008/2009 830807/2017 Requerimento de Lavra
807960/1976 802307/1978 SOCORRO
7790000

7790000
830852/2017
807484/1976 (
! Concessão de Lavra
RAPOSOS
830012/2013
832152/2002 802308/1978
807482/1976 Projeto Apolo Umidade Natural
830012/2013 832057/2003
833802/2012
AEL - Área de Estudo Local
830510/2010
832967/1992 !
( Caburé AER - Área de Estudo Regional
830863/2013
833052/2011 2371/1940

833050/2011 831580/2018 832610/1983 830340/2000


!
. Sede Urbana
830357/2017
(
! Distrito, Povoado, Vila
326/1973 831593/2008 830134/1984 832611/2010
7785000

7785000
Estrada de Ferro Vitória Minas
830509/2010 4099/1967 833867/2008
NOVA
Limite Municipal
LIMA 830263/1983 1362/1940
830999/2012 830166/2017
800299/1975
830291/1989
831176/2007
7182/1960

830132/1990
SANTA BÁRBARA
3071/1962 830401/1983

RIO ACIMA
7780000

7780000
CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA
832846/2015 (
!
832253/2018
832422/1996 830684/1979

831142/1982
RIO ACIMA
!
. 830685/1979

834965/2007
1540/1960
CATAS
ALTAS
630000 635000 640000 645000 650000 655000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidade (IBGE,2010); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (VALE, 2016); Vias e Acesso (AMPLO, 2019); Direitos
Minerários (ANM, 2021); Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021). Título:
Direitos Minerários - Fase
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_dm_anm_fase A3_v06
630000 635000
!
.
640000 645000 650000 655000

7800000

7800000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
832576/2009 Santa do Amparo MINAS
NovaGERAISES

co
nt i
Luzia Era

tlâ
831817/2003 SP Bela Vista RJ

oA
de Minas an
Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo

Raposos Rio
300836/2020 Piracicaba

SABARÁ 834394/2007 (
!
Nova
Lima
RANCHO NOVO Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
830719/2013 Alvinópolis

830940/1979
7795000

7795000
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
Longa

831157/2019 831056/2010
CAETÉ Direito Minerário
830176/2016 816314/1973 (Substâncias)
832151/2002
834409/2007
(
!
831057/2010 Ouro
832472/1995 MORRO
830697/2009 VERMELHO
Minério de Ouro
831146/2021 832999/2009 830351/1981
832463/2010 832999/2009 807959/1976 Ferro
833582/2013 BARÃO DE Minério de Ferro
830852/2017 COCAIS
833008/2009 830807/2017 Manganês
807960/1976 802307/1978 SOCORRO
7790000

7790000
830852/2017 Minério de Manganês
807484/1976 (
!
RAPOSOS 832152/2002
830012/2013 Dolomito
830510/2010
802308/1978
807482/1976 Prata
830012/2013
832057/2003 Bauxita
Caburé 833802/2012
833050/2011
832967/1992 !
( Minério de Cobre
830863/2013
833052/2011 2371/1940 Dado Não Cadastrado
831580/2018 832610/1983 830340/2000
830357/2017
Projeto Apolo Umidade Natural
326/1973 831593/2008 830134/1984 832611/2010
7785000

7785000
AEL - Área de Estudo Local
830509/2010 4099/1967 833867/2008
NOVA
LIMA
AER - Área de Estudo Regional
830263/1983 1362/1940
830999/2012 830166/2017
800299/1975
830291/1989 !
. Sede Urbana
831176/2007
(
! Distrito, Povoado, Vila
7182/1960
Estrada de Ferro Vitória Minas
830132/1990
SANTA BÁRBARA Limite Municipal
3071/1962 830401/1983

RIO ACIMA
7780000

7780000
CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA
832846/2015 (
!
832253/2018
832422/1996 830684/1979

831142/1982
RIO ACIMA
!
. 830685/1979

834965/2007
1540/1960
CATAS
ALTAS
630000 635000 640000 645000 650000 655000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidade (IBGE,2010); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (VALE, 2016); Vias e Acesso (AMPLO, 2019); Direitos
Minerários (ANM, 2021); Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021). Título:
Direitos Minerários - Substância
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_dm_anm_substancia A3_v06
6.6.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

A mineração é a principal atividade econômica do Quadrilátero Ferrífero. As unidades


geológicas mais importantes da área do empreendimento sob o ponto de vista econômico
correspondem as rochas do Supergrupo Rio das Velhas, Supergrupo Minas, Formação
Cauê, Formação Gandarela e coberturas cenozoicas, com depósitos de bauxita.

Foram identificados 72 processos situados nas áreas de estudo, com 24 cujas áreas
ocorrem em trechos identificados na ADA: oito (8) em fase de requerimento de lavra (2 da
Mineração Serras do Oeste Eireli e 6 da Vale S.A.); três (3) em fase de autorização de
pesquisa (1 da Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S.A. e 2 da Brazmine
Mineração, Comércio e Indústria Ltda); cinco (5) em fase de concessão de lavra (1 da
Mineração Nossa Senhora do Sion LTDA, 1 da Minerações Brasileiras Reunidas S.A. e 3 da
VALE S.A.); quatro (4) em fase de requerimento de pesquisa (1 da Mineração Serras do
Oeste Eireli, 1 da Recursos Minerais do Brasil S.A. e 2 da Terrativa Minerais S.A.) e quatro
(4) se encontram em disponibilidade. A substância com o maior número de processos na
ADA são minério de ouro (7 processos) e minério de ferro (7 processos). Considerando-se
especificamente a área da cava do Projeto Apolo Umidade Natural, os Direitos Minerários
estão detalhados na Caracterização do Empreendimento e podem ser observados nas
tabelas e mapas deste diagnóstico.

6.7 GEOMORFOLOGIA

6.7.1 METODOLOGIA

A abordagem geomorfológica foi desenvolvida pautando-se em dados secundários disponíveis


na literatura que trata dos aspectos físicos do Quadrilátero Ferrífero. Os documentos de maior
relevância utilizados foram o Projeto RADAMBRASIL (1983 - Folhas Rio de Janeiro e Vitória
na escala de 1:1. 000.000), o Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais na escala de
1:250.000 (CETEC, 1983); o Mapa de Unidades do Relevo do Brasil (IBGE, 2006) e o Projeto
APA Sul RMBH – Estudos do Meio Físico: Geomorfologia (MEDINA et al., 2005).

As unidades geomorfológicas foram delimitadas com base nos critérios de


compartimentação elaborados para a construção do Mapa Morfoestrutural do Quadrilátero
Ferrífero, para atender aos processos de elaboração de estudos ambientais ligados aos
empreendimentos da companhia Vale (SAADI/GOLDER ASSOCIATES, 2008). Esses
critérios baseiam-se nas informações de estudos acima citados, considerando os controles
estruturais e tectônicos regionais como elementos estruturadores do arcabouço
geomorfológico regional.

Adicionalmente, a equipe técnica da Amplo realizou levantamentos de campo para


fundamentar as informações já disponíveis para a área de estudo, bem como para validar
parte daquelas já levantadas anteriormente e contidas na documentação fornecida pela
Vale, produzida em 2008 pela ERM. Para o contexto local foram identificadas unidades

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 153


geomorfológicas com comportamento morfodinâmico relativamente homogêneo, obtendo-se
como resultado um detalhamento maior para a AEL e ADA do empreendimento.

Foi ainda avaliado o potencial de presença de sítios paleontológicos na área diretamente


afetada pelo empreendimento com a base na consulta a base de dados do Serviço
Geológico do Brasil – CPRM e da Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e
Paleobiológicos – SIGEP. A tratativa dos temas geoparques e geossitios, os quais assumem
relevância no contexto das últimas décadas, com o maior destaque acerca da necessidade
de conservação de recursos naturais, tanto na comunidade científica quanto na sociedade,
traz à tona a necessária conservação também da geodiversidade, dantes preterida em
função da biodiversidade. A Geodiversidade pode ser definida como “[...] a variedade
(diversidade) natural de características geológicas (rochas, minerais, fósseis),
geomorfológicas (formas de relevo, topografia, processos físicos), de solo e hidrológicas”
(GRAY, 2019, p.226, traduzido). Adicionalmente, guardando estreita relação com o
patrimônio geológico e geomorfológico, foram consultados os levantamentos espeleológicos
realizados in situ, bem como o referencial bibliográfico produzido até o momento.

6.7.2 RESULTADOS

6.7.2.1 GEOMORFOLOGIA REGIONAL

6.7.2.1.1 EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA E SEUS CONDICIONANTES

O Quadrilátero Ferrífero constitui um dos megacompartimentos geomorfológicos mais


singulares de Minas Gerais. Ele ocupa uma área de, aproximadamente, 7.000 Km², onde as
altitudes médias de 800-1000 metros são frequentemente dominadas por linhas de cristas
que ultrapassam a altitude 2000 metros na Serra do Caraça.

Do ponto de vista morfoestrutural, trata-se de um relevo moldado numa complexa estrutura


de cadeia, várias vezes redobrada, onde pacotes de quartzitos e itabiritos desenham um
sistema quadriculado de cristas em posição topográfica dominante com relação às
depressões alveolares ou periféricas escavadas nos granitos, gnaisses e outros
metamorfitos, ao longo de dezenas de milhões de anos.

Esta complexidade, que foi a origem de longas polêmicas quanto à sua evolução
geomorfológica, foi resumida da seguinte maneira por Varajão (1988): "o Quadrilátero Ferrífero
constitui um mosaico formado por províncias geomorfológicas ligadas diretamente às condições
estruturais, nas quais variações na declividade das vertentes e, sobretudo, variações
altimétricas se relacionam a variações litológicas". Essa definição mostra o quanto ficaria inócuo
dedicar-se à tarefa de tentar reconstituir a sucessão de eventuais quadros paleogeográficos e
paleoclimáticos que poderiam ter presidido à construção deste complexo geológico-
geomorfológico.

De todo modo, o papel dos controles estrutural e tectônico sobre a organização geomorfológica
do Quadrilátero Ferrífero, já representava, desde décadas, um ponto de convergência de
opiniões de muitos geocientistas que dedicaram atenção ao estudo da morfogênese desta
região.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 154


Para situar de modo sintético e adequado esta convergência, bastaria relembrar três das
abordagens que, pela sua abrangência, ilustram adequadamente o assunto em questão e
fornecem insumos fundamentais para o entendimento da compartimentação geomorfológica
que servirá de base à análise da área de influência do empreendimento.

A primeira abordagem digna de nota foi proposta por Barbosa e Rodrigues (1965), que,
apoiando-se nos princípios básicos da análise morfoestrutural clássica, demonstraram o
papel das macroestruturas tectônicas, tais como sinclinais, anticlinais e domos cristalinos,
na compartimentação do Quadrilátero Ferrífero em meso-unidades de relevo resultantes da
adaptação dos sistemas de erosão ao modelo de funcionamento da morfogênese em
estruturas dobradas, dos tipos “jurassiano” e “apalachiano”. Deste estudo resultou a
identificação de uma sucessão de “anticlinais escavadas” e “sinclinais suspensas”, cujos
limites são estabelecidos por linhas de cristas sustentadas por formações ferríferas e
quartzitos, formando as respectivas “escarpas internas” e “escarpas externas” (crêts internes
e crêts externes, na nomenclatura francesa das formas componentes do relevo jurassiano).

A segunda abordagem, complementar da precedente, foi desenvolvida por Varajão (1991)


que, ao estudar as coberturas lateríticas do Quadrilátero Ferrífero, enfocando sua
repartição, cronologia e eventual relação com ciclos de aplainamento, constatou que a
maioria dos pretensos níveis de aplainamento que fizeram do trabalho de King (1956) uma
obra de referência para a geomorfologia brasileira, correspondiam, na realidade, a
patamares morfológicos escalonados a favor das frequentes variações nas combinações
entre substrato litológico e arranjo estrutural. Este resultado foi apoiado em estudo
estatístico da concentração de topos em faixas de altitude (a partir de base topográfica em
escala de 1:25.000 e equidistância de 10 metros), buscando determinar as probabilidades
de existência de remanescentes de superfícies aplanadas para, em seguida, identificar as
relações desses com os compartimentos litoestruturais que os sustentam. Com isto, este
autor veio trazer comprovação da opinião de Ruellan (1956), segundo o qual “a grande
resistência dos quartzitos aos processos intempéricos e erosivos; as estruturas dobradas e
erodidas em cristas monoclinais de anticlinais e sinclinais suspensos; e padrão de diáclases
N-S e E-W explicam, em parte, a distribuição dos testemunhos das superfícies de erosão, o
controle estrutural da rede de drenagem e o imponente destaque que o Caraça promove na
paisagem regional como grande montanha residual”.

A terceira abordagem, que veio somar argumentos às precedentes, foi a proposta por Saadi
(1991) e complementada por Magalhães e Saadi (1994a, 1994b) e Marques et al. (1994). Do
conjunto desses trabalhos, ficou comprovado o papel da atividade tectônica cenozoica na
dissecação dos remanescentes de antigas superfícies de aplainamento, para resultar na
configuração do desenho atual tanto dos compartimentos morfoestruturais, quanto da
escultura das geoformas em escala de detalhe. A cronologia dos ritmos da dissecação
fluvial foi determinada a partir da análise da superimposição dos rios das Velhas e
Paraopeba às estruturas regionais. A escavação das gargantas epigênicas cavadas na
crista da Serra do Curral, nos respectivos fechos de Sabará e do Funil, demonstrou ter sido
operada sincronicamente e em episódios sucessivos acompanhando deformações
tectônicas dos perfis longitudinais dos terraços.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 155


Deste conjunto de resultados complementares, extrai-se o consenso quanto ao papel
preponderante do controle estrutural e tectônico na evolução geomorfológica do
Quadrilátero Ferrífero, associando reativações de falhas regionais e processos de
soerguimento epirogenético por etapas. As opiniões de Brajnikov (1947) e King (1956)
tinham, inclusive, convergidas sobre um rejeito acumulado desses movimentos verticais
equivalente a, aproximadamente, 1000 metros, durante o período pós-cretácico.

6.7.2.1.2 COMPARTIMENTAÇÃO REGIONAL

A geomorfologia do Quadrilátero Ferrífero foi objeto de tentativas de compartimentação


visando diferentes finalidades nas últimas décadas. Do conjunto, deve-se referir à
compartimentação que resultou da cartografia do Projeto RADAMBRASIL (1983) (Folhas
Rio de Janeiro e Vitória), na escala de 1:1.000.000, re-editada por CETEC (1983) na escala
de 1:250.000, baseada em critérios que associam as formas de dissecação e de
acumulação aos controles estruturais regionais por falhas.

Uma segunda compartimentação foi realizada, para a área da APA-Sul RMBH, pela CPRM
(MEDINA et al., 2005), baseada em critérios que associam os controles lito-estruturais e o
comportamento morfodinâmico atual.

Posteriormente, SAADI/GOLDER ASSOCIATES (2008) elaboraram uma compartimentação


com base em conceitos focando a relação da geomorfologia com a implantação minerária,
considerando os controles estruturais e tectônicos regionais como elementos estruturadores
do arcabouço geomorfológico regional. O produto desta compartimentação foi o Mapa
Morfoestrutural do Quadrilátero Ferrífero, para atender aos processos de elaboração de
estudos ambientais ligados aos empreendimentos da companhia Vale.

6.7.2.2 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL

Para as finalidades do presente estudo, adotar-se-á os critérios de compartimentação


elaborados para a construção do Mapa Morfoestrutural do Quadrilátero Ferrífero,
(SAADI/GOLDER ASSOCIATES, 2008). Esta compartimentação identifica uma imbricação
entre Meso e Macrocompartimentos Morfoestruturais que passam a ser descritos a seguir e
que estão ilustrados na Tabela 6-54 no Mapa da Geomorfologia Regional (Figura 6-26). O
mapa contém, ainda, os pontos de observação geomorfológica (POG) referenciados ao
longo do texto quanto a tomada de fotografias.

Tabela 6-54: Unidades Geomorfológicas de ocorrência na AER.

Domínio Morfoestrutural do Quadrilátero


Mesounidade Unidade
Ferrífero
Depressões Cristalinas em áreas de domos
Depressão Cristalina Morrarias do Médio Rio das Velhas
granito-gnáissicos
Cristas Armadas por Formações Ferríferas Escarpas e Cristas do Platô do Gandarela
e Quartzitos Sinclinal Gandarela Escarpas de Caeté-Rancho Novo

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 156


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Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Geomorfologia (Amplo, 2009); Área de
Estudo e Ponto de Observação (AMPLO, 2020). Título:
Geomorfologia da Área de Estudo Regional
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 24/08/2021 A3 AP_mf_geomorfologia_regional_A3_v04
6.7.2.2.1 COMPARTIMENTOS GEOMORFOLÓGICOS DAS DEPRESSÕES
CRISTALINAS EM ÁREAS DE DOMOS GRANITO-GNÁISSICOS

As Depressões Cristalinas em áreas de domos granitos-gnáissicos são


Mesocompartimentos Morfoestruturais caracterizados como depressões, em termos
relativos, frente às elevações topográficas erguidas sob forma das rígidas cristas que
delineiam os contornos do Quadrilátero Ferrífero. Além dessa característica comum, dois
outros fatores de convergência são representados, por um lado pelo substrato geológico
constituído por complexos metamórficos com predominância granito-gnáissica e migmatítica
e, por outro lado, pela estrutura dômica resultante de processos de soerguimento crustal
nem sempre encerrados.

No caso da região de inserção do empreendimento em análise, a unidade ocorrente é o


Mesocompartimento Morfoestrutural Depressão Cristalina, através da unidade de nível
hierárquico inferior correspondendo ao Macrocompartimento Morfoestrutural “Morrarias do
Médio Rio das Velhas”.

Este corresponde à porção do vale do rio das Velhas que se encontra situada entre o
município de Itabirito, ao sul, e a crista monoclinal da Serra do Curral, ao norte, contendo
aglomerações urbanas como Rio Acima, Nova Lima, Raposos e Caeté. Sua quase
totalidade se situa entre as cotas de 700 e 1150 metros, sobre um complexo litológico
dominado por xistos e filitos, com intercalações de quartzitos e outras rochas vulcano-
sedimentares.

As formas de relevo predominantes são, à exceção da extensa depressão fluvial em torno


do rio das Velhas, morros alongados na forma de interflúvios agudos dos numerosos
afluentes do rio das Velhas (Foto 6-24), seguindo orientações que variam em função das
mudanças, às vezes a 90 graus, das direções estruturais. Suas alturas ultrapassam,
frequentemente, os 200 metros, com vertentes bastante íngremes e vales em forma de “V”,
resultantes de episódios de dissecação ainda em vigor.

Foto 6-24: Morros alongados de topos agudos do macrocompartimento morfoestrutural “Morrarias do


Médio Rio das Velhas”. Mais próximo, topo desmatado para exercício da pecuária. Vertentes mais
declivosas e fundos de vale recobertos por floresta (ponto POG10).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 158


O relevo acentuado reinante nesta unidade a protegeu relativamente bem do
desmatamento, pois a baixa sustentabilidade de uma atividade agropecuária permitiu uma
boa conservação da cobertura florestal, principalmente sob forma de mata de galeria. Os
topos, tendo sido desmatados para exercício da pecuária extensiva, sofreram e sofrem
ainda efeitos da erosão por ravinas e laminar. Deve-se acrescentar os efeitos das fortes
pressões exercidas pelas atividades garimpeiras de ouro que reviraram os leitos fluviais e os
terraços aluviais.

Quanto à mineração em grande vulto, destacam-se as dezenas de minas subterrâneas de


ouro, geralmente em grande parte esgotadas, e as minas de ferro a céu aberto ocupando
porções dos reversos de cristas.

6.7.2.2.2 COMPARTIMENTOS GEOMORFOLÓGICOS DAS CRISTAS ARMADAS POR


FORMAÇÕES FERRÍFERAS E QUARTZITOS

Os Mesocompartimentos Morfoestruturais de Cristas Armadas por Formações Ferríferas e


Quartzitos compõe as linhas principais do desenho, em planta, do arcabouço geo-estrutural
do Quadrilátero Ferrífero. Como consequência da evolução geomorfológica deste quadro,
este é o produto da existência de uma série de cristas rígidas e sinuosas que delineiam a
forma de quadrilátero, sustentadas por formações ferríferas e/ou quartzitos. Essas cristas
correspondem, quase sempre, a bordas de sinclinais (às vezes, e/ou anticlinais), e onde se
apresentam duas vertentes sempre muito íngremes, mas diferenciadas pelo caráter
estrutural. A vertente ocupando o reverso das estruturas aparece, geralmente, menos
inclinada e mais comprida, sendo o palco da extração do minério de ferro. A vertente
formada pelo recorte erosivo das estruturas apresenta-se como um front escarpado,
geralmente subvertical (Foto 6-25) e dominando as depressões relativas que compõe os
compartimentos geomorfológicos de depressões cristalinas.

Foto 6-25: Vertente formada pelo recorte erosivo das estruturas. É possível observar, delimitada pelas
linhas vermelhas, a crista marcada pela exposição da camada de laterita ferruginosa sob a forma de
carapaça (Ponto POG19).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 159


Fato fundamental a ressaltar para praticamente todos os compartimentos de cristas é a
questão da presença de camadas de lateritas ferruginosas, expostas sob a forma de
carapaças com espessuras métricas e resultando da evolução geoquímica de pacotes de
colúvios e/ou saprolitos de formações ferríferas, com alta concentração de óxidos de ferro
(Foto 6-25 e Foto 6-26). Ao mesmo tempo em que servem de proteção às vertentes,
principalmente as desenvolvidas em condições estruturais de reverso, elas absorvem águas
pluviais que serão encaminhadas para os aquíferos.

Foto 6-26: Platô do Gandarela com topo sustentado por carapaça laterítica (Ponto POG20).

Estão descritos a seguir seus compartimentos que ocorrem na AER do Projeto Apolo
Umidade Natural.

Seu topo, compondo o Platô do Gandarela, abarca toda a porção interna da Sinclinal
Gandarela e apresenta uma superfície dissecada acompanhando o contexto estrutural do
sinclinal, orientado no sentido SW-NE e SE-NW próximo ao seu limite à oeste, além de uma
inclinação geral para leste. Sua litologia é composta por variações de xistos a quartzitos e
itabiritos do Supergrupo Minas que opõem diferentes graus de resistência à erosão. Os
xistos se situam nas partes centrais mais erodidas pelo ribeirão Barão de Cocais, enquanto
os quartzitos sustentam um patamar intermediário até os itabiritos localizados no topo do
reverso de escarpa.

As formas de relevo correspondem a morros aguçados com variações altimétricas de até


300 m e declividades que atingem os 45º. O padrão da drenagem é paralelo a subdendrítico,
devendo-se ressaltar que enquanto o ribeirão Barão de Cocais acompanha a imposição
estrutural da sinclinal, um afluente do rio Conceição extravasa os limites da longa sinclinal
em sua porção ocidental por uma garganta com profundidade superior a 300 m.

As bordas ocidentais deste platô são constituídas por vertentes íngremes que correspondem
ao Macrocompartimento Morfoestrutural Escarpas de Caeté-Rancho Novo. Esta unidade é
composta por uma sequência de patamares escalonados desde as cristas da Sinclinal
Gandarela até os níveis de base locais, correspondendo ao rio das Velhas a oeste e às
proximidades de Caeté a Morro Vermelho ao norte. Caracteriza-se por morros ligados a
cristas alinhadas e paralelas dotadas de vertentes íngremes e retilíneas com declividade de
45º fortemente recorrente (Foto 6-27).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 160


Foto 6-27: Patamares escalonados do macrocompartimento morfoestrutural Escarpas de Caeté-
Rancho Novo demarcados pela linha vermelha (ponto POG24).

A erosão diferencial e as influências estruturais, também, representam os fatores de


formação do relevo local. Os morros mais acentuados são sustentados por quartzitos. As
geoformas intermediárias são moldadas em metabasaltos e os xistos acolhem os fundos de
vale. O desnivelamento total desta unidade alcança o valor de 600m, com variações locais
em patamares sustentados estruturalmente (BARBOSA e RODRIGUES, 1964).

6.7.2.3 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL) E ÁREA DIRETAMENTE AFETADA


(ADA)

O contexto geológico da Área de Estudo Local e Área Diretamente Afetada do Projeto Apolo
Umidade Natural se articula sobre a borda noroeste da Sinclinal Gandarela, uma aba de
sinclinal invertida que se encontra em posição geomorfológica de sinclinal suspensa, com
bordas escarpadas sob forma de uma crista que circunda toda a estrutura, exceto por uma
pequena abertura drenada pelo rio Barão de Cocais em direção nordeste. Apesar da
inversão estrutural sinclinal, mais efetiva em sua borda sudeste, devido à vergência para
noroeste, o modelo geomorfológico é mantido pela rigidez das rochas ferríferas e
quartzíticas que armam as cristas periféricas, conforme ilustrado pelos perfis da Figura 6-27.

Para finalidades práticas de afinar as características geomorfológicas que devem auxiliar a


avaliação de eventuais impactos ambientais do empreendimento, delimitou-se uma outra
escala para identificação de unidades geomorfológicas com comportamento morfodinâmico
relativamente homogêneo.

O resultado encontra-se apresentado no mapa de Geomorfologia (AEL/ADA) (Figura 6-28),


o qual é constituído por cinco unidades geomorfológicas (microunidades, considerando-se a
hierarquização geomorfológica em referência à compartimentação de cunho regional), as
quais são descritas na sequência. O mapa contém, ainda, os pontos de observação
geomorfológica (POG) referenciados ao longo do texto quanto a tomada de fotografias.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 161


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AEL - Área de Estudo Local
AER - Área de Estudo Regional
Limite Municipal

Perfil Litológico
Depósitos Colúvio-Aluvianares
Canga
Grupo Sabará
Grupo Piracicaba
Grupo Itabira
Grupo Caraça
Grupo Maquiné
Grupo Nova Lima

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Fratura Preenchida com Diabásio

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021),
Pedologia (Amplo, 2017) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Perfis Geológico Geomorfológicos
1:160.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2,5 5 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_perfil_geomorfologico_A3_v03
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Base Cartográfica (Fonte): !
! PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Geomorfologia (Amplo, 2009); Área
de Estudo e Ponto de Observação (AMPLO, 2020). Título:
Geomorfologia da Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_geomorfologia_local_A3_v04
6.7.2.3.1 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DOS PATAMARES ESCALONADOS DA
BORDA OCIDENTAL DO SINCLINAL GANDARELA

Esta unidade assume o papel de uma zona de transição gradacional entre as morrarias do
vale do rio das Velhas e as escarpas da Sinclinal Gandarela. Ela apresenta uma forte
amplitude altimétrica entre as cotas de 740 m a 1450 m, onde patamares topográficos
correspondem, em sequência, ao vale do ribeirão da Prata (740 a 1000 m), outros vales
suspensos de afluentes do rio das Velhas (1100 e 1300 m) e ao sopé das escarpas da serra
do Gandarela (1300 a 1450 m). As declividades variam entre 5º, para fundo de vale, e até
30º, em média, para as vertentes retilíneas a côncavas, com amplitudes de até 200m, que
se espalham ao longo das serranias alinhadas. Seus topos são sustentados, em sua grande
maioria, por quartzitos do Grupo Maquiné e, seus sopés por xistos e conglomerados do
Grupo Nova Lima (Foto 6-28). O alinhamento das geoformas conserva a influência das
faixas de empurrão com vergência para Oeste. O controle estrutural se reflete no padrão da
drenagem paralelo, localmente, e radial centrífuga.

Foto 6-28: Vertentes retilíneas a côncavas da unidade geomorfológica dos Patamares Escalonados
da Borda Ocidental do Sinclinal Gandarela. Topos sustentados por quartzitos e sopés por xistos e
conglomerados (ponto POG10).

Do ponto de vista morfodinâmico, a situação é um pouco semelhante à da unidade anterior,


exceto pelo fato de que o gradiente hidráulico mais acentuado permite uma maior
velocidade das enxurradas que ameaçam gerar ravinamentos nas partes inferiores das
vertentes, frente às agressões antrópicas geradas pelo desmatamento, loteamentos e
estradas vicinais. No entanto, os afloramentos rochosos muito frequentes garantem a
manutenção da erosão sob sua forma predominantemente areolar.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 164


6.7.2.3.2 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DO FRONT EXTERNO DA SINCLINAL
GANDARELA

Esta unidade corresponde ao contato das estruturas da Sinclinal Gandarela com o


embasamento cristalino, nos arredores da cidade de Caeté. As rochas que sustentam o
relevo local são os metabasaltos do Grupo Nova Lima, que afloram no intervalo altimétrico
situado entre 1000m e 1400m. Deste modo, estes estabelecem o contato com os gnaisses
do Complexo Caeté, que continuam aflorando morros abaixo até a altitude mínima de 860m.

As faces das vertentes são voltadas para NW e, subordinadamente, para E W, ao longo dos
vários anfiteatros e vales que entalham esta unidade, atendendo a uma rede de drenagem
organizada segundo um padrão paralelo a subdendrítico. As geoformas são representadas
por morrarias (Foto 6-29) com amplitudes que variam, gradativamente, de 300m em sua
porção meridional para até em torno de 100m na porção setentrional, onde ocorre uma
relativa suavização das formas de relevo. As variações de declividade acompanham este
contexto com valores menores de 5º a até 30º.

Foto 6-29: Morrarias da unidade geomorfológica Front Externo da Sinclinal Gandarela. Pastagem e
cultivo no fundo do vale caracterizando ambiente rural. Partes mais elevadas ainda recobertas por
florestas (ponto POG05).

Do ponto de vista geomorfológico, as declividades acentuadas sobre litotipos geradores de


solos suscetíveis a movimentos de massa, devido ao teor em argilas, constituem um risco
de acentuação morfogenética. A área é mais densamente ocupada que as das unidades
precedentes, com maior número de concentrações populacionais e mais denso habitat rural.
As matas ciliares são mais escassas e observam-se vários casos de colocação em cultivo
de hortigrangeiros. No entanto, esta intensidade do antropismo está, ainda, evitando as

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 165


partes elevadas da unidade que se mantêm cobertas por florestas. Deve-se ressaltar,
porém, que existem riscos de desencadeamento de crise morfogenética, quando a floresta
eliminada revela a existência de geoformas representando prováveis paleo-voçorocas
estabilizadas (anfiteatros com fundo plano entulhado) e que se encontravam fossilizadas
sob a floresta. A reativação dos processos que geraram essas formas pode se apresentar
de modo catastrófico, dependendo da intensidade e do modo como será realizada a
ocupação das áreas correspondentes.

6.7.2.3.3 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DO FRONT DE ESCARPA DA SINCLINAL


GANDARELA

O Front da Escarpa da Sinclinal Gandarela apresenta a maior amplitude altimétrica da AEL.


Suas altitudes variam desde os 1640m em cristas sustentadas por cangas e itabiritos até os
860m em profundo vale entalhado por afluente do rio Conceição nos xistos do Grupo Nova
Lima. Nesta unidade, as escarpas são compostas por litologias muito variadas e recorrentes
em afloramento, incluindo desde os xistos, passando pelos quartzitos e filitos do Grupo
Caraça, até os itabiritos do Grupo Itabira por vezes capeados por canga. As declividades
variam de 20º a valores que chegam a superar os 45º, em vertentes retilíneas e de forma
triangular, em meio às quais se alojam geoformas típicas da unidade representadas por
anfiteatros suspensos (Foto 6-30 e Foto 6-31).

Foto 6-30: Unidade geomorfológica Front da Escarpa da Sinclinal Gandarela. Crista sustentada por
canga mais à frente. Ao fundo, vertentes retilíneas em forma triangular e anfiteatros suspensos.
Cobertura vegetal formada por um mosaico floresta-savana (ponto POG22).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 166


Foto 6-31: Unidade geomorfológica Front da Escarpa da Sinclinal Gandarela. Topo sustentado por
canga. É possível observar anfiteatros e vertentes retilíneas (ponto POG21).

Visto que esta unidade bordeja toda a estrutura sinclinal de orientação SW-NE,
contornando-a por todos os lados, as faces das escarpas são viradas tanto para NW, quanto
para W e SE, em direções divergentes entre si, pois orientadas para o exterior da estrutura
sinclinal. Do ponto de vista morfodinâmico, apesar das variações litológicas, a unidade se
beneficia de um alto grau de estabilidade em condições naturais. O papel das litologias
brandas é obliterado pela espessura adelgaçada em afloramento e prensada em meio a
afloramentos de rochas duras. Por outro lado, a alta declividade desencorajou o uso do solo
agrícola e a unidade manteve uma boa cobertura florestal, num contexto de denso mosaico
floresta-savana.

6.7.2.3.4 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DA ESCARPA REVERSA DA SINCLINAL


GANDARELA

As escarpas que ocupam o reverso das camadas que afloram na crista periférica da
Sinclinal Gandarela possuem declividades tão acentuadas quanto as que caracterizam os
fronts de escarpas erosivas (valores de 20º a mais de 45º), conforme pode-se observar na
Foto 6-32. Aparentemente simétricas do ponto de vista fisiográfico, essas vertentes diferem
radicalmente em termos de função ambiental.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 167


Foto 6-32: Unidade Geomorfológica da Escarpa Reversa da Sinclinal Gandarela (POG19).

As vertentes desta unidade são mais curtas que as equivalentes no front de erosão,
estendendo-se até a cota de 920m e suportando uma série de rios que correm
paralelamente à crista, sendo estruturalmente controlados pela direção das camadas
litológicas. As faces das vertentes são, desta vez, voltadas de modo convergente para o
centro da estrutura sinclinal ocupada pela drenagem principal do eixo do vale, mesmo que
se mantenham viradas para Noroeste, Oeste e Sudeste.

As diferenças fundamentais são, no entanto, ligadas à característica de vertente de reverso


que gera uma maior homogeneidade litológica em longas distâncias e um caminho
preferencial para as águas subterrâneas ao longo das anisotropias inter-estratais. As rochas
que se destacam neste contexto são os quartzitos do Grupo Caraça e os itabiritos e
dolomitos do Grupo Itabira, por vezes capeados por canga.

O fato de as vertentes serem concordantes com o mergulho das camadas dessas rochas
torna-se relevante para a compreensão da dinâmica de recarga aquífera no sinclinal. O ciclo
hidrológico local fica confinado na bacia moldada pela estrutura sinclinal, fazendo convergir
águas superficiais e subterrâneas para a calha do rio principal que drena o eixo da estrutura.
Do ponto de vista morfodinâmico, em condições naturais, a densa cobertura florestal parece
estar assegurando um bom estado de equilíbrio, o qual pode ser rompido por alterações
derivadas de áreas de servidão implantadas por intervenções antrópicas.

6.7.2.3.5 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA DO PATAMAR INTERNO DO SINCLINAL


GANDARELA

Esta unidade corresponde à porção mediana das vertentes internas das cristas, induzindo
uma variação geomorfológica gradual das bordas escarpadas da Sinclinal Gandarela em
direção à sua depressão central. O referido patamar resulta, na realidade, da projeção dos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 168


topos de grande número de morros e serrotes alinhados com a direção da estrutura sinclinal
(SW-NE) e controlando a hidrografia de padrão subdendrítico (Foto 6-33). As altitudes
variam entre 920 e 1460m. As vertentes possuem declividade média centrada nos valores
de 20º a 30º. O substrato litológico é composto por dolomitos do Grupo Itabira, quartzitos do
Grupo Piracicaba e, subordinadamente, xistos do Grupo Sabará.

Foto 6-33: Morros e serrotes que compõem a região de transição entre as unidades Patamar Interno
da Sinclinal Gandarela e Escarpa Reversa da Sinclinal Gandarela (Ponto POG17).

Uma boa cobertura florestal, em parte composta de eucaliptos dos empreendimentos


silvícolas, e uma reduzida ocupação agropecuária garantem uma boa estabilidade
morfodinâmica.

6.7.2.4 ASPECTOS ASSOCIADOS À PALEONTOLOGIA

Os registros da vida na Terra ao longo do tempo geológico encontram-se preservados em


meio ao patrimônio geológico e geomorfológico, sendo testemunhas do passado e alvo das
iniciativas nacionais e internacionais de geoconservação.

A identificação de sítios paleontológicos na ADA e áreas de estudo do projeto foi realizada


através da busca de registros no GeoSGB – Sistema de Geociências da CPRM, cuja busca
não retornou registros. Adicionalmente, foi feita uma análise dos três volumes publicados
pela SIGEP, e, até o momento, não há registros na ADA e áreas de estudo. No entanto,
convém ressaltar a existência, a leste da ADA, da Bacia do Gandarela como um ponto de
importante interesse em termos de seu potencial paleontológico, compondo um registro
geológico-geomorfológico sedimentar do Cenozoico (Gorceix, 1884; Brajnikov,1947; Dorr,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 169


1969; Duarte & Mello Filha, 1980; Ramos & Tessari, 1980; Maizatto & Castro,1993;
Maizatto, 1993, 1997, 2001), o qual consta na lista dos sítios ainda não publicados pela
SIGEP1. como aprovado e disponível para descrição. A Figura 6-29 localiza este sítio com
base na carta geológica 1:25.000 (USGS).

Figura 6-29: Localização da Bacia Gandarela em relação às estruturas do Projeto Apolo Umidade
Natural.

O sítio é caracterizado por “pequeno depósito sedimentar cuja extensão não ultrapassa os
9km2 com pelo menos 125 m de espessura” (SIGEP – 2007, In:
http://sigep.cprm.gov.br/propostas/BaciaGandarela.htm). O mesmo veículo aventa a
possibilidade do sítio se encontrar descaracterizado e sem acesso, em função da atividade
minerária realizada nas proximidades da Fazenda Gandarela.

1 http://sigep.cprm.gov.br/propostas/BaciaGandarela.htm

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 170


No entanto, segundo Silva et al. (2005), o sítio compõe um importante registro geológico
com potencial paleontológico demonstrado.

Em relação às litologias, são encontradas rochas sedimentares do tipo linhitos, folhelhos,


arenitos, argilitos e conglomerados. Em relação a evolução deposicional, foram definidas
sete fácies sedimentares (arenito grosso, arenito médio, diamictito A, diamictito B, linhito,
argilito orgânico e argilito). A associação de fácies I reúne as fácies linhito, argilito e argilito
orgânico e representa o conjunto de rochas formadas em um ambiente lacustre. A
Associação de fácies II é composta pelas fácies arenito grosso, arenito médio, diamictito A e
diamictito B e representa depósitos sedimentares gerados a partir de fluxos de detritos
(Maizatto, 2001).

Nos afloramentos presentes na bacia observam-se intercalações de camadas argilosas e


arenosas, provavelmente eocênicas, e carbonosas com variações de granulometria. O
linhito ocorre em camadas de granulometria às vezes mais fina, outras, mais grossas e pode
conter fósseis de Angiospermas e outros organismos que auxiliam na compreensão da
evolução da paisagem local. Tal sítio representa um local bastante promissor para
pesquisas geológicas e paleontológicas. A Foto 6-34 ilustra um afloramento na região.

Foto 6-34: Detalhe das camadas de linhito presentes na bacia cenozoica do Gandarela em fotografia
do acervo da Amplo Engenharia, obtida em 2011.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 171


Do ponto vista palinológico, a bacia foi alvo de diversos trabalhos (Duarte & Mello Filha,
1980; Lima & Salard-Cheboldaeff, 1981; Pinto & Regali, 1990; Maizatto & Regali, 1995;
Maizatto, 1997; Maizatto et al., 1998; Maizatto et al., 2000a, e Maizzato, 2001), tendo sido
definidas três biozonas associadas a três idades diferentes (Neoeoceno, Oligoceno e
Eomioceno), com registro de icnofossil de anelídeo – fodinichnia (Gráfico 6-28),
“provavelmente relacionado à atividade de algum organismo endobentônico sedimentívoro”
(Maizatto, p. 81, 2001) na facies argilito, corroborando a interpretação paleoambiental bem
como o registro de palinomorfos – pólen de angiospermas e de gimnospermas e esporos de
pteridófitas (Figura 6-31) .

Figura 6-30: Registro de icnofossil no paleolago Gandarela - Icnofóssil (fodinichnia) encontrado na


fácies argilito (amostra proveniente do testemunho FS4 à profundidade de 59 m)
Fonte: Maizatto, 2001.

Figura 6-31: Registro indicativo da presença de angiospermas no paleolago Gandarela - Semente de


angiosperma dicotiledônea encontrada na fácies argilito orgânico (amostra proveniente do
testemunho de sondagem FS 16 à profundidade de 15,80m).
Fonte: Maizatto, 2001.

A caracterização do potencial paleontológico vem sendo reforçada por meio dos estudos
atrelados à prospecção espeleológica realizada no entorno de até 250 metros da ADA.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 172


Neste ponto convém destacar que as cavernas são ambientes favoráveis à preservação de
fósseis, considerando a sua configuração enquanto abrigo, ausência de predadores,
condições climáticas e presença de depósitos sedimentares e químicos (Vasconcelos e
Bitencourt, 2019).

Considerando-se a interface do tema com os estudos espeleológicos que veem sendo


realizados na região do projeto (Carste 2020), em estudos recentes, a cavidade AP_0038 foi
classificada como paleotoca (Ruchkys et al., 2014; Bittencourt et al., 2015 e Buchmann et al.
2016 apud Carste, 2020) (Figura 6-32). A cavidade é classificada de relevância máxima, tem
gênese única ou rara, portanto alvo de iniciativas de proteção por parte do empreendedor. A
cavidade encontra-se em processo de tombamento em ação civil pública do Ministério
Público, bem como consta na "Lista de alvos de conservação - registros paleontológicos
representativos" do Plano de Ação Nacional para a Conservação do Patrimônio
Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco - PAN Cavernas do São
Francisco (CECAV/ICMBIO, 2018).

De acordo com Ruchkys et al. (2014), as paleotocas podem ser definidas como “escavações
(i.e. icnofósseis) produzidas por vertebrados extintos para habitação, refúgio ou estivação,
constituindo um registro indireto da presença de grupos taxonômicos onde fósseis corpóreos
são inexistentes”. Esta feição, segundo as referências, foi escavada por milodontídeos
cavadores (preguiças-gigantes de dois dedos), consistindo em um importante registro da
megafauna extinta no Quadrilátero Ferrífero (AP-038).

Figura 6-32: Aspectos da paleotoca. A- Galeria com coluna de sustentação. B-D- Galerias escavadas
com feições arredondadas, incluindo superfícies de polimento em D (diâmetros c. 150 cm). E-F-
sulcos (marcas de garras) na parede indicando atividade de animal cavador. Foto em B cortesia de
Alice Okawara para Ruchkys et al., 2014.
Fonte: Ruchkys et al., 2014.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 173


De acordo com a Carste (2020) “nas demais cavidades estudadas, não foram observadas
particularidades quanto aos processos genéticos ou evolutivos, sendo a evolução por
alargamento da porosidade primária ou secundária da rocha o principal processo formador
de tais feições”. O estudo pondera, ainda, que “a ampliação de vazios por atividade
microbiana e a ampliação de canalículos são importantes no desenvolvimento das
cavidades, assim como colapsos gravitacionais que alteram a morfologia original e podem
ser o meio de conexão dos ambientes hipógeo e epígeo. Para as cavidades em rochas
siliciclásticas, o papel estrutural tem bastante peso, sendo o controle estrutural nítido na
gênese das feições espeleológicas”. Convém ressaltar que as atividades espeleológicas
relacionadas ao projeto percorreram toda a ADA.

6.7.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

A área do Projeto Apolo Umidade Natural se insere regionalmente no megacompartimento


geomorfológico do Quadrilátero Ferrífero, o qual ocupa uma área de, aproximadamente,
7.000 Km², onde as altitudes médias de 800-1000 metros são frequentemente dominadas
por linhas de cristas que ultrapassam a altitude 2000 metros na Serra do Caraça. Do ponto
de vista morfoestrutural, trata-se de um relevo moldado numa complexa estrutura de cadeia.

A geomorfologia trabalhada adotou critérios de compartimentação elaborados para a


construção do Mapa Morfoestrutural do Quadrilátero Ferrífero, (SAADI/GOLDER
ASSOCIATES, 2008). Foram identificados na área de estudo dois grandes domínios
morfoestruturais (i) “Depressões Cristalinas em áreas de domos granito-gnáissicos”, na qual
se observa a mesounidade Depressão Cristalina Central do Bação e a unidade Morrarias do
Médio Rio das Velhas e (ii) “Cristas Armadas por Formações Ferríferas e Quartzitos”, na
qual se observa a mesounidade Escarpas e Cristas do Sinclinal Gandarela e
subordinadanmente as unidades Platô do Gandarela e Escarpas de Caeté-Rancho Novo.

Para a AEL e ADA, foram classificadas e caracterizadas sete subunidades correspondentes


a (i) Unidade Geomorfológica dos Patamares Escalonados da Borda Ocidental do Sinclinal
Gandarela; (II) Unidade Geomorfológica do Front Externo da Sinclinal Gandarela; (III)
Unidade Geomorfológica do Front de Escarpa da Sinclinal Gandarela; (IV) Unidade
Geomorfológica da Escarpa Reversa da Sinclinal Gandarela; (V) Unidade Geomorfológica
do Patamar Interno do Sinclinal Gandarela. Foram ainda abordados aspectos relativos à
Paleontologia no entorno da área estudada, tendo sido identificados registros científicos e
técnicos de uma paleotoca (AP-038) e do sítio denominado Bacia do Gandarela,
destacando-se que nenhum destes se localiza na Área Diretamente Afetada.

6.8 PEDOLOGIA

6.8.1 METODOLOGIA

Para a elaboração dos estudos pedológicos do Projeto Apolo Umidade Natural foram
utilizadas informações produzidas em âmbito de outros projetos e atualizadas conforme os
critérios adotados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa. Adicionalmente

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 174


foi realizado um trabalho de campo para descrição de perfis de solo e coleta de amostras
entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2020.

Os solos foram descritos e as amostras coletadas segundo os critérios constantes do


Manual de Descrição e Coleta de Solos no Campo (SANTOS et al. 2005). As análises físico-
químicas foram feitas pelo laboratório de solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A
classificação dos solos foi feita de acordo com Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(EMBRAPA, 2018). As principais bases de dados utilizadas foram o EIA Mina Apolo (2009) e
o mapa de solos da APA Sul RMBH – Escala 1: 50.000 (2005). Esta última é a que
apresenta maior nível de detalhamento e maior abrangência espacial na área do projeto e
foi a principal base de dados secundários referenciais para este estudo.

O mapa pedológico da AEL foi elaborado utilizando as bases conceituais e práticas do


mapeamento digital de solos que envolvem a estruturação de um sistema de informação
espacial de distribuição de solos através de dados secundários e primários, realização de
análises laboratoriais e utilização de variáveis ambientais. Estes dados são integrados em
meio digital via métodos estatísticos, algoritmos e modelos matemáticos que têm por
objetivo predizer a ocorrência de solos na paisagem (LAGACHERIE e MCBRATNEY, 2007 e
BAGATINI, 2015). Assim como o método de mapeamento analógico, o mapeamento digital
de solos apoia-se na premissa de que os solos tendem a se repetir na paisagem em
unidades fisiográficas similares.

Como principais vantagens do mapeamento digital de solos destacam-se o maior nível de


detalhamento dos mapas e a redução da subjetividade do processo inerente à interpretação
humana da paisagem e ao ato da definição manual dos limites e polígonos de cada classe.

A escolha das variáveis preditoras do mapeamento foi baseada no modelo SCORPAN,


formulado por McBratney et al. (2003), que tem por objetivo a previsão espacial de classes
e/ou características do solo a partir de atributos ambientais associados aos seus fatores de
formação.

O fator “clima” não foi contemplado nesta modelagem, pois este não varia de forma
expressiva na área de estudo. O Fator “material de origem” foi modelado pelo mapa
geológico apresentado neste documento no capítulo geologia. O fator “organismos” foi
representado pelo mapa de uso e cobertura do solo elaborado pela Amplo Engenharia e
Gestão de Projetos, pelo índice vegetação por diferença normalizada (NDVI) e pelas bandas
espectrais B2, B3, B4, B8, B11 e B12 obtidas pelos sensores a bordo do satélite Sentinel,
seguindo o procedimento que tem sido observado na literatura (CHAGAS, 2006; VAYSSE e
LAGACHERIE, 2015; DIAS, 2015; SARMENTO, 2015; VASCONCELOS, 2016). O fator
“relevo” foi representado por descritores geomorfométricos (Tabela 6-55) derivados do
modelo digital de terreno (MDT) com resolução espacial de 5 m interpolado a partir das
curvas de nível equidistantes em 5 m fornecidas pela Vale.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 175


Tabela 6-55: Descritores geomorfométricos utilizados no mapeamento digital de solos e suas
definições.
Descritor Definição
Distância vertical Calcula a diferença altimétrica de cada pixel para o canal de drenagem mais próximo. Este
para a rede de descritor tem forte relação com a suscetibilidade a alagamento, nível freático e auxilia na
drenagem identificação das condições de drenagem, umidade no solo e hidromorfismo.
Calculado pela diferença entre o MDE e a superfície interpolada a partir dos valores dos
Profundidade do
topos. Os pixels com valores mais altos representam os fundos de vales, enquanto valores
vale
mais baixos indicam topos, cristas e altas vertentes (MARTINEZ e MUÑOZ. 2016).
Segundo Sampaio e Augustin (2014), este índice é uma regionalização da declividade
índice de obtida através do estimador de Kernel onde o raio de busca é determinado pelo usuário. No
concentração da presente estudo foi utilizado o raio de busca de 1128 metros, conforme sugerido pelos
rugosidade (ICR) autores supracitados. Regiões com valores maiores implicam em condições de relevo mais
movimentado, nas quais ocorrem normalmente solos mais jovens.
Posição relativa Quantifica a posição de cada pixel em relação a vertente que o mesmo está situado.
na vertente Quanto mais alta a posição na vertente, maior o valor.

Representada pelo MDE. O valor de cada pixel é igual à altitude média da área
Altitude
representada por ele.
Mostra a tendência das áreas em acumular água. Para seu cálculo são considerados dois
Topographic fatores: a declividade e a acumulação de fluxo. A tendência em acumular água é
Wetness index inversamente proporcional à declividade e diretamente proporcional a acumulação do fluxo.
(TWI) Trata-se de um dos principais descritores quando se objetiva inferir condições de drenagem
e hidromorfismo.
Comprimento da vertente. Valores mais altos indicam vertentes mais longas. Estas são
Fator L
mais suscetíveis à erosão.
Inclinação da área em relação ao plano horizontal. Em geral, quanto maior a declividade,
Declividade
mais rasos e jovens tendem ser os solos.
Curvatura A curvatura vertical expressa o formato da vertente quando observada em perfil. Refere-se
vertical ao caráter convexo/côncavo do terreno, quando analisado em perfil (VALERIANO, 2008).
Traduz o caráter de divergência ou convergência das linhas de fluxo. (VALERIANO, 2008).
Formas de terreno convergentes tendem a apresentar solos mais úmidos e como
Curvatura
concentram o escoamento em uma linha, tendem a ser mais suscetíveis a retirada de
horizontal
material. Os solos muitas vezes são menos desenvolvidos nestes locais. As formas
divergentes apresentam, em geral, comportamento oposto.

Para integração das variáveis preditoras visando a obtenção do mapa de solos foi utilizado o
algoritmo de aprendizado de máquinas random forest que tem sido testado e apresentado
bons resultados para esta finalidade, a exemplo de Crivelenti (2009), Sarmento (2010),
Coelho e Giasson (2010) e Vasconcelos et al., (2016).

As amostras de treinamento para o algoritmo foram obtidas através dos pontos de descrição
e classificação de solos. Conforme é recomendado por Odgers et al. (2014) e Silva et al.
(2016), além destas, novas amostras de treinamento foram obtidas em ambiente SIG a partir
da interpretação da relação entre as variáveis de entrada e os pontos de verificação de
campo.

O mapeamento de solos da AER foi feito segundo o mesmo método descrito para a AEL,
contudo, para a área que não há sobreposição entre a AEL e a AER foi utilizado o modelo
digital de elevação Alos PALSAR com resolução espacial de 12,5 m, uma vez que para
parte dessas áreas não há dados disponíveis derivados de MDTs de melhor resolução.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 176


6.8.2 RESULTADOS

6.8.2.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

Na Área de Estudo Regional do Projeto Apolo Umidade Natural foram diferenciados os


seguintes domínios pedológicos: Neossolos, afloramentos de rocha, Latossolos, Gleissolos,
Cambissolos, Exposição de canga, Afloramento rochoso, Argissolos e Nitossolos. Além
disso, foram mapeadas as áreas antrópicas e ocupadas por corpos d’água que são
compostas por atividades minerárias. Nos tópicos a seguir é feita uma descrição de cada um
destes domínios / classes de mapeamento (Figura 6-33).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 177


630000 Sa 640000 650000
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7800000
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630000 640000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021), Pedologia (Amplo,
2020) Perfil de Solos ( AMPLO 2020 & Estudo APA SUL, 2005) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Tipos de Solo na Área de Estudo Regional
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_pedologia_AER_1nv_cat_A3_v02
6.8.2.1.1 NEOSSOLOS

Os Neossolos são solos pouco evoluídos constituídos por material mineral ou por material
orgânico com menos de 20 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte
B diagnóstico (EMBRAPA, 2018).

Sua pouca evolução pode estar relacionada a pelo menos um dos seguintes fatores: (1)
baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos que não permitiu ainda
modificações expressivas do material originário; (2) características do próprio material, pela
sua resistência ao intemperismo ou composição química; (3) do relevo, que, isoladamente
ou em conjunto, impediu ou limitou a evolução destes solos (OLIVEIRA, 2011).

Na área de estudo do Projeto Apolo Umidade Natural os Neossolos são encontrados


principalmente na porção central sul da área avaliada, associados principalmente as rochas
de itabirito e itabirito dolomítico da Formação Cauê e também rochas do Grupo Nova Lima.
Estão associados também a afloramentos rochosos, principalmente nas unidades de
escarpas acidentadas da Serra do Espinhaço que, devido à elevada altitude e intensas
declividades, acabam por apresentar solos muito rasos ou simplesmente a rocha desnuda
(Foto 6-35).

Foto 6-35: Neossolos litólicos associados a afloramentos rochosos.

6.8.2.1.2 LATOSSOLOS

Os Latossolos compreendem solos constituídos por material mineral, em avançado estágio


de intemperização, muito evoluídos como resultado de expressivas transformações no
material de origem (EMBRAPA, 2018). São normalmente profundos e fortemente a bem
drenados. Em geral são solos fortemente ácidos, com baixa saturação por bases e muitas
vezes saturados por alumínio. Esses solos são típicos das regiões tropicais e equatoriais,
ocorrendo também em zonas subtropicais, distribuídos, sobretudo, por amplas e antigas
superfícies de erosão, pedimentos ou terraços fluviais antigos, normalmente em relevo plano

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 179


e suave ondulado, embora possam ocorrer em áreas mais acidentadas, inclusive em relevo
montanhoso.

Esses solos são normalmente muito profundos, com a espessura do solum (soma dos
horizontes A e B) raramente inferior a um metro, possuindo sequência de horizontes A, B, C,
com pouca diferenciação de horizontes, e transições usualmente difusas ou graduais. Em
distinção as cores mais escuras do A, o horizonte B possui uma aparência mais viva. As
cores variam desde amarelas ou mesmo bruno-acinzentadas até vermelho-escuro
acinzentadas, nos matizes 2,5YR a 10YR, dependendo da natureza, da forma e da
quantidade dos constituintes, dos teores de ferro na rocha de origem e das condições de
drenagem, que influenciam no equilíbrio da formação de hematita e goethita.

No horizonte C, comparativamente menos colorido, a expressão cromática é bem variável,


ainda que heterogênea dada a natureza mais saprolítica. O incremento de argila do
horizonte A para o B é pouco expressivo, e a relação textural B/A não satisfaz os requisitos
para B textural. De um modo geral, os teores da fração argila no solum aumentam
gradativamente com a profundidade, ou permanecem constantes ao longo do perfil.
Tipicamente a mobilidade das argilas no horizonte B é baixa, salvo comportamentos
atípicos, de solos desenvolvidos de material arenoso, quartzoso, de constituintes orgânicos
ou com ΔpH positivo ou nulo.

Nesse sentido, os Latossolos presentes na região são, em geral, solos fortemente ácidos,
com baixa saturação por bases caracterizando-se por Distróficos ou Álicos. Dessa forma,
podemos classificá-los como de baixa aptidão agrícola.

Os latossolos ocupam 22,8% da AER, sendo a segunda classe de maior expressividade


espacial. Eles estão associados principalmente a média e alta vertente das regiões norte,
oeste e sul da AER em condições de relevo predominantemente forte ondulado.

6.8.2.1.3 GLEISSOLOS

Os Gleissolos correspondem a solos hidromórficos, constituídos por material mineral, que


apresentam horizonte glei dentro de 150 cm da superfície do solo, imediatamente abaixo de
horizontes A ou E (com ou sem gleização), ou de horizonte hístico com espessura
insuficiente para definir a classe dos Organossolos (EMBRAPA, 2018). Estes solos não
apresentam textura exclusivamente areia ou areia franca em todos os horizontes dentro dos
primeiros 150cm da superfície do solo ou até um contato lítico, tampouco horizonte vértico,
ou horizonte B textural com mudança textural abrupta acima ou coincidente com horizonte
glei ou qualquer outro tipo de horizonte B diagnóstico acima do horizonte glei. Horizonte
plíntico, se presente, deve estar à profundidade superior a 200cm da superfície do solo.

Estes solos estão associados as partes mais baixas da paisagem, especialmente vales com
fundo chato. Normalmente configuram áreas brejosas e/ou planícies aluvias dos cursos
d’água. Desta forma, frequentemente estes solos estão relacionados a áreas suscetíveis a
alagamento e a áreas de proteção permanentes (APPs) hídricas, fatos estes que configuram
importantes restrições em relação a sua utilização. As condições anóxicas instaladas nestes

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 180


ambientes tornam difícil a decomposição da matéria orgânica, favorecendo seu acúmulo. Na
AEL, estes solos ocupam apenas 3,3%.

6.8.2.1.4 ARGISSOLOS

Os Argissolos são definidos por apresentarem horizonte B textural (Bt) de argila de atividade
baixa ou alta quando identificado caráter alítico (EMBRAPA, 2018). O horizonte Bt é definido
por um incremento do teor de argila em relação ao horizonte sobrejacente, podendo ser A
ou E. Este incremento pode ser resultante de acumulação absoluta ou relativa decorrente de
processos de iluviação e/ou formação in situ e/ou herdada do material de origem e/ou
infiltração de argila e/ou perda de argila do horizonte A por erosão diferencial (EMBRAPA,
2018). Esta mudança textural resulta em uma diminuição da porosidade do solo no horizonte
B e, consequentemente, há uma redução na capacidade de infiltração neste horizonte.
Assim, é comum nestes solos um maior volume da água pluvial se concentrar acima do
horizonte B conferindo a ele alta suscetibilidade à erosão, sobretudo laminar, e alguns tipos
movimentos de massa, como rastejamento.

Ocorrem frequentemente em vertentes, ou parte deles, com declividade moderada ou


eventualmente alta. Estas condições favorecem a remoção da água relativamente rápida
resultando em ciclos constantes de umedecimento e secagem que podem ocasionar a
dispersão das argilas e transporte delas no perfil para o horizonte B, sendo este um dos
principais processos responsáveis pela formação do Bt.

Os argissolos ocupam 18,1 % da AER, sendo a terceira classe de maior abrangência


espacial.

6.8.2.1.5 NITOSSOLOS

São solos de textura argilosa ou muito argilosa (OLIVEIRA, 2011) caracterizados pela
avançada evolução pedogenética pela intensa atuação do processo de ferralitização
resultando em uma composição caulinítico-oxídica (EMBRAPA, 2018). Apresentam
horizonte B nítico abaixo do horizonte A. O horizonte B nítico tem como características
estrutura prismática ou composta por blocos angulares e/ou subangulares de grau
moderado ou forte e cerosidade expressiva. Na área de estudo ocorrem principalmente
associados a rochas ígneas máficas e ultramáficas básicas do Grupo Nova Lima, Unidade
Ouro Fino. Estes solos ocupam 4,2% da AER.

6.8.2.1.6 CAMBISSOLOS

Por sua vez os Cambissolos são constituídos por material mineral, com horizonte B
incipiente (Bi) subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, desde que não satisfaçam
os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas classes dos Chernossolos,
Plintossolos ou Gleissolos (EMBRAPA, 2018).

O conceito central é o de solos em estágio intermediário de intemperismo, isto é, que não


sofreram alterações físicas e químicas muito expressivas. São solos, em geral, não muito
profundos, que apresentam teores relativamente elevados de minerais primários facilmente

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 181


intemperizáveis, atividade da fração argila de média a alta e solum com discreta variação de
textura.

Devido à heterogeneidade do material de origem e das formas de relevo, as características


destes solos variam muito de um ponto vistoriado ao outro. Assim, na área de estudo, a
classe se comporta apresentando desde solos fortemente até imperfeitamente drenados, de
rasos a profundos, de cor bruna ou bruno-amarelada até vermelho escuro. São solos que
possuem baixa saturação por bases e, assim, classificados como de baixa aptidão agrícola,
uma vez que, nem mesmo o relevo determinante desse tipo de solo favorece a utilização de
maquinários para correções.

Na área em análise, os cambissolos correspondem a classe de maior ocorrência. São


encontrados principalmente em média vertentes associados a relevos declivosos (ondulado
a forte ondulado). São verificados em toda a área de análise, associados principalmente a
rochas do Grupo Sabará e do Grupo Piracicaba. A Foto 6-36 ilustra a distribuição dos
cambissolos e principal unidade fisiográfica que eles estão associados na Área de Estudo
Regional do Projeto Apolo Umidade Natural. Destaca-se ainda que estes solos são os de
maior abrangência espacial da AER, ocupando 36,1% dela.

Foto 6-36: Região de inserção de Cambissolos em média vertente.

6.8.2.1.7 CORPO D' ÁGUA

As massas d’água mais expressivas representáveis na escala do mapa da Figura 6-34 são
encontradas na porção ocidental da AER. São corpos d’água lóticos que constituem os rios
de maior ordem da área. Ocupam 0,2% da AER.

6.8.2.1.8 ÁREAS ANTRÓPICAS


Constituem principalmente estruturas ligadas a atividades minerárias. Ocupam 0,5% da
AER.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 182


6.8.2.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL)

Para a Área de Estudo Local (AEL) do Projeto Apolo Umidade Natural foram utilizados
dados secundários produzidos em âmbito de outros estudos existentes na região do projeto
APA Sul, 2005 (SHINZATO e CARVALHO FILHO, 2005). As informações dos perfis de solo
executados neste estudo aliado a caraterísticas da paisagem, formaram a base para
individualização de unidades de mapeamento do Projeto Apolo Umidade Natural.

Para a caracterização dos solos da área de estudo local foram utilizados dezenove perfis
classificados até o quarto nível categórico através da interpretação dos resultados análises
físicas, químicas e morfológicas dos solos. Destes, três são provenientes do projeto APA Sul
e dezesseis são derivados da campanha de campo feita pela Amplo Engenharia e Gestão
de Projetos em 2020 (Tabela 6-56). Os resultados das análises físicas, químicas, bem como
as descrições morfológicas (conforme SANTOS et al., 2005) dos solos representados por
estes dezesseis perfis se encontram nos Anexos do Volume 2 (Descrição Morfológica dos
Perfis de Solo -ANEXO V e os Laudos Laboratoriais das Análises Físicas e Químicas de
Solo são apresentados, respectivamente, ANEXO VI e no ANEXO VII).

Tabela 6-56: Perfis de Solo identificados na AEL do Projeto Apolo Umidade Natural.

Número Coordenada Fuso 23S


Classificação Adotada Projeto
do Perfil X Y
P1 CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico 640446 7785715 APA SUL
LATOSSOLO VERMELHO Acriférrico
P2 637410 7783037 APA SUL
petroplíntico argissólico
P36 LATOSSOLO VERMELHO Perférrico câmbico 639736 7783096 APA SUL
PAS-01 LATOSSOLO BRUNO Distrófico típico 642787 7796234 Amplo (2020)
PAS-02 NEOSSOLO LITÓLICO Distroúmbrico típico 643572 7795571 Amplo (2020)
CAMBISSOLO HÚMICO Tb Distroférrico
PAS-04 643922 7794392 Amplo (2020)
latossólico
PAS-05 LATOSSOLO VERMELHO 641023 7794754 Amplo (2020)
PAS-06 NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico 638691 7791819 Amplo (2020)
PAS-07 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico 638782 7791240 Amplo (2020)
PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário
PAS-08 638525 7789126 Amplo (2020)
êutrico
PAS-10 GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico 634924 7789528 Amplo (2020)
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
PAS-12 636076 7786393 Amplo (2020)
latossólico
PAS-13 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico 634622 7785455 Amplo (2020)
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
PAS 14 636549 7785352 Amplo (2020)
latossólico
PAS 15 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico 640361 7790591 Amplo (2020)
PAS-16 ARGISSOLO AMARELO Alítico endorredóxico 640075 7790837 Amplo (2020)
PAS-17 NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico latossólico 639059 7790501 Amplo (2020)
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distroférrico
PAS-20 640753 7786590 Amplo (2020)
latossólico
PAS-21 LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico 634541 7781033 Amplo (2020)

Por meio dos perfis de solos levantados associados às características fisiográficas


existentes na AEL do projeto foi possível identificar dezessete unidades de mapeamento

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 183


considerando a classificação dos solos até o quarto nível categórico. Estas unidades e áreas
estimadas para cada uma delas na AEL estão especificadas na Tabela 6-57. O mapa da
Figura 6-34 mostra a distribuição espacial destas classes de solo na AEL.

Tabela 6-57: Unidades de Mapeamento na AEL do Projeto Apolo Umidade Natural.


Porcentagem da área
Sigla Legenda
ocupada
PAal ARGISSOLO AMARELO Alítico endorredóxico 15,7
CXd1 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico 11,4
PAd ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico 10,6
CXd2 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distroférrico latossólico 10,1
LVdf LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico 8,4
LV LATOSSOLO VERMELHO 8,0
RL Afloramento rochoso / NEOSSOLO LITÓLICO 7,2
FF Canga - Couraça ferruginosa 6,0
CXd3 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico 5,3
CXj CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico 4,7
GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico / Associação de
GXe 3,5
solos hidromórficos
NVd NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico 2,7
LBd LATOSSOLO BRUNO Distrófico típico 2,0
FFc PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário êutrico 1,4
NXd NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico latossólico 1,2
CHdf CAMBISSOLO HÚMICO Tb Distroférrico latossólico 1,1
RLdh NEOSSOLO LITÓLICO Distroúmbrico típico 0,7
AA Área antrópica 0,1
Total Geral 100,00%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 184


630000 640000

Lagoa Itabira
Taquaraçu MT TO
Santa de Minas Nova
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União Bom Jesus


PAS-01
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Santa do Amparo Nova

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PAS-05 Raposos Rio
Piracicaba
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LV NVd Longa

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PAS-15 rb t a CXj CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico

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j PAS-17 j CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distroférrico latossólico ou

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CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico
7790000

7790000
CXd1 CXd1 cais
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Córre g o Olho s -dágua CXd3 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico
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de solos hidromórficos
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LVdf FF
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CXd1
PAS-13 GXe PAd CXdf FFc

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RL
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NXd NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico latossólico
CXd1
CXd1
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k
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PAal CXdf CXdf NVd NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico
FFc PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário êutrico
PAd FF
CXdf
Córreg o M a

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LVdf PAal
Área antrópica
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CXd1 PAal CXdf AA
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CXdf P36 Perfil Pedológico
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PAal
FF
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PAal
Projeto Apolo Umidade Natural
CXd1 LV CXdf
RL AEL - Área de Estudo Local
PAS-21 PAd
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RL
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Limite Municipal
a
7780000

7780000
RL
LVdf

630000 640000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021), Pedologia (Amplo,
2020) Perfil de Solos ( AMPLO 2020 & Estudo APA SUL, 2005) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Tipos de Solos na Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_pedologia_local_4nv_cat_A3_v02
O Gráfico 6-79 mostra a proporção que cada classe de solos/Unidade de Mapeamento
ocupa na AEL, considerando até o segundo nível categórico. As três classes de maior
expressividade espacial são os Cambissolos Háplicos (31,5%), Argissolos Amarelos (26,3%)
e Latossolos Vermelhos (16,4%) que em conjunto ocupam 74,2% da AEL. Os afloramentos
rochosos e noessolos ltólicos e cangas / couraças ferruginosas também ocupam porções
representativas, sendo 7,2 e 6%, respectivamente. Os demais tipos de solos têm menor
representatividade espacial e somados correspondem a 12,6% da AEL.

Gráfico 6-79: Proporção que cada classe de solo, considerando o segundo nível categórico,
ocupa na AEL do Projeto Apolo Umidade Natural.

6.8.2.2.1 DESCRIÇÃO DAS CLASSES DE SOLO / UNIDADES DE MAPEAMENTO

Neste tópico é apresentada uma descrição sucinta dos solos e principais aspectos
fisiográficos associados eles que compõem cada unidade de mapeamento identificada na
AEL. Não será dado destaque para as características referentes ao primeiro nível
categórico, uma vez que estas já foram detalhadas anteriormente.

6.8.2.2.1.1 ARGISSOLO AMARELO Alítico endorredóxico (PAal)

Ocorrem em praticamente todo território avaliado ocupando 15,7% dele. Estão relacionados
principalmente a regiões de baixa a média vertente e relevo forte ondulado. Como já posto
anteriormente, os argissolos apresentam alta erodibilidade. O caráter alítico refere-se de
altas concentrações de alumínio trocável no solo associado a atividade de argila ≥ 20
cmolc/kg (OLIVEIRA, 2011). O termo endorredóxico no quarto nível categórico refere-se à
identificação do caráter redóxico entre 50 e 150 cm de profundidade. Este por sua vez é
resultante da saturação temporária com água em horizontes e/ou camadas, que induzam a
ocorrência de processos de redução e oxidação, com segregação de ferro e/ou de
manganês, na forma de cores mosqueadas e/ou variegadas. A Foto 6-37 refere-se ao perfil
PAS-16 no qual o solo foi classificado como ARGISSOLO AMARELO Alítico endorredóxico.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 186


Foto 6-37: Perfil de ARGISSOLO AMARELO Alítico
endorredóxico (PAS-16).

6.8.2.2.1.2 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico

Estes solos ocupam 10,6% da AEL e ocorrem em condições similares aos descritos no
tópico anterior, contudo estão associados a posições um pouco mais elevadas na vertente e
relevo ligeiramente menos movimentado, predominando as fases ondulado e forte ondulado.
A designação “distrófico” no terceiro nível categórico refere-se à saturação por bases inferior
a 50% nos primeiros 100 cm do horizonte B. A Foto 6-38 ilustra um perfil (PAS-07) de
ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico descrito na AEL. Nele foi identificado horizonte E,
característica esta relativamente comum em argissolos. Na AEL, sobre estes solos
normalmente ocorrem florestas estacionais semideciduais (Foto 6-39).

Foto 6-38: Perfil de ARGISSOLO AMARELO Foto 6-39: Ambiente de ocorrência dos
Distrófico típico (PAS-07). ARGISSOLOS AMARELOS Distróficos típicos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 187


6.8.2.2.1.3 AFLORAMENTO ROCHOSO / NEOSSOLO LITÓLICO (RL)

Esta unidade ocupa 7,2% da AEL. Está relacionada aos locais de maiores inclinações como
as escarpas erosivas dos platôs onde são expostas rochas das Formações Cauê, Batatal e
Moeda, sobretudo itabiritos, filitos e quartzitos. O solo é raso, não ultrapassando alguns
centímetros de espessura e se forma pontualmente em fraturas e irregularidades das
rochas. Nestas áreas predominam campos rupestres e transições para floresta estacional
semidecidual, estas últimas associadas as regiões de média a baixa vertente e canais de
drenagem (Foto 6-40).

Foto 6-40: Ambiente de ocorrência dos afloramentos rochosos e neossolos litólicos

6.8.2.2.1.4 CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico (CXj)

O perfil de CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico (P1) foi descrito no âmbito do


mapeamento de solos do projeto APA-Sul na porção oriental da área em análise. Estes
solos ocupam 4,7% da AEL e, via de regra, parecem estar associados ao intemperismo das
rochas da Formação Gandarela, especialmente as ricas em ferro, como itabiritos e itabiritos
dolomíticos. Estes solos são caracterizados pelos altos teores de Fe2O3, acima de 360 g/kg,
o que confere ao perfil cores avermelhadas (EMBRAPA, 2018). Muitas vezes apresentam
também altos teores de matéria orgânica, em função do elevado aporte provido pelas
florestas estacionais semideciduais em estágio de sucessão médio a avançado que os
recobrem. Além disso, o elevado teor de ferro inibe a decomposição da matéria orgânica,
uma vez que restringe a atuação de micro-organismos. Embora estes solos tenham sido
classificados como cambissolos, do ponto de vista morfológico se assemelha muito a um
latossolo, o que conferiu a designação “latossólico” no quarto nível categórico. Por fim,
destaca-se que são solos ácidos e pobres em nutrientes.

6.8.2.2.1.5 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distroférrico latossólico (CXdf) e


CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico (CXd)

O perfil de CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico (PAS-20, Foto 6-41) está


localizado há pouco menos de 1 km de distância ao norte do perfil citado no subtópico
anterior (P1). Na área de estudo, estes solos são similares quanto aos atributos físicos,
químicos e morfológicos, além de ocorrerem associados as mesmas condições de relevo,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 188


litologia e vegetação. Também apresenta elevados teores de ferro. Contudo, o solo descrito
a partir do perfil PAS-20 não foi classificado como perférrico no terceiro nível categórico por
apresentar teor de Fe2O3 um pouco abaixo (321 g/kg) do limite para receber esta
designação, sendo este 360 g/kg. Admite-se que na área avaliada podem ocorrer solos que
se enquadram na mesma classificação, porém com teores de Fe2O3 expressivamente mais
baixos, (inclusive menores que 180 g/kg, o que enquadra como Tb distrófico a classificação
do terceiro nível categórico), sobretudo se formados a partir do intemperismo de rochas
mais pobres em ferro, como foi identificado nos perfis PAS-12 (Foto 6-42) e PAS-14. Estes
solos ocupam 10,1% da AEL.

Foto 6-41: Perfil de CAMBISSOLO HÁPLICO Foto 6-42: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
Tb Distroférrico latossólico (PAS-20). latossólico (PAS-12)

6.8.2.2.1.6 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico (CXd3)

São solos pouco desenvolvidos e rasos (com contato lítico entre 50 e 100 cm) definidos pela
baixa atividade da fração argila e baixa saturação por bases (EMBRAPA, 2018).
Frequentemente ocorrem associados aos neossolos litólicos. Apresentam elevados teores
de silte, que no perfil avaliado (PAS-15) superou 500 g/kg (Foto 6-43). Esta característica,
somada as altas declividades que estes solos ocorrem, que configuram as fases de relevo
montanhoso e escarpado, fazem com que eles sejam muito suscetíveis à erosão e
movimentos de massa, principalmente quando ocorrem sobre filitos. As observações
realizadas em campo sugerem que muitos destes solos sejam resultantes da atuação da
pedogênese sobre depósitos coluviais. Normalmente estão recobertos por florestas
estacionais semideciduais e transições destas para campos rupestres (Foto 6-44). Estes
solos ocupam 5,3% da AEL.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 189


Foto 6-43: Perfil de CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Foto 6-44: Ambiente de ocorrência dos
Distrófico léptico (PAS-15). CAMBISSOLOS HÁPLICOS Tb Distróficos
lépticos.

6.8.2.2.1.7 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico (CXd1)

Estes solos ocupam 11,4% da AEL. Estão associados principalmente ao relevo forte
ondulado e montanhoso podendo, eventualmente, ocorrer em relevo escarpado. Estão
distribuídos por praticamente por toda área de estudo e, em maioria, são recobertos por
floresta estacional semidecidual ou silvicultura de eucalipto. Também apresentam elevados
teores de silte, que alcançaram 480 g/kg no perfil em que este solo foi descrito (PAS-13,
Foto 6-45), conferindo a ele elevada erodibilidade.

Foto 6-45. Perfil de CAMBISSOLO HÁPLICO Tb


Distrófico típico (PAS-13).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 190


6.8.2.2.1.8 CAMBISSOLO HÚMICO Tb Distroférrico latossólico (CHdf)

Estes solos ocupam 1,1% da AEL. Na paisagem, eles apresentam-se associados a locais
com relevo predominantemente forte-ondulado nas regiões de média a alta e alta vertente.
Estão recobertos por formações florestais as quais são responsáveis pelo alto aporte de
matéria orgânica e formação do horizonte A Húmico que define o segundo nível categórico
destes solos. Além disso, apresentam argila de baixa atividade, saturação por bases inferior
a 50% (distróficos) e teores de Fe2O3 entre 180 e 360 g/kg (EMBRAPA, 2018). Do ponto de
vista morfológico, estes solos se assemelham bastante a latossolos, contudo a relação entre
os teores de silte e argila do horizonte B é muito alta, não atendendo o critério para
classificação como tal. A Foto 6-46 apresenta o perfil de CAMBISSOLO HÚMICO Tb
Distroférrico latossólico (PAS-04).

