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Sumário
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... 5
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................... 6
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ................................................................................................ 7
EQUIPE ENVOLVIDA ....................................................................................................................... 8
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ....................................................................................... 9
2. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS .......................................................................................................... 9
3. EQUIPE ENVOLVIDA .................................................................................................................... 9
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10
2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 12
3. METODOLOGIA ....................................................................................................... 15
4. ETAPAS ................................................................................................................... 15
4. 1. DADOS FLORESTAIS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS .............................................. 16
4. 2. MAPEAMENTO DAS FITOFISIONOMIAS ................................................................ 19
4. 3. EQUAÇÕES MATEMÁTICAS UTILIZADAS NA ANÁLISE FITOS-SOCIOLÓGICA E ANÁLISE
ESTATÍSTICA DO INVENTÁRIO ........................................................................................... 21
4.3.1. Densidade absoluta e densidade relativa ........................................................................ 21
4.3.2. Dominância absoluta ................................................................................................... 22
4.3.3. Dominância relativa .................................................................................................... 22
4.3.4. Frequência absoluta das espécies nas parcelas amostrais .................................................. 23
4.3.5. Frequência relativa das espécies nas parcelas amostrais ................................................... 23
4.3.6. Índice de diversidade de Shannon-Weaver ..................................................................... 23
4.3.7. Índice de valor de cobertura ......................................................................................... 24
4.3.8. Índice de Valor de Importância das espécies .................................................................. 24
4.3.9. Índices estatísticos empregados .................................................................................... 24
4.3.9.1. Média Aritmética (x) ................................................................................................... 24
4.3.9.2. Variância ( σx2) ......................................................................................................... 25
4.3.9.3. Desvio padrão (σx) ..................................................................................................... 25
4.3.9.4. Variância da Média ( σ2x) ........................................................................................... 25
4.3.9.5. Erro Padrão (σx) ......................................................................................................... 25
4.3.9.6. Coeficiente de Variação (CV%).................................................................................... 25
4.3.9.7. Erro de Amostragem ................................................................................................... 25
4.3.9.8. Intervalo de Confiança para media (IC) ......................................................................... 26
4.3.9.9. Total da População (X) ................................................................................................ 26
4.3.9.10. Intervalo de confiança para a população ........................................................................ 26

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4.4. MEDIDAS MITIGADORAS ....................................................................................... 26
4.5. MEDIDAS COMPENSATÓRIAS ................................................................................ 26
4.6. ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................. 29
5. DEFINIÇÃO DO LEVANTAMENTO CENSITÁRIO UTILIZADO PARA OS TRECHOS I E III E
COLETA DE DADOS EM CAMPO .......................................................................................... 29
6. RESULTADOS .......................................................................................................... 30
6.1. COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA .................................................................................... 30
6.2. DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA ................................................................................. 33
6.3. DESCRITORES ESTRUTURAIS VERTICAIS ............................................................. 34
6.4. PARAMÉTRICO ....................................................................................................... 35
6.5. Horizontal.................................................................................................................. 36
6.6. Definição do tipo de amostragem utilizado para o Trecho II e coleta de dados em campo .... 41
6.7. Inventário Florestal Qualitativo .................................................................................... 48
6.7.1. Composição Floristica ................................................................................................. 48
6.7.2. Suficiência amostral qualitativa .................................................................................... 48
6.8. Parâmetros da Estrutura Horizontal - Fitossociologia ...................................................... 48
6.9. Espécies de Interesse Conservacionista.......................................................................... 49
6.10. Inventário Florestal Quantitativo................................................................................... 50
7. RESULTADOS .......................................................................................................... 50
7.1. Mapeamento e Caracterização da Vegetação .................................................................. 50
7.2. Critérios para caracterização vegetal da área de estudo .................................................... 51
7.2.1. Composição florística .................................................................................................. 51
7.3. Dados faunísticos........................................................................................................ 53
A lista da composição florística (espécies arbóreas) do Subtrecho II da DF047, Brasília-DF é apresentada na
Tabela 4. .......................................................................................................................................... 59
7.3.1. Suficiência Amostral Qualitativa .................................................................................. 74
6. 1. Distribuição Diamétrica .......................................................................................................... 75
6. 2. Descritores Estruturais Vertical ............................................................................................... 77
6. 3. Paramétrico ........................................................................................................................... 76
Horizontal ........................................................................................................................................ 77
6. 4. Estágios sucessionais secundários observados na área de estudo .................................................. 83
6. 5. Área de Preservação Permanente (APP).................................................................................... 85
6. 6. Existência de espécie endêmicas, vulneráveis, raras ou em perigo de extinção ............................... 86
6. 7. Existência de espécie paisagísticas considerando os seguintes atributos ........................................ 88
6. 8. Quanto ao contexto ................................................................................................................ 88
6. 9. Quanto ao indivíduo ............................................................................................................... 88
6. 10. Contextos no qualse encontra a mancha vegetal ......................................................................... 88
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 90
PROGRAMA DE SUPRESSÃO VEGETAL DA BR-047 (EPAR).......................................................... 92
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1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 92
2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 92
3. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 92
4. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA.................................................................................................. 93
5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................................ 94
5.1. Ações Preliminares ao Corte - Consolidação de um Plano de Trabalho ..................................... 94
5.2. Demarcação das áreas de supressão vegetal ........................................................................... 94
5.3. Realização de inventário florestal ......................................................................................... 95
5.6. Resgate e multiplicação de Germoplasma .............................................................................. 97
5.7. Segurança e Treinamento dos Trabalhadores ......................................................................... 97
6. EXECUÇÃO DA SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO ......................................................................... 98
6.1. Limpeza Prévia da Vegetação .............................................................................................. 98
6.2. Corte da Vegetação ............................................................................................................ 98
6.3 Procedimentos de corte ...................................................................................................... 100
I. Corte direcional ............................................................................................................... 100
II. Corte de abate.................................................................................................................. 100
7. REMOÇÃO E DESTINAÇÃO DOS PRODUTOS DA SUPRESSÃO ............................................... 101
8. FISCALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 102
9. INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................................................ 102
10. RELATÓRIOS E PRODUTOS.................................................................................................... 102
11. CRONOGRAMA....................................................................................................................... 102
12. EQUIPE TÉCNICA PARA EXECUÇÃO DO PROGRAMA .......................................................... 104
13. RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA.............................................................. 104
ATOR............................................................................................................................................ 104
RESPONSABILIDADES ............................................................................................................... 104
DER .............................................................................................................................................. 104
Elaboração do Programa .............................................................................................................. 104
14. EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ............................................ 104
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 105

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Indivíduos arbóreos identificados em campo .................................................................................... 27


Tabela 3 - Relação dos indivíduos identificados, espécies, famílias, hábito, quantificação, Área Basal (m²) e
volumetria da madeira (m³) que ocorrem na área inventariada. Subtrechos I e III, DF047Erro! Indicador não
definido.
5
Tabela 3 - Cronograma do Plano de Supressão da Vegetação. ........................................................................ 103
Tabela 4- Responsabilidades dos envolvidos no programa de controle de supressão da vegetação. ............... 104
Tabela 5- Equipe técnica responsável pela elaboração do Plano de Supressão................................................ 104

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Vista parcial da DF-047, evidenciando a Mata de Galeria do Córrego Riacho Fundo, nos dois
sentidos davia. .....................................................................................................................................11
Figura 2 – Vista parcial da DF047, mostrando a faixa de domínio e intervenção mínima na Mata de
Galeria nesse trecho (Subtrecho II). ........................................................................................................11
Figura 3 – Subtrecho III da DF-047. Presença de espécies de Peltophorum dubium passíveis de
supressão .............................................................................................................................................11
Figura 4 – Subtrecho II, margem esquerda no sentido do Aeroporto. Detalhe para área antropizada
desprovida de espécies arbóreas. ............................................................................................................11
Figura 1- Localização da Rodovia DF-047 (EPAR), Trechos I, II e III. Fonte: DER 2017.................13
Figura 6-Vista aérea das obras de infraestrutura de ampliação da DF-047 (EPAR). Fonte: Portal da Copa
2014 ...................................................................................................................................................14
Figura 7 – Espécies de Peltophorum dubium passíveis de supressão ao longo do Subtrecho III da DF-
047 .....................................................................................................................................................17
Figura 9 - Mapa esquemático das formações vegetais ocorrentes na área de estudo da Rodovia DF-047
..........................................................................................................................................................19
Figura 10 – ADA do Empreendimento. Fonte: DER 2012 ..............................................................20
Figura 11 – Indivíduo arbóreo etiquetado pela equipe de campo no Subtrecho II. ..............................29
Figura 12 – Aferição do CAP (cm) em um indivíduo arbóreo de Syzygium jambolanum no Subtrecho III
..........................................................................................................................................................29
Figura 13- Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e materiais utilizados no Inventário. ...............30
Figura 14- Distribuição das 14 parcelasdemarcadas no Subtrecho II para a realização do Inventário.
DF047 (EPAR), Brasília/DF. Fonte: Google Earth, 2017 ...........................................................................45
Figura 15-Equipe em campo realizando o inventário florestal na área de estudo. ...............................47
Figura 16- Equipe em campo realizando o inventário florestal na área de estudo ...............................47
Figura 17 – Ponte sob o Córrego Riacho Fundo .............................................................................51
Figura 18 – Material arbóreo sendo coletado para identificação .......................................................51
Figura 19 - Demarcação d e parcela em campo. Subtrecho II. .........................................................52
Figura 20 - Espécie de Eritrina sp................................................................................................52
Figura 21 - Carcaça de Bicho-Preguiça (Bradypus variegatus) ........................................................53
Figura 22 - Espécies exóticas de Eucalypto sp no subtrecho II........................................................54
Figura 23 - Medição no subtrecho II de espécies de Piptadenia gonoacantha e Alchornea glandulosa .56
Figura 24 - Espécie de bromeliaceae no subtrecho II, Mata de Galeria .............................................56
6
Figura 25 – Curva do Número de parcelas (14) versus número de espécies (175) amostradas para o
Subtrecho II da DF047, Brasília-DF........................................................................................................74
Figura 26 - Quantidade de indivíduos por classe diamétrica. DF047, Brasília-DF ..............................75
Figura 27 - Distribuição dos indivíduos nos estratos por classe de altura. DF047, Brasília-DF, 2017. ...76
Figura 28 - Zanthoxycum hasslerianum, Maminha-de-Porca. Subtrecho III.......................................83
Figura 29 - Interior da Mata de Galeria, subtrecho II, com presença de epífitas, cipós e Eritrina spp. ...85
Figura 30 - Tabebuia heptaphylla, espécie tombada subtrecho III ....................................................87
Figura 31- Etapas do controle de supressão da vegetação................................................................94
Figura 32-Localização das áreas de supressão (trilha base) onde será ampliadaa DF047. Fonte: Fundação
Floresta Tropical, 2002. ........................................................................................................................95
Figura 33- Estimativas de Diâmetro Altura do Peito (DAP) e altura das árvores. ...............................95
Figura 34- Equipe de campo realizando in loco as tomada das medidas de DAP e altura dos indivíduos
arbóreos, bem como a marcação por etiquetas. .........................................................................................96
Figura 36- Utilização dos EPI´s para as atividades de supressão. .....................................................98
Figura 37- Coleta e resgate de fauna silvestre. .................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 38- Realocação e captura de fauna silvestre. .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 39: Etapas do corte. .........................................................................................................99
Figura 40-Etapas do corte direcional. Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002. .............................. 100
Figura 41-Fases do corte via motosserra.Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002. .......................... 101

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

DER Departamento de Estradas e Rodagens do DF


IBRAM Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF
RAS Relatório Ambiental Simplificado
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
MMA Ministério do Meio Ambiente
IBAMA Instituto Brasileiro de meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
ADA Área diretamente afetada
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
DAP Diâmetro a Altura do Peito (cm)
CAP Circunferência a Altura do Peito (cm)
QUANT Quantidade de Indivíduos
G(m²) Área basal

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V(m³) Volume
V(%) Porcentagem do volume
VA Vitalidade da árvore
GIC Grau de iluminação da copa
APP Área de Preservação Permanente
H Altura (m)
H’ Índice de Shannon Weaver
IND Quantidade de indivíduos totais por espécie
IndParc Quantidade de indivíduos totais por parcela
DA Densidade absoluta
DR Densidade relativa
FA Frequência Absoluta
DoR Dominância Relativa
DoA Dominância Absoluta
FR Frequência relativa
PC Percentual de cobertura
PI Percentual de importância

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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Dados do empreendedor:

Nome: JM Terraplanagem e Construções


CNPJ: 24.946.352/0001-00.

Endereço: SEDE: SIA Trecho 17 VIA IA 4 Lote 1395, , CEP: 71200260, BRASÍLIA - DF
Telefone: ( 61 ) 3404-0666 /( 61) 3404-0556

2. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
REGISTRO PROFISSIONAL

Engenheiro Florestal
Ronaldo Soares Salgado
CREA: 19707/D-DF

3. EQUIPE ENVOLVIDA

PROFISSIONAL FORMAÇÃO FUNÇÃO

Sérgio mesquita de Ávila Neto


Engenheiro Ambiental Fiscal de Obra
CREA 18329/D-DF

Golddie Casimiro Dutra


Engenheira Ambiental Auxiliar de Campo
CREA 24778/D-DF

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi executado nas áreas definidas na Figura 6, onde a cobertura vegetal
sofrerá intervenção visando às obras da DF-047 (Estrada Parque Aeroporto -EPAR), Trechos I, II e III,
via que dá acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, com 48.565, 75 m² de área
passível de supressão vegetal. Trata-se, portanto, de um inventário florestal das formações que serão
suprimidas do citado empreendimento.
O Cerrado é um bioma que ocupa cerca de 2 milhões de km², ou 22% do território brasileiro, e
se localiza na região central da América do Sul. Em extensão, entre os biomas brasileiros, o Cerrado
fica atrás apenas da Amazônia e ocorre nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Maranhão, Piauí e Distrito Federal (SCARANO et al., 2014).
Essa formação florestal, que abriga diversidade biológica comparável às florestas úmidas como
a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, tem sofrido intensa degradação de seus hábitat’s e é,
portanto, considerado um dos 35 hotspots de biodiversidade do mundo (MITTERMEIER et al., 2011).
Contam-se mais de 12.070 espécies conhecidas da sua flora (Lista de espécies da flora do Brasil,
2014), das quais 44% endêmicas (SCARIOT et al., 2005). Da flora do Cerrado, 645 espécies
encontram-se ameaçadas de extinção, o que representa mais de 30% das espécies presentes na lista
vermelha do Brasil (MARTINELLI & MORAES, 2013). Estima-se que quase a totalidade das ervas ou
plantas herbáceas seja também exclusiva da região (SCARIOT et al., 2005).
Estimativas a respeito do Cerrado mostram que as altas taxas de destruição podem levar ao
desaparecimento da maioria de seus remanescentes naturais até o ano de 2030 (MACHADO et al.,
2004). Em termos de conservação, o Bioma possui menos de 3% de sua cobertura vegetal original
incluída em unidades de conservação integral (MACHADO et al., 2004; KLINK & MACHADO,
2005).
Segundo Ribeiro e Walter (2008), a vegetação do bioma Cerrado apresenta fisionomias que
englobam formações florestais, savânicas e campestres. Os referidos autores explicam ainda que, em
sentido fisionômico, floresta representa áreas com predominância de espécies arbóreas com formação
de dossel contínuo ou descontínuo; savana refere-se às áreas ocupadas por árvores e arbustos
espalhados sobre um estrato graminoso, sem formação de dossel contínuo; e campo, designa áreas com
predomínio de espécies herbáceas e algumas arbustivas, com pouca presença de árvores na paisagem.
Sendo assim, o Cerrado pode ser caracterizado como um complexo vegetacional composto por
diversos tipos fitofisionômicos enquadrados em Formações Florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria,

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Mata Seca e Cerradão), Savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e
Campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre) (RIBEIRO & WALTER, 2008).
O clima na região do Cerrado é classificado como tropical sazonal, com uma precipitação anual
média variando entre 400 a 2.400 mm, apresentando duas estações bem definidas: uma chuvosa, que se
inicia entre os meses de setembro e outubro e se estende até março e abril; e outra estação seca, que se
inicia entre os meses de abril e maio e estende-se até parte dos meses de setembro a outubro,
registrando de 5 a 6 meses de deficiência hídrica climática (SILVA et al., 2008).

Figura 2 – Vista parcial da DF-047, evidenciando a Mata Figura 3 – Vista parcial da DF047, mostrando a faixa
de Galeria do Córrego Riacho Fundo, nos dois sentidos de domínio e intervenção mínima na Mata de Galeria
davia. nesse trecho (Subtrecho II).

Figura 4 – Subtrecho III da DF-047. Presença de Figura 5 – Subtrecho II, margem esquerda no sentido
espécies de Peltophorum dubium passíveis de supressão do Aeroporto. Detalhe para área antropizada
desprovida de espécies arbóreas.