Foto 6-46: Perfil de CAMBISSOLO HÚMICO Tb Distroférrico


latossólico (PAS-04).

6.8.2.2.1.9 Canga - Couraça ferruginosa (FF)

Este tipo de cobertura ocupa 6,0% da AEL e está associada principalmente a fase de relevo
plano frequente nos topos dos platôs da Serra do Gandarela. Não obstante, também podem
ocorrer em relevo mais movimento até forte ondulado, sobretudo quando relacionada as
cristas de serras. Tratam-se de coberturas endurecidas, pedregosas / rochosas e com altos
teores de ferro resultantes do intemperismo de rochas ricas neste elemento, a exemplo dos
Itabiritos da Formação Cauê. Sobre estes substratos se desenvolvem campos rupestres
ferruginosos. As estruturas de cava serão implantadas nesta região. A Foto 6-47 exemplifica
a ocorrência das cangas / couraças ferruginosas na área de estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 191


Foto 6-47: Canga - Couraça ferruginosa.

6.8.2.2.1.10 GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico / Associação de solos


hidromórficos (GXe)

São solos que ocorrem apenas pontualmente associados às porções mais baixas dos vales
de fundo chato. São áreas que podem ser alagadas sazonalmente ou que o lençol freático
se encontra próximo a superfície ao menos na estação chuvosa. Nestes ambientes
predominam processos de oxirredução que resultam na formação de solos com cores
esbranquiçadas, acinzentadas e mosqueados. Além disso, configuram áreas de acumulação
de matéria orgânica devido a menor disponibilidade do oxigênio, sobretudo em regiões de
maior saturação hídrica. Também são áreas em que predomina deposição de sedimentos e
nutrientes carreados das partes mais altas da paisagem, o que explica a saturação de bases
superior a 50% do perfil descrito (PAS-10, Foto 6-48) expressa pela designação “eutrófico”
no terceiro nível categórico. Normalmente constituem áreas que predominam vegetação
paludosa ou matas de galeria. Admite-se que associadas as condições fisiográficas
similares podem ocorrer outros solos hidromórficos submetidos e períodos menores de
saturação hídrica ou a uma flutuação mais expressiva do nível do lençol freático, como
plintossolos. Da AEL 3,5% é recoberta por estes solos.

Foto 6-48: GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico descrito através


de tradagem (PAS-10).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 192


6.8.2.2.1.11 LATOSSOLO BRUNO Distrófico típico (LBb)

Estes solos ocorrem de forma pontual e fragmentada na área de estudo, sendo que suas
manchas mais contínuas se encontram na porção setentrional da AEL (onde foi descrito o
perfil PAS-01, Foto 6-49), associadas a rochas do Complexo Caeté em condições de relevo
ondulado a forte ondulado. São recobertos por vegetação de porte florestal, podendo ser
silvicultura de eucalipto, floresta estacional semidecidual ou associações de ambas. São
solos pobres, bem desenvolvidos e profundos. Ocupam aproximadamente 2,0% da AEL.

Foto 6-49: Perfil de LATOSSOLO BRUNO Distrófico


típico (PAS-01).

6.8.2.2.1.12 LATOSSOLO VERMELHO (LV)

São solos ocupam 8,0% da AEL. São bem desenvolvidos, pobres e de espessura variável,
podendo ser relativamente rasos quando estão associados a relevo montanhoso. Contudo,
estão mais relacionados ao relevo forte ondulado. Ocorrem principalmente de média-baixa a
média-alta vertente. Assim como os latossolos brunos descritos no tópico anterior são
recobertos principalmente por floresta estacional semidecidual, silvicultura de eucalipto, ou
associações de ambas. A Foto 6-50 mostra o perfil de LATOSSOLO VERMELHO descrito
em campo (PAS-05).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 193


Foto 6-50: Perfil de LATOSSOLO VERMELHO (PAS-05).

6.8.2.2.1.13 LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico (LVdf)

São solos zonais que ocorrem em praticamente toda a área de estudo (ocupando 8,4% da
AEL), mas de forma mais contínua e com manchas maiores nas porções meridional e
ocidental, onde estão associados às regiões de média e alta vertente, assim como aos topos
de morros mamelonizados em relevo ondulado a forte ondulado. Via de regra, são
acentuadamente drenados, apresentam baixa saturação de bases e concentração de Fe2O3
relativamente alta, que pode variar entre 180 e 360 g/kg. Na área avaliada ocorrem
relacionados a rochas dos Grupos Maquiné e Nova Lima, embora possam ser formados a
partir do intemperismo de outras rochas. Sustentam principalmente fitofisionomias
savânicas, como campos limpos, campos sujos e campos cerrado, ainda que possam ser
recobertos também por florestas. A Foto 6-51 mostra o perfil de LATOSSOLO VERMELHO
Distroférrico típico descrito em campo.

Foto 6-51: Perfil de LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico


típico (PAS-21).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 194


6.8.2.2.1.14 NEOSSOLO LITÓLICO Distroúmbrico típico (RLdh)

São solos rasos cujo perfil é definido pela sequência horizonte A sobre a rocha, a exemplo
do perfil descrito na área avaliada (PAS-02, Foto 6-52). Ocupam apenas 0,7% da AEL e
ocorrem em sua porção setentrional no domínio das rochas do Complexo Caeté. O termo
distroúmbrico, que ocupa o terceiro nível categórico, refere-se à saturação por base inferior
a 50% e à presença do horizonte A proeminente.

Foto 6-52: Perfil de NEOSSOLO LITÓLICO Distroúmbrico


típico (PAS-02).

6.8.2.2.1.15 NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico latossólico (NXd)

Estes solos ocorrem em aproximadamente 1,2% da área na forma de manchas


descontínuas associadas principalmente ao relevo forte-ondulado e rochas básicas das
Unidades Morro vermelho e Ouro Fino, como Metabasaltos toleiíticos e komatiíticos,
metaperidotitos e metatufos básicos. São solos profundos, bem desenvolvidos, com
saturação por bases inferior a 50% e se assemelham bastante a Latossolos, diferenciando
destes pelos teores mais elevados de argila (textura argilosa ou muito argilosa), que no
horizonte B do perfil descrito (PAS-17, Foto 6-53) alcança quase 600 g/kg, e pela cerosidade
ao menos comum com grau moderado ou forte. Estes solos sustentam florestas estacionais
semideciduais, silvicultura de eucalipto ou associações de ambas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 195


Foto 6-53: Perfil de NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico
latossólico (PAS-17).

6.8.2.2.1.16 NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico (NVd)

Os NITOSSOLOS VERMELHOS Distróficos latossólicos são muito similares aos


NITOSSOLOS HÁPLICOS descritos no subtópico anterior quanto a geologia e a vegetação
que os recobre. Tal similaridade também permeia características morfológicas: apresentam
cerosidade ao menos comum com grau moderado ou forte; físicas: como altos teores de
argila, que no perfil descrito (PAS-06, Foto 6-54) superam 650 g/kg no horizonte B; e
químicas: como saturação de bases inferior a 50%. Contudo, NITOSSOLOS VERMELHOS
Distróficos latossólicos parecem estar associados as posições de média-alta e alta vertente,
bem como os topos de morro. Eles ocupam 2,7% da AEL.

Foto 6-54: Perfil de NITOSSOLO VERMELHO Distrófico


latossólico (PAS-06).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 196


6.8.2.2.1.17 Plintossolo Pétrico Concrecionário êutrico (FFc)

Estes solos estão relacionados a vertentes declivosas da Serra do Gandarela que definem,
sobretudo, as fases do relevo montanhoso e escarpado. Quanto a geologia, estão
associados a rochas da Formação Gandarela (Dolomito, itabirito dolomítico, calcário e filito
Itabirito), Formação Cauê (Itabirito e itabirito dolomítico, com lentes de dolomito, Hematita
compacta e friável) e Grupo Nova Lima, Unidade Morro Vermelho (Metabasalto toleiítico e
komatiítico, formação ferrífera e metachert; Sericita-quartzo xisto; xisto epiclástico e
metavulcânica félsica subordinada). Ocupam 1,4% da AEL e sustentam florestas assim
como transições entre elas e campos rupestres ferruginosos. As designações do segundo e
terceiro níveis categóricos, respectivamente, pétrico e concrecionário, referem-se, segundo
Embrapa (2018), a presença de horizonte concrecionário com no mínimo 30 cm de
espessura e dentro de 200 cm de profundidade. Este horizonte é “constituído de 50% ou
mais, por volume, de material grosseiro (com predomínio de petroplintita) do tipo nódulos ou
concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada ou matriz
de material mais grosseiro” (EMBRAPA, 2018) O termo “eutrico” no quarto nível categórico
“é usado para distinguir solos que apresentam pH (em H2O) ≥ 5,7, conjugado com valor S
(soma de bases) ≥ 2,0 cmolc kg-1 de solo dentro da seção de controle que defina a classe.”
(EMBRAPA 2018). A Foto 6-55 e a Foto 6-56 mostram, respectivamente, o perfil de
PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário êutrico descrito em campo e seu ambiente de
ocorrência.

Foto 6-55: Perfil de PLINTOSSOLO PÉTRICO Foto 6-56: Ambiente de ocorrência dos
Concrecionário êutrico (PAS-08). PLINTOSSOLOS PÉTRICOS Concrecionários
êutricos.

6.8.2.2.1.18 Área antrópica

Estão relacionadas a mineração e ocupam 0,1% da AEL estando situadas principalmente


em sua porção sudeste.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 197


6.8.2.3 CLASSES DE SOLOS E APTIDÃO AGRÍCOLA NA ADA DO PROJETO

De maneira geral, a ADA e a AEL, apresentam uso agrícola incipiente que ocorre de forma
pontual relacionado a agricultura familiar ou de subsistência. Os poucos cultivos existentes
ocupam, principalmente, pequenas áreas. Isto pode ser explicado pelas condições de relevo
movimentado e solos majoritariamente pobres, pedregosos ou rasos. Por outro lado, a
silvicultura de eucalipto é uma atividade com alguma expressividade na AEL e com potencial
para desenvolvimento em algumas regiões da ADA em função da sua baixa exigência
quanto as condições edáficas, sendo seu cultivo viável mesmo em ambientes com relevo
movimento, solos distróficos e relativamente rasos.

O Gráfico 6-80 mostra a proporção de cada classe de solo ou cobertura superficial na ADA
do projeto. Observa-se que a maior parte (23%) é ocupada por Canga – Couraça
Ferruginosa. Estas áreas, embora predominantemente planas, tendo em vista que ocorrem
associadas aos topos dos platôs, não apresentam aptidão agrícola, uma vez que o substrato
é endurecido, pedregoso, com baixa capacidade de campo, distrófico, com altas
concentrações de alumínio e sujeito a alta amplitude térmica diária. Características similares
são observadas nos plintossolos pétricos concrecionários êutricos que ocupam 1,8% da
ADA. Contudo, estes últimos ainda estão associados a vertentes declivosas o que constitui
um impeditivo adicional para o uso agrícola (OLIVEIRA, 2011).

Gráfico 6-80: Proporção de cada tipo de solo ou cobertura superficial na ADA.

Ainda como áreas sem aptidão agrícola por reunirem condições de alta de declividade,
cobertura pedológica inexistente ou pouco desenvolvida e solos normalmente ácidos
destacam-se três outras unidades, sendo elas: (i) As áreas ocupadas por neossolos litólicos
/ afloramento rochosos associadas as escapas do platô de canga e as vertentes declivosas
da Serra do Gandarela; (ii) Cambissolos háplicos Tb distróficos lépticos também

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 198


relacionados vertentes declivosas da Serra do Gandarela; e (iii) neossolos litólicos
distroúmbricos típicos que ocorrem no extremo norte da ADA associados a rochas do
Complexo Caeté. Estas unidades ocupam respectivamente 9,8%, 4,1% e 0,7% da ADA.

Segundo o mapeamento elaborado no presente estudo, os argissolos amarelos distróficos


típicos ocupam 10,7% da ADA e os argissolos amarelos alíticos endorredóxicos 12,7%.
Estes solos apresentam baixa aptidão agrícola por necessitarem de grades quantidades de
fertilizantes e por apresentarem alta erodibilidade (OLIVEIRA et al. 2011).

Os Nitossolos distróficos latossólicos, que somados correspondem a 5,3% da ADA, os


latossolos vermelhos e brunos, que totalizam 10% da ADA, e os cambissolos háplicos
latossólicos e húmicos latossólicos, 16,1% da ADA, constituem solos com potencial agrícola
um pouco mais elevado em relação aos descritos anteriormente por serem mais
desenvolvidos e mais profundos, o que possibilita melhor desenvolvimento das raízes das
plantas e resulta em uma maior capacidade de campo. Todavia, ainda são solos ácidos e
associados ao relevo forte-ondulado a montanhoso o que dificulta a mecanização e os torna
mais suscetíveis à erosão. Destaca-se a maior erodibilidade dos cambissolos em relação
aos demais solos mencionados neste parágrafo em função de seus maiores teores de silte.
Assim, todas as áreas nas quais se desenvolvem estes solos ainda apresentam grandes
restrições para o uso agrícola.

Em síntese, 39,4% da ADA não apresenta nenhum potencial para uso agrícola, 3,3% está
associada a solos hidromórficos, áreas brejosas e planícies aluviais que possuem grande
sobreposição com áreas de preservação permanente (APPs) hídricas, o que configura
restrições ambientais e legais em relação ao aproveitamento para plantios. O restante da
ADA, 57,3%, tem aptidão agrícola baixa, com potencial apenas para o desenvolvimento de
algumas culturas tolerantes a ambientes definidos pela alta declividade, solos pouco
desenvolvidos, distróficos e muitas vezes pedregosos ou rochosos, como silvicultura de
eucalipto.

6.8.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Para a caracterização dos solos da área de estudo local foram utilizados dezenove perfis
classificados até o quarto nível categórico através da interpretação dos resultados análises
físicas, químicas e morfológicas dos solos.

Na AER os Cambissolos constituem a classe de maior expressividade espacial, ocupando


36,1% dela, seguidos pelos Latossolos, com 22,8% e pelos argissolos com 18,1%.

Predominam na AEL Cambissolos háplicos (31,5%), seguidos por argissolos amarelos


(26,3%) e latossolos vermelhos (16,4%). A maior parte da ADA está associada a cangas -
couraças ferruginosas (23%), contudo os cambissolos Háplicos também são muito comuns
e ocupam aproximadamente 22%.

Os solos da AEL e, especialmente, da ADA são fortemente condicionados pelos


escarpamentos da Serra do Gandarela. A geomorfologia da região e a litologia são os
principais fatores de formação e diferenciação das classes pedológicas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 199


De forma geral, as condições de relevo acidentado aliadas a solos pobres, ácidos,
pedregosos, rasos ou de alta erodibilidade, definem a AEL e a ADA do Projeto Apolo
Umidade Natural como de baixa aptidão agrícola.

Nos trechos cuja predominância pedológica corresponde a Cambissolos, estes são


suscetíveis ao desencadeamento de processos erosivos em função de seus altos teores de
silte e por ocorrerem em encostas com declividade bastante acentuada. Já as áreas onde
ocorrem Gleissolos por estarem relacionadas, sobretudo, a fundos chatos de vales,
configuram locais de maior probabilidade a receberem parte dos sedimentos originados
durante o desenvolvimento das obras na etapa de implantação do empreendimento.
Contudo, destaca-se que estes solos ocupam pequenas áreas da AEL (apenas 3,5%) e que
na caracterização do empreendimento são previstas medidas de controle de sedimentos a
exemplo da implementação de diques, sumps, leiras, entre outras estruturas.

6.9 SUSCETIBILIDADE A OCORRÊNCIA DE PROCESSOS


EROSIVOS

6.9.1 METODOLOGIA

6.9.1.1 SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS E MOVIMENTOS DE MASSA

A modelagem da suscetibilidade à erosão e movimentos de massa foi feita a partir de uma


adaptação de dois modelos amplamente utilizados sobre estes temas, sendo eles a
equação universal de perda de solos (EUPS), que tem o foco na predição das perdas de
solo por processos mais superficiais, tais como erosão laminar e sulcamento; e o modelo
proposto por Crepani et al. (1996), aplicado nos zoneamentos ecológicos econômicos
(ZEEs) e frequentemente utilizado para identificação de áreas mais suscetíveis a
movimentos de massa, uma vez que também considera o componente geologia.

A EUPS é um dos modelos mais conhecidos, testados e aplicados na literatura mundial no


tocante de prognósticos relacionados a processos erosivos. Foi desenvolvido no início da
década de 60 e aperfeiçoado desde então (ARAUJO et al. 2005). Sua formulação
matemática consiste na multiplicação dos seguintes fatores: R (Erosividade da chuva), K
(Erodibilidade do solo), L (Comprimento da encosta), S (Declividade da encosta), C (Fator
de cobertura do solo) e P (Fator referente às práticas de controle da erosão).

Já o modelo proposto por Crepani et al. (1996), é a calculado pela média simples dos pesos
atribuídos para as classes das seguintes variáveis: Geologia, Declividade, Classes de solo e
vegetação e cobertura do solo.

6.9.1.1.1 ADAPTAÇÕES REALIZADAS NOS MODELOS

O presente estudo não tem por objetivo quantificar a perda de solos em toneladas por
hectare, como é o caso da EUPS, mas apenas discretizar a área de estudo em classes de
menor e maior suscetibilidade à erosão e a movimentos de massa. Desta forma, os valores

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 200


obtidos são adimensionais e o “fator E” da equação não representa perda de solos calculada
por unidade de área, mas o grau de suscetibilidade à erosão.

O “fator R” (erosividade da chuva) não varia significativamente na área de estudo. Araujo et


al. (2005), destacam que este fator tende a apresentar maior variabilidade em escalas
regionais. Desta forma, tal variável não foi utilizada na modelagem.

Na escala de mapeamento aplicada não foi possível identificar práticas de controle da


erosão, uma vez que elas, quando existentes, ocorrem de maneira pontual. Todavia, na
área foram observadas práticas que podem desencadear ou acelerar processos erosivos,
sendo a principal delas a construção de estradas. Isto posto, o “fator P” foi representado
pela distância euclidiana em relação as estradas. Ressalta-se que no trabalho de campo
realizado em dezembro de 2020 foi observado que a maioria das feições erosivas está
associada as estradas, ocorrendo no seu próprio leito (Foto 6-57) ou nas suas margens
(Foto 6-58).

Foto 6-57: Ravinamentos no leito de uma estrada na área de estudo. Ponto PAS-14S.

Foto 6-58: Movimento de massa em corte de terreno localizado na margem de uma


estrada ao sul da área de estudo local, porém fora dela.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 201


Segundo Araujo et al. (2005), uma das limitações da EUPS é não predizer processos
erosivos resultantes da concentração de fluxos, principalmente os que dão origem a
voçorocas e ravinas. Deste modo, acrescentou-se ao modelo o descritor geomorfométrico
stream power index (SPI). Este destaca as áreas do terreno com potencial para concentrar
maiores volumes de água que favorecem o entalhamento de canais e o desenvolvimento de
feições erosivas lineares (CAPOANE, 2015).

O SPI é calculado através da área de contribuição específica do fluxo acumulado (A) e da


declividade (β), conforme a equação apresentada a seguir (GRUBER e PECKHAM, 2009):

SPI = A ・ tan(β)

A formulação algébrica do índice é baseada na premissa de que as duas variáveis que o


compõem são diretamente proporcionais ao potencial de arraste do sedimento. Assim,
quanto maiores a declividade e o fluxo acumulado, mais elevado será o valor do SPI e maior
o potencial erosivo associado ao escoamento superficial concentrado (WILSON e
GALLANT, 2000).

O tipo de rocha pouco tem relação com os processos erosivos superficiais, sobretudo
quando o solo é bem desenvolvido. Contudo, apresenta uma relação mais estreita com
movimentos de massa. Desta forma, tendo como base o modelo proposto por Crepani et al.
(1996) a litologia foi utilizada como uma das variáveis de entrada.

Com base nos dois modelos considerados, a expressão utilizada neste estudo para a
modelagem da suscetibilidade à erosão e movimentos de massa é apresentada a seguir:

Onde:

E = Grau de suscetibilidade à erosão e movimentos de massa


K = Erodibilidade do solo
L = Comprimento da encosta
S = Declividade da encosta
C = Fator de cobertura do solo
P = Fator referente às práticas de controle da erosão
I = Stream power index
G = Geologia, expressa pelo tipo de rocha

6.9.1.1.2 PONDERAÇÕES DOS ATRIBUTOS DE CADA FATOR

A erodibilidade do solo (K) foi representada pelo mapa de solos apresentado no capítulo de
Pedologia. Os pesos utilizados para cada classe são expressos na Tabela 6-58. Estes foram
adaptados de Crepani et al. (1996) e de outros estudos de suscetibilidade à erosão já

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 202


realizadas pela Amplo Engenharia e Gestão de Projetos (EIA da Ampliação da mina de
Alegria, 2021).

Tabela 6-58: Pesos utilizados para as classes de solo na modelagem.


solo Peso
Canga - Couraça ferruginosa 100
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico 500
PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário êutrico 200
NITOSSOLO VERMELHO Distrófico latossólico 300
NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico latossólico 300
NEOSSOLO LITÓLICO Distroúmbrico típico 100
LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico 400
LATOSSOLO VERMELHO 400
LATOSSOLO BRUNO Distrófico típico 400
GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico / Associação de solos hidromórficos 300
CAMBISSOLO HÚMICO Tb Distroférrico latossólico 450
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico 600
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico 500
ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico 700
ARGISSOLO AMARELO Alítico endorredóxico 700
Afloramento rochoso / NEOSSOLO LITÓLICO 50
CAMBISSOLO HÁPLICO Perférrico latossólico 450

O fator LS foi derivado do modelo digital de terreno (MDT) obtido através da interpolação
das curvas de nível equidistantes em 5 metros fornecidas pela Vale para a região. O cálculo
foi feito através do software SAGA-GIS e a distribuição dos pesos por faixas de valores é
apresentada na Tabela 6-59.

Tabela 6-59: Pesos utilizados para as faixas de valores do fator LS na modelagem.

Valores do fator LS Peso


0 - 2,4 100
2,5 - 5,7 200
5,8 - 8,9 300
9 - 12,2 400
12,3 - 16,2 500
16,3 - 24,4 600
24,5 - 45,5 700
45,6 - 91 800
91,1 - 147 900
147,1 - 207,1 1000

O fator de cobertura do solo (C) foi modelado através do mapa de uso e cobertura do solo
elaborado pela Amplo Engenharia por meio da interpretação da imagem worldview-2, com
0,5 metros de resolução espacial datada de 2020 e digitalização analógica, em ambiente
SIG, dos polígonos que representam cada classe. O referido mapa é apresentado no
capítulo do Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico deste EIA. A Tabela 6-60 mostra a
ponderação utilizada para cada classe de cobertura do solo mapeada.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 203


Tabela 6-60: Pesos utilizados para as classes de vegetação, uso e cobertura do solo na
modelagem.
Vegetação, uso e cobertura do solo Peso
Corpo d' água 0
Afloramento Rochoso / Campo Rupestre sobre Quartzito/Campo Rupestre sobre
50
Canga/Vegetação arbustiva sobre canga
Campo de Várzea / Brejo/Estrada de ferro/Floresta Semidecidual - Primária 100
Floresta Semidecidual - Estágio médio / avançado / Floresta Semidecidual em regeneração
150
em meio Reflorestamento de Eucalipto
Floresta Semidecidual - Estágio inicial / Reflorestamento de Eucalipto 200
Pasto com árvores isoladas/Sítios e Chacreamentos / Campo Cerrado / Cerrado 300
Campo Limpo / Campo Sujo 350
Campo Antrópico / Pastagem/Cultivo 400
Estrada e acessos 500
Mineração / Solo exposto / feições erosivas 1000

Para o fator referente às práticas de controle da erosão (P) foram mapeadas as estradas da
área de estudo e a partir delas foi feita uma análise de distância euclidiana. A ponderação
para este fator, apresentada na Tabela 6-61, seguiu o pressuposto de que as estradas
favorecem o desencadeamento ou aceleração dos processos erosivos. Portanto quanto
menor a distância em relação a elas, maior o valor.

Tabela 6-61: Pesos utilizados para as faixas de distância em relação a estradas na modelagem.
Distância para estradas Peso
0–5m 500
5,1 – 10 m 450
10,1 – 15 m 400
15,1 – 20 m 350
21,1 – 25 m 300
25,1 – 30 m 250
30,1 – 35 m 200
35,1 – 40 m 150
40,1 – 45 m 100
45,1 – 50 m 50
> que 50 m 0

O Stream power index foi derivado do MDT mencionado anteriormente, também através do
software SAGA-GIS. Os pesos utilizados para cada faixa de valor desta variável são
apresentados na Tabela 6-62.

Tabela 6-62: Pesos utilizados para as faixas de valores do Stream power index na modelagem.
Valores do Stream power index Peso
0 0
0,1 - 300 150
300,1 - 500 300
500,1 - 700 400
700,1 - 1.000 500
1.000,1 - 2.000 600

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 204


Valores do Stream power index Peso
2.000,1 - 3.000 700
3.000,1 - 4.000 800
4.000,1 - 10.000 900
10.000,1 - 878.400 1.000

O mapa de geologia utilizado para representar o fator G foi o mesmo apresentado para a
AER no Item 6.5 deste EIA. Tal mapa foi elaborado no âmbito do projeto Quadrilátero
Ferrífero na escala de 1:50.000. As ponderações associadas a cada litotipo foram
adaptadas de Crepani et al. (1996) e são mostradas na Tabela 6-63, a seguir.

Tabela 6-63: Pesos utilizados para os litotipos na modelagem.

Litotipo Peso
Quartzitos ferruginosos, filitos prateados, xistos róseos e sericíticos e subordinadamente
mármores dolomíticos / Itabiritos silicosos, dolomíticos e anfibolíticos, hematititos, mármores,
100
mármores ferruginosos e filitos ferruginosos. Localmente magnetititos, metajaspilitos e
quartzitos ferruginosos.
Quartzitos e metaconglomerados, quartzo-mica xisto com lentes de filito intercaladas. 200
Gnaisses graníticos e granodioríticos, granitos foliados, biotita-gnaisses, hornblenda-
450
gnaisses.
Metabasaltos toleíticos e komatiíticos intercalados com BIFs, metacherts, filitos carbonosos,
metapelito e metagrauvacas. Rochas piroclásticas, epiclásticas e metavulcânicas, xistos 500
carbonáticos vulcanogênicos, metaconglomerados e metaandesitos.
Metaperidotitos, metadunitos, metagabros, metakomatiítos, metabasaltos toleíticos,
localmente intercalados a rochas piroclásticas com ocorrências de metavulcânicas ácidas, 550
formações ferríferas bandadas, chert, e filitos carbonosos.
Xistos quartzosos. 650
Metamargas, formações ferríferas da fácies carbonato e xistos carbonosos intercalados a
metapelito, metagrauvacas e metarenitos impuros, com turmalinitos e lentes de 667
metaconglomerados, localmente, reconhecidos.
Metadiamictitos e metaconglomerados polimíticos matriz suportados, além de quartzitos,
700
filitos e metagrauvacas, localmente dolomitizados.
Mármores, mármores ferruginosos, itabiritos dolomíticos e silicosos. Localmente brechas
750
ferruginosas e dolomíticas.
Filitos terrígenos, quartzo-clorita-xistos, carbonato-quartzo-clorita-xisto, quartzitos,
metagruvacas, metaconglomerados, metavulcânicas félsicas, metaultramáficas, metamáficas 800
tholeiíticas, metabasaltos komatiíticos e formações ferríferas band
Filitos sericíticos, filitos carbonosos, filitos quartzosos e filitos carbonáticos, com intercalações
1000
de quartzitos finos na base e mármores dolomíticos no topo, além de xistos

A modelagem para espacialização da suscetibilidade à erosão foi feita em ambiente SIG


através de uma álgebra de mapas. Durante o trabalho de campo realizado em dezembro de
2020, os pontos em que foram identificadas feições erosivas ou testemunhos de
movimentos de massa foram georreferenciados fotografados e descritos. Posteriormente,
estes pontos foram confrontados com o modelo visando avaliar sua correspondência com a
realidade.

6.9.1.2 SUSCETIBILIDADE A ALAGAMENTO E ASSOREAMENTO

Para identificar as áreas mais suscetíveis ao alagamento e assoreamento utilizou-se o


índice topográfico de umidade (Topographic Wetness Index-TWI).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 205


O TWI é um descritor geomorfométrico cujo resultado é expresso em valores adimensionais
que indicam a distribuição das zonas de saturação de água superficial e o conteúdo de água
nos solos (SIRTOLI et al., 2008). Nesse sentido, esse índice pode ser utilizado para
identificar áreas de maior suscetibilidade a alagamentos, mapear áreas brejosas, paludosas
ou planícies de inundação e destacar áreas onde há uma redução na competência de
transporte de sedimentos devido a diminuição da declividade do relevo. Para seu cálculo
são considerados dois fatores: a declividade e a acumulação de fluxo. A tendência em
acumular água é inversamente proporcional à declividade e diretamente proporcional a
acumulação do fluxo. Este último fator pode ser entendido como a área de contribuição a
montante de cada pixel. O TWI foi derivado do MDT citado anteriormente. Segundo Beven e
Kirk (1979), seu cálculo é realizado pela seguinte expressão:

Onde:
A = Acumulação de fluxo;
B = Declividade.

6.9.2 RESULTADOS

6.9.2.1 AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E MOVIMENTOS DE MASSA

O modelo gerado indicou uma faixa de alta suscetibilidade à erosão e movimentos de massa
associada ao front da escarpa do sinclinal Gandarela, cujas faces são orientadas para
oeste, conforme pode-se observar no mapa e modelo 3d da Figura 6-35 e da Figura 6-36,
respectivamente. Tratam-se de vertentes longas extremamente declivosas marcadas por
várias linhas de drenagem com alto grau de entalhamento que favorecem a concentração do
escoamento superficial.

Paralela e a montante desta faixa ocorre outra com altos valores que pode ser explicada
pelas condições de alta declividade e a ocorrência de filitos da Formação Batatal. O
contexto geomorfológico destas áreas favorece a morfogênese em detrimento de
pedogênese, inibindo o desenvolvimento de solos, uma vez que o material intemperizado ou
desagregado é removido rapidamente, expondo, muitas vezes, a rocha na forma de
afloramentos. Nestas áreas, quando não há formação de solos, os altos valores indicados
pelo modelo referem-se à suscetibilidade a movimentos de massa.

Na porção ocidental da área de estudo se desenvolve no sentido longitudinal uma faixa com
terrenos os quais predominam as duas classes de maior suscetibilidade à erosão e
movimentos de massa (Figura 6-35 e Figura 6-36). Nestes mapas são referenciados Pontos
de Análise Geomorfológica (PAG) e Pontos de Análise Pedológica (PAS) para localizar as
fotografias utilizadas nas descrições. Elas estão relacionadas as longas vertentes e vales
com alto grau de entalhamento que dão origem ao relevo forte ondulado a montanhoso
esculpido em filitos do Grupo Nova Lima.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 206


630000 637500 645000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa

co
nt i
Luzia Era

tlâ
SP Bela Vista RJ

oA
de Minas an
Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Cocais do Rio Abaixo

Ca
Caeté

Sa

et é
ba
Raposos Rio


Piracicaba
Nova
Lima

Ri b eirã
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis

oJ
ca Itabirito
Ouro Preto
Mariana Barra

u
Longa

Sa Caet é

Vi
ba

ei r
Ra rá cais
Barão de Co

a
po Ponto de Análise Geomorfológica
so
s !! (PAG) ou Ponto de Análise
7792500

7792500
PAG-11
Pedológica (PAS)
!
!

Suscetibilidade à erosão e
movimentos de massa

os
Rib ei

os
Muito baixa

et é
p
Ra
rão

d a Pra PAG-11

Ca
Baixa
! 1:17.000
ta

!
de Coc s Moderada
ão ai
Bar
Alta
Córre g o Olho s -dágua

é
PAS-20 S

o
et

Ri
!
!

Ca
Muito alta

rb ta
a
Bá n
ar
Sa
PDE B
Projeto Apolo Umidade Natural

C ór
PAS-20 S
PAG-14 AEL - Área de Estudo Local
reg C
!
! PAG-14
!
!
o ac !
oe
!
Rede Hidrográfica
s

i ra
so

h
PAG-16 de
Barão
po

Cocais Limite Municipal


Ra

!
Ac io
a

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im
R

a ra
C órr S a nta Bá rb
o PDE
eg

a quiné PAG-17
M

A !
PAS-14S !
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!
7785000

7785000
va PAG-16
No im a
!
!

L
o
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Ac

Cava

PAS-14S

ão
Ca

!
Rio

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Ac

Rio
im
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Córreg
o ! PAG-17
Maquin
!

é 1:17.000 1:17.000
630000 637500 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021),
Área de Estudo (AMPLO, 2020)Ponto de Observação Geomorfológica & Estudo de Suscetibilidade à erosão e movimentos de massa ( AMPLO,2021). Título:
Mapa de Suscetibilidade à erosão e movimentos de massa - Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_suscet_erosao_mov_massa_ael_A3_v02
Figura 6-36. Modelo tridimensional do mapa de suscetibilidade à erosão e movimentos de massa.
Link para acessar o modelo 3D interativo: http://tiny.cc/erosaomovmassaapolo - Utilizar navegador
Google Chrome e aguardar alguns minutos para carregamento do arquivo.

De maneira geral, onde a vegetação foi suprimida para a abertura de estradas, a maioria
não pavimentada na atualidade, bem como as áreas que margeiam estas vias, a
suscetibilidade à erosão é maior, como mostra o modelo (Figura 6-35 e Figura 6-36). As
observações feitas em campo confirmam este aspecto evidenciado pelo modelo, uma vez
que várias feições erosivas e testemunhos de movimentos de massa foram identificados nos
leitos ou margem das estradas, como mostram a Foto 6-57, Foto 6-58, Foto 6-59 e Foto
6-60.

Finalmente, despontam como áreas de alta suscetibilidade, sobretudo à erosão, aquelas


associadas as ravinas e canais de drenagem intermitentes ou de primeira ordem nos quais o
escoamento superficial ocorre de maneira concentrada, aumentando o potencial erosivo
especialmente relacionado a formação de feições lineares, como voçorocas. O
reconhecimento destas áreas se deve a utilização do descritor geomorfométrico stream power
index.

Foto 6-59: Movimento de massa na margem de uma estrada. Ponto PAG14.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 208


Foto 6-60: Voçoroca desenvolvida na margem de uma estrada. Neste ponto o terreno com curvatura
convergente favorece o escoamento concentrado. Foram verificadas evidências de solapamento nas
escarpas da voçoroca. Ponto PAG17.

Associada aos platôs e ao flanco oriental da Serra do Gandarela há uma faixa de orientação
N-S que corta toda área de estudo caracterizada pela baixa suscetibilidade à erosão e
movimentos de massa (Figura 6-35 e Figura 6-36). Esta característica resulta principalmente
das baixas declividades ocorrentes nos topos dos platôs e a cobertura destes e das cristas
das serras por canga ou couraças ferruginosas (Foto 6-61 e Foto 6-62). Mesmo nos
rebordos e escarpas erosivas do platô, nesta região, o modelo apresentou valores baixos
consequentes da cobertura vegetal composta predominantemente por florestas em estágio
sucessional médio ou avançado e pela ocorrência de rochas resistentes, especialmente
itabiritos (Foto 6-62). Manchas de suscetibilidade predominantemente moderada em formas
lineares se superimpõem a faixa descrita neste parágrafo. Elas estão associadas aos canais
naturais intermitentes ou de primeira ordem que ali ocorrem associados a altas declividades
e concentram o escoamento superficial ao longo de seus eixos, favorecendo a erosão linear
quando da existência de solos.

Foto 6-61: Platô recoberto por canga / couraça ferruginosa.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 209


Foto 6-62: Entre as linhas vermelhas, camada de canga em crista. Notar a cobertura florestal nas
vertentes escarpadas.

Na área da futura cava do projeto, a suscetibilidade à erosão e movimentos de massa é


predominantemente muito baixa e baixa. No local onde será instalada a PDE B predominam
manchas de suscetibilidade moderada e ocorrem também importantes áreas de
suscetibilidade alta e muito alta. Nos acessos para o empreendimento situados na porção
ocidental da ADA prevalecem áreas de suscetibilidade alta, com expressivas manchas da
classe muito alta (Figura 6-35).

O Gráfico 6-81 mostra a distribuição de áreas por classe de suscetibilidade à erosão e


movimentos de massa. Observa-se que a classe moderada predomina na área avaliada
com 2907 ha, correspondendo a 31% dela. As classes de suscetibilidade alta e muito alta
ocupam, respectivamente 1945 e 718 ha, o que equivale a 20,7 e 7,7% da área.

Gráfico 6-81. Proporção da AEL em cada grau de suscetibilidade à erosão e movimentos de massa.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 210


6.9.2.1.1 DESCRIÇÃO DAS FEIÇÕES EROSIVAS E MARCAS DE MOVIMENTOS DE
MASSA IDENTIFICADAS EM CAMPO

Conforme pode-se observar no mapa de suscetibilidade à erosão e movimentos de massa


(Figura 6-35), todos os pontos onde em campo foram identificadas feições erosivas ou
testemunhos de movimentos de massa coincidem com áreas classificadas como de
suscetibilidade alta ou muita alta, o que aponta para a eficiência do modelo em predizer os
fenômenos temas deste tópico.

No total foram observados, descritos e mapeados em campo seis feições erosivas ou


testemunhas de movimentos de massa as quais serão descritas a seguir.

PAG-11 - Escorregamento rotacional na beira da estrada (Foto 6-63) que pode ter sido
desencadeado devido a desestabilização da encosta em função da elaboração do corte para
abertura da estrada associado às condições de alta declividade e solo pouco estável
(Cambissolo háplico).

Foto 6-63: Escorregamento rotacional no ponto PAG-11.

PAG-14 - Escorregamento translacional na beira da estrada (Foto 6-59). Também pode ter
sido desencadeado pela desestabilização da encosta devido execução do corte da estrada.
Além disso, este ponto reúne atributos que favorecem tal processo, como alta declividade,
solo instável (cambissolo háplico) e ocorrência de fluxo concentrado. Destaca-se ainda que
este último fator pode ocasionar o desenvolvimento de uma voçoroca no local, tendo em
vista as condições supracitadas e o fato da área atualmente apresentar solo exposto e
desorganizado resultante do escorregamento.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 211


PAG-16 - Incisão de canal de drenagem intermitente com aprofundamento expressivo e leito
entulhado com matacões e calhaus (Foto 6-64), sugerindo grande capacidade de transporte
em função do escoamento concentrado e volume expressivo de água durante eventos de
maior precipitação. Tal condição aliada as alterações na forma natural do terreno podem
acelerar os processos de erosão linear. Contudo, ao menos nesse ponto é improvável a
evolução para o estágio de voçoroca, uma vez que o solo é raso.

Foto 6-64: Incisão de canal de drenagem intermitente com aprofundamento expressivo.


Ponto PAG-16.

PAG-17 – Formação de voçoroca em região de cabeceira de drenagem em anfiteatro (Foto


6-60). Foram observadas marcas de solapamento das próprias escarpas da voçoroca. Sua
cabeceira apresenta tendência de evolução em direção a remontante onde se encontra a
estrada, sendo que a margem desta última já se encontra comprometida.

PAG-20S – Movimento de massa em um talude alto elaborado a partir do corte na margem


de uma estrada. Este ponto ainda reúne condições de valores intermediários de declividade,
comprimento de vertente e stream power index (Foto 6-65).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 212


Foto 6-65: Movimento de massa em talude de beira de estrada. Ponto PAS-20S

PAS-14S – Ravinas e sulcos desenvolvidos no leito de uma estrada (Foto 6-66). O ponto e
seu entorno apresentam ainda valores intermediários de declividade e comprimento de
vertente, além de Argissolos. Tais atributos conferem alta suscetibilidade à erosão a estas
áreas o que justifica o desenvolvimento destas feições.

Foto 6-66: Sulcos e ravinas (PAS14S).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 213


6.9.2.2 AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE A ALAGAMENTO E ASSOREAMENTO

O relevo da área avaliada é definido por uma grande amplitude altimétrica predominando
vertentes declivosas que compõem vales encaixados caracterizados por apresentarem
talvegues com alto grau de entalhamento. Tais condições não favorecem o desenvolvimento
de grandes áreas planas e baixas, atributos relacionados a maior suscetibilidade a
alagamento e assoreamento.

De maneira geral, apenas pontualmente os vales apresentam fundos planos onde


ocasionalmente ocorrem planícies aluviais pouco expressivas ou pequenas áreas brejosas
nas quais se desenvolvem solos hidromórficos como gleissolos e neossolos flúvicos. Estes
locais são os que apresentam maior suscetibilidade aos fenômenos tema deste tópico e
estão representados em tons de azul no mapa da Figura 6-37 e no modelo tridimensional da
Figura 6-38. Nestas áreas tendem a prevalecer os processos deposicionais e as condições
de saturação hídrica / alagamento que podem ser perenes. Contudo, a visita a alguns
destes pontos mostrou que estas condições são majoritariamente intermitentes.

O Gráfico 6-82 mostra a porção da área avaliada inserida em cada uma das classes de
suscetibilidade a alagamento e assoreamento. Observa-se que as duas classes de menor
suscetibilidade somadas representam mais de 91% da AEL. Elas estão relacionadas
principalmente as escarpas e cristas das serras, as formas de terreno divergentes e, em
geral, as faces das vertentes. O grau moderado abrange 6,2% da área e está associado,
sobretudo, aos leitos de alguns canais de drenagem com declividade intermediária, suas
discretas planícies de inundação (quando existentes), ao sopé das vertentes que se
encerram nestes canais (Figura 6-37 e Figura 6-38) e as formas de terreno convergente,
como anfiteatros, desde que não ocorram em áreas com declividade acentuada.

Ressalta-se que todos os pontos visitados em campo que foram identificados sinais de
condições hidromórficas, brejosas, ou pequenas planícies de inundação as quais podem
estar associadas as áreas de maior suscetibilidade a alagamento ou assoreamento
coincidem com áreas mapeadas no modelo como de suscetibilidade alta a muita alta a estes
fenômenos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 214


630000 637500 645000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa

co
nt i
Luzia Era

tlâ
SP Bela Vista RJ

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Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Cocais do Rio Abaixo

Ca
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R i beirão J u ca V i e
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Raposos Rio


Piracicaba
Nova
Lima
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis

r Itabirito
Ouro Preto
Mariana Barra

ia
Longa

Sa Caet é
ba
Ra rá cais Suscetibilidade à alagamentos e a
po Barão de Co
so assoreamento
s
7792500

7792500
Muito baixa (0 - 4,6)
Baixa (4,7 - 7,1)
Moderada (7,2 - 9,8)

os
Rib ei

os
Alta (9,9 - 14,6)

et é
p
Ra
rão

d a Pra

Ca
Muito alta (14,7 - 23,2)
ta

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ão ai
Bar Projeto Apolo Umidade Natural

o
et
AEL - Área de Estudo Local

Ri
Ca

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a
Bá n
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Rede Hidrográfica

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Limite Municipal

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C órr S a nta Bá rb
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7785000

7785000
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L
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Ac

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Ca
Rio

c e iç
Co n
et é
Ac

Rio
im
a

630000 637500 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021),
Área de Estudo (AMPLO, 2020) Estudo de Suscetibilidade à alagamentos e a assoreamento ( AMPLO,2021). Título:
Mapa de Suscetibilidade à alagamentos e a assoreamento - Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_suscet_alagamento_assoreamento_ael_A3_v01
Figura 6-38. Modelo em 3d das áreas mais suscetíveis a alagamento e assoreamento. Link para
acessar o modelo 3d interativo https://tiny.cc/alagamento_assoreamento - Utilizar navegador Google
Chrome e aguardar alguns minutos para carregamento do arquivo.

Gráfico 6-82. Proporção da AEL em cada grau de suscetibilidade a alagamento e assoreamento.

6.9.2.3 SÍNTESE DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO, MOVIMENTOS DE MASSA


ALAGAMENTO E ASSOREAMENTO.

Com o objetivo de integrar a informação relacionada a suscetibilidade à erosão, movimentos


de massa, alagamento e assoreamento, foi elaborado um mapa síntese a partir dos modelos
apresentados anteriormente neste capítulo para a predição destes fenômenos. Neste mapa
(Figura 6-39) foram destacadas as duas classes de maior suscetibilidade expressas em
cada modelo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 216


630000 637500 645000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
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União Bom Jesus
do Amparo MINAS
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Piracicaba
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7792500

7792500
Sucetibilidade à erosão e
movimentos de massa muito alta
Suscetibilidade a alagamento e

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Suscetibilidade a alagamento e
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Bar Projeto Apolo Umidade Natural

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AEL - Área de Estudo Local

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Rede Hidrográfica

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Limite Municipal
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7785000

7785000
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Ca
Rio

c e iç
Co n
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Ac

Rio
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630000 637500 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Área de Estudo (AMPLO, 2021)
Estudo síntese com as áreas de maior suscetibilidade à erosão, movimentos de massa a alagamento e assoreamento ( AMPLO,2021). Título:
Mapa síntese com as áreas de maior suscetibilidade à erosão, movimentos de massa a alagamento e assoreamento - Área de Estudo Local
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_maior_suscet_sintese_ael_A3_v02
6.9.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Neste capítulo foi utilizado um modelo baseado naquele proposto por Crepani et al. (1996) e
na equação universal de perda de solos (EUPS) para identificar as áreas mais suscetíveis à
erosão e movimentos de massa.

Entre as áreas de maior suscetibilidade a estes processos destacam-se a escarpa leste da


Serra do Gandarela e algumas áreas adjacentes a estradas, principalmente quando a
declividade também é alta.

As áreas mais suscetíveis a alagamento e assoreamento foram identificadas através do


Índice Topográfico de Umidade (TWI). De maneira geral, as condições de relevo da área de
estudo não favorecem, em grande escala, a ocorrência destes fenômenos sendo que eles
se concentram de forma pontual ou linear em trechos de alguns fundos de vale onde se
desenvolvem pequenas planícies aluviais ou áreas brejosas.

6.10 HIDROGRAFIA E HIDROLOGIA

6.10.1 METODOLOGIA

Os estudos tiveram início com a caracterização da rede hidrográfica existente nas bacias
hidrográficas onde é prevista a implantação do Projeto Apolo Umidade Natural. A rede
hidrográfica foi identificada com base em cartas topográficas do IBGE – Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística em escala 1:50.000 (cartas Belo Horizonte, Caeté, Rio Acima,
Acuruí) e escala 1:100.000 (carta Itabira), imagens de satélite, e demais referências
cartográficas disponibilizadas pela Vale.

A Área de Estudo Regional definida compreende seis sub-bacias hidrográficas observadas


ao longo da área do empreendimento, a saber: (i) sub-bacia do Rio São João ou Barão de
Cocais; (ii) sub-bacia do Ribeirão Preto; (iii) sub-bacia do Ribeirão da Prata; (iv) sub-bacia
do Ribeirão Juca Vieira; (v) sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio e (vi) sub-bacia do Córrego
Caeté.

A partir da identificação da rede hidrográfica foram realizados levantamentos em escritório


para coleta de informações sobre as principais características dos cursos de água e das
bacias hidrográficas da região em estudo.

Inicialmente foi realizada a contextualização da inserção das sub-bacias da AER quanto as


bacias de expressão regional, ou seja, uma vez que estas seis sub-bacias são integrantes
das bacias do rio das Velhas (bacia do Rio São Francisco) e da bacia do rio Piracicaba
(Bacia do Rio Doce).

As características fisiográficas das sub-bacias de interesse foram descritas com base nos
parâmetros área de drenagem, perímetro, declividade do curso d’água, forma superficial da
bacia e tempo de concentração da mesma.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 218


Os parâmetros físicos para as sub-bacias hidrográficas acima apresentadas foram obtidos
através do geoprocessamento da área, o qual utilizou como base informações oficiais
disponíveis através das quais foram determinados os principais parâmetros físicos a serem
analisados no presente estudo. A seguir encontram-se descritos os conceitos utilizados para
a caracterização fisiográfica das sub-bacias.

A área de drenagem (A) de uma bacia hidrográfica é a projeção em um plano horizontal da


superfície contida entre os divisores topográficos. O perímetro (P) é o comprimento linear do
contorno do limite da bacia.

A velocidade de escoamento das águas de um rio está intimamente ligada à declividade do


mesmo, sendo que quanto maior a declividade, maior será a velocidade de escoamento e
mais pronunciados e estreitos serão os hidrogramas de cheia. Para se determinar a
declividade média (S) de um curso d’água aplica-se a Equação 6-1.

Equação 6-1
H
S=
L

onde: H é a diferença entre as elevações do ponto mais afastado e do ponto em estudo,


em metro;

L é o comprimento axial da bacia ou o comprimento total do curso d’água principal,


em km.

A forma superficial de uma bacia hidrográfica é importante devido ao tempo de


concentração da mesma, além de ser um parâmetro que auxilia na definição da
suscetibilidade de enchentes. Normalmente os métodos mais usuais correlacionam a forma
das bacias com formas geométricas conhecidas. Assim, o Coeficiente de Compacidade se
relaciona com um círculo e o Fator de Forma com um retângulo.

O Coeficiente de Compacidade ou Índice de Gravelius (Kc), determinado pela Equação 6-2,


é a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual à
bacia. Este coeficiente tem um valor adimensional que varia com a forma da bacia,
independente de seu tamanho, sendo que quanto mais irregular for a bacia, tanto maior será
o coeficiente de compacidade. Um coeficiente mínimo igual à unidade corresponderia a uma
bacia circular, cuja tendência é mais acentuada para maiores enchentes.

Equação 6-2
P
K c = 0,28
A

onde: P é o perímetro em km;


A é a área de drenagem em km2.

O Fator de Forma ou Índice de Conformação (Kf), determinado pela Equação 6-3, é a


relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia. O Fator de Forma constitui

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 219


outro índice indicativo da maior ou menor tendência para enchentes de uma bacia, sendo
que um fator de forma baixo significa menor suscetibilidade para enchentes.

Equação 6-3
A
Kf =
L2

onde: A é a área de drenagem em km2;

L é o comprimento axial da bacia, ou comprimento total do curso d’água principal, em


km.

O Tempo de Concentração (tc) indica o tempo necessário para que toda a bacia contribua
para o escoamento superficial numa determinada seção. Através da Equação 6-4,
recomendada pelo Soil Conservation Service, determina-se o Tempo de Concentração.

Equação 6-4
0 , 385
 L3 
t c = 0,95  
H

onde: L é o comprimento axial da bacia ou comprimento total do curso d’água principal, em


km.
H é a diferença entre as elevações do ponto mais afastado e do ponto em estudo,
em metro.

Para a identificação e seleção de dados de precipitações representativos para o Projeto


Apolo Umidade Natural, foram pesquisadas estações pluviométricas localizadas nas sub-
bacias hidrográficas do Rio das Velhas e do Rio Doce na região de interesse, sendo
adotada como condição básica inicial que as estações devem ser operadas pela Agência
Nacional de Águas – ANA/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM ou pelo
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM e, para os casos das estações que já se
encontram desativadas, serem de responsabilidade da ANA.

Os dados das estações pluviométricas identificadas foram obtidos junto à ANA através do
portal HidroWeb (hidroweb.ana.gov.br). Como critério para seleção das estações
pluviométricas a serem utilizadas no estudo ora apresentado, definiu-se que as mesmas
devem apresentar dados oficiais consistidos de precipitações disponíveis. Para as estações
pluviométricas selecionadas foi feita uma avaliação da disponibilidade de dados de
precipitação disponíveis.

Para a identificação de dados de descargas representativas para o Projeto Apolo Umidade


Natural, foram pesquisadas estações fluviométricas localizadas nas sub-bacias hidrográficas
do Rio das Velhas e do Rio Doce na região de interesse, sendo adotada como condição
básica inicial que as estações devem ser operadas pela ANA/CPRM ou pelo IGAM e, para
os casos das estações que já se encontram desativadas, serem de responsabilidade da
ANA.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 220


Os dados das estações fluviométricas identificadas foram obtidos junto à ANA através do
portal HidroWeb (hidroweb.ana.gov.br). Como critério para seleção das estações
fluviométricas a serem utilizadas no estudo ora apresentado, definiu-se que as mesmas
devem apresentar dados oficiais consistidos de descargas disponíveis. Para as estações
fluviométricas selecionadas foi feita uma avaliação da disponibilidade de dados de descarga
disponíveis, bem como de consistência dos dados médios das estações selecionadas.

A avaliação fluviométrica foi realizada em termos médios e extremos (máximos e mínimos),


abrangendo os parâmetros necessários para caracterização do comportamento fluvial
representativo da região de inserção do Projeto Apolo Umidade Natural.

Para a Área de Estudo Local e a Área Diretamente Afetada definidas para o Projeto Apolo
Umidade Natural partiu-se dos dados das estações regionais para definição das
características fisiográficas e hidrológicas de longo termo. Desta maneira, a partir das
estações pluviométricas regionais selecionadas na etapa de caracterização da Área de
Estudo Regional, foi definida como referência para cada uma das duas regiões hidrográficas
uma estação pluviométrica, a saber: (i) estação pluviométrica Caeté (01943010) para a
bacia do Rio das Velhas (nº 41) e (ii) estação pluviométrica Colégio Caraça (02043059) para
a bacia do Rio Doce (nº 56).

Para a realização dos estudos sedimentológicos para Área de Estudo Regional definida, foi
adotada como referência a publicação “Diagnóstico das Condições Sedimentológicas dos
Principais Rios Brasileiros” – Eletrobras (1998) para uma avaliação regional e consequente
estimativa da carga de sedimentos carreados para as sub-bacias hidrográficas observadas
ao longo da área do empreendimento. A quantidade de fatores intervenientes nos processos
de geração de sedimentos e transporte sólido nas bacias dificulta o tratamento matemático e
preciso do fenômeno. Diante desse problema, a metodologia adotada consiste em transferir
dados em nível regional, buscando registros existentes em bacias de condições
semelhantes ao caso em estudo, ou utilizando-se de estudos de regionalização oficiais já
realizados para a bacia de interesse.

O monitoramento quantitativo superficial vem sendo realizado pela MDGEO/VALE desde


2011, contando atualmente com uma rede de 22 pontos no território. Os resultados são
obtidos mensalmente e foram compilados e apresentados neste diagnóstico com base nos
dados fornecidos pela Vale.

Para tratar dos usos das águas atuais nas Áreas de Estudo Regional e Local e na Área
Diretamente Afetada do Projeto Apolo Umidade Natural foi realizado o levantamento das
outorgas de direito de uso de recursos hídricos e dos certificados de uso insignificantes, que
corresponde aos usuários efetivamente autorizados a realizar captações de águas
superficiais, subterrâneas ou interferências em cursos e corpos d’água. Adicionalmente, os
usos da água foram observados na ocasião dos trabalhos de campo que veem sendo
realizados pela equipe da Amplo no território.

Inicialmente foram avaliadas as portarias e processos vigentes emitidos pelo Instituto


Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), disponíveis na base cartográfica alocada no portal da
Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 221


Hídricos (IDE-Sisema), atualizada no dia 29 de janeiro de 2021. A partir da verificação da
inconsistência de parte dos dados ofertados pelo IGAM por meio da IDE-SISEMA, efetuou-
se a comparação entre os certificados e portarias disponíveis no portal da SEMAD com os
dados citados anteriormente, de modo a certificar sua validade e a adequada inserção
espacial. Avaliou-se as outorgas e usos insignificantes emitidos para os municípios de
Caeté, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara. Foram ainda apresentados os dados de uso
das águas para lazer nas cachoeiras locais, os quais foram obtidos por meio dos
levantamentos de campo realizados no território em junho de 2021 pela equipe técnica da
Amplo.

O balanço hídrico da região em estudo foi determinado através de um parâmetro,


denominado Indicador de Sustentabilidade, determinado pela razão entra a vazão de
captação outorgada e a vazão média de longo termo das sub-bacias de interesse. Para a
classificação desse parâmetro foram adotadas as recomendações apresentadas pelo
HIDROTEC, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa – UFV em parceria com a
Fundação Rural Mineira – Rural Minas, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD/IGAM, e Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais – FAPEMIG. O programa é formalizado através do Atlas das Águas
de Minas Gerais, ferramenta de consulta e gestão dos recursos hídricos de Minas Gerais.
Este parâmetro indica a atual utilização dos recursos hídricos, sendo que quanto mais alto o
resultado, maior a complexidade da gestão requerida.

Por fim, foram apresentados os cadastramentos de nascentes para a AEL e ADA do projeto
e seus critérios de compilação – com base na compilação realizada por Hidrovia (2021),
uma vez que levantamentos vêm sendo realizados no território desde 2006, e com base em
dados IGAM (2005).

6.10.2 RESULTADOS

6.10.2.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

6.10.2.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA REDE HIDROGRÁFICA DE CUNHO REGIONAL

O Projeto Apolo Umidade Natural encontra-se inserida no Estado de Minas Gerais na divisa
de duas regiões hidrográficas, a saber: (i) sub-bacia hidrográfica do Rio das Velhas (nº 41),
a qual integra a bacia hidrográfica do Rio São Francisco (nº4); (ii) sub-bacia hidrográfica do
Rio Doce (nº 56), a qual integra a bacia hidrográfica do Atlântico – Trecho Leste (nº 5).

A área da bacia hidrográfica do Rio São Francisco está localizada entre os paralelos 7º e
21º de latitude Sul e os meridianos 36º e 48º de longitude Oeste. Abrange parte dos
territórios dos Estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais,
Pernambuco e Sergipe. O Rio São Francisco, cuja bacia hidrográfica apresenta área de
drenagem total igual a aproximadamente 639.000 km², tem comprimento aproximado de
2.700 km. Suas nascentes se encontram na Serra da Canastra, no Estado de Minas Gerais,
e seu escoamento se dá no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu
curso para leste, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 222


O Rio das Velhas tem suas nascentes no município de Ouro Preto (MG), dentro do Parque
Municipal das Andorinhas. Este curso d’água, cuja bacia hidrográfica apresenta área de
drenagem total de aproximadamente 29.000 km², tem comprimento aproximado de 800 km,
sendo classificado, neste quesito extensão, como o maior afluente do Rio São Francisco.

A bacia hidrográfica do Rio das Velhas tem uma população estimada de 4,4 milhões de
habitantes, estando a mesma distribuída em 51 municípios mineiros. A região metropolitana
de Belo Horizonte ocupa apenas 10% da área territorial da bacia, mas possui mais de 70%
de toda a sua população. Concentra atividades industriais e tem processo de urbanização
avançado, sendo por isso a área que mais contribui com a degradação das águas do Rio
das Velhas.

A bacia hidrográfica do Rio São Francisco em território mineiro, assim como todas as
demais bacias hidrográficas do Estado, é dividida em Unidades de Planejamento e Gestão
de Recursos Hídricos – UPGRHs, também denominadas Circunscrições Hidrográficas – CH,
como pode ser visto na Figura 6-40. A Área de Estudo Regional pertencente à sub-bacia
hidrográfica do Rio das Velhas se encontra inserida na UPGRH, ou CH, do Rio das Velhas
(SF5), como pode ser visto na Figura 6-41.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 223


Figura 6-40: Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais.
Fonte: IGAM, 2018.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 224


Figura 6-41: Circunscrição Hidrográfica – ou Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos – do Rio das Velhas (SF5).
Fonte: IGAM, 2018.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 225


Já a área da bacia hidrográfica do Atlântico – Trecho Leste está localizada entre os
paralelos 10º e 23º de latitude Sul e os meridianos 37º e 46º de longitude Oeste. Abrange
parte dos territórios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e os territórios
dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esta bacia, com área de drenagem total
igual a aproximadamente 569.000 km², compreende a área de drenagem dos rios que
desaguam no Oceano Atlântico entre a foz do Rio São Francisco, ao norte, e a divisa entre
os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, ao sul.

A bacia hidrográfica do Rio Doce apresenta uma significativa extensão territorial, com cerca
de 86.715 km², dos quais 86% pertencem ao Estado de Minas Gerais e o restante ao Estado
do Espírito Santo. Abrange, total ou parcialmente, áreas de 228 municípios, sendo 202 em
Minas Gerais e 26 no Espírito Santo, e possui uma população total da ordem de 3,1 milhões
de habitantes.

O Rio Doce, com uma extensão de 850 km, tem como formadores o Rio Piranga e o Rio do
Carmo, cujas nascentes estão situadas nas encostas das serras da Mantiqueira e
Espinhaço, onde as altitudes atingem cerca de 1.200 metros.

A bacia hidrográfica do Rio Doce em território mineiro, assim como todas as demais bacias
hidrográficas do Estado, é dividida em UPGRHs, como pode ser observado na Figura 6-40.

A Área de Estudo Regional pertencente à sub-bacia hidrográfica do Rio Doce se encontra


inserida na CH do Rio Piracicaba (DO2), como pode ser visto na Figura 6-42.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 226


Figura 6-42: Circunscrição Hidrográfica – ou Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos – do Rio Piracicaba (DO2).
Fonte: IGAM, 2018.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 227


6.10.2.1.2 CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS

As características físicas das bacias são elementos de grande importância na avaliação do


comportamento hidrológico. Na prática, o conhecimento destes elementos auxilia na
determinação indireta dos valores de descargas extremas em seções da bacia onde não
existem informações do regime dos cursos d’água, além de propiciar o estabelecimento de
relações e comparações entre dados hidrológicos conhecidos. A Área de Estudo Regional
definida para o Projeto Apolo Umidade Natural abrange seis sub-bacias hidrográficas, a saber:

▪ Sub-bacia do Rio São João ou Barão de Cocais;


▪ Sub-bacia do Ribeirão Preto;
▪ Sub-bacia do Ribeirão da Prata;
▪ Sub-bacia do Ribeirão Juca Vieira;
▪ Sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio;
▪ Sub-bacia do Córrego Caeté.

A Figura 6-43 apresenta as seis sub-bacias componentes da AER bem como o contexto
hidrográfico em que o Projeto Apolo Umidade Natural se encontra inserido. Os resultados
numéricos definidos para as principais características fisiográficas das sub-bacias avaliadas
no presente estudo são apresentados na Tabela 6-64.

Pode-se observar que as sub-bacias hidrográficas apresentam diferentes magnitudes de


áreas de drenagem, sendo a maior delas identificada para a sub-bacia do Rio São João ou
Barão de Cocais (180,91 km2) e a menor delas identificada para a sub-bacia do Córrego
Caeté (10,84 km2).

Ao se analisar a forma das sub-bacias em estudo, tem-se que os valores do Coeficiente de


Compacidade variam entre 1,725 (Rio São João ou Barão de Cocais) e 0,801 (sub-bacia do
Ribeirão Santo Antônio). Assim, de posse destes resultados para as sub-bacias em estudo,
pode-se concluir que a sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio apresenta maior tendência à
ocorrência de enchentes, enquanto a sub-bacia do Rio São João ou Barão de Cocais
apresenta menor tendência para tal ocorrência.

Ao se analisar os valores do Fator de Forma, tem-se que a sub-bacia Ribeirão Santo Antônio,
assim como na análise anterior, é a que apresenta maior suscetibilidade a enchentes (maior
valor do Fator de Forma), enquanto, para este índice, a sub-bacia do Rio São João ou Barão
de Cocais é a que apresenta menor suscetibilidade para tal ocorrência (menor valor do Fator
de Forma).

Com relação ao Tempo de Concentração de cada sub-bacia em estudo, tem-se que a sub-
bacia do Ribeirão Santo Antônio apresenta o menor valor (0,605 horas) e a sub-bacia do Rio
São João ou Barão de Cocais apresenta o maior valor (6,063 horas).

Por fim, vale dizer que os resultados encontrados para as diversas características fisiográficas
analisadas são coerentes com o desenho geométrico das sub-bacias hidrográficas em estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 228


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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021),
Limite de Bacias (IGAM, 2010) Sub-bacias Hidrográficas (AMPLO,2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Mapa da Área de Estudo Regional da Hidrologia
1:150.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2,5 5 Geoprocessamento Amplo 25/08/2021 A3 AP_mf__aer_hidro_A3_v02
Tabela 6-64: Caracterização Fisiográfica – Resultados Numéricos para as Sub-bacias Hidrográficas da Área de Estudo Regional.

Sub-bacias da Área de Estudo Regional

Sub-bacia do Sub-bacia
Característica Símbolo Unidade Sub-bacia Sub-bacia Sub-bacia Sub-bacia
Rio São João do Ribeirão
do Ribeirão do Ribeirão do Ribeirão do Córrego
ou Barão de Santo
Preto da Prata Juca Vieira Caeté
Cocais Antônio

Área de drenagem da bacia de interesse AD km2 180,91 43,54 110,94 56,64 19,82 10,84

Perímetro da bacia de interesse P km 82,85 35,90 55,92 45,62 12,74 17,35

Maior elevação do curso d'água (nascente) HMAX m 1.400 1.520 1.540 1.400 1.280 1.415

Elevação do ponto de interesse HPONTO m 728 806 718 805 960 974

Desnível natural total (até o ponto de interesse) H m 672 714 822 595 320 441

Comprimento do curso d'água até o ponto de interesse L km 43,59 18,52 29,71 22,97 4,63 7,01

Declividade do curso d’água (até o ponto de interesse) S m/km 15,42 38,55 27,67 25,91 69,14 62,91

Coeficiente de Compacidade Kc --- 1,725 1,523 1,487 1,697 0,801 1,476

Fator de Forma Kf --- 0,095 0,127 0,126 0,107 0,925 0,221

Tempo de concentração tc h 6,063 2,204 3,603 3,031 0,605 0,864

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 230


6.10.2.1.3 CARACTERIZAÇÃO DO REGIME PLUVIOMÉTRICO

Para a identificação e seleção de dados de precipitações representativas para a Área de


Estudo Regional do Projeto Apolo Umidade Natural, foram pesquisadas estações
pluviométricas (em operação e desativadas) localizadas próximas à região de interesse.

Os dados das estações pluviométricas identificadas, indicados na tabela abaixo, foram


obtidos junto à ANA através do portal HidroWeb.

Tabela 6-65: Estações Pluviométricas Identificadas na Região em Estudo.

Entidade Dados de Precipitações


Coordenadas
Código da Operadora Consistidos Disponíveis
Nome Município
Estação Latitude Longitude da
Estação Sim Não
(S) (W)
01943000 Mineração Nova Lima -19.9792º -43.85º CPRM X
Morro
Velho
01943006 Sabará Sabará -19.8931º -43.815º CPRM X

01943007 Santa Santa -19.9453º -43.4011º CPRM X


Bárbara Bárbara
01943010 Caeté Caeté -19.9028º -43.6664º CPRM X

02043015 Aguiar Itabirito -20.1667º -43.8167º ANA X


Moreira
02043016 Rio Acima Rio Acima -20.0919º -43.7919º ANA X

02043020 Itabirito Itabirito -20.25º -43.8º ANA X (apenas


Dados Brutos)

02043022 Colégio Santa -20.2167º -43.5667º ANA X


Caraça Bárbara
Conceição
Santa
02043023 do Rio -20.0667º -43.5833º ANA X
Bárbara
Acima
Colégio Santa
02043059 -20.0969º -43.4881º CPRM X
Caraça Bárbara

Fonte: ANA, 2020.

Sobre as estações pluviométricas identificadas na região em estudo, observa-se que a


estação Itabirito (02043020) não apresenta dados de precipitações consistidos disponíveis.
Isto posto, a mesma foi abandonada da presente análise a partir desse ponto.

Com o objetivo de se avaliar o histórico de dados de precipitações totais médias nas


estações pluviométricas identificadas, já se abandonando a estação supracitada, foi
elaborado um histograma de dados, o qual é apresentado na Figura 6-44.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 231


Estações Pluviométricas Identificadas Período de Observação - Dados de Precipitação Média Disponíveis

194_ 195_ 196_ 197_ 198_


Código Nome da Estação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

01943000 Mineração Morro Velho 9 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1

01943006 Sabará 5

01943007 Santa Bárbara 10 1

01943010 Caeté 6

02043015 Aguiar Moreira 6 8 4

02043016 Rio Acima 5 3

02043022 Colégio Caraça 10

02043023 Conceição do Rio Acima 10

02043059 Colégio Caraça

Estações Pluviométricas Identificadas

199_ 200_ 201_ 202_


Código Nome da Estação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

01943000 Mineração Morro Velho 1 12 2 1 1 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 9 2 5 6

01943006 Sabará 12 12 2 2

01943007 Santa Bárbara 12 1 1 1 1 2

01943010 Caeté 2 4

02043015 Aguiar Moreira

02043016 Rio Acima

02043022 Colégio Caraça

02043023 Conceição do Rio Acima

02043059 Colégio Caraça 12 1 1 1 5

Legenda:

Ano com histórico completo - período de dados consistidos pela ANA

n Ano com falha(s), contendo o número de meses falhos n - período de dados consistidos pela ANA

Ano com histórico completo - período de dados brutos informados pela ANA

n Ano com falha(s), contendo o número de meses falhos n - período de dados brutos informados pela ANA

Figura 6-44: Histograma de Dados de Precipitações Totais Médias Disponíveis nas Estações Pluviométricas Identificadas.

Sobre a figura acima apresentada, com relação ao primeiro e ao último ano analisados para cada estação pluviométrica, as falhas indicadas
podem corresponder a um período não operado pela estação, seja ele anterior ao início das atividades de monitoramento ou posterior à data
cuja disponibilidade oficial de dados se limite.

Ao se analisar o histograma acima apresentado, vale o seguinte comentário:


▪ as estações pluviométricas Mineração Morro Velho (01943000), Sabará (01943006), Santa Bárbara (01943007), Caeté (01943010) e
Colégio Caraça (02043059), se encontram em operação nos dias atuais;
▪ as estações pluviométricas Aguiar Moreira (02043015), Rio Acima (02043016), Colégio Caraça (02043022) e Conceição do Rio Acima
(02043059) se encontram desativadas nos dias atuais, apresentando histórico antigo de dados.
▪ a estação pluviométrica Aguiar Moreira (02043015) apresenta um antigo e curto período de dados disponíveis.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 232


Assim, a estação Aguiar Moreira (02043015) por ter pouca disponibilidade de dados, foi
abandonada dos estudos a partir deste ponto. Isto posto, foram selecionadas 8 estações
pluviométricas dentre as identificadas na região de interesse.

Na Tabela 6-66 estão apresentados os dados básicos relativos às estações pluviométricas


selecionadas, bem como a disponibilidade de dados de precipitações totais médias em cada
estação.

Tabela 6-66: Estações Pluviométricas Selecionadas na Região em Estudo.


Dados Consistidos Dados Brutos
Coordenadas Altitude Disponíveis
Código Disponíveis
da Nome Município
Estação Latitude Longitude
(m) Início Fim Início Fim
(S) (W)
Mineração
01943000 Morro Nova Lima -19.9792º -43.85º 770 Out/1941 Nov/2003 Jan/1885 Jul/2018
Velho

01943006 Sabará Sabará -19.8931º -43.815º 720 Jun/1941 Dez/2005 Jun/1941 Out/2020

Santa Santa
01943007 -19.9453º -43.4011º 748 Nov/1941 Dez/2005 Nov/1941 Out/2020
Bárbara Bárbara

01943010 Caeté Caeté -19.9028º -43.6664º 825 Jul/1941 Dez/2005 Jul/1941 Ago/2020

02043016 Rio Acima Rio Acima -20.0919º -43.7919º 730 Jun/1941 Set/1957 Mai/1937 Set/1957

Colégio Santa
02043022 -20.2167º -43.5667º 1.300 Nov/1941 Dez/1965 Nov/1941 Dez/1965
Caraça Bárbara

Conceição
Santa
02043023 do Rio -20.0667º -43.5833º 805 Nov/1941 Dez/1965 Nov/1941 Dez/1965
Bárbara
Acima

Colégio Santa
02043059 -20.0969º -43.4881º 1.300 Jan/1983 Dez/2005 Mar/1983 Set/2020
Caraça Bárbara

Fonte: ANA, 2021.

Na Figura 6-45 está apresentado o mapa com a indicação das estações pluviométricas
selecionadas, sendo observado também o limite do Projeto Apolo Umidade Natural.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 233


620000 630000 640000 650000 660000 670000
Onç a TO
d MT
Santa Luzia

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Rio U n a

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7800000

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! Estação Pluviométrica
BELO Sub bacia BARÃO DE ór
HORIZONTE do Ribeirão COCAIS Divisor de águas entre Bacia do

C
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/ Juca Vieira
Rio das Velhas e Bacia do Rio
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Sub bacia Mina deGongo Soco Co i s
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! Piracicaba
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Est
ação p l
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Morro Velho
.
!
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beirão Sub bacia do Bacia do Rio Piracicaba

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Ri Suja Sub bacia do
7790000

7790000
(
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NOVA LIMA u a Ribeirão Olh o s-dágu a Rio São João ou
Ág Bacia do Rio das Velhas

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Bacia do Rio do Carmo

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! Ri M Regional da Hidrologia

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Sub bacia do Ribeirão Juca Vieira
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Rib eir ã o do s
Estação p l
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ANA –Concei ção
do RioAci ma Sub bacia do Ribeirão Preto

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7780000

7780000
(
! CATAS ALTAS Sub bacia do Ribeirão Santo

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ação p luvi
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aça Sub bacia do Ribeirão da Prata

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! Sub bacia do Rio São João ou

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Barão de Cocais
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7770000

7770000
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Rede Hidrográfica
V
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Limite Municipal
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7760000

7760000
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dos
o
620000 630000 640000 650000 660000 670000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMI
DADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM; Edit AMPLO, 2020); Projeto Apolo (VALE, 2021); Estações (ANA) e Área
de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição das Estações Pluviométricas Selecionadas
1:200.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 25/08/2021 A3 AP_mf_estacoes_pluviometricas_A3_v04
Sobre as estações pluviométricas selecionadas, foram definidas as séries de precipitações
totais médias mensais nas mesmas e, em seguida, definidos os valores históricos médios
mensais, os quais são apresentados na Tabela 6-67 e cujo comportamento é apresentado
no Gráfico 6-102.

Tabela 6-67: Precipitações Históricas Totais Médias Mensais – Estações Pluviométricas


Selecionadas na Região em Estudo.
Mineração Conceição
Santa Colégio Colégio
Morro Sabará Caeté Rio Acima do Rio
Meses Bárbara Caraça Caraça
Velho (01943006) (01943010) (02043016) Acima
(01943007) (02043022) (02043059)
(01943000) (02043023)
Janeiro 287,7 277,2 275,8 276,9 207,0 340,8 284,8 359,6
Fevereiro 190,6 173,1 178,5 169,4 170,5 266,9 176,8 224,7
Março 167,4 168,7 169,5 155,7 165,9 227,0 155,7 224,4
Abril 63,1 59,8 58,8 54,2 46,2 84,5 62,2 92,6
Maio 29,5 28,0 27,6 26,9 21,5 34,9 29,7 44,6
Junho 13,0 11,2 14,3 11,6 12,7 16,5 14,7 13,4
Julho 11,3 10,5 11,1 10,1 3,9 15,9 7,9 11,4
Agosto 12,3 9,6 13,9 11,0 4,5 11,8 8,3 18,1
Setembro 43,6 40,5 42,9 43,7 30,4 35,2 31,6 57,1
Outubro 124,8 115,8 106,6 109,1 99,6 162,0 101,7 124,7
Novembro 236,7 227,8 216,6 217,6 159,2 261,3 213,2 284,7
Dezembro 341,1 333,0 305,8 330,9 302,6 465,0 348,0 471,5
MÉDIA 126,8 121,3 118,4 118,1 102,0 160,2 119,5 160,6
TOTAL 1.521 1.455 1.421 1.417 1.224 1.922 1.434 1.927

Gráfico 6-102: Comportamento Gráfico das Precipitações Históricas Totais Médias Mensais
Estações Pluviométricas Selecionadas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 235


Ao se analisar os dados médios históricos de precipitação das estações pluviométricas
selecionadas, pode-se observar que os valores médios mensais registrados nessas
estações apresentam um comportamento muito semelhante, sendo identificado um período
chuvoso durante o trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro, que concentra mais de 55% da
precipitação média do ano. Os meses mais secos, quais sejam, Junho, Julho e Agosto,
concentram juntos menos de 3% da chuva anual.

6.10.2.1.4 CARACTERIZAÇÃO DO REGIME FLUVIOMÉTRICO

Para a identificação e seleção de dados de descargas representativas para a Área de


Estudo Regional foram pesquisadas estações fluviométricas (em operação e desativadas)
localizadas próximas à região de interesse.

Os dados das estações fluviométricas identificadas, indicados na Tabela 6-68, foram obtidos
junto à ANA através do portal HidroWeb.

Tabela 6-68: Estações Fluviométricas Identificadas na Região em Estudo.

Dados de Descargas
Coordenadas Entidade
Consistidos Disponíveis
Código Curso Operadora
Nome
Estação D’Água Latitude Longitude da
Estação Sim Não
(S) (W)

Rio São
41160000 Gulpiara -20.2º -43.7º ANA X
Francisco

Rio de
41165000 Benfica -20.2º -43.7667º ANA X
Pedras

Rio São
41170000 Gravetos -20.2º -43.7333º ANA X
Francisco
Rio das
Velhas X (apenas dados de
41171500 Rio Velhas -20.2072º -43.7467º IGAM-MG
(mont. rio Qualidade da Água)
Itabirito)
X (apenas dados de
41181000 Itabirito Rio Velhas -20.21º -43.7417º IGAM-MG
Qualidade da Água)

Rio das
Rio das X (apenas dados de
41190200 Velhas (jus. -20.1375º -43.7925º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)
Rio Itabirito)
Rio das X (apenas dados de
41191000 Rio Acima -20.13º -43.8º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)

Rio São
41195000 Rio Acima -20.1º -43.8º ANA X
Francisco

Rio das X (apenas dados de


41195050 Rio Acima -20.0919º -43.7919º CPRM Qualidade da Água e
Velhas Res. de Descarga)
Rio das
Rio das X (apenas dados de
41195100 Velhas (jus. -20.0897º -43.7897º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)
Rio Acima)
Ribeirão
Macacos Ribeirão X (apenas dados de
41196000 -20.0267º -43.8272º IGAM-MG
(mont. Rio Macacos Qualidade da Água)
das Velhas)
Honório
Rio das
41199998 Bicalho -20.0247º -43.8239º CPRM X
Velhas
Montante

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 236


Dados de Descargas
Coordenadas Entidade
Consistidos Disponíveis
Código Curso Operadora
Nome
Estação D’Água Latitude Longitude da
Estação Sim Não
(S) (W)

Honório Rio das


41200000 -20.0166º -43.8166º ANA X
Bicalho Velhas

Honório Rio das X (apenas dados de


41200004 -20.0167º -43.8333º DNOS
Bicalho Velhas Cotas)

Rio das X (apenas dados de


41200010 Rio Acima -20.0633º -43.8169º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)

Rio São X (apenas dados de


41200100 Santa Rita -20.0167º -43.8167º DNOS
Francisco Cotas)

Rio São X (apenas dados de


41200101 Santa Rita -20.0167º -43.8333º DNOS
Francisco Cotas)

Ribeirão
Água Suja Ribeirão X (apenas dados de
41200370 -19.9817º -43.8242º IGAM-MG
(mont. Rio Água Suja Qualidade da Água)
das Velhas)
Rio das X (apenas dados de
41200400 Raposos -19.9753º -43.8075º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)

Córrego da
Mina (mont. Córrego da X (apenas dados de
41200420 -19.9789º -43.8208º IGAM-MG
Rio das Mina Qualidade da Água)
Velhas)
Ribeirão da
Prata (mont. Ribeirão da X (apenas dados de
41200460 -19.9742º -43.7961º IGAM-MG
Rio das Prata Qualidade da Água)
Velhas)
Rio das
Velhas
Rio das X (apenas dados de
41200500 (mont. -19.9053º -43.8178º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)
Ribeirão
Sabará)
X (apenas dados de
Córrego do Cota, Qualidade da
41210000 Caeté -19.9028º -43.6664º CPRM Água, Res. de
Caeté Descarga e Perfil
Transversal)
Córrego do
Caeté (jus. Córrego do X (apenas dados de
41211000 -19.8778º -43.6683º IGAM-MG
Lanç. Esg. Caeté Qualidade da Água)
Caeté)
Ribeirão
41220000 Siderúrgica -19.8667º -43.7667º ANA X
Sabará
Córrego do
Galinha Córrego do X (apenas dados de
41221000 -19.8764º -43.7758º IGAM-MG
(mont. Rib. Galinha Qualidade da Água)
do Gaia)
Rio das X (apenas dados de
41229000 Sabará -19.9383º -43.8272º IGAM-MG
Velhas Qualidade da Água)

Rio São
41230000 Sabará -19.9333º -43.8167º ANA X
Francisco
Ribeirão
Ribeirão X (apenas dados de
41230500 Sabará -19.8833º -43.8167º IGAM-MG
Sabará Qualidade da Água)
(próx. a Foz)
Rio das
Velhas (jus. Rio das X (apenas dados de
41230700 -19.8894º -43.83º IGAM-MG
Ribeirão Velhas Qualidade da Água)
Sabará)
Fazenda Rio
56590000 -20.1666º -43.4666º ANA X
Alegria Piracicaba

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 237


Dados de Descargas
Coordenadas Entidade
Consistidos Disponíveis
Código Curso Operadora
Nome
Estação D’Água Latitude Longitude da
Estação Sim Não
(S) (W)
Rio
Piracicaba
Rio X (apenas dados de
56595000 (distrito de -20.1786º -43.4131º IGAM-MG
Piracicaba Qualidade da Água)
Santa Rita
Durão)
Cachoeira Córrego X (apenas dados de
56630000 -20.1167º -43.6º ANA Cota e Res. de
Capivari Capivari Descarga)
Conceição
Rio
56631000 do Rio -20.0833º -43.5833º ANA X
Conceição
Acima
Rio
56631500 Ponte Itajuru -19.9666º -43.5º ANA X
Conceição
X (apenas dados de
ETA (Bento Rio Cota, Qualidade Da
56631900 -19.9986º -43.4903º CPRM Água, Res. de
Mineração) Conceição Descarga e Perfil
Transversal)

Colégio Ribeirão do
56632000 -20.0833º -43.4833º ANA X
Caraça Caraça

Ponte do Ribeirão do
56633000 -20º -43.4666º ANA X
Brumado Caraça

Capim Ribeirão do
56635000 -19.9833º -43.45º ANA X
Cheiroso Socorro
Ribeirão
Carrapato
56640000 Santa -19.9714º -43.4561º CPRM X
(Brumal)
Bárbara
Ribeirão X (apenas dados de
56650000 Usina Peti Santa -19.885º -43.4067º ANA Cota e Res. de
Bárbara Descarga)

Fonte: ANA, 2021.

Sobre as estações fluviométricas identificadas na região em estudo, as estações Rio das


Velhas (mont. Rio Itabirito) (41171500), Itabirito (41181000), Rio das Velhas (jus. Rio
Itabirito) (41190200), Rio Acima (41191000), Rio Acima (41195050), Rio das Velhas (jus.
Rio Acima) (41195100), Ribeirão Macacos (mont. Rio das Velhas) (41196000), Honório
Bicalho (41200004), Rio Acima (41200010), Santa Rita (41200100), Santa Rita (41200101),
Ribeirão Água Suja (mont. Rio das Velhas) (41200370), Raposos (41200400), Córrego da
Mina (mont. Rio das Velhas) (41200420), Ribeirão da Prata (mont. Rio das Velhas)
(41200460), Rio das Velhas (mont. Ribeirão Sabará) (41200500), Córrego do Caeté (jus.
Lanç. Esg. Caeté) (41211000), Córrego do Galinha (mont. Rib. Do Gaia) (41221000),
Sabará (41229000), Ribeirão Sabará (próx. a foz) (41230500), Rio das Velhas (jus. Ribeirão
Sabará) (41230700), Rio Piracicaba (distrito de Santa Rita Durão) (56595000), Cachoeira
Capivari (56630000) e Usina Peti (56650000) não apresentam dados de descargas
consistidos disponíveis. Dessa forma, as mesmas foram abandonadas da presente análise a
partir desse ponto.

Com o objetivo de se avaliar o histórico de dados de descargas médias nas demais


estações fluviométricas, foi elaborado um histograma de dados, o qual é apresentado na
Figura 6-46.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 238


Estações Fluviométricas Selecionadas Período de Observação - Dados de Descarga Disponíveis

192_ 193_ 194_ 195_ 196_ 197_


Código Nome da Estação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

41160000 Gulpiara 5 12 12 12 2 12 12 12 12 12 12 12 12 6

41165000 Benfica 1 4

41170000 Gravetos 10 4

41195000 Rio Acima 4

41199998 Honório Bicalho Montante 4

41200000 Honório Bicalho 9

41210000 Caeté

41220000 Siderurgica 9 4 3 5 3 11 12 12 6 12 8 3 8 1 2 3 2 2 1 1

41230000 Sabará 2 2 12 4 2 3 2 3 7 11 2 5 9 10 3

56590000 Fazenda Alegria 10 8

56631000 Conceição do Rio Acima

56631500 Ponte Itajuru 6 5

56631900 ETA (Bento Mineiração)

56632000 Colégio Caraça

56633000 Ponte do Brumado 6 5

56635000 Capim Cheiroso 6 6 8

56640000 Carrapato (Brumal) 6

Estações Fluviométricas Selecionadas Período de Observação - Dados de Descarga Disponíveis

198_ 199_ 200_ 201_ 202_


Código Nome da Estação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

41160000 Gulpiara

41165000 Benfica

41170000 Gravetos

41195000 Rio Acima

41199998 Honório Bicalho Montante 2

41200000 Honório Bicalho

41210000 Caeté 2

41220000 Siderurgica

41230000 Sabará

56590000 Fazenda Alegria

56631000 Conceição do Rio Acima

56631500 Ponte Itajuru

56631900 ETA (Bento Mineiração) 10

56632000 Colégio Caraça

56633000 Ponte do Brumado

56635000 Capim Cheiroso

56640000 Carrapato (Brumal) 6 2

Legenda:

Ano com histórico completo - período de dados consistidos pela ANA

n Ano com falha(s), contendo o número de meses falhos n - período de dados consistidos pela ANA

Ano com histórico completo - período de dados brutos informados pela ANA

n Ano com falha(s), contendo o número de meses falhos n - período de dados brutos informados pela ANA

Figura 6-46: Histograma de Dados de Descargas Médias Disponíveis nas Estações Fluviométricas Pré-Selecionadas.

Sobre a figura acima apresentada, com relação ao primeiro e ao último ano analisados para cada estação fluviométrica, as falhas indicadas
podem corresponder a um período não operado pela estação, seja ele anterior ao início das atividades de monitoramento ou posterior à data
cuja disponibilidade oficial de dados se limite.

Para verificar a coerência dos dados consistidos das estações fluviométricas, foram feitas correlações por regressão linear entre todas as
estações com período comum de dados consistidos citadas acima, duas a duas. Na Tabela 6-69 estão apresentadas as possibilidades de
correlação, valendo dizer que o critério para aceitação da comparação é a ocorrência de, pelo menos, 5 anos de dados (consistidos) comuns,
sem a observância de falhas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 239


Tabela 6-69: Indicação das Correlações Possíveis.

Honório Conceição
Honório Fazenda Ponte ETA (Bento Colégio Ponte do Capim Carrapato
Gulpiara Benfica Gravetos Rio Acima Bicalho Caeté Siderúrgica Sabará do Rio
Bicalho Alegria Itajuru Mineração) Caraça Brumado Cheiroso (Brumal)
Montante Acima

Gulpiara XXX SIM (5) NÃO (4) SIM (13) NÃO (0) NÃO (2) NÃO (0) NÃO (4) SIM (6) NÃO (0) SIM (10) SIM (8) NÃO (0) SIM (9) SIM (7) NÃO (1) SIM (9)

Benfica XXX NÃO (1) SIM (5) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (1) NÃO (3) NÃO (0) SIM (5) SIM (5) NÃO (0) SIM (5) SIM (5) NÃO (0) NÃO (0)

Gravetos XXX NÃO (3) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (10) NÃO (0) SIM (11) NÃO (3) NÃO (0) SIM (11) NÃO (3) NÃO (0) NÃO (0)

Rio Acima XXX NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (1) SIM (5) NÃO (0) SIM (8) SIM (8) NÃO (0) SIM (8) SIM (7) NÃO (0) NÃO (0)

Honório
Bicalho XXX NÃO (0) SIM (9) NÃO (0) NÃO (0) SIM (5) NÃO (0) NÃO (0) SIM (11) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (43)
Montante
Honório
XXX NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (7)
Bicalho

Caeté XXX NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (9) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (9)

Siderúrgica XXX NÃO (1) NÃO (0) NÃO (3) NÃO (1) NÃO (0) NÃO (1) NÃO (1) NÃO (2) NÃO (4)

Sabará XXX NÃO (0) SIM (13) SIM (5) NÃO (0) SIM (13) SIM (5) NÃO (0) NÃO (0)

Fazenda Alegria XXX NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (5)

Conceição do
XXX SIM (8) NÃO (0) SIM (8) SIM (7) NÃO (2) NÃO (3)
Rio Acima

Ponte Itajuru XXX NÃO (0) SIM (8) SIM (7) NÃO (0) NÃO (0)

ETA (Bento
XXX NÃO (0) NÃO (0) NÃO (0) SIM (11)
Mineração)

Colégio Caraça XXX SIM (7) NÃO (0) NÃO (1)

Ponte do
XXX NÃO (0) NÃO (0)
Brumado

Capim Cheiroso XXX NÃO (4)

Carrapato
XXX
(Brumal)

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 240


Ao se analisar a tabela apresentada anteriormente (Tabela 6-69), observa-se que as estações
Siderúrgica (41220000) e Capim Cheiroso (56635000) não se correlacionam com nenhuma
outra estação fluviométrica diante do critério definido. Dessa forma, estas estações foram
abandonadas do presente estudo a partir deste ponto.

Assim, na Tabela 6-70 estão apresentados os dados básicos relativos às estações


fluviométricas selecionadas, bem como a disponibilidade de dados de descargas em cada
estação selecionada.

Tabela 6-70: Estações Fluviométricas Selecionadas na Região em Estudo.


Dados
Código Área de Dados Consistidos
Curso Latitude Longitude Consistidos
da Nome Drenagem Disponíveis
D’água (S) (W) Disponíveis
Estação (km2)
Início Fim Início Fim

Rio São
41160000 Gulpiara -20.2º -43.7º 307 Jun/1930 Dez/1965 --- ---
Francisco

Rio de
41165000 Benfica -20.2º -43.7667º 41 Jan/1938 Dez/1944 --- ---
Pedras

Rio São
41170000 Gravetos -20.2º -43.7333º --- Nov/1942 Ago/1954 --- ---
Francisco

Rio São
41195000 Rio Acima -20.1º -43.8º 1.420 Mai/1926 Dez/1945 --- ---
Francisco
Honório
Rio das
41199998 Bicalho -20.0247º -43.8239º 1.550 Mai/1971 Dez/2014 Jan/2015 Out/2020
Velhas
Montante
Honório Rio das
41200000 -20.0166º -43.8166º 1.550 Out/1963 Dez/1970 --- ---
Bicalho Velhas

Córrego do
41210000 Caeté -19.9028º -43.6664º 16,5 Mar/2005 Dez/2014 --- ---
Caeté

Rio São
41230000 Sabará -19.9333º -43.8167º 1.970 Mar/1938 Dez/1965 --- ---
Francisco

Fazenda Rio
56590000 -20.1666º -43.4666º 57 Nov/1971 Abr/1977 --- ---
Alegria Piracicaba
Conceição
Rio
56631000 do Rio -20.0833º -43.5833º 186 Jan/1938 Dez/1957 --- ---
Conceição
Acima
Ponte Rio
56631500 -19.9666º -43.5º 422 Jul/1937 Jul/1946 --- ---
Itajuru Conceição

ETA (Bento Rio


56631900 -19.9986º -43.4903º 228 Nov/2003 Dez/2014 Jan/2015 Dez/2018
Mineração) Conceição

Colégio Ribeirão
56632000 -20.0833º -43.4833º 35 Jan/1938 Dez/1955 --- ---
Caraça do Caraça

Ponte do Ribeirão
56633000 -20º -43.4666º 118 Jul/1938 Jul/1946 --- ---
Brumado do carraca

Ribeirão
Carrapato
56640000 Santa -19.9714º -43.4561º 609 Jul/1954 Dez/2014 Jan/2015 Out/2020
(Brumal)
Bárbara

Fonte: ANA, 2021.

Na Figura 6-47 está apresentado o mapa com a indicação das estações fluviométricas
selecionadas, sendo observado também o limite do Projeto Apolo Umidade Natural.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 241


620000 630000 640000 650000 660000

ará MT TO
S ab BA
irã o
Rib e
C
ór r GO DF
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Gai
SABARÁ Rib
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CAETÉ !
7800000

7800000
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Sabará

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Caeté

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Sub bacia do

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Córrego Caeté PR no
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Sabará Sub bacia
BARÃO DE
do Ribeirão
(
! COCAIS
Juca Vieira .
!
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de o (
! Estação Fluviométrica
ão
B ar

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Sub bacia Divisor de águas entre Bacia do

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Barão de Cocais

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do Ribeirão
Santo Antônio Rio das Velhas e Bacia do Rio

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RAPOSOS Có
Rib
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.
! Ponte Itajuru Carrapato Q Piracicaba
da (
! (Brumal)
o

Prata
Sub bacia do (
! Bacia Hidrográfica
7790000

7790000
Suj
a a Raposos C rego Rio São João ou
NOVA LIMA Ol ór

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gu Bacia do Rio Piracicaba

Cór
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Bacia do Rio das Velhas

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! Bacia do Rio do Carmo
Honório

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Ponte do
Bicalho Có
Brumado Sub-Bacias da Área de Estudo
Ma r rego
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! q uiné Regional da Hidrologia
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! Sub bacia do Córrego Caeté
Rib c ac Sub bacia
a Honório
sM do Ribeirão
Bicalho da Prata Sub bacia do Ribeirão Juca Vieira
do

Montante
Sub bacia do Ribeirão Preto

ão
Nova Lima

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Ri
Antônio
Santa Bárbara Sub bacia do Ribeirão da Prata
7780000

7780000
Conceição do CATAS ALTAS
Colégio Sub bacia do Rio São João ou
Rio Acima
.
!
go
rre iana
Sub bacia do Caraça Barão de Cocais
ó
C V Ribeirão Preto (
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do
Rio Acima . RIO ACIMA
!
Catas Altas Projeto Apolo Umidade Natural
!s
( Rio Acima
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V elh
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! Sede Municipal
P e ixe

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Rede Hidrográfica
o o
E ngenh
Limite Municipal

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Flec o das

C órre g
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Fazenda
7770000

7770000
Cór

Alegria
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Mariana

Itabirito
Ouro Preto
Ri
o Itab i rit

Benfica Gravetos Gulpiara


(
! (
! (
!
o

Ouro Preto
620000 630000 640000 650000 660000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM; Edit AMPLO, 2020); Projeto Apolo (VALE, 2021); Estações (ANA) e Área
de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição das Estações Fluviométricas Selecionadas
1:160.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2,5 5 Geoprocessamento Amplo 25/08/2021 A3 AP_mf_estacoes_fluviometricas_A3_v04
Os resultados das correlações entre as estações fluviométricas selecionadas, com período
comum de observação, representados pelos coeficientes de determinação (R²), estão
apresentados na sequência de gráficos apresentados nos Anexos do Volume 2 (Gráficos de
Correlação Mensal das Estações Analisadas – HIDROLOGIA - ANEXO VIII) e resumidos na
Tabela 6-71 a seguir.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 243


Tabela 6-71: Tabela Resumo – Coeficientes de Correlação R².
ETA (Bento
Honório Bicalho Honório Conceição do Ponte do Carrapato
Gulpiara Benfica Gravetos Rio Acima Caeté Sabará Fazenda Alegria Ponte Itajuru Mineração) Colégio Caraça
Montante Bicalho Rio Acima Brumado (Brumal)

AMOSTRA AMOSTRA
INSUFICIENTE INSUFICIENTE NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Gulpiara XXX 0,7889 PARA O 0,6910 PARA O 0,6855 0,7047 0,6951 DADOS 0,5274 0,5521 0,6727
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
CRITÉRIO CRITÉRIO COINCIDENTES
DEFINIDO DEFINIDO
AMOSTRA AMOSTRA
INSUFICIENTE INSUFICIENTE NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Benfica XXX PARA O 0,7415 PARA O 0,6216 0,5740 DADOS 0,5032 0,4972
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
CRITÉRIO CRITÉRIO COINCIDENTES
DEFINIDO DEFINIDO
AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA
INSUFICIENTE INSUFICIENTE NÃO HÁ INSUFICIENTE
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Gravetos XXX PARA O 0,7709 0,8883 PARA O DADOS 0,6631 PARA O
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
CRITÉRIO CRITÉRIO COINCIDENTES CRITÉRIO
DEFINIDO DEFINIDO DEFINIDO
NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Rio Acima XXX 0,8305 0,6736 0,7194 DADOS 0,5408 0,6067
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
COINCIDENTES

Honório NÃO HÁ NÃO HÁ


NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Bicalho XXX 0,6403 0,5710 0,7951 DADOS DADOS 0,8120
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
Montante COINCIDENTES COINCIDENTES

NÃO HÁ NÃO HÁ NÃO HÁ


Honório NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
XXX DADOS DADOS DADOS 0,5800
Bicalho COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES

NÃO HÁ NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Caeté XXX 0,7660 DADOS DADOS 0,7582
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES
COINCIDENTES COINCIDENTES

NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
Sabará XXX 0,7037 0,7289 DADOS 0,5431 0,5967
COINCIDENTES COINCIDENTES
COINCIDENTES

NÃO HÁ NÃO HÁ NÃO HÁ


Fazenda NÃO HÁ DADOS NÃO HÁ DADOS
XXX DADOS DADOS DADOS 0,7781
Alegria COINCIDENTES COINCIDENTES
COINCIDENTES COINCIDENTES COINCIDENTES

AMOSTRA
NÃO HÁ INSUFICIENTE
Conceição do
XXX 0,8670 DADOS 0,7518 0,8761 PARA O
Rio Acima COINCIDENTES CRITÉRIO
DEFINIDO

NÃO HÁ
NÃO HÁ DADOS
Ponte Itajuru XXX DADOS 0,8017 0,8560
COINCIDENTES
COINCIDENTES

NÃO HÁ NÃO HÁ
ETA (Bento
XXX DADOS DADOS 0,8833
Mineração) COINCIDENTES COINCIDENTES

AMOSTRA
INSUFICIENTE
Colégio
XXX 0,9100 PARA O
Caraça CRITÉRIO
DEFINIDO

Ponte do NÃO HÁ DADOS


XXX
Brumado COINCIDENTES

Carrapato
XXX
(Brumal)

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 244


6.10.2.1.5 ESTUDO DE DESCARGAS MÉDIAS

Para a escolha das estações fluviométricas a serem adotadas como referência para os
estudos hidrológicos em termos médios e extremos (máximos e mínimos), avaliou-se além da
análise de correlação anteriormente apresentada, a disponibilidade de dados e a proximidade
das estações à área de interesse.

Visto que o Projeto Apolo Umidade Natural se encontra na divisa de duas regiões
hidrográficas, empreendeu-se a escolha de no mínimo duas estações fluviométricas como
referência para o local, buscando caracterizar as mesmas. Para a sub-bacia hidrográfica do
Rio das Velhas (nº 41), foram selecionadas as estações fluviométricas Honório Bicalho
(41200000) e Honório Bicalho Montante (41199998), sendo as mesmas complementares,
apresentando a mesma área de drenagem e coordenadas geográficas praticamente idênticas.
Já para a sub-bacia hidrográfica do Rio Doce (nº 56) foi selecionada a estação fluviométrica
Carrapato (Brumal) (56640000).

Para a definição das séries de descargas médias mensais nas estações fluviométricas de
referência empreendeu-se, primeiramente, a unificação das estações Honório Bicalho e
Honório Bicalho Montante, a qual será denominada a partir deste ponto de Honório Bicalho
Unificada. Em seguida, realizou-se o preenchimento das falhas existentes e a extensão da
série, para o período posterior à Dezembro/2014, na estação Honório Bicalho Unificada.

6.10.2.1.6 SÉRIE DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS – ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA


HONÓRIO BICALHO UNIFICADA

Os dados médios disponíveis na estação fluviométrica Honório Bicalho Unificada se iniciam


em Outubro/1963 (estação Honório Bicalho), sendo observados dados consistidos até
Dezembro/2014 (estação Honório Bicalho Montante). Ao se analisar os dados desta estação,
observam-se falhas apenas nos meses entre Janeiro/1971 a Abril/1971.

Para o preenchimento destas falhas observadas, foi escolhida a estação fluviométrica


Carrapato (Brumal) por ser esta estação a que possui os dados necessários para o
preenchimento e a que apresenta maior coeficiente de correlação com a estação fluviométrica
em análise.

A metodologia utilizada para o preenchimento das falhas observadas no histórico consistido


da série da estação fluviométrica Honório Bicalho Unificada é apresentada na Tabela 6-72.
Esta metodologia adotou como alternativas de modelagem matemática equações do tipo
linear, exponencial, potência e polinomial de grau 2, tendo sido adotado o tipo de
equacionamento que apresentou o maior coeficiente de determinação (R2).

Tabela 6-72: Metodologia para Preenchimento das Falhas da Série Consistida – Estação
Fluviométrica Honório Bicalho Unificada.

Estação Coeficiente de
Período Equação Objetivo
Utilizada Determinação (R²)

. Jan/1971 à Carrapato QHon. Bicalho Unif. = 5,07899 x QCarrapato


0,70856 0,79566 Preenchimento
Abr/1971 (Brumal) (Brumal)

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 245


Após o preenchimento das falhas na série de dados consistidos disponíveis para a estação
fluviométrica Honório Bicalho Unificada, empreendeu-se a extensão da série para o período
posterior à Dezembro/2014, ação esta que tem como objetivo estender ao máximo a série de
descargas médias mensais.

Para extensão da série de descargas médias mensais, utilizou-se os dados brutos da estação
Honório Bicalho Montante, que se iniciam em Janeiro/2015 com fim em Outubro/2020. Para
este período não é observada nenhuma falha nos dados médios.

Como resultado do preenchimento das falhas observadas e da extensão da série para o


período posterior à Dezembro/2014 na estação fluviométrica Honório Bicalho Unificada,
obteve-se a série de descargas médias mensais nessa estação, com início em Outubro/1963
e fim em Outubro/2020, totalizando 56 anos civis completos de dados. Estes valores estão
apresentados na Tabela 6-73. Os valores em negrito sublinhado indicam os meses
preenchidos ou estendido pela metodologia adotada.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 246


Tabela 6-73: Descargas Médias Mensais (m3/s) Estação Fluviométrica Honório Bicalho Unificada Preenchida e Estendida.

Estação Fluviométrica: Honório Bicalho Unificada (Código:41199998 e 41200000)/ Área de Drenagem: 1.550 km 2/ Curso D'água: Rio das Velhas

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA

1963 10,92 13,37 12,15 10,92 12,15 13,37

1964 79,73 102,95 27,12 17,48 14,90 13,22 15,19 14,47 13,65 19,55 31,60 76,94 13,22 35,57 102,95

1965 88,60 133,86 80,68 31,03 25,22 19,48 18,30 18,51 17,87 41,12 44,84 36,26 17,87 46,31 133,86

1966 153,80 60,26 46,84 25,41 22,01 20,67 19,10 18,28 20,00 25,41 27,84 48,03 18,28 40,64 153,80

1967 69,22 94,08 39,83 25,41 19,88 18,34 16,02 14,27 16,06 16,15 33,32 48,52 14,27 34,26 94,08

1968 51,58 30,97 32,40 22,45 16,61 15,42 14,97 13,84 14,62 17,61 23,74 40,15 13,84 24,53 51,58

1969 41,40 24,45 22,20 16,10 17,08 13,27 12,69 12,70 14,74 20,12 39,70 52,92 12,69 23,95 52,92

1970 71,99 26,39 18,60 19,08 14,81 14,47 13,58 12,05 15,48 22,59 29,64 29,25 12,05 23,99 71,99

1971 21,06 18,26 24,16 18,28 11,47 14,01 11,94 10,80 14,37 19,38 36,56 40,59 10,80 20,07 40,59

1972 22,73 26,67 35,20 22,36 14,50 13,21 15,76 14,09 15,57 19,80 25,30 53,37 13,21 23,21 53,37

1973 62,10 39,42 63,64 29,04 20,89 16,80 16,44 16,60 15,21 18,74 32,12 42,63 15,21 31,14 63,64

1974 49,22 21,53 37,27 30,49 20,09 16,09 15,13 13,63 11,86 21,10 16,47 35,21 11,86 24,01 49,22

1975 51,14 41,26 21,01 21,44 16,42 14,17 14,27 12,82 11,21 15,08 25,01 22,75 11,21 22,21 51,14

1976 16,95 20,64 18,84 14,82 12,82 11,73 12,34 11,65 20,73 24,86 35,67 46,44 11,65 20,62 46,44

1977 67,86 39,58 29,70 22,29 15,81 14,93 13,11 13,35 12,99 12,92 18,34 24,57 12,92 23,79 67,86

1978 53,72 34,53 25,34 21,73 20,32 18,29 16,97 14,85 14,56 19,00 27,77 39,44 14,56 25,54 53,72

1979 70,86 140,04 63,32 37,71 29,89 23,49 22,57 23,87 22,77 17,36 30,55 65,33 17,36 45,65 140,04

1980 97,52 40,47 28,24 41,44 27,97 27,09 21,62 18,47 17,83 17,04 51,76 73,38 17,04 38,57 97,52

1981 56,87 39,74 36,40 28,67 22,37 20,77 17,48 15,71 15,53 18,58 55,64 57,41 15,53 32,10 57,41

1982 87,41 42,63 73,61 38,77 28,48 24,81 22,73 20,00 17,92 24,42 19,02 34,55 17,92 36,20 87,41

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 247


Estação Fluviométrica: Honório Bicalho Unificada (Código:41199998 e 41200000)/ Área de Drenagem: 1.550 km 2/ Curso D'água: Rio das Velhas

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA

1983 99,23 69,74 62,41 49,17 27,28 24,31 23,40 18,35 23,89 31,63 43,97 86,52 18,35 46,66 99,23

1984 40,62 29,76 32,61 26,95 21,10 17,06 15,68 19,21 17,65 15,42 21,05 46,11 15,42 25,27 46,11

1985 107,98 72,70 91,47 48,45 33,38 27,66 25,36 23,91 22,19 25,00 29,88 65,26 22,19 47,77 107,98

1986 55,06 48,56 41,97 29,61 24,26 17,81 17,95 16,91 14,01 16,06 20,75 41,03 14,01 28,66 55,06

1987 33,84 24,12 48,81 30,38 22,74 18,51 16,53 15,05 16,67 15,77 18,17 65,47 15,05 27,17 65,47

1988 42,73 70,27 37,36 29,54 24,49 21,36 19,60 18,28 17,65 18,07 20,65 31,21 17,65 29,27 70,27

1989 30,08 38,97 37,54 19,55 16,84 16,39 16,21 15,93 14,60 21,08 23,59 49,63 14,60 25,03 49,63

1990 24,61 19,17 23,69 17,12 18,50 15,00 14,79 15,15 15,21 17,64 20,35 21,42 14,79 18,55 24,61

1991 96,48 57,53 46,94 34,33 24,84 19,18 17,91 17,09 17,71 21,36 23,03 28,23 17,09 33,72 96,48

1992 88,93 67,12 37,07 22,51 18,81 19,13 17,47 16,97 20,04 23,05 42,42 57,56 16,97 35,92 88,93

1993 50,27 43,99 36,55 38,53 27,59 25,04 22,37 20,26 21,38 23,28 25,61 30,67 20,26 30,46 50,27

1994 70,43 25,98 43,36 30,10 23,71 19,72 18,73 17,56 17,89 18,52 22,30 44,76 17,56 29,42 70,43

1995 21,78 40,03 32,65 29,40 23,47 20,32 17,70 17,78 17,36 21,89 22,62 74,12 17,36 28,26 74,12

1996 65,92 30,59 33,59 25,29 18,12 17,68 18,34 15,99 17,71 21,54 55,18 67,35 15,99 32,27 67,35

1997 143,27 42,57 49,01 38,54 30,64 27,05 22,50 20,17 20,16 22,15 24,28 41,15 20,16 40,12 143,27

1998 55,45 32,64 31,11 25,33 25,27 16,21 15,84 16,59 15,47 20,62 25,88 23,70 15,47 25,34 55,45

1999 27,75 15,01 31,58 14,92 12,43 12,74 12,34 11,51 12,14 15,25 26,81 48,68 11,51 20,10 48,68

2000 62,82 51,09 30,18 21,84 20,08 13,76 13,70 15,88 19,77 15,34 26,30 43,10 13,70 27,82 62,82

2001 39,11 16,21 21,06 14,84 14,89 13,86 13,06 12,58 14,94 15,47 28,71 58,69 12,58 21,95 58,69

2002 51,02 55,59 26,88 19,46 18,10 15,23 14,64 14,75 17,12 13,85 20,65 45,00 13,85 26,03 55,59

2003 101,52 33,29 29,53 21,09 18,49 16,76 14,75 14,05 13,78 12,06 20,40 32,13 12,06 27,32 101,52

2004 46,31 49,16 34,01 30,59 21,93 19,16 19,57 17,77 14,69 18,40 17,56 43,81 14,69 27,75 49,16

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 248


Estação Fluviométrica: Honório Bicalho Unificada (Código:41199998 e 41200000)/ Área de Drenagem: 1.550 km 2/ Curso D'água: Rio das Velhas

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA

2005 48,20 32,97 57,82 29,37 26,14 22,83 19,90 17,59 19,29 18,99 33,17 62,26 17,59 32,38 62,26

2006 36,78 32,60 40,27 28,89 23,41 20,36 19,22 19,25 18,11 23,89 30,53 48,79 18,11 28,51 48,79

2007 63,65 39,79 21,48 21,57 19,42 18,77 16,68 14,60 12,63 14,68 18,79 30,55 12,63 24,38 63,65

2008 32,16 40,03 48,45 33,80 18,64 16,93 16,18 16,05 17,22 16,28 24,62 86,62 16,05 30,58 86,62

2009 81,04 59,50 45,62 50,06 31,94 26,71 24,55 21,87 25,17 36,72 34,75 66,73 21,87 42,06 81,04

2010 55,81 28,74 40,40 26,03 22,99 19,56 19,73 18,53 17,98 22,10 36,78 35,74 17,98 28,70 55,81

2011 54,30 25,70 43,87 26,17 19,25 17,69 18,05 16,05 15,34 19,29 39,88 88,06 15,34 31,97 88,06

2012 123,67 37,85 42,25 38,93 32,07 27,36 23,59 20,59 19,68 18,89 32,00 26,02 18,89 36,91 123,67

2013 43,25 34,98 29,32 34,17 20,57 22,54 18,58 17,65 15,38 15,88 14,87 39,02 14,87 25,52 43,25

2014 25,72 16,30 18,08 16,73 13,25 12,61 12,53 11,89 9,76 10,72 15,83 17,32 9,76 15,06 25,72

2015 13,84 22,57 40,11 19,90 15,82 13,33 12,36 10,23 13,55 13,26 17,40 23,61 10,23 17,99 40,02

2016 44,59 21,51 26,23 17,12 12,88 13,56 13,62 12,17 14,23 13,67 21,03 50,66 12,17 21,79 50,76

2017 19,48 23,97 17,77 13,59 11,83 12,42 9,60 8,38 8,26 8,73 15,59 34,66 8,31 15,33 34,13

2018 18,66 38,18 39,07 20,12 13,76 12,89 12,16 12,79 11,85 12,41 22,82 23,85 11,88 19,88 39,13

2019 19,86 21,80 17,46 23,92 17,65 13,44 12,27 10,31 9,98 11,28 21,98 27,18 10,02 17,48 28,94

2020 85,94 57,00 64,38 24,99 18,93 16,10 12,95 13,69 12,14 14,11 12,14 32,02 85,94

Mínima 13,84 15,01 17,46 13,59 11,47 11,73 9,60 8,38 8,26 8,73 13,37 12,15 8,26
Média 58,52 42,90 38,18 26,79 20,65 18,09 16,85 15,85 16,24 18,90 27,69 45,38 28,82
Máxima 153,80 140,04 91,47 50,06 33,38 27,66 25,36 23,91 25,17 41,12 55,64 88,06 153,80
Rendimento Específico Médio de Longo Termo (l/s.km2) 18,60

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 249


6.10.2.1.7 SÉRIE DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS – ESTAÇÃO FLUVIOMÉTRICA
CARRAPATO (BRUMAL)

Os dados médios disponíveis na estação fluviométrica Carrapato (Brumal) se iniciam em


Julho/1954, sendo observados dados consistidos até Dezembro/2014. Ao se analisar os
dados consistidos desta estação, não são observadas falhas no histórico consistido
disponível.

Para extensão da série de descargas médias mensais, utilizou-se os dados brutos da


estação Carrapato (Brumal), que se iniciam em Janeiro/2015 com fim em Outubro/2020.
Para este período não é observada nenhuma falha nos dados médios.

Isto posto a série de descargas médias mensais na estação fluviométrica Carrapato


(Brumal), se inicia em Julho/1954 e com seu fim em Outubro/2020, totalizando 65 anos civis
completos de dados.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 250


Tabela 6-74: Descargas Médias Mensais (m3/s) Estação Fluviométrica Carrapato (Brumal) Estendida.

Estação Fluviométrica: Carrapato (Brumal)/Curso D'água: Ribeirão Santa Bárbara/ Área de Drenagem: 609 km2/ Código: 56640000
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA
1954 5,25 4,80 4,51 7,58 11,51 90,96 4,51 20,77 90,96
1955 27,03 12,83 11,38 10,16 7,75 7,66 5,51 5,00 4,89 10,38 21,57 29,37 4,89 12,79 29,37
1956 15,36 6,33 13,37 5,63 5,36 6,51 4,70 4,62 4,47 4,07 23,42 59,56 4,07 12,78 59,56
1957 28,35 22,09 29,06 29,15 15,13 9,32 6,23 5,11 5,02 4,99 25,66 49,38 4,99 19,12 49,38
1958 27,38 20,10 14,84 12,41 8,48 6,97 7,32 5,62 6,16 8,78 7,22 12,96 5,62 11,52 27,38
1959 8,41 7,49 17,37 6,59 5,75 4,47 4,57 4,12 4,09 5,91 10,81 9,41 4,09 7,42 17,37
1960 30,13 20,59 21,71 7,43 7,12 6,68 6,36 5,76 5,53 5,09 11,50 31,01 5,09 13,24 31,01
1961 39,91 21,54 18,31 6,18 6,03 7,08 7,15 6,24 5,32 5,88 8,50 11,23 5,32 11,95 39,91
1962 28,49 23,78 7,77 7,77 6,21 5,96 4,84 4,91 5,16 9,91 11,53 39,10 4,84 12,95 39,10
1963 12,00 10,15 5,56 6,63 5,29 5,56 4,77 4,23 4,10 6,64 14,05 11,16 4,10 7,51 14,05
1964 61,71 44,93 12,78 11,64 5,89 6,17 7,35 4,74 4,86 14,10 16,41 33,64 4,74 18,68 61,71
1965 26,20 26,74 26,51 8,44 7,56 6,82 6,00 5,99 5,64 11,41 16,57 11,98 5,64 13,32 26,74
1966 23,61 14,55 14,18 8,38 7,83 6,61 6,22 5,54 5,03 7,78 11,85 31,70 5,03 11,94 31,70
1967 28,31 25,83 12,06 9,60 7,88 6,18 5,86 5,47 5,30 5,55 8,03 11,10 5,30 10,93 28,31
1968 8,77 13,21 15,15 9,02 6,46 5,93 5,45 5,10 5,42 9,45 11,64 14,82 5,10 9,20 15,15
1969 20,54 11,39 14,21 7,10 7,02 6,70 5,37 4,97 5,31 7,86 13,30 11,66 4,97 9,62 20,54
1970 21,99 10,37 8,10 9,63 7,90 4,91 5,77 5,06 6,64 7,95 9,10 9,96 4,91 8,95 21,99
1971 7,44 6,09 9,03 6,09 4,88 4,39 3,62 3,60 4,88 7,15 27,44 14,25 3,60 8,24 27,44
1972 8,08 11,04 14,25 8,75 5,69 4,23 4,78 4,12 4,58 5,89 13,89 25,31 4,12 9,22 25,31
1973 18,23 12,38 21,07 9,16 6,69 5,64 4,63 4,26 4,45 8,07 14,21 26,53 4,26 11,28 26,53
1974 10,48 9,16 14,63 9,96 7,51 5,57 4,23 3,93 3,16 5,62 4,63 14,88 3,16 7,81 14,88
1975 9,27 9,23 7,84 8,13 6,22 4,88 5,25 4,06 3,60 6,19 15,50 9,47 3,60 7,47 15,50
1976 6,63 8,89 7,20 6,61 4,61 3,88 5,03 4,19 7,42 11,74 19,28 19,01 3,88 8,71 19,28
1977 31,76 15,68 12,16 11,39 6,61 5,89 4,96 4,56 5,33 7,02 10,04 12,77 4,56 10,68 31,76

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 251


Estação Fluviométrica: Carrapato (Brumal)/Curso D'água: Ribeirão Santa Bárbara/ Área de Drenagem: 609 km2/ Código: 56640000
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA
1978 33,32 23,15 12,01 10,29 8,78 7,35 6,95 5,98 6,09 7,29 17,94 13,37 5,98 12,71 33,32
1979 29,03 79,96 22,70 18,30 12,75 11,41 9,18 8,58 8,90 9,56 19,21 23,49 8,58 21,09 79,96
1980 37,01 19,22 11,56 16,28 9,64 8,49 7,59 7,15 6,46 6,65 15,12 31,60 6,46 14,73 37,01
1981 25,12 12,49 16,89 11,02 6,60 6,53 5,23 4,67 3,25 10,26 28,63 20,98 3,25 12,64 28,63
1982 42,85 16,10 32,41 13,35 10,44 8,62 7,54 6,49 7,05 6,63 8,62 20,20 6,49 15,02 42,85
1983 51,01 22,16 27,63 15,02 11,50 10,90 7,75 6,24 11,38 23,41 19,49 35,20 6,24 20,14 51,01
1984 9,89 7,51 13,91 9,09 5,84 4,67 4,32 6,23 6,06 6,29 12,33 27,16 4,32 9,44 27,16
1985 59,93 27,55 27,26 14,22 10,73 8,93 8,02 7,32 7,23 8,09 15,20 27,27 7,23 18,48 59,93
1986 24,65 19,49 12,16 8,89 9,29 6,45 6,36 7,88 6,65 5,41 15,50 35,74 5,41 13,21 35,74
1987 15,90 11,00 25,49 17,04 12,19 9,68 8,37 7,66 6,88 5,46 10,69 56,28 5,46 15,55 56,28
1988 18,98 32,45 16,19 16,18 8,96 6,48 5,43 4,82 4,70 6,24 9,66 22,12 4,70 12,68 32,45
1989 10,09 17,07 17,69 10,64 6,87 7,96 8,12 7,07 8,43 12,08 16,52 49,09 6,87 14,30 49,09
1990 14,25 11,29 9,50 8,66 7,57 5,50 4,34 5,52 7,40 7,40 12,26 12,04 4,34 8,81 14,25
1991 56,38 28,94 22,20 13,00 12,11 8,71 6,18 4,75 4,57 9,10 13,46 9,10 4,57 15,71 56,38
1992 51,60 43,70 17,14 11,56 10,77 10,34 10,48 10,75 11,67 9,29 31,18 35,18 9,29 21,14 51,60
1993 20,55 15,23 11,76 8,61 8,55 7,24 6,23 4,92 4,41 5,08 9,60 14,03 4,41 9,68 20,55
1994 23,83 10,17 20,89 9,26 6,13 4,44 4,12 3,77 2,99 3,62 8,50 20,48 2,99 9,85 23,83
1995 11,27 23,54 13,35 7,73 6,34 4,50 4,08 3,64 3,53 5,23 10,03 45,75 3,53 11,58 45,75
1996 18,81 12,60 9,51 7,56 6,25 5,49 4,97 4,86 5,29 8,58 42,43 31,65 4,86 13,17 42,43
1997 46,23 13,09 28,57 11,30 7,68 7,01 5,86 5,30 5,90 6,14 8,21 19,15 5,30 13,70 46,23
1998 19,56 18,11 11,68 7,22 8,31 6,13 4,95 5,19 4,33 8,42 19,44 12,68 4,33 10,50 19,56
1999 15,04 8,49 15,91 6,82 5,48 5,00 4,47 4,06 4,03 4,67 14,72 16,71 4,03 8,78 16,71
2000 28,79 22,09 18,24 8,18 5,79 5,05 4,60 4,35 5,17 4,17 15,94 16,67 4,17 11,59 28,79
2001 12,67 7,52 9,02 4,99 4,09 3,92 3,57 3,32 4,27 7,01 15,81 30,22 3,32 8,87 30,22
2002 36,65 30,57 14,62 8,70 6,97 5,46 5,01 4,60 5,22 4,14 12,49 34,16 4,14 14,05 36,65
2003 74,48 12,11 15,16 8,28 6,12 5,14 4,72 4,37 4,32 4,05 8,91 16,42 4,05 13,67 74,48

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 252


Estação Fluviométrica: Carrapato (Brumal)/Curso D'água: Ribeirão Santa Bárbara/ Área de Drenagem: 609 km2/ Código: 56640000
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA
2004 30,32 25,38 18,60 19,28 8,51 6,53 6,04 4,87 4,49 4,59 6,19 31,11 4,49 13,83 31,11
2005 26,60 16,77 32,32 9,57 8,08 7,01 5,94 5,42 6,17 5,11 15,27 32,39 5,11 14,22 32,39
2006 10,22 10,92 14,52 8,12 6,31 5,42 4,86 4,62 4,97 8,95 12,79 18,60 4,62 9,19 18,60
2007 25,28 18,19 8,30 10,58 5,80 4,97 4,47 4,02 3,63 4,94 6,18 15,60 3,63 9,33 25,28
2008 15,12 20,62 24,98 14,99 6,42 5,35 4,95 4,75 5,36 5,20 16,61 53,46 4,75 14,82 53,46
2009 46,97 25,18 18,62 17,77 8,70 7,54 6,56 5,71 6,51 16,89 13,94 40,39 5,71 17,90 46,97
2010 23,43 7,57 13,20 8,69 6,47 5,61 5,17 4,74 4,70 5,99 17,54 17,00 4,70 10,01 23,43
2011 28,70 10,87 28,12 9,90 6,48 5,79 5,16 4,64 4,29 6,50 32,25 71,08 4,29 17,81 71,08
2012 62,95 17,19 12,96 9,51 8,55 7,08 6,34 5,70 5,22 5,03 16,67 7,82 5,03 13,75 62,95
2013 20,70 14,27 13,65 9,15 6,31 5,45 4,53 4,22 4,17 5,92 6,47 36,37 4,17 10,93 36,37
2014 9,14 8,58 12,29 7,54 4,75 4,28 4,34 4,10 3,52 3,55 9,10 11,66 3,52 6,90 12,29
2015 4,56 11,26 13,28 5,63 5,70 4,04 3,18 2,82 3,60 2,96 6,80 8,98 2,82 6,07 13,28
2016 38,20 11,00 10,28 5,99 4,62 4,82 3,52 2,79 4,34 3,79 16,21 32,87 2,79 11,54 38,20
2017 8,31 11,91 6,93 4,48 5,09 4,11 3,53 3,27 2,90 3,12 9,74 14,51 2,90 6,49 14,51
2018 9,10 25,81 26,20 8,16 4,86 3,75 3,23 3,41 3,42 5,94 11,94 13,59 3,23 9,95 26,20
2019 11,22 12,22 13,33 8,50 5,49 4,07 3,53 3,55 3,25 4,04 10,81 13,52 3,25 7,79 13,52
2020 39,24 20,99 25,70 10,89 6,11 4,75 4,19 3,35 2,90 5,66 2,90 12,38 39,24
Mínima 4,56 6,09 5,56 4,48 4,09 3,75 3,18 2,79 2,90 2,96 4,63 7,82 2,79
Média 25,73 17,86 16,29 10,10 7,33 6,21 5,51 5,04 5,23 7,13 14,52 25,56 12,18
Máxima 74,48 79,96 32,41 29,15 15,13 11,41 10,48 10,75 11,67 23,41 42,43 90,96 90,96
Rendimento Específico Médio de Longo Termo (l/s.km2) 19,99

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 253


6.10.2.1.8 CURVAS DE PERMANÊNCIA DE DESCARGAS MÉDIAS MENSAIS –
ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS DE REFERÊNCIA

Definida as séries de descargas médias mensais para as estações fluviométricas de


referência, buscou-se caracterizar as descargas médias mensais através da elaboração das
curvas de permanência.

A curva de permanência de descargas médias, também conhecida como curva de duração,


é um traçado gráfico que informa com que frequência, em média, a descarga de dada
magnitude é igualada ou excedida durante o período de registros disponível. O traçado da
curva é feito, normalmente, com as descargas lançadas em ordenada, contra a
porcentagem do tempo em que essa descarga é igualada ou excedida em abscissa. Sob a
ótica estatística, a curva de permanência representa uma curva de distribuição das
frequências acumuladas de ocorrência das descargas em uma determinada seção do curso
d’água.

Na Tabela 6-75 estão apresentados os dados e no Gráfico 6-83 é apresentada a curva de


permanência de descargas médias mensais na estação fluviométrica Honório Bicalho
Unificada, sendo destacados os valores característicos de descargas médias.

Tabela 6-75: Dados para Curva de Permanência de Descargas Médias Mensais Estação
Fluviométrica Honório Bicalho Unificada.
Descargas Médias Mensais
Permanência no Tempo (%)
Estação Fluviométrica Honório Bicalho Unificada (m³/s)
153,80 0,146
68,81 5
53,10 10
43,97 15
39,43 20
34,09 25
30,50 30
27,11 35
24,94 40
23,12 45
21,78 50
20,36 55
19,27 60
18,35 65
17,65 70
16,64 75
15,69 80
14,79 85
13,64 90
12,41 95
8,26 100

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 254


Gráfico 6-83: Curva de Permanência de Descargas Médias Mensais. Estação Fluviométrica Honório
Bicalho Unificada.

Na Tabela 6-76 estão apresentados os dados, no Gráfico 6-84 é apresentada a curva de


permanência de descargas médias mensais na estação fluviométrica Carrapato (Brumal),
sendo destacados os valores característicos de descargas médias.

Tabela 6-76: Dados para Curva de Permanência de Descargas Médias Mensais Estação
Fluviométrica Carrapato (Brumal).
Descargas Médias Mensais
Permanência no Tempo (%)
Estação Fluviométrica Carrapato (Brumal) (m³/s)
90,96 0,125
32,40 5
26,20 10
20,54 15
16,67 20
14,45 25
12,49 30
11,38 35
10,05 40
9,03 45
8,34 50
7,56 55
6,94 60
6,34 65
5,96 70
5,50 75
5,10 80
4,77 85
4,43 90
4,03 95
2,79 100

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 255


Gráfico 6-84: Curva de Permanência de Descargas Médias Mensais. Estação Fluviométrica
Carrapato (Brumal).

6.10.2.1.9 ESTUDO DE DESCARGAS EXTREMAS MÁXIMAS

Para a realização do estudo de descargas extremas máximas foram analisadas as estações


fluviométricas Honório Bicalho Unificada e Carrapato (Brumal) adotadas como referência
para a área de estudo.

De posse dos dados de descargas máximas diárias (coluna de máximos da ANA) das
estações fluviométricas de referência, foi utilizado o Software ALEA – Análise de Frequência
Local de Eventos Anuais, desenvolvido em 2000 pela Universidade Federal de Minas Gerais
– Escola de Engenharia para as análises de frequências de eventos máximos.

O ALEA é um software de simples utilização, com interface autoexplicativa, e tem como


dados básicos de entrada apenas os valores máximos anuais do evento que se deseja
analisar (descargas ou precipitações). Sua grande vantagem é analisar a frequência dos
eventos para diversas distribuições. São elas:
▪ Distribuição Exponencial;
▪ Distribuição GEV;
▪ Distribuição Gumbel para Máximos;
▪ Distribuição Log Normal 2P;
▪ Distribuição Log Normal 3P;
▪ Distribuição Pearson tipo III;
▪ Distribuição Log Pearson tipo III.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 256


O método de ajuste adotado para a análise foi o Método dos Momentos, sendo as séries
ajustadas por todas as distribuições oferecidas pelo software. Vale dizer ainda que o teste
de aderência adotado foi o do Qui-Quadrado, com nível de significância igual a 2%, sendo a
hipótese inicial HO que a amostra foi extraída de uma distribuição semelhante à que se está
ajustando.

Os dados de descargas máximas diárias anuais nas estações fluviométricas de referência,


que representam os históricos de cheias registradas nessas seções de controle, estão
indicados na Tabela 6-77 e Tabela 6-78. Estes valores foram calculados tendo como base a
coluna de descargas máximas informadas pela ANA. Vale dizer que para a análise de
frequência foi adotado o ano hidrológico, definido entre outubro e setembro. Os anos
hidrológicos que apresentaram falhas nos meses úmidos (novembro a março) não foram
incluídos na amostra de dados máximos anuais.

Tabela 6-77: Descargas Máximas Médias Anuais Estação Fluviométrica


Honório Bicalho Unificada.
QMAX (ANA) QMAX (ANA)
Estação Fluviométrica Estação Fluviométrica
Ano Hidrológico Ano Hidrológico
Honório Bicalho Unificada Honório Bicalho Unificada
(m³/s) (m³/s)
1963 - 1964 991,83 1989 - 1990 241,50
1964 - 1965 660,69 1990 - 1991 307,83
1965 - 1966 1.153,91 1991 - 1992 347,49
1966 - 1967 717,26 1992 - 1993 177,63
1967 - 1968 273,98 1993 - 1994 132,84
1968 - 1969 337,98 1994 - 1995 281,63
1969 - 1970 369,25 1995 - 1996 405,52
1970 - 1971 --- 1996 - 1997 470,59
1971 - 1972 119,14 1997 - 1998 118,36
1972 - 1973 225,32 1998 - 1999 84,22
1973 - 1974 171,99 1999 - 2000 212,78
1974 - 1975 155,28 2000 - 2001 233,90
1975 - 1976 86,76 2001 - 2002 187,70
1976 - 1977 220,23 2002 - 2003 233,56
1977 - 1978 225,64 2003 - 2004 212,68
1978 - 1979 306,28 2004 - 2005 221,73
1979 - 1980 169,00 2005 - 2006 192,50
1980 - 1981 213,65 2006 - 2007 137,62
1981 - 1982 330,82 2007 - 2008 157,37
1982 - 1983 235,35 2008 - 2009 319,12
1983 - 1984 218,43 2009 - 2010 187,70
1984 - 1985 352,35 2010 - 2011 153,43
1985 - 1986 122,19 2011 - 2012 476,78
1986 - 1987 195,12 2012 - 2013 124,31
1987 - 1988 239,02 2013 - 2014 101,77
1988 - 1989 105,33 2014 ---

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 257


Tabela 6-78: Descargas Máximas Médias Anuais Estação Fluviométrica Carrapato (Brumal).

QMAX (ANA) QMAX (ANA)


Ano Hidrológico Estação Fluviométrica Ano Hidrológico Estação Fluviométrica
Carrapato (Brumal) (m³/s) Carrapato (Brumal) (m³/s)
1954 - 1955 148,61 1985 - 1986 111,60
1955 - 1956 112,22 1986 - 1987 114,91
1956 - 1957 250,20 1987 - 1988 249,33
1957 - 1958 --- 1988 - 1989 ---
1958 - 1959 95,13 1989 - 1990 201,36
1959 - 1960 221,93 1990 - 1991 221,93
1960 - 1961 189,39 1991 - 1992 337,49
1961 - 1962 107,87 1992 - 1993 ---
1962 - 1963 58,63 1993 - 1994 63,01
1963 - 1964 210,32 1994 - 1995 238,05
1964 - 1965 101,74 1995 - 1996 207,04
1965 - 1966 83,49 1996 - 1997 260,80
1966 - 1967 94,54 1997 - 1998 51,41
1967 - 1968 40,34 1998 - 1999 59,92
1968 - 1969 130,19 1999 - 2000 108,28
1969 - 1970 45,88 2000 - 2001 89,28
1970 - 1971 43,08 2001 - 2002 199,75
1971 - 1972 81,22 2002 - 2003 259,91
1972 - 1973 109,11 2003 - 2004 156,64
1973 - 1974 113,48 2004 - 2005 213,61
1974 - 1975 49,21 2005 - 2006 146,58
1975 - 1976 32,05 2006 - 2007 65,46
1976 - 1977 134,82 2007 - 2008 167,84
1977 - 1978 202,17 2008 - 2009 251,96
1978 - 1979 304,79 2009 - 2010 176,92
1979 - 1980 126,92 2010 - 2011 122,52
1980 - 1981 101,13 2011 - 2012 303,85
1981 - 1982 189,39 2012 - 2013 71,06
1982 - 1983 142,18 2013 - 2014 112,60
1983 - 1984 96,92 2014 ---
1984 - 1985 148,61

Após aplicar o software ao conjunto de dados apresentados na Tabela 6-77 e Tabela 6-78,
para decidir qual das distribuições melhor se aplica à amostra, analisou-se visualmente o
comportamento das mesmas e o parâmetro p-valor fornecido pelo software, sendo que o
maior p-valor significa uma melhor representação da amostra pela distribuição.

Na Tabela 6-79 são apresentados os resultados da análise de frequência de descargas


máximas anuais (ANA) para as estações fluviométricas de referência.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 258


Tabela 6-79: Quantis Máximos para diversos Tempos de Retorno.
Quantis Máximos Estação Fluviométrica de Referência (m³/s)
Tempo de Retorno (anos) Honório Bicalho Unificada Carrapato (Brumal)
(AD = 1.550 km2) (AD = 609 km2)
2 232 131
5 375 206
10 482 255
25 631 317
50 751 361
100 877 404
200 1.012 445
500 1.203 499
1.000 1.358 539

6.10.2.1.9.1 Histórico de Inundações

As inundações são uma das consequências dos grandes volumes d’água, normalmente
originados das precipitações de longa duração ou de alta intensidade e curta duração,
quando atingem os cursos d’água e acarretam em extravasamento das águas do leito
principal para áreas marginais. Ou seja, esse fenômeno ocorre quando o nível d’água atinge
uma cota acima do nível máximo da calha principal do curso d’água, havendo potencial para
a ocorrência de desastres ambientais nas áreas com núcleos populacionais, neste sentido,
foram avaliados municípios do entorno imediato do projeto.

Para avaliar o histórico de inundação da Área de Estudo Regional, foram consultados os


planos municipais de saneamento básico dos dois municípios que compõem a AER: (i)
Caeté, referente à sub-bacia hidrográfica do Rio das Velhas, e (ii) Santa Bárbara, referente à
sub-bacia hidrográfica do Rio Doce.

Na Tabela 6-80 são apresentados os locais de risco de inundação identificados quando da


realização de campanhas de vistorias específicas, de acordo com o Plano Municipal de
Saneamento Básico de Caeté.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 259


Tabela 6-80: Locais de Inundação– Município de Caeté.

Coordenadas (UTM - WGS 84)


Ponto Descrição Tipo
Longitude Latitude
1 639.580,03 7.802.362,92 Rua Violeta/Córrego Vila das Flores Inundação/Alagamento
2 639.354,67 7.802.093,77 Vila Rato Inundação/Alagamento
3 639.765,30 7.802.153,41 Ponte sobre o Córrego Mundéus Inundação
4 639.383,80 7.801.447,90 Rua Padre Vicente Cornélio Borges/Córrego Caeté Inundação/Alagamento
5 639.765,93 7.800.875,41 Córrego Pedra Branca Inundação
6 639.651,86 7.800.839,15 Travessia na Av. João Pinheiro/Córrego Pedra Branca Inundação
7 639.893,84 7.800.649,41 Córrego Santo Antônio Inundação/Alagamento
8 639.852,52 7.800.583,35 Córrego Santo Antônio Inundação/Alagamento
9 639.098,12 7.800.246,60 Rua Gil Muniz/Córrego Caeté Inundação/Alagamento
10 639.209,20 7.799.909,10 Avenida João Pinheiro/Rua Helena Maciel/Córrego Caeté/ Inundação/Alagamento
11 639.407,85 7.799.475,49 Avenida João Pinheiro/Praça José P. de Souza/Córrego Caeté Inundação/Alagamento
12 639.561,65 7.798.715,05 Início da canalização do Córrego Caeté Inundação/Alagamento
13 639.999,53 7.798.732,14 Córrego Caeté/Montante da barragem da CPRM (leito da antiga linha férrea) Inundação
14 640.042,90 7.800.071,79 Córrego Santo Antônio próximo ao Posto de Saúde Inundação
15 640.606,40 7.800.294,58 Córrego Pedra Branca/Rua Pedra Cristal Inundação/Alagamento
16 640.318,44 7.801.429,12 Rua Morgan Inundação/Alagamento
17 640.446,16 7.801.549,28 Avenida Coletora/Encontro dos Córregos Biboca e Soberbo Inundação
18 640.669,67 7.801.924,36 Córrego Soberbo Inundação

Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico de Caeté, 2014.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 260


Na Tabela 6-81 são apresentados os locais de risco de inundação identificados quando da
realização de campanhas de vistorias específicas, de acordo com o Plano Municipal de
Saneamento Básico dos Municípios de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara.

Tabela 6-81: Locais de Inundação– Municípios de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa
Bárbara.
Ponto Local Descrição do Local Tipo
Próximo à linha férrea. Inunda aproximadamente em 100m de
1 Bairro Modelo Inundação
extensão
Rua Conselheiro
2 Afonso Pena, Bairro Inunda em toda extensão da rua que margeia o Rio Santa Bárbara Inundação
Praia
O Rio Conceição causa inundação, à sua margem direita, próxima à
3 Distrito Barra Feliz Inundação
ponte na rodovia de acesso ao distrito (MG-436).

O Rio Conceição causa inundação, à sua margem esquerda, a rua


4 Distrito Barra Feliz Inundação
que margeia o mesmo, numa extensão de cerca de 100 m

Fonte: Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa
Bárbara, 2014.

6.10.2.1.10 ESTUDO DE DESCARGAS EXTREMAS MÍNIMAS

Para a realização do estudo de descargas extremas mínimas foram analisadas as estações


fluviométricas Honório Bicalho Unificada e Carrapato (Brumal) adotadas como referência
para a área de estudo.

Com relação às vazões de estiagem, o parâmetro usualmente empregado para a


caracterização do regime de vazões de estiagem no Estado de Minas Gerais é a Q7,10 –
vazão mínima com 7 dias de duração e 10 anos de período de retorno.

O estudo de descargas extremas mínimas foi realizado com o auxílio do programa SisCAH –
Sistema Computacional para Análises Hidrológicas. Este aplicativo foi desenvolvido pelo
Grupo de Pesquisas em Recursos Hídricos – GPRH da Universidade Federal de Viçosa.

Este programa utiliza como base de dados os arquivos disponibilizados pela ANA através do
Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb). O SisCAH é estruturado em módulos,
realizando através de rotinas próprias a análise das descargas mínimas, médias e máximas.

De posse de todo o histórico consistido das estações fluviométricas Honório Bicalho


Unificada e Carrapato (Brumal) adotadas como referência para a área de estudo, foi definido
como critério para avaliação das descargas mínimas que os anos que apresentassem falhas
de leitura seriam descartados da análise. Desta forma, foi definida pelo programa a amostra
de dados mínimos anuais com sete dias de duração (Q7dias) para as estações de referência.

A partir da amostra de descargas mínimas anuais com 7 dias de duração nas estações
fluviométricas de referência, foi possível realizar as análises de frequências das mesmas. A
distribuição adotada para a presente análise foi a distribuição de Weibull.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 261


Na Tabela 6-82 são apresentados os valores encontrados para as Q7,10 e os rendimentos
específicos resultantes (q7,10) nas estações fluviométricas de referência.

Tabela 6-82: Vazões Mínimas (Q7,10).


Estação Fluviométrica de Referência
Vazões de Referência Honório Bicalho Unificada Carrapato (Brumal) (AD =
(AD = 1.550 km2) 609 km2)
Vazão Mínima - Q7,10 (m³/s) 10,40 3,29
Rendimento Específico - q7,10 (l/s.km²) 6,71 5,40

6.10.2.1.11 ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS

O regime sedimentológico de um curso d’água engloba os aspectos concernentes às taxas


de transporte sólido, à divisão percentual entre os transportes por suspensão e por arraste,
à composição granulométrica das partículas e à forma como os sedimentos se depositam no
leito do curso d’água.

As taxas totais de transporte sólido, englobando as categorias por suspensão e por arraste,
são dadas em ton/ano ou m³/ano, e tendem a acompanhar o regime fluviométrico dos
cursos de água, isto é, os maiores volumes de sedimentos estão relacionados aos
hidrogramas de cheias, enquanto nos meses de estiagem, com a diminuição das vazões em
trânsito, decresce a quantidade dos volumes transportados. Assim, existe uma correlação
entre transporte sólido e descarga líquida, compondo uma curva que é denominada curva-
chave de sedimentos, a qual é referenciada a uma dada seção fluvial.

A quantidade de fatores intervenientes nos processos de geração de sedimentos e


transporte sólido nas bacias dificulta o tratamento matemático e preciso do fenômeno,
conduzindo à necessidade de realização de medições diretas no campo para o prognóstico
mais preciso das relações entre descargas líquida e sólida. Portanto, em qualquer estudo
relacionado ao transporte de sedimentos, obtém-se resultados mais confiáveis quando estão
disponibilizados dados de monitoramento no respectivo curso de água.

Ocorre, na prática, que a rede de estações de monitoramento sedimentométrico é bastante


esparsa, dificilmente havendo disponibilidade de informações nos cursos de água de
interesse para um determinado projeto.

Para o presente estudo, foi adotada como referência a publicação “Diagnóstico das
Condições Sedimentológicas dos Principais Rios Brasileiros” – Eletrobras (1998) para uma
avaliação regional e consequente estimativa da carga de sedimentos carreados para as
bacias hidrográficas da área de estudo regional.

Ao se consultar a publicação supracitada, a mesma apresenta uma primeira aproximação de


regionalização da concentração média anual de sedimentos em suspensão e da produção
específica de sedimentos em suspensão em dezenove regiões do Brasil consideradas
homogêneas quando se analisa o índice de erosividade pelas precipitações, erodibilidade
dos solos e cobertura vegetal. Na Figura 6-48 está apresentado o mapa contendo o
zoneamento hidrossedimentológico prévio do Brasil.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 262


Figura 6-48: Mapa do Zoneamento Hidrossedimentológico Prévio do Brasil.
Fonte: Diagnóstico das Condições Sedimentológicas dos Principais Rios Brasileiros – Eletrobras, 1998.

Área de Estudo Regional definida está inserida na região hidrossedimentológica E6 – Zona


Mineira.

Essa região hidrossedimentológica é caracterizada por relevo acentuado e vegetação pouco


densa. O comportamento hidrossedimentológico dos cursos d’água desta região são
complexos devido à variabilidade pronunciada da erodibilidade dos solos e da erosividade
das chuvas. A concentração média anual de sedimentos em suspensão é da ordem de 315
mg/l e a produção específica de sedimentos em suspensão é da ordem de 250 t/km²/ano.

De posse destas informações foram definidos os valores anuais das descargas sólidas em
suspensão (QSS) afluente às Sub-bacias Hidrográficas da Área de Estudo Regional. Na
Tabela 6-83 os valores são apresentados.

Tabela 6-83: Descarga Sólida em Suspensão Afluente às Sub-bacias Hidrográficas da Área de


Estudo Regional.

Local Área de Drenagem (km²) QSS (t/ano)


Sub-bacia do Rio São João ou Barão de Cocais 180,91 45.228
Sub-bacia do Ribeirão Preto 43,54 10.885
Sub-bacia do Ribeirão da Prata 110,94 27.735
Sub-bacia do Ribeirão Juca Vieira 56,64 14.160
Sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio 19,82 4.955

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 263


Para a determinação das descargas de sólidos totais (QST) afluentes às Sub-bacias
Hidrográficas da Área de Estudo Regional, em função da inexistência de informações, foi
adotado o critério recomendado pela Eletrobras através da publicação “Diretrizes para
Estudos e Projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (2000)”, qual seja, a parcela da
descarga sólida por arraste afluente ao local é representada por um percentual da descarga
sólida em suspensão também afluente ao mesmo. Os valores mínimo e máximo
recomendados são, respectivamente, 10% e 20%. Para o presente estudo, foi adotado o
valor de 15%. Na Tabela 6-84 estão apresentadas as descargas sólidas totais afluentes às
sub-bacias em estudo.

Tabela 6-84: Descarga Sólida Total Afluente às Sub-bacias Hidrográficas da Área de Estudo
Regional.

Local QSS (t/ano) QST (t/ano)


Sub-bacia do Rio São João ou Barão de Cocais 45.228 52.012
Sub-bacia do Ribeirão Preto 10.885 12.518
Sub-bacia do Ribeirão da Prata 27.735 31.895
Sub-bacia do Ribeirão Juca Vieira 14.160 16.284
Sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio 4.955 5.698

6.10.2.1.12 USO DAS ÁGUAS: CAPTAÇÕES OUTORGADAS SUPERFICIAIS E


SUBTERRÂNEAS

A verificação dos dados disponibilizados pelo IGAM (2021) apontou a existência de apenas
um processo de outorga de uso de água na Área de Estudo Regional. O processo se refere
à outorga deferida para uso superficial, com finalidade declarada para transposição de corpo
de água, em curso hídrico sem nome, pertencente a bacia dos rios das velhas, no município
de Caeté. A outorga é de propriedade do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado
de Minas Gerais (DER-MG) e possui vigência até outubro de 2048.

Constatou-se a inexistência de processos atrelados ao uso insignificante de água para esta


área. Contudo, a utilização dos recursos hídricos, por vezes ocorre de forma não
formalizada, em caso de uso sem a devida outorga ou certificado de uso insignificante e dos
casos em que estes são dispensáveis. Notou-se na AER a existência de pequenas
propriedades rurais de forma dispersa, que apresentam áreas de pastagem associada a
criação de animais, e que, portanto, fazem uso direto de recursos hídricos, sobretudo para
prover a água para o dessedentamento destes animais.

Para além dos usos com registros nos órgãos oficiais do governo, deve-se também levar em
conta os usos diversos ao longo do território. Dentre estes usos destacam-se os com a
finalidade de lazer e plantio/irrigação. Na AER existem alguns poucos locais que podem
apresentar a possibilidade de recreação em áreas propícias dos cursos d’água, como os
poços, corredeiras e mesmo as cachoeiras. A utilização da água para plantio associado à
agricultura familiar também foi notada pontualmente na AER, esse traço revela a morfologia
agrária que a área abriga, com seu modo de vida rural, com fortes relações tecidas entre os
agentes e o meio.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 264


Tabela 6-85: Outorgas Vigentes de Direito de Uso dos Recursos Hídricos.
Coordenadas

Curso Hídrico
Hidrográfica
Outorgante
Sirgas 200 23s

Finalidade

Município
Processo

Vigência
Portaria
UTM

Bacia
Tipo
X Y

Transposição de corpo
Estradas de Rodagem
do Estado de Minas
Gerais - DER-MG
Departamento de

Rio das Velhas


20683/2013

02227/2013

Sem Nome
17/10/2048

Superficial

7796823

de água
644200

Caeté
6.10.2.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL) E ÁREA DIRETAMENTE AFETADA
(ADA)

6.10.2.2.1 CARACTERÍSTICAS FISIOGRÁFICAS E HIDROLÓGICAS

A Área de Estudo Local e a Área Diretamente Afetada definidas para o Projeto Apolo
Umidade Natural em questão abrange quinze sub-bacias hidrográficas, a saber:

▪ Sub-bacia do Córrego Gandarela;


▪ Sub-bacia do Córrego Maquiné;
▪ Sub-bacia do Córrego Maria Casimira;
▪ Sub-bacia do Córrego Olhos d'água;
▪ Sub-bacia do Córrego Ponte Preta;
▪ Sub-bacia do Ribeirão da Prata;
▪ Sub-bacia do Ribeirão Juca Vieira;
▪ Sub-bacia do Ribeirão Preto;
▪ Sub-bacia do Ribeirão Santo Antônio;
▪ Sub-bacia do Córrego do Jacu;
▪ Sub-bacia do Afluente do rio São João ou Cocais;
▪ Sub-bacia do Córrego Caeté;
▪ Sub-bacia do Córrego Cachoeira;
▪ Sub-bacia do Córrego Roça Grande;
▪ Sub-bacia do Córrego Mato Grosso.

Na Figura 6-49 estão apresentadas as sub bacias e os limites da AEL e ADA. As mesmas
encontram-se localizadas na divisa de duas regiões hidrográficas, a saber: (i) sub-bacia
hidrográfica do Rio das Velhas (nº 41), a qual integra a bacia hidrográfica do Rio São

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 265


Francisco (nº4); (ii) sub-bacia hidrográfica do Rio Doce (nº 56), a qual integra a bacia
hidrográfica do Atlântico – Trecho Leste (nº 5).

A AEL possui uma superfície total de 105,12 km², dos quais 72,27 km² (68,8%) pertencem à
sub-bacia hidrográfica do Rio das Velhas (nº 41) e 32,83 km² (31,2%) à sub-bacia
hidrográfica do Rio Doce (nº 56).

Para a caracterização hidrológica destas sub-bacias, as quais guardam relação mais direta
com o Projeto Apolo Umidade Natural, dada a maior proximidade, foram definidas as
características fisiográficas e hidrológicas de longo termo.

A partir das estações pluviométricas regionais selecionadas na etapa de estudo da Área de


Estudo Regional, foi definida como referência para cada uma das duas regiões hidrográficas
uma estação pluviométrica, a saber: (i) estação pluviométrica Caeté (01943010) para a
bacia do Rio das Velhas (nº 41) e (ii) estação pluviométrica Colégio Caraça (02043059) para
a bacia do Rio Doce (nº 56).

Assim, as sub-bacias identificadas foram organizadas por região hidrográfica (Rio das
Velhas e Rio Doce) e as informações hidrológicas de longo termo foram obtidas através da
utilização das informações das estações pluviométricas e fluviométricas de referência.

Os resultados numéricos definidos para as principais características fisiográficas e


hidrológicas das sub-bacias que compõem a AEL e ADA do Projeto Apolo Umidade Natural
são apresentados na Tabela 6-86.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 266


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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021), Sub-bacias
Hidrográficas (AMPLO,2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Mapa de Sub-bacias da Área de Estudo Regional
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_subbacias_ael_A3_v05
Tabela 6-86: Caracterização Fisiográfica e Hidrológica de Longo Termo das Sub-Bacias componentes da AEL e ADA do Projeto Apolo Umidade Natural.