No que se refere ao zoneamento ambiental, a área alvo do Inventário (Subtrechos I, II e III) está
inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado. O Subtrecho II, mais

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especificamente, além de fazer parte da APA supracitada sobrepõe-se à Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE) Santuário Silvestre do Riacho Fundo.
O SubTrecho II é constituído basicamente pela Mata de Galeria do Córrego Riacho Fundo,
limítrofe ao Jardim Zoológico de Brasília. O clima da região é do tipo Aw’ (tropical chuvoso)
resultando em invernos secos e verões chuvosos. A precipitação anual média é de 1.490 mm e a
altitude local é de cerca de 1.080 m. Os solos do Subtrecho II inventariadosão do tipo gleissolo,
acumulador de matéria orgânica decomposta com cerca de 30 a 40 cm de espessura, sobre uma camada
gleizada com textura argilosa.
O Córrego Riacho Fundo que corta o subtrecho mencionado é um dos contribuintes do Lago
Paranoá. A sua Mata de Galeria é composta basicamente em termos florísticos, por matas
periodicamente alagadas, como também por matas de galeria não inundáveis. Foram encontrados em
sua estrutura florística os indivíduos arbóreos Ferdinandusa speciosa, Richeriaa grandis, Xylopia
emarginata, e Protium heptaphyllumdas famíliasMelastomataceaes, Lauraceae, Rubiaceae e
Peperaceae, respectivamente, em uma maior abundância.
Os demais Subtrechos (I e III) encontram-se descaracterizados de sua vegetação original,
apresentando no subtrecho III um povoamento de espécies exóticas deSyzygium jambolanum, Persea
americana e nativas de Peltophorum dubium, em meio a remanescentes de Tabebuia sp. e Inga sp.Esse
trecho encontra-se em sua maior parte antropizado e composto por antigos plantios realizados para fins
de paisagismo rodoviário.

Desta forma, a área correspondente à ampliação da Rodovia DF-047 está totalmente inserida
dentro do bioma Cerrado, com a presença de formações florestais, savânicas, área brejosa e campestres
dentro dos seus limites e em diferentes estágios de conservação.

É importante ressaltar que esta informação do domínio florestal da rodovia refere-se à


cobertura original da região, sendo que, atualmente, as maiores porções da vegetação nos trechos
retromencionados encontram-se descaracterizadas e convertidas em áreas de ocupação urbana e
abertura de vias, principalmente.

2. OBJETIVOS

O Inventário Florestal tem como objetivos gerais realizar as medições dos remanescentes
florestais existentes na área do projeto de implantação da DF-047 (EPAR) de autoria do Departamento
de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e levantar a área passível de supressão vegetal
(Figura 7).

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Figura 6- Localização da Rodovia DF-047 (EPAR), Trechos I, II e III. Fonte: DER 2017

A ampliação da Rodovia DF-047 (EPAR), com túnel e via exclusiva para ônibus, integra a o
plano estratégico de investimentos em infraestrutura assumido pelo Governo do Distrito Federal. No
projeto estão incluídas a construção de um viaduto e de duas vias marginais e a ampliação e
restauração das duas pistas existentes. A estimativa é de que diariamente mais de 56 mil motoristas
sejam beneficiados.

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O objetivo principal do presente trabalho consiste em caracterizar a vegetação dos Subtrechos I,
II e III da Rodovia DF-047 de forma qualitativa em termos de riqueza de espécies e sua respectiva
quantificação, permitindo mensurar as fitofisionomias de ocorrência e seu estado de conservação para
fins do licenciamento ambiental do empreendimento, bem como, por meio das estimativas do volume
de material lenhoso para as formações florestais e savânicas ocorrentes na área de estudo.

Figura 7-Vista aérea das obras de infraestrutura de ampliação da DF-047 (EPAR). Fonte: Portal da Copa
2014

Nesse sentido, este relatório visa à realização de um inventário florestal ao longo do traçado
correspondente aos três subtrechos rodoviários, que apresentam vegetação passível de supressão
arbórea seja ela, nativa ou exótica ao Bioma Cerrado, de forma a apresentar uma estimativa do volume
de madeira das áreas que serão desmatadas para a construção da infraestrutura do empreendimento.
Os objetivos específicos do inventário florestal são:

• Caracterizar as áreas de intervenção do projeto quanto aos aspectos fitofisionômicos e classificá-


las de acordo com os critérios legais;

• Quantificar a perda florística, indicando as espécies classificadas como “Patrimônio Ecológico do


Distrito Federal” (caso existam), conforme o Decreto 14.783/93;

• Efetuar as estimativas volumétricas do material lenhoso por espécie em toda a área deste estudo;

• Efetuar análise fitossociológica e ecológica das diferentes tipologias florestais representadas;


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• Disponibilizar uma fonte de informação que venha subsidiar estratégias necessárias à execução
das obras do empreendimento; e

• Elaborar uma lista de espécies encontradas no inventário florestal, certificando-as quanto à sua
proteção legal.

3. METODOLOGIA
4. ETAPAS
A metodologia adotada para a realização do inventário florestal consistiu em diferentes etapas:
planejamento; trabalho de campo; identificação de material botânico; padronização, análise e
processamento da base de dados; produção do Diagnóstico Ambiental e da Compensação Florestal e
seguiu as seguintes etapas.
a) abertura das picadas (relativas à parte da vegetação de cerrado) e das picadas delimitadoras
(centro e bordas) dos talhões. As picadas foram abertas com facão, sendo que a direção de
abertura (rumo e retidão) foi aferida por meio de um aparelho de GPS e de estacas e as
distâncias medidas por trenas ou fita métrica;
b) caminhamento longitudinal em “zigue-zague” em cada uma das duas metades do talhão para
abordagem das árvores.
c) os indivíduos arbóreos com CAP acima de 15,7 cm foram etiquetadas e identificadas.
Na abordagem foram coletadas as informações dendrométricas e feito o mapeamento das
árvores. Além disso, as árvores receberam identificação contendo o seu número sequencial de dentro
do talhão como já mencionado (etiquetas).
A identificação em campo das espécies foi realizada por meio da observação das folhas, frutos,
inflorescência, casca, lenho, exsudações, entre outros aspectos que possibilitaram a identificação.
Com o auxílio de uma fita métrica, foram tomadas as Circunferências à Altura do Peito
(CAP’s), que posteriormente foram convertidas em Diâmetros Altura do Peito (DAP’s).
Durante a fase de planejamento a equipe técnica determinou a metodologia e os critérios a
serem seguidos para a execução plena e satisfatória dos trabalhos, definindo diretrizes e parâmetros a
fim de se obter resultados padronizados com a mínima margem de erro. Essa etapa contemplou o
estudo da base de dados geográficos disponíveis, a exemplo de mapas, imagens de satélites e fotos
aéreas ortorretificadas; contratação e treinamento de profissionais competentes para os serviços de
campo; e levantamento dos materiais de campo.
O treinamento da equipe consistiu na divisão de tarefas relativas à metodologia a ser seguida,
esclarecendo funções e responsabilidades, bem como medidas de segurança do trabalho e
padronização da coleta de dados em GPS, planilhas de campo e do material botânico.

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Os trabalhos de escritório seguiram as diretrizes estabelecidas durante o planejamento, em que
foram processadas e analisadas as informações coletadas em campo para elaboração de relatório
técnico caracterizando a vegetação da área de influência do empreendimento em termos de estrutura e
florística, tipos vegetacionais e cálculos dos parâmetros volumétricos e de biomassa lenhosa.

4. 1. DADOS FLORESTAIS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS

Em relação ao inventário das tipologias vegetais florestais existentes na área do estudo, foram
estabelecidos critérios e parâmetros, os quais visam atender aos requisitos exigidos pelo órgão
ambiental competente. Este trabalho contou com material cartográfico do DER e material
dendrológico científico para a identificação das espécies.
Dentre as principais referências para a interpretação das condições florísticas e vegetacionais da
região de abrangência da área dos estudos foramutilizados o Manual Técnico da Vegetação Brasileira
(IBGE, 1992), além de outras referências consideradas importantes no contexto (VELOSO et al.,
1991; KLEIN, 1978; e IBGE, 2004).
A nomenclatura das formações vegetais foi adotada da 3ª edição do Mapa de Distribuição
Regional da Vegetação Natural - Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 2004), e representa a
terminologia oficialmente reconhecida dos tipos de vegetação existentes no país.
Para o reconhecimento de ampla gama de espécies vegetais registradas in loco foi deslocada
uma equipe treinada utilizando-se de características dendrológicas. As árvores que por qualquer
motivo não puderam ser identificadas foram devidamente justificadas e designadas como N.I. (Não
Identificada).
De igual maneira, auxiliaram na identificação de espécies vegetais, nativas e exóticas, as obras
publicadas pelo Instituto Plantarum de Estudos da Flora sob a autoria de LORENZI (2000; 2001;
2002a; 2002b) e LORENZI et al. (2003).
O sistema de classificação botânica utilizado foi o de "Angiosperm Phylogeny Group" (APG II
2003) e a nomenclatura botânica foi conferida com o banco de dados eletrônico Lista da Flora Brasil,
recém-disponibilizado e atualizado (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/).
As referências para relação e apresentação das espécies vegetais nativas de interesse especial
para conservação, especificamente quanto às espécies consideradas raras ou ameaçadas de extinção,
foi embasada pela Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008).
Os registros de campo sobre os componentes florísticos e estruturais das diferentes tipologias
vegetais foram efetuados tomando-se por base, preliminarmente, os parâmetros básicos gerais para
análise da vegetação de Cerrado da fitofisionomia Mata de Galeria. Para o Trecho II, foram
considerados a fisionomia; os estratos predominantes; a distribuição diamétrica; altura; diversidade e
16
quantidade de trepadeiras; a presença, ausência e características da serapilheira; o sub-bosque; a
diversidade e a dominância de espécies.
Nos Trechos I e III a biomassa florestal corresponde em sua grande maioria às espécies
exóticas ao Bioma Cerrado, evidenciando um fragmento florestal oriundo de paisagismo e plantio
pretérito como já mencionado anteriormente.

Figura 8 – Espécies de Peltophorum dubium passíveis de supressão ao longo do Subtrecho III da DF- 047

O inventário foi realizado utilizando-se de duas metodologias distintas, dependendo do trecho


da rodovia. Para os Trechos I e III, área correspondente a 43.601,1 m² lançou-se mão do método de
censo florestal ao longo dos dois traçados da rodovia. Como não existe o erro estatístico devido a este
método de amostragem, os cuidados principais foram relacionados aos erros de medição, os quais
foram evitados ou minimizados. Com relação ao Trecho II, cuja área total equivale a 49.624, 25 m²,
este foi realizado pelo método amostral com a distribuição de 14 parcelas ao longo do seu traçado em
ambos os sentidos.

As árvores foram identificadas em campo por meio de placas numéricas afixadas nos
indivíduos compreendidos dentro da faixa de servidão sinalizada por meio de estacas. Nos Trechos I e
III todos os indivíduos lenhosos com CAP (Circunferência à Altura do Peito) medida a 1,30 m de
altura do solo) foram incluídos na amostragem, conforme o que determina o Termo de Referência

17
correspondente. No trecho II, foram igualmente mensurados todos os indivíduos arbóreos pertencentes
a cada parcela alocada ao longo da DF-047.

Figura 9 – Espécies exóticas de Syzygium cumini no Subtrecho III da DF-047 que sofrerão supressão.

Para cada indivíduo lenhoso inserido no critério de inclusão foi efetuado o registro, em planilha
específica, do nome científico e/ou popular, CAP, altura total e outras observações.
O estudo fitossociológico foi realizado a partir da análise dos dados coletados nas áreas
correspondentes aos traçados onde ocorreu o inventário florestal e considerando todos os indivíduos
mensurados.
Na análise da estrutura horizontal foram utilizadas as estimativas dos parâmetros Densidade,
Dominância, Freqüência e calculado o Índice de Valor de Importância (IVI) para todas as espécies
com objetivo de verificar e identificar as espécies mais importantes na comunidade.

18
4. 2. CARACTERIZAÇÃO DAS FITOFISIONOMIAS

A caracterização das fitofisionomias da área do empreendimento em tela foi baseada na


classificação proposta por Ribeiro & Walter (2008) para os tipos de vegetação do bioma Cerrado. A
fitofisionomia leva em consideração a florística, a estrutura, as formas decrescimento e as mudanças
estacionais da vegetação. As fitofisionomias foram delimitadas associando-se as informações do
geoprocessamento com as obtidas em campo.
A identificação das características da vegetação, em especial o relevo do terreno e
disponibilidade hídrica também foram utilizadas como embasamento para a classificação das
fitofisionomias ocorrentes na área da rodovia.
Segundo Ribeiro & Walter (2008) no bioma Cerrado ocorrem onze tipos principais de
vegetação, enquadrados em formações Florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e
Cerradão), Savânicas (Cerrado Sentido Restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e Campestres
(Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre).

Figura 10 - Mapa esquemático das formações vegetais ocorrentes na área de estudo da Rodovia DF-047

O mapeamento apresentou as fitofisionomias do bioma Cerrado registrado na área prioritária de


estudo, levantadas por meio da ferramenta SIG e confirmadas ao longo dacoleta de dados em campo.
Entre as formações florestais, as fitofisionomias presentes são Mata de Galeria do Córrego Riacho
Fundo e Campo Cerrado com enclaves de áreas antropizadas.

19
Para efeito do Inventário florestal e Plano de Supressão Vegetal, foi considerada como área de
influência do empreendimento, aquela passível de receber os efeitos potenciais do projeto, em suas
distintas fases de planejamento, implantação e operação. Corresponde à Área Diretamente Afetada
(ADA) aquela utilizada para a faixa de servidão, compreendendo os locais e áreas sujeitas aos efeitos
diretos e imediatos do empreendimento que resulta em uma faixa de domínio de 130 metros, divididos
simetricamente em relação ao eixo do canteiro central
Desta forma, o mapeamento das formações vegetais se concentrou dentro da área prioritária de
estudo, conforme visualizado na Figura 3.

Figura 11 – ADA do Empreendimento. Fonte: DER 2012

Parâmetros florestais
Para as espécies nativas amostradas do inventário, a quantificação do material lenhoso foi
realizada por meio do uso do fator de forma médio, sugerido na literatura, calculado pela Equação 1:
Equação 1- Equação matemática utilizada para realizar o cálculo do volume individual das
espécies nativas diversas na área de supressão.

20
Vi = gi . ht. ff

Vi= volume individual da árvore (m³)


gi= área transversal da árvore (m²)
gi = (π. DAP²)/40000 (m²)
dap= diâmetro a altura do peito (cm)
dap =cap/π (cm)
cap= circunferência a altura do peito (cm)
ht = altura total (m)
ff = fator de forma médio
ff para espécies diversas = 0,7 (ff médio para as espécies nativas diversas).

O fator de forma médio (0.7) propicia considerar a quantificação de galhos. Outros trabalhos
indicam um fator de forma menos expressivo para florestas nativas, em torno de (ff=0.5), porém
apenas para o volume de fuste aproveitável de madeira.
É importante a quantificação de galhos, pois em muitos casos haverá necessidade de transporte
deste material para áreas adjacentes à movimentação de máquinas e veículos envolvidos nas obras.
A vantagem do uso de equações de volume em relação à utilização de um fator de forma médio
é que as equações de volume permitem o cálculo de volume sólido, árvore a árvore, através de
modelos matemáticos, especialmente testados para apresentar os menores erros possíveis.
As equações de volume, cujos modelos incluem como variável independente, a altura e o DAP
da árvore, são mais gerais podendo abranger sítios diferentes. O uso do fator de forma médio deve ser
restrito às condições locais de sítio.

4. 3. EQUAÇÕES MATEMÁTICAS UTILIZADAS NA ANÁLISE FITOS-SOCIOLÓGICA E


ANÁLISE ESTATÍSTICA DO INVENTÁRIO

4.3.1. Densidade absoluta e densidade relativa


A densidade é o número de indivíduos de cada espécie na composição da comunidade. A
densidade absoluta foi obtida pela contagem do número de indivíduos amostrados de uma determinada
espécie (Ni) na área amostral em hectare (MATTEUCCI e COLMA, 1982).
A forma relativa da densidade é dada pela razão entre o número de indivíduos de uma
determinada espécie e o total de indivíduos de todas as espécies identificadas na área em estudo.

21
Fórmulas:
DA = Ni⁄ha
(Ni⁄ha)
DR = .100
(N⁄ha)

Onde:
DA: densidade absoluta;
DR: densidade relativa;
Ni: n° total de indivíduos amostrados de cada espécie por unidade de área; e
N: n° total de indivíduos amostrados, de todas as espécies do levantamento; e ha: área em
hectare.

4.3.2. Dominância absoluta


A dominância expressa a proporção de tamanho, de volume ou de cobertura de cada espécie,
em relação ao espaço ou volume da fitocenose (MARTINS, 1991). Dominância Absoluta: é a soma
das áreas seccionais dos indivíduos pertencentes a uma mesma espécie, por unidade de área.
Equação:
ABi
DoA =
A
Onde:
DoA: dominância absoluta em m²/ha;
ABi: área seccional de cada espécie;
A: área em hectare.