Ponto de Interesse
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Característica Símbolo Unidade Sub-bacia bacia do bacia do bacia do bacia do Sub-bacia bacia do bacia do bacia do
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Córrego Ribeirão Córrego Córrego Ribeirão rio São
Gandarela Olhos Ponte Juca Santo Cachoeira Roça Maria Mato
Maquiné da Prata do Jacu Caeté Preto João ou
d'água Preta Vieira Antônio Grande Casimira Grosso
Cocais
Área de drenagem da bacia de interesse AD km2 4,15 11,93 8,15 5,29 9,62 11,10 4,50 2,14 2,32 11,38 2,90 9,15 5,88 5,28 5,14

Perímetro da bacia de interesse P km 9,65 17,99 20,48 11,89 35,83 20,15 13,17 6,83 8,58 17,90 8,06 18,63 12,09 12,27 11,36

Maior elevação do curso d'água (nascente) HMAX m 1.665 1.645 1.368 1.642 1.666 1.511 1.368 1.287 1.267 1.621 1.232 1.624 1.666 1.593 1.391

Elevação do ponto de interesse HPONTO m 1.040 906 805 920 805 950 985 980 1.021 855 970 900 1.210 1.160 898

Desnível natural total (até o ponto de interesse) H m 625 739 563 722 861 561 383 307 246 766 262 724 456 433 493

Comprimento do curso d'água até o ponto de


L km 3,81 7,89 8,78 6,12 14,89 6,63 2,81 1,80 2,56 7,79 3,80 6,94 3,99 4,28 4,01
interesse
Declividade do curso d’água (até o ponto de
S m/km 164,04 93,66 64,12 117,97 57,82 84,62 136,30 170,56 96,09 98,33 68,95 104,32 114,29 101,17 122,94
interesse)

Coeficiente de Compacidade Kc --- 1,326 1,459 2,009 1,447 3,235 1,693 1,738 1,307 1,577 1,486 1,325 1,724 1,396 1,495 1,403

Fator de Forma Kf --- 0,286 0,192 0,106 0,141 0,043 0,253 0,570 0,660 0,354 0,187 0,201 0,190 0,369 0,288 0,320

Tempo de concentração tc h 0,373 0,812 1,020 0,611 1,594 0,738 0,317 0,207 0,338 0,789 0,520 0,705 0,445 0,492 0,434

Estação Pluviométrica de Referência Admensional Caeté - 01943010 Colégio Caraça - 02043059

Precipitações Totais Médias Anual PANUAL mm 1.417 1.927

Estação Fluviométrica de Referência Admensional Honório Bicalho Unificada - 41199998 / 41200000 Carrapato (Brumal) - 56640000

Descarga média de longo termo QMLT m3/s 0,077 0,222 0,152 0,098 0,179 0,206 0,084 0,040 0,043 0,212 0,054 0,183 0,118 0,106 0,103

Rendimento específico médio de longo termo qMLT l/s.km2 18,60 19,99

Descarga máxima (TR = 1.000 anos) Q100 m3/s 3,64 10,45 7,14 4,64 8,43 9,73 3,94 1,87 2,03 9,97 2,54 8,10 5,20 4,67 4,55

Rendimento específico máximo (TR = 1.000 anos) q100 l/s.km2 876,1 885,1

Descarga mínima (7 dias / 10 anos) Q7,10 m3/s 0,028 0,080 0,055 0,036 0,065 0,074 0,030 0,014 0,016 0,076 0,019 0,049 0,032 0,029 0,028

Rendimento específico mínimo (7 dias / 10 anos) q7,10 l/s.km2 6,71 5,40

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 268


6.10.2.2.2 MONITORAMENTO QUANTITATIVO SUPERFICIAL

Com base nas Atividades de Monitoramento Quantitativo Superficial desenvolvidas na área


do Projeto Apolo Umidade Natural (MDGEO/VALE) através do controle de 22 pontos de
monitoramento, nos quais são previstas leituras de vazões mensalmente, é possível obter
informações comparativas aos estudos hidrológicos apresentados.

De posse dos dados levantados em campo, foi definido como critério de comparação
hidrológica que os Pontos de Monitoramento que não tivessem pelo menos doze leituras
mensais de vazões não seriam enquadrados na análise. Isto posto, os pontos VSE-10-A,
VOD-01, VDG-01, RL01 e VL-12 foram descartados.

Assim, os pontos de monitoramento selecionados foram organizados por região hidrográfica


(Rio das Velhas e Rio Doce) e calculadas suas respectivas áreas de drenagem. Vale dizer
que para os meses que tiveram mais de uma medição de descargas nos pontos de
monitoramento, foi realizada a média mensal das leituras.

Na Tabela 6-87 são apresentados os pontos de monitoramento de vazão vigentes na região


do Projeto Apolo Umidade Natural, na Figura 6-50 é apresentado o mapa de localização dos
mesmos e nos gráficos a seguir (Gráfico 6-85 à Gráfico 6-101) são apresentados os
comparativos das vazões médias mensais nas estações fluviométricas de referência, para
cada região hidrográfica, e a vazões médias mensais lidas nos pontos de monitoramento.

Tabela 6-87: Pontos de monitoramento de vazão na região o Projeto Apolo Umidade Natural.

Ponto de Área de Período de Monitoramento


Bacia Hidrográfica
Monitoramento Drenagem (km²) Início Fim
Alternativa-05 Rio São Francisco 49,390 Julho/2011 Dezembro/2019
Travessia Rio São Francisco 25,697 Julho/2011 Junho/2019
VCH-13-A Rio São Francisco 11,250 Março/2018 Outubro/2020
VMQ-17 Rio São Francisco 5,945 Julho/2011 Outubro/2020
VL11 Rio São Francisco 9,759 Abril/2018 Outubro/2020
VJV-21 Rio São Francisco 2,073 Julho/2011 Outubro/2020
VJV-21-A Rio São Francisco 3,147 Março/2018 Outubro/2020
MV-10 Rio São Francisco 1,044 Agosto/2015 Outubro/2020
MV-11 Rio São Francisco 4,879 Julho/2015 Outubro/2020
Travessia-A Rio São Francisco 6,344 Abril/2018 Outubro/2020
VCH-13 Rio São Francisco 4,474 Julho/2011 Outubro/2020
VMC-05 Atlântico Trecho Leste 3,985 Julho/2011 Outubro/2020
VSE-10 Atlântico Trecho Leste 2,571 Julho/2011 Outubro/2020
VRP19-20 Atlântico Trecho Leste 4,489 Julho/2015 Novembro/2019
VRP-11 Atlântico Trecho Leste 15,179 Julho/2015 Outubro/2020
VMG-01 Atlântico Trecho Leste 3,814 Março/2018 Outubro/2020
VVG-01 Atlântico Trecho Leste 4,979 Março/2018 Outubro/2020

Fonte: Vale/MDGEO, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 269


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Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Ponto de monitoramento de vazão
(MDGEO) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição dos Pontos de Monitoramento de Vazão
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_moni_vazao_A3_v02
Gráfico 6-85: Ponto de Monitoramento Alternativa-05.

Gráfico 6-86: Ponto de Monitoramento Travessia.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 271


Gráfico 6-87: Ponto de Monitoramento VCH-13-A.

Gráfico 6-88: Ponto de Monitoramento VMQ-17.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 272


Gráfico 6-89: Ponto de Monitoramento VL11.

Gráfico 6-90: Ponto de Monitoramento VJV-21.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 273


Gráfico 6-91: Ponto de Monitoramento VJV-21-A.

Gráfico 6-92: Ponto de Monitoramento MV-10.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 274


Gráfico 6-93: Ponto de Monitoramento MV-11.

Gráfico 6-94: Ponto de Monitoramento Travessia-A.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 275


Gráfico 6-95: Ponto de Monitoramento VCH-13.

Gráfico 6-96: Ponto de Monitoramento VMC-05.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 276


Gráfico 6-97: Ponto de Monitoramento VSE-10.

Gráfico 6-98: Ponto de Monitoramento VRP19-20.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 277


Gráfico 6-99: Ponto de Monitoramento VRP-11.

Gráfico 6-100: Ponto de Monitoramento VMG-01.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 278


Gráfico 6-101: Ponto de Monitoramento VVG-01.

6.10.2.2.3 USO DAS ÁGUAS: CACHOEIRAS LOCAIS

Com base nos trabalhos de campo realizados na AEL em junho de 2021 foram identificadas
as cachoeiras da Tabela 6-88, que compila as distâncias em relação ao empreendimento, a
questão do uso público, a distância a ADA do projeto e a propriedades em que esta se
localiza. A Figura 6-51 e a Figura 6-52 apresentam as cachoeiras identificadas, bem como a
localização em relação ao projeto.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 279


Tabela 6-88: Cachoeiras identificadas na região do Projeto Apolo Umidade Natural.
Coordenadas Distância entre ADA e o
Item Nome Coordenadas (x) Município Propriedade Uso Público
(y) Atrativo Natural (m)
1 Cachoeira do Trovão 638104,7451 7787536 Caeté 584,8002 VALE S/A Sim
2 Cachoeira Borboleta 637740 7786639 Caeté 109,2475 VALE S/A Sim
3 CH17 637157 7784972 Caeté 283,8166 VALE S/A Não
4 CH14 635788,0647 7782917 Caeté 622,8824 VALE S/A Não
5 Cachoeira Maquiné 636106 7784879 Caeté 79,61709 VALE S/A Sim
6 CHC01 637392,2933 7786973 Caeté 203,7607 VALE S/A Não
7 CHC 03 636190 7784271 Caeté 417,0253 VALE S/A Não
8 CHC08 637134 7784976 Caeté 272,5319 VALE S/A Não
9 CHC09 637128 7784971 Caeté 264,9361 VALE S/A Não
10 CHC10 637096 7784970 Caeté 244,9946 VALE S/A Não
11 CHC14 636573,4975 7782981 Caeté 279,7146 VALE S/A Não
12 CHC15 635632,7457 7783323 Caeté 268,9639 VALE S/A Não
13 CH25 633468,3757 7781213 Rio Acima 1244,92 VALE S/A Sim
14 CHC18 633500 7781212 Rio Acima 1216,632 VALE S/A Sim
15 CHC04 636627 7784254 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
16 CHC06 636478,6405 7784846 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
17 CHC13 637333 7784527 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
18 CHC19 636699 7784814 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
19 CHC21 637098 7784642 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
20 CHC12 637312 7784537 Caeté Estrutura ADA - Canal de Drenagem VALE S/A Não
21 Cachoeira Santo Antônio 631948,8432 7789170 Raposos 4516,013 NA Sim
22 CH27 634145 7780311 Rio Acima 1343,769 NA Não
23 CH24 633525,6333 7781055 Rio Acima 1270,69 NA Sim

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 280


Figura 6-51: Diagrama da localização das cachoeiras e das estruturas do projeto.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 281


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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2020), Cachoeiras e Área de Estudo
(AMPLO, 2021). Título:
Cachoeiras Mapeadas na Área de Estudo
1:100.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_mf_cachoeira_A3_v04
6.10.2.2.4 USO DAS ÁGUAS: CAPTAÇÕES OUTORGADAS SUPERFICIAIS E
SUBTERRÂNEAS

A Área de Estudo Local apresenta dois (2) processos de uso insignificante, sendo estes de
propriedade da Vale S. A., que declarou em um dos processos como pretensão a efetuação
de captação em corpo de água, no afluente do córrego Maquiné, enquanto no outro
processo declarou a intenção de captar água em corpo hídrico não identificado.

Na Área Diretamente Afetada existem dois (2) registros de usos insignificantes, ambos de
propriedade da Vale S. A. O uso declarado para os processos relaciona-se com a captação
em corpo de água, no afluente do córrego Maquiné e em outro curso hídrico não
referenciado nos referidos processos.

Apesar de ter sido identificado quatro (4) processos de uso insignificante de água para as
áreas de estudo, deve-se atentar que existem outras formas de uso dos recursos hídricos
que são realizadas no local sem que o ator tenha um certificado e/ou outorga. Em especial,
destaca-se os usos promovidos pelas pequenas propriedades, que possuem hortas e/ou
criação de animais. A água é utilizada para irrigar as hortas, assim como, ofertada aos
animais para promover seu dessedentamento.

Há ainda a água proveniente das zonas de recarga situadas na AEL, que drenam no sentido
do PARNA Serra do Gandarela, sendo um importante recurso para a proteção das
comunidades aquáticas. Em alguns trechos dos canais formado pelas drenagens existem
degraus, que formam cachoeiras, que são bastante visitadas por turistas, para o uso
recreativo associado ao lazer.

Quanto as outorgas, na Área de Estudo Local ocorrem cinco (5) outorgas, sendo as cinco
para utilização de água superficial. Destas, três (3) são de propriedade do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Caeté – SAAE, e, duas (2) são de propriedade
Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER-MG.

As outorgas pertencentes à SAAE possuem a finalidade declarada associada a utilização


para fins de abastecimento público, enquanto as outorgas pertencentes ao DER-MG
possuem como finalidade declarada a efetuação de transposição de corpo de água.

O principal curso hídrico afetado pelos processos de outorga é o córrego Santo Antônio,
com dois processos sitiados nele, seguido pelos córregos do Jacú e Caeté com um
processo cada. Um curso hídrico afetado não foi referenciado nas portarias oficiais.

Na ADA do Projeto Apolo Umidade Natural não foi notada a ocorrência de nenhum dado
oficial versando sobre outorgas vigentes.

A seguir, a Tabela 6-89 Apresenta a relação dos usos insignificantes e a Tabela 6-90 mostra
os processos de outorga para a Área de Estudo Local e Área Diretamente Afetada. A Figura
6-53 apresenta os usuários que possuem outorgas e os registros de usos insignificantes nas
áreas de estudo do Projeto Apolo Umidade Natural.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 283


Tabela 6-89: Usos Insignificantes dos Recursos Hídricos.
Coordenadas em
formato UTM Sirgas Bacia Área de
Processo Tipo 2000 23S Solicitante Modo de Uso Município Curso Hídrico
Hidrográfica Estudo
X Y
Captação em corpo
37566/2019 Superficial 636201 7783429 Vale S. A. Caeté Rio das Velhas Sem identificação AEL
de água
Captação em corpo
37570/2019 Superficial 635646 7785669 Vale S. A. Caeté Rio das Velhas Afluente do córrego Maquiné ADA
de água
Captação em corpo
37563/2019 Superficial 638584 7788960 Vale S. A. Caeté Rio das Velhas Sem identificação ADA
de água
Captação em corpo
37572/2019 Superficial 634685 7785784 Vale S. A. Caeté Rio das Velhas Afluente do córrego Maquiné AEL
de água

IGAM, 2021

Tabela 6-90: Outorgas Vigentes de Direito de Uso dos Recursos Hídricos.


Coordenadas Sirgas
200 23s UTM Bacia Curso Área de
Processo Portaria Vigência Tipo Outorgante Finalidade Município
Hidrográfica Hídrico Estudo
X Y
Para fins de Córrego
Serviço Autônomo de Água Rio das
00298/2002 1611/2003 18/12/2023 Superficial 637850 7790989 abastecimento Caeté Santo AEL
e Esgoto de Caeté - SAAE Velhas
público Antônio
Para fins de Córrego
Serviço Autônomo de Água Rio das
00297/2002 014/2004 07/01/2024 Superficial 637938 7791111 abastecimento Caeté Santo AEL
e Esgoto de Caeté - SAAE Velhas
público Antônio
Para fins de
Serviço Autônomo de Água Rio das Córrego
04579/2008 00758/2009 28/03/2029 Superficial 641266 7792899 abastecimento Caeté AEL
e Esgoto de Caeté - SAAE Velhas do Jacú
público
Departamento de Estradas
Transposição de Rio das Sem
20681/2013 02225/2013 17/10/2048 Superficial 642609 7796449 de Rodagem do Estado de Caeté AEL
corpo de água Velhas Nome
Minas Gerais - DER-MG
Departamento de Estradas
Transposição de Rio das Córrego
20682/2013 02226/2013 17/10/2048 Superficial 642853 7796379 de Rodagem do Estado de Caeté AEL
corpo de água Velhas Caeté
Minas Gerais - DER-MG

IGAM, 2021

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 284


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04579/2008 Ba rã o de Coc
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Rede Hidrográfica

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Córreg
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Co
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630000 640000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Outorgas e Uso Insignificante
(SEMAD/IGAM, 2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Localização e Distribuição dos Pontos de Outorgas de Direito de Uso dos Recursos Hídricos
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_outorgas_A3_v05
6.10.2.2.5 BALANÇO HÍDRICO

De posse dos estudos hidrológicos das sub-bacias que compõem a AEL e ADA e da
caracterização dos usos das águas foi possível realizar o balanço hídrico entre as
demandas de água vigentes no território e as vazões disponíveis nas sub-bacias em estudo.

Na Tabela 6-91 são apresentadas as outorgas com uso consuntivo de água, a localização
das mesmas de acordo com as sub-bacias em estudo e o valor outorgado médio mensal
para cada processo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 286


Tabela 6-91: Outorgas com uso Consuntivo de Água.
Coordenadas UTM
Sirgas 2000 Vazão Outorgada Média Mensal (m³/s)
(Fuso: 23S) Modo de Sub-
Processo Município
Uso bacia
Longitude Latitude
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média
(X) (Y)

Captação Ribeirão
00297/2002 637.938 7.791.111 em corpo Caeté Santo 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030
de água Antônio

Captação Ribeirão
00298/2002 637.850 7.790.989 em corpo Caeté Santo 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030 0,0030
de água Antônio

Captação
Córrego
04579/2008 641.266 7.792.899 em corpo Caeté 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033 0,0033
do Jacu
de água

Captação Ribeirão
37563/2019 638.584 7.788.960 em corpo Caeté Juca 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003
de água Viera

Captação
Córrego
37566/2019 636.201 7.783.429 em corpo Caeté 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003 0,0003
Maquiné
de água

Captação
Córrego
37570/2019 635.646 7.785.669 em corpo Caeté 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010
Maquiné
de água

Captação
Córrego
37572/2019 634.685 7.785.784 em corpo Caeté 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010 0,0010
Maquiné
de água

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 287


Para a classificação das sub-bacias em estudo com relação ao grau de intervenção
necessário dos agentes gestores dos recursos hídricos, foi adotado o Indicador de
Sustentabilidade, razão entre a vazão de usos consuntivos e vazão média de longo termo.
Foram adotadas as faixas de classificação apresentadas pelo HIDROTEC, formalizado
através do Atlas das Águas de Minas Gerais, reproduzidas a seguir:

▪ <5% - Excelente. Pouca ou nenhuma atividade de gerenciamento é necessária. A


água é considerada um bem livre;
▪ 5 a 10% - A situação é confortável, podendo ocorrer necessidade de gerenciamento
para solução de problemas locais de abastecimento;
▪ 10 a 20% - Preocupante. A atividade é indispensável, exigindo a realização de
investimentos médios;
▪ 20 a 40% - A situação é crítica, exigindo intensa atividade de gerenciamento e
grandes investimentos;
▪ > 40% - A situação é muito crítica.

Na Tabela 6-92 são apresentados os dados hidrológicos característicos de cada sub-bacia


onde foi observado outorgas de uso consuntivo, assim como os indicadores de
sustentabilidade das mesmas.

Tabela 6-92: Indicadores de Sustentabilidade – Sub-bacias com Outorgas de Uso Consuntivo.


Ponto de Interesse
Sub-bacia do
Característica Símbolo Unidade Sub-bacia do Sub-bacia do Sub-bacia do
Ribeirão
Córrego Ribeirão Córrego do
Santo
Maquiné Juca Vieira Jacu
Antônio
Área de drenagem da
AD km2 11,93 11,10 4,50 2,14
bacia de interesse

Descarga média de
QMLT m3/s 0,222 0,206 0,084 0,040
longo termo
Descarga igual ou
excedida em 95% do Q95% m3/s 0,096 0,089 0,036 0,017
tempo
Descarga mínima (7
Q7,10 m3/s 0,080 0,074 0,030 0,014
dias / 10 anos)

Vazão Outorgada
QOUT. m3/s 0,0023 0,0003 0,0060 0,0033
Média Mensal

Indicador de
IH % 1,1% 0,2% 7,2% 8,4%
Sustentabilidade

< 5% = < 5% = 5 a 10% = 5 a 10% =


Classificação --- ---
Excelente Excelente Confortável Confortável

6.10.2.2.6 COMPILAÇÃO DE DADOS DE NASCENTES

Os dados de cadastro de nascentes foram compilados a partir do estudo da Hidrovia (2021),


que abrange os dados provenientes de várias fontes e campanhas realizadas ao longo do
tempo na região da serra do Gandarela com um acervo de 306 pontos inventariados (APA

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 288


SUL/BEATO et al., 2005, MULTIGEO, 2006; MDGEO, 2007; MDGEO 2008, 2011;
GEOESTRUTURAL, 2010 e MDGEO, 2018). Foram mantidas todas as nascentes já
cadastradas, mesmo que em levantamentos recentes, estas se encontrassem secas ou não
houvessem sido novamente prospectadas.

Posteriormente, entre os dias 25/10/2017 e 07/11/2017 a Hidrovia visitou 18 nascentes


situadas no entorno da cava projetada do Projeto Apolo Umidade Natural com o objetivo de
realizar uma nova caracterização e comparar as posições e vazões atuais, no período seco,
com aquelas registradas em cadastros anteriores. Após a vistoria verificou-se que as
nascentes revisitadas mostravam deslocamento para a jusante das bacias em relação as
suas posições anteriores, como resultado de um período de seca a partir de 2012, sendo
suas coordenadas corrigidas para a nova posição. Outro aspecto a ser ressaltado é a
correção de cotas das nascentes nos dados compilados pela Hidrovia (apresentado na
integra nos Anexos do Volume 2 (Estudo Hidrogeológico - ANEXO IX), tendo em vista a
discrepância dos dados de GPS coletados nos cadastros com a base topográfica de detalhe
do estudo de modelagem hidrogeológica.

Os cursos d’água IGAM foram adaptados para o MDTde 5 m considerando as nascentes


compiladas pela Hidrovia. A classificação mantém o abordado por Hidrovia seguindo ainda
os seguintes critérios: 1) Perene a jusante de todas as nascentes cadastradas e inferidas; 2)
Intermitentes a montante de nascentes cadastradas, em que se verificou ausência de
caminhamentos a montante dessas nascentes e presença de talvegues florestados; 3)
Efêmeros nos locais onde foram identificadas com áreas de campo rupestre sobre a canga,
delimitados por sensoriamento remoto no processo de mapeamento do uso e cobertura do
solo.

Para as áreas sem levantamento de campo os cursos d’água foram classificados pela
Amplo Engenharia como perenes, alocando-se pontos de nascentes nas extremidades das
drenagens constantes das bases governamentais oficiais (IGAM, 2015). A situação ocorreu
em trechos nos quais não há ainda acordo com os proprietários dos direitos superficiais,
predominantemente em trechos como a margem esquerda do ribeirão do Prata, trechos da
bacia do Juca Vieira, trechos da bacia do córrego Maria Casimira e na bacia do córrego
Caeté.

Na Tabela 6-93 encontra-se apresentado o resultado final desta compilação, mantendo-se


as respectivas fontes. A distribuição destes pontos está mostrada na Figura 6-54.

Na AEL e ADA foi obtido um total de 164 nascentes cadastradas e 111 nascentes alocadas
na extremidade da base de dados do IGAM corrigida para o MDT com detalhamento de 5
metros.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 289


Tabela 6-93: Cadastramento de nascentes – Projeto Apolo Umidade Natural. Compilação Hidrovia (2021). Coordenadas no Datum SIRGAS 2000 (UTM), Zona 23S.

Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade


Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
985 APA Sul - CPRM - 635042,38 7783615,88 1086,68 - 3,89 - - 22,00 - -
987 APA Sul - CPRM - 635184,38 7784520,88 1012,16 - 0,00 - - - - -
990* APA Sul - CPRM - 635245,38 7782224,87 1211,55 - 0,00 - - - - -
991 APA Sul - CPRM - 635357,38 7785431,88 976,78 - 2,78 - - 59,00 - -
992* APA Sul - CPRM - 635454,38 7782257,87 1403,34 - 0,00 - - - - -
993 APA Sul - CPRM - 635593,38 7783065,88 1225,97 - 4,17 - - 39,00 - -
1000 APA Sul - CPRM - 636197,38 7786598,88 1010,97 - 0,00 - - - - -
1024 APA Sul - CPRM - 638490,38 7782009,87 1371,79 - 0,00 - - - - -
1025 APA Sul - CPRM - 638542,38 7781403,87 1280,03 - 0,00 - - - - -
1026* APA Sul - CPRM - 638705,38 7783598,88 1346,48 - 1,28 - - 32,00 - -
1028 APA Sul - CPRM - 638905,38 7783949,88 1350,58 - 0,00 - - - - -
1031* APA Sul - CPRM - 639055,38 7781338,87 1350,23 - 0,94 - - 158,00 - -
1043* APA Sul - CPRM - 639955,39 7787704,88 1293,03 - 2,28 - - 11,00 - -
1045 APA Sul - CPRM - 639997,39 7785357,88 1295,40 - 4,61 - - 19,00 - -
1046 APA Sul - CPRM - 640069,39 7787623,88 1213,21 - 0,00 - - - - -
1050 APA Sul - CPRM - 640462,39 7784708,88 1256,67 - 0,00 - - - - -
1052* APA Sul - CPRM - 640737,39 7785133,88 1210,30 - 0,00 - - - - -
1056 APA Sul - CPRM - 641005,39 7785585,88 1244,12 - 0,00 - - - - -
1058 APA Sul - CPRM - 641206,39 7787543,88 1103,53 - 0,00 - - - - -
1059 APA Sul - CPRM - 641264,39 7787543,88 1104,71 - 2,94 - - 111,00 - -
MQ-02* Multigeo, 2006 - 638248,38 7786029,88 1374,96 - 0,83 - - - - 307
MQ-100 Multigeo, 2006 - 639563,39 7782383,87 1266,24 Carbonático 0,08 - - - - 232
MQ-101 Multigeo, 2006 - 639494,38 7782253,87 1285,00 Carbonático 0,25 - - - - 258
MQ-102* Multigeo, 2006 - 639394,38 7782191,87 1317,81 Carbonático 0,07 - - - - 217
MQ-103* Multigeo, 2006 - 639473,38 7782020,87 1316,12 Carbonático 0,03 - - - - 242
MQ-104 Multigeo, 2006 - 638361,38 7781553,87 1317,39 Carbonático/Poroso 0,13 - - - - 230
MQ-105* Multigeo, 2006 - 638177,38 7781662,87 1334,56 Carbonático/Poroso 0,17 - - - - 304
MQ-106* Multigeo, 2006 - 638985,38 7781405,87 1320,24 Carbonático 2,00 - - - - 210
MQ-107* Multigeo, 2006 - 638601,38 7781996,87 1383,98 Carbonático 1,11 - - - - 338
MQ-112 Multigeo, 2006 - 638206,38 7781282,87 1303,32 Itabirítico/Poroso 1,20 - - - - 374
MQ-113 Multigeo, 2006 - 638149,38 7781271,87 1317,69 Itabirítico/Poroso 0,50 - - - - 383
MQ-114* Multigeo, 2006 - 637883,38 7781141,87 1333,43 Itabirítico 1,17 - - - - 394
MQ-117 Multigeo, 2006 - 639987,39 7783370,88 1229,32 Carbonático 0,33 - - - - 357
MQ-119 Multigeo, 2006 - 636294,38 7784208,88 1141,06 Nova Lima 0,33 - - - - 296
MQ-120 Multigeo, 2006 - 636161,38 7785579,88 1072,42 Nova Lima 0,05 - - - - 319
MQ-121 Multigeo, 2006 - 636536,38 7783172,88 1347,26 Cauê/Batatal 1,00 - - - - 365
MQ-122 Multigeo, 2006 - 636396,38 7783004,88 1342,83 Cauê/Batatal 2,50 - - - - 372
MQ-123 Multigeo, 2006 - 636515,38 7782987,88 1317,93 Cauê/Batatal 2,00 - - - - 370
MQ-124* Multigeo, 2006 - 636577,38 7782940,88 1347,14 Cauê 1,00 - - - - 367
MQ-125* Multigeo, 2006 - 636605,38 7782843,87 1340,48 Cauê 20,00 - - - - 358
MQ-130 Multigeo, 2006 - 637079,38 7784945,88 1174,54 Xistoso 4,17 - - - - 201
MQ-131 Multigeo, 2006 - 637352,38 7784499,88 1348,97 Moeda/batatal 2,00 - - - - 337
MQ-132* Multigeo, 2006 - 637608,38 7784956,88 1357,44 Moeda/batatal 0,13 - - - - 331
MQ-133* Multigeo, 2006 - 637613,38 7785028,88 1358,87 Moeda/batatal 0,07 - - - - 337
MQ-134 Multigeo, 2006 - 637383,38 7785075,88 1308,29 Moeda/batatal 0,50 - - - - 363
MQ-135 Multigeo, 2006 - 636727,38 7785648,88 1171,05 Nova Lima 0,42 - - - - 306
MQ-17* Multigeo, 2006 - 638207,38 7785756,88 1415,83 Batatal 0,58 - - - - 304
MQ-20 Multigeo, 2006 - 638324,38 7785843,88 1412,25 Batatal 0,02 - - - - 332
MQ-22* Multigeo, 2006 - 638054,38 7787542,88 1130,97 Nova Lima 0,07 - - - - 45
MQ-25 Multigeo, 2006 - 637475,38 7787474,88 1064,65 Nova Lima 0,08 - - - - 215

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 290


Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade
Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
MQ-26* Multigeo, 2006 - 638755,38 7786704,88 1360,08 Nova Lima 0,03 - - - - 307
MQ-27* Multigeo, 2006 - 638703,38 7786787,88 1344,85 Nova Lima 0,07 - - - - 325
MQ-29 Multigeo, 2006 - 638795,38 7787059,88 1328,90 Nova Lima 0,00 - - - - 302
MQ-30 Multigeo, 2006 - 638905,38 7787334,88 1339,21 Nova Lima 0,01 - - - - 312
MQ-35 Multigeo, 2006 - 638513,38 7787329,88 1276,16 Nova Lima 1,67 - - - - 124
MQ-40 Multigeo, 2006 - 639905,39 7785974,88 1289,01 Quartzítico 0,58 - - - - 261
MQ-41* Multigeo, 2006 - 639106,38 7785189,88 1395,30 Itabirítico/Poroso 0,03 - - - - 302
MQ-42 Multigeo, 2006 - 639235,38 7785140,88 1386,67 Itabirítico 0,53 - - - - 287
MQ-43* Multigeo, 2006 - 639138,38 7785156,88 1388,91 Itabirítico 0,30 - - - - 289
MQ-44* Multigeo, 2006 - 639089,38 7785063,88 1402,85 Itabirítico 0,05 - - - - 143
MQ-46 Multigeo, 2006 - 639926,39 7785579,88 1308,51 Carbonático 0,08 - - - - 89
MQ-52 Multigeo, 2006 - 640753,39 7786473,88 1188,04 Carbonático 0,03 - - - - 279
MQ-53 Multigeo, 2006 - 641001,39 7786927,88 1212,65 Carbonático 0,01 - - - - 295
MQ-54 Multigeo, 2006 - 639819,39 7786775,88 1281,76 Itabirítico/Poroso 0,02 - - - - 295
MQ-55 Multigeo, 2006 - 639785,39 7786754,88 1313,88 Itabirítico/Poroso 0,02 - - - - 295
MQ-56 Multigeo, 2006 - 640055,39 7786554,88 1201,21 Itabirítico 0,01 - - - - 276
MQ-57* Multigeo, 2006 - 639850,39 7786418,88 1265,53 Itabirítico/Poroso 0,17 - - - - 276
MQ-58 Multigeo, 2006 - 639845,39 7786334,88 1267,75 Itabirítico/Poroso 0,13 - - - - 283
MQ-62 Multigeo, 2006 - 640539,39 7787027,88 1128,81 Itabirítico/Carbonático 1,67 - - - - 208
MQ-65* Multigeo, 2006 - 639965,39 7787704,88 1281,17 Itabirítico 8,33 - - - - 277
MQ-68* Multigeo, 2006 - 640002,39 7787228,88 1222,41 Itabirítico 2,50 - - - - 148
MQ-69 Multigeo, 2006 - 640870,39 7785866,88 1231,69 Carbonático 0,17 - - - - 257
MQ-70 Multigeo, 2006 - 641218,39 7785669,88 1203,88 Carbonático/Quartzítico 0,01 - - - - 284
MQ-71* Multigeo, 2006 - 640317,39 7784832,88 1278,90 Carbonático 2,50 - - - - 245
MQ-72* Multigeo, 2006 - 640738,39 7785117,88 1210,01 Carbonático 0,35 - - - - 245
MQ-73* Multigeo, 2006 - 640605,39 7785303,88 1224,63 Carbonático 0,25 - - - - 251
MQ-74* Multigeo, 2006 - 640646,39 7785281,88 1224,70 Carbonático 0,25 - - - - 258
MQ-75 Multigeo, 2006 - 637352,38 7785950,88 1214,52 Nova Lima 0,42 - - - - 301
MQ-77 Multigeo, 2006 - 639700,39 7784534,88 1367,22 Carbonático 0,33 - - - - 261
MQ-78 Multigeo, 2006 - 639316,38 7784159,88 1367,05 Carbonático 0,03 - - - - 217
MQ-79 Multigeo, 2006 - 639199,38 7784576,88 1388,31 Carbonático/Poroso 0,25 - - - - 223
MQ-80 Multigeo, 2006 - 639128,38 7784589,88 1406,57 Carbonático/Poroso 0,25 - - - - 225
MQ-84 Multigeo, 2006 - 639922,39 7782929,87 1250,19 Carbonático 0,10 - - - - 274
MQ-85* Multigeo, 2006 - 640456,39 7782431,87 1261,66 Carbonático/Quartzítico 0,67 - - - - 309
MQ-86 Multigeo, 2006 - 639690,39 7784032,88 1379,32 Carbonático 0,03 - - - - 246
MQ-87* Multigeo, 2006 - 639752,39 7784589,88 1364,18 Carbonático 0,03 - - - - 241
MQ-88 Multigeo, 2006 - 639880,39 7783872,88 1352,15 Carbonático 0,08 - - - - 196
MQ-89 Multigeo, 2006 - 639964,39 7783764,88 1322,18 Carbonático 0,07 - - - - 198
MQ-93* Multigeo, 2006 - 638807,38 7783433,88 1344,96 Carbonático/Poroso 0,83 - - - - 267
MQ-94 Multigeo, 2006 - 638838,38 7783569,88 1333,90 Carbonático/Poroso 0,17 - - - - 294
MQ-95* Multigeo, 2006 - 639087,38 7783164,88 1314,86 Carbonático 0,05 - - - - 291
MQ-96* Multigeo, 2006 - 639116,38 7783264,88 1306,46 Carbonático 0,08 - - - - 231
MQ-97 Multigeo, 2006 - 639768,39 7782724,87 1241,96 Carbonático 0,03 - - - - 255
MQ-98* Multigeo, 2006 - 639924,39 7782600,87 1222,30 Carbonático 0,25 - - - - 254
MQ-99 Multigeo, 2006 - 639665,39 7782552,87 1248,34 Carbonático 0,04 - - - - 225
NA002* MDGEO, 2007 - 640029,39 7787679,88 1234,95 - 4,00 - - 1,00 5,00 330
NA003 MDGEO, 2007 - 640024,39 7787623,88 1239,52 - 4,00 - 18,00 1,00 - 301
NA006* MDGEO, 2007 - 638619,38 7782031,87 1384,90 - 0,00 - - 55,00 - 222
NA008* MDGEO, 2007 - 638832,38 7783465,88 1325,36 - 50,00 - - 1,00 - 249
NA010* MDGEO, 2007 - 638825,38 7783455,88 1328,85 - 2,00 20,00 - 5,00 - 220
NA034* MDGEO, 2007 - 638072,38 7787583,88 1131,92 - 1,00 - - 4,00 - 81

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 291


Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade
Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
NA035* MDGEO, 2007 - 638055,38 7787564,88 1120,80 - 5,00 22,00 - 9,00 - 120
NA038 MDGEO, 2007 - 636842,38 7787378,88 1012,44 - 3,00 27,00 - 83,00 - 101
NA046* MDGEO, 2007 - 637627,38 7785090,88 1356,27 - 4,00 - - 4,00 - 297
NA047* MDGEO, 2007 - 637705,38 7785166,88 1373,95 - 2,00 - - - - 265
NA048* MDGEO, 2007 - 637577,38 7785001,88 1351,80 - 1,00 - - - - 219
NA049* MDGEO, 2007 - 637577,38 7785001,88 1351,80 - 3,00 - - 1,00 - 165
Na 01 MDGEO, 2008 - 638665,38 7789812,89 1165,00 Nova Lima 0,81 23,40 21,70 40,00 6,26 141
Na 02 MDGEO, 2008 - 637918,38 7789565,89 1224,51 Nova Lima 0,50 28,20 20,20 67,00 7,58 117
Na 03 MDGEO, 2008 - 638328,38 7790470,89 1095,33 Nova Lima 0,50 25,40 23,40 169,00 7,22 -4
Na 04 MDGEO, 2008 - 638352,38 7790433,89 1102,89 Nova Lima 1,00 25,20 20,90 47,00 6,65 97
Na 05 MDGEO, 2008 - 638489,38 7790426,89 1114,48 Nova Lima 0,25 25,40 21,10 63,00 8,36 94
Na 06 MDGEO, 2008 - 638635,38 7789854,89 1165,00 Nova Lima 0,25 27,00 23,40 65,00 6,91 4
Na 07 MDGEO, 2008 - 639072,39 7790465,89 1102,34 Nova Lima 1,00 24,30 21,40 86,00 7,07 3
Na 08 MDGEO, 2008 - 639295,39 7790559,89 1084,09 Nova Lima 0,25 24,30 20,60 58,00 6,80 73
Na 09 MDGEO, 2008 - 637739,38 7788297,88 1201,40 Nova Lima 0,50 22,50 19,20 40,00 6,77 58
Na 10 MDGEO, 2008 - 637510,38 7788481,88 1217,26 Nova Lima 0,25 22,90 18,80 29,00 6,52 80
Na 11 MDGEO, 2008 - 637575,38 7788722,89 1240,00 Nova Lima 0,11 18,70 17,80 60,00 8,09 88
Na 12 MDGEO, 2008 - 637568,38 7788732,89 1242,09 Nova Lima 0,25 19,00 18,50 11,00 6,94 114
Na 13 MDGEO, 2008 - 637481,38 7787604,88 1087,87 - 0,25 - - 159,00 - 70
Na 19 MDGEO, 2008 - 639999,39 7791452,89 1031,37 Nova Lima 0,50 25,60 21,30 138,00 8,10 82
Na 20 MDGEO, 2008 - 639343,39 7791757,89 1057,66 Nova Lima 0,25 28,30 22,80 98,00 7,77 61
Na 22 MDGEO, 2008 - 641126,39 7792531,89 1104,94 Nova Lima 0,50 23,10 21,70 55,00 7,68 26
Na 23 MDGEO, 2008 - 641641,39 7791601,89 1230,01 Nova Lima 1,00 21,70 18,60 20,00 6,37 72
Na 24 MDGEO, 2008 - 642138,39 7792110,89 1232,85 Nova Lima 0,50 22,40 17,90 10,00 5,91 174
Na 25 MDGEO, 2008 - 642129,39 7792138,89 1230,57 Nova Lima 0,25 20,50 18,00 30,00 6,45 71
Na 26 MDGEO, 2008 - 642158,39 7791786,89 1254,48 Nova Lima 1,00 20,00 18,40 9,00 7,44 121
Na 32 MDGEO, 2008 - 636165,38 7785611,88 1058,64 - 0,10 - - 80,00 - 91
APL - 01 Geoestrutural, 2010 - 638994,39 7789077,89 1154,16 - 13,50 - - - - -
APL - 02 Geoestrutural, 2010 - 639066,39 7789267,89 1153,47 - 19,90 - - - - -
APL - 03 Geoestrutural, 2010 - 638756,38 7789566,89 1164,92 - 0,40 - - - - -
APL - 04 Geoestrutural, 2010 - 639576,39 7788411,88 1314,24 - 2,50 - - - - -
APL - 05 Geoestrutural, 2010 - 639182,39 7788201,88 1304,29 - 2,10 - - - - -
APL - 06 Geoestrutural, 2010 - 638926,39 7788925,89 1190,79 - 4,50 - - - - -
APL - 07 Geoestrutural, 2010 - 638894,38 7788740,89 1176,00 - 1,90 - - - - -
APL - 08 Geoestrutural, 2010 - 638898,38 7788754,89 1174,95 - 5,00 - - - - -
APL - 09* Geoestrutural, 2010 - 638540,38 7788939,89 1227,02 - 0,42 - - - - -
APL - 10 Geoestrutural, 2010 - 639472,39 7789176,89 1204,98 - 3,20 - - - - -
APL - 11* Geoestrutural, 2010 - 638759,38 7788527,88 1197,99 - 2,20 - - - - -
APL - 13* Geoestrutural, 2010 - 638703,38 7788219,88 1265,39 - 0,30 - - - - -
APL- 12* Geoestrutural, 2010 - 638739,38 7788500,88 1204,64 - 2,20 - - - - -
AS08 MDGEO, 2011 31/08/2010 637518,38 7777042,86 1399,96 Nova Lima 0,50 18,60 15,50 7,00 5,40 278
AS09 MDGEO, 2011 31/08/2010 636904,38 7777037,86 1404,70 Nova Lima 1,00 21,70 17,50 7,00 5,46 252
AS100 MDGEO, 2011 19/10/2010 635809,38 7782652,87 1409,03 Moeda 1,00 20,80 18,90 9,00 5,80 238
AS101 MDGEO, 2011 19/10/2010 634738,38 7783521,88 1105,29 Nova Lima 0,20 23,10 18,80 11,00 5,65 270
AS102 MDGEO, 2011 20/10/2010 633487,37 7783401,88 1090,00 Nova Lima 0,10 20,80 17,10 20,00 6,76 178
AS103 MDGEO, 2011 20/10/2010 633978,38 7783698,88 1032,46 Nova Lima 0,50 24,60 19,70 37,00 6,19 84
AS11* MDGEO, 2011 01/09/2010 637378,38 7780204,87 1376,99 Cauê 0,50 23,00 16,90 7,00 5,15 300
AS12* MDGEO, 2011 01/09/2010 637581,38 7780099,87 1370,39 Cauê 0,50 20,50 17,60 6,00 5,20 280
AS13 MDGEO, 2011 01/09/2010 638518,38 7780180,87 1259,89 Cauê 0,50 20,80 17,10 9,00 6,20 260
AS14 MDGEO, 2011 01/09/2010 638478,38 7780332,87 1303,63 Cauê 2,00 18,30 17,20 6,00 5,20 285
AS16* MDGEO, 2011 02/09/2010 638565,38 7779767,87 1282,24 Cauê 0,20 18,50 16,50 5,00 5,80 290

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 292


Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade
Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
AS17* MDGEO, 2011 02/09/2010 638898,38 7779151,87 1235,78 Cauê 0,30 20,40 17,30 8,00 6,40 246
AS18* MDGEO, 2011 02/09/2010 638714,38 7779013,87 1258,61 Cauê 0,10 21,20 18,00 8,00 5,89 235
AS19 MDGEO, 2011 02/09/2010 638881,38 7778770,87 1221,60 Cauê 2,50 19,30 19,00 63,00 6,50 240
AS22 MDGEO, 2011 06/09/2010 639121,38 7778143,87 1202,53 Cauê 0,50 19,90 17,50 5,00 5,90 269
AS27 MDGEO, 2011 08/09/2010 635963,38 7778986,87 1350,57 Nova Lima 0,30 19,20 17,20 10,00 5,25 288
AS29 MDGEO, 2011 08/09/2010 636282,38 7778429,87 1356,12 Nova Lima 0,30 18,80 16,70 13,00 5,24 282
AS30* MDGEO, 2011 09/09/2010 636624,38 7778677,87 1432,56 Moeda 1,00 18,70 16,50 12,00 5,95 253
AS32* MDGEO, 2011 09/09/2010 636134,38 7779506,87 1445,19 Moeda 0,50 18,20 15,60 7,00 5,65 260
AS33* MDGEO, 2011 09/09/2010 636015,38 7779859,87 1457,47 Moeda 0,30 16,30 15,80 9,00 5,62 238
AS34 MDGEO, 2011 10/09/2010 636191,38 7777264,87 1403,42 Nova Lima 0,20 17,30 14,70 5,00 5,93 214
AS35 MDGEO, 2011 10/09/2010 636771,38 7777647,87 1427,15 Nova Lima 0,30 15,80 16,80 8,00 5,39 275
AS43 MDGEO, 2011 14/09/2010 635468,38 7780208,87 1261,71 Nova Lima 1,00 20,90 18,60 7,00 5,27 273
AS44 MDGEO, 2011 14/09/2010 635534,38 7780201,87 1274,96 Nova Lima 2,00 18,90 18,70 5,00 5,39 273
AS46* MDGEO, 2011 14/09/2010 635751,38 7780624,87 1356,42 Moeda 0,30 24,00 15,00 7,00 5,60 197
AS47 MDGEO, 2011 14/09/2010 635809,38 7780771,87 1405,89 Moeda 0,50 21,00 17,30 3,00 5,43 256
AS48 MDGEO, 2011 15/09/2010 639571,38 7777270,86 1182,89 Cauê 0,50 23,30 19,20 18,00 6,10 278
AS48 MDGEO, 2011 15/09/2010 639571,38 7777270,86 1182,89 Cauê 1,00 22,40 19,60 9,00 5,60 350
AS49 MDGEO, 2011 15/09/2010 639470,38 7777369,86 1184,00 Cauê 0,50 20,90 19,20 12,00 6,15 210
AS50 MDGEO, 2011 15/09/2010 639182,38 7777604,87 1233,92 Cauê 0,10 23,80 18,50 16,00 6,41 219
AS51* MDGEO, 2011 15/09/2010 638887,38 7777764,87 1263,65 Cauê 5,00 20,00 17,80 7,00 4,80 385
AS51* MDGEO, 2011 15/09/2010 638887,38 7777764,87 1263,65 Cauê 0,30 20,90 17,80 7,00 4,90 369
AS52 MDGEO, 2011 15/09/2010 638910,38 7777653,87 1290,03 Cauê 0,70 22,20 18,60 6,00 5,69 334
AS52 MDGEO, 2011 15/09/2010 638910,38 7777653,87 1290,03 Cauê 10,00 - - - 5,64 -
AS55 MDGEO, 2011 16/09/2010 639611,38 7777078,86 1188,58 Cauê 0,10 21,30 18,30 3,00 5,54 367
AS55 MDGEO, 2011 16/09/2010 639611,38 7777078,86 1188,58 Cauê 1,00 - - - 5,22 -
AS56 MDGEO, 2011 16/09/2010 639594,38 7776950,86 1206,16 Cauê 0,20 21,80 19,30 6,00 5,23 364
AS56 MDGEO, 2011 16/09/2010 639594,38 7776950,86 1206,16 Cauê 1,00 - - - 4,97 -
AS84 MDGEO, 2011 14/10/2010 634627,38 7780806,87 1195,06 Nova Lima 0,20 18,10 17,40 8,00 5,10 249
AS85* MDGEO, 2011 14/10/2010 635101,38 7780731,87 1233,62 Nova Lima 0,20 17,20 17,40 7,00 5,20 260
AS86* MDGEO, 2011 14/10/2010 635077,38 7781313,87 1230,96 Nova Lima 0,50 17,50 16,50 7,00 5,70 305
AS87 MDGEO, 2011 14/10/2010 634378,38 7781367,87 1188,69 Nova Lima 0,30 24,70 20,60 14,00 5,41 281
AS88* MDGEO, 2011 14/10/2010 635130,38 7782140,87 1195,97 Nova Lima 0,40 27,70 19,10 48,00 6,20 209
AS89* MDGEO, 2011 14/10/2010 635149,38 7782182,87 1191,82 Nova Lima 0,50 25,50 19,50 23,00 5,82 238
AS90* MDGEO, 2011 15/10/2010 634793,38 7782670,87 1147,75 Nova Lima 0,30 23,00 17,60 23,00 5,98 135
AS91 MDGEO, 2011 15/10/2010 634032,38 7782839,88 1115,30 Nova Lima 0,80 24,10 19,70 23,00 6,07 275
AS92 MDGEO, 2011 15/10/2010 634899,38 7783334,88 1096,20 Nova Lima 1,00 22,30 21,10 14,00 5,70 201
AS93* MDGEO, 2011 17/10/2010 635609,38 7781453,87 1427,96 Moeda 1,00 20,60 18,30 6,00 5,97 267
AS97 MDGEO, 2011 19/10/2010 635692,38 7783081,88 1214,96 Nova Lima 0,50 20,60 18,20 20,00 6,45 130
AS99 MDGEO, 2011 19/10/2010 635804,38 7782643,87 1415,89 Moeda 2,50 24,70 19,00 15,00 6,03 242
ASS3 MDGEO, 2011 15/09/2010 639241,38 7777440,86 1229,31 Cauê 0,20 23,40 18,70 14,00 6,02 -
APL-S-NA01 MDGEO, 2018 17/07/2018 638937,00 7787356,00 1352,41 Canga - - - - - -
APL-S-NA02 MDGEO, 2018 17/07/2018 638790,00 7786772,00 1365,62 Canga - - - - - -
APL-S-NA03 MDGEO, 2018 17/07/2018 638760,00 7786795,00 1349,57 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA04 MDGEO, 2018 18/07/2018 638274,00 7786065,00 1378,93 Canga - - - - - -
APL-S-NA05 MDGEO, 2018 18/07/2018 638237,00 7785806,00 1402,85 Batatal - - - - - -
APL-S-NA06 MDGEO, 2018 18/07/2018 637625,00 7784981,00 1358,67 Canga - - - - - -
APL-S-NA07* MDGEO, 2018 18/07/2018 637698,00 7785126,00 1364,01 Cauê - - - - - -
APL-S-NA08* MDGEO, 2018 18/07/2018 637603,00 7784355,00 1445,90 Batatal - - - - - -
APL-S-NA09 MDGEO, 2018 18/07/2018 639102,00 7784518,00 1387,09 Canga - - - - - -
APL-S-NA10 MDGEO, 2018 20/07/2018 636614,00 7778692,00 1424,60 Canga - - - - - -
APL-S-NA11 MDGEO, 2018 20/07/2018 635804,00 7777808,00 1344,27 Cauê - - - - - -

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 293


Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade
Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
APL-S-NA12 MDGEO, 2018 20/07/2018 635941,00 7777600,00 1356,67 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA13 MDGEO, 2018 20/07/2018 636319,00 7777309,00 1387,17 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA14 MDGEO, 2018 20/07/2018 635380,00 7777807,00 1336,55 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA15 MDGEO, 2018 20/07/2018 634978,00 7778379,00 1282,74 Cauê - - - - - -
APL-S-NA16 MDGEO, 2018 20/07/2018 634648,00 7778596,00 1319,41 Cauê - - - - - -
APL-S-NA17 MDGEO, 2018 20/07/2018 634549,00 7778703,00 1328,93 - - - - - - -
APL-S-NA18 MDGEO, 2018 20/07/2018 636835,00 7777693,00 1412,44 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA19 MDGEO, 2018 20/07/2018 636795,00 7777786,00 1422,33 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA20 MDGEO, 2018 25/07/2018 636909,00 7777030,00 1404,80 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA21* MDGEO, 2018 26/07/2018 638190,00 7781700,00 1320,39 Canga - - - - - -
APL-S-NA22 MDGEO, 2018 26/07/2018 638614,00 7781594,00 1304,40 Canga - - - - - -
APL-S-NA23 MDGEO, 2018 26/07/2018 637923,00 7781197,00 1326,50 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA24 MDGEO, 2018 30/07/2018 638918,00 7781358,00 1290,09 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA25 MDGEO, 2018 30/07/2018 639236,00 7779962,00 1203,05 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA26 MDGEO, 2018 31/07/2018 638422,00 7780200,00 1263,19 Canga - - - - - -
APL-S-NA27 MDGEO, 2018 31/07/2018 638467,00 7780186,00 1254,10 Canga - - - - - -
APL-S-NA28 MDGEO, 2018 01/08/2018 639064,00 7779798,00 1195,83 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA29 MDGEO, 2018 01/08/2018 639062,00 7779245,00 1183,49 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA30 MDGEO, 2018 01/08/2018 629012,00 7779348,00 0,00 Canga - - - - - -
APL-S-NA31 MDGEO, 2018 02/08/2018 639402,00 7779072,00 1159,57 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA32 MDGEO, 2018 06/08/2018 638858,00 7783464,00 1324,97 Canga - - - - - -
APL-S-NA33* MDGEO, 2018 06/08/2018 638607,00 7782020,00 1382,48 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA34 MDGEO, 2018 07/08/2018 639930,00 7785273,00 1304,22 Canga - - - - - -
APL-S-NA35 MDGEO, 2018 08/08/2018 638990,00 7777775,00 1253,96 Canga - - - - - -
APL-S-NA36 (MQ-71) MDGEO, 2018 08/08/2018 640345,00 7784778,00 1269,95 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA37 (MQ35) MDGEO, 2018 09/08/2018 638690,00 7787245,00 1294,07 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA38 (GD119)* MDGEO, 2018 09/08/2018 635144,00 7782231,00 1187,78 Batatal - - - - - -
APL-S-NA39 MDGEO, 2018 14/08/2018 634350,00 7782332,00 1097,97 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA40 MDGEO, 2018 16/08/2018 638770,00 7778976,00 1224,73 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA41 MDGEO, 2018 21/08/2018 636056,00 7779455,00 1361,34 Batatal - - - - - -
APL-S-NA42 MDGEO, 2018 22/08/2018 635782,00 7779869,00 1302,30 Batatal - - - - - -
APL-S-NA43 MDGEO, 2018 22/08/2018 635557,00 7780243,00 1265,68 Batatal - - - - - -
APL-S-NA44 MDGEO, 2018 22/08/2018 635712,00 7780648,00 1319,33 Batatal - - - - - -
APL-S-NA45 MDGEO, 2018 23/08/2018 634460,00 7779155,00 1293,94 Batatal - - - - - -
APL-S-NA46 MDGEO, 2018 04/09/2018 635105,00 7780737,00 1233,86 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA47 MDGEO, 2018 04/09/2018 635080,00 7781406,00 1195,54 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA48 MDGEO, 2018 05/08/2018 635617,00 7781478,00 1415,12 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA49 MDGEO, 2018 06/09/2018 634093,00 7791808,00 1052,92 Batatal - - - - - -
APL-S-NA50 MDGEO, 2018 11/09/2018 633739,00 7790318,00 982,07 Batatal - - - - - -
APL-S-NA51 MDGEO, 2018 12/09/2018 633971,00 7789787,00 895,84 Batatal - - - - - -
APL-S-NA52 MDGEO, 2018 12/09/2018 633850,00 7787447,00 974,13 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA53 MDGEO, 2018 13/09/2018 635200,00 7786353,00 980,60 Batatal - - - - - -
APL-S-NA54 MDGEO, 2018 13/09/2018 634887,00 7784419,00 1026,06 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA55 MDGEO, 2018 14/09/2018 633941,00 7786477,00 952,61 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA56 MDGEO, 2018 23/09/2018 639498,00 7782046,00 1301,58 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA57 MDGEO, 2018 23/09/2018 639460,00 7782194,00 1287,76 Itabirito - - - - - -
APL-S-NA58 MDGEO, 2018 23/09/2018 639586,00 7782411,00 1255,06 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA59 MDGEO, 2018 23/09/2018 639931,00 7782631,00 1220,00 Itabirito - - - - - -
APL-S-NA60 MDGEO, 2018 23/09/2018 640478,00 7782443,00 1258,14 Itabirito - - - - - -
APL-S-NA61 MDGEO, 2018 24/09/2018 639824,00 7786234,00 1282,41 Canga - - - - - -
APL-S-NA62 MDGEO, 2018 25/09/2018 640669,00 7788021,00 1110,78 Cauê - - - - - -

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 294


Data do Elevação Temperatura Temperatura da Condutividade
Código de Campo Fonte UTM E (m) UTM N (m) Unidade Geológica Vazão (L/s) pH Eh (mv)
Inventário (mNM) do Ar (ºC) Água (ºC) Elétrica (mS/cm)
APL-S-NA63 MDGEO, 2018 28/09/2018 640771,00 7780610,00 1251,61 Cercadinho - - - - - -
APL-S-NA64 MDGEO, 2018 29/09/2018 642526,00 7786792,00 1021,48 - - - - - - -
APL-S-NA65 MDGEO, 2018 27/09/2018 639904,00 7789025,00 1264,79 Nova Lima - - - - - -
APL-S-NA66 MDGEO, 2018 27/09/2018 640736,00 7785132,00 1210,26 Carbonático - - - - - -
APL-S-NA67 MDGEO, 2018 28/09/2018 639003,00 7782248,00 1451,86 - - - - - - -
APL-S-NA68 MDGEO, 2018 28/09/2018 641427,00 7783756,00 1159,84 Carbonático - - - - - -
PC_36 (AS14) MDGEO, 2018 08/10/2018 638857,00 7780592,00 1243,61 Nova Lima - - - - - -
PC_MQ130 MDGEO, 2018 09/08/2018 637498,00 7785036,00 1345,87 Carbonático - - - - - -
PC-01 MDGEO, 2018 17/09/2018 636802,00 7784197,00 1260,04 Carbonático - - - - - -
PC-02* MDGEO, 2018 17/09/2018 636613,00 7782756,00 1356,16 Nova Lima - - - - - -
PC-03 MDGEO, 2018 14/09/2018 636602,00 7787350,00 1000,00 Canga - - - - - -
PC-04 MDGEO, 2018 14/09/2018 636168,00 7787284,00 989,92 Canga - - - - - -
PC-05 MDGEO, 2018 14/09/2018 634932,00 7787964,00 906,58 Nova Lima - - - - - -
PC-06 MDGEO, 2018 14/09/2018 634408,00 7789317,00 860,19 Nova Lima - - - - - -
PC-07 MDGEO, 2018 14/09/2018 633541,00 7789265,00 862,65 Nova Lima - - - - - -
PC-08 MDGEO, 2018 14/09/2018 634045,00 7789225,00 878,51 Nova Lima - - - - - -
PC-09 MDGEO, 2018 14/09/2018 634348,00 7790992,00 949,08 Nova Lima - - - - - -
PC-10 MDGEO, 2018 14/09/2018 634514,00 7790612,00 913,24 Nova Lima - - - - - -
PC-11 MDGEO, 2018 14/09/2018 634593,00 7790531,00 920,01 Nova Lima - - - - - -
PC-12 MDGEO, 2018 14/09/2018 635632,00 7786155,00 969,62 Nova Lima - - - - - -
PC-13 MDGEO, 2018 14/09/2018 635664,00 7785639,00 975,87 Nova Lima - - - - - -
PC-14 MDGEO, 2018 14/09/2018 635378,00 7785345,00 976,08 Nova Lima - - - - - -
PC-15 MDGEO, 2018 14/09/2018 634120,00 7780267,00 1156,78 Nova Lima - - - - - -
PC-16 MDGEO, 2018 14/09/2018 634520,00 7779713,00 1182,00 Nova Lima - - - - - -
PC-17 MDGEO, 2018 14/09/2018 634025,00 7780302,00 1147,76 - - - - - - -
PC-18 MDGEO, 2018 14/09/2018 633898,00 7780335,00 1145,24 - - - - - - -
PC-19 MDGEO, 2018 18/09/2018 634589,00 7783409,00 1150,84 - - - - - - -
PC-20 MDGEO, 2018 18/09/2018 634853,00 7788600,00 905,00 - - - - - - -
PC-21 MDGEO, 2018 18/09/2018 635010,00 7788380,00 904,99 Nova Lima - - - - - -
PC-22 MDGEO, 2018 18/09/2018 635229,00 7787460,00 920,83 Nova Lima - - - - - -
PC-23 MDGEO, 2018 18/09/2018 635377,00 7787420,00 942,61 Nova Lima - - - - - -
PC-24 MDGEO, 2018 18/09/2018 635423,00 7787320,00 929,19 Nova Lima - - - - - -
PC-25 MDGEO, 2018 18/09/2018 636237,00 7787450,00 1002,72 Nova Lima - - - - - -
PC-26 MDGEO, 2018 18/09/2018 636563,00 7787450,00 998,82 Nova Lima - - - - - -
PC-27 MDGEO, 2018 18/09/2018 636858,00 7787340,00 1010,01 Nova Lima - - - - - -
PC-28 MDGEO, 2018 18/09/2018 635606,00 7787190,00 923,51 Nova Lima - - - - - -
PC-29 MDGEO, 2018 18/09/2018 635550,00 7786240,00 970,00 Nova Lima - - - - - -
PC-30 MDGEO, 2018 18/09/2018 634649,00 7785750,00 930,28 Nova Lima - - - - - -
PC-31 MDGEO, 2018 18/09/2018 634339,00 7785910,00 921,00 Nova Lima - - - - - -
PC-32 MDGEO, 2018 18/09/2018 634247,00 7785970,00 917,62 Nova Lima - - - - - -
PC-33 MDGEO, 2018 18/09/2018 634476,00 7786040,00 935,15 Nova Lima - - - - - -
PC-34 MDGEO, 2018 18/09/2018 634150,00 7786280,00 929,10 Nova Lima - - - - - -
PC-35 MDGEO, 2018 18/09/2018 639164,00 7780350,00 1263,66 Nova Lima - - - - - -
PC-37 MDGEO, 2018 26/09/2018 640150,00 7787158,00 1192,82 Carbonático - - - - - -
PC-38 MDGEO, 2018 27/09/2018 639897,00 7786489,00 1263,36 Cauê - - - - - -
PC-40 MDGEO, 2018 28/09/2018 639302,00 7778098,00 1162,48 - - - - - - -
PC-41 MDGEO, 2018 28/09/2018 641419,00 7785214,00 1158,38 Cauê - - - - - -
PC-42 MDGEO, 2018 28/09/2018 641505,00 7785196,00 1157,90 Carbonático - - - - - -
PC-43 MDGEO, 2018 28/09/2018 642287,00 7785092,00 1134,37 Carbonático - - - - - -
PC-44 MDGEO, 2018 28/09/2018 642489,00 7784671,00 1084,78 Cercadinho - - - - - -
PC-45 MDGEO, 2018 28/09/2018 641815,00 7784902,00 1137,91 Cercadinho - - - - - -
PC-46 MDGEO, 2018 28/09/2018 641480,00 7785006,00 1141,17 Carbonático - - - - - -

Nota: *Nascentes em talvegues secos registradas a montante dos cadastros Hidrovia (2017) e MDGEO (2018).
Fonte: MULTIGEO (2006), MDGEO (2007, 2008, 2011, 2018), GEOESTRUTURAL (2010), Beato et al. (2005) apud Hidrovia, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 295


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Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Cadastro de Nascentes (MDGEO;
2006; 2007; 2011 e 2018, HIDROVIA 2017, GEOESTRUTURAL, 2011 ), Nascentes Inferidas (AMPLO,editIGAM, 2020) e Área de Estudo (AMPLO, Título:
2020). Localização e Distribuição das Nascentes Cadastradas
1:100.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_nascentes_A3_v04
6.10.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

Em termos de dados representativos da AER do Projeto Apolo Umidade Natural na região


em estudo, para a sub-bacia hidrográfica do rio das Velhas (nº 41), a precipitação média
anual é da ordem de 1.417 mm, tomando-se como base a média dos valores dessa variável
registrados pela estação pluviométrica Caeté (01943010).

Em termos de dados representativos da AER do Projeto Apolo Umidade Natural na região


em estudo, para a sub-bacia hidrográfica do rio Doce (nº 56), a precipitação média anual é
da ordem de 1.927 mm, tomando-se como base a média dos valores dessa variável
registrados pela estação pluviométrica Colégio Caraça (02043059).

Ao se analisar os dados médios históricos de precipitação das estações pluviométricas


supracitadas, pode-se observar que os valores médios mensais registrados nessas
estações apresentam um comportamento muito semelhante, sendo identificado um período
chuvoso durante o trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro, que concentra mais de 55% da
precipitação média do ano. Os meses mais secos, quais sejam, Junho, Julho e Agosto,
concentram juntos menos de 3% da chuva anual.

Foram delimitadas quinze sub-bacias para a análise da AEL e ADA, sendo onze
pertencentes à sub-bacia hidrográfica do rio das Velhas e quatro pertencentes à sub-bacia
hidrográfica do rio Doce. Para a primeira sub-bacia hidrográfica, observa-se um rendimento
específico médio de longo termo igual a 18,60 l/s.km2, um rendimento específico máximo
(com 1.000 anos de recorrência) igual a 876,1 l/s.km2 e um rendimento específico mínimo
(com 7 dias de duração e 10 anos de recorrência) igual a 6,71 l/s.km2 e. Já para a segunda
sub-bacia hidrográfica, observa-se um rendimento específico médio de longo termo igual a
19,99 l/s.km2, um rendimento específico máximo (com 1.000 anos de recorrência) igual a
885,1 l/s.km2 e um rendimento específico mínimo (com 7 dias de duração e 10 anos de
recorrência) igual a 5,40 l/s.km2.

A Área de Estudo Regional definida está inserida na região hidrossedimentológica E6 –


Zona Mineira. Essa região hidrossedimentológica é caracterizada por relevo acentuado e
vegetação pouco densa. O comportamento hidrossedimentológico dos cursos d’água desta
região são complexos devido à variabilidade pronunciada da erodibilidade dos solos e da
erosividade das chuvas. A concentração média anual de sedimentos em suspensão é da
ordem de 315 mg/l e a produção específica de sedimentos em suspensão é da ordem de
250 t/km²/ano.

De posse dos 17 pontos do monitoramento quantitativo da vazão que vem sendo realizado
no território (MDGEO/Vale), com informações de medições de vazões suficientes para
determinação do comportamento médio mensal, foi possível verificar uma boa aderência
dos dados médio mensais dos Pontos de Monitoramento com as vazões médias mensais
estações fluviométricas selecionadas para cada sub-bacia hidrográfica, exceto em algumas
comparações isoladas. Vale destacar que os dados locais são referentes a bacias com
pequena magnitude, o que, em média, indica maiores rendimentos específicos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 297


Em relação aos usos locais da água foi realizado o levantamento das outorgas de uso das
águas superficiais e subterrâneas com base nas portarias emitidas pelo Instituto Mineiro de
Gestão das Águas disponíveis na base cartográfica alocada no portal da Infraestrutura de
Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema),
atualizada no dia 29 de janeiro de 2021. A partir da verificação da inconsistência de parte
dos dados ofertados no âmbito do IDE-SISEMA, efetuou-se a comparação entre os
certificados e portarias disponíveis no portal da SEMAD com os dados citados
anteriormente, de modo a certificar sua validade e a adequada inserção espacial. Avaliou-se
ainda as outorgas e usos insignificantes e os dados de uso das águas para lazer nas
cachoeiras locais, por meio de dados de levantamento de campo.

O levantamento dos usos da água indicou a existência de cinco (5) outorgas vigentes de
direito de uso de água na área de estudo do Projeto Apolo Umidade Natural, todas do tipo
superficial (não foram verificadas outorgas de uso subterrâneo). Não foi observada a
ocorrência de outorgas na ADA. Três outorgas são destinadas ao abastecimento público,
efetuado pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Caeté, e, duas (2) outorgas
foram requisitadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais
- DER-MG, possuindo como finalidade a execução de transposição de corpo de água. Além
disso, por meio da verificação do banco de dados, observou-se a existência de quatro (4)
usos insignificantes, todos cujo solicitante é a Vale S.A., sendo dois (2) situados na ADA.

Existem também outras formas de uso dos recursos hídricos que são realizadas no local
sem que o ator tenha um certificado e/ou outorga. Em especial, destacam-se os usos
promovidos pelas pequenas propriedades, que possuem hortas e/ou criação de animais, e,
o uso vinculado ao lazer, principalmente associado a utilização de cachoeiras e corpos
hídricos para fins recreativos.

A análise do balanço hídrico das sub-bacias, através da razão entre a vazão de usos
consuntivos e vazão média de longo termo, indicou que todas as sub-bacias que compõem
a AEL e ADA estão em condições “excelentes”, exceto as sub-bacias do Ribeirão do Santo
Antônio e do Córrego do Jacu que estão em nível “confortável”.

6.11 HIDROGEOLOGIA

6.11.1 METODOLOGIA

Os recursos hídricos subterrâneos das áreas de estudo foram caracterizados a partir da


utilização do trabalho realizado pela SEMAD-CPRM no âmbito do Projeto APA Sul RMBH
(BEATO et al., 2005), este estudo foi somado ao diagnóstico geológico para dar origem aos
sistemas aquíferos que ocorrem na área do Projeto Apolo Umidade Natural. Para a definição
dos sistemas aquíferos adotou-se ainda como referência conceitual o trabalho de Souza
(1995) “Estudo de Disponibilidades Hídricas Subterrâneas no Estado de Minas Gerais”.
Segundo este autor, um sistema aquífero constitui um conjunto formado por uma ou mais
unidades litoestratigráficas que apresentam condutividade hidráulica, características
hidrodinâmicas, condições de recarga, circulação e descarga, e de qualidade das águas
relativamente semelhantes; e uma unidade aquífera representa a ocorrência de um ou dois

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 298


tipos predominantes e bem definidos de rocha portadora de água, associado a uma unidade
geológica específica.

As informações também foram obtidas a partir do conhecimento hidrogeológico que vem


sendo produzido para a região: inventário de pontos de água na área prevista para a
abertura da cava da Mina Apolo, trabalho contratado pela Vale e realizado pela empresa
Multigeo (RELTEC/MULTIGEO, 2006), do Modelo Hidrogeológico desenvolvido pela
empresa MDGeo (2009), dos Estudos Hidrogeológicos Básicos do Projeto Apolo Sul
também desenvolvido pela empresa MDGeo (2011), do Relatório de Levantamento e
Cadastramento de Nascentes da APA Juca Vieira da empresa Geoestrutural Consultoria e
Projetos (2010), do Modelo Hidrogeológico Numérico produzido pela empresa HGM (2011),
do relatório produzido pela Potamos/Hidrovia (2015) e pelo último modelo hidrogeológico
conceitual e numérico elaborado pela empresa Hidrovia em 2021.

O desenvolvimento do relatório hidrogeológico realizado pela Hidrovia em 2021, também


envolveu a integração de todas as informações referentes à hidrogeologia obtidas em
trabalhos anteriores (cadastramento de nascentes, monitoramentos de pluviometria,
piezometria e de vazões). Esse relatório encontra-se apresentado nos Anexos do Volume 2
(Estudo Hidrogeológico - ANEXO IX). Sabendo-se que o modelo abrange tanto um
modelamento da situação atual, quanto do cenário futuro, ou seja, considerando a emissão
da licença para o projeto, a fim de manter a coerência do modelo produzido, os itens que
tratam do modelamento da situação atual foram integralmente reproduzidos neste
diagnóstico de Hidrogeologia, bem como a questão do modelo hidrogeológico conceitual. As
considerações relevantes para o cenário futuro foram devidamente retratadas no capítulo de
Prognóstico.

6.11.2 RESULTADOS

6.11.2.1 SISTEMAS AQUÍFEROS

A caracterização dos aspectos hidrogeológicos buscou a determinação das condições


hídricas subterrâneas atuais, onde o nível freático possui uma flutuação natural e sazonal,
variando em função das oscilações climáticas locais. As unidades hidrogeológicas com suas
características geológicas e hidráulicas próprias são classificadas e tratadas de acordo com
os conceitos hidrogeológicos de aquífero, aquitardo, aquiclude e aquifugos.

Denomina-se aquífero aquele estrato ou formação geológica que permite a circulação de


água por seus poros e fraturas, de forma que o homem possa aproveitá-la em quantidades
economicamente viáveis para suprir suas necessidades (Custodio e Llamas, 1976). Vale
ressaltar que o conceito de aquífero está diretamente relacionado à necessidade local,
sendo que um aquífero considerado pobre em uma região pode ser considerado como um
aquífero razoável em outra.

O termo aquitardo faz referência a numerosas formações geológicas que, mesmo contendo
água em seu interior, a transmite muito lentamente (Custodio e Llamas, 1976). As
porosidades totais nestas unidades tendem a variar de alta a moderada, enquanto a
condutividade hidráulica é baixa se comparada aos valores encontrados em unidades
aquíferas. Os xistos do Grupo Nova Lima e os filitos da Formação Batatal podem se

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 299


comportar como um aquitardo desde que estes estejam fraturados, falhados ou apresentem
descontinuidades abertas.

Um aquiclude se define como aquela formação que mesmo contendo água em seu interior,
inclusive até a saturação, não a transmite, portanto não é possível a sua explotação
(Custodio e Llamas, 1976), ou seja, embora estas formações apresentem porosidade total
elevada, sua condutividade hidráulica apresenta valores muito baixos, próximos a zero.
Assim, podem-se encaixar nesta unidade os filitos da Formação Batatal, os xistos do Grupo
Nova Lima e as rochas básicas quando decompostas.

Os aquífugos não contêm água e, portanto, não a podem transmitir, ou seja, sua porosidade
total é muito próxima a zero assim como sua condutividade hidráulica. Sob esta
denominação incluem-se os dolomitos da Formação Gandarela, os xistos do Grupo Nova
Lima e as rochas básicas, quando se encontram maciças.

Na região é comum a ocorrência de formações metapelíticas com baixas permeabilidades e


de grande importância para a estruturação do arcabouço hidrogeológico. De modo prudente
foram consideradas como de comportamento aquitardo, mas podem, frequentemente,
assumir um comportamento de aquiclude.

6.11.2.1.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

A Tabela 6-94 apresenta os sistemas aquíferos associados às unidades geológicas


identificadas nas Áreas de Estudo do empreendimento. Vale ressaltar que as unidades se
relacionam às sequências metassedimentares com frequentes alternâncias de fácies dentro
de uma mesma formação, ocasionando extremas variações das propriedades
hidrodinâmicas.

Os sistemas aquíferos foram delimitados em superfície a partir dos mapeamentos


geológicos que caracterizaram e delimitaram os tipos litológicos predominantes, conforme
Figura 6-55.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 300


Tabela 6-94: Unidades Litoestratigráficas e Sistema Aquífero Associado na AER.
Unidade Geológica Simbologia Litologia Sistema Aquífero
Fanerozoico (Cenozoico)
Aluvião N34al Areia e cascalho.
COBERTURA DETRÍTICA E MANTO DE ALTERAÇÃO/ALUVIAL:
Fragmentos rolados, constituídos de matacões, calhaus e seixos Aquíferos granulares, descontínuos, livres em sedimentos
Colúvio N23co
de hematita em solo aluvial. inconsolidados aluvionares, de tálus, de enchimento de vales, ou em
Sedimento lacustre E23sl Argilito, arenito e linhito. formações lateríticas. Espessura saturada geralmente pequena e
níveis estáticos rasos (mediana 8m). Águas de boa qualidade com
Canga Eca Fragmentos de rocha cimentados por limonita. condutividade elétrica frequentemente baixas e pH mediano de 6,4.

ROCHAS INTRUSIVAS DE IDADE INCERTA

Pegmatito Peg Pegmatito e outras intrusões graníticas.


XISTOSO: Aquíferos fraturados, descontínuos, livres a confinados.
Diques Md Diques de diabásio.
Proterozoico (Paleoproterozoico)
SUPERGRUPO MINAS
GRUPO SABARÁ

XISTOSO: Aquíferos fraturados, descontínuos, livres a confinados


em metassedimentos. Possui espessura saturada bastante variável,
Clorita-sericita xisto, quartzito sericítico, quartzito feldspático e geralmente com águas de boa qualidade com condutividade
Indiviso PP2ms
metagrauvaca. elétricas frequentemente baixas e pH mediano de 6,9. Apresenta
riscos de drenagem ácida em rochas contendo sulfetos
disseminados.

GRUPO PIRACICABA

Quartzito ferruginoso, quartzito, grit, quartzo sericita xisto, filito,


Formação Cercadinho PP1mpc QUARTZITO CERCADINHO
sericita xisto, talco xisto e grafita xisto.

GRUPO ITABIRA

CARBONÁTICO: Aquíferos fraturados e cársticos, descontínuos,


livres e confinados em metassedimentos constituídos
Formação Gandarela PP1mig Dolomito, itabirito dolomítico, calcário e filito. Itabirito (it).
dominantemente de calcário e dolomito. Águas de boa qualidade
com condutividades elétricas frequentemente baixas e pH 6,1.

ITABIRÍTICO: Aquíferos fraturados e granulares, descontínuos,


Itabirito e itabirito dolomítico, com lentes de dolomito. Hematita
Formação Cauê PP1mic livres a confinados nos itabiritos. Águas de boa qualidade com
compacta e friável (h).
condutividades elétricas frequentemente baixas e pH 6,1.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 301


Unidade Geológica Simbologia Litologia Sistema Aquífero
GRUPO CARAÇA
AQUITARDO: Formações metassedimentares e unidades
geológicas de espessuras variadas e muito pouco permeáveis,
Filito sericítico, filito carbonoso, lente de quartzito fino e de
Formação Batatal PP1mcb porém cortadas por falhas e fraturas e níveis psamíticos
formação ferrífera.
interestratificados, e frequentemente assumem comportamento
aquiclude.
Quartzito cinza, grit e conglomerado, quartzo-sericita xisto com QUARTZÍTICO: Aquíferos fraturados, descontínuos, livres a
Formação Moeda PP1mcm lentes de filito intercaladas; quartzito filítico, quartzo-mica xisto e confinados. Águas de boa qualidade com condutividades elétricas
conglomerado. frequentemente baixas e pH 6,2.
Arqueano
Neoarqueano
SUPERGRUPO RIO DAS VELHAS
GRUPO MÁQUINÉ
Sericita xisto e sericita-quartzo xisto fino. Quartzito sericítico de
Formação Casa Forte
A4rmrp granulação média a grossa e grit; metaconglomeradopolimítico e
Unidade Capanema XISTOSO
A4rmcj quartzo-mica xisto subordinado. Estratificação gradacional e
Unidade Jaguara
cruzada acanalada e tangencial preservadas.
Quartzito sericítico fino e quartzo-sericita xisto com estratificação
Formação Palmital
A4rmrp cruzada de pequeno a médio porte; xisto carbonoso subordinado. QUARTZÍTICO
Unidade Rio das Pedras
Quartzito sericítico (qts).
GRUPO NOVA LIMA
Quartzo-carbonato-mica-clorita xisto, quartzo-mica xisto, filito
Unidade Córrego do Sítio A4rncs carbonoso; formação ferrífera subordinada. Formação ferrífera
(ff). Sericita-quartzo xisto (sq).
XISTOSO
Plagioclásio-clorita-mica-quartzo xisto, sericita-quartzo xisto,
Unidade Mindá A4mrnm quartzo-clorita-mica xisto; xisto carbonoso e formação ferrífera
subordinados.
Mesoarqueano
GRUPO NOVA LIMA
Metabasaltotoleiítico e komatiítico, formação ferrífera e
Unidade Morro Vermelho A3rnmv metachert; xisto epiclástico e metavulcânicafélsica subordinada. XISTOSO
Formação ferrífera (ff).
Metabasaltotoleiítico e komatiítico, metaperidotito e metatufo
FORMAÇÃO FERRÍFERA: Aquíferos fraturados, descontínuos,
Unidade Ouro Fino A3mrnof básico; metavulcânica ácida, metachert, formação ferrífera e xisto
livres a confinados em formações ferríferas bandadas.
carbonoso subordinado. Formação ferrífera (ff).
COMPLEXO CAETÉ
Gnaisse granítico e granodiorítico, granito foliado, biotita gnaisse,
Complexo Caeté A3ca GRANITO-GNÁISSICO
hornblenda gnaisse

Fonte: Silva et al., 2005 e Souza, 1995.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 302


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®
Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Hidrogeologia (adaptado doProjeto
APA Sul, 2005) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Mapa de Hidrogeologia da Área de Estudo Regional
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_hidrogeologia_regional_A3_v01
6.11.2.1.1.1 Sistema Aquífero Granito Gnáissico

O sistema ocorre na porção norte, normalmente considerado aquitardo ou aquiclude, mas a


depender da porosidade secundaria pode apresentar importante papel recarga.
Normalmente a rocha sã é coberta por espessos mantos de intemperismo, materializados
sob a forma de Latossolos.