4.3.3. Dominância relativa


A Dominância Relativa é a razão da área basal total de cada espécie, pela área basal total das
árvores de todas as espécies, por unidade de área.
Equação:
ABi⁄A
DoR = .100
G⁄A
Onde:
DoR: dominância relativa (%);
ABi: área seccional de cada espécie;
G: área basal total das espécies encontradas por unidade de área.

22
4.3.4. Frequência absoluta das espécies nas parcelas amostrais
A frequência é definida como a probabilidade de se amostrar determinada espécie numa
unidade de amostragem (KUPPER, 1994). Frequência Absoluta: expressa a percentagem de parcelas
em que cada espécie ocorre.

Equação:
nº parcelas com ocorrência da espécie
FA = x 100
nº total de parcelas
Onde:
FA: frequência absoluta

4.3.5. Frequência relativa das espécies nas parcelas amostrais

A Frequência Relativa é o percentual de ocorrência de uma espécie em relação à soma das


frequências absolutas de todas as espécies.
Fórmula:
FA
FR = x 100
∑ FA
Onde:
FA: frequência absoluta;
FR: frequência relativa (%).

4.3.6. Índice de diversidade de Shannon-Weaver


O índice de diversidade de Shannon-Weaver (IDSW) expressa a diversidade de espécies das
comunidades vegetais e pode ser calculado mediante a fórmula:
ni ni
IDSW = * . ln
n n
Sendo:
ni = número de indivíduos amostrados para a espécie i;
n = número total de indivíduos amostrados;
ln = logaritmo neperiano.

Quanto maior for o valor de IDSW, maior a diversidade florística da população em estudo.
Esse valor pode variar entre 1 a 4,5.

23
4.3.7. Índice de valor de cobertura
O Índice de Valor de Cobertura (IVC) de cada espécie é obtido pela soma dos valores relativos
de densidade e dominância, expresso por:

(./ + .1/)
+,- =
2
Sendo:
DR = densidade relativa;
DOR = dominância relativa.

4.3.8. Índice de Valor de Importância das espécies

O índice do valor de importância (IVI) é a combinação dos valores relativos de cada espécie,
com finalidade de dar um valor para elas dentro da comunidade vegetal a que pertencem
(MATTEUCCI & COLMA, 1982).

Equação:
./ + .1/ + 3/
+,+ =
4

Onde:
DR: densidade relativa;
DoR: dominância relativa;
FR: frequência relativa.

4.3.9. Índices estatísticos empregados

Como o inventário florestal transcorreu sob a metodologia amostral ao acaso. Para a


Amostragem são definidos os seguintes símbolos para identificar as variáveis da população:
N: Número total de unidades amostrais na população;
n: Número de unidades amostradas, e;
x: Variável de interesse

4.3.9.1.Média Aritmética (56)


8 =∑:9;< 79/n
7

24
4.3.9.2.Variância ( =25 )
Determina o grau de dispersão da variável de interesse em relação a sua média.

>27 = ∑:9;<(79–-7
8 )2
__________
n-1

4.3.9.3.Desvio padrão (=5 )


Obtém extraindo a raiz quadrada da variância.

>7 = ?∑:9;<(79 − 7
8 )2
___________________
n-1

4.3.9.4.Variância da Média ( =25)


Determina a precisão da estimativa.
A ), onde f = :
>27=>27 (<–-f B

___
N

4.3.9.5.Erro Padrão (=56 )


Determina a precisão da média amostral na forma linear e na mesma unidade de medida.
>78 = ±√:
>7

4.3.9.6.Coeficiente de Variação (CV%)


Medida de variabilidade relativa que permite comparar a variância de duas ou mais populações.
cv = >787 . 100

4.3.9.7.Erro de Amostragem
É o erro decorrido ao processo de amostragem e pode ser estimado para um nível de
probabilidade (1- α), como a seguir:
Erro Absoluto (Ea): Ea = ± t.>78

25
E.>78
Erro relativo (Er): Er = ± 8
. 100
7

4.3.9.8.Intervalo de Confiança para media (IC)


Determina os limites inferior e superior, dentro do qual espera-se encontrar,
probabilisticamente, o valor paramétrico da variável estimada. Este erro é baseado na distribuição t de
Student.
Esse intervalo é sempre apresentado para uma probabilidade (P). O valor de t é obtido na tabela
de Studant para probabilidade fixada (em nosso caso 95%) e para os graus de liberdade definidos por
(n-1) unidades amostrais.

8 ≤ 56 + t.=56 ] = P
IC [56- t.=56 ≤ F

4.3.9.9.Total da População (X)


X = N.56

4.3.9.10. Intervalo de confiança para a população


Extrapolação da média e do erro padrão para a população.
8 ≤ 56 +N. t.=56 ] = P
IC [56- N. t.=56 ≤ F

4.4. MEDIDAS MITIGADORAS


As medidas mitigadoras devem ser aplicadas visando à manutenção da qualidade ambiental da
região, considerando o grau de perturbação ambiental e os aspectos legais pertinentes à mitigação de
cada fator ambiental afetado com a supressão vegetal, negativamente, no contexto do projeto como um
todo.

4.5. MEDIDAS COMPENSATÓRIAS


A proposição de medidas compensatórias visa atender a exigências legais
(ResoluçãoCONAMA nº 369/06), bem como ao Decreto Distrital nº 14.783-93 que dispõe sobre a
compensação florestal no âmbito do Distrito Federal das espécies nativas e exóticas ao Bioma Cerrado
e trata das Espécies Tombadas como Patrimônio Ecológico do DF,como forma de garantir um mínimo
de fluxo gênico entre as espécies animais e vegetais remanescentes.
Visando minimizar os efeitos do empreendimento, serão adotadas medidas de controle
ambiental, como possíveis alterações ao longo do traçado, buscando manter as espécies vegetais de
maior porte como forma de harmonizar o empreendimento com as características do bioma. Serão

26
mantidos os indivíduos arbóreos de maior porte e de interesse conservacionista, incorporando-os ao
paisagismo do projeto quando for possível.
De acordo com o levantamento de campo deverão ser compensados pelo DER, mais
especificamente pelo Departamento de Estradas e Rodagens do DF a título de compensação florestal,
mudas nativas do Bioma Cerrado em decorrência da supressão necessária à implantação do
empreendimento, de acordo com o que dispõe o Decreto nº 14.783/93.
A Tabela 1apresenta um resumo dos indivíduos arbóreos identificados em campo, para fins de
compensação pela supressão vegetal.

Tabela 1 - Dados do Inventário, referentes à espécie, nome popular, hábito e compensação florestal
(Decreto Distrital nº 14.783/93)
Nº Espécie Nome popular Nativa/exótica Quantid. Compensação Mudas a
(unid) compensar
1 Peltophorum dubium Cambuí Nativa 45 30/1 1.350
2 Syzygium Jambolão Exótica 42 10/1 420
jambolanum
3 Inga sp. Ingá Nativa 8 30/1 240

4 Tabebuia sp. Ipê Nativa - 3 30/1 60


Tombada
5 Tabebuia Ipê Rosa Nativa - 2 30/1 60
heptaphylla tombada
6 Erioteca pubescens Maminha de Nativa 2 30/1 90
Porca
7 Persea americana Abacate Exótica 1 10/1 10
8 Copaifera Copaiba Nativa/ 1 30/1 30
langsdorfii tombada
9 Tecoma sp. Ipê-de-jardim Exótica 1 10/1 10
10 N.I. Não Nativa 1 30/1 30
Identificada
11 Roupala montana Carne de Vaca Nativa 1 30/1 30
12 Tapirira guianensis Pau Pombo Nativa 12 30/1 360
13 Rapanea sp. Capororoca Nativa 3 30/1 90
14 Richeria grandis Jaca brava Nativa 5 30/1 150
15 Xylopia aromatica Pimenta de Nativa 1 30/1 30
macaco
16 Miconia dodecandra Pixirica Nativa 1 30/1 30
17 Xylopia emarginata Pindaíba do Nativa 4 30/1 120
brejo
18 Protium Breu Branco Nativa 10 30/1 300
heptaphyllum
19 Inga spp. Ingá Nativa 1 30/1 30
20 Schinus Aroeira Nativa 1 30/1 30
terebinthifolius Vermelha
21 Celtis iguanaea Esporão de Nativa 1 30/1 30
galo
22 Myrcia tomentosa Goiaba do Nativa 1 30/1 30
Campo
27
Nº Espécie Nome popular Nativa/exótica Quantid. Compensação Mudas a
(unid) compensar

23 Nyrcia Araçá do Brejo Nativa 1 30/1 30


magnoliiifolia
24 Protium spruceanum Breu Nativa 3 30/1 90
25 Ferdinandusaa Brinco d´água Nativa 1 30/1 30
speciosa
26 Alchornea Pau d´óleo Nativa 12 30/1 360
glandulosa
27 Anadenanthera Angico jacaré Nativa 23 30/1 690
macrocarpa
28 Pseudomedia Apitinga Nativa 2 30/1 60
laevigata
29 Prunus chamissoana Vaiva Nativa 1 30/1 30
30 Eucalyptus sp Eucalipto Exótica 6 10/1 60
31 Blepharocalyx Murta Nativa 13 30/1 390
salicifolius
32 Caesalpinia Sibipiruna Nativa 26 30/1 780
peltophoroides
33 Machaerium hirtum Jacarandá Nativa 8 30/1 240
espinhoso
34 Ocotea sp Pimenta Nativa 1 30/1 30
35 Psidium guajava Goiaba do Nativa 3 30/1 90
Campo
36 Erythrina speciosa Eritrina Nativa 9 30/1 270
37 Aegiphila Tanheiro Nativa 3 30/1 90
integrifolia
38 Alchornea Pau óleo Nativa 3 30/1 90
triplinervia
39 Inga ingoides Ingá Bravo Nativa 1 30/1 30
40 Pseudolmedia spuria Tocandeira Nativa 1 30/1 30
41 Handroanthus albus Ipê Nativa - 2 30/1 60
Tombada
42 Couepia grandiflora Oiti-de-Ema Nativa 1 30/1 30
43 Nectandra mollis Canela Nativa 1 30/1 30
44 Licania tomentosa Oiti Nativa 1 30/1 30
45 Ocotea spixiana Louro Nativa 1 30/1 30
46 Licania apetala Caripé Nativa 3 30/1 90
47 Metrodorea Caputuna Nativa 1 30/1 30
pubescens
48 Guanzuma ulmifolia Mutamba Nativa 1 30/1 30
49 Piper arboreum Pariparoba Nativa 3 30/1 90
50 Virola urbaniana Bicuíba Nativa 2 30/1 60
51 Zanthoxycum Maminha-de- Nativa 1 30/1 30
hasslerianum porca
52 Cecropia Imbaúba Nativa 1 30/1 30
pachystachya
53 Vernonia Assa-Peixe Nativa 2 30/1 60
polysphaera
54 Leucaena Leucena Exótica 2 10/1 20
leucocephala
55 NI Não Nativa 4 30/1 120
Identificada
Total 184 7.760

28
4.6. ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram analisados com o auxílio do Microsoft Excel, aplicativo de planilha eletrônica
em formato de arquivo XLS da Microsoft, vide planilhas anexas.

5. DEFINIÇÃO DO LEVANTAMENTO CENSITÁRIO UTILIZADO PARA OS TRECHOS


I E III E COLETA DE DADOS EM CAMPO

O inventário Florestal realizado ao longo dos traçados dos Subtrechos I e III foi realizado pelo
método de censo florestal (100 %), como já mencionado, houve cuidado em relação aos erros de
medição, os quais procuraram ser evitados. A mensuração foi realizada após a coleta de dados com
base nos parâmetros dendrométricos e fisionômicos obtidos com a ajuda do levantamento de todas as
espécies lenhosas de interesse pelo método de transecto.

Figura 13 – Aferição do CAP (cm) em um indivíduo


Figura 12 – Indivíduo arbóreo etiquetado pela equipe de arbóreo de Syzygium jambolanum no Subtrecho III
campo no Subtrecho II.

No plano operacional, a área total dos dois subtrechos correspondente a 43.601,5 m² ou 4,36
hectaresfoi dividida em 2 talhões. A demarcação dos talhões em campo foi feita por uma equipe de
quatro pessoas, sendo um coordenador, que foi responsável pelo alinhamento da demarcação, um
balizador, cuja função foi orientar a abertura das trilhas e fixar a fita zebrada ao longo do perímetro da
área e etiquetagem dos indivíduos arbóreos.
A identificação das árvores de valor comercial foi realizada com base na experiência prévia e
na literatura existente em catalogação de espécies florestais. No escritório, à posteriori, foi associado o
nome vulgar ao nome científico de cada espécie. Atenção especial foi dada para a denominação

29
comum das espécies, pois espécies diferentes podem ter o mesmo nome comum, enquanto uma única
espécie pode ter nomes comuns diferentes em diversas regiões.
A coleta dos dados florestais consistiu na medição da circunferência ou do diâmetro da árvore
para estimar o volume de madeira e ajudar na seleção das árvores a serem exploradas. A medição da
circunferência foi feita com uma fita métrica, enquanto para a medição do diâmetro pode ser utilizada
fita diamétrica ou uma suta.

Figura 14- Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e materiais utilizados no Inventário.


Fonte: Manual para Produção de Madeira na Amazônia, 2016

6. RESULTADOS

6.1. COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA

Na realização do inventário do tipo censitário (100%) nos Subtrechos I e III da DF-047


(EPAR), foram identificados e mensurados 112 indivíduos arbóreos, distribuídos por 13espécies
distintas pertencentes a 12 gêneros diferentes. Do total de espécies, houve um dos táxon ou unidade
taxonômica que não pôde ser identificado (a) (Gráfico 1):

30
Espécies Florestais
Peltophorum dubium Syzygium jambolanum Tabebuia sp.
Tabebuia heptaphylla Persea americana Copaifera langsdorfii
Erioteca pubescens Inga sp. Tecoma sp.
NI
1%
1%
2%
1%
1% 7%

2%

3%

42%

40%

.
Gráfico 1- Espécies florestais medidas e identificadas na área do empreendimento, Subtrechos I e III (DF047),
Brasília DF.

No fragmento analisado, há predominância de algumas espécies como Peltophorum dubiumda


família Fabaceae com 45 indivíduos arbóreos e Syzygium jambolanum da família Myrtaceae com 42
árvores. Esses valores indicam uma possível redução da biodiversidade da comunidade no traçado,
associado à fragmentação por ação antrópica a que parte do fragmento foi submetida. Há um alto
percentual de espécies exóticas no trecho analisado (43%), conforme Gráfico 2.

Apesar da antropização do trecho inventariado, foram identificadas 5 (cinco) indivíduos


arbóreos de Ipê (Tabebuia sp.), 1 (um) de Sucupira (Pterodon emarginatus)e 1(um)de Copaíba
(Copaifera langsdorffii), espécies essas, consideradas comotombadas como Patrimônio Ecológico do
DF, conforme Decreto nº 14.783/93 que dispõe sobre o tombamento de espécies arbóreo-arbustivas no
âmbito do Distrito Federal. Para essas espécies a supressão ficará a cargo do IBRAM quanto à
compensação ou outras formas de mitigação do impacto (como o transplantio,por exemplo).

31
Origem Espécies
Nativas Exótica

43%

57%

Gráfico 2- Espécies exóticas e nativas em termos percentuais,Subtrechos


percentuais, I e III,, DF047, Brasília, DF,

Do total de espécies, nos Subtrechos I e III,foi


III verificada a incidência de espécies exóticas
como o Syzygium jambolanum,, Bougainvillea spectabilis e a Persea americana.
americana Outros dados das
áreas amostradas referem-se
se ao grau elevado de perturbação antrópica sofrida pela vegetação,
demonstrando tratar-se
se de um fragmento secundário de cerrado com a incidência de rebrotas,
rebrotas clareiras
(solo exposto) e gramíneas exóticas.

Também foram identificadas espécies


esp exóticas de Agave americana da família Agavaceae
(planta subcaulescente) em grande incidência no Trecho III, ladeando as margens da rodovia de forma
paisagística. Outras espécies em fase de rebrota puderam ser identificadas: Angico
A Jacaré (Piptadenia
gonoacantha), Ingá (Inga nobilis),
nobilis Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifoli)
thifoli) e espécies epífitas como
bromélias e cipós.

Foi constatado que a maior porcentagem de indivíduos arbóreos correspondeu à família


Fabaceae com 41%;
%; em segunda ordem aparecem Myrtaceae com 37,5%
% e ocupando uma terceira e
quarta posição encontram-se
se as famílias
famíli Bignoniaceae (4,5%),, Nyctaginaceae (3,6%) e Malvaceae
(2%), perfazendo as cinco famílias 88,6 % do total de indivíduos. Com relação à quantidade de
indivíduos por família, os valores encontram-se
encontram no Gráfico 3.