De acordo como estudo de referência formam aquíferos descontínuos, do tipo fraturado, ou


fissural, em fraturas, diáclases, juntas e falhas conectadas hidraulicamente – importante
papel para a recarga – com as formações superficiais de intemperismo ou de sedimentos
alúvio-coluvionares. São aquíferos livres a semiconfinados pelas formações superficiais,
heterogêneos e anisotrópicos. A porosidade e a permeabilidade são secundárias,
resultantes dos esforços tectônicos e dos processos de meteorização.

6.11.2.1.1.2 Sistema Aquífero Xistoso

Ocupa a maior área e volume das unidades hidrogeológicas, sendo geralmente considerado
como aquitardo ou aquiclude, provavelmente devido à litofácies predominante ser pouco
permeável.

Prevalecem metapelitos e xistos intercalados por frequentes níveis quartzosos que exibem
uma porosidade efetiva resultante dos esforços tectônicos a que foram submetidos. Esta
porosidade formada por fraturas, juntas e falhas pode conferir características de aquíferos
do tipo fissural a estas litologias.

Forma um espesso pacote, acima de 4.000 metros nas rochas do Grupo Nova Lima, que se
encontra bastante intemperizado, frequentemente com dezenas de metros, formado em
rochas metassedimentares e metavulcanossedimentares do tipo greenstonebelt. Dentre a
diversidade litológica existente os principais tipos são: filitos, filitos grafitosos, xistos, xistos
metavulcânicos, mica xistos carbonáticos, talco xisto, esteatito, serpentinito e níveis de
quartzitos, formações ferríferas bandadas do tipo Algoma e metacherts. São litologias dos
Grupos Nova Lima (unidades Córrego do Sítio, Mindá e Morro Vermelho) e Maquiné
(unidades Capanema e Jaguara da Formação Casa Forte), pertencentes ao Supergrupo Rio
das Velhas. Também inclui os litotipo do Grupo Sabará (Indiviso), pertencente ao
Supergrupo Minas, e rochas intrusivas de idade incerta (Pegmatitos e Diques de diabásio).

Os níveis piezométricos geralmente são rasos em consequência da estruturação


morfológica desta unidade que ocupa as áreas deprimidas de relevo, cercadas por
elevações.

6.11.2.1.1.3 Sistema Aquífero Formação Ferrífera

São aquíferos de ocorrência limitada que tem um comportamento hidrodinâmico próximo do


sistema aquífero Quartzítico e estão distribuídos como níveis interestratificados nas rochas
do Grupo Nova Lima com espessuras de até 100 metros, apresentando variações

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 304


faciológicas verticais e horizontais. Ocorrem nos intervalos altimétricos entre 800 e 1.100
metros.

São constituídos de metassedimentos químicos de formações ferríferas bandadas, com


quartzo recristalizado e micro e meso bandas de magnetita e sulfetos (pirita, arsenopirita,
pirrotita, e eventualmente galena, calcopirita e esfalerita). São mais frequentes na unidade
Ouro Fino do Grupo Nova Lima.

Formam aquíferos descontínuos, do tipo fraturado, ou fissural, em fraturas, diáclases, juntas


e falhas. São anisotrópicos, heterogêneos e livres a confinados por níveis de metapelitos e
xistos pouco permeáveis. A porosidade e a permeabilidade são secundárias, resultantes dos
esforços tectônicos e parcialmente dos processos de dissolução nos níveis carbonáticos.

A lixiviação da sílica e do carbonato é pouco desenvolvida quando comparada com os


processos de intemperismo que atuaram nas formações ferríferas da Formação Cauê, onde
proporcionaram uma porosidade elevada. Diferenças litológicas podem explicar
parcialmente o baixo grau de desenvolvimento, mas acredita-se que a evolução estrutural
atuou de forma diferenciada e determinante, onde eventos tectônicos Cenozoicos, que
provocaram a reativação de falhas e fraturas, possam ter criado condições de porosidade
mais favoráveis para os processos de lixiviação nos itabiritos da Formação Cauê, além de
condições de gradiente hidráulico para a circulação das soluções.

A recarga se processa pela infiltração de águas pluviais nos horizontes superficiais


meteorizados conectados às fraturas. Também, recebe importantes aportes de água dos
sistemas aquíferos Xistoso e Quartzítico encaixantes e de cursos de água que cortam as
formações ferríferas.

O fluxo subterrâneo processa-se segundo as direções das principais estruturas de


fraturamento e de acamamento. Ressalta-se que as estruturas de acamamento estão
intensamente deformadas sem apresentar direções preferenciais.

A descarga natural se dá por nascentes de pequena vazão, situadas nos vales que cortam
os metassedimentos ou como recarga dos sistemas aquíferos Xistoso e Quartzítico, com os
quais está em contato.

Apesar dos poucos dados hidrodinâmicos e da sua restrita área de ocorrência, o potencial
demonstrado pelos poços tubulares e a elevada densidade de fraturamento em
afloramentos sugere uma boa capacidade de armazenamento. O comportamento rúptil da
formação, submetida às diversas fases de deformação, proporcionou porosidade e
permeabilidade suficientemente favoráveis para o armazenamento de água.

6.11.2.1.1.4 Sistema Aquífero Quartzítico

Está presente nas rochas metassedimentares onde predominam quartzitos, ainda que
contenham níveis interestratificados de filito, xisto ou dolomitos. São unidades geológicas de

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 305


diferentes idades e posições estratigráficas com grandes variações faciológicas que
acarretam alterações significativas nas propriedades hidrodinâmicas.

Ocorre de forma descontínua em corpos lineares com espessuras de até 1.000 metros e em
pequenas lentes ou corpos individualizados truncados por falhas. São rochas resistentes ao
intemperismo que configuram o relevo mais elevado da região com cotas altimétricas entre
800 e 2.070 metros, geralmente acima de 1.000 metros.

A litologia é constituída de quartzitos, quartzitos ferruginosos, quartzitos sericíticos,


metaconglomerados, metacherts e metagrauvacas, interestratificados, ou não, por filitos,
filitos xistosos, xistos e dolomitos. São litologias do Grupo Maquiné (unidade Rio das Pedras
da Formação Palmital), do Supergrupo Rio das Velhas, e Grupo Caraça (Formação Moeda),
pertencentes ao Supergrupo Minas. Geralmente são rochas maciças, mas que podem ser
friáveis. Nos platôs e base de encostas, podem estar recobertos por sedimentos alúvio-
coluvionares e de tálus.

Os aquíferos são descontínuos, do tipo fraturado, ou fissural, em fraturas, diáclases, juntas e


falhas, livres a confinados pelos metapelitos e xistos interestratificados de baixa
permeabilidade, anisotrópicos e heterogêneos. A porosidade e permeabilidade são
secundárias, resultantes dos esforços tectônicos.

A recarga principal é pela infiltração de águas pluviais nos horizontes silte-arenosos,


produtos da meteorização das rochas, conectadas aos fraturamentos das rochas sãs.
Sedimentos alúvio-coluvionares são comuns e também contribuem para a recarga profunda,
podendo haver ainda aportes dos cursos de água que cortam os quartzitos fraturados.
Entretanto, a morfologia acidentada não favorece a infiltração, mas o escoamento superficial
das águas pluviais.

A circulação de água subterrânea ocorre segundo as principais direções de fraturamento e,


também, ao longo das camadas confinadas por estratos pouco permeáveis. O fluxo tende
aos baixos topográficos, onde se encontram os cursos de água perenes que drenam o
sistema.

Os exutórios naturais são nascentes de contato com os estratos pouco permeáveis dos
metapelitos e xistos, ao longo dos vales. Localmente as vazões são aumentadas pelas
restituições de aquíferos suspensos, formados de material alúvio-coluvionar e de tálus,
bastante influenciadas pela presença de matas ciliares. O desmatamento da vegetação ciliar
pode comprometer as vazões pelo rebaixamento dos níveis de água ocasionado pela
diminuição da infiltração das águas pluviais e erosão das cabeceiras que aprofunda o leito
das drenagens.

6.11.2.1.1.5 Sistema Aquífero Itabirítico

É o principal sistema aquífero do empreendimento na AER, AEL e ADA e do Quadrilátero


Ferrífero. Trata-se de um sistema bastante complexo e controverso pelas particularidades
geológicas que vêm sendo progressivamente identificadas e quantificadas nos últimos anos
com os estudos hidrogeológicos nas cavas das minas de ferro.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 306


O arcabouço litológico constitui parte do relevo elevado da área, nas cotas altimétricas entre
1200 e 1600 metros, devido aos corpos de itabiritos silicosos compactos serem resistentes
ao intemperismo e, também às espessas camadas de canga que parcialmente o recobre,
proporcionando escarpas fortemente íngremes. A espessura é muito variável podendo
atingir 1000 metros.

As rochas predominantes são Formações Ferríferas Bandadas (FFB), fácies óxidos, do tipo
Lago Superior. As FFBs são constituídas de itabiritos dolomíticos e silicosos, e corpos de
hematita compacta e friável. São formadas de mesobandas de hematita e quartzo
recristalizado, dolomita e, localmente, dolomita ferrosa ou ankerita (Raposo, 1996). As
litologias estão recobertas por material laterítico, cangas e colúvios de canga. É formado,
principalmente, nas rochas da Formação Cauê do Grupo Itabira, pertencente ao Supergrupo
Minas.

Juntamente com os dolomitos da Formação Gandarela, estratigraficamente sobreposta,


forma uma sequência metassedimentar química com a qual apresenta contato transicional
que pode atingir centenas de metros. Sendo assim, também pode ocorrer como lentes ou
níveis dentro da Formação Gandarela (SILVA et al., 2005). Encontra-se limitado na base,
por contato gradacional, pelos filitos muito pouco permeáveis da Formação Batatal.

Formam aquíferos do tipo fraturado e/ou granular, fortemente anisotrópicos e heterogêneos,


condicionados pelo fraturamento e dissolução química do carbonato e quartzo que
proporcionam permeabilidades e porosidades secundárias. São aquíferos livres a
confinados pela estruturação geológico-estratigráfica. A conformação estratigráfica e os
eventos tectônicos de dobramentos, falhamentos transcorrentes e de empurrão,
proporcionaram condições de confinamento, como atestado pela existência de poços
jorrantes em outras localidades do Quadrilátero Ferrífero (SILVA et al.,1994). A
profundidade dos níveis piezométricos pode variar de surgência a 190 metros.

A recarga se dá pela infiltração de águas pluviais diretamente sobre os espessos horizontes


intemperizados, sendo mais eficiente quando recoberto por coberturas lateríticas de elevada
porosidade. Localmente, a depender da estruturação tectônica e do grau de carstificação,
pode receber aportes do sistema aquífero Carbonático da Formação Gandarela,
estratigraficamente sobreposto.

Os fluxos subterrâneos têm direções preferenciais segundo as principais direções de fratura,


planos de estratificação e ao longo dos contatos com as barreiras impermeáveis como
diques e base confinante. Nas zonas de contato com os diques são frequentemente
encontrados corpos de hematitas friáveis com porosidade granular.

A descarga natural ocorre de forma pontual ou através de um conjunto de nascentes


próximas, constituindo zonas de afloramento que não chegam a formar brejos ou lagoas
efluentes pelo relevo acidentado. Os exutórios naturais de maior expressão ocorrem como
nascentes no contato com rochas pouco permeáveis, geralmente os filitos da Formação
Batatal.

Os parâmetros hidrodinâmicos do sistema aquífero Itabirítico são conhecidos,


principalmente, devido às atividades das mineradoras que necessitam rebaixar o nível de

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 307


água nas minas para a continuidade do processo de extração do minério. Segundo Silva et
al. (1994), os dados disponíveis referem-se em sua maioria às formações ferríferas. Estes
autores relatam valores discrepantes para as transmissividades, variando entre 50 m²/dia e
500 m²/dia, e coeficientes de armazenamento que refletem a presença de aquíferos livres,
com valores de até 0,15 e de aquíferos confinados, com um mínimo de 10-6. Os dados estão
relacionados na Tabela 6-95 a partir de ensaios de bombeamento em poços tubulares
profundos perfurados em diversas minas no Quadrilátero Ferrífero.

Tabela 6-95: Valores de Transmissividade e Coeficientes de Armazenamento em Minerações


no Quadrilátero Ferrífero.
Transmissividade Coeficiente de
Poços (m²/dia) Armazenamento
Empresa Mina
Ensaiados
Mínima Máxima Mínimo Máximo
CVRD Cauê 7 50 780 3x10-4 6,5x10-2
CVRD Chacrinha 2 85 610 1x10-3 2,5x10-2
Dois
CVRD 2 150 380 2,1x10-5 2,8x10-2
Córregos
CVRD Conceição 8 90 560 9x10-4 8,7x10-2
MBR Águas Claras 15 50 700 1x10-4 1,5x10-1
MBR Mutuca 4 500 1500 1x10-1 1,5x10-1
MBR Pico 2 100 600 5x10-2 1,5x10-1
SAMARCO Germano 2 60 200 1,7x10-6 1,5x10-3
Mannesman Pau Branco 1 150 450 1x10-4 1x10-2
Casa de
CSN 7 400 1300 1,7x10-2 1,2x10-1
Pedra

Fonte: Silva et al., 1994.

Os valores dos coeficientes de armazenamento da Tabela 6-95 sugerem que a maioria dos
aquíferos é do tipo livre, conforme citado por Silva et al. (1994). Porém, as condições
geológicas, estruturais e hidrogeológicas permitem o confinamento e o semiconfinamento de
algumas porções destes.

6.11.2.1.1.6 Sistema Aquífero Carbonático

É um sistema com aquíferos de importância localizada e estratigraficamente encontra-se


sobreposto ao sistema aquífero Itabirítico, constituído de itabiritos da Formação Cauê,
através de contato gradacional onde a diminuição do teor de ferro marca a transição.
Quartzitos intercalados por filitos da Formação Cercadinho recobrem o sistema aquífero.

Predomina o calcário dolomítico (carbonato de magnésio e cálcio), cuja solubilidade menor


em relação ao do calcário calcítico (carbonato de cálcio) não favorece a existência de
importantes estruturas cársticas que permitam o armazenamento e a circulação de água
subterrânea.

A distribuição geográfica acompanha a do sistema Itabirítico. A espessura pode atingir até


1.000 metros na região do Gandarela, sendo 200 metros a espessura média (Dorr et al.,
1959; apud Silva et al., 2005). Posiciona-se topograficamente abaixo das rochas itabiríticas

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 308


entre as cotas 1000 e 1500, sendo que nas cotas mais elevadas, comumente, está
recoberto por espessas camadas de canga muito resistentes ao intemperismo.

Está presente em dolomitos, mármores e zonas manganesíferas, principalmente da


Formação Gandarela, pertencente ao Grupo Itabira do Supergrupo Minas. Também são
encontrados como níveis ou lentes na Formação Cercadinho e Cauê. As rochas encontram-
se bastante meteorizadas, com espessos mantos de intemperismo. Localmente, podem
estar recobertas por sedimentos alúvio-coluvionares Terciários e espessas camadas de
canga e colúvios de canga.

Formam aquíferos descontínuos, dos tipos fraturados em falhas, fraturas, diáclases e juntas,
e cársticos como resultado da dissolução dos carbonatos nas zonas de fraqueza do
dolomito. São aquíferos livres a confinados pelos regolitos argilosos, produtos da
meteorização da rocha, fortemente anisotrópicos e heterogêneos. A porosidade e
permeabilidade são secundárias, condicionadas pelo tectonismo e dissolução do carbonato.

A recarga principal é pela infiltração de águas pluviais nos horizontes superficiais


meteorizados e feições cársticas no relevo, sobretudo dolinas e fraturas de dissolução.
Localmente, parte da recarga poderá proceder dos sistemas aquíferos Itabirítico, Quartzito
Cercadinho e Granular.

O primeiro, Itabirítico, tem sua área de ocorrência topograficamente mais elevada e quando
conectado por fraturas e/ou condutos de dissolução poderá drenar volumes importantes.

O segundo, Quartzito Cercadinho, está posicionado estratigraficamente acima, e também


poderá exercer um fluxo vertical através de fraturas penetrativas conjugadas.

O sistema Granular poderá exercer recarga quando recobre esta unidade com sedimentos
alúvio-coluvionares antigos ou formações superficiais lateríticas (cangas e
colúviosdecanga), como ocorre nas regiões das sinclinais Moeda e Gandarela.

O fluxo subterrâneo preferencial é nas direções de fraturamento e/ou carstificação, e a


circulação também pode ocorrer segundo os planos de estratificação. As condicionantes
locais para o desenvolvimento de condutos cársticos ainda são pouco conhecidas. A
descarga ocorre de forma pontual em nascentes ou na forma de recarga em outros sistemas
aquíferos.

6.11.2.1.1.7 Sistema Aquífero Quartzito Cercadinho

É um desdobramento do sistema quartzítico com a particularidade de as rochas


apresentarem espessos níveis de quartzito cinzento intercalados por níveis de filito prateado
típicos da Formação Cercadinho.

Limita-se na base com o sistema Carbonático constituído de dolomitos da Formação


Gandarela, por contato discordante erosivo, e está confinado no topo pelos filitos da
Formação Fecho do Funil.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 309


Os aquíferos estão em rochas metassedimentares clásticas da Formação Cercadinho, do
Grupo Piracicaba, pertencentes ao Supergrupo Minas. São constituídos de quartzitos,
quartzitos ferruginosos, dolomitos e conglomerado basal, intercalados por filitos prateados.
Os níveis de quartzitos têm espessuras de alguns centímetros a muitos metros.
Frequentemente está recoberto por material intemperizado e, localmente, por sedimentos
alúvio-coluvionares, principalmente ao longo dos cursos de água.

São aquíferos descontínuos, do tipo fraturado, ou fissural, fortemente anisotrópico e


heterogêneo. Em grande parte encontram-se confinado pelos filitos interestratificados e
filitos da Formação Fecho do Funil. A porosidade e permeabilidade são secundárias,
resultantes dos esforços tectônicos e do intemperismo.

A recarga se dá preferencialmente pela infiltração de águas pluviais, através do manto de


intemperismo silte-arenoso conectado com as fraturas. Sedimentos alúvio-coluvionares são
comuns e podem contribuir para a recarga profunda como, também, os cursos de água que
cortam os quartzitos fraturados.

A estruturação tectônica, com dobras, fraturas, falhas transcorrentes e de empurrão,


favorece a conexão hidráulica localizada com outros sistemas aquíferos, favorecendo tanto
a recarga como a descarga do sistema.

A circulação de água subterrânea se faz segundo as direções das principais estruturas de


fraturamento e de acamamento. Os exutórios naturais são nascentes de contato com os
níveis pouco permeáveis dos metapelitos, ao longo dos vales. Localmente as vazões podem
ser aumentadas pelos aquíferos suspensos, formados de material alúvio-coluvionar.

6.11.2.1.1.8 Sistema Aquífero Cobertura Detrítica e Manto de Alteração/Aluvial

Este sistema é composto por aquíferos granulares, ou porosos que armazenam água nos
interstícios dos grãos de sedimentos inconsolidados e de rochas intemperizadas. São
importantes pela acessibilidade dos usuários com pequenas demandas, pela recarga que
proporcionam aos sistemas aquíferos subjacentes e ainda para a manutenção de
ecossistemas ciliares.

Estão distribuídos por toda a área em formações superficiais recobrindo outras unidades
aquíferas. As principais áreas cartografadas estão nos platôs, caracterizadas por depósitos
de sedimentos coluvionares de idade Terciária.

Estão presentes em sedimentos inconsolidados ou formações lateríticas em ambientes


flúvio-lacustres, de depósitos de tálus, de enchimento de vales, aluvionares e de
meteorização superficial.

Formam aquíferos descontínuos, livres, fortemente heterogêneos e anisotrópicos. As


porosidades e permeabilidades são bastante variadas em razão da diversidade dos fatores
físico-químicos na formação dos sedimentos e meteorização das rochas. Podem apresentar
porosidade e permeabilidade muito boas, como nas coberturas lateríticas onde,
praticamente, toda a água precipitada infiltra. Por outro lado, em sedimentos ou solos

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 310


residuais com expressiva quantidade de fração argila a permeabilidade é baixa, dificultando
a infiltração e o escoamento subterrâneo.

Em razão da grande variação das características hidrogeológicas e do potencial aquífero


das unidades deste sistema, as unidades serão descritas separadamente, segundo as
denominações geológicas empregadas no mapeamento, sendo os depósitos aluviais
recentes (Qal), depósitos aluviais antigos (NQal, NQcg), depósitos coluviais (NQco) e elúvio-
coluviais (Enec, NQbx).

O sistema aquífero Depósitos aluviais recentes (Qal) são constituídos de areia, argila e
cascalho, encontrados ao longo dos principais cursos de água, e apresentam espessuras
variáveis, atingindo, no máximo, algumas poucas dezenas de metros. Os aquíferos são
descontínuos, livres, anisotrópicos e heterogêneos, com porosidades e permeabilidades
primárias maiores nos níveis arenosos e grosseiros. A recarga se dá pela precipitação
pluvial e, localmente, pelo aporte de água de cursos de água perenes e fluentes. Os fluxos
têm comportamento sazonal, sujeitos aos regimes fluviais onde os cursos de águas podem
alternar de influente a efluente a depender da estação climática.

O sistema aquífero Depósitos aluviais antigos (NQal, NQcg), são terraços fluviais, ou
depósitos aluviais antigos, que ocorrem em vários níveis topográficos e podem representar
sedimentos de idade Terciária e Quaternário (POMERENE, op. cit., 1964; APUD SILVA et
al., 2005). São terraços constituídos de argila, areia, cascalhos e hematita, parcialmente
laterizados. Os aquíferos são descontínuos, do tipo livre, anisotrópicos e heterogêneos, com
porosidade e permeabilidades primárias. A transmissividade é bastante variável em razão
dos fatores genéticos da sedimentação flúvio-lacustre. A recarga se dá principalmente pela
infiltração de águas pluviais. Os exutórios naturais podem ser nascentes, e principalmente
como recarga de aquíferos subjacentes, sobretudo dos sistemas Itabirítico e Carbonático.

O sistema aquífero Depósitos coluviais (NQco), ocupam vales e encostas formando


importantes aquíferos suspensos. Estão distribuídos nas encostas da Formação Cauê, no
Sinclinal Gandarela. São encontrados sobre os filitos e xistos do Grupo Nova Lima, itabiritos
da Formação Cauê e dolomitos da Formação Gandarela. São depósitos constituídos de
matacões, calhaus e seixos de hematita e de canga. Os aquíferos são descontínuos, do tipo
livre, anisotrópicos e heterogêneos, com porosidade e permeabilidades primárias. Os
exutórios naturais são nascentes de contato com estratos subjacentes pouco permeáveis.
Podem exercer recarga em aquíferos subjacentes, sobretudo os do sistema Carbonático
com os quais se encontra frequentemente sobreposto.

O sistema aquífero Depósitos elúvio-coluviais (Enec, NQbx), são encontrados em elevados


platôs, terraços e flancos de serras, recobrindo a Formação Cauê e áreas adjacentes ao
Sinclinal Gandarela. Ocupam grandes áreas com espessuras de 2 a 10 metros (Silva, op.
cit.). Também podem ocorrer interestratificados com sedimentos de idade Terciária e
Quaternária. Os depósitos são constituídos de cangas resultantes do processo de
laterização onde ocorre a remoção da sílica por lixiviação e enriquecimento dos solos e
rochas em ferro. São depósitos favorecidos pelo posicionamento topográfico com gradientes
hidráulicos suficientes para a lixiviação. Formam aquíferos descontínuos, livres e,
relativamente, isotrópicos e homogêneos. Apresentam porosidade e permeabilidade

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 311


secundárias, resultantes do processo de laterização. São bastante porosos e praticamente
toda a água precipitada infiltra, alimentando os aquíferos subjacentes. Em alguns locais,
onde o substrato está impermeabilizado, formam pequenas nascentes de comportamento
sazonal.

6.11.2.1.1.9 Aquitardo

A atual conformação do arcabouço hidrogeológico do Quadrilátero Ferrífero deve-se, em


parte, à presença de unidades geológicas pouco permeáveis que compartimentam e
confinam os sistemas aquíferos.

Unidades geológicas pouco permeáveis ocorrem por toda a região como formações, níveis
interestratificados, depósitos sedimentares Terciários ou Quaternários, ou corpos intrusivos
máficos.

As principais formações metassedimentares são as Formações Batatal e Barreiro


pertencentes ao Supergrupo Minas. A Formação Batatal pertence ao Grupo Caraça e,
segundo Silva et al. (2005), é constituída de filitossericíticos, filitosgrafitosos e, localmente,
contém quantidades significativas de clorita e material carbonático. No topo são encontradas
intercalações de metachert e delgadas lentes de hematita (itabiritos) e também encerra
lentes de quartzito. Os contatos com a Formação Cauê (aquíferos Itabiríticos), no topo, e
com os quartzitos da Formação Moeda, na base, são gradacionais relacionados às
mudanças no relevo das áreas fontes e ambiente de deposição.

Os filitos da Formação Batatal apresentam características de aquitardo e aquiclude. Amorim


et al. (1997) mencionam a baixa permeabilidade desta formação, classificando-a até como
aquífugos (unidade hidrogeológica que não armazena nem transmite água). A concepção
geral é de que esta camada forme uma barreira hidráulica separando fisicamente os
sistemas aquíferos Itabiríticos e Quartzíticos da Formação Moeda. A Formação Batatal
também exerce um importante papel ao confinar na base os aquíferos itabiríticos.

6.11.2.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL) E ÁREA DIRETAMENTE AFETADA


(ADA)

O arranjo hidrogeológico da Área de Estudo Local, apresentado na Figura 6-55, está


compartimentado com os mesmos sistemas aquíferos descritos para a Área de Estudo
Regional. Já na Área Diretamente Afetada foram identificados sete sistemas aquíferos
sendo eles: Granito-Gnaisse, Xistoso, Formação Ferrífera, Quartzítico, Itabirítico, Cobertura
Detrítica/Manto de Alteração e Aquitardo. A área da mina praticamente restringe-se ao
sistema aquífero itabirítico. Informações de detalhe sobre os aquíferos relacionados a área
da cava do projeto encontram-se apresentadas no item Modelo Hidrogeologico Conceitual
(Hidrovia, 2021).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 312


6.11.2.3 PIEZOMETRIA

O monitoramento piezométrico é realizado pela Vale na região de inserção do Projeto Apolo


Umidade Natural através de 20 piezômetros (Tabela 6-96 e Gráfico 6-102), cujo
monitoramento teve início em 2007, sendo mantido até os dias atuais. Os dados aqui
apresentados foram compilados por Hidrovia (2021).

Tabela 6-96: Piezômetros presentes na área do Projeto Apolo Umidade Natural. Datum:
SIRGAS 2000 (UTM) zona 23S.
Profundidade Profundidade
Nome UTM E UTM N Cota (m.s.n.m)
PZ (m) do furo (m)
PZMQ001 638470.95 7786099.44 1430.50 89.00 115.65
PZMQ015 637784.11 7783101.13 1560.30 186.00 186.40
PZMQ035 638730.85 7784885.73 1518.61 204.75 205.00
PZMQ037 638454.42 7785295.41 1602.50 200.00 255.50
PZMQ041 638696.23 7785795.00 1552.73 203.00 287.30
PZMQ049 638710.60 7786269.18 1510.34 53.00 190.85
PZMQ050 638540.06 7786371.90 1512.83 93.00 195.00
PZMQ053 637035.49 7782214.93 - 250.00 250.00
PZMQ058 636503.48 7781635.70 1619.71 180.00 211.30
PZMQ123 638183.47 7785018.23 1508.87 97.60 192.00
PZMQ134 637336.86 7783510.62 1551.69 155.90 -
PZMQ147 637651.34 7784151.43 1498.45 195.00 196.00
PZMQ148 637775.01 7784409.41 1470.50 112.00 135.15
PZMQ156 638109.08 7784952.58 1486.58 150.00 194.00
PZMQ166 638878.50 7784313.86 1410.34 150.00 180.15
PZMQ169 639272.11 7784273.36 1361.69 101.50 109.15
PZMQ180 638601.89 7785558.84 1613.15 251.00 292.50
PZMQ220 637226.93 7783274.94 1596.75 206.00 209.50
PZMQ235 637095.59 7782462.08 1570.35 230.00 255.70
PZMQ238 637995.85 7783230.73 1561.79 200.00 200.00

Fonte: Hidrovia, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 313


Gráfico 6-102: Gráficos de dados históricos de precipitação pluviométrica e cota de nível de água.
Fonte: Hidrovia, 2021, por meio de dados disponibilizados pela Vale em março de 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 314


De acordo com Hidrovia (2021) os instrumentos presentes na área estudada encontram-se,
em sua maioria, locados na Formação Cauê, com cotas dos níveis de água variando entre
as cotas 1350 e 1460 mNM (metros acima do nível do mar) e as profundidades do nível
d’água situam-se entre 46 m e 250 metros. O único instrumento que apresentou
profundidade do nível d´água fora desse intervalo foi o PZMQ169, cuja profundidade média
no nível d´água subterrâneo é de cerca de 1m, sendo que esse instrumento se situa bem
próximo a um talvegue de cabeceira do Córrego São João e também monitora a Fm.
Gandarela sobreposta por rochas máficas, o que pode indicar uma possível situação de
confinamento local. Desde o início, o monitoramento dos níveis d’água vem mostrando um
leve descenso, associado à diminuição das chuvas nos últimos anos. Os dados dos
instrumentos avaliados apontam uma variação do gradiente hidráulico de até 80 metros no
platô das formações ferríferas, podendo indicar a presença de compartimentação por diques
básicos ou por estruturas permeáveis localizadas, presentes na Formação Cauê.

Apesar de caracterizar somente o aquífero Cauê, os dados dos instrumentos avaliados


apontam os diferentes níveis de água que podem ter como causa a compartimentação por
diques básicos indicadas em estudos anteriores (MDGEO, 2009) ou por diferentes tipos
litológicos presentes dentro da própria Formação Cauê (eg. formações ferríferas
anfibolíticas, dolomíticas, silicosas, manganesífera, argilosas, etc.). Cabe ressaltar que HGM
(2011) sugere que os diques de rochas básicas discordantes apresentam descontinuidade,
e apesar de funcionar como barreiras hidráulicas, podem não isolar completamente os
compartimentos do aquífero Cauê e que tais diferenças de nível d’água podem ser fruto da
complexidade litológica dentro da Formação Cauê.

Para a análise geral dos dados de nível piezométrico, os piezômetros foram divididos em
três grupos de cotas de nível de água, conforme descrito na sequência.

Um dos grupos de piezômetros (PZMQ134, PZMQ148, PZMQ156, PZMQ220, PZMQ001,


PZMQ041, PZMQ050, PZMQ180) apresenta média de cotas piezométricas entre 1400 e
1430 m. Apesar de relativamente distantes um do outro, os instrumentos desse grupo estão
posicionados próximos ao contato com a Formação Batatal, a W do divisor topográfico que
define as duas bacias hidrográficas estaduais (rio das Velhas e rio Piracicaba).

Outro grupo de instrumentos (PZMQ123, PZMQ147, PZMQ035, PZMQ166, PZMQ169,


PZMQ015, PZMQ238, PZMQ053, PZMQ235) indica medidas médias variando entre 1360 e
1390 m e não parecem ter relação espacial entre eles.

Já os instrumentos PZMQ037, PZMQ049, PZMQ058 apresentam cotas bem mais altas que
os demais descritos, chegando entre 1450 e 1460 m.

Tomando por base estas descrições, é perceptível a presença dos diversos compartimentos
a que o Aquífero Cauê está submetido na área da futura cava do Projeto Apolo Umidade
Natural. Os vários comportamentos e níveis de água observados ilustram a grande
heterogeneidade em termos de circulação das águas subterrâneas na área de estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 315


6.11.2.4 MODELO HIDROGEOLÓGICO CONCEITUAL: CARGA E DESCARGA NA
REGIÃO DO PROJETO

As informações apresentadas a seguir são provenientes do estudo hidrogeológico elaborado


pela Hidrovia (2021), e foram aqui reproduzidas, também podendo ser consultadas nos
Anexos do Volume 2 (Estudo Hidrogeológico - ANEXO IX).

Na visão hidrogeológica generalizada, o Sinclinal Gandarela é constituído pelas formações


ferríferas da Unidade Cauê, principal unidade hidrogeológica do Quadrilátero Ferrífero,
envoltas externamente ao sinclinal pelos filitos Batatal, que quando contínuos são
considerados verdadeiros aquicludes – barreiras hidráulicas. Porém, em condição de
interseção com estruturas tectônicas penetrativas estes filitos podem assumir o papel de
aquitardes, permitindo alguma passagem de água para os quartzitos da unidade Moeda,
adjacente. Na faixa mais externa a estas unidades no sinclinal Gandarela estão presentes
as espessas unidades xistosas de média a baixa permeabilidade do Grupo Nova Lima, além
dos xistos e quartzitos do Grupo Maquiné. O núcleo deste sinclinal é constituído por rochas
das unidades Gandarela (dolomitos e itabiritos dolomíticos), Cercadinho (quartzitos) e
Sabará (xistos), de potencial aquífero inferior àquele percebido nas formações ferríferas,
mas também potencializado por estruturas tectônicas penetrativas conectadas a estas.

Considerando o caráter litológico predominante, o comportamento hidrodinâmico e os tipos


de permeabilidade (primária e secundária) reconhecidos a partir da variação litológica, foram
caracterizadas as diferentes unidades e sistemas hidrogeológicos representados pela
distribuição unitária ou conjunta de aquíferos e aquicludes, conforme a Tabela 6-97 a seguir,
destacando-se a relação notável com o diagnóstico detalhado apresentado anteriormente.

A seguir apresentam-se os conceitos relevantes sobre a infiltração e recarga, circulação e


descarga na área de estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 316


Tabela 6-97: Sistemas e unidades hidrogeológicas reconhecidas na área de estudo.
Intervalo dos Intervalo dos Intervalo dos
Sistema Unidade Valores Típicos Valores Típicos de Valores Típicos
Descrição
Hidrogeológico Hidrogeológica de Porosidade Condutividade de Recarga (% da
Efetiva, Sy (%) Hidráulica, Kxy (m/s) precipitação)
Aquífero em Os sistemas em coberturas sedimentares são relacionados aos depósitos aluvionares, coluvionares e de tálus, e às coberturas de cangas e lateritas. Apresentam
15 a 30% potencial hidrogeológico associado à espessura e continuidade lateral dos pacotes sedimentares. Em geral, constituem sistemas localizados, descontínuos, livres,
colúvio-elúvios
anisotrópicos e heterogêneos, com porosidades e permeabilidades primárias maiores nos níveis arenosos e grosseiros.
em Coberturas
2% a 50,0%* 1,0 x 10-06 a 5,0 x 10-04 Os depósitos aluvionares, coluvionares e de tálus, presentes nos fundos de vales e nas encostas, em geral, se mantêm protegidos da erosão pela presença de matas
Sedimentares Unidade em
Cangas e 20 a 50% de galeria, formando sistemas independentes onde a recarga ocorre por meio da precipitação direta, que se acumula nos sedimentos. Em função da natureza do perfil
Lateritas pouco espesso desse manto de alteração, a infiltração em maiores profundidades pode ser considerada insignificante, dada a natureza pouco permeável do assoalho
composto majoritariamente por xistos e dolomitos. Os depósitos de tálus e o material eluvionar, cuja permeabilidade e capacidade de armazenamento são mais
elevadas, favorecem a circulação subterrânea rasa e garantem a manutenção dos fluxos de base dos córregos formados nestes materiais
O sistema hidrogeológico em Formações Ferríferas é responsável pela maior parcela de circulação de água subterrânea na área de estudo. É formado por itabiritos
diversos (goethíticos, argilosos, dolomíticos, silocosos, etc) e corpos de hematitas. Tais litotipos ocorrem como rochas friáveis a compactas, constituindo um sistema
aquífero misto, com porosidade intergranular e fissural. Quando comparado às outras unidades hidrogeológicas, apresentam valores mais altos de porosidade efetiva,
Aquífero Cauê 20 a 50% de recarga e de condutividade hidráulica. As zonas de recarga estão associadas às porções com cotas topográficas mais elevadas, geralmente cobertas por cangas e
lateritas, e as principais zonas de descarga correspondentes às porções de contato com unidades menos permeáveis, marcando cabeceiras de drenagens perenes,
em Formações ainda que ocorram talvegues intermitentes em seus domínios.
2% a 50%* 1,0 x 10-07 a 1,0 x 10-04
Ferríferas
Aquífero Nova O gradiente de fluxo nesse aquífero tende a ser baixo, sendo as direções predominantes paralelas à direção das camadas ou foliações penetrativas, uma vez que as
Lima – formações ferríferas são circundadas por unidades menos permeáveis. Subordinadamente, o fluxo ocorre em sentido ao gradiente da topografia. Em determinadas
3 a 15% porções, estruturas geológicas ortogonais ao acamamento podem condicionar zonas de descarga importantes. Em outras circunstâncias, diques de rochas básicas
Formação
Ferrífera compartimentam esta zona aquífera, implicando em condições particulares de ocorrência de águas subterrâneas, como o surgimento de nascentes de elevada vazão,
muitas vezes não condizentes com a área de contribuição das bacias hidrográficas que as ensejam.
Aquífero O sistema hidrogeológico em quartzitos está vinculado a unidades geológicas onde predominam quartzitos, por vezes com níveis interestratificados de filito ou
Cercadinho dolomito. Os aquíferos são descontínuos, do tipo fissural, anisotrópicos e heterogêneos, podendo ser livres a confinados pelos metapelitos interestratificados. A
porosidade e permeabilidade são secundárias, resultantes dos esforços tectônicos e intemperismo.
em Rochas Aquífero Moeda
2,0% a 3,5%** 1,0 x 10-08 a 1,0 x 10-06 8 a 20% Apresentam-se como potencial aquífero por apresentarem consideráveis porosidade efetiva, condutividade hidráulica e capacidade de armazenamento. Isso se deve
Quartzíticas
ao fato de que a circulação e armazenamento de água nesse aquífero ocorrem, predominantemente, nas descontinuidades estruturais representadas por seus planos
Aquífero de fissuras e fraturas interconectadas, além de falhas presentes em nível local e regional. A recarga ocorre de forma direta, pela infiltração de águas de chuva. As
Maquiné direções de fluxo são predominantemente controladas por direções estruturais e pelo gradiente da topografia, e, subordinadamente, por contatos geológicos com
unidades menos permeáveis.
O aquífero carbonático é representado predominantemente por rochas calcárias dolomíticas. A solubilidade menor do calcário dolomítico em relação ao calcário
calcítico não favorece a existência de importantes estruturas cársticas que permitam o armazenamento e a circulação de água subterrânea. No entanto, apesar de
pouco frequentes, feições cársticas localizadas são observadas no Quadrilátero Ferrífero, como apontam Beato et al. (2004).
em Rochas Aquífero
1,5% a 2,5%* 1,0 x 10-08 a 1,0 x 10-06 12 a 25%
Carbonáticas Gandarela Em geral, as rochas dolomíticas formam aquíferos descontínuos, do tipo fissural, condicionados ao desenvolvimento de falhas, fraturas, diáclases e juntas. Podem
encontrar-se como aquífero livre a confinado pelos regolitos argilosos, produtos da alteração da rocha dolomítica, fortemente anisotrópicos e heterogêneos. A
porosidade e permeabilidade são secundárias, condicionadas pelo tectonismo e, por vezes, dissolução do carbonato. A recarga principal ocorre pela infiltração de
águas pluviais ou induzida lateralmente pelo contato com unidades mais produtivas, como as formações ferríferas, por exemplo.
Aquitarde Nova Este sistema é extremamente heterogêneo, formado por xistos de composição variada, intercalados com litotipos como metarenitos, metagrauvacas e formações
Lima ferríferas e apresenta porosidade fissural e baixo potencial hidrogeológico, evidenciado pela pouca produtividade de poços tubulares e por vazões menos expressivas
em Rochas em nascentes. A recarga é pluvial, pela infiltração nas formações superficiais conectadas às fraturas. A circulação ocorre nas principais direções de fraturamento e nas
1,0% a 2,5%** 1,0 x 10-08 a 1,0 x 10-07 3 a 12%
Xistosas Aquitarde direções dos acamamentos. O fluxo tende aos baixos topográficos onde cursos d’água perenes de baixa vazão drenam o sistema. Os exutórios naturais são
Sabará nascentes pontuais ou difusas ao longo dos vales com baixas vazões. A capacidade de armazenamento é baixa, mas suficiente para regularizar vazões consideráveis
em função de sua extensa faixa de ocorrência.
Os aquicludes em rochas metapelíticas reúnem as unidades geológicas de baixa permeabilidade que ocorrem em filitos, metapelitos, siltitos e argilitos. Estão
presentes como faixas estreitas interestratificadas ou intraformacionais com unidades de maior potencial hidrogeológico. Embora os argilominerais presentes nesta
em Rochas Aquiclude
0,50 a 0,75%** 1,0 x 10-10 a 5,0 x 10-08 2 a 5% unidade armazenem água, eles não são capazes de transmiti-la. Sua plasticidade origina fraturas fechadas. Exercem importante papel ao confinar unidades
Metapelíticas Batatal
produtoras de água, proporcionando saídas de expressivas vazões em contatos de cotas elevadas. Porém, podem se configurar em aquitardes em zonas de fraturas
ou de descontinuidades nas camadas.
As rochas intrusivas constituem importantes barreiras hidráulicas impermeáveis entre aquíferos do mesmo sistema e estão presentes, principalmente, nas sequências
metassedimentares. Os corpos intrusivos seccionam os sistemas aquíferos em diversas direções, compartimentando-os e alterando os fluxos subterrâneos. Este
em Rochas Aquiclude em comportamento é comumente identificado no Aquífero Cauê pelas atividades de rebaixamento dos níveis de água, onde são observadas alterações no comportamento
0,50 a 0,75% 5,0 x 10-10 a 5,0 x 10-09 2 a 5%
Metabásicas Metabásicas dos cones de rebaixamento e diferenças significativas de níveis piezométricos em pontos de observação próximos. Os corpos intrusivos de rochas básicas são
frequentes e por estarem comumente intemperizados, raramente são reconhecidos em superfície. São identificados nas escavações das minerações e através de
testes de aquífero.

Fonte: Hidrovia, 2021, tendo sido consultados * MOURÃO (2007); ** FETTER (1994), FREEZE & CHERRY (1979)

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 317


6.11.2.4.1 DINÂMICA DE CIRCULAÇÃO E INTERAÇÃO HÍDRICA (RECARGA E
DESCARGA)

A infiltração é o processo do ciclo hidrológico que permite a transferência da água de


superfície para a subsuperfície. A água que se move nos solos ou rochas e alcança a zona
saturada constitui a recarga. A recarga depende de fatores como clima, topografia, tipos de
solo, o arcabouço estrutural, a cobertura vegetal e as formas de uso e ocupação dos
terrenos.

A dinâmica de fluxo das águas subterrâneas no domínio de interesse local é influenciada


pelas características específicas de cada unidade hidrogeológica e pelos aspectos
morfológicos e estruturais, capazes de condicionar as direções dos fluxos subterrâneos.

A área de estudo, localizada na aba oeste do Sinclinal Gandarela, é constituída pelas


formações ferríferas da Formação Cauê, principal sistema hidrogeológico do Quadrilátero
Ferrífero, envoltas pelos filitos da Formação Batatal, a oeste, e pelos dolomitos e itabiritos
dolomíticos da Formação Gandarela, a leste. Os filitos, quando contínuos, são considerados
aquicludes e atuam como barreiras hidráulicas. Porém, em condição de interseção com
estruturas tectônicas penetrativas, estes filitos podem assumir o papel de aquitardes,
permitindo a passagem de água para os quartzitos da Formação Moeda, adjacente.

Nas porções mais rebaixadas do relevo estão presentes espessas unidades xistosas dos
grupos Nova Lima e Sabará, além dos quartzitos do Grupo Maquiné. e da Formação
Cercadinho, de potencial aquífero inferior àquele percebido nas formações ferríferas, mas
que pode ser potencializado nas regiões cutâneas pela presença de depósitos de
sedimentos não consolidados.

De acordo com o estudo hidrogeológico de referência (Hidrovia, 2021) a recarga


subterrânea ocorre principalmente pela infiltração pluviométrica direta, que alcança a zona
saturada, dada em maior proporção nas regiões de terrenos mais elevados, constituídos
predominantemente pela Formação Cauê e, subordinadamente, pelo aquífero Gandarela.
Os sedimentos não consolidados de cobertura possuem um papel importante na otimização
da recarga dos sistemas aquíferos, conforme já discutido na seção anterior.

Neste complexo cenário, a transmissão e o armazenamento de água subterrânea ocorrem


em maior magnitude no interior da unidade Cauê, principal aquífero da área, sendo a sua
manutenção garantida exclusivamente pela infiltração da precipitação, uma vez que está
situado na posição topográfica mais elevada e não recebe fluxo das unidades aquíferas
laterais.

Em geral, o aquífero Cauê apresenta exutórios de elevada vazão, algumas vezes


discordantes de sua capacidade de manutenção em termos de área de contribuição
hidrográfica, sugerindo a contribuição prevalecente de uma bacia hidrogeológica mais
abrangente, associada à presença de estruturas permeáveis capazes de conduzir grandes
volumes de água subterrânea. As águas exsudadas do aquífero Cauê são drenadas tanto
para o interior quanto para o exterior do sinclinal, mantendo, respectivamente, afluentes do

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 318


rio Piracicaba e do rio das Velhas. Em geral, tais nascentes localizam-se nas bordas do
Aquífero Cauê, próximas ao contato com as unidades Batatal e Gandarela.

Outras condições de fluxos favoráveis ocorrem em aquíferos controlados pelo grau de


fraturamento das rochas ou pela interposição de contatos litológicos, porém subordinadas,
como na Unidade Gandarela, descrita localmente como dolomitos e itabiritos dolomíticos,
além dos quartzitos das unidades Moeda, Cercadinho e Maquiné. Nas posições de contato
entre as unidades Cauê e Gandarela pode existir, ainda, o desenvolvimento dos processos
de dissolução em função do potencial de corrosão das águas infiltradas, tanto ao longo das
faixas paralelas aos contatos como em zonas de fraturas perpendiculares ou ortogonais
associadas aos dolomitos.

Para Hidrovia (2021) a análise do escoamento nos vertedouros monitorados, no entorno da


área planejada de Apolo, pelo Método de Análise Hidrogeodinâmica (MIHA), proposto por
Pessoa et al. (2018), mostra indícios da circulação subterrânea controlada por estruturas
que seccionam o Aquífero Cauê. Para tanto, a distribuição dos litotipos e suas potenciais
taxas de recarga foram ponderadas para as sub-bacias monitoradas e os valores medianos
de vazão registrados nos vertedouros, durante o período seco, foram transformados, por
meio da relação de suas áreas, em vazões específicas subterrâneas e convertidos em
unidade equivalente à recarga, conforme indicado na Tabela 6-98. Ressalta-se que as
análises (Hidrovia, 2021) foram realizadas por trechos, ou seja, foram delimitadas as áreas
das sub-bacias entre dois ou mais vertedouros, e as vazões monitoradas nos instrumentos a
montante foram descontadas, possibilitando o entendimento para cada trecho monitorado do
curso d’água.

As recargas calculadas pela Hidrovia (2021) nas bacias cujos valores apresentam-se muito
distintos dos valores conceituais esperados indicam fluxo lateral, entrada ou saída de água
subterrânea nas sub-bacias hidrográficas (Figura 6-56).

Conforme observa-se na Figura 6-56, Hidrovia (2021) considera que a circulação


subterrânea seria responsável pelo aumento do aporte de água para algumas cabeceiras
dos afluentes que contribuem para o ribeirão da Prata (VMQ-15/16, MV-01), na bacia do rio
das Velhas, e na cabeceira do córrego São João (VSE-10), na bacia do rio Piracicaba. E,
por outro lado, a redução das vazões nas cabeceiras do ribeirão Preto (VRP-19/20) e do
córrego Maria Casimira (VMC-05), na bacia do rio Piracicaba. Nestes locais, admite-se que
as bacias hidrográficas não correspondam ao contorno da bacia hidrogeológica, existindo
uma transferência de água inter-bacias.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 319


Tabela 6-98: Análises de vazões específicas das sub-bacias na área de estudo do estudo Hidrovia, 2021.
Vazão mediana
Intervalo de recarga Vazão específica (% de
Área do Área percentual do trecho no Vazão específica
Nome Vertedouros a montante Litologia ponderada – precipitação – 1443 Fluxo Lateral
Trecho (km²) Litologia (%) período seco (mm/ano)
conceitual mm/ano)
(m³/h)
Coberturas 23%
ALT-05 7,74 Travessia, MV-01 e MV-07 Gr Maquine - Quartzito 51% 8 - 21% 96,56 109,28 8% -
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 26%
Canga 5%
Coberturas 41%
Fm Batatal 2%
Fm Moeda 2%
Gr Maquine - Quartzito 0%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 1%
MV-01 2,57 MV-05 e MV-06 Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 10% 10 - 24% 168,12 573,27 40% Entrada
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 35%
Hematita Friável 1%
Itabirito Argiloso 0%
Itabirito Friável 2%
Itabirito Goethitico 1%
Itabirito Itabirito Compacto 1%
Coberturas 36%
MV-02 1,25 - Gr Maquine - Quartzito 1% 7 - 20% 23,42 163,73 12% -
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 63%
Canga 11%
Coberturas 30%
Fm Batatal 3%
Fm Moeda 3%
Gr Maquine - Quartzito 0%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 0%
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 2%
MV-03 4,13 - Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 37% 11 - 28% 66,80 141,62 10% -
Hematita Compacta 0%
Hematita Friável 2%
Itabirito Argiloso 2%
Itabirito Friável 4%
Itabirito Goethitico 1%
Itabirito Itabirito Compacto 0%
Laterita 4%
Coberturas 18%
MV-06 1,76 Gr Maquine - Quartzito 24% 6 - 19% 27,15 135,29 10% -
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 58%
Coberturas 42%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 1%
MV-07 4,21 VMQ-17 Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 28% 8 - 21% 87,38 182,00 13% -
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 28%
Coberturas 27%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 0%
MV-08 6,92 VCH-13 Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 44% 6 - 19% 98,43 124,53 9% -
Gr Nova Lima - Un Ouro Fino 6%
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 23%
Coberturas 20%
Fm Batatal 3%
Fm Moeda 5%
MV-10 1,06 - Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 47% 6 - 17% 6,45 53,30 4% -
Itabirito Friável 0%
Itabirito Itabirito Compacto 7%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 320


Vazão mediana
Intervalo de recarga Vazão específica (% de
Área do Área percentual do trecho no Vazão específica
Nome Vertedouros a montante Litologia ponderada – precipitação – 1443 Fluxo Lateral
Trecho (km²) Litologia (%) período seco (mm/ano)
conceitual mm/ano)
(m³/h)
Coberturas 19%
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 16%
MV-11 4,79 - Gr Nova Lima - Un Ouro Fino 56% 5 - 17% 40,70 74,46 5% -
Intrusivas 9%
Canga 2%
Coberturas 26%
Fm Batatal 2%
Fm Moeda 1%
Gr Maquine - Quartzito 52%
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 13%
TRAVESSIA 20,31 MV-2 e MV-3 Hematita Compacta 0% 10 - 23% 505,58 218,03 15% -
Hematita Friável 0%
Itabirito Argiloso 0%
Itabirito Friável 1%
Itabirito Goethitico 0%
Itabirito Itabirito Compacto 2%
Laterita 0%
Coberturas 38%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 1%
VCH-13 1,01 VCH-18 e VGT 14 Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 48% 7 - 21% 19,55 169,72 12% -
Gr Nova Lima - Un Ouro Fino 13%
Canga 11%
Coberturas 10%
Fm Batatal 15%
Fm Moeda 11%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 4%
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 30%
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 1%
VCH-18 1,64 - Hematita Compacta 0% 10 - 24% 25,43 135,75 10% -
Hematita Friável 4%
Intrusivas 2%
Itabirito Argiloso 3%
Itabirito Friável 4%
Itabirito Goethitico 2%
Itabirito Itabirito Compacto 2%
Laterita 1%
Canga 14%
Coberturas 14%
Fm Batatal 12%
Fm Moeda 11%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 2%
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 30%
VGT-14 1,89 - Hematita Friável 3% 11 - 26% 32,93 152,31 11% -
Intrusivas 1%
Itabirito Argiloso 1%
Itabirito Friável 6%
Itabirito Goethitico 0%
Itabirito Itabirito Compacto 6%
Coberturas 17%
Fm Batatal 8%
Fm Moeda 10%
VJV-21 2,04 - Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 5% 5 - 17% 20,60 88,50 6% -
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 58%
Gr Nova Lima - Un Ouro Fino 2%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 321


Vazão mediana
Intervalo de recarga Vazão específica (% de
Área do Área percentual do trecho no Vazão específica
Nome Vertedouros a montante Litologia ponderada – precipitação – 1443 Fluxo Lateral
Trecho (km²) Litologia (%) período seco (mm/ano)
conceitual mm/ano)
(m³/h)
Coberturas 28%
Fm Batatal 1%
Fm Moeda 3%
VJV-21A 1,63 - Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 2% 7 - 20% 40,01 214,65 15% -
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 61%
Itabirito Itabirito Compacto 4%
Canga 39%
Coberturas 28%
Fm Gandarela 1%
Hematita Friável 0%
VMC-01 0,65 - Intrusivas 1% 19 - 40% 30,78 416,10 29% -
Itabirito Argiloso 10%
Itabirito Friável 4%
Itabirito Goethitico 2%
Itabirito Itabirito Compacto 15%
Canga 19%
Coberturas 21%
Fm Batatal 0%
Fm Gandarela 26%
Hematita Friável 0%
VMC-05 3,99 VMC-01 Intrusivas 0% 17 - 35% 85,63 187,90 13% -
Itabirito Argiloso 5%
Itabirito Friável 5%
Itabirito Itabirito Compacto 23%
Laterita 0%
Coberturas 20%
VMG-01 3,76 - Fm Cercadinho 25% 11 - 26% 74,80 174,13 12% -
Fm Gandarela 55%
Canga 39%
Coberturas 21%
Fm Batatal 7%
Fm Moeda 1%
Hematita Compacta 0%
Hematita Friável 1%
VMQ-15/16 0,97 - Intrusivas 0% 18 - 39% 193,26 1752,54 123% Entrada
Itabirito Argiloso 9%
Itabirito Friável 4%
Itabirito Goethitico 3%
Itabirito Itabirito Compacto 11%
Laterita 4%
Canga 14%
Coberturas 33%
Fm Batatal 9%
Fm Moeda 4%
Gr Nova Lima - Fm Ferrifera 2%
Gr Nova Lima - Un Morro Vermelho 20%
Gr Nova Lima - Xisto Indiviso 0%
VMQ-17 4,29 VMQ-15/16 Hematita Compacta 0% 13 - 29% 150,18 306,38 22% -
Hematita Friável 4%
Itabirito Argiloso 5%
Itabirito Friável 2%
Itabirito Goethitico 3%
Itabirito Itabirito Compacto 1%
Laterita 0%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 322


Vazão mediana
Intervalo de recarga Vazão específica (% de
Área do Área percentual do trecho no Vazão específica
Nome Vertedouros a montante Litologia ponderada – precipitação – 1443 Fluxo Lateral
Trecho (km²) Litologia (%) período seco (mm/ano)
conceitual mm/ano)
(m³/h)
Canga 6%
Coberturas 35%
Fm Cercadinho 2%
Fm Gandarela 32%
Hematita Friável 0%
Itabirito Argiloso 2%
VRP-11 10,52 VRP-19/20 Itabirito Friável 0% 17 - 33% 1977,35 1647,32 116% Entrada
Itabirito Friável 13%
Itabirito Goethitico 0%
Itabirito Itabirito Compacto 0%
Itabirito Itabirito Compacto 11%
Laterita 0%
Canga 26%
Coberturas 31%
Fm Gandarela 14%
Hematita Friável 4%
Hematita Compacta 0%
VRP-19/20 4,27 - Itabirito Argiloso 3% 19 - 39% 40,05 82,11 6% Saída
Itabirito Friável 14%
Itabirito Goethitico 0%
Itabirito Itabirito Compacto 5%
Laterita 3%
Canga 24%
Coberturas 11%
Fm Gandarela 29%
Hematita Friável 7%
Intrusivas 0%
VSE-09 1,38 - Itabirito Argiloso 11% 19 - 39% 56,57 358,84 25% -
Itabirito Friável 10%
Itabirito Goethitico 2%
Itabirito Itabirito Compacto 0%
Laterita 6%
Canga 37%
Coberturas 0%
Fm Gandarela 8%
Hematita Compacta 0%
Hematita Friável 22%
VSE-10 1,06 VSE-09 Itabirito Argiloso 2% 23 - 47% 192,85 1590,74 112% Entrada
Itabirito Friável 18%
Itabirito Goethitico 1%
Itabirito Itabirito Compacto 1%
Laterita 11%
Canga 1%
Coberturas 26%
Fm Cercadinho 33%
Fm Gandarela 34%
VSE-10AB 12,94 VSE-10, VSE-11 Grupo Sabara 4% 11 - 26% 199,56 135,10 9% -
Hematita Friável 0%
Itabirito Friável 1%
Itabirito Itabirito Compacto 0%

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 323


Figura 6-56: Mapas de análises de fluxos laterais de água subterrânea entre sub-bacias hidrográficas.
Fonte: Hidrovia, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 324


6.11.2.4.2 ANÁLISE POTENCIOMÉTRICA

Para o entendimento das principais direções do fluxo da água subterrânea, dos seus
respectivos gradientes e variações sazonais, foi elaborado pela Hidrovia (2021) o mapa
potenciométrico local, referente ao monitoramento de fevereiro de 2021, conforme
apresentado na Figura 6-57 e na análise realizada pela empresa a seguir.

Ressalta-se que na área de estudo as oscilações sazonais de nível d’água são de pequena
magnitude, cerca de 2 metros, se comparadas à variação de cotas do nível d’água em toda
área de estudo, cerca de 630 m (variando entre as cotas 1453 e 822 mNM). Desta forma,
optou-se apenas pela elaboração do mapa potenciométrico do período chuvoso, sendo os
dados monitorados mais recentes.

Ressalta-se ainda que, para a elaboração do mapa potenciométrico, foram levados em


consideração os instrumentos de monitoramento de nível d’água apresentados
anteriormente, bem como as cotas altimétricas das nascentes cadastradas, descritas no
item cadastro de nascentes do EIA e as cotas dos talvegues perenes.

O divisor topográfico delineado pelo flanco noroeste do Sinclinal Gandarela, com elevadas
cotas altimétricas da Formação Cauê, delimita as bacias estaduais do rio Piracicaba e do rio
das Velhas. Os mergulhos dos flancos para o interior desta megaestrutura direcionam a
maior parte do fluxo de água infiltrada na Formação Cauê para a bacia do rio Piracicaba
(leste da área de estudo). Desta forma, ainda que a Formação Cauê esta esteja posicionada
na bacia hidrográfica do rio das Velhas, o maior volume de água subterrânea desta
formação é aportada para o interior do Sinclinal Gandarela. Em contrapartida, algumas
megaestruturas regionais que cortam ortogonalmente o flanco norte do Sinclinal Gandarela
possuem um papel importante no redirecionamento de parte do fluxo aportado no Sinclinal
em direção à bacia do Rio das Velhas (oeste da área de estudo), conforme observa-se na
Figura 6-57.

Em geral, os gradientes hidráulicos são suaves, inferiores a 10%. Porém, na vertente oeste
da serra do Gandarela, encontram-se mais íngremes, podendo atingir declividades de até
60% nos filitos da formação Batatal, região de menor permeabilidade hidráulica.

Dentro do sistema aquífero das formações ferríferas, a circulação de água subterrânea é


governada principalmente pela anisotropia dada pelo acamamento e foliação metamórfica,
que apresenta direção NE-SW, onde se localiza o Projeto Apolo Umidade Natural. Assim,
essa direção seria o principal eixo de permeabilidade e de circulação de água subterrânea
localmente. Observa-se também que o nível d’água nas formações ferríferas, em geral,
encontra-se em profundidades superiores a 150 metros nas porções mais elevadas da
serra.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 325


Figura 6-57: Mapa potenciométrico, topográfico e seção vertical.
Fonte: Hidrovia, 2021.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 326


6.11.2.4.3 RELAÇOES DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS

Na bacia do rio Piracicaba, a rede de drenagem é fortemente controlada pela estruturação


do Sinclinal Gandarela e por suas estruturas subordinadas. Toda a rede de drenagem se
direciona para o interior do sinclinal, para sua zona de charneira, para o rio Barão de Cocais
e córrego Maria Casimira, e para a zona de charneira de dobras menores próximas ao
fechamento da megaestrutura, como o ribeirão Preto.

Na porção da bacia do rio das Velhas, as drenagens se direcionam principalmente para N e


NW e estão condicionadas a estruturas de empurrão de direção N-S, a exemplo do ribeirão
da Prata, que acompanha uma falha dentro da Formação Palmital do Grupo Maquiné.
Drenagens como os córregos Cachoeira, Grota do Trovão e Maquiné drenam água da
Formação Cauê e de seu contato com a Formação Batatal do alto da Serra do Piancó no
flanco norte do sinclinal para a bacia do rio das Velhas. Nas porções perenes dos cursos
d´água admite-se, portanto, que estes sejam predominantemente efluentes, ou seja,
recebem contribuição das águas subterrâneas ao longo de todo o ano.

Ambas as porções se caracterizam por cursos d’água entalhados em fundos de vales, com
predominância de depósitos de tálus e sedimentos eluvionares conformados, em geral,
sobre rochas de baixa permeabilidade, como os xistos do grupo Nova Lima e os dolomitos
da formação Gandarela.

Os materiais sedimentares não consolidados se mantêm protegidos da erosão pela


presença de matas de galeria, formando sistemas independentes onde a recarga ocorre por
meio da precipitação direta, que se acumula nos sedimentos. Em função da natureza do
perfil pouco espesso desse manto de alteração, a infiltração em maiores profundidades
pode ser considerada insignificante, dada a natureza pouco permeável do assoalho. As
vazões dos cursos d’água entalhados nesse sistema caracterizam-se pela grande
variabilidade sazonal, com descargas mínimas muito variáveis, relacionadas diretamente às
incidências da precipitação anual.

Os depósitos de tálus e o material eluvionar, cuja permeabilidade e capacidade de


armazenamento são mais elevadas, favorecem a circulação subterrânea rasa e garantem a
manutenção dos fluxos de base dos córregos formados nestes materiais. Aplicando-se o
filtro recursivo de Eckhardt (2005) para a separação do escoamento superficial e
subterrâneo para a sub-bacia do ribeirão da Prata (vertedouro ALT-05), estima-se que cerca
de 70% do volume escoado pelo curso d’água seja proveniente do escoamento subterrâneo
(Gráfico 6-103).

Desta forma, ressalta-se a importância do sistema hidrogeológico em coberturas não


consolidadas presentes nos fundos dos vales, uma vez que a grande extensão desse
sistema produz volumes expressivos para manutenção das descargas de base dos cursos
d’água. Torna-se relevante, pois, melhor se caracterizar tal sistema, de modo a se avaliar o
nível de importância hidrogeológica relativa a cada bacia, em função de suas características
físicas e pedológicas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 327


Gráfico 6-103: Separação do escoamento subterrâneo e superficial para o ribeirão da Prata (ALT-05).
Fonte: Hidrovia, 2021.

Além dos cursos d’água, na área de estudo também ocorre uma lagoa natural, conhecida
por Lagoa do Metro, situada no Parque Nacional da Serra do Gandarela, de elevação
próxima a 1420 mNM e sobre a canga litificada.

As lagoas são importantes formas de interação entre as águas subterrâneas e superficiais,


pois podem funcionar como zonas de recargas, quando suspensas, ou como zonas de
descarga, quando conectadas ao aquífero.

Quanto à Lagoa do Metro, não se conhece a forma de interação exata. No entanto, ao


avaliar as informações do cadastro de nascentes, nota-se que as nascentes do entorno
estão em cotas inferiores a 1375 mNM. Sendo assim, é possível que a Lagoa do Metro seja
uma lagoa superficial, suspensa em relação ao aquífero, sustentada sobre as cangas.

6.11.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

As características hidrogeológicas dos aquíferos situados na Área de Estudo Regional foram


caracterizados a partir da utilização do trabalho realizado pela SEMAD-CPRM no âmbito do
Projeto APA Sul RMBH. A caracterização dos aspectos hidrogeológicos da Área de Estudo
Regional buscou a determinação das condições hídricas subterrâneas atuais, onde o nível
freático possui uma flutuação natural e sazonal. Identificaram-se os seguintes sistemas
aquíferos: Xistoso, Formação Ferrífera, Quartzítico, Itabirítico, Carbonático, Quartzito
Cercadinho, Cobertura Detrítica e Manto de Alteração/Aluvial e Aquitardo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 328


O arranjo hidrogeológico da Área de Estudo Local está compartimentado com os mesmos
sistemas aquíferos descritos para a Área de Estudo Regional. Já na Área Diretamente
Afetada foram identificados seis sistemas aquíferos, sendo eles: Xistoso, Formação
Ferrífera, Quartzítico, Itabirítico, Cobertura Detrítica/Manto de Alteração e Aquitardo. A área
da mina praticamente restringe-se ao sistema aquífero itabirítico. O modelo conceitual
estabelecido pela Hidrovia (2021) para a região da cava guarda relação com estes sistemas
definidos com base no Projeto APA Sul, uma vez que os trabalhos consideram a mesma
base geológica.

O monitoramento piezométrico é realizado pela Vale na região de inserção do Projeto Apolo


Umidade Natural através de 20 piezômetros de 2007 aos dias atuais. A maioria dos
piezômetros presentes na área estudada encontram-se locados na Formação Cauê. Para a
análise geral dos dados de nível piezométrico, os piezômetros foram divididos em três
grupos de cotas de nível de água, conforme descrito na sequência. Um dos grupos de
piezômetros (PZMQ134, PZMQ148, PZMQ156, PZMQ220, PZMQ001, PZMQ041,
PZMQ050, PZMQ180) apresenta média de cotas piezométricas entre 1400 e 1430 m.
Apesar de relativamente distantes um do outro, os instrumentos desse grupo estão
posicionados próximos ao contato com a Formação Batatal, a W do divisor topográfico que
define as duas bacias hidrográficas estaduais (rio das Velhas e rio Piracicaba). Outro grupo
de instrumentos (PZMQ123, PZMQ147, PZMQ035, PZMQ166, PZMQ169, PZMQ015,
PZMQ238, PZMQ053, PZMQ235) indica medidas médias variando entre 1360 e 1390 m e
não parecem ter relação espacial entre eles. Já os instrumentos PZMQ037, PZMQ049,
PZMQ058 apresentam cotas bem mais altas que os demais descritos, chegando entre 1450
e 1460 m.

Tomando por base estas descrições, é perceptível a presença dos diversos compartimentos
a que o Aquífero Cauê está submetido na área da futura cava do Projeto Apolo Umidade
Natural. Os vários comportamentos e níveis de água observados ilustram a grande
heterogeneidade em termos de circulação das águas subterrâneas na área de estudo.

Na bacia do rio Piracicaba, a rede de drenagem é fortemente controlada pela estruturação


do Sinclinal Gandarela e por suas estruturas subordinadas. Toda a rede de drenagem se
direciona para o interior do sinclinal, para sua zona de charneira, para o rio Barão de Cocais
e córrego Maria Casimira, e para a zona de charneira de dobras menores próximas ao
fechamento da megaestrutura, como o ribeirão Preto.

Na porção da bacia do rio das Velhas, as drenagens se direcionam principalmente para N e


NW e estão condicionadas a estruturas de empurrão de direção N-S, a exemplo do ribeirão
da Prata, que acompanha uma falha dentro da Formação Palmital do Grupo Maquiné.
Drenagens como os córregos Cachoeira, Grota do Trovão e Maquiné drenam água da
Formação Cauê e de seu contato com a Formação Batatal do alto da Serra do Piancó no
flanco norte do sinclinal para a bacia do rio das Velhas. Nas porções perenes dos cursos
d´água admite-se, portanto, que estes sejam predominantemente efluentes, ou seja,
recebem contribuição das águas subterrâneas ao longo de todo o ano.

Ambas as porções se caracterizam por cursos d’água entalhados em fundos de vales, com
predominância de depósitos de tálus e sedimentos eluvionares conformados, em geral,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 329


sobre rochas de baixa permeabilidade, como os xistos do grupo Nova Lima e os dolomitos
da formação Gandarela.

Os materiais sedimentares não consolidados se mantêm protegidos da erosão pela


presença de matas de galeria, formando sistemas independentes onde a recarga ocorre por
meio da precipitação direta, que se acumula nos sedimentos. Em função da natureza do
perfil pouco espesso desse manto de alteração, a infiltração em maiores profundidades
pode ser considerada insignificante, dada a natureza pouco permeável do assoalho. As
vazões dos cursos d’água entalhados nesse sistema caracterizam-se pela grande
variabilidade sazonal, com descargas mínimas muito variáveis, relacionadas diretamente às
incidências da precipitação anual.

De acordo com Hidrovia os depósitos de tálus e o material eluvionar, cuja permeabilidade e


capacidade de armazenamento são mais elevadas, favorecem a circulação subterrânea
rasa e garantem a manutenção dos fluxos de base dos córregos formados nestes materiais.
Aplicando-se o filtro recursivo de Eckhardt (2005) para a separação do escoamento
superficial e subterrâneo para a sub-bacia do ribeirão da Prata (vertedouro ALT-05), estima-
se que cerca de 70% do volume escoado pelo curso d’água seja proveniente do
escoamento subterrâneo. Desta forma, ressalta-se a importância do sistema hidrogeológico
em coberturas não consolidadas presentes nos fundos dos vales, uma vez que a grande
extensão desse sistema produz volumes expressivos para manutenção das descargas de
base dos cursos d’água. Torna-se relevante, pois, melhor se caracterizar tal sistema, de
modo a se avaliar o nível de importância hidrogeológica relativa a cada bacia, em função de
suas características físicas e pedológicas.

A descarga de águas subterrâneas, por sua vez, ocorre principalmente por nascentes que
alimentam os cursos de água provenientes tanto da bacia do rio das Velhas quanto da bacia
do rio Piracicaba. A ocorrência destas nascentes na formação ferrífera pode estar vinculada
a diques intrusivos ou mesmo diferenças litológicas e estruturais dentro da unidade e
tendem a ser numerosas. Em geral, tais nascentes localizam-se nas bordas do Aquífero
Cauê, próximas ao contato com as unidades Batatal e Gandarela.

Além dos cursos d’água, na área de estudo também ocorre uma lagoa natural, conhecida
por Lagoa do Metro, situada no Parque Nacional da Serra do Gandarela, de elevação
próxima a 1420 mNM e sobre a canga litificada. As lagoas são importantes formas de
interação entre as águas subterrâneas e superficiais, pois podem funcionar como zonas de
recargas, quando suspensas, ou como zonas de descarga, quando conectadas ao aquífero.
Quanto à Lagoa do Metro, não se conhece a forma de interação exata. No entanto, ao
avaliar as informações do cadastro de nascentes, Hidrovia (2021) nota que as nascentes do
entorno estão em cotas inferiores a 1375 mNM. Sendo assim, é possível que a Lagoa do
Metro seja uma lagoa superficial, suspensa em relação ao aquífero, sustentada sobre as
cangas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 330


6.12 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

6.12.1 METODOLOGIA

Os ecossistemas aquáticos interiores caracterizam-se pela sua complexidade e permanente


interação com os elementos que compõem as bacias hidrográficas nas quais estão inseridos
(TUNDISI & TUNDISI, 2008). As características físicas, químicas e bacteriológicas das
águas superficiais estão relacionadas aos aspectos naturais das bacias hidrográficas -
rochas, solos, relevo, vegetação e clima – e ao uso e ocupação do solo. A caracterização
dos aspectos físicos, químicos e bacteriológicos das águas superficiais possibilitam
identificar as condições atuais decorrentes dos diferentes usos nas bacias, dos cursos
hídricos que potencialmente poderão ser alterados pela implantação de futuras estruturas do
projeto.

Este relatório tem como objetivo diagnosticar a qualidade das águas superficiais atual, antes
da implantação do empreendimento, por meio dos resultados analíticos de parâmetros físico-
químicos dos cursos d’água inseridos na área em estudo.

6.12.1.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

Para a caracterização geral da qualidade das águas superficiais da área de estudo regional
foi realizado um levantamento de informações junto aos órgãos públicos Agência Nacional
de Águas (ANA) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais (CPRM).

6.12.1.1.1 REDE DE AMOSTRAGEM E PERÍODO DE AMOSTRAGEM

Na rede de monitoramento do IGAM os pontos mais próximos do Projeto Apolo Umidade


Natural localizam-se no ribeirão da Prata (ponto AV340), ribeirão Sabará (ponto BV076) e
córrego Cortesia (ponto BV041). Em relação ao Projeto APA Sul da CPRM os pontos de
monitoramento na área de inserção do projeto encontram-se no córrego Maquiné (FC067),
córrego Olhos d’Água (FC056A), ribeirão Preto (FC008A), córrego Mato Grosso (FC063) e
córrego Maria Casimira (FC005A). Foram utilizados os dados de monitoramentos mais
recentes, sendo do IGAM do ano de 2019 e do CPRM de 2005.

Na Tabela 6-99 e na Figura 6-58 são apresentados os pontos que compõem a rede de
amostragem e a localização.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 331


Tabela 6-99: Localização, descrição e coordenadas dos pontos de águas superficiais da área
de estudo regional.

Ponto de Coordenadas
Fonte Monitorame Corpo d'água Tipo
nto X UTM SIRGAS Y UTM SIRGAS
23s 23s
Ribeirão da Prata a montante do Rio das
IGAM AV340 Lótico 625557,1226 7791389,389
Velhas
Ribeirão Sabará próximo de sua foz no
IGAM BV076 Lótico 625620,3441 7800243,621
Rio das Velhas
Córrego Cortesia a montante de Rio
IGAM BV041 Lótico 626393,2728 7776772,94
Acima
CPRM FC-67 Córrego Maquiné Lótico 634723,5129 7785892,645

CPRM FC-56A Córrego Olhos d'água Lótico 634292,5145 7789637,632

CPRM FC-63 Córrego Mato Grosso Lótico 642688,6779 7784716,982

CPRM FC-05 Córrego Maria Casemira Lótico 643720,6441 7788224,007

CPRM FC-08 Ribeirão Preto (Rio Preto) Lótico 646204,7057 7778488,946

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 332


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®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Limite de Bacias (IGAM, 2010); Subbacias Hidrográficas
(AMPLO,2020), Outorgas (SEMAD/IGAM, 2020); ADA - Plano Diretor (VALE, 2021), Área de Estudo (AMPLO, 2020), Pontos Amostrais (IGAM, 2019, Título:
CPRM, 2005); Pontos de qualidade das águas superficiais para Diagnóstico Regional
1:100.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Projeção: Transverse Mercator Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MF_AmostQAgSupDiagAER_A3_v02
6.12.1.1.2 PARÂMETROS E ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS

Na Tabela 6-100 são apresentados os parâmetros analisados na rede de amostragem do


IGAM e na Tabela 6-101 estão listados os parâmetros analisados pelo CPRM.

Foi realizada uma análise dos dados secundários disponíveis nas proximidades do
empreendimento. Os resultados foram apresentados por meio de tabelas e informação
textual e índices IQA, CT e IET (disponíveis para dados do IGAM), os quais são
apresentados nos resultados.

Tabela 6-100: Parâmetros analisados nos pontos na rede de monitoramento do IGAM.

Parâmetros
Alcalinidade de bicarbonato Feoftina a
Alcalinidade total Ferro dissolvido
Alumínio dissolvido Ferro total
Arsênio Dissolvido Fósforo total
Arsênio total Magnésio total
Bário total Manganês total
Boro total Mercúrio total
Cádmio total Níquel total
Cálcio total Nitrato
Chumbo total Nitrito
Cianeto Livre Nitrogênio amoniacal total
Cloreto total Nitrogênio orgânico
Clorofila a Oxigênio dissolvido
Cobre dissolvido pH in loco
Coliformes totais Potássio dissolvido
Condutividade elétrica in loco Selênio total
Cor verdadeira Sódio dissolvido
Cromo total Sólidos dissolvidos totais
Demanda Bioquímica de Oxigênio Sólidos em suspensão totais
Demanda Química de Oxigênio Sólidos totais
Densidade de cianobactérias Substâncias tensoativas
Dureza de Cálcio Sulfato total
Dureza de magnésio Sulfeto
Dureza total Temperatura da água
Ensaio ecotoxicológico Temperatura do ar
Escherichia coli Turbidez
Fenóis totais Zinco total

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 334


Tabela 6-101: Parâmetros analisados nos pontos na rede do CPRM.

Parâmetros
Condutividade Magnésio
Temperatura Manganês
pH Molibdênio
Oxigênio Dissolvido Níquel
Alumínio Sílica
Arsênio Estrôncio
Boro Antimônio
Bário Zinco
Berílio Flúor
Cálcio Cloreto
Cobalto Nitrito
Cromo Brometo
Cobre Nitrato
Ferro solúvel Fosfato
Lítio Sulfato

6.12.1.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL)

Para diagnosticar a qualidade das águas dos corpos hídricos presentes na área de estudo
local do empreendimento foi realizada uma análise dos dados físico-químicos coletados nos
três últimos anos (2018 a 2020), no âmbito do monitoramento de qualidade das águas
superficiais realizado pela Vale. Para os pontos localizado em áreas onde atualmente não
há termo de acordo dos superficiários (pontos RL02 e RL03), na falta de campanhas mais
recentes, foram utilizados dados de 2015. Os documentos utilizados na elaboração do
diagnóstico estão relacionados abaixo.

▪ Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Projeto Apolo elaborado pela Amplo em 2018.
▪ MDGEO HIDROGEOLOGIA E MEIO AMBIENTE LTDA. QQP 10 - Relatório de
Avaliação dos Resultados do Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e
Subterrâneas – Campanhas de Amostragem do Período de Março a Outubro de
2018 – Relatório Técnico.
▪ MDGEO HIDROGEOLOGIA E MEIO AMBIENTE LTDA. Atividades de
Monitoramento Quantitativo Superficial e Subterrâneo. 2020.
▪ CRONO ENGENHARIA LTDA. Relatório Anual de Avaliação dos Resultados do
Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais 2019 – Relatório Técnico.
▪ Laudos físico-químicos do monitoramento de qualidade das águas superficiais
realizado em 2019 e 2020 executado pela equipe técnica da MDGEO.

A escolha de pontos, a frequência de amostragem e os parâmetros definidos visam atender


o objetivo de caracterizar e conhecer as características físico-químicas atuais das águas que
interceptam a área do projeto, antes da implantação do empreendimento, conforme será
apresentado detalhadamente nos itens a seguir.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 335


6.12.1.2.1 REDE DE AMOSTRAGEM E PERÍODO DE AMOSTRAGEM

Foram selecionados 26 pontos de amostragem na área de estudo do Projeto Apolo Umidade


Natural. Destes pontos, oito localizam-se na bacia do rio Piracicaba e 18 na bacia do rio das
Velhas.

Os pontos foram definidos de forma a compor uma rede representativa dos cursos de água
influenciados pelo Projeto Apolo Umidade Natural e também foram selecionados pontos sem
previsão de influência pelo empreendimento (MV10, Travessia-A, VVG-01), que poderão ser
utilizados como controle em monitoramentos futuros. As descrições, coordenadas e datas
de amostragens são apresentadas na Tabela 6-102.

O mapa apresentado na Figura 6-59 exibe os pontos de monitoramento indicando a classe


de enquadramento e as sub-bacias de inserção. Também são apresentados os pontos de
captação para abastecimento e de uso insignificante disponíveis nas bases oficiais, para
ampliar a compreensão do uso da água na região, mas ressalta-se que esse tema também
é tratado no item específico de uso das águas, bem como as outorgadas identificadas.

O mapa apresentado na Figura 6-60 apresenta os pontos de amostragens plotados sobre a


base de uso do solo, que contribui para o entendimento das possíveis pressões sofridas
pelos cursos hídricos em decorrência das condições atuais de preservação das áreas
avaliadas.

Na Figura 6-61 é apresentado um esquema de distribuição dos pontos de amostragem.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 336


Tabela 6-102: Pontos de Qualidade das Águas Superficiais.

Bacia Sub-bacia Rio Ponto Coordenada x Coordenada y Descrição Campanhas


Córrego Córrego Cortesia, sem interferência do Projeto. Avaliação de condições de abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, abr-19, mai-
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abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
VCH-13 637124 7787053 Córrego Cachoeira, a jusante do futuro Dique 2A
set-19, jul-20, set-20, nov-20
Córrego Cachoeira
abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
VCH-13-A 634420 7789352 Córrego Cachoeira, a montante da confluência com o córrego Olhos d’água
set-19, nov-19, jan-20, jul-20, nov-20
Córrego Gandarela próximo da confluência com o ribeirão da Prata, a jusante do
VGD-01 633144 7782151 abr-19
futuro Dique 3
Córrego Gandarela
VGD-01-A 634651 7781817 Córrego Gandarela a jusante do futuro Dique 3 ago-19, set-19, nov-19, jul-20, set-20, nov-20
abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
Córrego Maquiné VMQ-17 635668 7785120 Córrego Maquiné, a jusante do futuro Dique 1A
set-19, nov-19, jul-20, set-20, nov-20

Ribeirão abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, mar-19, mai-
VL-11 634480 7789474 Córrego Olhos d’Água, a montante da confluência com córrego da Cachoeira
da Prata Córrego Olhos 19, ago-19, set-19, nov-19, jan-20, jul-20, nov-20
d’Água VOD-01-A (VOD-01 ou
632619 7789352 Córrego Olhos d’Água a montante da confluência com o ribeirão da Prata ago-19, out-19, nov-19, nov-20
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Velhas Ribeirão da Prata, a jusante das interferências do futuro dique do córrego
Travessia 632622 7784827 abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, abr-19, mai-19
Gandarela
Ribeirão da Prata
Ribeirão da Prata, a montante das interferências da área da cava. Avaliação de abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
Travessia-A 634500 7779833
condições de background set-19, nov-19, jan-20, mar-20, jul-20, set-20, nov-20
Ribeirão da Prata, a jusante das interferências do projeto, a montante da jun-18, jul-18, ago-18, out-18, abr-19, mai-19, ago-19, out-19, nov-19, nov-
VL-12 631950 7789232
Cachoeira Santo Antônio 20
Córrego Santo
Córrego Santo Antônio, no distrito de Morro Vermelho, a jusante dos futuros abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, abr-19, mai-
Antônio (Ribeirão MV-11 636336 7792949
acessos e estruturas associadas do projeto 19, ago-19, set-19, nov-19, jan-20, jul-20, nov-20
Comprido)
RL01 639496 7792776 Ribeirão Juca Vieira a jusante dos acessos e estruturas associadas do projeto mai-19, ago-19, set-19, nov-19, jul-20
abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, mar-19, mai-
Ribeirão Juca Vieira VJV-21 639097 7789110 Ribeirão Juca Vieira, na área da futura Pilha de Estéril PDE B
Ribeirão 19, jul-19, set-19, nov-19, jan-20, jul-20, set-20, nov-20
Sabará
abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, abr-19, mai-
VJV-21-A 639910 7791267 Ribeirão Juca Vieira, a jusante do futuro Dique 2B
19, jul-19, set-19, nov-19, jan-20, jul-20, set-20, nov-20
Córrego Roça Córrego Roça Grande, afluente do córrego Jacu, a jusante da Mineração Jaguar
RL02 641020 7794506 mar-15, set-15
Grande Minning e do futuro Ramal Ferroviário
Córrego Jacu a jusante da Estrada de Ferro, de áreas de pastagem, eucaliptal e
Córrego Jacu RL03 640725 7793588 mar-15, set-15
floresta e do futuro Ramal Ferroviário
Afluente sem nome do rio Barão de Cocais ou São João (córrego São João), a abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
VSE-10 639151 7783418
Afluente sem nome jusante da futura cava. Dentro do Parque Nacional da Serra do Gandarela set-19, nov-19, jan-20, mar-20, jul-20, set-20, nov-20
do rio Barão de Afluente sem nome do rio Barão de Cocais ou São João, a jusante do VSE-10 e a
Cocais ou São João VSE-10-A 642541 7783025 montante da confluência com o rio Barão de Cocais ou São João. Dentro do jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, abr-19, mai-19, jul-19
Parque Nacional da Serra do Gandarela
Rio Barão de Cocais Rio Barão de Cocais ou São João, a jusante da contribuição do afluente out-19 (Consta como VSE-10-A no laudo mas foi coletado por falta de
VSE-10-A_B 642928 7783279
ou São João monitorado pelo ponto VSE-10-A acesso no VSE-10-A_B)
Rio Barão Córrego Mato Grosso, a jusante da futura cava. Dentro do Parque Nacional da abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
Rio de Cocais Córrego Mato Grosso VMG-01 642590 7784691
Serra do Gandarela set-19, nov-19, jul-20, nov-20
Piracicaba ou São
João Córrego Maria abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, abr-19, mai-19, jul-19,
VMC-05 640746 7787383 Córrego Maria Casimira, a jusante da futura cava
Casimira set-19, nov-19, jul-20
Córrego do Vigário, dentro do Parque Nacional da Serra do Gandarela. Para abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, abr-19, mai-19, jul-19,
Córrego do Vigário VVG-01 644239 7774973
avaliação de condições de background. set-19, nov-19, jan-20, mar-20, jul-20, set-20, nov-20
Ribeirão Preto. Dentro do Parque Nacional da Serra do Gandarela, a jusante do abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, mar-19, mai-19, jul-19,
VRP-11 640619 7777401
ponto VRP 19-20 set-19, nov-19, mar-20, jul-20, set-20, nov-20
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, a jusante das interferências da futura cava. Jusante de uma antiga abr-18, mai-18, jun-18, jul-18, ago-18, set-18, out-18, nov-18, abr-19, mai-
VRP19-20 638716 7781359
mina de manganês. Dentro do Parque Nacional da Serra do Gandarela 19, jul-19, set-19, nov-19

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 337


630000 640000 650000

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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Limite de Bacias (IGAM, 2010); Subbacias Hidrográficas
(AMPLO,2020), Outorgas (SEMAD/IGAM, 2020); Plano Diretor (VALE, 2021), Área de Estudo (AMPLO, 2020) e Pontos Amostrais (VALE; AMPLO, Título:
2021); Outorgas e Uso Insignificante (SEMAD/IGAM, 2020) Qualidade das águas superficiais
1:100.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Projeção: Transverse Mercator Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_mf_amost_qagua_superf_A3_v05
630000 640000 650000

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37572/2019


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! Limite Municipal

630000 640000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Uso do Solo (AMPLO,2020) ADA - Plano Diretor (VALE, 2021),
Área de Estudo (AMPLO, 2020) e Pontos Amostrais (VALE; AMPLO, 2021); Outorgas e Uso Insignificante (SEMAD/IGAM, 2020) Tí
tulo :
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s depro teção do s co rpo s d’água
1:100.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elabo ração : Data: Fo rmato : Arqui
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5 3 Projeção: Transverse Mercator Geo pro cessamento Amplo 21/
08/
2021 A3 AP_mf
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Figura 6-61: Esquema de distribuição dos pontos de amostragem de Qualidade das Águas Superficiais.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 340


6.12.1.2.2 REQUISITOS LEGAIS E CLASSES DE ENQUADRAMENTO

A elaboração deste diagnóstico foi realizada considerando os seguintes requisitos legais:

▪ Resolução Conama 357 de 17 de março de 2005. Alterada pela Resolução 410/2009


e pela 430/2011. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
▪ Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 5 de maio de 2008 -
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências.
▪ Deliberação Normativa COPAM Nº 20, de 24 de junho de 1997 - Dispõe sobre o
enquadramento das águas da bacia do rio das Velhas.
▪ Deliberação Normativa COPAM Nº 09, de 19 de abril de 1994 - Dispõe sobre o
enquadramento da bacia do rio Piracicaba.
▪ Termo de Referência Geral para Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para Licenciamento Prévio, proposto pela
SISEMA (janeiro de 2021).

A verificação do atendimento ao padrão legal dos resultados analíticos dos parâmetros


analisados foi feita a partir dos limites estabelecidos pela Deliberação Normativa
COPAM/CERH-MG N.º 1, de 5 de maio de 2008, deliberação estadual tão ou mais restritiva
que a Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Os pontos localizados no
ribeirão Preto e no rio Barão de Cocais ou São João são enquadrados pela DN Copam
09/94 como classe especial e não possuem limites definidos, sendo determinado na
legislação a manutenção de sua condição natural, mas para fins comparativos os resultados
serão comparados com os limites estipulados para classe 1, conforme prática adotada pelo
IGAM (2019).

A Tabela 6-103 apresenta os enquadramentos dos corpos hídricos amostrados de acordo


com as Deliberações Normativas COPAM nº 20/1997 e nº 09/1994.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 341


Tabela 6-103: Enquadramento dos corpos d’água amostrados na área de estudo do Projeto Apolo Umidade Natural.
Coordenadas Enquadramento
SIRGAS 2000/Fuso 23 S Oficial pelas DN
Ponto Rio Base para enquadramento
COPAM nº 20/1997 e
UTM L UTM L
nº 09/1994
MV-10 Córrego Cortesia 636776 7776625 "Trecho 29 - Córrego Cortesia, das nascentes até a confluência com o Rio das Velhas - Classe 1" Classe 1
VCH-13 637124 7787053 Classe 1
Córrego Cachoeira Art. 2 da DN 20/97 determina que os corpos d'água da bacia do rio das Velhas não mencionados na DN
VCH-13-A 634420 7789352 recebem o enquadramento correspondente ao do trecho onde deságuam (trecho de jusante), no caso o Classe 1
VGD-01 633144 7782151 "Trecho 44 - Ribeirão da Prata, das nascentes até a confluência com o Rio das Velhas - Classe 1. Incluem-se Classe 1
Córrego Gandarela os córregos Maquiné e Olhos d'água"
VGD-01-A 634651 7781817 Classe 1
VMQ-17 Córrego Maquiné 635668 7785120 Classe 1

Bacia do Rio das Velhas - DN Copam 20/97


VL-11 Córrego Olhos 634480 7789474 Classe 1
VOD-01-A d’Água 632619 7789352 Classe 1
Alternativa- "Trecho 44 - Ribeirão da Prata, das nascentes até a confluência com o Rio das Velhas - Classe 1. Incluem-se
632450 7787765 Classe 1
05 os córregos Maquiné e Olhos d'água"
Travessia 632622 7784827 Classe 1
Ribeirão da Prata
Travessia-A 634500 7779833 Classe 1
VL-12 631950 7789232 Classe 1
Córrego Santo
MV-11 636336 7792949 Classe 2
Antônio
"Trecho 48 - Ribeirão do Gaia/Ribeirão Comprido, das nascentes até a confluência com o Ribeirão Sabará,
RL01 639496 7792776 Classe 2
com captação de água para o município de Caeté - Classe 2. Incluem-se os córregos do Jacu, Santo Antônio
VJV-21 Ribeirão Juca Vieira 639097 7789110 e o ribeirão Juca Vieira" Classe 2
VJV-21-A 639910 7791267 Classe 2
Art. 2 da DN 20/97 determina que os corpos d'água da bacia do rio das Velhas, não mencionados na DN
recebem o enquadramento correspondente ao do trecho onde deságuam (trecho de jusante), no caso o
Córrego Roça
RL02 641020 7794506 "Trecho 48 - Ribeirão do Gaia/Ribeirão Comprido, das nascentes até a confluência com o Ribeirão Sabará, Classe 2
Grande
com captação de água para o município de Caeté - Classe 2 Incluem-se os córregos do Jacu, Santo Antônio
e o ribeirão Juca Vieira."
"Trecho 48 - Ribeirão do Gaia/Ribeirão Comprido, das nascentes até a confluência com o Ribeirão Sabará,
RL03 Córrego Jacu 640725 7793588 com captação de água para o município de Caeté - Classe 2. Incluem-se os córregos do Jacu, Santo Antônio Classe 2
e o ribeirão Juca Vieira"
VSE-10 Afluente sem nome 639151 7783418 Classe 2
Não é mencionado na legislação então será considerado Classe 2, conforme estabelece o Art. 37 da DN
Bacia do Rio Piracicaba - DN

do rio Barão de
VSE-10-A Cocais ou São João 642541 7783025 COPAM 01/2008 Classe 2
VSE-10- Rio Barão de Cocais "Trecho 29 - Rio São João ou Barão de Cocais, das nascentes até a confluência com o córrego Vieira -
642928 7783279 Classe Especial
Copam 09/94

A_B ou São João Classe Especial"


VMG-01 Córrego Mato Grosso 642590 7784691 Classe 2
Córrego Maria Não é mencionado na legislação então será considerado Classe 2 conforme estabelece o Art. 37 da DN
VMC-05 640746 7787383 Classe 2
Casimira COPAM 01/2008
VVG-01 Córrego do Vigário 644239 7774973 Classe 2
VRP-11 640619 7777401 Classe Especial
Ribeirão Preto "Trecho 22 - Ribeirão Preto, de suas nascentes até a confluência com o rio Conceição - Classe Especial"
VRP19-20 638716 7781359 Classe Especial

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 342


6.12.1.2.3 PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM E ENSAIOS LABORATORIAIS E
CONFIABILIDADE METROLÓGICA

Em relação às campanhas de amostragem físico-química realizadas entre 2018 e 2020 as


coletas das amostras foram realizadas pela equipe técnica da empresa MDGEO com os kits
de coleta fornecidos pelo laboratório SGS Geosol Laboratórios Ltda. Os ensaios analíticos
foram realizados sob a responsabilidade do laboratório SGS Geosol Laboratórios Ltda.,
acreditado na Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios (RBLE), do Instituto Nacional de
Metrologia (Inmetro), de acordo com os requisitos estabelecidos na NORMA NBR/ISO/IEC
17025/2017, para os parâmetros e procedimentos de ensaios discriminados no escopo de
acreditação nº CRL 0386.

Os trabalhos de amostragem foram executados segundo os procedimentos descritos nas


normas ABNT NBR 9897:1987 – Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e
corpos receptores, ABNT NBR 9898:1987 – Preservação e técnicas de amostragem de
efluente líquidos e corpos receptores, ambas confirmadas em 20 de dezembro de 2017.

Para os ensaios analíticos foram utilizados métodos baseados nos procedimentos do Standard
Methods for the Examination of Water and Wastewater (SMEWW), 22ª e 23ª edições (APHA,
2012/2017). Foram ainda utilizados procedimentos baseados em métodos adotados no manual
de Instrução de Trabalho do laboratório, devidamente adaptados e validados.

O Laboratório Bioagri Ambiental realizou os procedimentos de amostragem, preservação e


análise das amostras referentes às campanhas realizadas em março e setembro de 2015.
Os procedimentos de amostragem e preservação das amostras foram realizados conforme
os critérios estabelecidos no Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater, 22ª Edição do ano de 2005 e pela NBR 9898 – Preservação e Técnicas de
Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos Receptores, publicada em 1987. Os
procedimentos analíticos foram realizados conforme o Standard Methods for the
Examination of Water and Waste water, 22ª Edição do ano de 2005 e o Test Methods for
Evaluating Solid Waste, Physical/Chemical Methods, ou SW-846, 3ª edição – Revisão 6,
publicada pelo EPA – Environmental Protection Agency em 2007.

Os dados de vazão e pluviometria foram adquiridos em estações situadas em Nova Lima e


Rio Acima através da MDGEO (2020), à semelhança dos dados utilizados nos estudos
climatológicos, hidrológicos e hidrogeológicos do EIA.

6.12.1.2.4 PARÂMETROS DE ANÁLISE

Os parâmetros analisados, o limite de quantificação do método analítico aplicado e os


respectivos limites estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM/CERH-MG N.º 1 de
2008 são apresentados separadamente por ponto na Tabela 6-104. Ressalta-se que foi feita
uma análise dos limites de quantificação dos métodos aplicados pelo laboratório,
comparados aos limites máximos estipulados na legislação e verificou-se que os limites de
quantificação variaram entre as campanhas, sem, contudo, ultrapassar os limites
determinados na legislação, permitindo assim uma comparação e interpretação adequada
dos dados.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 343


Tabela 6-104: Parâmetros de Análise.
Rio das Velhas Rio Piracicaba
Córrego
Ribeirão da Prata Ribeirão Sabará Rio Barão de Cocais ou São João
Cortesia
Parâmetro Unidade L1 L2 L3 LQ
VSE-
Trav.- VL- VCH- VCH- VGD- VGD- VMQ- VL- VOD- MV- VJV- VJV- VSE- VSE- VMG- VRP- VRP19- VVG- VMC-
MV-10 Alt.-05 Trav. RL03 RL02 RL01 10-
A 12 13 13-A 01 01-A 17 11 01-A 11 21 21-A 10 10-A 01 11 20 01 05
A_B
2,4,6-triclorofenol 10 10 0,03 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

2,4-D, Demeton μg/L 4 4 0,03 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Alacloro 20 20 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Alcalinidade
mg/L NP 5 x x
Bicarbonatos NP
Alcalinidade Total mg CaCO3/L NP 4-6 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Aldrin +Dieldrin μg/L 0,005 0,005 0,003 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


0,001-
Alumínio Dissolvido mg Al/L 0,1 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,05
Alumínio Total μg/L NP NP 0,001 x x
0,001 -
Antimônio mg Sb/L 0,005 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,005
Arsênio Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x
0,001 –
Arsênio total mg As/L 0,01 0,01 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,004
Atrazina μg/L 2 2 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Bário Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x


0,001 –
Bário Total mg Ba/L 0,7 0,7 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
0,001 –
Berílio Total mg Be/L 0,04 0,04 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,004
Boro Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x
0,001 –
Boro Total mg B/L 0,5 0,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Condição natural do corpo d'água

0,2
Cádmio Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x

Cádmio total mg Cd/L 0,001 0,001 0,001 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Cálcio Dissolvido mg/L NP 0,005 x x


NP
Cálcio Total NP 0,005 x x
μg/L
Carbaril 0,02 0,02 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Chumbo Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x


0,001 –
Chumbo total mg Pb/L 0,01 0,01 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
0,001 -
Cianeto livre mg CN-/L 0,005 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,005
Clordano (cis e trans) μg/L 0,04 0,04 0,003 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Cloreto total mg Cl-/L 250 250 0,5 - 1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


Cloro Residual Total
mg/L 0,01 0,01 0,01 x x
(combinado + livre)
Clorofila a µg/L 10 30 0,75 - 3 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Cobalto Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x


0,001 –
Cobalto Total mg Co/L 0,05 0,05 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
0,001 –
Cobre dissolvido mg Cu/L 0,009 0,009 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,009
Cobre Total μg/L NP NP 1 x x
Coliformes UFC ou
200 1000 1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Termotolerantes NMP/100mL
Condutividade Elétrica µS/cm NP NP 0-1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Nível
Cor Verdadeira mg Pt/L 75 10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Natural
Cromo Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x
0,001 –
Cromo Total mg Cr/L 0,05 0,05 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
DBO mg O2/L 3 5 3 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

DDT μg/L 0,002 0,002 0,002 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 344


Rio das Velhas Rio Piracicaba
Córrego
Ribeirão da Prata Ribeirão Sabará Rio Barão de Cocais ou São João
Cortesia
Parâmetro Unidade L1 L2 L3 LQ
VSE-
Trav.- VL- VCH- VCH- VGD- VGD- VMQ- VL- VOD- MV- VJV- VJV- VSE- VSE- VMG- VRP- VRP19- VVG- VMC-
MV-10 Alt.-05 Trav. RL03 RL02 RL01 10-
A 12 13 13-A 01 01-A 17 11 01-A 11 21 21-A 10 10-A 01 11 20 01 05
A_B
Demeton 0,1 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Demeton (Demeton-O 0,1
0,1 0,03 x x
e Demeton-S)
Densidade de
cel./mL 20000 50000 0-1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
cianobactérias
Dodecacloro
μg/L 0,001 0,001 0,001 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
pentaciclodecano
DQO mg/L NP 5 x x
NP
Dureza Total mg CaCO3/L NP 0,0015 - 5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Endossulfan 0,056 0,056 0,0015 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


μg/L 0,0015 –
Endrin 0,004 0,004 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,002
Estreptococos fecais UFC/ 100 mL NP NP 1 x x

Fenóis totais mg/L 0,003 0,003 0,002 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


0,001 –
Ferro Dissolvido 0,3 0,3 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,1
mg Fe/L
0,001 –
Ferro Total NP NP x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,1
0,05 –
Fluoreto Total mg F-/L 1,4 1,4 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,25
Fosfato (como P) mg/L NP NP 0,01 x x
0,01 –
Fósforo Total mg P/L 0,1 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,02
Glifosato 65 65 0,1 - 5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Gution 0,005 0,005 0,004 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


Heptacloro epóxido + 0,0015 –
Heptacloro μg/L 0,01 0,01
0,003
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Hexaclorobenzeno 0,007 0,007 0,005 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


0,0015 –
Lindano 0,02 0,02 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,003
0,001 –
Lítio total mg Li/L 2,5 2,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,1
Magnésio Dissolvido mg/L NP 0,005 x x
NP
Magnésio Total NP 0,005 x x
μg/L 0,005 –
Malation 0,1 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,1
0,005 –
Manganês Dissolvido NP NP x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,025
mg Mn/L
0,005 –
Manganês Total 0,1 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,025
Mercúrio Dissolvido mg/L NP NP 0,0001 x x
0,0001 –
Mercúrio total mg Hg/L 0,0002 0,0002 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,0002
0,0002 –
Metolacloro 10 10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,05
μg/L
0,0015 –
Metoxicloro 0,03 0,03 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
Níquel Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x
0,001 –
Níquel total mg Ni/L 0,025 0,025 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
0,02 –
Nitrato mg N_NO3/L 10 10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,05
Nitrito mg N_NO2/L 1 1 0,02 – 0,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Nitrogênio Amoniacal
mg N_NH3/L * * 0,06 – 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Total
Óleos e Graxas mg/L 0 0 2,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Oxigênio Dissolvido mg O2/L 6 5 0 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Paration μg/L 0,04 0,04 0,04 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

mg/L 0,009 0,009 0,00001 x x


Pentaclorofenol
9 9 0,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
μg/L
Permetrina NP NP 0,5 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 345


Rio das Velhas Rio Piracicaba
Córrego
Ribeirão da Prata Ribeirão Sabará Rio Barão de Cocais ou São João
Cortesia
Parâmetro Unidade L1 L2 L3 LQ
VSE-
Trav.- VL- VCH- VCH- VGD- VGD- VMQ- VL- VOD- MV- VJV- VJV- VSE- VSE- VMG- VRP- VRP19- VVG- VMC-
MV-10 Alt.-05 Trav. RL03 RL02 RL01 10-
A 12 13 13-A 01 01-A 17 11 01-A 11 21 21-A 10 10-A 01 11 20 01 05
A_B
pH NP 6a9 6a9 0 - 2 a 13 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Potássio Dissolvido mg/L NP 0,001 x x

Potássio Total μg/L NP 0,001 x x


NP
Potencial Redox mV NP - x x

Prata Dissolvida mg/L NP 0,001 x x


0,001 –
Prata total mg Ag/L 0,01 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,005
0,01
0,001 –
Selênio total mg Se/L 0,01 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,01
Sílica Dissolvida NP 0,001 x x
mg/L
Sódio Dissolvido NP NP 0,01 x x

Sódio Total μg/L NP 0,01 x x


Sólidos Dissolvidos
mg SDT/L 500 500 5 - 11 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Totais
Sólidos Suspensos
mg SST/L 50 100 7 - 11 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Totais
Substâncias
mg MBAS/L 0,5 0,5 0,2 – 0,3 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
tensoativas
Sulfato total mg SO4/L 250 250 0,3 - 25 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Sulfeto mg H2S/L 0,002 0,002 0,002 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


Temperatura da
NP 0 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Amostra °C NP
Temperatura do Ar NP 0 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,00001 –
Toxafeno 0,01 0,01 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
μg/L 0,0001
Trifluralina 0,2 0,2 0,05 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Turbidez NTU 40 100 0 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Urânio Dissolvido NP NP 0,001 x x

Urânio Total mg/L 0,02 0,02 0,001 x x

Vanádio Dissolvido NP NP 0,001 x x


0,001 –
Vanádio total mg V/L 0,1 0,1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,02
Zinco Dissolvido mg/L NP NP 0,001 x x
0,001 –
Zinco total mg Zn/L 0,18 0,18 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
0,1

Legenda: L1: Limites estabelecidos para Classe 1; L2: : Limites estabelecidos para Classe 2; L3: : Limites estabelecidos para Classe 3, LQ: Limite de Quantificação do método analítico aplicado; NP - Não Possui; X - Parâmetro Analisado; (*)* 3,7 mg/L N, para pH ≤ 7,5;2,0 mg/L N, para 7,5 <
pH ≤ 8,0, 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH ≤ 8,5, 0,5 mg/L N, para pH > 8,5

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 346


Foram avaliados parâmetros que terão maior potencial de alteração em função do
empreendimento, ligados a geração de sedimentos como turbidez, sólidos e elementos que
são naturalmente presentes na composição geoquímica da região como ferro, manganês e
alumínio, que podem, em razão do uso e ocupação do solo, ser disponibilizados nas águas
superficiais, bem como outros parâmetros como por exemplo os orgânicos, que não estão
relacionados ao empreendimento, mas foram definidos pelo empreendedor, com a finalidade
de uma caracterização mais abrangente das características físico-químicas das águas da
área de estudo.

Os laudos analíticos com os métodos de amostragem utilizados para cada parâmetro e em


cada campanha estão disponibilizados nos Anexos do Volume 2 (Boletins de Análise de
Qualidade das Águas Superficiais - ANEXO X).

6.12.1.2.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados foram analisados por meio de análises de estatística descritiva, buscando


sumarizar o conjunto de dados coletados ao longo do período de amostragem. Foram
apresentadas tabelas com os cálculos de valores mínimos, máximos e médias, bem como o
número de não conformidades registradas por parâmetro. Os parâmetros de maior
relevância e que registraram alterações são apresentados graficamente, por ponto de
amostragem. O histórico de resultados é representado por meio de Boxplots com os
resultados de cada parâmetro ordenados por ponto de amostragem para cada sub-bacia. No
Boxplot a linha horizontal no interior das caixas representa o percentil de 50 (mediana); o
final das caixas representa os percentis de 25 e 75; os extremos das barras representam os
valores mínimos e máximos observados. Os laudos analíticos emitidos pelos laboratórios
encontram-se nos Anexos do Volume 2 (Boletins de Análise de Qualidade das Águas
Superficiais - ANEXO X).

Os dados censurados, ou seja, que não foram detectados pelo método analítico empregado
pelo laboratório foram substituídos pelo valor de metade do limite de detecção nos cálculos
estatísticos e de índices. Na apresentação dos gráficos os dados não detectados foram
substituídos pelo próprio limite de detecção de forma a possibilitar a visualização da relação
entre o limite detecção do método e o limite máximo estipulado pela legislação.

Devido às condições de acesso a partir da segunda campanha o ponto VGD-01 foi


substituído pelo ponto VGD-01A, mais a montante, e por representarem a condição do
mesmo rio (córrego Gandarela), o ponto VGD-01 (que possui apenas uma amostra) foi
incorporado ao ponto VGD-01A nas análises gráficas de boxplot.

A seguir serão descritos os índices utilizados para caracterização da qualidade das águas.

6.12.1.2.5.1 Índice Contaminação por Tóxicos (CT)

Foi utilizado o Índice de Contaminação por Tóxicos, conforme metodologia adotada pelo
IGAM (2019), onde os corpos d’água são classificados em função das concentrações
observadas de substâncias tóxicas, sendo elas, arsênio total, bário total, cádmio total,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 347


chumbo total, cianeto livre, cobre dissolvido, cromo total, fenóis totais, mercúrio total, nitrito,
nitrato, nitrogênio amoniacal total e zinco total.

As concentrações destes parâmetros foram comparadas aos limites estabelecidos para as


classes de enquadramento dos corpos de água determinadas pela Deliberação Normativa
Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2008.

A contaminação por tóxicos é classificada em Baixa, Média ou Alta. Na classe baixa as


substâncias tóxicas apresentam concentrações iguais ou inferiores a 20% dos limites de
classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza o ponto de
amostragem. Na classe média ocorrem concentrações entre 20% e 100% dos limites
mencionados, e na classe alta às concentrações são superiores a 100% dos limites.

A pior situação do conjunto de resultados define a faixa de contaminação. Assim, se um dos


parâmetros apresentou valor acima de 100% (o dobro da concentração limite), em pelo menos
uma das campanhas, a contaminação no ponto de amostragem é classificada como alta. Os
valores do Índice de Contaminação por Tóxicos são classificados nas seguintes faixas (Tabela
6-105).

Para os córregos Roça Grande e Jacu o índice foi calculado sem a utilização do parâmetro
fenóis, visto que o referido parâmetro não foi analisado nas amostras. Para o córrego
Gandarela e rio Barão de Cocais ou São João não foi possível a aplicação do índice porque
oito dos 13 parâmetros não são analisados nesses cursos hídricos.

Tabela 6-105: Classificação do Índice de Contaminação por Tóxicos e seus significados.


Valor CT em relação à Classe de
Significado
classe de enquadramento contaminação
Refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações
que excedem em até 20% o limite de classe de enquadramento do
Concentração ≤ 1,2 P Baixa
trecho do corpo de água onde se localiza a estação de
amostragem.
Refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites
1,2 P < concentração ≤ 2 P Média
mencionados no intervalo de 20% a 100%.
Refere-se às concentrações que excedem em mais de 100% os
Concentração > 2P Alta
limites.

Observações: P =Limite de classe definido pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de
05 de Maio de 2000. Fonte: IGAM.

6.12.1.2.5.2 Índice de Estado Trófico (IET)

O Índice do Estado Trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus
de trofia e será utilizado conforme instrução do CETESB, 2007 e Lamparelli, 2004.

Conforme aplicação do CETESB e do IGAM das três variáveis utilizadas para o cálculo do
Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas: clorofila-a e fósforo total, uma vez
que os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia,
pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em
suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de muitas vezes
não se dispor desses dados.

Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos


como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 348


causador do processo. A avaliação correspondente à clorofila-a, IET(CL), por sua vez, deve
ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador,
indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas devido ao enriquecimento de
nutrientes. Assim, o índice médio engloba, de forma satisfatória, a causa e o efeito do
processo.

O Índice do Estado Trófico será composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo –
IET(PT) e o Índice do Estado Trófico para a clorofila-a – IET(CL), modificados por
Lamparelli (2004), sendo estabelecidos para ambientes lóticos, segundo as equações:

Rios:
IET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20
IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20
Onde:
PT: concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µg.L-1;
CL: concentração de clorofila-a medida à superfície da água, em µg.L-1;
ln: logaritmo natural.

O IET foi calculado por ponto e por campanha e para definição do IET global foram
calculadas as medianas para cada rio.

6.12.1.2.5.3 Índice IQA

Também foi adotado para caracterização da qualidade das águas superficiais o índice de
qualidade das águas (IQA), sendo um indicador da qualidade reconhecido mundialmente.
Neste presente estudo a metodologia utilizada para cálculo deste índice é a do IGAM.

Essa metodologia incorpora nove parâmetros considerados representativos para a avaliação


das interferências de impurezas sobre a qualidade das águas. São eles: temperatura da
água, pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais, nitrato,
fosfato total, sólidos totais e turbidez. No rol de parâmetros monitorados não constam o
fosfato e o sólidos totais, dessa forma, foram feitos cálculos de estimativa para permitir a
aplicação do índice. Os sólidos totais incluem sólidos suspensos totais (a porção de sólidos
totais retidos por um filtro) e sólidos totais dissolvidos (a porção que passa através do filtro)
(APHA, 2012) de forma que os valores desses dois parâmetros foram somados para estimar
os sólidos totais. Para converter o fósforo (P) em fosfato (PO₄³-) os valores foram
multiplicados por 3,06 conforme proposto por Von Sperling (2014). O índice não foi
calculado para os pontos RL02 e RL03, por não apresentarem o número de parâmetros
necessários para o cálculo do índice.

A partir desta metodologia, o cálculo do IQA consiste no produto ponderado das qualidades
de água correspondentes aos parâmetros, conforme a equação:

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 349


9
IQA =  qi
wi

i =0
onde:
IQA: índice de qualidade das águas, um número entre 0 e 100;
qi: qualidade do parâmetro i, obtido pela curva média específica de qualidade;
wi: peso atribuído ao parâmetro, em função da sua importância na qualidade, entre 0 e 1.

A partir do cálculo efetuado pode-se determinar o nível de qualidade das águas. Os valores
dos índices variam entre 0 e 100 e são classificados segundo à gradação apresentada na
tabela a seguir (Tabela 6-106).

Tabela 6-106: Nível de Qualidade.

Legenda

Nível de
Muito Ruim Ruim Médio Bom Excelente
Qualidade

Faixa 0 ≤ IQA ≤ 25 25 < IQA ≤ 50 50 < IQA ≤ 70 70 < IQA ≤ 90 90 < IQA ≤ 100

Assim definido, o IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros materiais
orgânicos, nutrientes e sólidos, característicos de áreas urbanizadas e/ou com usos do solo
por atividades antrópicas.

O IQA foi calculado por ponto e por campanha e para definição do IQA global foram
calculadas as medianas para cada rio.

6.12.2 RESULTADOS

6.12.2.1 ÁREA DE ESTUDO REGIONAL (AER)

A Tabela 6-107 apresenta, por ponto de monitoramento, os resultados das análises físico-
químicas da rede de monitoramento do IGAM.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 350


Tabela 6-107: Resultados das análises físico-químicas dos pontos de amostragem do IGAM (2019).

Rio das Velhas (SF5)


Classe 1 Classe 3
Parâmetros Unid. L1 L2 Ribeirão da Prata Ribeirão Cortesia Ribeirão Sabará
AV340 BV041 BV076
jan-18 abr-18 jul-18 out-18 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 jan-18 abr-18 jul-18 out-18
Alcalinidade de bicarbonato mg/L NP NP 18,3 - 18,3 - 12,7 - 15 - 54,3 - 44,3 -
Alcalinidade total mg/L NP NP 18,3 - 18,3 - 12,7 - 15 - 54,3 - 44,3 -
Alumínio dissolvido mg/L 0,1 0,2 <0,02 - <0,02 - <0,02 - <0,02 - 0,022 - 0,02316 -
Arsênio Dissolvido mg/L NP NP - - - - <0,001 - <0,001 - 0,00311 - 0,00330371 -
Arsênio total mg/L 0,01 0,033 <0,001 - <0,001 - <0,001 - <0,001 - 0,00322 - 0,00288 -
Bário total mg/L 0,7 1 <0,005 - <0,005 - <0,005 - <0,005 - 0,0173 - 0,0121 -
Boro total mg/L 0,5 0,75 <0,07 - <0,07 - - - - - - - - -
Cádmio total mg/L 0,001 0,01 <0,0005 - <0,0005 - <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 - <0,0005 -
Cálcio total mg/L NP NP 3 - 3,8 - 2,8 - 3,3 - 11,6 - 10,1 -
Chumbo total mg/L 0,01 0,033 <0,005 - <0,005 - <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 - <0,005 -
Cianeto Livre mg/L 0,005 0,022 0,002 - 0,004 - 0,003 <0,002 0,01 <0,002 <0,002 - 0,004 -
Cloreto total mg/L 250 250 5,3 1,46 1,97 1,89 1,78 0,56 3,15 1,02 13,3 6,8 4,62 4,31
Clorofila a μg/L 10 60 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 1,66875 1,869 2,521666667
Cobre dissolvido mg/L 0,009 0,013 <0,004 0,0536 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 - <0,004 -
Coliformes totais mg/L NP NP >24196 >24196 >24196 >24196 >24196 2246,8 24195,7 >24196 >24196 >24196 >24196 >24196
Condição de tempo mg/L NP NP Bom Bom Bom Nublado Bom Bom Bom Nublado Bom Bom Bom Nublado
Condutividade elétrica in loco mg/L NP NP 60,1 35,6 50,6 61,8 54,7 28 40,8 45,7 174 150 167 207
Cor verdadeira Upt Nível Natural 75 20 11 23 32 20 11 20 38 20 - 32 -
Cromo total mg/L 0,05 0,05 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 - <0,04 - <0,04 - <0,04 -
Demanda Bioquímica de Oxigênio mg/L 3 10 4,6 2,9 6,4 6,1 <2 <2 <2 <2 10 8 6,7 16
Demanda Química de Oxigênio mg/L NP NP 14 17 19 23 <5 <5 9,4 19 21 15 31 31
Densidade de cianobactérias mg/L 20000 100000 - - - - 10,205 153,075 0 0 - - - -
Dureza de Cálcio mg/L NP NP 7,5 - 9,4 - 7,1 - 8,3 - 28,9 - 25,3 -
Dureza de magnésio mg/L NP NP 7,2 - 8,9 - 6,3 - 5,9 - 23,3 - 29,1 -
Dureza total mg/L NP NP 14,6 - 18,3 - 13,3 - 14,2 - 52,2 - 54,4 -
Ensaio ecotoxicológico mg/L Não tóxico Não tóxico Efeito crônico Não tóxico - - - - Não tóxico Não tóxico Efeito agudo Não tóxico
Escherichia coli NMP / 100 ml 200 4000 >24196 >24196 >24196 >24196 157,9 189 8164,1 3255,4 >24196 >24196 >24196 >24196
Fenóis totais mg/L 0,003 0,01 <0,002 0,003 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002
Feoftina a mg/L NP NP 2,059483117 1,4685 2,526230769 1,88235 1,193004546 1,3617 <1 1,32165 2,60325 2,06925 3,1773 1,943166667
Ferro dissolvido mg/L 0,3 5 0,282 <0,03 0,197134161 0,479 0,261 0,1838 0,117807337 0,533 0,207 - 0,205191252 -
Ferro total mg/L NP NP 0,48 0,421 0,463343932 1,014 - - - - - - - -
Fósforo total mg/L 0,1 0,15 0,08 0,05 0,14 0,17 0,03 <0,02 0,08 0,08 0,19 0,16 0,44 0,41
Magnésio total mg/L NP NP 1,7 - 2,2 - 1,5 - 1,4 - 5,7 - 7,1 -
Manganês total mg/L 0,1 0,5 0,0575 0,0433 0,045187414 0,0832 0,037 0,0292 0,011700183 0,0336 0,091 0,0539 0,059196615 0,1305
Mercúrio total μg/L 0,2 2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 - <0,2 - <0,2 <0,2 <0,2 <0,2
Níquel total mg/L 0,025 0,025 <0,004 - <0,004 - <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,00453 - <0,004 -
Nitrato mg/L 10 10 0,34 0,82 0,3 0,23 0,25 0,16 0,16 0,23 2,67 1,71 1,56 1,78
Nitrito mg/L 1 1 0,008 - 0,016 - 0,006 0,007 0,015 0,026 0,067 0,046 0,137 0,184
Nitrogênio amoniacal total mg/L * ** 0,62 0,22 1,29 1,68 0,29 0,34 0,74 0,82 0,92 0,49 1,95 2,96
Nitrogênio orgânico mg/L NP NP 0,31 0,23 0,37 1 0,37 <0,1 0,19 0,31 0,47 0,62 1,28 1,38

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 351


Rio das Velhas (SF5)
Classe 1 Classe 3
Parâmetros Unid. L1 L2 Ribeirão da Prata Ribeirão Cortesia Ribeirão Sabará
AV340 BV041 BV076
jan-18 abr-18 jul-18 out-18 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 jan-18 abr-18 jul-18 out-18
Oxigênio dissolvido mg/L 6 4 7,2 8,5 7,4 5,9 7,9 8,7 8,8 7,6 6,3 7,9 6,6 4,9
pH in loco NP 6a9 7a9 7,1 6,9 6,2 6,7 7,2 6,4 6,2 7 7,5 7,3 6,3 6,8
Potássio dissolvido mg/L NP NP 3,154 - 0,493 - 0,288 - 0,48 - 2,223 - 2 -
Selênio total mg/L 0,01 0,05 <0,002 - <0,002 - - - - - - - - -
Sódio dissolvido mg/L NP NP 1,6 - 2,37 - 1,025 - 2,57 - 7,44 - 12 -
Sólidos dissolvidos totais mg/L 500 500 44 37 41 46 33 22 35 40 108 79 110 141
Sólidos em suspensão totais mg/L 50 100 16 <2 2 2 6 5 6 3 7 24 17 12
Sólidos totais mg/L NP NP 60 37 43 48 39 27 41 43 115 103 127 153
Substâncias tensoativas mg/L 0,5 0,5 0,38 - 0,26 0,24 <0,1 <0,1 0,16 0,14 0,8 - 0,59 -
Sulfato total mg/L 250 250 <5 - <5 - <5 - <5 - 18 - 17,8 -
Sulfeto *** mg/L 0,002 0,3 <0,01 - 0,01 - <0,01 - 0,01 - <0,01 - 0,01 -
Temperatura da água mg/L NP NP 23,7 20,4 16 23,5 23,9 20,5 15,7 24,3 25,1 22,6 18,2 23,6
Temperatura do ar mg/L NP NP 26,6 28 21,5 26,8 27,3 27 23,5 29,1 29,2 28 25,5 27,7
Turbidez NTU 40 100 8,58 2,86 4,4 4,63 5,84 3,17 5,57 5,77 11,1 5,74 9,07 12,6
Zinco total mg/L 0,18 5 <0,02 - <0,02 - <0,02 - <0,02 - 0,0515 <0,02 <0,02 <0,02

Fonte: IGAM, 2019.

Legenda:
L1:Limites estabelecidos para Classe 1
L2: Limites estabelecidos para Classe 3
(NP) Não Possui
3,7 p/ pH < =7,5 2,0 p/
(*) Classe 1 7,5<pH<=8,0 1,0 p/
8,0<pH<=8,5 0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/
(**) 7,5<pH<=8,0 2,2 p/
8,0<pH<=8,5 1,0 p/ pH>8,5
(***) Sulfeto - Consideraram-se como violação as ocorrências maiores que 0,5 mg/L (limite de detecção do método analítico) (IGAM, 2019).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 352


Foram encontradas não conformidades para os parâmetros DBO, E. Coli, fósforo total, cobre
dissolvido, oxigênio dissolvido e cianeto livre, conforme Tabela 6-108.

Tabela 6-108: Parâmetros que não atenderam ao limite estabelecido na legislação e resultados
dos índices de qualidade das águas.

Classe de Parâmetros em
Curso D'água Estação IQA CT IET
Enquadramento desconformidade
DBO, E. coli, Fósforo
Ribeirão Sabará BV076 Classe 3 Ruim Baixa Mesotrófica
total, efeito agudo
Cobre dissolvido, DBO,
Ribeirão da
AV340 Classe 1 E. coli, Fósforo total, Médio Alta Mesotrófica
Prata
efeito crônico
Ribeirão
BV041 Classe 1 Cianeto Livre, E. coli Bom Média Oligotrófica
Cortesia

Fonte: IGAM, 2019.

O ribeirão Sabará apresentou águas com indício de enriquecimento orgânico e


contaminação fecal. As análises de ecotoxicidade indicaram efeito agudo, que indica a
letalidade dos organismos.

O ribeirão da Prata apresentou águas com indício de contaminação fecal e valores alterados
para parâmetros relacionados ao enriquecimento orgânico. Registrou-se também a
presença da substância tóxica cobre, o que classificou as águas como de alta contaminação
pelo CT (Índice de Contaminação por Tóxicos). As análises de toxicidade indicaram efeito
crônico, que representa os efeitos deletérios, como na reprodução dos organismos.

No ribeirão Cortesia houve indício de contaminação por esgoto sanitário e uma não
conformidade para a substância tóxica cianeto. Os índices que indicam águas oligotróficas,
com qualidade boa, mas com contaminação por tóxicos média.

A Tabela 6-109 apresenta, por ponto de amostragem, os resultados das análises físico-
químicas da rede de amostragem do CPRM.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 353


Tabela 6-109: Resultados das análises físico-químicas dos pontos de amostragem do CPRM (2005).

Bacia do rio das Velhas Bacia do rio Piracicaba

Classe 1 Classe Especial Classe 2


Parâmetros Unid. L1 L2 Córrego Maquiné Córrego Olhos d'água Ribeirão Preto Córrego Mato Grosso Córrego Maria Casimira

FC067 FC056A FC008A FC063 FC005A


Jul/ago-2003 out/nov-2002 Jul/ago-2003 out/nov-2002 Jul/ago-2003 Jul/ago-2003 out/nov-2002 Jul/ago-2003
Condutividade µS/cm NP NP 16 - 37 - 42 115 - 36
oC
Temperatura NP NP 18 - 16 - 19 16 - 18
pH NP 6a9 6a9 7,18 7,5 7,2 7,5 7,5 8,02 7,3 7,4
Oxigênio Dissolvido mg/L 6 5 8 - 8 - 9 9 - 9
Alumínio mg/L NP NP 0,05 - 0,05 - 0,05 0,05 - 0,05
Arsênio mg/L 0,01 0,01 0,005 - 0,005 - 0,0072 0,005 - 0,005
Boro mg/L 0,5 0,5 0,0012 - 0,0012 - 0,0026 0,0012 - 0,0033
Bário mg/L 0,7 0,7 0,0029 - 0,0042 - 0,001 0,0019 - 0,0021
Berílio mg/L 0,04 0,04 0,0005 - 0,0005 - 0,0005 0,0005 - 0,0005
Cálcio mg/L NP NP 1,317 - 3,588 4,64 4,287 14,01 4,04 3,516
Cobalto mg/L 0,05 0,05 0,001 - 0,001 - 0,002 0,001 - 0,002
Cromo mg/L 0,05 0,05 0,01 - 0,01 - 0,01 0,0159 - 0,01
Cobre mg/L NP NP 0,0079 - 0,0026 - 0,0053 0,0026 - 0,0053
Ferro solúvel mg/L 0,3 0,3 0,075 0,4 0,2771 0,05 0,0275 0,3292 0,05 0,0375
Lítio mg/L 2,5 2,5 0,0003 - 0,0003 - 0,0008 0,0016 - 0,0005
Magnésio mg/L NP NP 0,9234 - 1,844 2,56 2,491 7,312 2,27 2,124
Manganês mg/L 0,1 0,1 0,0031 0,05 0,0387 0,03 0,0092 0,011 0,04 0,0154
Molibdênio mg/L NP NP 0,0025 - 0,0025 - 0,0025 0,0025 - 0,0025
Níquel mg/L 0,025 0,025 0,001 - 0,001 - 0,001 0,001 - 0,001
Sílica mg/L NP NP 3,506 - 3,896 - 3,532 2,555 - 3,076
Estrôncio mg/L NP NP 0,004 - 0,0124 - 0,0034 0,0062 - 0,0028
Antimônio mg/L 0,005 0,005 0,005 - 0,005 - 0,01 0,005 - 0,01
Zinco mg/L 0,18 0,18 0,0074 - 0,0271 - 0,0059 0,0147 - 0,0108
Flúor mg/L NP NP 0,02 - 0,02 - 0,03 0,04 - 0,02
Cloreto mg/L 250 250 0,3 - 0,46 - 0,19 0,2 - 0,26
Nitrito mg/L 1 1 0,1 - 0,1 - 0,1 0,1 - 0,1
Brometo mg/L NP NP 0,03 - 0,03 - 0,03 0,03 - 0,03
Nitrato mg/L 10 10 0,3 - 0,4 - 0,3 0,2 - 0,5
Fosfato mg/L NP NP 0,1 - 0,1 - 0,1 0,1 - 0,1
Sulfato mg/L 250 250 0,5 - 0,7 - 0,5 0,2 - 0,2

Legenda: NP - Não Possui; L1: Limites estabelecidos para Classe 1 – DN COPAM 01/08; L2: Limites estabelecidos para Classe 2 – DN COPAM 01/08.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 354


Os valores de pH variaram de 7,18 a 8,02, caracterizando ambientes levemente alcalinos.
Todos os valores de oxigênio dissolvido ficaram acima do limite mínimo estipulados na
legislação. A condutividade estava baixa, com exceção do córrego Mato Grosso, que
apresentou, valor comparativamente mais elevado (115 µS/cm). Esse ponto apresentou
também elevadas concentrações de cálcio e magnésio, o que foi apontado pelo CPRM
(2005) como um reflexo da geologia local. Esse mesmo padrão foi verificado nas
campanhas realizadas pela Vale, conforme será visto no diagnóstico local. O córrego Mato
Grosso apresentou também não conformidade para o ferro dissolvido. O córrego Maria
Casimira e o ribeirão Preto apresentaram não conformidade para Antimônio, avaliado
apenas na segunda campanha. Ressalta-se que como será visto no diagnóstico local, nas
análises realizadas pela Vale nesses rios o antimônio não foi detectado em nenhuma das 15
campanhas realizadas no ribeirão Preto e nem nas sete campanhas realizadas no córrego
Maria Casimira.

6.12.2.2 ÁREA DE ESTUDO LOCAL (AEL)

Devido ao grande volume de campanhas e de pontos monitorados pela Vale a avaliação dos
resultados das amostragens da qualidade das águas superficiais na área de inserção do
Projeto Apolo Umidade Natural será apresentada por meio de estatística descritiva
permitindo de forma sintética analisar e interpretar os resultados.

A Tabela 6-110 apresenta, por sub-bacia, a estatística descritiva com os valores mínimos,
máximos, médios e o número de não conformidades para os parâmetros que apresentaram
variação nos resultados entre as amostras nas bacias do rio das Velhas e Piracicaba. Os
laudos analíticos encontram-se reunidos nos Anexos do Volume 2 (Boletins de Análise de
Qualidade das Águas Superficiais - ANEXO X).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 355


Tabela 6-110: Resumo de valores mínimos, máximos, médios e número de não conformidades encontradas para cada sub-bacias.

Bacia do rio das Velhas Bacia do rio Piracicaba


Sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São
Parâmetro Unidade L1 L2 Sub-bacia do córrego Cortesia Sub-bacia do ribeirão da Prata Sub-bacia do ribeirão Sabará
João
Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC
Alcalinidade Bicarbonatos mg/L NP - - - - - - - - 22,9 63,7 51,25 0 - - - -
NP
Alcalinidade Total mg CaCO3/L NP ND 13,9 6,7244 0 ND 34,3 15,626 0 5,28 119 29,757 0 ND 94,7 24,8 0
Alumínio Dissolvido mg Al/L 0,1 0,1 ND 0,03 0,0183 0 ND 0,14 0,019 1 ND 0,06 0,0185 0 ND 0,15 0,022 1
Alumínio Total μg/L NP - - - - - - - - ND 26,5 15,6 0 - - - -
NP
Arsênio Dissolvido mg/L NP - - - - - - - - 0,00259 0,0152 0,0117 0 - - - -
Arsênio total mg As/L 0,01 0,01 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,0164 0,0035 3 ND ND ND 0
Bário Dissolvido mg/L NP NP - - - - - - - - 0,00493 0,0166 0,0122 0 - - - -
Bário Total mg Ba/L 0,7 0,7 ND ND ND 0 ND 0,03 0,0052 0 ND 0,02 0,0064 0 ND 0,02 0,005 0
Berílio Total mg Be/L 0,04 0,04 ND 0,004 0,0016 0 ND 0,007 0,0018 0 ND 0,008 0,0018 0 ND 0,008 0,002 0
Boro Dissolvido mg/L NP NP - - - - - - - - ND 0,0041 0,0021 0 - - - -
Boro Total mg B/L 0,5 0,5 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,05 0,0281 0 ND ND ND 0
Cálcio Dissolvido mg/L NP - - - - - - - - 11,9 46,8 30,575 0 - - - -
NP
Cálcio Total μg/L NP - - - - - - - - 12300 49500 31725 0 - - - -
Cloreto total mg Cl-/L 250 250 ND 1,2 0,5967 0 ND 3,13 0,5871 0 ND 15,8 1,4329 0 ND 1,03 0,505 0
Clorofila a µg/L 10 30 ND 2,14 0,6986 0 ND 2,14 0,6253 0 ND 8,54 0,886 0 ND 2,14 0,647 0
Cobalto Dissolvido mg/L NP NP - - - - - - - - ND 0,00301 0,0017 0 - - - -
Cobalto Total mg Co/L 0,05 0,05 ND ND ND 0 ND 0,009 0,004 0 ND 0,00329 0,0039 0 ND ND ND 0
Coliformes Termotolerantes UFC ou NMP/100mL 200 1000 3 170 38,222 0 ND 2300 123,21 12 ND 420000 19655 16 ND 36000 443 3
Condutividade Elétrica µS/cm NP NP ND 39 19,428 0 ND 160 36,868 0 ND 729 83,28 0 ND 263 50,4 0
Cor Verdadeira mg Pt/L Nível Natural 75 ND 24 9,5 0 ND 87 9,906 0 ND 29 9,0364 0 ND 43 6,9 0
Cromo Total mg Cr/L 0,05 0,05 ND ND ND 0 ND 0,02 0,0052 0 ND ND ND 0 ND ND ND 0
DBO mg O2/L 3 5 ND ND ND 0 ND 3,13 1,5138 1 ND 4,58 1,6225 0 ND 3,44 1,57 0
Densidade de cianobactérias cel./mL 20000 50000 ND ND ND 0 ND 5066 47,405 0 ND 412 10,609 0 ND 71,44 3,2 0
Dureza Total mg CaCO3/L NP ND 14,2 5,902 0 ND 31 13,797 0 5,86 48,4 24,538 0 ND 103 24,4 0
NP
Estreptococos fecais UFC/ 100 mL NP - - - - - - - - 63 290 145,75 0 - - - -
Ferro Dissolvido 0,3 0,3 0,17 7,08 1,6817 16 ND 0,51 0,1369 16 ND 0,78 0,1546 6 ND 0,18 0,05 0
mg Fe/L
Ferro Total NP NP 0,24 11,3 2,7708 0 ND 6,75 0,2878 0 ND 1,78 0,3651 0 ND 0,43 0,06 0
Fluoreto Total mg F-/L 1,4 1,4 ND 0,44 0,07 0 ND 1,32 0,0849 0 ND 0,58 0,0807 0 ND 1,15 0,07 0
Fosfato (como P) mg/L NP NP - - - - - - - - ND 0,02 0,01 0 - - - -
Fósforo Total mg P/L 0,1 0,1 ND 0,06 0,0117 0 ND 0,14 0,0093 1 ND 0,1 0,0179 0 ND 0,34 0,01 1
Lítio total mg Li/L 2,5 2,5 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,00399 0,0432 0 ND ND ND 0
Magnésio Dissolvido mg/L NP - - - - - - - - 5,14 15,7 11,01 0 - - - -
Magnésio Total μg/L NP NP - - - - - - - - 5440 16600 11435 0 - - - -
Manganês Dissolvido NP 0,02 1,64 0,1966 0 ND 0,081 0,0183 0 ND 0,26 0,0664 0 ND 0,934 0,08 0
mg Mn/L
Manganês Total 0,1 0,1 0,02 1,675 0,2102 9 ND 0,13 0,0237 4 ND 0,27 0,077 20 ND 0,991 0,095 15
Níquel Dissolvido mg/L NP NP - - - - - - - - ND 0,0035 0,002 0 - - - -
Níquel total mg Ni/L 0,025 0,025 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,0047 0,0047 0 ND ND ND 0
Nitrato mg N_NO3/L 10 10 ND 0,04 0,015 0 ND 0,2 0,0582 0 ND 6,5 0,3095 0 ND 0,39 0,07 0
Nitrito mg N_NO2/L 1 1 ND 0,02 0,0106 0 ND 0,08 0,0114 0 ND 0,7 0,0288 0 ND 0,02 0,011 0

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 356


Bacia do rio das Velhas Bacia do rio Piracicaba
Sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São
Parâmetro Unidade L1 L2 Sub-bacia do córrego Cortesia Sub-bacia do ribeirão da Prata Sub-bacia do ribeirão Sabará
João
Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC Mín. Máx. Média NC
Nitrogênio Amoniacal Total mg N_NH3/L * * ND 0,55 0,14 0 ND 1,09 0,1024 0 ND 1,23 0,1582 0 ND 0,29 0,076 0
Oxigênio Dissolvido mg O2/L 6 5 1,66 8,17 5,2335 10 2,6 9,87 7,0318 19 0,9 14,6 6,6361 11 3,43 11,6 7,4 9
pH NP 6a9 6a9 4,73 8,11 6,07 10 4,79 9,28 7,0199 13 5,49 7,93 6,9149 4 5,14 10,2 7,1 10
Potássio Dissolvido mg/L NP - - - - - - - - 0,344 7,32 3,3285 0 - - - -
Potássio Total μg/L NP - - - - - - - - 351 9840 4002,8 0 - - - -
Potencial Redox mV NP - - - - - - - - 75,2 261,5 157,8 0 - - - -
NP
Sílica Dissolvida NP - - - - - - - - 11 22,6 14,325 0 - - - -
mg/L
Sódio Dissolvido NP - - - - - - - - 2,44 76,5 33,985 0 - - - -
Sódio Total μg/L NP - - - - - - - - 2480 80100 35345 0 - - - -
Sólidos Dissolvidos Totais mg SDT/L 500 500 ND 29,6 12,883 0 ND 59,5 24,477 0 13,2 528 61,481 1 ND 129 33 0
Sólidos Suspensos Totais mg SST/L 50 100 ND 58,8 13,439 1 ND 75,6 5,7864 1 ND 38,4 6,1309 0 ND 205 8,88 2
Substâncias tensoativas mg MBAS/L 0,5 0,5 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,88 0,1764 3 ND 0,5 0,156 0
Sulfato total mg SO4/L 250 250 ND 1,56 0,5589 0 ND 2,8 0,6411 0 ND 316 10,689 1 ND 7,99 1,265 0
Temperatura da Amostra NP 14,8 23,2 18,25 0 13,9 26 18,94 0 15,1 24,6 19,051 0 14 29,2 18,4 0
°C NP
Temperatura do Ar NP 16,9 25,1 20,867 0 14,4 31,8 21,958 0 17 34 22,843 0 15,9 33,1 22,4 0
Turbidez NTU 40 100 ND 60,7 8,6229 1 ND 323 5,8302 4 ND 43,5 2,9782 0 ND 44,9 1,22 1
Zinco Dissolvido mg/L NP NP - - - - - - - - ND 0,00265 0,0015 0 - - - -
Zinco total mg Zn/L 0,18 0,18 ND ND ND 0 ND ND ND 0 ND 0,0034 0,0432 0 ND ND ND 0

Legenda: (L1): Limites estabelecidos para Classe 1 – DN COPAM 01/08; (L2): Limites estabelecidos para Classe 2 – DN COPAM 01/08; (NC): Não conformidade; (ND): Não detectado; (NP): Não Possui; (*):3,7 mg/L N, para pH ≤ 7,5; 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH ≤ 8,0; 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH ≤
8,5 e 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 357


A Tabela 6-111 apresenta os parâmetros que registraram apenas resultados censurados (que
não foram detectados pelo método analítico aplicado pelo laboratório, por serem muito
baixos para serem computados pelo instrumento de medição) em todas das amostragens e
em todos dos pontos. Como esperado, devido as características da área de estudo, que
apresenta em geral baixa influência antrópica e sem a presença de agricultura intensiva, os
parâmetros orgânicos relacionados a presença agrotóxicos não foram detectados, assim
como também não foram detectados alguns metais e contaminantes como antimônio,
cádmio, chumbo, cianeto, cobre, cromo, DQO, fenóis, mercúrio, óleos e graxas, prata,
selênio, sulfeto, urânio e vanádio.

Tabela 6-111:Parâmetros não detectados.


Parâmetros Não Detectados
Demeton (Demeton-O e Demeton-
2,4,6-triclorofenol Mercúrio total
S)
2,4-D, Demeton Demeton O Metolacloro
Alacloro Demeton S Metoxicloro
Aldrin +Dieldrin Dodecacloro pentaciclodecano o,p'-DDT
Antimônio DQO Óleos e Graxas
Atrazina Endossulfan p,p'-DDT
Cádmio Dissolvido Endossulfan1 Paration
Cádmio total Endossulfan2 Pentaclorofenol
Carbaril Endrin Permetrina
Chumbo Dissolvido Endrin Aldeido Prata Dissolvida
Chumbo total Endrin Cetona Prata total
Cianeto livre Fenóis totais Selênio total
Clordano (cis e trans) Glifosato Sulfeto
Cloro Residual Total (combinado + livre) Gution Toxafeno
Cobre dissolvido Heptacloro epóxido + Heptacloro Trifluralina
Cobre Total Hexaclorobenzeno Urânio Dissolvido
Cromo Dissolvido Lindano Urânio Total
DDT Malation Vanádio Dissolvido
Demeton Mercúrio Dissolvido Vanádio total

A seguir será apresentado a caracterização atual da qualidade das águas da área de estudo
do Projeto Apolo Umidade Natural, organizados por bacias e sub-bacias de interesse.

6.12.2.2.1 BACIA DO RIO DAS VELHAS

Na bacia do rio das Velhas foram avaliados 10 rios na área do Projeto Apolo Umidade
Natural, sendo assim dispostos:

▪ cinco rios na sub-bacia do ribeirão da Prata - ribeirão da Prata, córrego Cachoeira,


córrego Gandarela, córrego Maquiné e córrego Olhos D’água;
▪ quatro rios na sub-bacia do ribeirão Sabará -córrego Santo Antônio, ribeirão Juca
Vieira, córrego Roça Grande e córrego Jacu;
▪ um rio na sub-bacia do córrego Cortesia - córrego Cortesia.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 358


6.12.2.2.1.1 Sub-bacia do ribeirão da Prata

Na sub-bacia do ribeirão da Prata, encontra-se a maioria dos pontos de amostragens,


distribuídos no córrego Cachoeira (VCH-13 e VCH-13-A), córrego Gandarela (VGD-01 e
VGD-01-A), córrego Maquiné (VMQ-17), córrego Olhos d’Água (VL-11 e VOD-01-A) e
ribeirão da Prata (Alternativa-05, Travessia, Travessia-A e VL-12) (Foto 6-67 a Foto 6-77).

Conforme explicado na metodologia, devido às condições de acesso a partir da segunda


campanha o ponto VGD-01 foi substituído pelo ponto VGD-01A, mais a montante, e por
representarem a condição do mesmo rio (córrego Gandarela), o ponto VGD-01 (que possui
apenas uma amostra) será incorporado ao ponto VGD-01A nas análises gráficas de boxplot.

Foto 6-67: VGD-01-A - Córrego Gandarela. Foto 6-68: VGD-01 - Córrego Gandarela. Fonte:
Fonte: MDGEO, 2020. MDGEO, 2020.

Foto 6-69: VMQ-17 - Córrego Maquiné. Fonte: Foto 6-70: VCH-13-A - Córrego Cachoeira.
MDGEO, 2020. Fonte: MDGEO, 2020.

Foto 6-71: VCH-13 - Córrego Cachoeira. Fonte: Foto 6-72: VL-11 - Córrego Olhos d’Água.
MDGEO, 2020. Fonte: MDGEO, 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 359


Foto 6-73: VOD-01-A - Córrego Olhos d’Água. Foto 6-74: Travessia-A - Ribeirão da Prata.
Fonte: MDGEO, 2020. Fonte: MDGEO, 2020.

Foto 6-75: Travessia - Ribeirão da Prata. Fonte: Foto 6-76: Alternativa-05 (ALT-05) - Ribeirão da
MDGEO, 2020. Prata. Fonte: MDGEO, 2020.

Foto 6-77: VL-12 - Ribeirão da Prata. Fonte: MDGEO, 2020.

Na sub-bacia do ribeirão da Prata são amostrados pontos com diferentes padrões de


escoamento superficial. Conforme esperado, as maiores vazões foram encontradas no
ribeirão da Prata, com médias entre 301,5 m³/h no ponto mais a montante (Travessia-A) e
1.525 m³/h no ponto ALT-05, que se encontra mais a jusante no mesmo rio. As vazões mais
baixas foram encontradas mais próximos das cabeceiras nos afluentes de baixa ordem
como VGD-01A (córrego Gandarela com média de 29,7 m³/h), VCH-13 (córrego Cachoeira
com média de 93,2 m³/h) e VL-11 (córrego Olhos d’Água com média de 136,9 m³/h). Pelo
Gráfico 6-104 também é possível perceber a influência das chuvas no regime de vazões.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 360


Gráfico 6-104: Variação da vazão e pluviometria na sub-bacia do ribeirão da Prata entre
2018 e 2020
Fonte: MDGEO, 2020.

As análises indicaram pH entre ácido e básico, mas que em geral se posicionaram próximo
de 7 e dentro da faixa limite estipulada pela legislação, com exceção do córrego Gandarela,
que apresenta valores mais ácidos, com mediana igual a 5,64 (Gráfico 6-105). As medianas
mais altas de pH foram encontradas nos córregos Olhos d’Água (7,48) e Cachoeira (7,36).

A alcalinidade foi congruente com essa tendência, apresentando mediana de 26,1 mg/L no
córrego Olhos d’água e seu afluente córrego Cachoeira e mediana de 8,6 mg/L nos demais
cursos hídricos. Assim como para o pH, os valores mais baixos de alcalinidade foram
encontrados no córrego Gandarela (mediana de 4,98 mg/L). Quanto a dureza, todos os rios
foram classificadas como brandos (FEITOSA, 2000), mas fica clara a diferenciação
encontrada nos córregos Olhos d’água e seu afluente Cachoeira, que apresentaram juntos
mediana de 24 mg/L, enquanto nos demais rios a dureza mediana foi de 7,48 mg/L.

A maior quantidade de íons nos córregos Olhos d’água e seu afluente Cachoeira fica
evidenciada nos valores de condutividade, que apresentaram mediana de 52 µS/cm,
comparada à mediana de 17,5 µS/cm nos demais pontos dessa sub-bacia e para os sólidos
dissolvidos que registrou mediana 36,4 mg/L nos córregos Olhos d’água e Cachoeira e
mediana de 14,8 mg/L nos demais pontos dessa sub-bacia. A cor verdadeira é limitada nas
águas de classe 2 em 75 mg/L, sendo nas águas de classe 1 indicada a manutenção do seu
nível natural. Para fins comparativos, ultrapassou 75 mg/L apenas o ponto Travessia, no
ribeirão da Prata, na campanha de 02/10/18 quando foi registrado 87 mg/L. Os córregos
Olhos d’água e Cachoeira também apresentaram um maior número de resultados
detectáveis para a cor verdadeira comparados aos demais pontos, ainda que em valores
não muitos discrepantes.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 361


Gráfico 6-105: Boxplot de distribuição dos valores de pH na sub-bacia do ribeirão da Prata.

Os valores de oxigênio foram em geral satisfatórios nessa sub-bacia, e todas as medianas


(mediana entre 6,55 mg/L e 7,79 mg/L) se posicionaram acima do limite mínimo estipulado
pela legislação na sub-bacia do ribeirão da Prata, como mostra o Gráfico 6-106.

Gráfico 6-106: Boxplot de distribuição dos valores de oxigênio dissolvido na sub-bacia do ribeirão
da Prata.

A demanda bioquímica de oxigênio não indicou poluição orgânica e os teores de DBO


estavam abaixo do limite de detecção (<3) em todas as amostragens, com exceção de um
único valor não conforme, detectado no ribeirão da Prata (ponto Travessia), no valor de 3,13
mg/L em 02/10/18 (Gráfico 6-107).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 362


Gráfico 6-107: Boxplot de distribuição dos valores de DBO na sub-bacia do ribeirão da Prata.

O ponto Travessia registrou também a única não conformidade para o fósforo total (Gráfico
6-108), nessa mesma campanha, em 02/10/18. Na descrição da empresa responsável pelas
amostragens foram relatadas chuvas antes das amostragens e turvação da água no
momento da coleta, o que pode ter contribuído para o aumento pontual da carga de
nutrientes.

Gráfico 6-108: Boxplot de distribuição dos valores de fósforo total na sub-bacia do ribeirão da Prata.

Os demais parâmetros relacionados à condição de trofia, como a série nitrogenada e


clorofila a não apresentaram alterações expressivas ao longo das campanhas. O índice IET
indicou águas entre ultraoligotrófica e oligotróficas (Gráfico 6-109), o que indica baixa
produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água,
decorrentes da presença de nutrientes (CETESB, 2007).Conforme esperado para a área,
não foi detectada a presença de detergentes (<0,3 mg/L de substâncias tensoativas).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 363


Gráfico 6-109: Boxplot de distribuição dos valores do índice IET na sub-bacia do ribeirão da Prata.

Os coliformes tolerantes ocorreram em geral em densidades baixas e é possível verificar


pela dispersão dos dados no boxplot (Gráfico 6-110) que tanto as medianas quanto os
interquartis se posicionaram abaixo do limite máximo para Classe 1, mas ocorreram desvios
isolados em todos os rios dessa sub-bacia, com exceção do córrego Gandarela que
manteve todos os resultados abaixo do limite máximo.

Gráfico 6-110: Boxplot de distribuição dos valores de coliformes termotolerantes na sub-bacia do


ribeirão da Prata.

Os rios da sub-bacia do ribeirão da Prata possuem em geral águas de baixa turvação e


baixa quantidade de sólidos em suspensão (Gráfico 6-111 e Gráfico 6-112), apesar de
eventos pontuais de não conformidades, com valores máximos registrados no ponto
Travessia (323 NTU de turbidez e 75,6 mg/L de sólidos suspensos). O ribeirão da Prata
apresentou essas únicas não conformidades para turbidez e sólidos suspensos no ponto

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 364


Travessia, na campanha de 02/10/18 o que, conforme já relatado, pode ser explicado pelas
chuvas ocorridas antes da amostragem e corroborado pela turvação relatada pela equipe de
campo.

Gráfico 6-111: Boxplot de distribuição dos valores de turbidez na sub-bacia do ribeirão da Prata.

Gráfico 6-112: Boxplot de distribuição dos valores de sólidos suspensos na sub-bacia do ribeirão da
Prata.

Na sub-bacia do ribeirão da Prata os metais ferro e manganês foram registrados em teores


mais elevados no córrego Olhos d’água e seu afluente córrego Cachoeira, onde
concentraram-se os resultados acima do limite máximo estipulado na legislação (Gráfico
6-113, Gráfico 6-114). No ponto VCH-13-A (córrego Cachoeira) foi registrado também um
desvio pontual e sem recorrência para o alumínio (0,14 mg/L), no período chuvoso de
janeiro/20 (Gráfico 6-115). O alumínio é abundante nos solos da área de estudo e deve ter
sido carreado com os sedimentos pelas chuvas, o que é corroborado pelos resultados de
turbidez e sólidos suspensos, que atingiram os valores máximos nessa mesma campanha.
No ribeirão da Prata (pontos Travessia-A, Travessia, Alternativa-05 e VL012) esses metais
não são abundantes, mas ocorrências pontuais foram detectadas no ponto Travessia, na

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 365


campanha de setembro/19 (0,12 mg/L de manganês total) e no ponto VL12 na campanha de
novembro/19 (0,31 mg/L de ferro dissolvido).

De acordo com o mapeamento de uso do solo (Figura 6-60) a montante do ponto VCH-13A,
no córrego Cachoeira, há uma antiga mina de ouro desativada, de propriedade da
Mineração Serras do Oeste. O córrego Cachoeira é afluente do córrego Olhos d’água, que
recebe influência tanto dessa mineração paralisada quanto de áreas antropizadas de
pastagens e reflorestamento de eucalipto localizadas a montante do ponto VL11, o que pode
ter contribuído para as diferenças entre as características físico-químicas diagnosticas
nesses pontos em comparação aos demais pontos de amostragem nessa sub-bacia.