32
60

Famílias Botânicas
50

40

30

20

10

Gráfico 3- Porcentual de indivíduos arbóreos por família Subtrechos I e III, DF047, Brasília, DF

6.2. DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA

Pelos resultados da distribuição diamétrica, ficou evidenciado que a vegetação em estudo


apresentou uma distribuição distinta da decrescente típica, em forma de “J invertido” padrão este,
característico de florestas equiâneas ou coetâneas, segundo François de Liocourt, apud CRUZ (2001),
(Gráfico 4).

A distribuição diamétrica serve para caracterizar tipologias vegetais (formações florestais e


formações campestres), estágios serais ou sucessionais (inicial, médio, secundário avançado e primário
ou clímax), estados de conservação, regimes de manejo, processos de dinâmicas de crescimento e
produção, grupos ecológicos de espécies (pioneira, secundária inicial, secundária tardia e clímax),
grupos de usos (comercial, potencial, outros) e, enfim, é utilizada como guias de corte, sobretudo,
como verificador de sustentabilidade ambiental de manejo.

33
Classe Diamétrica

70

60

50

40

30

20

10

0
05 a 20 20 a 30 30 a 40 40≤

Gráfico 4- Quantidade de indivíduos por classe diamétrica,


diamétri Subtrecho I e III, DF--047, Brasília, DF

A distribuição dos indivíduos arbóreos dos quatro estratos nas classes diamétricas apresentou
um padrão não típico de J-invertido,
invertido, ou seja, baixa concentração de indivíduos nas classes de menor
diâmetro e em geral, uma distribuição desigual da distribuição típica de florestas inequiâneas.
Neste caso, a área caracterizada com intervenção antrópica, apresentou uma distribuição
descontínua dos diâmetros ao longo das classes, mostrando que existe um desbalanceamento
desba
diamétrico dos indivíduos em determinadas classes nessas áreas.Esse cenáriopode ser explicado pela
influência de corte seletivo pretérito de alguns indivíduos de determinadas espécies que poderiam fazer
parte de alguma classe diâmétrica.

6.3. DESCRITORES
ITORES ESTRUTURAIS VERTICAIS
VERTICA

Uma análise da estrutura fitossociológica vertical das espécies arbóreas pode ser feita pela
distribuição do número de árvores nos diferentes estratos, conforme demonstrado
demonstra no Gráfico 5.
Observa-se, pelo mesmo, que99%
9% dos indivíduos da área antropizada inventariada pertencem ao
estrato inferior, contra apenas 1% do estrato superior. O menor número de indivíduos no estrato
inferior deve-se
se a não inclusão das árvores com CAP muito inferiores.. Estas foram descritas nos dados
sobre regeneração natural.
Para fins de melhor compreensão de estrutura vertical de vegetação, ela foi subdividida em
quatro estratos de altura, que variou de 1,0 m a valores acima de 40 m de altura.
altu O estrato inferior
esteve representado por 107 indivíduos enquanto que o estrato seguinte por apenas 5.
5 No estrato

34
inferior as famílias que se sobressaíram quanto ao número de indivíduos foram: Myrtaceae com 43% e
Fabaceae com 57%. Juntas, as duas famílias perfazem 90% do total de indivíduos, ficando as outras
famílias com 10% dos indivíduos restantes.
No estrato alto a superior (consideradas as árvores com altura de 6 a 15m) foram registrados
100 indivíduos arbóreos com diâmetro igual ou superior a 8,2 cm. As famílias que mereceram
destaque neste estrato foram Peltophorum dubium representada por 43indivíduos arbóreos e com 6,8 m
de altura em média, contrapondo-se com uma espécie de 7,5 m em média, dafamíliaMyrtaceae,
representada pela espécie Syzygium jambolanum.
A grande quantidade de indivíduos concentrados nas classes menores permite inferir que
asáreas dos Trechos I e III apresentam um bom futuro de renovação, desde que sejam definidas ações
direcionadas ao manejo e conservação de todas as espécies para continuarem, ao longo do tempo,
mantendo uma adequada representação, mesmo que paisagística.

Altura (m)
120

100

80

60

40

20

0
01 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40≤

Gráfico 5– Distribuição do número de árvores nos diferentes estratos de altura. Subtrechos I e III, DF-047

6.4. PARAMÉTRICO
No parâmetro qualidade do fuste, a maioria das espécies amostradas forneceria toras de boa
qualidade, se fossem extraídas para comercialização, devido à boa qualidade do fuste. Já outras
espécies que apresentaram fuste tortuoso poderiam ser utilizadas para a produção de lenha, carvão,
estacas, moirões, etc.
Em relação ao parâmetro vitalidade da árvore (VA), foram registradas espécies com indivíduos
sadios e copas bem desenvolvidas (a grande maioria), com aparência de boa fitossanidade,
apresentando volumes proporcionais às dimensões do indivíduo amostrado. Também foram
35
observadas espécies que apresentaram indivíduos com aspecto doentio e mortose ou com copas pouco
desenvolvidas: Angico (Piptadenia gonoacantha) e Breu Branco (Protium heptaphyllum). Esses
resultados demonstraram que essa floresta é composta, na sua maioria, por indivíduos sadios e em
desenvolvimento.
O parâmetro Grau de Iluminação da Copa (GIC) está relacionado à maior ou menor quantidade
de iluminação da copa de uma árvore. O grau de entrelaçamento das copas da vegetação teve
penetração de luz de maneira direta e pouco difusa, já que a grande maioria das espécies amostradas
encontra-se exposta à luz. Embora a luz solar não seja o único parâmetro ambiental relacionado ao
desenvolvimento da vegetação, certamente a presença ou ausência de luz solar afeta diretamente
plantas rasteiras ou de pequeno porte que compõem o sub-bosque de uma área.

6.5. Horizontal
NaTabela 2, as espécies foram listadas em ordem decrescente de valor de importância (VI),
uma vez que este índice numericamente coloca em evidência a importância ecológica de cada espécie
no ecossistema.
As maiores áreas basais médias corresponderam às espécies de Peltophorum dubium(Cambuí)
da família Fabaceae com área basal de 10,63 m²/ha e de Syzygium jambolanum(Jambolão)da família
Myrtaceaecom 5,66m²/ha de área basal.
As mesmas espécies apresentaram uma maior densidade relativa, Peltophorum dubium com
21,9 % e Syzygium jambolanum com 20,48 %da densidade total. As espécies restantes ficaram com
55 % do total.Os resultados da dominância relativa evidenciam que as espécies diferiram umas das
outras quanto às suas áreas basais. As espécies de maior destaque são o Cambuí e o Jambolão com
10,64 m² e 5,66 m respectivamente.
Os resultados evidenciaram que a maioria das espécies foi representada por um grande número
de indivíduos com diâmetros médios a grandes, enquanto que as espécies de pequeno porte registraram
poucos indivíduos. Os indivíduos arbóreos das espécies Cambuí e Jambolão apresentam uma área
basal dominante em relação às demais espécies e, portanto, representam uma dominância relativa
expressiva em relação às demais espécies.
De uma forma geral, no cômputo total, os indivíduos de menor porte, mas de pouca
concentração, certamente influenciaram na dominância total das espécies no local.
O valor de cobertura confirmado pela somatória dos descritores densidade e dominância
relativa teve sua maior concentração nas espécies de Peltophorum dubium e Syzygium jambolanum
como já citado, por dominarem o Subtrecho I e III como um todo.Os resultados do Índice de Shannon-
Weaver para a comunidade vegetal foi de 3,2, diversidade equivalente ao tipo de formação vegetal
encontradas na área de Cerrado antropizado.
36
Quanto maior for o valor de IDSW, maior a diversidade florística da população em estudo.
Esse valor pode variar entre 1 a 4,5.Neste contexto, o IDSW foi mediano indicando que a área
apresenta uma diversidade florística em fase de regeneração, considerando um fragmento alterado de
suas características originais.
O volume medido para uma árvore em pé foi realizado pela obtenção das variáveis de interesse,
coletados em campo (DAP e altura comercial), com fuste de qualidade 1, para aproveitamento
madeireiro.O volume de madeira a ser suprimido é de 62,03 m³/ha, considerando a área total dos dois
subtrechos de 4,36 ha, com indivíduos arbóreos com DAP igual ou acima de 15,7 cm.

Tabela 2 - Descritores fitossociológicos das espécies inventariadas em termos de Densidade Absoluta (Ind/ha),
Densidade Relativa (%), Dominância Absoluta e Dominância Relativa (%), G (Área Basal) (M²/ha), Índice de
Shannon-Weaver (H), PC (porcentagem de cobertura %) e PI (Porcentagem de importância)
Nº Espécie Qtd Ind G(m²) DA DR FA FR DOR DOA
Parc % (%)
1 Syzygium 42 0,0010347 5,66 10,34 20,48 38 33,48 31,03 1,39373
jambolanum
2 Tabebuia sp. 3 7,39073E- 0,04 0,74 1,46 3 2,39 0,21 0,00955
3 Tabebuia 2 4,92716E- 0,04 0,49 0,98 2 1,59 0,24 0,01073
heptaphylla
4 Persea 1 2,46358E- 0,32 3,33 6,60 1 0,80 1,75 0078401
americana
5 Copaifera 1 2,46358E- 0,24 0,25 0,49 1 0,80 1,31 0,058661
langsdorfii
6 Erioteca 2 4,92716E- 0,82 0,49 0,98 2 1,59 4,52 0203108
pubescens
7 Inga sp. 8 0,0001970 0,46 1,97 3,90 7 6,38 2,52 0,113288
8 NI 1 2,46358E-0 0,00203 0,25 0,49 1 0,80 0,01 0,000501
9 Pterodon 1 2,46358E-0 0,00203 3,33 6,60 1 0,80 0,01 0,006790
emarginatus
10 Bougainvillea 4 0,0013288 0,00814 13,33 26,40 4 3,19 0,04 0,006790
spectabilis
11 Schefflera 1 0,0003322 0,00203 3,33 6,60 1 0,80 0,01 2,619664
macrocarpa
12 Peltophorum 45 0,0011086 10,64 11,08 21,94 40 35,87 58,32 0,020796
dubium
13 Leucaena 1 2,46358E- 0,00623 0,25 0,49 1 0,80 0,03420 0,001536
TOTAL 112 0,0042970 18,24 49,20 100 89 100 100,00 4,52

A Tabela 3 apresenta a lista dos indivíduos arbóreos identificados na área de ampliação da Rodovia DF047 (EPAR),
sendo apresentadas as diferentes famílias, DAP (cm), CAP (cm), hábito, quantificação, Área Basal (m²) e volumetria
da madeira (m³) que ocorrem na área inventariada. Subtrechos I e III, entre outras informações.

37
Tabela 3 - Relação dos indivíduos identificados, espécies, famílias, hábito, quantificação, Área Basal (m²) e
volumetria da madeira (m³) que ocorrem na área inventariada. Subtrechos I e III
PLACA NOME NOME FAMILIA HÁBITO CAP DAP H G(m²) V(m³) V(%)
VULGAR CIENTÍFICO (m)
1 Leucena Leucaena Fabaceae Árvore 28 8,912676813 4,5 0,006239 0,0196 0,018262664
leucocephala
2 Carobinha Tecoma sp. Bignoniaceae Árvore 21 6,68450761 3,8 0,003509 0,0093 0,008674765
3 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 133 42,33521486 6 0,140765 0,591211 0,549401799
jambolanum
4 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 206 65,57183655 9 0,337695 2,127478 1,977026519
jambolanum
5 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 191 60,79718826 8 0,290307 1,625717 1,510748828
jambolanum
6 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 171 54,43099054 7,7 0,232692 1,254212 1,165516673
jambolanum
7 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 100 31,83098862 7,8 0,079577 0,434493 0,403766374
jambolanum
8 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 110 35,01408748 7,5 0,096289 0,505516 0,469766646
jambolanum
9 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 145 46,1549335 7,6 0,167312 0,890098 0,827151652
jambolanum
10 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 145 46,1549335 11 0,167312 1,2883 1,19719318
jambolanum
11 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 194 61,75211792 8 0,299498 1,677188 1,558579614
jambolanum
12 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 140 44,56338407 10 0,155972 1,091803 1,014592426
jambolanum
13 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 63 20,05352283 7 0,031584 0,154763 0,143818476
jambolanum
14 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 96 30,55774907 6,8 0,073339 0,349092 0,32440454
jambolanum
15 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 84 26,73803044 6 0,05615 0,235829 0,219151964
jambolanum
16 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 74 23,55493158 7,5 0,043577 0,228777 0,212598525
jambolanum
17 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 78 24,82817112 6,5 0,048415 0,220288 0,204709551
jambolanum
18 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 35 11,14084602 6 0,009748 0,040943 0,038047216
dubium
19 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 53 16,87042397 5,8 0,022353 0,090754 0,084336442
jambolanum
20 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 60 19,09859317 6,3 0,028648 0,126337 0,117402838
jambolanum
21 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 26 8,276057041 8,5 0,005379 0,032008 0,029744123
dubium
22 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 57 18,14366351 8 0,025855 0,144786 0,134547379
jambolanum
23 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 55 17,50704374 6,7 0,024072 0,112899 0,104914551
jambolanum
24 Cambuí Peltophorum Myrtaceae Árvore 17 5,411268065 3,2 0,0023 0,005152 0,00478722
dubium
25 NI x x Árvore 16 5,092958179 2,4 0,002037 0,003422 0,003180437
26 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 217 69,0732453 11 0,374722 2,885362 2,681314134
jambolanum
27 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 150 47,74648293 13 0,179049 1,629349 1,514123901
jambolanum
28 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 53 16,87042397 3,7 0,022353 0,057895 0,053800834
jambolanum
29 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 42 13,36901522 3,5 0,014037 0,034392 0,031959661
jambolanum
PLACA NOME NOME FAMILIA HÁBITO CAP DAP H G(m²) V(m³) V(%)
VULGAR CIENTÍFICO (m)
30 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 136 43,29014452 7,5 0,147186 0,772729 0,718082966
jambolanum
31 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 160 50,92958179 9 0,203718 1,283425 1,19266375
jambolanum
32 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 136 43,29014452 6,5 0,147186 0,669699 0,622338571
jambolanum
33 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 154 49,01972247 6,3 0,188726 0,832281 0,773423806
jambolanum
34 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 134 42,65352475 6,5 0,142889 0,650146 0,604169084
jambolanum
35 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 124 39,47042589 6,8 0,122358 0,582426 0,541237436
jambolanum
36 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 104 33,10422816 6,7 0,086071 0,403673 0,375125879
jambolanum
37 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 90 28,64788976 7 0,064458 0,315843 0,293507095
jambolanum
38 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 174 55,3859202 7 0,240929 1,180551 1,097064296
jambolanum
39 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 100 31,83098862 7,4 0,079577 0,412211 0,383060406
jambolanum
40 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 159 50,6112719 7 0,20118 0,985781 0,916068254
jambolanum
41 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 172 54,74930042 8 0,235422 1,318363 1,225130707
jambolanum
42 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 179 56,97746963 8,5 0,254974 1,517096 1,409809823
jambolanum
43 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 114 36,28732702 8 0,103419 0,579146 0,538189517
jambolanum
44 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 116 36,9239468 7,9 0,107079 0,592149 0,55027352
jambolanum
45 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 138 43,92676429 7,2 0,151547 0,763799 0,709784014
jambolanum
46 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 121 38,51549623 7,5 0,116509 0,611674 0,568417642
jambolanum
47 Paineira do Erioteca Malvaceae Árvore 35 11,14084602 2 0,009748 0,013648 0,012682405
cerrado pubescens
48 Jambolão Syzygium Myrtaceae Árvore 139 44,24507418 7 0,153752 0,753383 0,700105009
jambolanum
49 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 247 78,62254189 7 0,485494 2,378922 2,21068819
dubium
50 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 160 50,92958179 6,5 0,203718 0,926918 0,861368264
dubium
51 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 119 37,87887646 5,5 0,11269 0,433855 0,403173665
dubium
52 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 220 70,02817496 8,5 0,385155 2,291672 2,129608796
dubium
53 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 176 56,02253997 5,5 0,246499 0,949022 0,881908584
dubium
54 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 158 50,29296 6 0,198657 0,83436 0,775355673
dubium
55 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 221 70,34648485 5,5 0,388664 1,496358 1,390537744
dubium
56 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 150 47,74648293 6 0,179049 0,752007 0,698826416
dubium
57 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 133 42,33521486 4,5 0,140765 0,443408 0,412051349
dubium
58 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 193 61,43380803 5,5 0,296418 1,14121 1,060505322
dubium
59 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 201 63,98028712 6,5 0,321501 1,462829 1,359380438
dubium