O índice Contaminação por Tóxicos indicou ausência de contaminação visto que nenhum
parâmetro considerado pelo índice excedeu o limite máximo permitido.

Gráfico 6-113: Boxplot de distribuição dos valores de ferro dissolvido na sub-bacia do ribeirão da
Prata.

Gráfico 6-114: Boxplot de distribuição dos valores de manganês total na sub-bacia do ribeirão da
Prata.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 366


Gráfico 6-115: Boxplot de distribuição dos valores de alumínio dissolvido na sub-bacia do ribeirão
da Prata.

O índice IQA classificou a qualidade das águas como predominantemente boas mantendo
todas as medianas e interquartis dentro dessa faixa de qualidade, com registros pontuais de
valores médios ou excelentes (Gráfico 6-116). Os resultados refletem as características locais
que predominantemente não possuem interferência por esgotos domésticos, nutrientes e
sólidos.

Gráfico 6-116: Boxplot de distribuição dos valores do índice IQA na sub-bacia do ribeirão da Prata.

6.12.2.2.1.2 Sub-bacia do ribeirão Sabará

Na sub-bacia do ribeirão da Sabará, encontram-se seis pontos de amostragem, distribuídos


no córrego Santo Antônio (MV-11), ribeirão Juca Vieira (RL01, VJV-21 e VJV-21-A), córrego
Roça Grande (RL02) e córrego Jacu (RL03) (Foto 6-78 a Foto 6-83).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 367


Foto 6-78: MV-11 - Córrego Santo Antônio. Foto 6-79: RL01 - Ribeirão Juca Vieira. Fonte:
Fonte: MDGEO, 2020. MDGEO, 2020.

Foto 6-80: VJV-21 - Ribeirão Juca Vieira. Fonte: Foto 6-81: VJV-21-A - Ribeirão Juca Vieira.
MDGEO, 2020. Fonte: MDGEO, 2020.

Foto 6-82: RL02 - Córrego Roça Grande. Fonte: Foto 6-83: RL03 - Córrego Jacu. Fonte: Vale,
Vale, 2015. 2015.

Na sub-bacia do ribeirão Sabará foram realizadas medições de vazões para os pontos VJV-
21, VJV-21A, RL01 e MV-11. As vazões nos pontos avaliados são em geral mais baixas do
que na sub-bacia do ribeirão da Prata e sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João e
mais altas do que no córrego Cortesia e também oscilaram sazonalmente, proporcional ao
regime de chuvas. O córrego Santo Antônio (MV-11) e o Ribeirão Juca Vieira em sua porção
mais baixa (RL01) apresentaram as maiores vazões, com média de 135 m³/h e 277 m³/h
respectivamente.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 368


Gráfico 6-117: Variação da vazão e pluviometria na sub-bacia do ribeirão Sabará entre 2018 e
2020. Fonte MDGEO, 2020.

As análises físico-químicas indicaram valores de pH que variaram entre ácido e básico, mais
ácidos nos pontos mais próximos das cabeceiras e sob menor influência antrópica como
VJV-21 (ribeirão Juca Vieira), onde se concentraram os valores abaixo do limite mínimo
estipulado na legislação (três não conformidades), e mais altos nos pontos mais
antropizados como o MV-11, localizado no córrego Santo Antônio, sob influência do distrito
de Morro Vermelho e nos córregos Roça Grande e Jacu (Gráfico 6-118). A alcalinidade e
dureza seguiram essa tendência, apresentando águas com menor capacidade de
tamponamento e mais brandas no ponto VJV-21, no ribeirão Juca Vieira.

Em relação à condutividade, que representa a quantidade de íons presentes na água, e


demais parâmetros relacionados, como sólidos dissolvidos e cloretos, as maiores
concentrações foram encontradas nos pontos localizados nos córregos Roça Grande (RL02)
e Jacu (RL03), que estão localizados em área caracterizada no mapeamento de uso do solo
por pastagens, eucaliptais e mineração. Depois deles destaca-se o córrego Santo Antônio
(MV-11), que se encontra em área sob influência do distrito de Morro Vermelho. A cor
verdadeira é limitada nas águas de classe 2 em 75 mg/L, e não houve registro de não
conformidade.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 369


Gráfico 6-118: Boxplot de distribuição dos valores de pH na sub-bacia do ribeirão Sabará.

Os valores de oxigênio foram mais baixos no ponto MV-11 (mediana 4,89 mg/L), podendo
ser observado pelo Gráfico 6-119 que a mediana e o quartil inferior do boxplot se
posicionaram abaixo do limite mínimo estipulado pela legislação.

Gráfico 6-119: Boxplot de distribuição dos valores de oxigênio dissolvido na sub-bacia do ribeirão
Sabará.

O índice IET indicou águas que variaram entre ultraoligotróficas e mesotróficas (Gráfico
6-120), sendo as maiores condições de trofia encontradas no córrego Jacu, ribeirão Juca
Vieira e córrego Santo Antônio, em função de eventuais aumentos de clorofila a, mesmo que
em concentrações abaixo do limite máximo estipulado na legislação.

A demanda bioquímica de oxigênio foi em geral maior no ponto MV-11, mas não ultrapassou
o limite máximo de 5 mg/L para águas de classe 2, como mostra o Gráfico 6-121.

O ponto MV-11 registrou o maior número de detecções para o fósforo total sem, contudo,
ultrapassar o limite máximo permitido (Gráfico 6-122). Os demais parâmetros relacionados à
condição de trofia, como a série nitrogenada, estiveram mais presentes nos pontos MV-11,

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 370


RL02 e RL03, porém em concentrações abaixo do limite legal. A presença de detergentes
(máximo 0,88 mg/L de substâncias tensoativas) ocorreu apenas no córrego Santo Antônio
(MV-11), o que é condizente com a localização em área povoada do distrito de Morro
Vermelho (Gráfico 6-123).

Gráfico 6-120: Boxplot de distribuição dos valores do índice IET na sub-bacia do ribeirão Sabará.

Gráfico 6-121: Boxplot de distribuição dos valores de DBO na sub-bacia do ribeirão Sabará.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 371


Gráfico 6-122: Boxplot de distribuição dos valores de fósforo total na sub-bacia do ribeirão Sabará.

Gráfico 6-123: Boxplot de distribuição dos valores de substâncias tensoativas na sub-bacia do


ribeirão Sabará.

Os coliformes tolerantes também se destacaram nesse córrego, e é possível notar pela


dispersão dos dados no boxplot (Gráfico 6-124) que tanto as medianas quanto os
interquartis se posicionaram acima do limite máximo para Classe 2. Foi registrado também
um desvio no ponto VJV-21-A.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 372


Gráfico 6-124: Boxplot de distribuição dos valores de coliformes termotolerantes na sub-bacia do
ribeirão Sabará.

Os rios avaliados possuem águas de baixa turvação e baixa quantidade de sólidos em


suspensão, sem registros de não conformidades para águas de classe 2.

Os metais ferro (Gráfico 6-125) e manganês (Gráfico 6-126) foram registrados em teores
mais elevados no ponto RL01, onde todos os resultados estavam desconformes. Esse ponto
se localiza a jusante de um barramento de água, que pode propiciar a acumulação e
dissolução desses metais que são abundantes na geologia local. O ferro dissolvido também
apresentou uma não conformidade no ponto MV-11 e o manganês foi registrado em teores
desconformes em todos os rios avaliados. Nos pontos RL02 e RL03 foram encontradas
ainda, não conformidades para o arsênio (Gráfico 6-127). O arsênio é naturalmente presente
no solo da região e algumas atividades humanas, como mineração e agricultura, existentes
a montante desses pontos, podem provocar aumento na mobilização de elementos traço, a
partir de solos ou resíduos, para a água doce (ANA, 2013). De acordo com Viola et al.
(2005), na bacia do rio das Velhas tem sido observada a ocorrência de arsênio ao longo dos
anos, principalmente no seu alto curso. O mapa geoquímico do arsênio, publicado pelo
Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2010), ajuda na compreensão da distribuição desse
elemento nos sedimentos de fundo da bacia e indica altas concentrações na região do
empreendimento.

O índice Contaminação por Tóxicos indicou média contaminação nos córregos Roça Grande
e Jacu, visto que a faixa de concentração de arsênio ultrapassou o limite máximo no
intervalo de 20% a 100%.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 373


Gráfico 6-125: Boxplot de distribuição dos valores de ferro dissolvido na sub-bacia do ribeirão
Sabará.

Gráfico 6-126: Boxplot de distribuição dos valores de manganês total na sub-bacia do ribeirão
Sabará.

Gráfico 6-127: Boxplot de distribuição dos valores de arsênio total na sub-bacia do ribeirão Sabará.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 374


O índice IQA classificou a qualidade das águas como predominantemente boas no ribeirão
Juca Vieira. No córrego Santo Antônio o quartil inferior se posicionou sobrepondo as classes
média e ruim enquanto o quartil superior e a mediana alcançaram a classe média (Gráfico
6-128). A qualidade inferior identificada no córrego Santo Antônio ocorreu principalmente
como resultado das altas densidades de coliformes termotolerantes encontradas no ponto de
amostragem, que sofre influência do distrito de Morro Vermelho.

Gráfico 6-128: Boxplot de distribuição dos valores do índice IQA na sub-bacia do ribeirão Sabará.

6.12.2.2.1.3 Sub-bacia do córrego Cortesia

Na sub-bacia do córrego cortesia, encontra-se o ponto de amostragem MV-10, localizado


em córrego de mesmo nome, que passa por uma propriedade localizada ao sul da serra e é
utilizado como ponto controle, visto que não receberá influência do futuro empreendimento
(Foto 6-84).

Foto 6-84: MV-10 - Córrego Cortesia.


Fonte: MDGEO, 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 375


O córrego Cortesia apresentou baixa vazão, uma das menores comparado aos demais
pontos analisados na área de estudo, com mediana de 7,9 m³/h, mínima de 0,13 m³/h
registrada no período seco de setembro/19 e máxima de 1.245 m³/h no período chuvoso de
março de 2020. A vazão acompanhou as alterações de precipitação sazonais, sendo
influenciada pelo ciclo hidrológico, conforme ilustra o Gráfico 6-129.

Gráfico 6-129: Variação da vazão e pluviometria na sub-bacia do córrego Cortesia entre 2018 e
2020. Fonte: MDGEO, 2020.

As análises físico-químicas indicaram pH com grande amplitude de variação, mas


predominantemente ácido, com mediana que, conforme pode-se verificar no Gráfico 6-130,
se posicionou abaixo de 6 e fora da faixa limite estipulada pela legislação. As águas foram
classificadas como brandas quanto a dureza (FEITOSA, 2000) (máximo 14,2 mg/L), a
alcalinidade média foi igual a 6,22 mg/L e os valores de sólidos dissolvidos apresentaram
média de 11,05 mg/L e máxima de 29,6 mg/L, acompanhados de uma condutividade elétrica
máxima de 39 µS/cm e cor verdadeira máxima de 24 mg/L, sem registro de não
conformidade.

Gráfico 6-130: Boxplot de distribuição dos valores de pH na sub-bacia do córrego Cortesia.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 376


Os valores de oxigênio foram em geral mais baixos nesse córrego em relação às demais
sub-bacias (Gráfico 6-131) e registrou mediana de 5,45 mg/L.

Gráfico 6-131: Boxplot de distribuição dos valores de oxigênio dissolvido na sub-bacia do córrego
Cortesia.

Já a demanda bioquímica de oxigênio não indicou poluição orgânica e os teores de DBO


estavam abaixo do limite de detecção (<3). Foram evidenciados baixos teores para os
parâmetros limitantes da eutrofização, como o fósforo e a série nitrogenada, assim como
clorofila, que é um indicador de biomassa de algas e, portanto, do estado trófico dos
ambientes aquáticos.

A classificação do índice IET variou entre oligotrófico e ultraoligotrófico (Gráfico 6-132) o que
indica baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da
água, decorrentes da presença de nutrientes (CETESB, 2007). Não foi registrada a presença
de detergentes (surfactantes) e os coliformes termotolerantes ocorreram em densidades
baixas, em coerência com as características do local, que não sofre pressão antrópica.

Gráfico 6-132: Boxplot de distribuição dos valores do índice IET na sub-bacia do córrego Cortesia.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 377


Os sólidos em suspensão e consequentemente a turbidez são em geral baixos, mas
ocorreram desvios pontuais tanto no período chuvoso quanto seco (Gráfico 6-133 e Gráfico
6-134).

Gráfico 6-133: Boxplot de distribuição dos valores de sólidos suspensos na sub-bacia do córrego
Cortesia.

Gráfico 6-134: Boxplot de distribuição dos valores de turbidez na sub-bacia do córrego Cortesia.

Os metais ferro e manganês, que são abundantes na geologia local (DNPM, 2010) se
destacaram nesse rio, onde foram registrados os teores mais elevados, comparados aos
demais pontos amostrados nas demais sub-bacias (Gráfico 6-135 e Gráfico 6-136). O
substrato da área de amostragem foi caracterizado pela empresa responsável pelas coletas
(MDGEO, 2018) como uma lama ferruginosa. De acordo com o mapeamento de uso do solo
(Figura 6-60) esse ponto de localiza em uma área de várzea, e esse ambiente brejoso, com
baixa vazão, conforme apresentado no Gráfico 6-129, se caracteriza por receber e acumular
sedimentos transportados das áreas adjacentes. A solubilidade de metais adsorvidos a

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 378


sólidos pode ser aumentada pela diminuição do pH e do oxigênio, o que também foi
verificado no ambiente em análise. O índice Contaminação por Tóxicos indicou ausência de
contaminação, visto que nenhum parâmetro considerado pelo índice excedeu o limite
máximo permitido.

Gráfico 6-135: Boxplot de distribuição dos valores de ferro dissolvido na sub-bacia do córrego
Cortesia.

Gráfico 6-136: Boxplot de distribuição dos valores de manganês total na sub-bacia do córrego
Cortesia.

No córrego Cortesia os valores do índice IQA se distribuíram em as classes boa e média,


(Gráfico 6-137). Os valores mais baixos possuem relação com as alterações nas
concentrações de oxigênio e no pH das águas dessa área.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 379


Gráfico 6-137: Boxplot de distribuição dos valores do índice IQA na sub-bacia do córrego Cortesia.

6.12.2.2.2 BACIA DO RIO PIRACICABA

Na bacia do rio Piracicaba foram avaliados seis rios na área do Projeto Apolo Umidade
Natural, sendo todos pertencentes a sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João.

6.12.2.2.2.1 Sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João

Nessa sub-bacia, encontram-se oito pontos de amostragem, distribuídos no ribeirão Preto,


rio Barão de Cocais ou São João, afluente sem nome do rio Barão de Cocais ou São João,
córrego Mato Grosso, córrego do Vigário e córrego Maria Casimira (Foto 6-85 a Foto 6-92).
Os pontos localizados no ribeirão Preto e no rio Barão de Cocais ou São João são
enquadrados pela DN Copam 09/94 como classe especial e não possuem limites definidos,
sendo determinado na legislação a manutenção de sua condição natural, mas para fins
comparativos os resultados serão comparados com os limites estipulados para classe 1.

Foto 6-85: VSE-10 -Afluente sem nome do rio Foto 6-86: VSE-10-A - Afluente sem nome do rio
Barão de Cocais. Fonte: MDGEO, 2020. Barão de Cocais. Fonte: MDGEO, 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 380


Foto 6-87: VSE-10-A_B - Rio Barão de Cocais ou Foto 6-88: VMG-01 - Córrego Mato Grosso.
São João. Fonte: MDGEO, 2020. Fonte: MDGEO, 2020.

Foto 6-89: VMC-05 - Córrego Maria Casimira. Foto 6-90: VVG-01 -Córrego do Vigário. Fonte:
Fonte: MDGEO, 2020. MDGEO, 2020.

Foto 6-91: VRP-11 - Ribeirão Preto. Fonte: Foto 6-92: VRP19-20 - Ribeirão Preto. Fonte:
MDGEO, 2020. MDGEO, 2020.

Na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João encontram-se pontos com regime de
escoamento heterogêneo, mas em geral mais elevados do que nas demais sub-bacias,
destacando-se o ponto VRP-11, localizado na porção mais a jusante do ribeirão Preto, com
as mais altas vazões dentre todos os pontos avaliados, média de 2.463,6 m³/h, mínima de
1.466,4 m³/h registrada no período seco de setembro/19 e máxima de 5.056,5 m³/h no
período chuvoso de março de 2020. As variações sazonais de precipitação refletiram no
escoamento superficial e consequentemente nas vazões mensuradas, conforme observado
no Gráfico 6-138.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 381


Gráfico 6-138: Variação da vazão e pluviometria na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João
entre 2018 e 2020. Fonte MDGEO, 2020.

As análises físico-químicas indicaram valores de pH que variaram entre ácido e básico, mas
que, como mostra o Gráfico 6-139, em geral se posicionaram dentro da faixa limite
estipulada pela legislação, com algumas não conformidades pontuais. Os pontos VRP-19-20
(ribeirão Preto) e VSE-10 (afluente do rio Barão de Cocais ou São João) apresentaram leve
tendência a águas de maior acidez (medianas iguais a 6,41 e 6,74, respectivamente),
enquanto o córrego Mato Grosso (VMG-01) apresentou o padrão mais básico (mediana de
7,95) o que é reflexo da alta dureza e alcalinidade dessas águas. Valores mais alcalinos
também foram verificados no córrego Maria casimira e no rio Barão de Cocais ou São João.

Quanto a dureza, o córrego Mato Grosso se destacou por apresentar um padrão de valores
mais altos, com águas classificadas como pouco duras ou duras, em valor máximo de 103
mg/L (FEITOSA, 2000). No córrego Maria Casimira uma única campanha apresentou águas
classificadas como pouco duras (58,8 mg/L), sendo as demais campanhas classificadas
como brandas, assim como nos demais rios (<50 mg/L). A condutividade e sólidos
dissolvidos foram congruentes com essa tendência à alta mineralização das águas no
córrego Mato Grosso, que é uma característica desse rio em função de sua geologia, já
diagnosticado em estudos geoquímicos do CPRM (2005). Os resultados também são
consistentes e corroboram o diagnosticado nas águas subterrâneas, onde também se
verifica que as nascentes localizadas na formação Gandarela apresentaram os maiores
valores de alcalinidade, cálcio, condutividade elétrica, magnésio e sólidos dissolvidos, fato
atribuído à interação entre a água de recarga e as porções dolomíticas presentes no itabirito
(item 6.13).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 382


Gráfico 6-139: Boxplot de distribuição dos valores de pH na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou
São João.

Os valores de oxigênio apresentaram medianas entre 7,14 mg/L e 8,5 mg/L, sendo similares
entre os pontos de amostragem, como mostra o Gráfico 6-140. A demanda bioquímica de
oxigênio esteve abaixo do limite de detecção (<3) em 94% das amostragens, sendo
detectada acima desse limite apenas em quatro amostras, em valor máximo de 3,44 mg/L,
registrado no córrego do Vigário em abril de 2019, sem recorrência (Gráfico 6-141).

Gráfico 6-140: Boxplot de distribuição dos valores de oxigênio dissolvido na sub-bacia do rio Barão
de Cocais ou São João.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 383


Gráfico 6-141: Boxplot de distribuição dos valores de DBO na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou
São João.

Os ambientes são, em geral, de baixa produtividade, com baixos teores para os parâmetros
limitantes da eutrofização, como o fósforo e a série nitrogenada, assim como clorofila, que é
um indicador do estado trófico. O índice IET considerou as águas predominantemente entre
ultraoligotróficas e oligotróficas, com exceção de uma amostra no córrego do Vigário (VVG-
01) classificada como mesotrófica devido a um aumento na concentração de fósforo em
janeiro de 2020 (Gráfico 6-142). O valor encontrado nessa campanha foi pontual e estava
em não conformidade (Gráfico 6-143).

Gráfico 6-142: Boxplot de distribuição dos valores do índice IET na sub-bacia do rio Barão de
Cocais ou São João.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 384


Gráfico 6-143: Boxplot de distribuição dos valores de fósforo total na sub-bacia do rio Barão de
Cocais ou São João.

Os coliformes tolerantes são usualmente baixos nessa sub-bacia, com medianas que
variaram entre 4 NMP/100mL (VRP-19-20) e 57,5 NMP/100mL (VMG-01), apesar de valores
mais altos ocorrerem pontualmente ao longo das amostragens, mantendo, em todo caso, os
interquartis e a mediana abaixo do limite máximo estipulado na legislação (Gráfico 6-144).

Gráfico 6-144: Boxplot de distribuição dos valores de coliformes termotolerantes na sub-bacia do rio
Barão de Cocais ou São João.

Os rios avaliados possuem em geral águas de baixa quantidade de sólidos em suspensão e


consequentemente baixa turvação, com valores mais altos identificados no ribeirão Preto
(VRP-11 e VRP19-20), que é um rio de classe especial, mas para fins comparativos
extrapolou o limite máximo para classe 1 em turbidez, em uma campanha (máximo 44,9
NTU) (Gráfico 6-145) e para sólidos em suspensão em duas campanhas (máximo 205 mg/L)
(Gráfico 6-146).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 385


Na área onde estão localizados esses pontos de amostragem, no ribeirão Preto, prevalece o
uso do solo natural, composto por floresta semidecidual e campo rupestre sobre canga, mas
há a montante uma mina desativada de dolomito, explorada pela empresa Extramil e outra
mina exaurida de carvão mineral da empresa MBR, além de áreas de reflorestamento de
eucalipto, solo exposto e com processos erosivos associados, conforme mapeamento de
uso do solo (Figura 6-60).

Gráfico 6-145: Boxplot de distribuição dos valores de turbidez na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou
São João.

Gráfico 6-146: Boxplot de distribuição dos valores de sólidos suspensos na sub-bacia do rio Barão
de Cocais ou São João.

A cor verdadeira é limitada nas águas de classe 2 em 75 mg/L, sendo nas águas de classe 1
e especial indicada a manutenção do seu nível natural. Os maiores teores de cor verdadeira

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 386


foram identificados no córrego do vigário (máximo 43 mg/L no ponto VVG-01), sem registro
de não conformidades.

O ferro dissolvido é pouco representativo na área, sendo detectado em uma única


amostragem no córrego Maria Casimira (VMC-05) em baixa concentração (0,18 mg/L). Em
oposição, o manganês foi detectado em maior frequência nas análises e se destacou no
ribeirão Preto, especialmente no ponto VRP19-20, onde todos os resultados estavam
desconformes (entre 0,3 e 0,991 mg/L) (Gráfico 6-147). Nesse ponto também foi encontrada
uma não conformidade para o alumínio em outubro de 2018 (Gráfico 6-148), o que pode ter
relação tanto com a geologia local, quanto com áreas de mineração desativadas, onde
associam-se solo exposto e processos erosivos. Os resultados estão em coerência com os
mapas geoquímicos desenvolvidos pelo CPRM (2010), que mostram que o manganês é
abundante nos solos dessa área da bacia e o alumínio está presente, porém em
concentrações relativamente baixas, de forma que a presença desses elementos está
relacionada ao aporte de sedimentos provenientes das áreas a montante, o que é
corroborado pelos registros de teores mais elevados de sólidos. O índice Contaminação por
Tóxicos indicou ausência de contaminação, visto que nenhum parâmetro considerado pelo
índice excedeu o limite máximo permitido.

Gráfico 6-147: Boxplot de distribuição dos valores de manganês total na sub-bacia do rio Barão de
Cocais ou São João.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 387


Gráfico 6-148: Boxplot de distribuição dos valores de alumínio dissolvido na sub-bacia do rio Barão
de Cocais ou São João.

O índice IQA classificou a qualidade das águas como predominantemente boas na sub-bacia
do rio Barão de Cocais ou São João, estando os quartis inferiores e superiores posicionados
dentro dessa classe em todos os pontos (Gráfico 6-149). Os valores mais baixos foram
influenciados por desvios pontuais nos parâmetros pH, oxigênio, fósforo e coliformes
termotolerantes.

Gráfico 6-149: Boxplot de distribuição dos valores do índice IQA na sub-bacia do rio Barão de
Cocais ou São João.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 388


6.12.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

O panorama atual de qualidade das águas na área do Projeto Apolo Umidade Natural,
obtido a partir da análise dos três últimos anos de monitoramento realizado pela Vale,
identificou uma predominância de resultados que atenderam os limites estipulados na
legislação. Das 14.870 análises realizadas, 12.123 foram de parâmetros que possuem
limites estipulados na legislação e em 226 delas houve registro de desvios, calculados em
menos de 2% de não conformidades.

O período chuvoso contribuiu para o aumento da vazão dos ambientes avaliados e


promoveu o carreamento de material alóctone para os cursos d’água, refletindo, mesmo que
de forma discreta, em um maior índice de não conformidades. A incidência de chuvas
momentos antes da coleta em períodos de transição como outubro/18 também refletiu em
desvios. Foram 3,5% das amostras coletadas no período chuvoso em não conformidade,
contra 1,6% no período seco.

Na bacia do rio das Velhas, nota-se maior porcentagem de não conformidades no córrego
Cortesia, seguido do Córrego Santo Antônio e na bacia do rio Piracicaba as análises
indicaram que o ribeirão Preto já apresenta concentrações insatisfatórias mais frequentes no
que tange ao atendimento a legislação. Ressalta-se que apesar de comparativamente mais
elevadas, as porcentagens de desvios são baixas (Tabela 6-112), congruentes com as
características geoquímicas e com o uso do solo na área.

A Tabela 6-112 apresenta um resumo da qualidade da água encontrada em cada rio


amostrado na área do Projeto Apolo Umidade Natural.

Conforme visualizado na Tabela 6-112 na bacia do rio das Velhas o córrego Cortesia
apresentou maior sensibilidade para os parâmetros ferro dissolvido, pH, oxigênio e
manganês. Esse córrego, representado pelo ponto MV-10, se localiza em uma área brejosa,
conforme pode ser observado no mapa de uso do solo, na Figura 6-60, e foi relatado nos
relatórios de monitoramento como uma área com substrato caracterizado por uma lama
ferruginosa. O índice IQA revelou águas majoritariamente de boa qualidade e o IET mediano
indicou predominância de águas ultraoligotróficas. O índice CT indicou ausência de
contaminação por tóxicos visto que não houve nenhuma extrapolação dos limites máximos
estipulados na legislação.

Na sub-bacia do ribeirão da Prata os ambientes amostrados apresentam em geral boa


qualidade da água e conforme Tabela 6-112 foram baixas as porcentagens de não
conformidade, relacionadas majoritariamente a desvios pontuais para ferro, pH, oxigênio,
coliformes termotolerantes. O índice IQA revelou águas majoritariamente de boa qualidade
e o Índice de Estado Trófico mediano indicou predominância de águas ultraoligotróficas O
índice CT indicou ausência de contaminação por tóxicos visto eu não houve nenhuma
extrapolação dos limites máximos estipulados na legislação.

Na sub-bacia do ribeirão Sabará o córrego Santo Antônio, sob influência do distrito de Morro
Vermelho, apresentou maior número de desvios para os parâmetros coliformes
termotolerantes, ferro dissolvido, manganês e substâncias tensoativas, demostrando que
suas interferências estão mais vinculadas ao despejo de esgoto sanitário e as áreas de solo

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 389


exposto identificadas no local de coleta, como pode ser observado na Foto 6-78. O índice
IQA mediano revelou boa qualidade no ribeirão Juca Vieira e média no córrego Santo
Antônio. O Índice de Estado Trófico mediano indicou águas ultraoligotróficas no ribeirão
Juca Vieira, bem como águas oligotróficas nos córregos Roça Grande e Santo Antônio e
mesotróficas no córrego Jacu. O índice CT indicou média contaminação por tóxicos nos
córregos Jacu e Roça Grande devido a presença de arsênio e nos demais pontos estava
ausente.

Na bacia do rio Piracicaba, sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João, o maior número
de desvios foi encontrado no ribeirão Preto (representado pelos pontos VRP-11 e VRP19-
20. Apesar do uso do solo na área do ribeirão Preto ser majoritariamente natural, por
floresta semidecidual e campo rupestre sobre canga, esse rio recebe influência de uma
antiga mina desativada de dolomito explorada pela empresa Extramil e outra mina exaurida
de carvão mineral da empresa MBR, situadas a montante, onde, de acordo com o mapa de
uso do solo (Figura 6-60) são encontradas áreas de reflorestamento de eucalipto, solo
exposto e com processos erosivos associados.

As não conformidades no ribeirão Preto estão relacionadas aos parâmetros manganês,


oxigênio, pH, coliformes termotolerantes, alumínio, sólidos suspensos e turbidez. O
manganês total registrou não conformidade em todas as amostragens realizadas no ponto
VRP19-20 e em 13% das amostragens no ponto mais a jusante (VRP-11). Já o alumínio
registrou uma única não conformidade nas amostragens que ocorreram entre 2018 e 2020.
Nas amostras de nascentes localizadas em afluentes do ribeirão Preto também foram
registrados desvios para esses parâmetros conforme pode-se verificar no diagnóstico de
águas subterrâneas Item 6.14. Os resultados estão em coerência com os mapas
geoquímicos desenvolvidos pelo CPRM (2010), que mostram que o manganês é abundante
nos solos dessa área da bacia e o alumínio está presente, porém em concentrações
relativamente baixas, de forma que a presença desses elementos está relacionada ao
aporte de sedimentos provenientes das áreas a montante, o que é corroborado pelos
registros de teores mais elevados de sólidos suspensos e turbidez.

Na sub-bacia do rio Barão de Cocais ou São João o índice IQA mediano revelou águas
predominantemente boas. O Índice de Estado Trófico mediano indicou águas
ultraoligotróficas e o índice CT indicou ausência de contaminação por tóxicos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 390


Tabela 6-112: Resumo de qualidade das águas de cada rio avaliado na área do Projeto Apolo Umidade Natural.
No de % de
Bacia Sub-bacia Rio Classe Parâmetros Não conformes IQA* CT* IET*
NC NC
Córrego Ferro Dissolvido, Manganês Total, OD, pH, Sólidos
Córrego Cortesia Classe 1 47 6,4 70,5 Ausente 45,29
Cortesia Suspensos, Turbidez
Córrego Gandarela Classe 1 5 2,7 OD, pH 78 NA 46,49
Córrego Maquiné Classe 1 8 1,3 Coliformes Termotolerantes, OD, pH, Turbidez 79,5 Ausente 44,03
Alumínio Dissolvido, Coliformes Termotolerantes, Ferro
Córrego Cachoeira Classe 1 20 1,6 85 Ausente 45,29
Ribeirão Dissolvido, Manganês Total, OD, pH, Turbidez
Rio das Velhas

da Prata Coliformes Termotolerantes, Ferro Dissolvido, Manganês


Córrego Olhos d’Água Classe 1 16 2,0 82 Ausente 45,15
Total, OD, pH
Coliformes Termotolerantes, DBO, Ferro Dissolvido, Fósforo
Ribeirão da Prata Classe 1 23 1,1 81 Ausente 45,29
Total, Manganês Total, OD, pH, Sólidos Suspensos, Turbidez
Arsênio total, Manganês Total, Sólidos Dissolvidos, Sulfato
Córrego Roça Grande Classe 2 6 6,7 NA Médio 51,55
total
Córrego Jacu Classe 2 2 2,2 Arsênio total, Manganês Total NA Médio 52,45
Ribeirão
Coliformes Termotolerantes, Ferro Dissolvido, Manganês
Sabará Ribeirão Juca Vieira Classe 2 20 1,3 80 Ausente 45,29
Total, OD, pH
Coliformes Termotolerantes, Ferro Dissolvido, Manganês
Córrego Santo Antônio Classe 2 37 5,4 51 Ausente 47,92
Total, OD, Substâncias tensoativas
Afluente S/N do rio
Classe 2 6 0,6 Oxigênio Dissolvido, pH 81 Ausente 45,29
Barão de Cocais
Rio Piracicaba

Córrego Mato Grosso Classe 2 0 0,0 NP 81 Ausente 45,29


Rio Barão
Córrego Maria Casimira Classe 2 0 0,0 NP 82,5 Ausente 44,03
de Cocais
Córrego do Vigário Classe 2 5 0,7 Fósforo Total, OD, pH 81 Ausente 45,29
ou São
João Classe Alumínio Dissolvido, Coliformes Termotolerantes, Manganês
Ribeirão Preto 31 2,5 84 Ausente 45,29
Especial Total, OD, pH, Sólidos Suspensos, Turbidez
Rio Barão de Cocais ou Classe
0 0,0 NP 85 NA 42,23
São João Especial
Legenda:
(NC) Não conformidades. (NA) Não Analisado. (NP) Não possui.
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 Excelente 90 < IQA ≤ 100 Baixa Concentração ≤ 1,2 P
Oligotrófico 47<IET≤ 52 Boa 70 < IQA ≤ 90 Média 1,2 P < Concentração ≤ 2 P
IET* - Índice do Mesotrófico 52<IET≤59 IQA* - Índice de Qualidade Média 50 < IQA ≤ 70 CT máximo* - Alta Concentração > 2P
Estado Trófico Contaminação por
Eutrófico 59<IET≤63 das Águas mediano Ruim 25 < IQA ≤ 50
mediano Tóxicos
Supereutrófico 63<IET≤67 Muito Ruim 0< IQA ≤ 25
Hipereutrófico IET>67

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 391


6.13 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

6.13.1 METODOLOGIA

O presente relatório tem como objetivo apresentar um diagnóstico sobre a qualidade das
águas subterrâneas do Projeto Apolo Umidade Natural. Esse diagnóstico será baseado nos
seguintes documentos produzidos sobre a temática na área do projeto, além de novas
informações sobre a qualidade das águas produzidas nos anos de 2019 e 2020 e não
avaliadas anteriormente nos referidos documentos:

▪ MDGEO HIDROGEOLOGIA E MEIO AMBIENTE LTDA. Projeto Mina Apolo


Modelo Hidrogeológico Conceitual 2009 – Relatório Técnico.
▪ MDGEO HIDROGEOLOGIA E MEIO AMBIENTE LTDA. QQP 10 - Relatório de
Avaliação dos Resultados do Monitoramento da Qualidade das Águas
Superficiais e Subterrâneas – Campanhas de Amostragem do Período de Março
a Outubro de 2018 – Relatório Técnico.
▪ CRONO ENGENHARIA LTDA. Relatório Anual de Avaliação dos Resultados do
Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas 2019 – Relatório Técnico.
▪ Laudos físico-químicos do monitoramento de qualidade das águas subterrâneas
realizado em 2019 e 2020 executado pela equipe técnica da MDGeo.

A avaliação da qualidade das águas subterrâneas na área do projeto e circunjacências foi


realizada considerando os resultados de monitoramento das campanhas efetuadas no
período de 2018 a 2020.

A caracterização do uso das águas subterrâneas na área sujeita a impactos diretos do


empreendimento foi realizada e está apresentada no diagnóstico de “Hidrografia e
Hidrologia”, no item “Uso das Água: Captações Outorgadas Superficiais e Subterrâneas”.

6.13.1.1 ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS

Sob o enfoque jurídico, os resultados do monitoramento da qualidade das águas


subterrâneas na área do Projeto Apolo Umidade Natural foram analisados quanto aos
requisitos apresentados na seguinte legislação federal:

Resolução Conama nº 396, de 3 de abril de 2008, que dispõe sobre classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.

Não há enquadramento para as águas subterrâneas em análise em nenhuma deliberação


normativa.

Os resultados foram comparados aos valores máximos permitidos (VMP) considerando o


uso preponderante Consumo Humano. A título de referência comparativa para os resultados
de lítio foi considerado o limite indicado para uso preponderante Irrigação, por não haver
limite estipulado na legislação para o uso consumo humano.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 392


Adicionalmente, somente como referência, foram utilizados os padrões de pH e Turbidez
dispostos no vigésimo anexo da Portaria de Consolidação nº 05, de 28 de setembro de 2017
do Ministério da Saúde.

6.13.1.2 PONTOS DE AMOSTRAGEM DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

A rede de amostragem foi analisada entre março/2018 e novembro/2020, com coletas em


dezenove nascentes, com o propósito de diagnosticar e avaliar as condições naturais da
qualidade das surgências que drenam dos aquíferos inseridos na área do projeto,
anteriormente à implantação do empreendimento.

Em 2018 foram realizadas 03 campanhas de amostragem, em 2019, 03 campanhas e em


2020, 02 campanhas, conforme descrito na Tabela 6-113.

Informações dos pontos da avaliação da qualidade das águas subterrâneas, com os


códigos, coordenadas, e a respectiva formação de inserção da surgência, são elencados na
Tabela 6-113. A Figura 6-62 apresenta o mapa de localização desses pontos.

A seleção dos pontos de amostragem analisados considerou a localização das nascentes


situadas no entorno da cava projetada do Projeto Apolo Umidade Natural e nos principais
aquíferos associados aos impactos do empreendimento, para que futuramente se possa
verificar as possíveis interferências nas nascentes pela reposição da vazão, a qual está prevista
no desenvolvimento da lavra.

Tabela 6-113: Informações dos Pontos de Amostragem da Qualidade das Águas Subterrâneas.
Coordenadas
Código do Ponto SIRGAS 2000/Fuso 23 S Formação Campanhas de amostragem
UTM L UTM N
mar-18; mai-18; ago-18; abr-19; ago-19;
GD-119/APL-S-NA38 635466 7782196 Moeda
abr-19; ago-20; nov-20
mar-18; mai-18; ago-18; mai-19; ago-19;
MQ-130/APL-S-NA06 637084 7784946 Ferrífera
ago-20; nov-20
APL-S-NA67 639003 7778248 Ferrífera abr-19; ago-19; abr-19; ago-20
mar-18; mai-18; ago-18; mai-19; ago-19;
MQ-35/APL-S-NA37 638518 7787330 Nova Lima
mai-19
mar-18; mai-18; ago-18; abr-19; ago-19;
MQ-107/APL-S-NA33 638601 7781997 Gandarela
ago-20; nov-20
AS14/PC-36 638478 7780333 Gandarela mar-18; mai-18;ago-18;abr-19
mar-18; mai-18; ago-18; abr-19; ago-19;
MQ-71/APL-S-NA36 640317 7784833 Gandarela
ago-20
mar-18; mai-18; ago-18; abr-19; ago-19;
GD-164/APL-S-NA34 640002 7785358 Gandarela
ago-20
APL-S-NA28 639064 7779797 Gandarela abr-19; ago-19, ago-20
mar-18; mai-18; ago-18; abr-19; ago-19;
AS51/APL-S-NA35 638887 7777765 Canga (Cauê)
abr-19; nov-20
mar-18; jun-18; ago-18; abr-19; ago-19;
GD-140/APL-S-NA32 638710 7783599 Canga (Cauê)
abr-19; ago-20; nov-20
APL-S-NA40 638770 7778976 Canga (Cauê) abr-19; ago-19, ago-20
APL-S-NA30 639012 7779348 Canga (Cauê) abr-19; ago-19, ago-20
APL-S-NA26/NA27 638422 7780200 Canga (Cauê) abr-19; ago-19
APL-S-NA23 637923 7781197 Canga (Cauê) abr-19; ago-19
APL-S-NA21 638190 7781700 Canga (Cauê) abr-19; ago-19
APL-S-NA09 639102 7784518 Canga (Cauê) mar-18; mai-18;ago-18;abr-19
APL-S-NA61 639824 7786234 Canga (Cauê) abr-19; ago-19
APL-S-NA04 638274 7786065 Canga (Cauê) mar-18; mai-18;ago-18;abr-19

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 393


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GD-164/APL-S-NA34
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AEL - Área de Estudo Local


MQ-130/APL-S-NA06
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MQ-71/APL-S-NA36 AER - Área de Estudo Regional
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Rede Hidrográfica
MQ-107/APL-S-NA33 Limite Municipal
GD-119/APL-S-NA38
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630000 640000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte): PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo (VALE, 2021), Hidrogeologia (adaptado do Projeto
APA Sul, 2005) e Área de Estudo (AMPLO, 2020) e Pontos de Monitoramento (VALE, 2020). Título:
Qualidade das Águas Subterrâneas
1:100.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1,5 3 Geoprocessamento Amplo 17/08/2021 A3 AP_mf_Moni_subt_hidrogeol_A3_v01
6.13.1.3 PARÂMETROS ANALISADOS E FREQUÊNCIA

As campanhas trimestrais de avaliação da qualidade das águas subterrâneas contemplaram


variáveis físico-químicas e microbiológicas. Entre 2018 e 2020 foram monitorados um total
104 elementos.

6.13.1.3.1 COLETA E ANÁLISE DOS PARÂMETROS

Os trabalhos de coleta das amostras foram executadas pela equipe técnica da MDGeo,
enquanto os ensaios analíticos adotados no monitoramento foram realizados sob a
responsabilidade do laboratório SGS Geosol Laboratórios Ltda., que possui acreditação
junto à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios (RBLE), do Instituto Nacional de
Metrologia (INMETRO), de acordo com os requisitos estabelecidos na NORMA
NBR/ISO/IEC 17025/2017, para os parâmetros e procedimentos de ensaios discriminados
no escopo de acreditação nº CRL 0386.

As amostragens foram executadas segundo os procedimentos descritos nas normas ABNT


NBR 9897:1987 – Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores,
ABNT NBR 9898:1987 – Preservação e técnicas de amostragem de efluente líquidos e
corpos receptores, ambas confirmadas em 20 de dezembro de 2017.

Para os ensaios analíticos foram utilizados métodos baseados nos procedimentos do


Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (SMEWW), 22ª e 23ª
edições (APHA, 2012/2017). Foram ainda utilizados procedimentos baseados em métodos
adotados no manual de Instrução de Trabalho do laboratório, devidamente adaptados e
validados.

Os boletins de análise encontram-se apresentados nos Anexos do Volume 2 (ANEXO XI -


Boletins de Análise de Qualidade das Águas Subterrâneas).

Na Tabela 6-114 são apresentados os parâmetros de análise e suas unidades, as


referências metodológicas e os limites de quantificação dos métodos utilizados pelo
Laboratório SGS Geosol para os parâmetros de análise das águas subterrâneas. Os
resultados encontram-se apresentados nos Anexos do Volume 2 - ANEXO XII: Resultados
da Avaliação de Qualidade das Águas Subterrâneas, cujas tabelas apresentam esses
elementos, bem como o número de observações obtidas em cada ano de monitoramento.

Tabela 6-114: Parâmetros, Métodos de Análise e Limite de Quantificação para Análise das
Águas Subterrâneas.

Parâmetros Unidades Método Analítico LQMA


Alcalinidade total mg CaCO3/L [ST] 2320 B 6
Alumínio dissolvido / Alumínio total mg Al/L [ST] 3030, 3120 B 0,05
Antimônio dissolvido / Antimônio total mg Sb/L [ST] 3030 E 3125 B 0,005
Arsênio dissolvido / Arsênio total mg As/L [ST] 3030 E 3125 B 0,004
Bário dissolvido / Bário total mg Ba/L [ST] 3030, 3120 B 0,01
Berílio dissolvido / Berílio total mg Be/L [ST] 3030 E 3125 B 0,004

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 395


Parâmetros Unidades Método Analítico LQMA
Boro dissolvido / Boro total mg B/L [ST] 3030 E 3125 B 0,05
Cádmio dissolvido / Cádmio total mg Cd/L [ST] 3030 E 3125 B 0,001
Cálcio dissolvido / Cálcio total mg Ca/L [ST] 3030 E 3125 B 0,15
Chumbo dissolvido / Chumbo total mg Pb/L [ST] 3030 E 3125 B 0,01
Cianeto dissolvido / Cianeto total mg CN-/L [ST] 4500-CN-C, E 0,01
Cloreto mg Cl-/L [ST] 4110 B 1
Cobalto dissolvido mg Co/L [ST] 3030 E 3125 B 0,01
Cobalto total mg Co/L [ST] 3030 E 3125 B 0,005
Cobre dissolvido / Cobre total mg Cu/L [ST] 3030 E 3125 B 0,009
Coliformes termotolerantes NMP/100mL [ST] 9222 D 1
Condutividade elétrica µS/cm [DA] Cliente 0
Cromo dissolvido / Cromo total mg Cr/L [ST] 3030 E 3125 B 0,01
Escherichia coli NMP/100mL [ST] 9223 B 1
Ferro dissolvido / Ferro total mg Fe/L [ST] 3030, 3120 B 0,1
Fluoreto mg F-/L [ST] 4110 B 0,05
Lítio dissolvido / Lítio total mg Li/L [ST] 3030, 3120 B 0,1
Magnésio dissolvido / Magnésio total mg Mg/L [ST] 3030, 3120 B 0,25
Manganês dissolvido / Manganês total mg Mn/L [ST] 3030, 3120 B 0,025
Mercúrio dissolvido / Mercúrio total mg Hg/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,025
Molibdênio dissolvido / Molibdênio total mg Mo/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,01
Níquel dissolvido / Níquel total mg Ni/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,01
Nitrato mg N_NO3/L [ST] 4110 B 0,1
Nitrito mg N_NO2/L [ST] 4110 B 0,05
Oxigênio dissolvido mg O2/L [ST] 4500-O G 2,0
pH in situ - [DA] Cliente 0
Potássio dissolvido / Potássio total mg K/L [ST] 3030, 3120 B 0,25
Potencial redox in situ mV [DA] Cliente 0
Prata dissolvido / Prata total mg Ag/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,005
Selênio dissolvido / Selênio total mg Se/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,01
Sílica mg SiO2/L [ST] 4500 SiO2, C 0,1
Sílica dissolvido mg SiO2/L [ST] 4500 SiO2, C 0,5
Sódio dissolvido / Sódio total mg Na/L [ST] 3030, 3120 B 0,5
Sólidos dissolvidos totais mg SDT/L [ST] 2540 C 11
Sólidos suspensos totais mg SST/L [ST] 2540 D 11
Sulfato mg SO4/L [ST] 4110 B 1
Vanádio dissolvido / Vanádio total mg V/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,01
Temperatura da amostra / Temperatura do ar °C [DA] Cliente 0
Turbidez in situ UNT [DA] Cliente 0
Zinco dissolvido / Zinco total mg Zn/L EPA 1313:2012 E [ST] 3125 B 0,1
2,4,6-Triclorofenol µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,03
2,4-D µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,03
Alaclor µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,005
Aldrin e Dieldrin µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,003
EPA 8270 D: 2014 E EPA 3510
Atrazina µg/L 0,005
C: 1996
Carbaril µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,005

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 396


Parâmetros Unidades Método Analítico LQMA
Clordano (Isômeros) µg/L USEPA SW846 8081B: 2007 0,003
DDT (isômeros) µg/L USEPA SW846 8081B: 2008 0,002
Demeton µg/L USEPA SW846 8081B: 2009 0,005
Demeton O µg/L USEPA SW846 8081B: 2010 0,005
Demeton S µg/L USEPA SW846 8081B: 2011 0,005
Dodecacloropentaciclodecano (Mirex) µg/L USEPA SW846 8270E 0,001
Endosulfan (a, b e sulfato) µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Endosulfan 1 µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Endosulfan 2 µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Endrin µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Endrin Aldeido µg/L USEPA SW846 8270E 0,005
Endrin Cetona µg/L USEPA SW846 8270E 0,005
Glifosato µg/L USEPA SW846 8270E 5,00
Gution µg/L USEPA SW846 8270E 0,004
Heptacloro + Heptacloro Epoxido µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Hexaclorobenzeno µg/L USEPA SW846 8270E 0,005
Lindano (gama-BHC) µg/L USEPA SW846 8270E 0,0015
Malation µg/L USEPA SW846 8270E 0,005
Metolacloro µg/L USEPA SW846 8270E 0,005
Metoxicloro µg/L USEPA SW846 8260D 0,0015
o,p’-DDT µg/L USEPA SW846 8081B: 2008 0,0015
p,p’-DDT µg/L USEPA SW846 8081B: 2008 0,0015
Parathion µg/L USEPA SW846 8270E 0,04
Pentaclorofenol µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,5
Permetina µg/L USEPA SW846 8081B: 2007 0,5
Toxafeno mg/L USEPA SW846 8081B 0,00001
Trifluralina µg/L USEPA SW846 8270E: 2018 0,05

Obs.: LQMA: Limite de Quantificação do Método Analítico

SMEWW e [ST] - Standard Methods for The Examination of Water and Wastewater, 22ª e 23ª Ed.
(2012 e 2017).

6.13.1.4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Este subtópico descreve os instrumentos de apresentação e análise de dados utilizados


neste relatório de modo a facilitar o entendimento e interpretação dos resultados
apresentados. A estatística descritiva, os gráficos boxplot, a matriz de correlação e a análise
de cluster foram conduzidas por meio do software STATISTICA®.

Estatística descritiva

A estatística descritiva é utilizada para descrever e resumir um conjunto de dados. Essa


descrição consiste em apresentar medidas de tendência central ou de posição dos dados
em um certo conjunto. Neste trabalho, a estatística descritiva apresentou valores de n,
média aritmética, os percentis 25 (primeiro quartil – Q1), 50 (segundo quartil (Mediana) –

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 397


Q2), 75 (terceiro quartil – Q3), valores mínimo e máximo, variância, desvio padrão e
coeficiente de variação.

Gráficos boxplots

Os gráficos boxplots são utilizados para facilitar a visualização da variabilidade do conjunto


de dados, permitindo inclusive visualizar valores discrepantes dos demais. A dispersão dos
dados é apresentada pelo intervalo entre os quartis Q1 e Q3 (que representa 50% do banco
de dados) e mostrado no gráfico pela caixa maior. O pequeno quadrado dentro da caixa
representa a mediana (Q2). A ponta das hastes abaixo e acima da caixa representam os
valores mínimo e máximo, respectivamente, desconsiderando os valores outliers, os quais
são mostrados em formatos de círculos ou asteriscos (valores extremos).

Matriz de correlação

Neste trabalho foi gerada a matriz de correlação de Spearman para verificar a associação
entre as variáveis monitoradas. O coeficiente de correlação de Spearman é uma medida não
paramétrica da correlação entre dois postos, e mede a força e direção da associação entre
duas variáveis, que não precisa ser necessariamente linear.

Como resultado, tem-se o valor variando de -1 a +1. O sinal negativo indica que uma
variável Y diminui quando a variável X aumenta e o sinal positivo significa que uma variável
Y aumenta com o aumento de X. Quanto mais perto de 1 (em módulo), maior a magnitude
dessa correlação, que podem variar de muito fraca a muito forte.

As correlações são analisadas considerando o nível de significância de 5%, ou seja, se o


valor calculado de p for menor que 0,05, mostra que a correlação é significativa, o que indica
que o risco de concluir que uma correlação existe quando, na verdade, nenhuma correlação
existe, é de 5%. As correlações significativas foram destacadas em vermelho.

Análise de cluster

A análise de cluster é uma técnica estatística multivariada que permite agrupar as nascentes
monitoradas neste trabalho em grupos, de acordo com parâmetros pré-determinados. Os
grupos formados apresentam alta similaridade entre as nascentes do mesmo grupo, e alta
dissimilaridade entre grupos. Dessa forma, essa análise permite identificar características
que diferenciam as nascentes em estudo.

Antes da aplicação da técnica estatística, os dados foram padronizados em escala Z para


torná-los adimensionais e assim eliminar a influência das diferentes unidades de medida
entre variáveis. Utilizou-se o método aglomerativo hierárquico, por ligação completa, e a
distância euclidiana como medida de similaridade.

Diagrama de Piper

Para elaboração dos diagramas de Piper foi utilizado o software de uso livre Qualigraf,
elaborado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O
Bicarbonato foi calculado a partir das concentrações de alcalinidade total conforme Custodio

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 398


e Lamas (1976). De maneira a facilitar a visualização dos resultados obtidos, eles formam
apresentados em relação aos sistemas aquíferos prováveis (Cauê, Gandarela, Moeda, Nova
Lima) assim como discutido em Crono (2019), sendo os poços localizados no sistema Cauê
dividido ainda em dois grupos e o moeda/Nova Lima agrupados em um único.

6.13.2 RESULTADOS – AVALIAÇÃO DOS DADOS EXISTENTES

6.13.2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES GEOQUÍMICAS NAS SUB-BACIAS


DE INSERÇÃO DO PROJETO

A contextualização das condições geoquímicas das sub-bacias de inserção do Projeto Apolo


Umidade Natural é apresentada neste item, de forma resumida, de maneira a subsidiar a
avaliação dos resultados do diagnóstico. As informações apresentadas neste subtópico são
resultados obtidos dos trabalhos de amostragem para elaboração dos Atlas Geoquímicos
das bacias hidrográficas do rio das Velhas e do rio Doce, área de estudo elaborado por
Crono (2019).

Em relação à sub-bacia do rio das Velhas, sabe-se que é natural a presença dos elementos
Alumínio, Ferro e Manganês em abundância nas formações geológicas na bacia, sobretudo
no Quadrilátero Ferrífero e na Serra do Espinhaço (CPRM, 2010). O aporte de cargas
difusas para os cursos de água devido à gestão incorreta do uso e ocupação, com a
exposição do solo, a perda da camada orgânica, e a diminuição da granulometria, somada
ao potencial de interferência das atividades minerárias, agropecuárias e de infraestrutura,
contribuem de forma expressiva para a disponibilização desses metais em teores elevados
para as águas superficiais.

Monitoramentos anteriores indicam que os teores de Ferro dissolvido nas águas superficiais
estiveram acima do padrão de qualidade da Resolução CONAMA nº 357/2005,
principalmente, ao longo dos trechos Médio Alto e Médio Baixo rio das Velhas, tendo ainda
uma tendência de valores elevados de ferro e alumínio no trecho Alto. Valores elevados de
alumínio também foram encontrados nas da margem esquerda do Médio Alto rio das Velhas
(CPRM, 2010).

O metal Manganês apresenta zonas de valores elevados refletindo as condições geológicas


do Quadrilátero Ferrífero, na região da margem direita do rio das Velhas. Altas
concentrações de alumínio, ferro e manganês também são encontradas nos sedimentos da
bacia do rio das Velhas. Especificamente nas sub-bacias do rio da Prata e do ribeirão
Sabará, por exemplo, observa-se presença significativa do Alumínio nos solos, teores
elevados de Ferro nas amostras de sedimentos de fundo e de águas superficiais e de
abastecimento, e concentrações de Manganês nos sedimentos e nas águas superficiais.

A bacia do rio Doce apresenta características similares à bacia do rio das Velhas.
Relativamente ao metal Ferro, as amostras de sedimento mostram ocorrência de valores
mais elevados no Quadrilátero Ferrífero. Quanto à presença do Manganês, este mostra-se
distribuído por toda a parte central da bacia, com exceção das regiões próximas à foz e ao
Quadrilátero Ferrífero. Sua distribuição é praticamente homogênea por toda a bacia,
apresentando valores expressivos em amostras de solos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 399


Monitoramentos anteriores indicaram a presença expressiva de ferro, alumínio e manganês
em águas de abastecimento (CPRM, 2010). Especificamente na região do Projeto Apolo
Umidade Natural, é possível identificar ocorrências expressivas de Manganês no solo e
Ferro nos sedimentos de fundo.

6.13.2.2 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Os resultados analíticos obtidos para a avaliação da qualidade das águas subterrâneas são
referentes a 83 amostragens das 19 nascentes em análise. Diversos parâmetros foram
monitorados, mas muitos resultados foram censurados (abaixo do limite de detecção do
método analítico). Dessa forma, serão discutidos os parâmetros de principal interesse cujos
dados mostraram alguma variabilidade entre as amostras.

Os dados censurados que ainda permaneceram na análise, assumiram como valor metade
do limite de detecção (=0,5xLD). Para alguns parâmetros, observou-se que havia dois
diferentes limites de detecção. Neste caso, e de modo a assumir uma postura mais
conservadora quanto aos resultados, considerou-se como valor a metade do maior limite de
detecção.

A discussão dos resultados será apresentada em quatro partes: (i) avaliação das não
conformidades aos limites legais; (ii) caraterística geral águas em termos dos seus íons
maiores (Classificação das Águas); (iii) avaliação estatística das características das
amostras por nascente e por formação geológica e (iv) avaliação da similaridade entre
amostras.

6.13.2.2.1 AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE AOS LIMITES LEGAIS

Os resultados foram avaliados quanto a sua conformidade aos valores máximos permitidos
(VMP) da Resolução CONAMA 396/2008, considerando o uso preponderante Consumo
Humano, exceto para lítio (uso preponderante Irrigação).

A Tabela 6-115 mostra as amostras que ultrapassaram o VMP em pelo menos um dos
resultados. Nenhum resultado ultrapassou os limites para alumínio dissolvido, bário
dissolvido, bário total, cloreto, fluoreto, lítio dissolvido, lítio total, nitrato, nitrito, sódio
dissolvido, sódio total, sólidos dissolvidos totais e sulfato. Além dos parâmetros orgânicos
(2,4,6-Triclorofenol; 2,4-D; Alaclor; Aldrin e Dieldrin; Carbaril; Clordano (Isômeros);
DDT(isomeros); Demeton; Demeton O; Demeton S; Dodecacloropentaciclodecano(Mirex);
Endosulfan (a, b e sulfato); Endosulfan1; Endosulfan2; Endrin; Endrin Aldeido; Endrin
Cetona; Glifosato; Gution; Heptacloro + Heptacloro Epoxido; Hexaclorobenzeno; Lindano
(gama-BHC); Malation; Metolacloro; Metoxicloro; o,p'-DDT; p,p'-DDT; Parathion;
Pentaclorofenol; Permetrina; Toxafeno; Trifluralina).

Os padrões de pH e turbidez dispostos na Portaria de Consolidação nº 05/17 do Ministério


da Saúde (Brasil, 2017) foram utilizados apenas como referência, como já dito
anteriormente. Por isso, dentre as 75 amostras apresentadas na Tabela 6-115 oito
apresentaram desvio ao VMP apenas para o pH. Nota-se que que muitas amostras
apresentaram pH mais ácido, variando de 3,6 a 5,9 nas amostras com desvios. O pH baixo

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 400


é uma característica de águas subterrâneas em áreas de abrangência de formação ferrífera.
Em relação à turbidez, apenas três determinações, de diferentes amostras, foram maiores
que 5 NTU.

A presença de coliformes termotolerantes e especificadamente de E.coli foram os únicos


desvios apontados em 65% das amostras (n=49). A análise de coliformes termotolerantes
abrange também a contagem bactérias de vida livre, que são encontradas naturalmente em
ambientes não impactados. A presença de E.coli indica uma contaminação fecal recente,
que em nascentes, pode ser originada de fezes de animais na área. Conforme definição da
Resolução Conama 357/05 além de estarem presentes em fezes humanas e de animais
homeotérmicos, os coliformes termotolerantes ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes
ambientais que não tenham sido contaminados por material fecal, enquanto a E.coli tem
como habitat exclusivo o intestino humano e de animais homeotérmicos.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 401


Tabela 6-115: Avaliação da Conformidade aos Limites Legais da Resolução CONAMA 396/2008
ALDISS ALTOTAL BaDISS BaTOTAL Cl- Col.Term. FeDISS FeTOTAL F- LiDISS LiTOTAL MnDISS MnTOTAL NO3- NO2- NaDISS NaTOTAL SDT SO42-
Data de E.coli Turbidez
(mg (mg (mg (mg (mg (NMP/ (mg (mg (mg F- (mg (mg (mg (mg (mg (mg pH (-) (mg (mg (mg (mg
UNIDADE Amostragem (NMP/100mL) (NTU)
Al/L) Al/L) Ba/L) Ba/L) Cl-/L) 100mL) Fe/L) Fe/L) /L) Li/L) Li/L) Mn/L) Mn/L) NO3/L) NO2/L) Na/L) Na/L) SDT/L) SO4/L)
VMP 0,2 0,2 0,7 0,7 250 0 0 0,3 0,3 1,5 2,5 2,5 0,1 0,1 10 1 6a9 200 200 1.000 250 5
GD-119/APL-S-NA38 22/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 19 14 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 6,22 <0,5 2,42 12,2 1,61
GD-119/APL-S-NA38 25/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 7,35 <0,5 <0,5 <11 1,47 2,1
GD-119/APL-S-NA38 09/08/2018 <0,05 0,27 <0,01 <0,01 <1 25 22 <0,1 1,34 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 0,142 0,25 0,06 6,59 1,37 1,68 31,7 <1
GD-119/APL-S-NA38 30/04/2019 <0,02 0,09 <0,01 <0,01 <1 300 100 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,02 0,03 <0,02 <0,02 6,49 1,11 1,35 66 <1 0
GD-119/APL-S-NA38 13/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 0,66 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 6,18 1,17 1,18 39,5 <1 0
GD-119/APL-S-NA38 27/08/2020 <0,02 0,05 <0,01 <0,01 1,09 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,03 <0,02 6,09 0,53 0,56 29,2 2,19 0
GD-119/APL-S-NA38 05/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,05 69 128 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 6,57 1,1 1,11 28,8 1,47 0
GD-140/APL-S-NA32 21/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 40 25 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 5,7 <0,5 2,54 <11 <1
GD-140/APL-S-NA32 19/06/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 31 28 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,54 <0,05 4,17 <0,5 <0,5 <11 <1 0,57
GD-140/APL-S-NA32 06/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,62 <0,05 5,72 <0,5 <0,5 21,8 <1 -
GD-140/APL-S-NA32 13/08/2019 <0,02 0,02 <0,01 <0,01 <1 23 20 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 5,56 <0,1 <0,1 12 <1 0
GD-140/APL-S-NA32 26/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 3,85 0,14 0,53 <11 <1 0
GD-140/APL-S-NA32 28/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 1 1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,17 <0,02 6,56 <0,1 <0,1 11 <1 0,68
GD-140/APL-S-NA32 10/11/2020 <0,02 0,05 <0,01 <0,01 <1 400 3 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,02 0,03 0,04 <0,02 5,27 0,15 38,7 11,6 <1 0
GD-164/APL-S-NA34 19/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 0,09 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 0,45 <0,025 <0,025 <0,1 0,1 7,58 <0,5 <0,5 41 <1
GD-164/APL-S-NA34 22/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 5 2 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,3 <0,05 7,2 <0,5 <0,5 18,2 <1 0
GD-164/APL-S-NA34 07/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 <1 248 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,19 <0,05 7,12 <0,5 <0,5 46,5 <1 --
GD-164/APL-S-NA34 13/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 10 7 <0,1 0,11 <0,05 <0,03 0,04 0,04 <0,02 <0,02 7,54 0,18 0,2 32,5 <1 2,37
GD-164/APL-S-NA34 12/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 0,35 0,46 <0,03 0,03 0,085 <0,02 <0,02 7,45 <0,1 <0,1 42,5 <1 0,75
GD-164/APL-S-NA34 25/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 7,26 <0,1 0,1 38 <1 0,25
MQ-35/APL-S-NA37 20/03/2018 <0,05 <0,05 0,09 0,09 <1 95 70 <0,1 0,1 <0,05 <0,1 0,37 <0,025 <0,025 0,3 <0,05 6,78 <0,5 <0,5 <11 1,61
MQ-35/APL-S-NA37 23/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 14 10 <0,1 0,11 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,4 <0,05 5,94 <0,5 <0,5 <11 <1 0
MQ-35/APL-S-NA37 09/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 16 12 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 1,24 0,06 5,78 <0,5 <0,5 <11 <1 --
MQ-35/APL-S-NA37 10/05/2019 <0,02 0,03 <0,01 <0,01 <1 9 5 0,13 0,15 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,14 0,02 6,54 0,32 0,32 <11 <1 0
MQ-35/APL-S-NA37 06/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 2 2 0,11 0,53 0,47 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 7,12 0,19 0,2 <11 <1 0
MQ-35/APL-S-NA37 24/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,03 <0,02 6,19 0,11 0,21 13 <1 0
MQ-71/APL-S-NA36 26/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 33 29 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 8,1 <0,5 <0,5 109 <1
MQ-71/APL-S-NA36 22/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 7 3 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 7,8 <0,5 <0,5 112 <1 0
MQ-71/APL-S-NA36 08/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 28 310000 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 0,118 0,18 0,06 7,52 <0,5 <0,5 105 <1 --
MQ-71/APL-S-NA36 13/04/2019 <0,02 0,35 <0,01 <0,01 <1 5 3 <0,1 1,79 <0,05 <0,03 <0,02 0,03 <0,02 0,02 6,86 0,29 0,33 116 <1 10,54
MQ-71/APL-S-NA36 12/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,05 0,05 <0,02 <0,02 7,8 0,19 0,19 120 <1 0
MQ-71/APL-S-NA36 25/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,13 0,07 <0,02 7,45 0,11 0,19 117 <1 0,04
MQ-107/APL-S-NA33 23/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 500 200 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 <0,1 <0,05 8,27 <0,5 2,49 86 3,44
MQ-107/APL-S-NA33 06/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 31 27 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 0,082 0,123 <0,1 <0,05 6,91 <0,5 <0,5 58 <1
MQ-107/APL-S-NA33 23/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 300 100 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,14 <0,02 <0,02 6,92 <0,1 0,37 45,5 <1 1,38
MQ-107/APL-S-NA33 07/08/2019 <0,02 0,19 <0,01 <0,01 <1 30 28 <0,1 0,71 <0,05 <0,03 0,22 1,78 <0,02 <0,02 7,63 <0,1 <0,1 43 <1 5
MQ-107/APL-S-NA33 26/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,08 2 2 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,06 0,13 0,03 <0,02 7,17 <0,1 <0,1 59 2,33
MQ-107/APL-S-NA33 10/11/2020 <0,02 0,09 <0,01 <0,01 <1 124 16 <0,1 0,2 <0,05 <0,03 0,1 0,42 0,03 <0,02 7,11 <0,1 29,6 64,3 <1 0
MQ-130/APL-S-NA06 23/03/2018 0,06 0,06 <0,01 <0,01 <1 300 100 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,12 <0,05 6,94 <0,5 2,42 <11 <1
MQ-130/APL-S-NA06 23/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 8 5 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,13 <0,05 7,01 <0,5 <0,5 <11 <1 0
MQ-130/APL-S-NA06 09/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 15 12 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,29 <0,05 6,09 <0,5 <0,5 <11 <1
MQ-130/APL-S-NA06 01/05/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 6 4 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,02 <0,02 <0,02 7,43 <0,1 0,16 <11 <1 0

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 402


ALDISS ALTOTAL BaDISS BaTOTAL Cl- Col.Term. FeDISS FeTOTAL F- LiDISS LiTOTAL MnDISS MnTOTAL NO3- NO2- NaDISS NaTOTAL SDT SO42-
Data de E.coli Turbidez
(mg (mg (mg (mg (mg (NMP/ (mg (mg (mg F- (mg (mg (mg (mg (mg (mg pH (-) (mg (mg (mg (mg
UNIDADE Amostragem (NMP/100mL) (NTU)
Al/L) Al/L) Ba/L) Ba/L) Cl-/L) 100mL) Fe/L) Fe/L) /L) Li/L) Li/L) Mn/L) Mn/L) NO3/L) NO2/L) Na/L) Na/L) SDT/L) SO4/L)
VMP 0,2 0,2 0,7 0,7 250 0 0 0,3 0,3 1,5 2,5 2,5 0,1 0,1 10 1 6a9 200 200 1.000 250 5
MQ-130/APL-S-NA06 16/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 100 100 <0,1 0,14 0,41 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 7,43 0,1 0,11 <11 <1 0
MQ-130/APL-S-NA06 19/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,05 <0,02 5,18 0,12 0,12 30 <1 0
MQ-130/APL-S-NA06 11/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,09 37 28 0,41 0,54 <0,05 <0,03 0,12 0,12 0,53 <0,02 4,28 <0,1 0,11 18,4 1,35 0
APL-S-NA04 09/05/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 5 3 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,02 0,03 0,09 <0,02 4,84 0,2 0,21 <11 <1 0
APL-S-NA04 20/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 0,48 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 4,52 0,12 0,12 <11 <1 0
APL-S-NA04 24/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 119 115 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,02 0,02 0,11 <0,02 5,37 <0,1 <0,1 30 <1 0
APL-S-NA04 11/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,11 162 150 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,11 <0,02 3,55 <0,1 0,17 17 1,38 0
APL-S-NA09 23/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 500 200 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 7,07 0,17 0,55 <11 <1 2,07
APL-S-NA09 13/08/2019 <0,02 0,03 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 0,4 <0,03 <0,02 <0,02 0,15 <0,02 6,53 0,12 0,14 <11 <1 0
APL-S-NA09 28/08/2020 <0,02 0,04 <0,01 <0,01 <1 7 5 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,1 <0,02 4,76 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA09 10/11/2020 0,03 0,51 0,01 0,01 <1 120 5 0,56 0,86 <0,05 <0,03 0,03 0,03 0,07 <0,02 4,92 0,23 41,4 15,6 <1 10
APL-S-NA21 24/04/2019 0,08 0,21 0,01 0,01 <1 1500 1200 1,24 2,09 <0,05 <0,03 0,58 0,59 <0,02 <0,02 5,92 0,27 0,42 33 11,6 3,76
APL-S-NA21 14/08/2019 <0,02 0,03 <0,01 <0,01 <1 400 500 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 5,38 <0,1 <0,1 11 1,7 0
APL-S-NA23 04/05/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 495 <1 <1 <0,1 <0,1 0,09 <0,03 <0,02 0,03 0,15 <0,02 3,85 <0,1 0,13 <11 5,65 0
APL-S-NA23 14/08/2019 <0,02 0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 0,38 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 4,81 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA26/NA27 29/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 8 5 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,05 <0,02 5,64 0,24 0,34 <11 <1 0
APL-S-NA26/NA27 19/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 35 31 <0,1 <0,1 0,43 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 6,74 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA26/NA27 26/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 1 1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,09 <0,02 6,11 0,1 0,1 14,3 <1 0
APL-S-NA28 30/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 35 31 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,025 <0,02 <0,02 5,71 0,13 0,13 <11 <1 0
APL-S-NA28 19/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 600 300 <0,1 <0,1 0,81 <0,03 <0,02 0,04 <0,02 <0,02 6,02 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA28 26/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 44 40 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,04 0,12 <0,02 5,01 <0,1 <0,1 11 <1 0
APL-S-NA30 25/04/2019 <0,02 0,12 <0,01 <0,01 <1 11 8 <0,1 0,99 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 5,28 0,27 0,31 <11 <1 5,06
APL-S-NA30 22/08/2019 <0,02 0,09 <0,01 <0,01 <1 3 3 <0,1 0,25 0,36 <0,03 0,03 0,05 <0,02 <0,02 5,06 0,15 0,15 <11 <1 0
APL-S-NA30 26/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 13 10 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 0,05 0,07 0,05 <0,02 4,01 0,14 0,14 11,6 <1 0
APL-S-NA40 24/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 49 44 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,02 <0,02 <0,02 4,7 0,14 0,17 11 <1 1,42
APL-S-NA40 22/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 1 1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 0,02 0,21 <0,02 4,97 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA40 17/11/2020 <0,02 0,03 <0,01 <0,01 1,05 8 6 <0,1 0,14 <0,05 <0,03 <0,02 0,03 0,06 <0,02 5,88 <0,1 <0,1 <11 1,47 0
APL-S-NA61 24/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 3 1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 5,46 0,12 0,28 <11 <1 2,81
APL-S-NA61 08/08/2019 0,02 0,08 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 0,1 0,55 0,46 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 6 <0,1 <0,1 <11 <1 7,49
APL-S-NA67 26/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 56 51 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,03 <0,02 6,27 0,14 0,18 <11 <1 0
APL-S-NA67 23/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 35 30 <0,1 <0,1 1,01 <0,03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 6,36 <0,1 <0,1 <11 <1 0
APL-S-NA67 26/08/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,12 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,16 <0,02 4,14 <0,1 0,1 <11 2,14 0
APL-S-NA67 17/11/2020 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 1,05 9 6 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,21 <0,02 7,63 <0,1 0,13 <11 1,36 0
AS14/PC-36 28/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 10 6 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 0,027 0,043 0,13 <0,05 5,35 <0,5 <0,5 <11 <1
AS14/PC-36 29/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 7 5 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,05 <0,02 5,72 0,12 0,12 <11 <1 0
AS51/APL-S-NA35 27/03/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,61 <0,05 5,41 <0,5 <0,5 <11 <1
AS51/APL-S-NA35 24/05/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,77 <0,05 5,22 <0,5 <0,5 <11 1,5 0
AS51/APL-S-NA35 08/08/2018 <0,05 <0,05 <0,01 <0,01 <1 12 579 <0,1 <0,1 <0,05 <0,1 <0,1 <0,025 <0,025 0,64 0,06 4,85 <0,5 <0,5 <11 <1 -
AS51/APL-S-NA35 26/04/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 <1 <1 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,05 <0,02 4,53 0,17 0,21 <11 <1 0
AS51/APL-S-NA35 23/08/2019 <0,02 <0,02 <0,01 <0,01 <1 1 1 <0,1 <0,1 0,36 <0,03 <0,02 <0,02 0,32 <0,02 5,26 <0,1 <0,1 11,6 <1 0
AS51/APL-S-NA35 12/11/2020 0,03 0,03 <0,01 <0,01 1,04 28 19 <0,1 <0,1 <0,05 <0,03 <0,02 <0,02 0,06 <0,02 4,94 <0,1 <0,1 18 1,43 0

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 403


Dessa forma deve-se considerar que a área de amostragem não apresenta atividades
humanas e que a presença eventual destes micro-organismos pode estar vinculada à
dinâmica natural da interação solo-água e pelo trânsito de animais.

Os demais desvios encontrados foram para alumínio, ferro e manganês, mesmo assim, em
amostras isoladas. Esses elementos fazem parte da composição químico-mineralógica dos
constituintes rochosos da área e podem estar presentes na água por meio do processo
natural de lixiviação. Apenas a nascente MQ-107/APL-S-NA33 foi a que teve mais
amostragens com desvios para manganês. Houve também um desvio de cloreto para uma
amostra.

6.13.2.2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (DIAGRAMA DE PIPER)

Os valores de concentração de cálcio, magnésio, sódio, cloretos, sulfatos e bicarbonatos


(Calculados a partir das concentrações de alcalinidade total conforme Custódio e
Lamas,1976). foram tratados e representados em diagramas de Piper, com a finalidade de
caracterizar e classificar as águas analisadas, o que possivelmente pode definir domínios de
águas também relação aos metais traços, sinalizando diferentes comportamentos em
termos de background geoquímicos.

De maneira a facilitar a visualização dos resultados obtidos, eles formam agrupados em


relação aos sistemas aquíferos prováveis assim como discutido em Crono (2019), sendo os
poços localizados no sistema Cauê dividido ainda em dois grupos e o moeda/Nova Lima
agrupados em um único.

O Diagrama de Piper é frequentemente utilizado para classificação e comparação de


distintos grupos de águas quanto aos íons dominantes. A representação gráfica pode
evidenciar possíveis relações entre íons de uma mesma amostra, ou ressaltar variações
temporais ou espaciais existentes. O intuito da sua utilização é a verificação das possíveis
diferenças do caráter das águas avaliadas em função da unidade hidroestatigráfica em que
ela se encontrava, ou mesmo variação em relação as campanhas.

As Figuras a seguir (Figura 6-63 a Figura 6-66), mostram os diagramas de Piper para as
águas da área do projeto, separadas em função dos sistemas aquíferos. Pelos diagramas
apresentados percebe-se que a maior parte das amostras está situada no campo das águas
bicarbonatadas magnesianas cálcicas, com algumas exceções nas amostras agrupadas no
sistema Cauê, que em ambos os grupos apresentaram algumas amostras com
características de águas mistas com contribuições principalmente cálcicas. Estes resultados
são similares aos apresentados em MDGEO (2009), a exceção da distinção mais clara de
algumas águas com características de águas mistas, ainda que o digrama de Schoeller-
Berkaloff tenha sugerido a existência de 3 famílias diferentes de águas, e inclusive tenha
sido utilizado na ocasião para determinação da origem das águas em relação aos sistemas
aquíferos.

Neste trabalho o objetivo era apenas avaliar a existência de domínios claros de água que
possam ser também domínios de background específicos em relação aos traços, de

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 404


maneira a complementar a abordagem dos Diagramas de Piper, uma abordagem estatística
foi também utilizada.