39
PLACA NOME NOME FAMILIA HÁBITO CAP DAP H G(m²) V(m³) V(%)
VULGAR CIENTÍFICO (m)
60 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 281 89,44507802 5,8 0,628352 2,551108 2,370697698
dubium
61 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 144 45,83662361 6 0,165012 0,69305 0,644038425
dubium
62 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 152 48,3831027 7 0,183856 0,900893 0,837183693
dubium
63 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 142 45,20000384 6 0,16046 0,673932 0,626272704
dubium
64 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 102 32,46760839 4,5 0,082792 0,260796 0,242353001
dubium
65 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 177 56,34084985 5,8 0,249308 1,012192 0,940611038
dubium
66 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 158 50,29296202 8 0,198657 1,11248 1,033807564
dubium
67 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 164 52,20282133 8,5 0,214032 1,273488 1,183428888
dubium
68 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 101 32,1492985 5,6 0,081177 0,318214 0,29571021
dubium
69 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 190 60,47887837 5,7 0,287275 1,146226 1,065166753
dubium
70 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 104 33,10422816 5 0,086071 0,301248 0,279944686
dubium
71 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 180 57,29577951 6 0,257831 1,08289 1,006310039
dubium
72 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 177 56,34084985 6,5 0,249308 1,134353 1,05413306
dubium
73 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 191 60,79718826 4,8 0,290307 0,97543 0,906449297
dubium
74 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 191 60,79718826 5 0,290307 1,016073 0,944218018
dubium
75 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 220 70,02817496 5 0,385155 1,348042 1,252711057
dubium
76 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 162 51,56620156 7 0,208843 1,023331 0,950962987
dubium
77 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 176 56,02253997 8 0,246499 1,380395 1,282776122
dubium
78 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 143 45,51831372 6 0,162728 0,683457 0,635124506
dubium
79 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 176 56,02253997 7 0,246499 1,207846 1,122429107
dubium
80 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 193 61,43380803 4,5 0,296418 0,933717 0,867686172
dubium
81 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 188 59,8422586 5,6 0,281259 1,102534 1,02456442
dubium
82 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 151 48,06479281 6,5 0,181445 0,825573 0,767189757
dubium
83 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 200 63,66197724 5 0,31831 1,114085 1,035298394
dubium
84 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 185 58,88732894 6,3 0,272354 1,201081 1,116142257
dubium
85 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 180 57,29577951 7 0,257831 1,263372 1,174028379
dubium
86 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 213 67,80000576 8,5 0,361035 2,148158 1,996244245
dubium
87 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 164 52,20282133 7,5 0,214032 1,123666 1,04420196
dubium
88 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 208 66,20845633 7,5 0,344284 1,807491 1,679668114
dubium
89 Cambuí Peltophorum Fabaceae Árvore 240 76,39437268 9 0,458366 2,887707 2,683493437
dubium

40
PLACA NOME NOME FAMILIA HÁBITO CAP DAP H G(m²) V(m³) V(%)
VULGAR CIENTÍFICO (m)
91 Ipê Rosa Tabebuia Bignoniaceae Árvore 113 35,96901714 5 0,101612 0,355644 0,33049313
heptaphylla
92 Abacateiro Persea Lauraceae Árvore 200 63,66197724 11 0,31831 2,450986 2,277656467
americana
93 Paineira-do- Erioteca Malvacee Árvore 320 101,8591636 10 0,814873 5,704113 5,300727777
Cerrado pubescens
94 Ipê Rosa Tabebuia Bignoniaceae Árvore 74 23,55493158 6 0,043577 0,183022 0,17007882
heptaphylla
95 Copaiba Copaifera Fabacee Árvore 173 55,06761031 4,5 0,238167 0,750227 0,697172527
langsdorfii
96 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 67 21,32676237 3 0,035722 0,075017 0,069711817
97 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 55 17,50704374 2,8 0,024072 0,047181 0,043844887
98 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 120 38,19718634 3 0,114592 0,240642 0,223624453
99 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 110 35,01408748 3,5 0,096289 0,235907 0,219224435
100 Ipê Tabebuia sp. Bignoniaceae Árvore 61 19,41690306 3,5 0,029611 0,072546 0,067416043
101 Ipê Tabebuia sp. Bignoniaceae Árvore 34 10,82253613 2 0,009199 0,012879 0,011968049
102 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 98 31,19436885 3,5 0,076426 0,187244 0,174002601
103 Ipê Tabebuia sp. Bignoniaceae Árvore 94 29,9211293 4 0,070315 0,196881 0,182957932
104 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 110 35,01408748 3,5 0,096289 0,235907 0,219224435
105 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 20 6,366197724 1,5 0,003183 0,003342 0,003105895
106 Ingá Inga sp. Fabacee Árvore 41 13,05070533 1,5 0,013377 0,014046 0,013052525
107 Sucupira Pterodon Fabaceae Árvore 99 31,51267873 6,5 0,077994 0,354872 0,329776186
emarginatus
108 Bougainvillea Bougainvillea Nyctaginaceae Árvore 37 11,77746579 4 0,010894 0,030504 0,02834647
spectabilis
109 Bougainvillea Bougainvillea Nyctaginaceae Árvore 24 7,639437268 3,5 0,004584 0,01123 0,010435808
spectabilis
110 Mandiocão- Schefflera Araliaceae Árvore 22 7,002817496 3 0,003852 0,008088 0,007516266
do-cerrado macrocarpa
111 Bougainvillea Bougainvillea Nyctaginaceae Árvore 20,5 6,525352667 2 0,003344 0,004682 0,004350842
spectabilis
112 Bougainvillea Bougainvillea Nyctaginaceae Árvore 56 17,82535363 2,5 0,024955 0,043672 0,040583697
spectabilis
Total 18,52717 28,89772 26,85411793
.

Tabela 4 - Relação dos indivíduos identificados, como tombados nos subtrechos I e III
Espécies Tombadas¹
Nome científico Família
Pterodon emarginatus Fabaceae
Tabebuia sp. Bignoniaceae
Copaifera langsdorfii Fabacee
Tabebuia heptaphylla Bignoniaceae
Total
¹ -Decreto nº 14.783/1993.

6.6. Definição do tipo de amostragem utilizado para o Trecho II e coleta de dados em campo

O uso da amostragem é imprescindível nos estudos de populações vegetais homogêneas e


heterogêneas que ocupam vastas áreas, de forma a viabilizar e reduzir o custo logístico destes
41
levantamentos. No caso de populações heterogêneas deve-se utilizar a amostragem aleatória
estratificada, garantindo desta forma que todos os segmentos da população sejam representados na
amostra, reduzindo a variância dentro dos estratos e aumentando a precisão das estimativas.
A estratificação consiste na identificação da variabilidade da população, permitindo a
delimitação dos estratos que apresentem variações estruturais. Segundo Scolforo & Mello(2006) a
estratificação é utilizada quando a floresta apresenta um alto grau de variabilidadena característica de
interesse, facilitando a coleta e o processamento de dados por estratos,sendo conveniente para o
planejamento e condução dos trabalhos de campo.
O sistema de amostragem aplicado considerou o método de área fixa e o processo de
Amostragem Aleatória Estratificada, conforme apresentado por Péllico Netto & Brena (1997).
Considerando as classes de vegetação alvo do inventário florestal, a utilização da Amostragem
Aleatória Simples não garantiria que todas as áreas e segmentos da população avaliada seriam bem
representados na amostra. Segundo Sukhatme (1984), a amostragem estratificada possibilita extrair
uma amostra que represente os diferentes segmentos de uma população para qualquer variável de
interesse, produzindo frequentemente estimativas mais precisas dos parâmetros avaliados do que uma
amostragem aleatória simples (HUSCH et al., 1982).
A distribuição das parcelas (Figura 6) foi realizada buscando-se abranger todas as formações
vegetacionais (estratos) presentes na área de estudo, contemplando também o estado de conservação
dos mesmos. No total foram alocadas 14 parcelas dentro da área de estudo. As coordenadas
geográficas e a descrição da fitofisionomia de cada parcela podem ser observadas na Tabela 5.
A partir do mapeamento final e das informações coletadas em cada unidade amostral, aliado
às observações realizadas ao longo dos caminhamentos na área de estudo, foi possível a
definição de dois estratos de análise da vegetação relacionados às seguintes classes de vegetação:
• Estrato 01 - Mata de Galeria;
• Estrato 02- Área antropizada com presença de Eucalipto sp. (ponte/obra-de-arte);
• Estrato 03- Área Brejosa.

O Estrato Floresta corresponde às formações florestais ocorrentes na área de estudo, referente


a fitofisionomia de Mata de Galeria. O Estrato 03 é representado pela fitofisionomia de Mata Ciliar
do Córrego riacho Fundo (área brejosa). Do total de Unidades Amostrais (U.A.) lançadas em campo
(14), 05 foram lançadas no Estrato 03 e 10 nos Estratos01 e 02.
As U.A. possuem dimensões diferenciadas para cada estrato estudado, devido às
características intrínsecas de cada formação vegetal ocorrente na área de estudo. Para o levantamento
nas U.A. alocadas no Estrato 3-área brejosa, utilizou-se U.A. de cinco parcelas retangulares de 05 m
x 10 m, ou seja, 0,025 hectares ao todo. Para os Estratos 1 e 2 - Savana/área antropizada, as U.A.
42
utilizadas foram também retangulares, porém de 20 m x 50 m, o equivalente a 0,1 hectares cada,
totalizando 0,9 hectares.
Cabe salientar que, devido à utilização de U.A. de diferentes tamanhos conforme o estrato
amostrado, utilizou-se um fator de ponderação de forma a possibilitar o processamento estatístico.
Para tanto, os valores dos parâmetros de interesse registrados em cada U.A. lançada no Estrato 3-
Brejo, de 0,03 ha, foi extrapolado para a área de 0,1 ha. Informa-se que os tamanhos diferenciados
conforme a formação (Mata de Galeria ou área brejosa) está em acordo com metodologias científicas
consolidadas comumente utilizadas para os ambientes ora estudados, não acarretando em redução da
precisão das estimativas apresentadas.
De forma sintética, o inventário foi realizado pelo método de amostragem ao longo do traçado
em ambos os lados do eixo rodoviário da DF047correspondendo a 4,96 hectares de área total, dessa
forma, a partir de qualquer parte da população se poderá ter a possibilidade de conhecer melhor uma
população, ou seja, a partir de amostras de árvores.
A amostragem tem sua importância, na medida em que irá possibilitar a que o trabalho seja
realizado com um menor custo, bem como pequeno número de indivíduos pesquisados, devendo estar
preocupada com três fatores considerados indispensáveis:
• Precisão: buscando a exatidão dos resultados de medições obtidas na amostra em relação à
população, levando em consideração o erro amostral, sabendo-se que quanto menor o erro
amostral, mais precisa será a amostra;
• Eficiência: quando esta se refere à medida de comparação entre diversos projetos
amostrais. Pode-se dizer que um projeto é mais eficiente do que o outro se, sob condições
específicas, trouxer resultados mais confiáveis, ao mesmo tempo em que estará
produzindo resultados com maior precisão e menor custo.
• Correção: pela ausência de viés não amostrais na amostra. Uma amostra é dita correta se
as medidas superestimadas e as subestimadas forem compensadas entre os membros da
amostra, possibilitando para que não existam erros sistemáticos numa amostra correta.

Dentre as vantagens dos inventários por amostragem, sobre o censo ou inventário 100%, está
o fato de o primeiro ser mais barato, além de contar com o envolvimento de pessoal mais bem
treinado, diminuindo, assim, a possibilidade de erros. Pelo fato de se trabalhar com amostras, isto é,
uma parte da população, obtém-se maior rapidez na coleta e na análise dos dados.
O fato de se trabalhar com uma parte da população propicia uma das desvantagens principais
do inventário feito por amostragem, que é o erro de amostragem ou erro de estimação, relacionado
com a precisão da amostragem, no sentido estritamente estatístico.

43
A exatidão de um inventário florestal é dada pelo erro total, que é a diferença entre a
estimativa de uma amostra e o valor verdadeiro da população.
O método de amostragem utilizado foi aleatório ao acaso simples. Neste sentido, foram
selecionadas de forma aleatória 14 unidades amostrais, representativas da área a ser suprimida, bem
como, em área contígua caracterizada como área de preservação permanente (área brejosa), a qual,
não será objeto de supressão vegetal.
Foram levantados todos os indivíduos arbóreos/palmeiras com DAP ≥15,7 cm, cada indivíduo
recebeu placas numéricas (Figura 7). As áreas periodicamente alagadas relativas à Mata de Galeria
do Subtrecho II, são caracterizadas como Área de Preservação Permanente (APP). Neste aspecto, a
intervenção deverá ser minimizada a fim de causar uma menor impacto na vegetação.
No plano operacional, a área total a ser manejada foi dividida em talhões de forma similar aos
subtrechos I e III. A demarcação das parcelas amostrais foi feita uma equipes de cinco pessoas,
sendo um orientador, que foi responsável pelo alinhamento da demarcação, um balizador, cuja
função foi orientar a abertura das trilhas e fixar a fita zebrada ao longo do perímetro da área e talhões,
um responsável pela marcação das árvores por meio de etiquetas numéricas e dois ajudantes que
fizeram a abertura das picadas (Figuras 6 e 7)
Seguem dados relativos ao mapa de localização da distribuição das parcelas (Figura 6) e
respectivas coordenadas geográficas (Tabela 5).
A identificação das árvores de valor comercial foi realizada em campo e aquelas espécies que
por algum motivo não puderam ser identificadas, houve a coleta de ramos fruto e sementes quando
possível, para a identificação e catalogação futura. No escritório, foi associado ao nome vulgar o
nome científico e a família de cada espécie. Atenção especial foi dada para a denominação comum
das espécies, pois espécies diferentes podem ter o mesmo nome comum, enquanto uma única espécie
pode ter nomes comuns diferentes em diversas regiões,

44
Figura 15- Distribuição das 14 parcelasdemarcadas no Subtrecho II para a realização do Inventário. DF047 (EPAR),
Brasília/DF. Fonte: Google Earth, 2017

Tabela 6–Relação
Relação das coordenadas geográficas de cada parcela.
parcela. DF047, Brasília-DF,
Brasília 2017
PARCELA PONTOS Longitude N Latitude W
1 1 -15.854773 -47.933008
47.933008
2 -15.854673 -47.932962
47.932962
3 -15.854669 -47.933096
47.933096
4 -15.85477 -47.933112
47.933112
2 1 -15.854202 -47.932839
47.932839
2 -15.854221 -47.932887
47.932887
3 -15.854298 -47.932898
47.932898
4 -15.854305 -47.932844
47.932844
3 1 -15.852332 -47.9323
47.932328
2 -15.852219 -47.932309
47.932309
3 -15.852298 -47.932355
47.932355
4 -15.852256 -47.932280
47.932280
4 1 -15.852065 -47.932363
47.932363
2 -15.852070 -47.932317
47.932317
3 -15.851983 -47.932292
47.932292
4 -15.851965 -47.932335,
47.932335,
5 1 -15.851671 -47.93215
47.932154

45
2 -15.851659 -47.932195
3 -15.851745 -47.932224
4 -15.851763 -47.932181
6 1 -15.850976 -47.932507
2 -15.851035 -47.932384
3 -15.851058 -47.932544
4 -15.851116 -47.932425
7 1 -15.850396 -47.932319
2 -15.850819 -47.932388
3 -15.850402 -47.932258
8 1 -15.851440 -47.932522
2 -15.851433 -47.932615
3 -15.851877 -47.932705
4 -15.851890 -47.932613
9 1 -15.852220 -47.932754
2 -15.852194 -47.932792
3 -15.852296 -47.932806
4 -15.852306 -47.932762
10 1 -15.852416 -47.932782
2 -15.852394 -47.932849
3 -15.852486 -47.932887
4 -15.852508 -47.932838
11 1 -15.852632 -47.93284
2 -15.853021 -47.932951
3 -15.852607 -47.932874
4 -15.852992 -47.933882
12 1 -15.853626, - 47.933101
2 - 15.853608 -47.93317
3 -15.853188 -47.93299
4 -15.853197 -47.933061
13 1 -15.853891 -47.933257
2 -15.853899 -47.933174
3 -15.854378 -47.933300
4 -15.854361 -47.933376
14 1 -15.854765 -47.933458
2 -15.854754 -47.933516
3 -15.854432 -47.933404
4 -15.854465 -47.93335

Como descrito nos dados de coleta da flora, a coleta dos dados florestais consistiu na medição
da circunferência ou do diâmetro da árvore para estimar o volume de madeira e ajudar na seleção das
árvores a serem exploradas. A medição da circunferência foi feita com uma fita métrica, enquanto
para a medição do diâmetro pode ser utilizada fita diamétrica ou uma suta.