DIAGRAMA DE PIPER
Gandarela

100

SO4 + Cl Ca + Mg

Na + K 0 0 CO3 + HCO3

100 0 0 100

Mg SO4

0 100 0
100 Ca 0 0 Cl 100

CATIONES ANIONES

GD-119/APL-S-NA38-1 GD-119/APL-S-NA38-2 GD-119/APL-S-NA38-3

GD-119/APL-S-NA38-4 MQ-35/APL-S-NA37-1 MQ-35/APL-S-NA37-2

MQ-35/APL-S-NA37-3 AS14/PC-36 MQ-71/APL-S-NA36-1

MQ-71/APL-S-NA36-2 MQ-71/APL-S-NA36-3 MQ-107/APL-S-NA33-1

MQ-107/APL-S-NA33-2 MQ-107/APL-S-NA33-3 MQ-130/APL-S-NA06-1

MQ-130/APL-S-NA06-2 MQ-130/APL-S-NA06-3 MQ-130/APL-S-NA06-4

APL-S-NA28-1 APL-S-NA28-2 APL-S-NA28-3

Figura 6-63: Diagrama de Piper para os pontos localizados no sistema aquífero Gandarela.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 405


DIAGRAMA DE PIPER
Caue 01

100

SO4 + Cl Ca + Mg

Na + K 0 0 CO3 + HCO3

100 0 0 100

Mg SO4

0 100 0
100 Ca 0 0 Cl 100

CATIONES ANIONES

GD-140/APL-S-NA32-1 GD-140/APL-S-NA32-2 GD-140/APL-S-NA32-3

GD-140/APL-S-NA32-4 GD-140/APL-S-NA32-5 GD-140/APL-S-NA32-6

GD-140/APL-S-NA32-7 APL-S-NA04-1 APL-S-NA04-2

APL-S-NA04-3 APL-S-NA04-4 APL-S-NA04-5

APL-S-NA04-6 APL-S-NA04-7 APL-S-NA04-8

APL-S-NA21-1 APL-S-NA21-2 APL-S-NA23-1

APL-S-NA23-2 APL-S-NA26/NA27-1 APL-S-NA26/NA27-2

Figura 6-64: Diagrama de Piper para os pontos localizados no sistema aquífero Cauê (parte 01).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 406


DIAGRAMA DE PIPER
Caue 02

100

SO4 + Cl Ca + Mg

Na + K 0 0 CO3 + HCO3

100 0 0 100

Mg SO4

0 100 0
100 Ca 0 0 Cl 100

CATIONES ANIONES

APL-S-NA30-1 APL-S-NA30-2 APL-S-NA30-3

APL-S-NA40-1 APL-S-NA40-2 APL-S-NA40-3

APL-S-NA61-1 APL-S-NA61-2 APL-S-NA61-3

APL-S-NA61-4 APL-S-NA61-5 APL-S-NA61-6

AS51/APL-S-NA35-1 AS51/APL-S-NA35-2 AS51/APL-S-NA35-3

Figura 6-65: Diagrama de Piper para os pontos localizados no sistema aquífero Cauê (parte 02).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 407


DIAGRAMA DE PIPER
Moeda/Nova Lima

100

SO4 + Cl Ca + Mg

Na + K 0 0 CO3 + HCO3

100 0 0 100

Mg SO4

0 100 0
100 Ca 0 0 Cl 100

CATIONES ANIONES

GD-119/APL-S-NA38-1 GD-119/APL-S-NA38-2 GD-119/APL-S-NA38-3

GD-119/APL-S-NA38-4 MQ-35/APL-S-NA37-1 MQ-35/APL-S-NA37-2

MQ-35/APL-S-NA37-3

Figura 6-66: Diagrama de Piper para os pontos localizados nos sistemas aquíferos Moeda e Nova
Lima.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 408


6.13.2.2.3 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS AMOSTRAS POR NASCENTE E
POR SISTEMA AQUÍFERO

Gráficos boxplots foram gerados para melhor visualização da variabilidade das amostragens
em cada nascente (Gráfico 6-150, Gráfico 6-151 e Gráfico 6-152). A estatística descritiva
está apresentada na Tabela 6-116.

A nascente APL-S-NA21 mostrou maiores medianas de alumínio, ferro e manganês. Outras


nascentes com maiores medianas desses elementos em comparação com as demais
nascentes, foram APL-S-NA09 (Al e Fe), APL-S-NA30 e APL-S-NA 61 (Fe) e MQ-107/APL-
S-NA33 (Mn) (Gráfico 6-150). Essas nascentes se destacaram por ultrapassarem os limites
normativos para estes elementos, mas como as ocorrências de desvios foram isoladas, o
destaque dessas nascentes não indica diferença significativa para as demais.

Nota-se ainda maiores medianas de alcalinidade, cálcio, magnésio, condutividade elétrica e


sólidos dissolvidos totais para as nascentes GD-119/APL-S-NA38, GD-164/APL-S-NA34,
MQ107/APL-S-NA33 e MQ-71/APL-S-NA36 (Gráfico 6-151).

Uma maior variação de sulfato foi observada na nascente APL-S-NA21 e maiores medianas
de fluoreto foram obtidas nas amostras APL-S-NA*(Gráfico 6-152).

A fim de analisar a influência dos diferentes sistemas aquíferos nos dados de qualidade da
água, foram gerados gráficos boxplot para cada elemento, para cada formação geológica
(Gráfico 6-153, Gráfico 6-154 e Gráfico 6-155).

Não foram observadas grandes diferenças entre as medianas para a maioria dos elementos.
Chama a atenção que as medianas e a amplitude dos resultados da formação Gandarela
são maiores para alcalinidade, cálcio, condutividade elétrica, magnésio e sólidos dissolvidos
totais. O que é consistente com as características desse sistema, devido a interação entre a
água de recarga e as porções dolomíticas presentes no itabirito.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 409


Alumínio Ferro Manganês Sílica

pH Oxigênio Dissolvido Potencial Redox Fluoreto

Gráfico 6-150: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros Alumínio, Ferro, Manganês, Sílica, pH, Oxigênio Dissolvido, Potencial Redox e Fluoreto.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 410


Alcalinidade Cálcio Total Condutividade Elétrica Magnésio Total

Cloreto Sólidos Dissolvidos Totais Sódio Dissolvido Sódio Total

Gráfico 6-151: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros Alcalinidade, Cálcio Total, Condutividade Elétrica, Magnésio Total, Cloreto, Sólidos Dissolvidos Totais, Sódio Dissolvido e Sódio Total.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 411


Coliformes Termotolerantes E.coli Nitrato

Turbidez Sulfato

Gráfico 6-152: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros Coliformes Termotolerantes, E.Coli, Nitrato, Turbidez, Sulfato

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 412


Tabela 6-116: Estatística descritiva dos parâmetros de maior interesse
Elemento Formação Unidade N Média Mediana Mínimo Máximo Q1 Q3 Variância Desv.Pad. Coef. Var.
Cauê APL-S-NA04 4 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA09 4 5,20 3,00 3,00 11,80 3,00 7,40 19,36 4,40 84,62
Cauê APL-S-NA21 2 6,68 6,68 6,43 6,93 6,43 6,93 0,13 0,35 5,29
Cauê APL-S-NA23 2 3,75 3,75 3,00 4,50 3,00 4,50 1,13 1,06 28,28
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Alcalinidade total (mg CaCO3/L)

Cauê APL-S-NA30 3 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA40 3 3,71 3,00 3,00 5,13 3,00 5,13 1,51 1,23 33,15
Cauê APL-S-NA61 2 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 15,51 3,00 3,00 90,60 3,00 3,00 1096,25 33,11 213,41
Ferrífera APL-S-NA67 4 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Gandarela APL-S-NA28 3 4,05 4,55 3,00 4,59 3,00 4,59 0,82 0,91 22,41
Gandarela AS14/PC-36 2 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 30,63 34,95 14,10 39,60 23,60 36,60 95,30 9,76 31,87
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 57,10 56,05 39,20 80,00 51,00 60,30 178,92 13,38 23,43
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 107,17 105,00 102,00 121,00 104,00 106,00 47,77 6,91 6,45
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 20,01 17,30 7,10 35,50 10,50 27,30 99,85 9,99 49,93
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 4,22 3,00 3,00 7,66 3,00 5,64 3,96 1,99 47,20
Cauê APL-S-NA04 4 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA09 4 0,15 0,04 0,03 0,51 0,03 0,28 0,06 0,24 158,18
Cauê APL-S-NA21 2 0,12 0,12 0,03 0,21 0,03 0,21 0,02 0,13 106,07
Cauê APL-S-NA23 2 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 0,03 0,00 0,00 15,71
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 0,08 0,09 0,03 0,12 0,03 0,12 0,00 0,05 61,99
Alumínio total (mg Al/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 10,83
Cauê APL-S-NA61 2 0,05 0,05 0,03 0,08 0,03 0,08 0,00 0,04 74,08
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 7,90
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,03 0,03 0,02 0,05 0,03 0,03 0,00 0,01 35,68
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,03 0,03 0,03 0,06 0,03 0,03 0,00 0,01 44,10
Gandarela APL-S-NA28 3 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela AS14/PC-36 2 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,06 0,03 0,03 0,19 0,03 0,09 0,00 0,07 106,23
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,08 0,03 0,03 0,35 0,03 0,03 0,02 0,13 167,60
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,07 0,03 0,03 0,27 0,03 0,09 0,01 0,09 123,84
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 7,90
Cauê APL-S-NA04 4 0,12 0,08 0,08 0,25 0,08 0,16 0,01 0,09 73,68
Cauê APL-S-NA09 4 0,27 0,08 0,08 0,85 0,08 0,46 0,15 0,39 144,19
Cauê APL-S-NA21 2 3,27 3,27 2,51 4,02 2,51 4,02 1,14 1,07 32,70
Cauê APL-S-NA23 2 0,37 0,37 0,08 0,67 0,08 0,67 0,18 0,42 112,95
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,24 0,30 0,08 0,35 0,08 0,35 0,02 0,15 60,62
Cauê APL-S-NA30 3 0,57 0,73 0,24 0,74 0,24 0,74 0,08 0,29 50,15
Cálcio Total (mg Ca/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,58 0,59 0,51 0,63 0,51 0,63 0,00 0,06 10,60
Cauê APL-S-NA61 2 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 3 0,12 0,08 0,08 0,20 0,08 0,20 0,01 0,07 61,86
Cauê GD-140/APL-S-NA32 4 0,96 0,59 0,30 2,37 0,40 1,53 0,91 0,95 98,88
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 4 0,47 0,45 0,26 0,72 0,34 0,61 0,04 0,19 40,85
Gandarela APL-S-NA28 3 0,95 0,94 0,91 0,99 0,91 0,99 0,00 0,04 4,27
Gandarela AS14/PC-36 1 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 3 7,82 7,32 7,13 9,01 7,13 9,01 1,07 1,03 13,23
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 4 12,27 13,25 7,56 15,00 9,73 14,80 11,73 3,43 27,93
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 3 24,10 24,70 22,40 25,20 22,40 25,20 2,23 1,49 6,20
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 4 4,26 4,02 2,76 6,24 2,90 5,62 2,74 1,66 38,91
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 3 0,64 0,51 0,39 1,03 0,39 1,03 0,12 0,34 52,88
Cauê APL-S-NA04 4 0,65 0,50 0,50 1,11 0,50 0,81 0,09 0,31 46,74
Cauê APL-S-NA09 4 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA21 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA23 2 247,75 247,75 0,50 495,00 0,50 495,00 122265,13 349,66 141,14
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA40 3 0,68 0,50 0,50 1,05 0,50 1,05 0,10 0,32 46,47
Cloreto (mg Cl-/L)

Cauê APL-S-NA61 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,59 0,50 0,50 1,04 0,50 0,50 0,05 0,22 37,37
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,79 0,78 0,50 1,12 0,50 1,09 0,11 0,34 42,77
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,58 0,50 0,50 1,09 0,50 0,50 0,05 0,22 38,17
Gandarela APL-S-NA28 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela AS14/PC-36 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,60 0,50 0,50 1,08 0,50 0,50 0,06 0,24 39,68
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,66 0,50 0,50 1,09 0,50 1,05 0,08 0,28 42,00
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 413


Elemento Formação Unidade N Média Mediana Mínimo Máximo Q1 Q3 Variância Desv.Pad. Coef. Var.
Cauê APL-S-NA04 4 71,63 62,00 0,50 162,00 2,75 140,50 6636,56 81,47 113,74
Cauê APL-S-NA09 4 156,88 63,50 0,50 500,00 3,75 310,00 55336,73 235,24 149,95
Cauê APL-S-NA21 2 950,00 950,00 400,00 1500,00 400,00 1500,00 605000,00 777,82 81,88
Coliformes termotolerantes (NMP/100mL)

Cauê APL-S-NA23 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 14,67 8,00 1,00 35,00 1,00 35,00 322,33 17,95 122,41
Cauê APL-S-NA30 3 9,00 11,00 3,00 13,00 3,00 13,00 28,00 5,29 58,79
Cauê APL-S-NA40 3 19,33 8,00 1,00 49,00 1,00 49,00 672,33 25,93 134,12
Cauê APL-S-NA61 2 1,75 1,75 0,50 3,00 0,50 3,00 3,13 1,77 101,02
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 7,08 0,75 0,50 28,00 0,50 12,00 125,74 11,21 158,31
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 70,86 23,00 0,50 400,00 0,50 40,00 21324,39 146,03 206,09
Ferrífera APL-S-NA67 4 25,13 22,00 0,50 56,00 4,75 45,50 639,06 25,28 100,62
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 66,64 15,00 0,50 300,00 6,00 100,00 11767,56 108,48 162,78
Gandarela APL-S-NA28 3 226,33 44,00 35,00 600,00 35,00 600,00 104740,33 323,64 142,99
Gandarela AS14/PC-36 2 8,50 8,50 7,00 10,00 7,00 10,00 4,50 2,12 24,96
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 2,83 0,50 0,50 10,00 0,50 5,00 15,57 3,95 139,25
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 164,50 77,50 2,00 500,00 30,00 300,00 38975,90 197,42 120,01
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 12,33 6,00 0,50 33,00 0,50 28,00 206,97 14,39 116,65
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 59,21 19,00 0,50 300,00 0,50 69,00 11867,24 108,94 183,97
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 22,75 11,50 0,50 95,00 2,00 16,00 1291,38 35,94 157,96
Cauê APL-S-NA04 4 36,75 21,00 5,00 100,00 6,00 67,50 1965,58 44,33 120,64
Cauê APL-S-NA09 4 6,75 8,00 0,00 11,00 3,50 10,00 22,92 4,79 70,92
Cauê APL-S-NA21 2 60,00 60,00 23,00 97,00 23,00 97,00 2738,00 52,33 87,21
Cauê APL-S-NA23 2 7,50 7,50 6,00 9,00 6,00 9,00 4,50 2,12 28,28
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 4,00 5,00 0,00 7,00 0,00 7,00 13,00 3,61 90,14
Condutividade elétrica (µS/cm)

Cauê APL-S-NA30 3 3,00 3,00 0,00 6,00 0,00 6,00 9,00 3,00 100,00
Cauê APL-S-NA40 3 8,33 0,00 0,00 25,00 0,00 25,00 208,33 14,43 173,21
Cauê APL-S-NA61 2 23,00 23,00 11,00 35,00 11,00 35,00 288,00 16,97 73,79
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 5,31 7,44 0,00 9,00 0,00 8,00 17,34 4,16 78,37
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 21,90 9,00 6,00 104,00 6,00 12,00 1314,91 36,26 165,56
Ferrífera APL-S-NA67 4 1,75 1,50 0,00 4,00 0,00 3,50 4,25 2,06 117,80
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 6,32 7,00 0,00 9,00 4,84 9,00 9,77 3,13 49,44
Gandarela APL-S-NA28 3 5,67 8,00 0,00 9,00 0,00 9,00 24,33 4,93 87,05
Gandarela AS14/PC-36 2 7,75 7,75 0,00 15,50 0,00 15,50 120,13 10,96 141,42
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 53,23 57,50 19,00 74,00 45,40 66,00 375,29 19,37 36,39
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 5 121,40 121,00 93,00 155,00 105,00 133,00 584,80 24,18 19,92
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 192,67 199,50 163,00 219,00 167,00 208,00 514,67 22,69 11,77
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 31,40 32,00 10,00 49,00 19,80 45,00 181,72 13,48 42,93
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 13,93 8,50 0,00 41,00 6,59 19,00 213,18 14,60 104,80
Cauê APL-S-NA04 4 67,13 59,00 0,50 150,00 1,75 132,50 5903,73 76,84 114,47
Cauê APL-S-NA09 4 52,63 5,00 0,50 200,00 2,75 102,50 9657,56 98,27 186,74
Cauê APL-S-NA21 2 850,00 850,00 500,00 1200,00 500,00 1200,00 245000,00 494,97 58,23
Cauê APL-S-NA23 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 12,33 5,00 1,00 31,00 1,00 31,00 265,33 16,29 132,07
Escherichia coli (NMP/100mL)

Cauê APL-S-NA30 3 7,00 8,00 3,00 10,00 3,00 10,00 13,00 3,61 51,51
Cauê APL-S-NA40 3 17,00 6,00 1,00 44,00 1,00 44,00 553,00 23,52 138,33
Cauê APL-S-NA61 2 0,75 0,75 0,50 1,00 0,50 1,00 0,13 0,35 47,14
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 100,08 0,75 0,50 579,00 0,50 19,00 55100,74 234,74 234,54
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 11,14 3,00 0,50 28,00 0,50 25,00 158,39 12,59 112,95
Ferrífera APL-S-NA67 4 21,88 18,00 0,50 51,00 3,25 40,50 541,06 23,26 106,33
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 35,64 12,00 0,50 100,00 4,00 100,00 2012,73 44,86 125,87
Gandarela APL-S-NA28 3 123,67 40,00 31,00 300,00 31,00 300,00 23340,33 152,78 123,54
Gandarela AS14/PC-36 2 5,50 5,50 5,00 6,00 5,00 6,00 0,50 0,71 12,86
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 43,08 1,25 0,50 248,00 0,50 7,00 10084,14 100,42 233,08
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 62,17 27,50 2,00 200,00 16,00 100,00 5716,97 75,61 121,63
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 51672,67 3,00 0,50 310000 0,50 29,00 16015922795 126554,03 244,91
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 37,93 14,00 0,50 128,00 0,50 100,00 2832,45 53,22 140,32
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 16,58 7,50 0,50 70,00 2,00 12,00 704,64 26,55 160,07
Cauê APL-S-NA04 4 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA09 4 0,25 0,05 0,05 0,86 0,05 0,46 0,16 0,41 160,40
Cauê APL-S-NA21 2 1,07 1,07 0,05 2,09 0,05 2,09 2,08 1,44 134,81
Cauê APL-S-NA23 2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 0,43 0,25 0,05 0,99 0,05 0,99 0,25 0,50 115,16
Ferro total (mg Fe/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,08 0,05 0,05 0,14 0,05 0,14 0,00 0,05 64,95
Cauê APL-S-NA61 2 0,30 0,30 0,05 0,55 0,05 0,55 0,13 0,35 117,85
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,13 0,05 0,05 0,54 0,05 0,14 0,03 0,18 137,47
Gandarela APL-S-NA28 3 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Gandarela AS14/PC-36 2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,11 0,05 0,05 0,35 0,05 0,11 0,01 0,12 109,09
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,19 0,05 0,05 0,71 0,05 0,20 0,07 0,26 142,76
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,34 0,05 0,05 1,79 0,05 0,05 0,50 0,71 208,93
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,23 0,05 0,05 1,34 0,05 0,05 0,24 0,49 208,11
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,17 0,11 0,05 0,53 0,05 0,15 0,03 0,18 110,81

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 414


Elemento Formação Unidade N Média Mediana Mínimo Máximo Q1 Q3 Variância Desv.Pad. Coef. Var.
Cauê APL-S-NA04 4 0,14 0,03 0,03 0,48 0,03 0,25 0,05 0,23 163,96
Cauê APL-S-NA09 4 0,12 0,03 0,03 0,40 0,03 0,21 0,04 0,19 157,89
Cauê APL-S-NA21 2 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA23 2 0,24 0,24 0,09 0,38 0,09 0,38 0,04 0,21 87,26
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,16 0,03 0,03 0,43 0,03 0,43 0,05 0,23 146,14
Cauê APL-S-NA30 3 0,14 0,03 0,03 0,36 0,03 0,36 0,04 0,19 141,52
Cauê APL-S-NA40 3 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Fluoreto (mg F-/L)

Cauê APL-S-NA61 2 0,24 0,24 0,03 0,46 0,03 0,46 0,09 0,31 126,84
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,08 0,03 0,03 0,36 0,03 0,03 0,02 0,14 169,19
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,27 0,03 0,03 1,01 0,03 0,52 0,24 0,49 181,57
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,08 0,03 0,03 0,41 0,03 0,03 0,02 0,15 181,90
Gandarela APL-S-NA28 3 0,29 0,03 0,03 0,81 0,03 0,81 0,21 0,45 158,10
Gandarela AS14/PC-36 2 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,10 0,03 0,03 0,46 0,03 0,03 0,03 0,18 182,14
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,12 0,03 0,03 0,66 0,03 0,03 0,06 0,24 207,41
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,10 0,03 0,03 0,47 0,03 0,03 0,03 0,18 183,20
Cauê APL-S-NA04 4 0,15 0,13 0,13 0,21 0,13 0,17 0,00 0,04 29,06
Cauê APL-S-NA09 4 0,23 0,13 0,13 0,53 0,13 0,33 0,04 0,20 89,50
Cauê APL-S-NA21 2 1,73 1,73 1,16 2,29 1,16 2,29 0,64 0,80 46,32
Cauê APL-S-NA23 2 0,30 0,30 0,13 0,47 0,13 0,47 0,06 0,24 82,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,26 0,31 0,13 0,34 0,13 0,34 0,01 0,11 43,68
Cauê APL-S-NA30 3 0,30 0,35 0,15 0,40 0,15 0,40 0,02 0,13 44,10
Magnésio total (mg Mg/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,51 0,55 0,41 0,56 0,41 0,56 0,01 0,08 16,55
Cauê APL-S-NA61 2 0,14 0,14 0,13 0,16 0,13 0,16 0,00 0,02 17,37
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,15 0,13 0,12 0,25 0,13 0,13 0,00 0,05 35,06
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,26 0,25 0,12 0,41 0,13 0,39 0,02 0,13 52,35
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,12 0,13 0,10 0,13 0,11 0,13 0,00 0,01 10,53
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,37 0,37 0,13 0,60 0,26 0,44 0,02 0,15 40,41
Gandarela APL-S-NA28 3 0,65 0,63 0,60 0,73 0,60 0,73 0,00 0,07 10,42
Gandarela AS14/PC-36 2 0,28 0,28 0,13 0,43 0,13 0,43 0,05 0,22 77,72
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 3,60 4,04 1,70 4,69 2,84 4,28 1,26 1,12 31,21
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 8,10 7,00 4,37 15,60 6,10 8,52 15,37 3,92 48,41
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 13,20 13,50 11,10 14,90 11,40 14,80 2,80 1,67 12,68
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 3,54 2,13 0,90 10,30 1,67 4,61 10,32 3,21 90,88
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,51 0,63 0,13 0,66 0,33 0,66 0,05 0,23 44,60
Cauê APL-S-NA04 4 0,02 0,02 0,01 0,03 0,01 0,03 0,00 0,01 44,22
Cauê APL-S-NA09 4 0,02 0,01 0,01 0,03 0,01 0,02 0,00 0,01 51,85
Cauê APL-S-NA21 2 0,30 0,30 0,01 0,59 0,01 0,59 0,17 0,41 135,55
Cauê APL-S-NA23 2 0,02 0,02 0,01 0,03 0,01 0,03 0,00 0,01 58,23
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 0,04 0,05 0,01 0,07 0,01 0,07 0,00 0,03 66,09
Manganês total (mg Mn/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 0,03 0,00 0,01 24,74
Cauê APL-S-NA61 2 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,02 0,01 0,01 0,03 0,01 0,01 0,00 0,01 44,10
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,03 0,01 0,01 0,12 0,01 0,02 0,00 0,04 139,16
Gandarela APL-S-NA28 3 0,04 0,04 0,03 0,04 0,03 0,04 0,00 0,01 24,74
Gandarela AS14/PC-36 2 0,03 0,03 0,01 0,04 0,01 0,04 0,00 0,02 77,72
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,03 0,01 0,01 0,09 0,01 0,04 0,00 0,03 101,08
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,43 0,14 0,01 1,78 0,12 0,42 0,45 0,67 155,00
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,06 0,04 0,01 0,13 0,01 0,12 0,00 0,05 89,19
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,03 0,01 0,01 0,14 0,01 0,03 0,00 0,05 144,14
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA04 4 0,09 0,10 0,05 0,11 0,07 0,11 0,00 0,03 31,43
Cauê APL-S-NA09 4 0,09 0,09 0,05 0,15 0,06 0,13 0,00 0,04 47,02
Cauê APL-S-NA21 2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA23 2 0,10 0,10 0,05 0,15 0,05 0,15 0,01 0,07 70,71
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,06 0,05 0,05 0,09 0,05 0,09 0,00 0,02 36,46
Cauê APL-S-NA30 3 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA40 3 0,11 0,06 0,05 0,21 0,05 0,21 0,01 0,09 84,03
Nitrato (mg NO3/L)

Cauê APL-S-NA61 2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,41 0,47 0,05 0,77 0,06 0,64 0,10 0,31 76,09
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,22 0,05 0,04 0,62 0,05 0,54 0,06 0,25 116,50
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,11 0,11 0,03 0,21 0,04 0,19 0,01 0,09 76,94
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,17 0,12 0,05 0,53 0,05 0,29 0,03 0,18 102,42
Gandarela APL-S-NA28 3 0,07 0,05 0,05 0,12 0,05 0,12 0,00 0,04 55,11
Gandarela AS14/PC-36 2 0,09 0,09 0,05 0,13 0,05 0,13 0,00 0,06 62,85
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,12 0,05 0,05 0,30 0,05 0,19 0,01 0,11 92,64
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 0,04 0,05 0,03 0,05 0,03 0,05 0,00 0,01 23,83
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,08 0,05 0,05 0,18 0,05 0,07 0,00 0,05 69,41
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 0,08 0,05 0,03 0,25 0,05 0,05 0,01 0,08 101,98
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,36 0,22 0,03 1,24 0,05 0,40 0,21 0,45 126,26

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 415


Elemento Formação Unidade N Média Mediana Mínimo Máximo Q1 Q3 Variância Desv.Pad. Coef. Var.
Cauê APL-S-NA04 4 4,75 4,81 4,08 5,30 4,23 5,27 0,38 0,61 12,91
Cauê APL-S-NA09 4 4,92 5,21 2,94 6,33 3,89 5,95 2,11 1,45 29,54
Cauê APL-S-NA21 2 2,80 2,80 2,07 3,53 2,07 3,53 1,07 1,03 36,87
Cauê APL-S-NA23 2 5,71 5,71 4,92 6,50 4,92 6,50 1,25 1,12 19,57
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 6,04 5,37 5,04 7,71 5,04 7,71 2,12 1,46 24,10
Oxigênio dissolvido (mg O2/L)

Cauê APL-S-NA30 2 6,79 6,79 6,77 6,80 6,77 6,80 0,00 0,02 0,31
Cauê APL-S-NA40 3 3,13 3,45 1,75 4,18 1,75 4,18 1,55 1,25 39,88
Cauê APL-S-NA61 2 5,21 5,21 5,08 5,33 5,08 5,33 0,03 0,18 3,40
Cauê AS51/APL-S-NA35 5 6,22 6,46 3,73 7,68 6,14 7,08 2,28 1,51 24,30
Cauê GD-140/APL-S-NA32 6 4,96 5,77 1,51 6,50 3,89 6,32 3,81 1,95 39,35
Ferrífera APL-S-NA67 4 7,15 6,72 5,75 9,42 5,98 8,33 2,67 1,63 22,84
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 6 6,64 6,69 4,03 9,00 5,79 7,63 2,93 1,71 25,78
Gandarela APL-S-NA28 3 6,19 6,71 4,49 7,36 4,49 7,36 2,26 1,50 24,32
Gandarela AS14/PC-36 1 7,66 7,66 7,66 7,66 7,66 7,66
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 5 6,88 7,08 4,68 8,54 6,50 7,60 2,07 1,44 20,94
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 5 5,51 5,51 4,41 6,25 5,23 6,14 0,56 0,75 13,56
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 5 6,38 6,39 5,20 7,30 6,20 6,82 0,62 0,78 12,30
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 6 5,41 5,11 4,07 7,51 4,34 6,33 1,78 1,33 24,65
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 5 7,27 7,66 4,71 9,54 5,79 8,64 3,98 2,00 27,45
Cauê APL-S-NA04 4 4,57 4,68 3,55 5,37 4,04 5,11 0,59 0,77 16,74
Cauê APL-S-NA09 4 5,82 5,73 4,76 7,07 4,84 6,80 1,33 1,15 19,84
Cauê APL-S-NA21 2 5,65 5,65 5,38 5,92 5,38 5,92 0,15 0,38 6,76
Cauê APL-S-NA23 2 4,33 4,33 3,85 4,81 3,85 4,81 0,46 0,68 15,68
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 6,16 6,11 5,64 6,74 5,64 6,74 0,30 0,55 8,96
Cauê APL-S-NA30 3 4,78 5,06 4,01 5,28 4,01 5,28 0,46 0,68 14,19
Cauê APL-S-NA40 3 5,18 4,97 4,70 5,88 4,70 5,88 0,38 0,62 11,93
Cauê APL-S-NA61 2 5,73 5,73 5,46 6,00 5,46 6,00 0,15 0,38 6,66
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 5,04 5,08 4,53 5,41 4,85 5,26 0,10 0,32 6,43
pH

Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 5,26 5,56 3,85 6,56 4,17 5,72 0,89 0,95 17,97
Ferrífera APL-S-NA67 4 6,10 6,32 4,14 7,63 5,21 7,00 2,09 1,45 23,72
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 6,34 6,94 4,28 7,43 5,18 7,43 1,47 1,21 19,15
Gandarela APL-S-NA28 3 5,58 5,71 5,01 6,02 5,01 6,02 0,27 0,52 9,27
Gandarela AS14/PC-36 2 5,54 5,54 5,35 5,72 5,35 5,72 0,07 0,26 4,73
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 7,36 7,36 7,12 7,58 7,20 7,54 0,04 0,19 2,59
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 7,34 7,14 6,91 8,27 6,92 7,63 0,28 0,53 7,19
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 7,59 7,66 6,86 8,10 7,45 7,80 0,18 0,43 5,61
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 6,50 6,49 6,09 7,35 6,18 6,59 0,18 0,43 6,54
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 6,39 6,37 5,78 7,12 5,94 6,78 0,26 0,51 8,05
Cauê APL-S-NA04 4 181,18 205,60 46,50 267,00 125,75 236,60 8899,06 94,33 52,07
Cauê APL-S-NA09 4 122,33 100,20 2,90 286,00 30,15 214,50 15231,52 123,42 100,89
Cauê APL-S-NA21 2 73,95 73,95 26,90 121,00 26,90 121,00 4427,41 66,54 89,98
Cauê APL-S-NA23 2 147,75 147,75 6,50 289,00 6,50 289,00 39903,13 199,76 135,20
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 176,87 116,00 102,60 312,00 102,60 312,00 13740,65 117,22 66,28
Potencial redox in situ (mV)

Cauê APL-S-NA30 3 219,67 207,00 141,00 311,00 141,00 311,00 7345,33 85,70 39,02
Cauê APL-S-NA40 3 164,10 114,00 15,30 363,00 15,30 363,00 32106,33 179,18 109,19
Cauê APL-S-NA61 2 178,60 178,60 31,20 326,00 31,20 326,00 43453,52 208,46 116,72
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 179,97 120,75 60,30 374,00 107,00 297,00 15621,67 124,99 69,45
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 144,09 53,20 0,00 411,00 30,60 357,00 28574,66 169,04 117,32
Ferrífera APL-S-NA67 4 157,60 111,50 73,40 334,00 87,20 228,00 14225,84 119,27 75,68
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 111,09 124,00 5,40 184,00 34,00 175,00 4979,22 70,56 63,52
Gandarela APL-S-NA28 3 176,17 175,00 143,50 210,00 143,50 210,00 1106,58 33,27 18,88
Gandarela AS14/PC-36 2 284,50 284,50 284,00 285,00 284,00 285,00 0,50 0,71 0,25
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 68,25 12,10 0,00 321,00 0,00 64,30 15919,36 126,17 184,87
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 67,42 36,00 0,00 250,00 29,10 53,40 8304,13 91,13 135,17
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 115,78 49,40 0,00 337,00 23,90 235,00 18936,97 137,61 118,85
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 104,23 109,00 3,00 233,00 32,30 182,00 7023,27 83,80 80,40
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 79,03 88,45 0,00 160,00 34,30 103,00 3123,26 55,89 70,71
Cauê APL-S-NA04 4 5,60 5,73 4,28 6,65 4,91 6,29 0,98 0,99 17,73
Cauê APL-S-NA09 4 3,42 3,20 2,80 4,49 2,89 3,95 0,57 0,76 22,16
Cauê APL-S-NA21 2 1,55 1,55 0,98 2,11 0,98 2,11 0,64 0,80 51,72
Cauê APL-S-NA23 2 4,80 4,80 2,32 7,27 2,32 7,27 12,25 3,50 73,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 7,20 7,09 7,05 7,45 7,05 7,45 0,05 0,22 3,06
Cauê APL-S-NA30 3 6,33 6,92 5,14 6,94 5,14 6,94 1,07 1,03 16,32
Cauê APL-S-NA40 3 6,00 6,37 5,23 6,40 5,23 6,40 0,44 0,67 11,12
Sílica (mg SiO2/L)

Cauê APL-S-NA61 2 2,91 2,91 2,63 3,19 2,63 3,19 0,16 0,40 13,61
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 6,70 7,51 1,90 8,20 7,09 7,98 5,71 2,39 35,68
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 3,55 4,02 1,18 6,27 1,24 4,39 3,29 1,82 51,07
Ferrífera APL-S-NA67 4 7,22 6,53 5,92 9,91 6,12 8,33 3,33 1,82 25,25
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 5,36 5,84 2,75 6,97 4,75 6,51 1,97 1,40 26,16
Gandarela APL-S-NA28 3 4,67 4,54 4,36 5,12 4,36 5,12 0,16 0,40 8,50
Gandarela AS14/PC-36 2 4,68 4,68 2,22 7,14 2,22 7,14 12,10 3,48 74,34
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 4,19 3,65 3,45 6,03 3,60 4,79 1,05 1,02 24,40
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 4,58 4,80 3,10 5,32 4,22 5,27 0,70 0,84 18,25
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 6,09 6,16 5,67 6,51 5,72 6,34 0,12 0,34 5,63
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 10,10 9,87 5,14 13,80 7,53 12,30 9,13 3,02 29,92
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 6,51 6,81 4,29 8,56 4,52 8,05 3,13 1,77 27,19

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 416


Elemento Formação Unidade N Média Mediana Mínimo Máximo Q1 Q3 Variância Desv.Pad. Coef. Var.
Cauê APL-S-NA04 4 0,19 0,19 0,12 0,25 0,15 0,23 0,00 0,06 29,65
Cauê APL-S-NA09 4 10,59 0,40 0,14 41,40 0,20 20,98 422,06 20,54 194,09
Cauê APL-S-NA21 2 0,34 0,34 0,25 0,42 0,25 0,42 0,01 0,12 35,88
Cauê APL-S-NA23 2 0,19 0,19 0,13 0,25 0,13 0,25 0,01 0,08 44,66
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,23 0,25 0,10 0,34 0,10 0,34 0,01 0,12 52,71
Cauê APL-S-NA30 3 0,20 0,15 0,14 0,31 0,14 0,31 0,01 0,10 47,70
Sódio total (mg Na/L)

Cauê APL-S-NA40 3 0,22 0,25 0,17 0,25 0,17 0,25 0,00 0,05 20,68
Cauê APL-S-NA61 2 0,27 0,27 0,25 0,28 0,25 0,28 0,00 0,02 8,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,24 0,25 0,21 0,25 0,25 0,25 0,00 0,02 6,71
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 6,11 0,25 0,25 38,70 0,25 2,54 207,22 14,40 235,60
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,17 0,16 0,10 0,25 0,12 0,22 0,00 0,07 39,74
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,49 0,16 0,11 2,42 0,11 0,25 0,73 0,85 174,77
Gandarela APL-S-NA28 3 0,21 0,25 0,13 0,25 0,13 0,25 0,00 0,07 32,99
Gandarela AS14/PC-36 2 0,19 0,19 0,12 0,25 0,12 0,25 0,01 0,09 49,69
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,22 0,25 0,10 0,25 0,20 0,25 0,00 0,06 27,95
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 5,54 0,31 0,25 29,60 0,25 2,49 139,77 11,82 213,60
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,24 0,25 0,19 0,33 0,19 0,25 0,00 0,05 21,22
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 1,22 1,18 0,25 2,42 0,56 1,68 0,51 0,71 58,46
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,25 0,25 0,20 0,32 0,21 0,25 0,00 0,04 17,14
Cauê APL-S-NA04 4 14,50 11,25 5,50 30,00 5,50 23,50 136,17 11,67 80,48
Cauê APL-S-NA09 4 8,03 5,50 5,50 15,60 5,50 10,55 25,50 5,05 62,93
Cauê APL-S-NA21 2 22,00 22,00 11,00 33,00 11,00 33,00 242,00 15,56 70,71
Cauê APL-S-NA23 2 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 0,00 0,00 0,00
Sólidos dissolvidos totais (mg SDT/L)

Cauê APL-S-NA26/NA27 3 8,43 5,50 5,50 14,30 5,50 14,30 25,81 5,08 60,25
Cauê APL-S-NA30 3 7,53 5,50 5,50 11,60 5,50 11,60 12,40 3,52 46,75
Cauê APL-S-NA40 3 7,33 5,50 5,50 11,00 5,50 11,00 10,08 3,18 43,30
Cauê APL-S-NA61 2 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 8,60 5,50 5,50 18,00 5,50 11,60 27,16 5,21 60,60
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 10,41 11,00 5,50 21,80 5,50 12,00 34,39 5,86 56,31
Ferrífera APL-S-NA67 4 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 10,84 5,50 5,50 30,00 5,50 18,40 94,47 9,72 89,64
Gandarela APL-S-NA28 3 7,33 5,50 5,50 11,00 5,50 11,00 10,08 3,18 43,30
Gandarela AS14/PC-36 2 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 36,45 39,50 18,20 46,50 32,50 42,50 101,88 10,09 27,69
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 59,30 58,50 43,00 86,00 45,50 64,30 239,16 15,46 26,08
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 113,17 114,00 105,00 120,00 109,00 117,00 30,97 5,56 4,92
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 30,41 29,20 5,50 66,00 12,20 39,50 384,52 19,61 64,47
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 6,75 5,50 5,50 13,00 5,50 5,50 9,38 3,06 45,36
Cauê APL-S-NA04 4 0,72 0,50 0,50 1,38 0,50 0,94 0,19 0,44 61,11
Cauê APL-S-NA09 4 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA21 2 6,65 6,65 1,70 11,60 1,70 11,60 49,01 7,00 105,27
Cauê APL-S-NA23 2 3,08 3,08 0,50 5,65 0,50 5,65 13,26 3,64 118,43
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA40 3 0,82 0,50 0,50 1,47 0,50 1,47 0,31 0,56 68,02
Sulfato (mg SO4/L)

Cauê APL-S-NA61 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Cauê AS51/APL-S-NA35 6 0,82 0,50 0,50 1,50 0,50 1,43 0,25 0,50 60,71
Cauê GD-140/APL-S-NA32 7 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Ferrífera APL-S-NA67 4 1,13 0,93 0,50 2,14 0,50 1,75 0,62 0,79 70,12
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 7 0,62 0,50 0,50 1,35 0,50 0,50 0,10 0,32 51,70
Gandarela APL-S-NA28 3 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela AS14/PC-36 2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 6 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 6 1,30 0,50 0,50 3,44 0,50 2,33 1,64 1,28 98,89
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 6 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 7 1,18 1,47 0,50 2,19 0,50 1,61 0,46 0,68 57,62
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 6 0,69 0,50 0,50 1,61 0,50 0,50 0,21 0,45 66,15
Cauê APL-S-NA04 4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA09 4 3,02 1,04 0,00 10,00 0,00 6,04 22,62 4,76 157,62
Cauê APL-S-NA21 2 1,88 1,88 0,00 3,76 0,00 3,76 7,07 2,66 141,42
Cauê APL-S-NA23 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA26/NA27 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cauê APL-S-NA30 3 1,69 0,00 0,00 5,06 0,00 5,06 8,53 2,92 173,21
Cauê APL-S-NA40 3 0,47 0,00 0,00 1,42 0,00 1,42 0,67 0,82 173,21
Turbidez (NTU)

Cauê APL-S-NA61 2 5,15 5,15 2,81 7,49 2,81 7,49 10,95 3,31 64,26
Cauê AS51/APL-S-NA35 4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cauê GD-140/APL-S-NA32 5 0,25 0,00 0,00 0,68 0,00 0,57 0,12 0,34 137,81
Ferrífera APL-S-NA67 4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ferrífera MQ-130/APL-S-NA06 5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gandarela APL-S-NA28 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gandarela AS14/PC-36 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gandarela GD-164/APL-S-NA34 4 0,84 0,50 0,00 2,37 0,13 1,56 1,13 1,07 126,41
Gandarela MQ-107/APL-S-NA33 3 2,13 1,38 0,00 5,00 0,00 5,00 6,67 2,58 121,42
Gandarela MQ-71/APL-S-NA36 4 2,65 0,02 0,00 10,54 0,00 5,29 27,70 5,26 198,99
Gandarela GD-119/APL-S-NA38 5 0,42 0,00 0,00 2,10 0,00 0,00 0,88 0,94 223,61
Gandarela MQ-35/APL-S-NA37 4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 417


Alumínio Ferro Manganês Alcalinidade

Cálcio Condutividade elétrica Magnésio Sólidos Dissolvidos Totais

Gráfico 6-153: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros Alumínio, Ferro, Manganês, Alcalinidade, Cálcio, Condutividade Elétrica, Magnésio, Sólidos Dissolvidos Totais, para cada formação geológica

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 418


Oxigênio Dissolvido pH Potencial redox Sílica

Sulfato Turbidez Sódio Fluoreto

Gráfico 6-154: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros Oxigênio, pH. Potencial Redox, Sílica, Sulfato, Turbidez, Sódio, Fluoreto, para cada formação geológica.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 419


Cloreto Coliformes termotolerantes E. coli Nitrato

Gráfico 6-155: Gráficos boxplots gerados para os parâmetros, Coliformes Termotolerantes E.Coli e Nitrato, para cada formação geológica.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 420


6.13.2.2.4 AVALIAÇÃO DA SIMILARIDADE ENTRE AMOSTRAS

Para complementar a análise exploratória dos dados, estes foram submetidos a Análise de
Cluster (AC), que visou agrupar as nascentes para identificar similaridades e/ou
dissimilaridades entre elas.

Os dendrogramas resultantes foram gerados utilizando as medianas de cada elemento, para


cada nascente. Incluiu-se no início da nomenclatura das amostras as iniciais das formações
geológicas as quais pertencem, para auxiliar a interpretação dos resultados (C – Cauê; G –
Gandarela; NL – Nova Lima e F – Ferrífera).

Os dados foram padronizados em escala Z para torná-los adimensionais e assim eliminar a


influência das diferentes unidades de medida entre variáveis. Utilizou-se o método
aglomerativo hierárquico, por ligação completa, e a distância euclidiana como medida de
similaridade.

Inicialmente foi gerado o dendrograma considerando os elementos presentes e avaliados no


Diagrama de Piper (Alcalinidade, Ca, Mg, SO4-, Cl- e Na-). Os resultados de potássio não
foram utilizados por serem censurados. Para posterior comparação, foram gerados os
dendrogramas utilizando elementos de composição principal da formação geológica (Al, Fe
e Mn), e que por vezes ocorrem naturalmente em concentrações mais elevadas que os
níveis da legislação em áreas de mineralização ferrífera, e outro acrescentando a estes
elementos, pH e alcalinidade, que foram selecionados por estarem correlacionados
significativamente com vários íons e serem por vezes agentes ativos no controle da
mobilidade destes elementos.

6.13.2.2.4.1 Dendrograma dos elementos do Diagrama de Piper

O dendrograma mostra a formação de seis grupos (Figura 6-67), sendo quatro amostras
agrupadas isoladamente em um grupo: G1 (G - MQ-71/APL-S-NA36); G2 (C - APL-S-NA23);
G3 (C - APL-NA21) e G6 (M - GD-119/APL-S-NA38); e duas amostras agrupadas no G4 (G -
MQ-107/APL-S-NA33 e G - MQ-164/APL-S-NA34). As demais amostras de nascentes foram
agrupadas no G5, como pode ser observado na Figura 6-67. Para avaliar diferenças dos
elementos entre os grupos, foram gerados gráficos boxplots (Gráfico 6-156).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 421


Figura 6-67: Dendrograma das 19 amostras de nascentes, considerando os parâmetros alcalinidade,
Ca, Mg, SO4-, Cl- e Na.

A amostra G - MQ-71/APL-S-NA36, que representa o Grupo 1, é a que possui maior


resultado para alcalinidade, cálcio e magnésio, comparada com as demais nascentes
(Gráfico 6-156). Em seguida, esses elementos são maiores nas amostras do grupo 4 (G -
MQ-107/APL-S-NA33 e G - MQ-164/APL-S-NA34), o que é consistente com o fato destes
pontos estarem localizadas associados ao sistema aquífero da formação Gandarela e
apresentam maiores medianas para Ca, Mg e alcalinidade (Gráfico 6-156). Como citado
anteriormente, este enriquecimento se deve a interação entre a água de recarga e as
porções dolomíticas presentes no itabirito.

A amostra do Grupo 2 (C - APL-S-NA23) mostra uma mediana maior para cloreto e para
sulfato, mas sendo a concentração de sulfato 2x maior no grupo 3 (C - APL-NA21), em
comparação ao grupo 2. O grupo 6 (M - GD-119/APL-S-NA38) se destaca em relação a
maior mediana para Sódio (Gráfico 6-156). A Tabela 6-117 apresenta um resumo da
avaliação das medianas.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 422


Alcalinidade Cálcio Magnésio

120 26 16
Alcalinidade total (mg CaCO3

24

Cálcio Total (mg Ca/L)

Magnésio total (mg Mg/L)


22 14
100 20
18 12
16
80 14
10
12
10
/L)

60 8
8
6
4
6
40 2
0 4
1 2 3 4 5 6
20 2
Grupos
Cloreto Sódio 0 Sulfato
0 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
260 1,4 Grupos
240
Grupos 7
220 1,2
Sódio total (mg Na/L)

6
Cloreto (mg Cl-/L)

200

Sulfato (mg SO4/L)


180 1,0
160 5
140 0,8
120 4
100 0,6
80
60 0,4 3
40
20 0,2 2
0
0,0
1 2 3 4 5 6 1
1 2 3 4 5 6
Grupos
Grupos 0
Gráfico 6-156: Gráficos boxplots dos parâmetros Alcalinidade, Ca, Mg, SO4-, 1Cl- e2Na para
3 cada
4 5um 6
dos seis grupos formado na Análise de Cluster (AC), Grupos

Tabela 6-117: Resumo da avaliação das medianas para os grupos formados pela Análise de
Cluster (AC).

Maior mediana para: Amostras


G - MQ-71/APL-S-NA36;
Alcalinidade, cálcio e magnésio G - MQ-107/APL-S-NA33
G - GD-164/APL-S-NA34
Cloreto e sulfato C - APL-S-NA23
Sulfato C - APL-NA21
Sódio M - GD-119/APL-S-NA38

Não foi possível identificar diferenças estatísticas significativas devido ao pequeno número
de dados, que não foram suficientes para definir se existem domínios claros de águas e que
possivelmente possam significar diferentes domínios de background geoquímico.

6.13.2.2.4.2 Dendrogramas considerando Fe, Al, Mn, pH e alcalinidade

Uma matriz de correlação de Spearman (p<0,05) foi gerada para auxiliar na interpretação
dos dados e está apresentada na Tabela 6-118.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 423


Tabela 6-118: Matriz de correlação de spearman (p<0,05) considerando os principais elementos.
Alumínio Manganês Alcalinidade Cálcio Condutividade Magnésio Fluoreto Oxigênio Potencial Sólidos
Ferro total Cloreto (mg Sódio total Sulfato (mg
Elementos total (mg total (mg total (mg Total (mg elétrica total (mg (mg F- dissolvido pH redox in dissolvidos totais
(mg Fe/L) Cl-/L) (mg Na/L) SO4/L)
Al/L) Mn/L) CaCO3/L) Ca/L) (µS/cm) Mg/L) /L) (mg O2/L) situ (mV) (mg SDT/L)
Alumínio total (mg Al/L) 1,000 0,727 0,163 -0,155 -0,019 0,135 -0,071 -0,047 -0,439 -0,231 -0,005 0,050 0,292 -0,027 -0,052
Ferro total (mg Fe/L) 0,727 1,000 0,216 -0,112 0,010 0,153 0,082 0,286 -0,175 -0,054 -0,084 0,111 0,128 -0,112 0,155
Manganês total (mg Mn/L) 0,163 0,216 1,000 0,456 0,538 0,223 0,427 -0,064 -0,037 -0,101 -0,227 0,094 -0,060 0,275 0,140
Alcalinidade total (mg CaCO3/L) -0,155 -0,112 0,456 1,000 0,794 0,712 0,796 -0,030 -0,006 -0,095 0,490 -0,551 0,421 0,769 0,315
Cálcio Total (mg Ca/L) -0,019 0,010 0,538 0,794 1,000 0,530 0,917 -0,322 -0,309 0,082 0,429 -0,508 0,257 0,685 0,057
Condutividade elétrica (µS/cm) 0,135 0,153 0,223 0,712 0,530 1,000 0,515 0,043 -0,336 -0,206 0,471 -0,535 0,604 0,831 0,069
Magnésio total (mg Mg/L) -0,071 0,082 0,427 0,796 0,917 0,515 1,000 -0,225 -0,289 0,049 0,574 -0,529 0,315 0,601 0,072
Fluoreto (mg F-/L) -0,047 0,286 -0,064 -0,030 -0,322 0,043 -0,225 1,000 0,438 -0,178 -0,234 0,316 0,032 -0,253 0,240
Cloreto (mg Cl-/L) -0,439 -0,175 -0,037 -0,006 -0,309 -0,336 -0,289 0,438 1,000 0,115 -0,207 0,102 -0,400 -0,253 0,618
Oxigênio dissolvido (mg O2/L) -0,231 -0,054 -0,101 -0,095 0,082 -0,206 0,049 -0,178 0,115 1,000 0,233 0,091 -0,569 -0,250 -0,303
pH -0,005 -0,084 -0,227 0,490 0,429 0,471 0,574 -0,234 -0,207 0,233 1,000 -0,626 0,310 0,462 -0,106
Potencial redox in situ (mV) 0,050 0,111 0,094 -0,551 -0,508 -0,535 -0,529 0,316 0,102 0,091 -0,626 1,000 -0,533 -0,653 -0,101
Sódio total (mg Na/L) 0,292 0,128 -0,060 0,421 0,257 0,604 0,315 0,032 -0,400 -0,569 0,310 -0,533 1,000 0,411 0,125
Sólidos dissolvidos totais (mg SDT/L) -0,027 -0,112 0,275 0,769 0,685 0,831 0,601 -0,253 -0,253 -0,250 0,462 -0,653 0,411 1,000 0,131
Sulfato (mg SO4/L) -0,052 0,155 0,140 0,315 0,057 0,069 0,072 0,240 0,618 -0,303 -0,106 -0,101 0,125 0,131 1,000

*Correlações em vermelho são significativas

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 424


Por meio da matriz de correlação de Spearman, nota-se que há uma correlação alta e
significativa entre ferro e alumínio (0,727). Quanto ao manganês, esse apresenta correlação
significativa com alcalinidade e cálcio. A correlação entre sulfato e cloreto também foi
significativa.

A alcalinidade tem correlação significativa com Mn, Ca, Condutividade elétrica, Mg, pH,
potencial redox e sólidos dissolvidos totais. Todos estes parâmetros estão relacionados a
presença, especiação e mobilidade dos íons nas águas subterrâneas.

A partir dessas observações, foram gerados dois dendrogramas, um considerando os


resultados de Al, Fe e Mn e outro considerando os resultados de Al, Fe, Mn, pH e
alcalinidade.

Analisando o dendrograma de Al, Fe e Mn (Figura 6-68), três nascentes foram destacadas


das demais: C – APL-S-NA21, isolada separadamente (Grupo 1), e C – APL-S-NA61 e C –
APL-S-NA30, agrupadas juntas (Grupo 2).

Figura 6-68: Dendrograma das amostras de águas subterrâneas (Al, Fe e Mn).

Analisando as medianas (Q2) de Al, Fe e Mn nestes grupos (Gráfico 6-157), nota-se maior
mediana dos três elementos na nascente C – APL-S-NA21, diferenciando-a das demais.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 425


Alumínio Ferro Manganês

0,14 1,2 0,35

Manganês total (mg Mn/L)


0,30
Alumínio total (mg Al/L)

0,12 1,0

Ferro total (mg Fe/L)


0,25
0,10
0,8 0,20

0,08 0,15
0,6
0,10
0,06
0,4 0,05
0,04
0,00
0,2 1 2 3
0,02
0,0 Grupo
0,00
Gráfico 6-157:
1 Boxplots
2 dos grupos
3 formados 1pelo dendrograma
2 3 considerando os resultados de Al, Fe

e Mn.
Grupo
Grupo

A nascente C – APL-S-NA21 representou o G1 no dendrograma com os principais íons


(Figura 6-68), e se destacou pela maior mediana de sulfato (Gráfico 6-158). Apesar de não
ter sido considerado no agrupamento, o oxigênio dissolvido desta nascente é o menor de
todos os resultados obtidos (2,07).

Na ausência de oxigênio, os microrganismos anaeróbios usam NO3-, Mn (IV), Fe (III), SO4-,


dentre outros, como eletroaceptores em sua respiração (Camargo, Santos e Zonta, 1999),
levando a alterações significativas no potencial redox, no pH e na condutividade elétrica.
Camargo, Santos e Zonta (1999) comentam que o processo de redução biológica, que
ocorre em áreas inundadas, resulta em baixo oxigênio, baixo potencial redox e em um
aumento da condutividade elétrica. Essas alterações poderiam ser a causa do
comportamento observado na nascente C – APL-S-NA21 pelos gráficos boxplots (Gráfico
6-158).

Oxigênio Dissolvido Potencial redox


8 300
Potencial redox in situ (mV)

7
250
6
OD (mg O2/L)

200
5

4 150

3
100
2
50
1

0 0
1 2 3 1 2 3

Grupo Grupo

220 7
Condutividade elétrica (µS

200
180 6
160
Sulfato (mg SO4/L)

140
5
120
/cm)

100
4
80
60
3
40
20
2
0
1 2 3
1
Grupo
0
1 2 3
Gráfico 6-158: Boxplots de oxigênio dissolvido, potencial redox e condutividade
Grupo elétrica para os
grupos formados na AC.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 426


As amostras agrupadas no grupo 2 do dendrograma foram anteriormente agrupadas ao
grande grupo de amostras no dendrograma do Diagrama de Piper e Stiff. Dessa forma,
essas amostras foram destacadas neste último dendrograma em razão da concentração dos
elementos, principalmente alumínio e ferro, cujas medianas foram maiores que o restante
das nascentes.

A Figura 6-69 apresenta o agrupamento das amostras de nascentes considerando os


parâmetros Al, Fe, Mn, pH e alcalinidade.

Figura 6-69: Dendrograma das amostras de águas subterrâneas (Al, Fe, Mn, pH e alcalinidade).

O novo dendrograma formado mostrou os três grupos de amostras já destacados nas


análises anteriores: (i) a nascente C – APL-S-NA21 (Grupo 1), que se destacou pelas
características de ambiente redutor; (ii) as nascentes G – MQ-71/APL-S-NA36; G - MQ-
107/APL-S-NA33 e G - GD-164/APL-S-NA34, que se destacaram por maiores medianas de
alcalinidade, Ca e Mg; e (iii) as nascentes C – APL-S-NA61 e C – APL-S-NA30, que se
destacaram por maiores medianas de Al e Fe.

Para melhor visualização das diferenças entre as amostras destacadas e as demais


amostras, gráficos de barra foram gerados e apresentados no Gráfico 6-46, mostrando a
concentração dos elementos de principal interesse para todas as nascentes em análise. As
nascentes foram apresentadas em ordem por formação geológica: N1 (Moeda – M); N2
(Nova Lima – NL), N3 e N4 (Ferrífera – F), N5 a N9 (Gandarela – G) e N10 a N19 (Cauê – C).

Portanto, todas essas análises tiveram caráter exploratório. O objetivo foi tentar encontrar
similaridades e dissimilaridades entre as nascentes. Até o momento, o volume de dados
obtidos não permite a identificação de diferenças estatísticas entre as amostras.

Em geral, as águas subterrâneas analisadas neste relatório apresentam-se em condições


satisfatórias e os resultados condizem com as características geológicas da área em estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 427


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VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 429
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VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 432
VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 433
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VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 435
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Gráfico 6-159: Gráficos de barra dos principais elementos para todas as nascentes em estudo.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 437


6.13.2.2.5 VAZÕES

Os dados de vazão (Tabela 6-119) são provenientes dos dados fornecidos em arquivo
digital pela MDGeo do cadastramento de nascentes feito pela empresa em 2018.
Exclusivamente a vazão do ponto MQ-130/APL-S-NA06 tem como fonte o relatório realizado
pela empresa Hidrovia (2020), que apresentou os dados de vazão da MQ-130/APL-S-NA06
levantados pela MDGEO em 2008. As informações completas acerca do cadastramento de
nascentes no Projeto Apolo Umidade Natural podem ser consultadas no capítulo de
Hidrologia.

Tabela 6-119: Dados de vazão das nascentes


Identificação Vazão l/s
GD-119/APL-S-NA38 0,03
MQ-130/APL-S-NA06 4,17
MQ-35/APL-S-NA37 0,2
MQ-107/APL-S-NA33 0,05
AS14/PC-36 (sem vazão)
AS51/APL-S-NA35 1
GD-140/APL-S-NA32 0,2
MQ-71/APL-S-NA36 0,2
GD-164/APL-S-NA34 0,3
APL-S-NA67 8
APL-S-NA40 0,05
APL-S-NA30 0,5
APL-S-NA28 0,8
APL-S-NA26/NA27 (Sem vazão)
APL-S-NA23 0,2
APL-S-NA21 0,1
APL-S-NA09 0,15
APL-S-NA61 0,1
APL-S-NA04 0,01

Não foi possível associar a vazão das nascentes com a qualidade das águas observadas.
As seis nascentes destacadas nos três primeiros grupos da Figura 6-69 apresentam
menores vazões (entre 0,05 e 0,5 l/s), mas há nascentes com vazões similares que não
apresentaram maiores concentrações de Fe, Al ou Mn, por exemplo.

6.13.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

De uma forma geral, a qualidade das águas subterrâneas amostradas em dezenove


nascentes mostrou-se bastante satisfatória em termos aos atendimentos dos padrões legais.

Foram constatadas concentrações de Alumínio, Ferro e Manganês acima dos Valores


Máximos Permitidos (VMPs) estabelecidos pela legislação nas amostras de pontos
específicos, refletindo a composição químico-mineralógica dos constituintes rochosos que
compõem o substrato geológico, meio que ocorre a infiltração, circulação, descarga e
processos naturais de interação água-rocha.

Houve recorrência da presença das bactérias Coliformes termotolerantes e Escherichia coli


nas águas das nascentes, ressaltando-se que as análises incluem a quantificação de

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 438


bactérias de vida livre, que podem ser encontradas em águas e solos não contaminados, e
ainda, podem ser relacionadas às fezes dos animais presentes na área, visto que o contexto
estudado não é portador de nenhuma atividade humana consolidada.

As águas monitoradas na formação Gandarela revelaram características de concentrações


mais expressivas de íons dissolvidos de cálcio, magnésio e bicarbonatos, dissolução dos
carbonatos presentes nas rochas. Em contrapartida, as amostras dos pontos instalados nas
demais formações identificadas na área denotaram prevalência de condições mais ácidas,
tendência já esperada para as águas subterrâneas dos aquíferos com contribuições de
formação ferrífera.

Os Diagramas de Piper avaliados, e as avaliações estatísticas realizadas não permitiram


distinções significativas das águas da área avaliada. Essas distinções poderiam condicionar
a existência de ambientes geoquímicos que proporcionassem diferentes assinaturas de
background em relação aos elementos principais e traços, o que poderia ser útil em
avaliações de qualidade de água após a implantação do empreendimento, visto que por se
tratar de uma área mineralizada possivelmente possam existir teores anômalos de
elementos metálicos.

6.14 ÁREAS CONTAMINADAS

De acordo com CETESB (2021) as áreas contaminadas são conceituadas como “área onde
existe ou existiu fonte de contaminação primária e, como resultado, contém quantidades de
matéria ou concentrações de substâncias, em ao menos um dos compartimentos do meio
ambiente, capazes de causar danos aos bens a proteger”. Estes compartimentos são
representados por solos, sedimentos, rochas, materiais utilizados para aterrar os terrenos,
construções, águas subterrâneas e superficiais, ar e organismos vivos.

Neste sentido, justifica-se que a tratativa do tema “Áreas Contaminadas”, conforme


solicitado no TR SISEMA, não se aplica a área de inserção do Projeto Apolo Umidade
Natural, uma vez que, a ADA associada ao projeto trata-se de área greenfield, na qual não
são verificadas atualmente atividades com potencial poluidor, bem como considerando-se,
ainda, a obrigatoriedade de comunicação ao órgão ambiental de eventos de contaminação
(formulário no sítio eletrônico da FEAM), de acordo com a Deliberação Normativa Conjunta
COPAM/CERH n° 02/2010, que estabelece também o fluxograma para o gerenciamento.

No estado de Minas Gerais as áreas contaminadas são aquelas em que as concentrações


das substâncias ou compostos químicos de interesse estejam acima dos Valores de
Investigação (VI) estabelecidos pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH n°
02/2010, indicando a existência de potencial risco à saúde humana e ao meio ambiente.

Ressalta-se, ainda, que de acordo com o Inventário de Áreas Contaminadas de Minas


Gerais (FEAM, 2020), não foram identificadas/inventariadas áreas contaminadas nos
municípios de inserção do projeto, Barão de Cocais e Santa Bárbara, o que pode ainda ser
verificado por meio do IDE SISEMA, que apresenta os dados do inventário
georreferenciados.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 439


6.15 ESPELEOLOGIA

As prospecções espeleológicas na área do Projeto Apolo Umidade Natural vêm sendo


desenvolvidos desde 2006 (Figura 6-70), sendo assim, a Carste Ciência e Meio Ambiente
(2020) realizou a compilação destes estudos de forma a integrar os resultados relativos ao
patrimônio espeleológico na área de estudo. Além destes estudos, em 2017, com a
atualização do Plano Diretor do Projeto Apolo Umidade Natural, algumas áreas a norte, que
não haviam sido contempladas pelos estudos até então, foram prospectadas pela empresa
Spelayon. Foram realizados ainda os diagnósticos específicos, a partir dos quais serão
sintetizadas a seguir as principais informações obtidas. Os conjuntos de estudos
desenvolvidos estão disponíveis nos Anexos do Volume 2, conforme referenciado abaixo:

▪ ANEXO XIII: Estudo Espeleológico – Diagnóstico Geoespeleológico;


▪ ANEXO XIV: Estudo Espeleológico – Diagnóstico Bioespeleológico;
▪ ANEXO XV: Estudo Espeleológico – Proposta de Relevância Espeleológica;
▪ ANEXO XVI: Estudo Espeleológico – Proposta de Áreas de Influência.

Figura 6-70: Histórico das prospecções espeleológicas na região do Projeto Apolo Umidade Natural.
Fonte: Carste Ciência e Meio Ambiente, 2020.

O levantamento das cavidades naturais subterrâneasrelativas ao projeto, suas coordenadas,


litologia, proposta de relevância e localização encontram-se apresentados na Tabela 6-120
e na Figura 6-72. Ressalta-se que, de acordo com o Decreto Federal 6.640 de 07 de
novembro de 2008,

“entende-se por cavidade natural subterrânea todo e qualquer espaço


subterrâneo acessível pelo ser humano, com ou sem abertura identificada,
popularmente conhecido como caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna ou
buraco, incluindo seu ambiente, conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora
ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que
tenham sido formados por processos naturais, independentemente de suas
dimensões ou tipo de rocha encaixante”.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 440


Os resultados do estudo apontam que o Projeto Apolo Umidade Natural, representado pela
ADA acrescida de buffer de 250m, apresenta predomínio do potencial espeleológico médio e
baixo, que ocupam, respectivamente, 34% e 33% da área, especialmente na porção centro-
norte. O potencial alto e muito alto ocorre de modo localizado principalmente na porção
sudeste, e representa 11% e 18% respectivamente da área total do projeto. O mapa de
potencial espeleológico encontra-se apresentado na Figura 6-71.

Figura 6-71: Mapa do potencial espeleológico da Área de Estudo.


Fonte: Carste Ciência e Meio Ambiente, 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 441


A compilação das prospecções espeleológicas no Projeto Apolo Umidade Natural, do ano de
2006 a 2017, realizada pela empresa Carste Ciência e Meio Ambiente, resultou em 626km
de trilhas percorridas em uma área de 37,7km2, culminando no registro de 78 cavidades
naturais subterrâneas. Quatro dessas desenvolvem-se em rochas siliciclásticas, sendo as
cavernas AP_0049 e AP_0062 inseridas em quartzito e filito, e as cavernas AP_0050 e
AP_0051 em xisto. Todas as 74 demais ocorrem no contexto das rochas ferríferas da
Formação Cauê e das coberturas cenozoicas (lateritas ferruginosas).

As cavernas localizam-se, especialmente, nas porções superiores do relevo na Serra do


Gandarela, estando majoritariamente relacionadas à superfície de canga que recobre essa
Unidade Geomorfológica.

As cavernas AP_0038 e AP_0009, localizadas no entorno do empreendimento, apresentam


maior destaque na amostra de estudo, em relação às características geoespeleológicas.

Após a conclusão dos estudos geoespeleológicos e bioespeleológicos a análise de


relevância das 78 cavidades aponta que:

▪ Quatro cavernas apresentaram relevância máxima (5% - AP_0009, AP_0038,


APOL_0001 e SG_0007), determinada por seis atributos: (i) gênese única ou rara, (ii)
morfologia única, (iii) dimensões notáveis em extensão, área e/ou volume, (iv) habitat
para a preservação de populações geneticamente viáveis de espécies de troglóbios
endêmicos ou relictos, (v) habitat de troglóbio raro, (vi) cavidade testemunho;
▪ Quatro cavernas (5%) apresentam atributos de relevância média (AP_0016,
AP_0027, AP_0048, SG_0001) e;
▪ 70 cavernas (90%) foram classificadas com grau alto de relevância.

A distribuição geral das relevâncias encontra-se apresentada no Gráfico 6-160.

Gráfico 6-160: Percentual de cavernas do Projeto Apolo Umidade Natural por grau de relevância final.
Fonte: Carste Ciência e Meio Ambiente, 2020.

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 442


Tabela 6-120: Lista de cavidades naturais subterrâneas - Projeto Apolo Umidade Natural.
COORDENADAS UTM
ALTITUDE DESNÍVEL ÁREA VOLUME
NOME DATUM SIRGAS 2000 PH (M) LITOLOGIA
(M) (M) (M2) (M3)
FUSO 23K

AP_0001 638740 7786504 1441 14 1,6 32 38 Canga

AP_0002 638420 7785789 1479 9,4 0 71,7 239 Itabirito/canga

AP_0003 638371 7785756 1475 54,3 6,6 107,6 121 Canga

AP_0004 638342 7786086 1417 5,8 0,8 18,8 29 Itabirito/canga

AP_0005 638588 7785501 1599 8,1 1 15,9 12 Itabirito

AP_0006 638612 7785569 1591 42,5 6 55 38 Itabirito

AP_0007 638075 7785031 1493 17,5 1,2 28,6 24 Itabirito

AP_0008 638077 7785036 1490 14,3 0,8 16 7 Itabirito

AP_0009 637847 7785060 1439 184,6 0,8 380,8 543 Itabirito/canga

AP_0011 637897 7785068 1448 14,5 0,4 31,8 33 Canga

AP_0012 637893 7785124 1439 9,8 1,8 26,5 19 Canga

AP_0013 637928 7784844 1466 28,8 2,2 121 165 Itabirito/canga

AP_0014 637918 7784853 1466 12 0,6 36,6 55 Itabirito

AP_0015 637911 7784854 1467 25,8 0,5 77,9 168 Itabirito/canga

AP_0016 637896 7784862 1465 5,6 1,1 13,3 9 Itabirito

AP_0017 637637 7784660 1461 7,8 1 15,5 12 Canga

AP_0018 637677 7784753 1435 27,3 0,8 36 29 Canga

AP_0019 637753 7784750 1465 23 1,4 33,8 50 Canga

AP_0020 637753 7784750 1465 50,8 4 74 153 Itabirito/canga

AP_0021 637860 7784812 1467 67,3 0 164,3 195 Itabirito

AP_0022 637129 7783980 1430 29,7 0 63,6 48 Canga

AP_0023 637789 7784230 1480 14,7 1,5 27 31 Canga

AP_0024 637208 7783782 1472 5,9 0,6 10 13 Itabirito

AP_0025 637269 7783492 1475 28,4 0 63,7 42 Itabirito/canga

AP_0026 637732 7782985 1555 12,3 0,4 47,8 36 Canga

AP_0027 637782 7782935 1557 5,1 1,7 7,4 9 Itabirito/canga

AP_0028 637756 7782882 1546 17 2,8 25,4 19 Itabirito

AP-0029 638686 7783264 1396 68,6 11,6 161 240 Itabirito/canga

AP_0030 638697 7783270 1398 9 1,6 30 24 Itabirito

AP_0031 638415 7783463 1486 6,7 0,3 14 8 Canga

AP_0032 638369 7783474 1430 9,3 0,8 27 15 Canga

AP_0033 638287 7783784 1454 9,7 1,6 21,5 27 Itabirito/canga

AP_0034 638342 7783767 1419 10,2 0,7 14 12 Itabirito/canga

AP_0035 638149 7783368 1538 8,7 1 24 16 Itabirito

AP_0036 638112 7783366 1541 52 3,6 71,7 52 Itabirito/canga

AP_0037 638700 7784308 1438 27 0,3 74 65 Itabirito

AP_0038 638136 7784537 1531 345 6,8 676 798 Canga

AP_0039 638307 7783794 1443 18,2 0,6 43 86 Itabirito

AP_0040 637804 7784220 1484 15,7 1,8 33 30 Canga

AP_0041 638409 7783909 1461 9,6 6 35 21 Itabirito/canga

AP_0042 638344 7783489 1475 13,7 0 16,9 9 Canga

AP_0043 638520 7783136 1443 8,9 2 13,3 11 Canga

AP_0044 638434 7785813 1417 11,3 2 20,4 14 Canga

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 443


COORDENADAS UTM
ALTITUDE DESNÍVEL ÁREA VOLUME
NOME DATUM SIRGAS 2000 PH (M) LITOLOGIA
(M) (M) (M2) (M3)
FUSO 23K

AP_0045 637144 7783204 1596 13,2 0 51 57 Itabirito/canga

AP_0046 638131 7783373 1530 12,2 0 15,1 8 Itabirito

AP_0047 637917 7784872 1460 24,6 0 67,6 66 Itabirito

AP_0048 638995 7784565 1385 6,3 0,6 10,5 10 Canga

AP_0049 636828 7783996 1303 17 3,6 34 128* Quartzito/filito

AP_0050 636610 7784457 1193 7,2 1,8 23 23 Xisto

AP_0051 636673 7784814 1134 6,7 1,4 11 9 Xisto

AP_0052 638896 7784209 1402 9 2 23 20 Canga

AP_0053 638982 7784593 1453 8,7 3,4 31 34 Canga

AP_0054 637890 7784859 1484 7,3 1 11 9 Itabirito

AP_0055 638054 7785011 1491 12,7 1 15 7 Itabirito

AP_0056 637882 7784875 1456 31 5,2 86 210 Itabirito/canga

AP_0062 637588 7785384 1416 12,4 8,8 53 178 Quartzito/filito

AP_0063 638397 7786295 1485 7 1,2 13 17 Itabirito/canga

AP_0064 639133 7786779 1511 7 1,4 18 14 Itabirito

AP_0065 639158 7786842 1502 33,4 8 94 154 Itabirito

AP_0066 638951 7786934 1425 20,3 4 104 117 Canga

APOL_0001 639558 7786823 1458 16,7 1 35,3 109 Itabirito/canga

APOL_0003 639580 7786863 1447 25,8 5,6 52,9 61 Itabirito/canga

APOL_0004 639576 7786853 1446 5 1 17,6 27 Itabirito

APOL_0008 639140 7785766 1464 25,9 9,5 57,6 42 Itabirito

APOL_0010 639587 7787962 1448 33,9 5,8 124,3 190 Itabirito/canga

APOL_0011 639520 7787819 1485 17 3,2 24,1 25 Itabirito/canga

APOL_0012 639196 7787572 1456 43,2 4 92,9 65 Canga

APOL_0013 639715 7787480 1453 53,5 3,5 128,1 198 Itabirito/canga

APOL_0014 636462 7781886 1605 26,1 6,5 92,2 114 Canga

APOL_0015 636936 7781620 1604 5,6 1 20,1 15 Itabirito

APOL_0016 635780 7782077 1482 14,1 1,2 34,1 48 Canga

APOL_0028 639186 7786195 1424 8,1 1,7 22,8 15 Itabirito/canga

APOL_0031 639198 7787588 1462 14,6 1,5 26,4 21 Canga

APOL_0032 639379 7787814 1434 10,8 0,9 14,4 9 Canga

SG_0001 637726 7782558 1474 6,1 5,3 22 32 Canga

SG_0005 637548 7782511 1441 11,2 0,5 27,6 23 Canga

SG_0006 637544 7782516 1456 12,1 0,8 25,2 28 Canga

SG_0007 637530 7782462 1457 51,4 1,1 185 258 Canga

Fonte: Carste Ciência e Meio Ambiente, Maio de 2021.

Foram definidas ainda as propostas de área de influência das cavidades (Carste, 2020),
conforme também apresentado no mapa da Figura 6-72, tendo sido considerados os
critérios necessários para garantir a dinâmica evolutiva e o equilíbrio ecossistêmico,
conforme proposto por ICMBio/CECAV (2013).

VOLUME II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO| 444


Ribeirão Juca
634000 635000 636000 637000 638000 639000 640000 641000 642000
MT TO
BA

GO DF

7788000

7788000
APOL_0010

Vieira
Sabará MINAS GERAISES
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APOL_0032

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Caeté

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( (APOL_0011 SP RJ

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Có o Trovão APOL_0031 Cocais
d APOL_0012 !
( Raposos

( APOL_0013
!
Caeté

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Santa Bárbara
7787000

7787000
APOL_0004
APOL_0003 Rio Acima
AP_0066
!
(

Rio Acima Santa Bárbara


AP_0065 !
( !
( Catas Altas
AP_0064 !
( !
(APOL_0001

Cavidade/Relevância
( AP_0001
!
( Máxima
!
( AP_0063
! ( Alta
!
(APOL_0028
!
( AP_0004 ( Média
!
7786000

7786000
!
o M aquiné AP_0044 Área de Estudo da Espeleologia
Có rreg AP_0002
Área de Influência das Cavidades
!
( ( APOL_0008
AP_0003 (!
!( !
AP_0062 (AP_0006
!
AP_0047
! AP_0005
( imir a Buffer de 250m das cavidades de
Cas
AP_0056
AP_0014
!
(
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ia máxima relevância
AP_0012 M
AP_0013 AP_0011 AP_0007 Córre g o
AP_0054 AP_0008
AP_0015 !
( AP_0055 Córr e go
7785000

7785000
Có !! Projeto Apolo Umidade Natural
rr e go P AP_0016 (( !(!
( M ato G rosso
AP_0021
AP_0009
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( AP_0020 !
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Rede Hidrográfica
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AP_0017 !
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AP_0050 !
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( AP_0048

AP_0023 !
( AP_0037 Limite Municipal
!
(
!
(
AP_0040
( AP_0052
!
7784000

7784000
AP_0022
AP_0049
!
( !
( AP_0041
!
( AP_0039 Santa Bárbara
AP_0033
! AP_0024 !
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!
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( AP_0035
( AP_0034
AP_0046 AP_0042
AP_0032
AP_0025 AP_0036
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( !
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(! AP_0031
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(
( AP_0029
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( AP_0045
! AP_0030
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(AP_0043
7783000

7783000
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(!AP_0027
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SG_0001
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7782000

7782000
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( APOL_0015

634000 635000 636000 637000 638000 639000 640000 641000 642000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Projeto Apolo (VALE, 2021); Cavidades (VALE; CARSTE, 2020) e Área de Influência das
Cavidades do buffer 250 metros do Projeto (Carste, 2020). Título:
Imagem: (VALE, 2020) e WorldView (fev/2019 a jul/2019). Cavidades Prospectadaas na Área de Estudo da Espeleologia
1:28.000
km Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 0,45 0,9 Geoprocessamento Amplo 31/08/2021 A3 AP_mf_cavidades_A3_v05
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