46
A análise da base de dados geográficos disponíveis permitiu pré-determinar a distribuição
prévia das U.A., onde se levou em consideração as fisionomias vegetacionais, os diferentes estratos
definidos para a amostragem na área de estudo e o grau de conservação.
Buscou-se contemplar toda a área diretamente afetada pela construção do empreendimento.
O trabalho em campo referente ao levantamento qualitativo e quantitativo da vegetação foi
realizado no período de 19 a 30 de julho de 2017. A equipe utilizou GPS Garmin modelo 62s
carregado com a base de dados levantada durante o planejamento e mapeamento prévio,com o qual
se registrou os caminhamentos, os pontos de passagem e pontos de interesse.
Ainda, foi utilizado mapa detalhado em escala 1:5.000, de forma a facilitar a navegação em
campo e acesso às U.A. pré-determinadas. A equipe procedeu, ainda, ao registro fotográfico da área
de forma a propiciar a caracterização da flora da área de estudo.
A metodologia adotada para a coleta de dados na área de estudo se baseou no método da área
fixa e no processo de amostragem estratificada, tal como descrito por Pellico Neto &Brena (1997),
onde todos os indivíduos lenhosos arbóreo-arbustivos com diâmetro superiora 15,7 cm (ou
circunferência superior a 05 cm) foram identificados em nível de família, gêneros e espécie.

Figura 16-Equipe em campo realizando o inventário Figura 17- Equipe em campo realizando o inventário
florestal na área de estudo. florestal na área de estudo

A coleta dos dados em campo consistiu na mensuração por meio fita dendrométrica do
diâmetro a altura da base (DAB), altura total (Ht), altura comercial (Hc), medida do solo até o ponto
da primeira bifurcação notável, nome vulgar, nome científico e qualidade do fuste de todos os
espécimes vegetais com as características de altura e DAP já mencionados acima.

47
Todas as informações coletadas em campo foram anotadas em uma planilha segundo a ordem
de ocorrência dos indivíduos nas U.A. Cada U.A. teve seu limite demarcado em campo com auxílio
de trenas de 50 metros e sua coordenada geográfica registrada na ficha de campo.
A medição da DAB foi realizada a 0,3 m de altura, tomando-se o cuidado de mantê-la sempre
na posição horizontal em relação ao solo e retirando cipós, galhos, cupins ou outros elementos
presentes no ponto de medição. A unidade de medida foi centímetros, com uma casa decimal.

6.7. Inventário Florestal Qualitativo


6.7.1. Composição Florística
Uma vez finalizada a etapa de padronização das espécies registradas em campo, foi gerada
uma lista a partir da identificação dos indivíduos amostrados em campo, tendo por referência o
sistema filogenético de classificação APG III - Angiosperm Phylogeny Group (2009), na qual as
espécies foram classificadas em nível de família botânica, gênero, espécie e nome-comum.

6.7.2. Suficiência amostral qualitativa


Para analisar a suficiência amostral qualitativa (florística) da vegetação arbórea foi gerada
acurva do coletor (ou curva espécie-área), que relaciona a área amostrada com o número de espécies
encontradas (MUELLER-DOMBOIS & ELLEMBERG, 1974; FELFILI & VENTUROLI, 2000).
Como as unidades amostrais foram aleatorizadas, para construção da curva utilizou-se a
numeração das parcelas como norma de entrada. Segundo Schilling (2008), a definição de um
tamanho ótimo de amostras está baseada na idéia de que quanto maior o tamanho da amostra, maior o
número de espécies que será encontrado, mas a uma taxa decrescente,até o ponto em que a curva
estabiliza e torna-se horizontal, sendo esse ponto, a área mínima necessária para representar a
comunidade.
A curva espécie-área representa a relação entre o número de espécies inéditas n o
levantamento em função da área amostrada e irá avaliar a representatividade florística da amostra, ou
seja, o aumento do número de espécies em função do aumento da área amostrada, indicando, desta
forma, o esforço amostral ideal quando a curva se estabiliza(MÜLLER-DOMBOIS &
ELLEMBERG, 1974).

6.8. Parâmetros da Estrutura Horizontal - Fitossociologia


Os parâmetros que expressam a estrutura horizontal da vegetação são densidade, frequência e
dominância, os quais permitem inferir a posição sociológica de uma determinada espécie em uma
comunidade arbórea a partir do cálculo do Índice de Valor de Importância - IVI (MÜLLER-
DOMBOIS & ELLEMBERG, 1974; KENT & COKER, 1992).
48
A densidade refere-se ao número de indivíduos de cada espécie dentro de uma associação
vegetal por unidade de área (SCOLFORO & MELLO, 2006), podendo ser expressa em termos
absolutos ou relativos. As densidades absolutas (DA) e relativas (DR) foram obtidas e estão listadas
na tabela a seguir:

6.9. Espécies de Interesse Conservacionista


Um dos importantes instrumentos da política ambiental são as listas de espécies ameaçadas de
extinção. Estas listas contêm as espécies que necessitam de proteção especial por serem de interesse
conservacionista, sinalizando a pressão que estão sofrendo e ainda possibilitam uma visão dos
maiores problemas em relação à preservação da diversidade biológica. Com base nas informações
das listas é possível estabelecer prioridades para as ações de recuperação e de conservação das
espécies (MMA, 2016).
Para a identificação das espécies de interesse conservacionista e/ou ameaçadas de extinção
registradas no levantamento florístico na área de estudo foram utilizadas: A Lista Oficial das
Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção estabelecida pela Portaria MMA Nº 443/2014;
as espécies registradas na lista da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e
da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), da qual o Brasil émembro desde 1975 (Dec. nº
76.623/75); as categorias de espécies consideradas ameaçadas pela The World Conservation Union
(IUCN); e Lei 12.596/95, Portaria 113 IBAMA de29/12/95 e Portaria nº 18/2002-N - AGMA que
dispõe sobre as espécies nativas do Cerrado protegidas por Lei no Estado de Goiás.
As espécies relacionadas pela Portaria Nº 443/2014 do Ministério do Meio Ambiente são
classificadas nas categorias:
• CR - Criticamente em perigo;
• CR (Pex) - criticamente em perigo, possivelmente extinta;
• EN - Em perigo;
• VU - vulnerável.
A IUCN (The International Union for Conservation of Nature) define as seguintes categorias
para o estado de conservação das espécies (IUCN, 2001):
• EX - Extinto;
• EW - Extinto na natureza;
• CR - Criticamente em perigo;
• EN - Em perigo;
• VU - vulnerável;
• NT - Quase ameaçada;

49
• LC - Pouco preocupante;
• DD - Dados insuficientes;
• NE - Não avaliado.

6.10. Inventário Florestal Quantitativo

a) Quantificação do Volume de Madeira


O volume de madeira de uma comunidade vegetal é o somatório do volume de madeira
decada árvore incluída naquele povoamento. O volume de um tronco tem sido tradicionalmente
definido como uma função da sua altura, diâmetro à altura do peito e fator de forma (AHRENS et al.,
1981). O fator de forma é uma razão entre volumes, sendo utilizado para corrigir o volume do
cilindro para o volume da árvore (SCOLFORO &FIGUEIREDO, 1998).
Existem poucas referências relativas ao volume de madeira de vegetação
nativa,principalmente considerando o cálculo do volume de madeira utilizando fator de forma. O
volume de madeira pode ser obtido por meio de modelos matemáticos que utilizam atributos da
vegetação (diâmetro, altura, sitio, Hdom, dentre outros), os quais são gerados a partir da cubagem
rigorosa de árvores (método destrutivo).
Contudo, a aplicação de um modelo previamente ajustado deve observar o tipo de vegetação e
o local em que foi gerado, além dos outros fatores bióticos (solo, clima, relevo), devendo ser
representativo da florística e estrutura da vegetação local, do contrário os resultados obtidos podem
não representar o estoque de madeira daquela floresta.
Os cálculos volumétricos de cada fuste, a partir dos quais foram estimados os volumes de cada
parcela e subsequente da população como um todo, foram efetuados por meio da aplicação de
equações adaptadas ao cálculo dos volumes total e volumes comerciais, aliadas à utilização de fator
de forma (ff) específico a cada situação.

7. RESULTADOS

7.1. Mapeamento e Caracterização da Vegetação


Devido à extensão da área do empreendimento, com cerca de 9,32 hectares de extensão entre
suas extremidades norte - sul, foi definida uma área prioritária de estudo no trecho II das áreas onde
haverá supressão vegetal.

50
Esta área visa facilitar o estudo ambiental da área, por meio da delimitação de um campo de
ação especifico por meio do estabelecimento de 14 parcelas amostrais nas proximidades onde irão
ocorrer as intervenções diretas para a ampliação da rodovia.
Desta forma, foi realizado o mapeamento das formações vegetais ocorrentes dentro da área
prioritária de estudo, conforme visualizado na Figura 18 e Figura 19. Este mapeamento apontou que
aproximadamente 92,2% de seu polígono ainda se encontra coberto por vegetação nativa em
diferentes estados de conservação, divididas em duas formações:Florestal, formada por Mata de
Galeria e Savânica, formada por Cerrado Sentido Restrito. Além disso, é possível ainda observar uma
área com formação Campestre constituída por brejo adjacente ao córrego Riacho Fundo
Grande parte do Subtrecho II é constituída pela fitofisionomia Mata de Galeria do Córrego
Riacho Fundo, onde foram alocadas as parcelas nos trechos de Mata de Galeria inundável e não
inundável, sendo que as espécies com maior relevância a foram Anadenanthera macrocarpa (12,5%),
Caesalpinia peltophoroides (14,1%), Tapirira guianensis (6,5%) e Alchornea glandulosa (6,5%).

Figura 18 – Ponte sob o Córrego Riacho Fundo Figura 19 – Material arbóreo sendo coletado para
identificação

7.2. Critérios para caracterização vegetal da área de estudo

7.2.1. Composição Florística


Na realização do inventário, foram identificados um total de 175 indivíduos arbóreos
distribuídos em 45 espécies distintas pertencentes a 39 gêneros distintos. Do total de espécies, foi
verificada na Parcela 7 a presença de espécie exótica de Eucalyptus sp, nas parcelas em geral foi

51
observada a incidência e cipós, bromélias e rebrotas de Alchornea triplinervia, Xylopia emarginata, ,
Anadenanthera macrocarpa, entre outras nativas típicas de área úmida.
Esse resultado é creditado ao fato da área de estudo abranger uma diversidade de
fitofisionomias, que contemplam formações campestres e florestais (mata) com áreas de transição
entre si, definidas como de tensão ecológica ou ecótono.
A Mata de Galeria inventariada é caracterizada como uma formação florestal que margeia o
Córrego Riacho Fundo formando galerias sobre o curso d´água e compõe um corredor florestal
funcionando como barreira natural da contaminação dos recursos hídricos por sedimentos, resíduos e
efluentes oriundos de escoamento superficial.

Figura 20 - Demarcação d e parcela em campo. Figura 21 - Espécie de Eritrina sp.


Subtrecho II.

Segundo Ribeiro e Walter (2008), as Matas de Galeria consistem na forma de vegetação


florestal que acompanha os rios de pequeno porte e córregos, formando corredores fechados
(galerias) sobre o curso de água. Geralmente localiza-se nos fundos dos vales ou nas cabeceiras de
drenagem onde os cursos de água ainda não escavaram um canal definitivo (RATTER et al., 1973;
RIBEIRO & WALTER, 2008).
As famílias que apresentaram maior riqueza de espécies foram Fabaceae, Myrtaceae,
Euphorbiaceae e Anacardiaceae, contribuindo com 64 (37 %), 26 (15%), 15 (8,7 %) e13 (7,6%)
espécies, respectivamente. Juntas, estas três famílias respondem por cerca de 70% do total de
espécies registradas no levantamento, conforme demonstrado nas Gráficos 6 e 7.
52
A vegetação apresenta-se sempre com folhas, não ocorrendo à queda significativa dessas
durante a estação seca. A altura média do estrato arbóreo varia entre 20 e 30 m, apresentando uma
superposição das copas que fornecem cobertura arbórea de 70 a 95% (RIBEIRO & WALTER, 2008).
Geralmente são acompanhadas por faixas de vegetação não florestal em ambas as margens,
apresentaram grau moderado de conservação por motivos diversos. Cabe ressaltar que em alguns
pontos da Mata de Galeria, ocorrem trechos e espécies típicas de Cerrado Sensu Strictu se misturando
com as espécies caractertisticas de Mata de Galeria, tornando a real classificação destes trechos
bastante complicada.
Outros dados das áreas amostradas referem-se ao grau elevado de perturbação antrópica
sofrida pela vegetação, demonstrando tratar-se de um fragmento secundário de Mata de Galeria com
a incidência de rebrotas e queimadas.
7.2.2. Dados faunísticos
Durante a execução do inventário florestal foram observados indícios de presença faunística
na área de supressão ao longo do eixo rodoviário, tais como: fezes, cheiros característicos, ninhos,
trilhas, espécies da entomofauna e tocas (abrigos), visto que a área diretamente afetada está inserida
na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado que se sobrepõe à Área de
Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Santuário Silvestre do Riacho Fundo.
A equipe de campo, durante a delimitação topográfica, mencionou ter avistado uma espécie
de sucuri (Eunectes murinus) da família Boidae.

Figura 22 - Carcaça de Bicho-Preguiça (Bradypus variegatus)


53
Foi constatada in loco a presença, por meio da visualização e vestígios (fezes), de espécies de
capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) da família Caviidae, sem registro fotográfico. Na área
contígua definida como área úmida referente à Mata de Galeria, que se comporta como reservatório
natural de água, apresentando um ecossistema rico e singular e que sofre a influência das chuvas de
forma temporária, foi registrado a presença de uma espécie morta de bicho-preguiça (Bradypus
variegatus) da família Megalonychida.
No fragmento analisado, há predominância de algumas espécies como Caesalpinia
peltophoroides (família Fabaceae) com 26 indivíduos arbóreos, Anadenanthera macrocarpa da
família Fabaceae com 23 árvores e Blepharocalyx salicifolius da família Myrtaceae com 13
indivíduos. Esses valores indicam uma possível redução da biodiversidade da comunidade, associado
à fragmentação por ação antrópica a que parte dos fragmentos está submetida.

Figura 23 - Espécies exóticas de Eucalypto sp no subtrecho II

A relação dos indivíduos arbóreos identificados na área de ampliação da rodovia DF-047,


Subtrecho II, apresenta as diferentes famílias, DAP (cm), CAP (cm), entre outras informações. Com
relação às espécies registradas, trata-se de indivíduos característicos da fitofisionomia Mata de
Galeria (com parcelas amostradas em área brejosa e área antropizada), com predominância de

54
espécies de médio e pequeno portes, árvores espaçadas e presença de cipós, bromélias e espécies
exóticas de Agave sp (agaves ) nas parcelas de 1 a 5, principalmente.

Figura 23 - Espécie arbustiva de Agave spp. no Subtrecho II.

Em termos de abundância de indivíduos, a família mais importante para a composição


florística da área de estudo foi Fabaceae, com 64 indivíduos arbóreos representantes das espécies de
Inga spp. Anadenanthera macrocarpa , Caesalpinia peltophoroides, Anadenanthera macrocarpa ,
Machaeriumhirtum, Erythrina speciosa, Inga ingoides e Leucaena leucocephala.

55
Figura 24 - Medição no subtrecho II de espécies de Piptadenia gonoacantha e Alchornea glandulosa

Figura 25 - Espécie de bromeliaceae no subtrecho II, Mata de Galeria


56
NI
Leucaena leucocephala
Vernonia polysphaera
Cecropia pachystachya
Zanthoxycum hasslerianum
Virola urbaniana
Piper arboreum
Guanzuma ulmifolia
Metrodorea pubescens
Licania apetala
Ocotea spixiana
Licania tomentosa
Nectandra mollis
Couepiaa grandiflora
Handroanthus albus
Pseudolmedia spuria
Inga ingoides
Alchornea triplinervia
Aegiphila integrifolia
Erythrina speciosa
Psidium guajava
Ocotea sp
Machaerium hirtum
Caesalpinia peltophoroides Série1
Blepharocalyx salicifolius
Eucalyptus sp
Prunus chamissoana
Pseudomedia laevigata
Anadenanthera macrocarpa
Alchornea glandulosa
Ferdinandusaa speciosa
Protium spruceanum
Nyrcia magnoliiifolia
Mycia tomentosa
Celtis iguanaea
Schinus terebinthifolius
Inga spp.
Protium heptaphyllum
Xylopia emarginata
Miconia dodecandra
Xylopia aromatica
Richeria grandis
Rapanea sp.
Tapirira guianensis
Roupala montana

0 5 10 15 20 25 30

Gráfico 6 – Gráfico referente à riqueza de espécies arbóreas no Subtrecho II. DF-047.

57
Fabaceae

Asteraceae

Cecropiaceae

Rutaceae

Myristicaceae

Piperaceae

Malvaceae

Chrysobalanaceae

Lauraceae

Rosaceae

Bignoniacee

Lauraceae

Moraceae

Euphorbiaceae

Lamiaceae

Rubiceae

Burseraceae

Myrtaceae

Cannabaceae

Melastomataceae

Annonnaceae

Phyllanthaceae

Myrcinaceae

Anacardiaceae

Proteaceae

0 10 20 30 40 50 60 70

Gráfico 7 – Gráfico das famílias botânicas da área de estudo, subtrecho II

58
A lista da composição florística (espécies arbóreas) do Subtrecho II da DF047, Brasília-DF é
apresentada na Tabela 7.

59
Tabela 7 - Lista da composição florística registrada no Subtrecho II da DF047 (EPAR), Brasília, DF
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

1 1 Carne-de Vaca Roupala montana Proteaceae ARV 50 15,9155 1,6 0,0199 0,0223 0,0207 NTV
1 2 Pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 95 30,2394 5 0,0718 0,2514 0,2336 NTV

1 3 Capororoca Rapanea sp. Myrcinaceae ARV 38 12,0958 10 0,0115 0,0804 0,0747 NTV

1 4 Jaca brava Richeria grandis Phyllanthaceae ARV 77 24,5099 8 0,0472 0,2642 0,2455 NTV

2 5 Capororoca Rapanea sp. Myrcinaceae ARV 33 10,5042 4 0,0087 0,0243 0,0225 NTV

2 6 Pimenta-de-macaco Xylopia aromatica Annonnaceae ARV 34 10,8225 3,2 0,0092 0,0206 0,0191 NTV

2 7 Pixirica Miconia dodecandra Melastomataceae ARV 23 7,3211 1,8 0,0042 0,0053 0,0049 NTV

3 8 Capororoca Rapanea sp. Myrcinaceae ARV 16 5,0930 4,8 0,0020 0,0068 0,0064 NTV

3 9 Pindaiba do Brejo Xylopia emarginata Annonaceae ARV 36 11,4592 4 0,0103 0,0289 0,0268 NTV

3 10 Breu Protium spp. ARV 33 10,5042 1,8 0,0087 0,0109 0,0101 NTV
3 11 Inga Inga spp. Fabaceae ARV 22 7,0028 4 0,0039 0,0108 0,0100 NTV
3 12 Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Anacardiaceae. ARV 23 7,3211 3,5 0,0042 0,0103 0,0096 NTV
4 13 Espora de galo Celtis iguanaea Cannabaceae ARV 56 17,8254 8 0,0250 0,1398 0,1299 NTV

4 13 Goiaba do Campo Mycia tomentosa Myrtaceae ARV 48 15,2789 3 0,0183 0,0385 0,0358 NTV

4 14 Araca do Brejo Nyrcia magnoliiifolia Myrtaceae ARV 34 10,8225 4 0,0092 0,0258 0,0239 NTV

4 15 Breu Protium spruceanum Burseraceae ARV 32 10,1859 3 0,0081 0,0171 0,0159 NTV

4 16 Brinco d´água Ferdinandusaa speciosa Rubiceae ARV 27 8,5944 2,4 0,0058 0,0097 0,0091 NTV

4 17 Jaca-brava Richeria grandis Phyllanthaceae ARV 33 10,5042 3 0,0087 0,0182 0,0169 NTV
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

4 18 Jaca-brava Richeria grandis Phyllanthaceae ARV 71 22,6000 15 0,0401 0,4212 0,3914 NTV

4 19 Pau óleo Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 64 20,3718 8 0,0326 0,1825 0,1696 NTV

4 20 Tanheiro Alchornea triplinervia Euphorbiaceae ARV 90 28,6479 12 0,0645 0,5414 0,5032 NTV

4 21 Pau óleo Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 106 33,7409 9 0,0894 0,5633 0,5235 NTV

Angico Jacaré
5 22 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 120 38,1972 10 0,1146 0,8021 0,7454 NTV
Pau óleo
5 23 Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 106 33,7409 9 0,0894 0,5633 0,5235 NTV
Breu
5 24 Protium heptaphyllum Burseráceas ARV 80 25,4648 6 0,0509 0,2139 0,1988 NTV

5 25 Pindaiba do Brejo Xylopia emarginata Annonnacee ARV 31 9,8676 8 0,0076 0,0428 0,0398 NTV

6 26 Apitinga Pseudomedia laevigata Moraceae ARV 70 22,2817 8 0,0390 0,2184 0,2029 NTV

6 27 Pau óleo Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 50 15,9155 12 0,0199 0,1671 0,1553 NTV

6 28 Pau óleo Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 120 38,1972 15 0,1146 1,2032 1,1181 NTV

Vaiva
6 29 Prunus chamissoana Rosaceae ARV 80 25,4648 6 0,0509 0,2139 0,1988 NTV

61
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem
Eucalipto
7 30 Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 66 21,0085 7 0,0347 0,1699 0,1578 Exótica

Maria Preta
7 31 Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 46 14,6423 2,5 0,0168 0,0295 0,0274 NTV
Eucalipto
7 32 Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 222 70,6648 18 0,3922 4,9416 4,5921 Exótica
Eucalipto
7 33 Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 184 58,5690 20 0,2694 3,7718 3,5051 Exótica
Angico Jacaré
7 34 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 61 19,4169 18 0,0296 0,3731 0,3467 NTV
Eucalipto
7 35 Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 147 46,7916 22 0,1720 2,6482 2,4609 Exótica
Eucalipto
7 36 Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 325 103,4507 23 0,8405 13,5327 12,5756 Exótica
Pau óleo
7 37 Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 24 7,6394 2,6 0,0046 0,0083 0,0078 NTV
Sibipiruna
7 38 Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 85 27,0563 10 0,0575 0,4025 0,3740 NTV
Sibipiruna
7 39 Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 67 21,3268 9 0,0357 0,2251 0,2091 NTV
Sibipiruna
7 40 Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 99 31,5127 8 0,0780 0,4368 0,4059 NTV
Sibipiruna
7 41 Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 42 13,3690 7 0,0140 0,0688 0,0639 NTV

7 42 Eucalipto Eucalyptus sp Myrtaceae ARV 283 90,0817 19 0,6373 8,4765 7,8770 Exótica
Angico Jacaré
7 43 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 79 25,1465 8 0,0497 0,2781 0,2585 NTV
Angico Jacaré
7 44 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 26 8,2761 3 0,0054 0,0113 0,0105 NTV
Angico Jacaré
7 45 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 160 50,9296 7 0,2037 0,9982 0,9276 NTV
Angico Jacaré
7 46 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 123 39,1521 8 0,1204 0,6742 0,6265 NTV
Espinheira
8 47 Machaerium hirtum Fabaceae ARV 110 35,0141 7 0,0963 0,4718 0,4384 NTV

8 48 Canela Ocotea sp Lauraceae ARV 40 12,7324 2,5 0,0127 0,0223 0,0207 NTV
Pindaiba do Brejo
8 49 Xylopia emarginata Annonnaceae ARV 42 13,3690 7 0,0140 0,0688 0,0639 NTV
Breu
8 50 Protium spruceanum Burseraceae ARV 56 17,8254 6 0,0250 0,1048 0,0974 NTV
8 51 Espinheira Machaerium hirtum Fabaceae ARV 68 21,6451 8 0,0368 0,2061 0,1915 NTV
62
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

Espinheira
8 52 Machaerium hirtum Fabaceae ARV 26 8,2761 3,5 0,0054 0,0132 0,0122 NTV
Goiabeira da mata
8 53 Psidium guajava Myrtaceae ARV 33 10,5042 3 0,0087 0,0182 0,0169 NTV
Breu Branco
8 54 Protium heptaphyllum Burceraceae ARV 39 12,4141 5 0,0121 0,0424 0,0394 NTV
Breu Branco
8 55 Protium heptaphyllum Burceraceae ARV 33 10,5042 4 0,0087 0,0243 0,0225 NTV
Breu Branco
8 56 Protium heptaphyllum Burceraceae ARV 55 17,5070 6 0,0241 0,1011 0,0940 NTV
Machaerium hirtum
8 57 Jacarandá de espinho Fabaceae ARV 68 21,6451 8 0,0368 0,2061 0,1915 NTV
Angico Jacaré
8 58 Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 40 12,7324 5 0,0127 0,0446 0,0414 NTV
Pau Pombo
8 59 Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 26 8,2761 5 0,0054 0,0188 0,0175 NTV

8 60 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 28 8,9127 3 0,0062 0,0131 0,0122 NTV

8 61 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 40 12,7324 7 0,0127 0,0624 0,0580 NTV

8 62 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 33 10,5042 5 0,0087 0,0303 0,0282 NTV

8 63 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 22 7,0028 4 0,0039 0,0108 0,0100 NTV

8 64 Tamanqueiro Aegiphila integrifolia Lamiaceae ARV 34 10,8225 6 0,0092 0,0386 0,0359 NTV

8 65 Tamanqueiro Aegiphila integrifolia Lamiaceae ARV 55 17,5070 4,2 0,0241 0,0708 0,0658 NTV

8 66 Tamanqueiro Aegiphila integrifolia Lamiaceae ARV 85 27,0563 8 0,0575 0,3220 0,2992 NTV

8 67 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 67 21,3268 5 0,0357 0,1250 0,1162 NTV

63
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

8 68 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 97 30,8761 8 0,0749 0,4193 0,3896 NTV

8 69 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 44 14,0056 8,5 0,0154 0,0917 0,0852 NTV

8 70 Tanheiro Alchornea triplinervia Euphorbiaceae ARV 100 31,8310 8 0,0796 0,4456 0,4141 NTV

8 71 Tanheiro Alchornea triplinervia Euphorbiaceae ARV 42 13,3690 7 0,0140 0,0688 0,0639 NTV

8 72 Tanheiro Alchornea triplinervia Euphorbiaceae ARV 165 52,5211 6 0,2167 0,9099 0,8456 NTV

8 73 NI ARV 78 24,8282 8 0,0484 0,2711 0,2520 NTV

8 74 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 26 8,2761 3 0,0054 0,0113 0,0105 NTV

8 75 Ingazeiro Inga ingoides Fabaceae ARV 61 19,4169 6,5 0,0296 0,1347 0,1252 NTV

8 76 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 24 7,6394 2,4 0,0046 0,0077 0,0072 NTV

8 77 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 35 11,1409 2 0,0097 0,0136 0,0127 NTV

8 78 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 77 24,5099 6 0,0472 0,1982 0,1841 NTV

64
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

8 79 Breu Protium heptaphyllum Burseráceas ARV 56 17,8254 7 0,0250 0,1223 0,1136 NTV

9 80 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 80 25,4648 4 0,0509 0,1426 0,1325 NTV

9 81 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 30 9,5493 2 0,0072 0,0100 0,0093 NTV

9 82 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 20 6,3662 1,5 0,0032 0,0033 0,0031 NTV

9 83 Flor de paca Pseudolmedia spuria Moraceae ARV 22 7,0028 3 0,0039 0,0081 0,0075 NTV

9 84 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 72 22,9183 3,5 0,0413 0,1011 0,0939 NTV

10 85 Pimenteira Xylopia aromatica Annonnaceae ARV 53 16,8704 3,5 0,0224 0,0548 0,0509 NTV

10 86 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 46 14,6423 4 0,0168 0,0471 0,0438 NTV

10 87 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 106 33,7409 6 0,0894 0,3755 0,3490 NTV

10 88 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 30 9,5493 2 0,0072 0,0100 0,0093 NTV

10 89 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 33 10,5042 4 0,0087 0,0243 0,0225 NTV

10 90 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 36 11,4592 5,5 0,0103 0,0397 0,0369 NTV

65
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

10 91 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 94 29,9211 16 0,0703 0,7875 0,7318 NTV

10 92 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 22 7,0028 3 0,0039 0,0081 0,0075 NTV

10 93 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 30 9,5493 3,4 0,0072 0,0170 0,0158 NTV

11 94 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 110 35,0141 8 0,0963 0,5392 0,5011 NTV

11 95 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 28 8,9127 3 0,0062 0,0131 0,0122 NTV

11 96 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 27 8,5944 3,2 0,0058 0,0130 0,0121 NTV

11 97 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 25 7,9577 3,5 0,0050 0,0122 0,0113 NTV

11 98 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 25 7,9577 2,5 0,0050 0,0087 0,0081 NTV

11 99 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 59 18,7803 6 0,0277 0,1163 0,1081 NTV

11 100 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 20 6,3662 3 0,0032 0,0067 0,0062 NTV

66
11 101 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 36 11,4592 4,5 0,0103 0,0325 0,0302 NTV

11 102 Ipe Amarelo Handroanthus albus Bignoniacee ARV 48 15,2789 5,5 0,0183 0,0706 0,0656 NTV

11 103 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 20 6,3662 2 0,0032 0,0045 0,0041 NTV

11 104 Ipê Amarelo Handroanthus albus Bignoniacee ARV 26 8,2761 1,6 0,0054 0,0060 0,0056 NTV

11 105 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 69 21,9634 7 0,0379 0,1856 0,1725 NTV

11 106 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 30 9,5493 2,6 0,0072 0,0130 0,0121 NTV

11 107 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 17 5,4113 1,5 0,0023 0,0024 0,0022 NTV

11 108 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 88 28,0113 6,5 0,0616 0,2804 0,2606 NTV

11 109 Pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 43 13,6873 7 0,0147 0,0721 0,0670 NTV

11 110 Jaca brava Richeria grandis Phyllanthaceae ARV 87 27,6930 9 0,0602 0,3795 0,3526 NTV

NTV
11 111 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 28 8,9127 3,4 0,0062 0,0148 0,0138

12 112 Breu Protium spruceanum Burseraceae ARV 117 37,2423 8 0,1089 0,6100 0,5669 NTV

67
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

12 113 Breu Branco Protium heptaphyllum Burseraceae ARV 40 12,7324 4 0,0127 0,0357 0,0331 NTV

12 114 Breu Branco Protium heptaphyllum Burseraceae ARV 44 14,0056 4,5 0,0154 0,0485 0,0451 NTV

12 115 Eritrina Erythrina speciosa Fabaceae ARV 17 5,4113 2 0,0023 0,0032 0,0030 NTV

12 116 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 45 14,3239 4 0,0161 0,0451 0,0419 NTV

12 117 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 35 11,1409 4 0,0097 0,0273 0,0254 NTV

12 118 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 39 12,4141 8 0,0121 0,0678 0,0630 NTV

12 119 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 21 6,6845 7 0,0035 0,0172 0,0160 NTV

12 120 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 53 16,8704 6 0,0224 0,0939 0,0872 NTV

12 121 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 35 11,1409 7 0,0097 0,0478 0,0444 NTV

12 122 pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 26 8,2761 4,5 0,0054 0,0169 0,0157 NTV

12 123 Jacarandá de espinho Machaerium hirtum Fabaceae ARV 35 11,1409 2,6 0,0097 0,0177 0,0165 NTV

68
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

12 124 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 58 18,4620 9 0,0268 0,1687 0,1567 NTV

12 125 NI ARV 20 6,3662 2,5 0,0032 0,0056 0,0052 NTV


12 126 NI ARV 18 5,7296 4 0,0026 0,0072 0,0067 NTV

12 127 Jacarandá de espinho Machaerium hirtum Fabaceae ARV 23 7,3211 4 0,0042 0,0118 0,0110 NTV

12 128 Oiti do cerrado Couepiaa grandiflora CHRYSOBALANACEAE ARV 29 9,2310 2 0,0067 0,0094 0,0087 NTV

12 129 Jacarandá de espinho Machaerium hirtum Fabaceae ARV 35 11,1409 2,8 0,0097 0,0191 0,0178 NTV

12 130 Jacarandá de espinho Machaerium hirtum Fabaceae ARV 24 7,6394 3,6 0,0046 0,0116 0,0107 NTV

12 131 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 35 11,1409 7 0,0097 0,0478 0,0444 NTV

12 132 Jaca-brava Richeria grandis Phyllanthaceae ARV 74 23,5549 10 0,0436 0,3050 0,2835 NTV

12 133 Massaranduba Nectandra mollis Lauraceae ARV 71 22,6000 7,3 0,0401 0,2050 0,1905 NTV

12 134 Oiti Licania tomentosa CHRYSOBALANACEAE ARV 29 9,2310 2 0,0067 0,0094 0,0087 NTV

12 135 Louro Ocotea spixiana Lauraceae ARV 37 11,7775 2 0,0109 0,0153 0,0142 NTV

12 136 Caripé Licania apetala Chrysobalanaceae ARV 20 6,3662 3 0,0032 0,0067 0,0062 NTV

12 137 Caripé Licania apetala Chrysobalanaceae ARV 22 7,0028 4 0,0039 0,0108 0,0100 NTV

12 138 Caripé Licania apetala Chrysobalanaceae ARV 24 7,6394 3 0,0046 0,0096 0,0089 NTV

69
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

12 139 Breu Branco Protium heptaphyllum Burceraceae ARV 74 23,5549 10 0,0436 0,3050 0,2835 NTV

12 140 Breu Branco Protium heptaphyllum Burceraceae ARV 60 19,0986 7 0,0286 0,1404 0,1304 NTV

12 141 Caputuna Metrodorea pubescens Rutaceae ARV 40 12,7324 4,3 0,0127 0,0383 0,0356 NTV

13 142 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 64 20,3718 8 0,0326 0,1825 0,1696 NTV

13 143 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 50 15,9155 5 0,0199 0,0696 0,0647 NTV

13 144 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 50 15,9155 10 0,0199 0,1393 0,1294 NTV

13 145 Pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 44 14,0056 9 0,0154 0,0971 0,0902 NTV

13 146 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 24 7,6394 3,5 0,0046 0,0112 0,0104 NTV

13 147 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 70 22,2817 4,5 0,0390 0,1228 0,1141 NTV

13 148 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 23 7,3211 4,7 0,0042 0,0139 0,0129 NTV

70
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

13 149 Mutamba Guanzuma ulmifolia Malvaceae ARV 31 9,8676 2,8 0,0076 0,0150 0,0139 NTV

13 150 Goiabeira do Campo Psidium guajava Myrtaceae ARV 30 9,5493 5,5 0,0072 0,0276 0,0256 NTV

13 151 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 89 28,3296 6,2 0,0630 0,2736 0,2542 NTV

13 152 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 174 55,3859 8 0,2409 1,3492 1,2538 NTV

13 153 Pariparoba Piper arboreum Piperaceae ARV 28 8,9127 8 0,0062 0,0349 0,0325 NTV

13 154 Pariparoba Piper arboreum Piperaceae ARV 19 6,0479 4,5 0,0029 0,0090 0,0084 NTV

13 155 Pariparoba Piper arboreum Piperaceae ARV 16 5,0930 3 0,0020 0,0043 0,0040 NTV

13 156 Tanheiro Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 48 15,2789 4 0,0183 0,0513 0,0477 NTV

13 157 Tanheiro Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 40 12,7324 3 0,0127 0,0267 0,0248 NTV

13 158 Tanheiro Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 33 10,5042 2,5 0,0087 0,0152 0,0141 NTV

71
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

13 159 Tanheiro Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 28 8,9127 2,5 0,0062 0,0109 0,0101 NTV

13 160 Bicuiba Virola urbaniana Myristicaceae ARV 55 17,5070 4 0,0241 0,0674 0,0626 NTV

13 161 Bicuiba Virola urbaniana Myristicaceae ARV 73 23,2366 6 0,0424 0,1781 0,1655 NTV

14 162 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 50 15,9155 4 0,0199 0,0557 0,0518 NTV

14 163 Tanheiro Alchornea glandulosa Euphorbiaceae ARV 32 10,1859 4,3 0,0081 0,0245 0,0228 NTV

14 164 Pau-Pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae ARV 49 15,5972 7 0,0191 0,0936 0,0870 NTV

14 165 Maminha de porca Zanthoxycum hasslerianum Rutaceae ARV 161 51,2479 4,5 0,2063 0,6498 0,6038 NTV

14 166 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Fabaceae ARV 22 7,0028 2 0,0039 0,0054 0,0050 NTV

14 167 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 77 24,5099 6 0,0472 0,1982 0,1841 NTV

14 168 Maria Preta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae ARV 100 31,8310 5 0,0796 0,2785 0,2588 NTV

72
PARC Nº Placa Nome Vulgar Nome Científico Família Hábito CAP DAP H (m) G(m²) V(m³) V(%) Origem

14 169 Embaúba Cecropia pachystachya Cecropiaceae ARV 20 6,3662 3,2 0,0032 0,0071 0,0066 NTV

14 170 NI ARV 26 8,2761 4 0,0054 0,0151 0,0140 NTV

14 171 Assa-Peixe Vernonia polysphaera Asteraceae ARV 48 15,2789 3,4 0,0183 0,0436 0,0406 NTV

14 172 Assa-Peixe Vernonia polysphaera Asteraceae ARV 48 15,2789 3 0,0183 0,0385 0,0358 NTV

14 173 Leucena Leucaena leucocephala Fabaceae ARV 73 23,2366 3 0,0424 0,0891 0,0828 EXT

14 174 Leucena Leucaena leucocephala Fabaceae ARV 60 19,0986 3,5 0,0286 0,0702 0,0652 EXT

14 175 Angico Jacaré Anadenanthera macrocarpa Fabacee ARV 55 17,5070 4 0,0241 0,0674 0,0626 NTV

Abreviaturas:
ARV = Árvore,
PARC = Parcela,
Ntv = Nativa;e
Ext= Exótica

73
8. Suficiência Amostral Qualitativa
A curva espécie-área ou curva coletora foi o parâmetro utilizado para avaliar a suficiência
amostral qualitativa do levantamento florístico. A suficiência da amostragem ocorre pela
estabilização da curva, expressa pela riqueza acumulada em função do esforço amostral.
Na Figura 3.10, observa-se a curva espécie-área oriunda do levantamento florístico realizado
na Rodovia DF047, onde a estabilização da curva ocorreu entre a 14ª e 15ª unidade amostral, não
tem sido registrado o ingresso de novas espécies depois do ponto 15.
A partir da análise desse resultado seria possível que novas espécies fossem registradas na
amostragem de novas unidades amostrais em campo, aumentando portanto a riqueza florística. Para
tanto, deve-se considerar a área total amostrada, área total vegetada,variâncias entre as formações
vegetais e o fato de que em florestas tropicais existem espécies consideradas raras, aquelas com
densidade igual ou inferior a um indivíduo por hectare (ALMEIDA et al., 1993), que podem tornar
a curva espécie-área um parâmetro inviável por não propiciar a estabilização da curva. Este
parâmetro vem sendo contestado por parte da comunidade acadêmica, que critica a fácil
manipulação dos dados para obtenção de resultados desejáveis; assim, o processamento de dados
para gerar a curva-guia foi aleatorizado de maneira a evitar esse tipo de situação.

Figura 26 – Curva do Número de parcelas (14) versus número de espécies (175) amostradas para o Subtrecho
II da DF047, Brasília-DF
8.1. Distribuição Diamétrica
Pelos resultados da distribuição diamétrica, ficou evidenciado que a vegetação em estudo
apresentou uma distribuição decrescente típica, em forma de “J invertido” (
Figura 27), padrão característico de florestas naturais inequiâneas ou multiâneas, segundo
François de Liocourt, apud CRUZ (2001).

Classe Diamétrica
140

120

100

80

60

40

20

0
10 a 20 20 a 30 30 a 40 40≤

Figura 27 - Quantidade de indivíduos por classe diamétrica. DF047, Brasília-DF

Em relação à distribuição diamétrica, 121 indivíduos arbóreos encontram-se distribuídos na


primeira classe de diâmetros de até 20 cm, 33 indivíduos distribuíram-se na segunda classe (20-30
cm), 13 indivíduos na terceira classe e apenas 10 acima de 40 de DAP.
A constatação de que a maioria dos indivíduos se concentrou nas menores classes de
diâmetros deve-se à dinâmica de recrutamento de novos indivíduos à comunidade em decorrência
da incidência direta de luz, queimadas naturais, assim como de quedas de algumas árvores nesse
ambiente florestal, refletindo, inclusive, sobre a diversidade local de espécies. Desta forma, infere-
se que há uma quantidade maciça de espécies em fase inicial de desenvolvimento, bem como, sobre
a tipologia de Mata de Galeria ser representada por espécies com diâmetros menores, de uma forma
geral, se comparada a uma fisionomia de cerrado sensu strictu por exemplo.

75
120

100

80

60
Série1

40

20

0
01 a 05 05 a 10 10 a 15 15 a 20

Figura 28 - Distribuição dos indivíduos nos estratos por classe de altura. DF047, Brasília-DF, 2017.

8.2. Descritores Paramétricos

No parâmetro qualidade do fuste, a maioria das espécies amostradas forneceria toras de boa
qualidade, se fossem extraídas para comercialização, devido à boa qualidade do fuste. Já outras
espécies que apresentarem fuste tortuoso poderiam ser utilizados para a produção de lenha, carvão,
estacas, moirões, etc.
Em relação ao parâmetro vitalidade da árvore (VA), foram registradas espécies com
indivíduos sadios e copas bem desenvolvidas (a grande maioria), com aparência de boa
fitossanidade, apresentando volumes proporcionais às dimensões do indivíduo amostrado. Também
foram observadas espécies que apresentaram indivíduos com aspecto doentio e copas pouco
desenvolvidas: Breu Branco, Pau Jacaré e Pau d´óleo. Esses resultados demonstraram que essa
floresta é composta, na sua maioria, por indivíduos sadios e em desenvolvimento.
O parâmetro Grau de Iluminação da Copa (GIC) está relacionado à maior ou menor
quantidade de iluminação da copa de uma árvore. O grau de entrelaçamento das copas da vegetação
teve penetração de luz de maneira direta e pouco difusa, já que a grande maioria das espécies
amostradas encontra-se expostas à luz. Embora a luz solar não seja o único parâmetro ambiental
relacionado ao desenvolvimento da vegetação, certamente a presença ou ausência de luz solar afeta
diretamente plantas rasteiras ou de pequeno porte que compõem o sub-bosque de uma floresta.

76
8.3. Descritores Estruturais Vertical

Uma análise da estrutura sociológica vertical das espécies arbóreas pode ser feita pela
distribuição do número de árvores nos diferentes estratos, conforme demonstra na

120

100

80

60
Série1

40

20

0
01 a 05 05 a 10 10 a 15 15 a 20

Figura 28. Observa-se, pelo mesmo, 56,2 % dos indivíduos da floresta estudada
pertencem ao estrato inferior, 37% ao estrato médio e 6,74 % ao estrato superior. O maior número
de indivíduos no estrato inferior deve-se à fitofisionomia Mata de Galeria que apresenta indivíduos
arbóreos em sua grande maioria com DAP mais finos.
Para fins de melhor compreensão de estrutura vertical de vegetação, ela foi subdividida em
quatro estratos de altura, que variou de 1,0 m a 20 m de altura. O estrato inferior esteve
representado por 100 indivíduos e o segundo por 66. No estrato inferior as famílias que se
sobressaíram quanto ao número de indivíduos foram Fabaceae e Myrtaceae. Juntas, perfazem
52% do total de indivíduos, ficando as outras famílias com 48% dos indivíduos restantes.
No estrato alto a superior (consideradas as árvores com altura de 10 a 15m) foram
registrados 12 indivíduos arbóreos. As famílias que mereceram destaque neste estrato foram
Alchornea triplinervia com 12 m de altura, Alchornea glandulosa com uma espécie de 15 m,
Eucalyptus sp com indivíduos de 18 e 23 m e Anadenanthera macrocarpa com 18 m de altura.
Para fins didáticos, a classe de altura de 1 a 5 m será denominada de classe 1, enquanto que
a classe de 5 a 10 corresponderia à classe 2. As classes 3 e 4 correspondem aos intervalos de 10 a 15
m e 15 a 20 m, respectivamente. Na classe 1 encontram-se concentrados a maior porcentagem dos
indivíduos de menor porte (56%), pelo fato de serem mais jovens e encontrarem-se ainda em

77
processo de desenvolvimento, diferente das classes diamétricas de maior porte, que registraram
apenas 6,7% dos indivíduos.
A grande quantidade de indivíduos concentrados nas classes menores permite inferir que a
floresta apresenta boa capacidade de se auto regenerar, sendo que ações como o plantio
compensatório podem auxiliar no processo de enriquecimento do fragmento.

8.4. Descritores Estruturais Horizontais


Na tabela 7, as maiores áreas basais médias corresponderam às espécies de Eucalyptus sp
com 1,21 m²/ha e Anadenanthera macrocarpa com 0,93 m²/ha de área basal, principalmente.
As espécies com maior densidade relativa foram Caesalpinia peltophoroides com 14,13%;
Anadenanthera macrocarpa com 12,5 % da densidade total.

Tabela 7 – Descritores fitossociológicos das espécies inventariadas em termos de Densidade Absoluta (Ind/ha),
Densidade Relativa (%), Dominância Absoluta e Dominância Relativa (%), G (Área Basal) (M²/ha), DF-047.

ORDEM ESPÉCIE QUANT INDPARC G(m²) DA DR % FA FR (%) DOR


1 Roupala 1 0,201514381 0,02 0,20 0,54 50 4,50 5,28
montana
2 Tapirira 12 2,418172567 0,19 2,42 6,52 33 3,00 50,61
guianensis
3 Rapanea sp. 3 0,604543142 0,02 0,60 1,63 17 1,50 5,89
4 Richeria grandis 5 1,007571903 0,14 1,01 2,72 13 1,21 37,04
5 Xylopia 1 0,201514381 0,01 0,20 0,54 17 1,50 2,44
aromatica
6 Miconia 1 0,201514381 0,00 0,20 0,54 15 1,32 1,12
dodecandra
7 Xylopia 4 0,806057522 0,05 0,81 2,17 13 1,17 12,40
emarginata
8 Protium 10 2,015143806 0,043 2,02 5,43 12 1,08 11,41
heptaphyllum
9 Inga spp. 1 0,201514381 0,00385155 0,20 0,54 15 1,35 1,02
10 Schinus 1 0,201514381 0,004209648 0,20 0,54 13 1,17 1,12
terebinthifolius
11 Celtis iguanaea 1 0,201514381 0,024955495 0,20 0,54 44 3,96 6,62
12 Mycia 1 0,201514381 0,02 0,20 0,54 16 1,44 4,87
tomentosa
13 Nyrcia 1 0,201514381 0,009199156 0,20 0,54 33 2,97 2,44
magnoliiifolia
14 Protium 3 0,604543142 0,14 0,60 1,63 14 1,26 37,70
spruceanum
15 Ferdinandusaa 1 0,201514381 0,005801198 0,20 0,54 55 4,95 1,54
speciosa
16 Alchornea 12 2,418172567 0,508563705 2,42 6,52 55 4,95 134,99
glandulosa
ORDEM ESPÉCIE QUANT INDPARC G(m²) DA DR % FA FR (%) DOR
78
17 Anadenanthera 23 4,634830753 0,929910501 4,63 12,50 13 1,13 246,83
macrocarpa
18 Pseudomedia 2 0,403028761 0,042844511 0,40 1,09 13 1,17 11,37
laevigata
19 Prunus 1 0,201514381 0,20 0,54 66 5,95 0,00
chamissoana
20 Eucalyptus sp 6 1,209086283 1,68448796 1,21 3,26 50 4,50 447,13
21 Blepharocalyx 13 2,619686947 0,079577472 2,62 7,07 44 3,96 21,12
salicifolius
22 Caesalpinia 26 5,239373895 0,408789471 5,24 14,13 14 1,27 108,51
peltophoroides
23 Machaerium 8 1,612115045 0,184213889 1,61 4,35 13 1,17 48,90
hirtum
24 Ocotea sp 1 0,201514381 0,010894156 0,20 0,54 11 0,99 2,89
25 Psidium 3 0,604543142 0,015827959 0,60 1,63 33 2,97 4,20
guajava
26 Erythrina 9 1,813629425 0,05312592 1,81 4,89 15 1,35 14,10
speciosa
27 Aegiphila 3 0,604543142 0,068993668 0,60 1,63 13 1,17 18,31
integrifolia
28 Alchornea 3 0,604543142 0,193866636 0,60 1,63 15 1,35 51,46
triplinervia
29 Inga ingoides 1 0,201514381 0,029610777 0,20 0,54 15 1,35 7,86
30 Pseudolmedia 1 0,201514381 0,038992961 0,20 0,54 14 1,26 10,35
spuria
31 Handroanthus 2 0,403028761 0,005379437 0,40 1,09 44 3,96 1,43
albus
32 Couepiaa 1 0,201514381 0,20 0,54 33 2,97 0,00
grandiflora
33 Nectandra 1 0,201514381 0,040115003 0,20 0,54 50 4,50 10,65
mollis
34 Licania 1 0,201514381 0,006692465 0,20 0,54 33 2,97 1,78
tomentosa
35 Ocotea spixiana 1 0,201514381 0,010894156 0,20 0,54 33 2,97 2,89
36 Licania apetala 3 0,604543142 14,64225476 0,60 1,63 22 2,02 3886,61
37 Metrodorea 1 0,201514381 0,012732395 0,20 0,54 22 2,02 3,38
pubescens
38 Guanzuma 1 0,201514381 0,007647395 0,20 0,54 33 2,97 2,03
ulmifolia
39 Piper arboreum 3 0,604543142 0,011148804 0,60 1,63 16 1,44 2,96
40 Virola 2 0,403028761 0,40 1,09 16 1,44 0,00
urbaniana
41 Zanthoxycum 1 0,201514381 0,206272764 0,20 0,54 16 1,44 54,75
hasslerianum
42 Cecropia 1 0,201514381 0,003183099 0,20 0,54 12 1,08 0,84
pachystachya
43 Vernonia 2 0,403028761 0,036669299 0,40 1,09 12 1,08 9,73
polysphaera
44 Leucaena 2 0,403028761 0,071054724 0,40 1,09 12 1,08 18,86
leucocephala
45 NI 4 0,806057522 0,05955578 0,81 2,17 12 1,08 15,81
Total 184 37,07864602 0,376735666 37,08 100,00 1110 100,00 5321,26

79
Os resultados evidenciaram que a maioria das espécies foi representada por um grande
número de indivíduos com diâmetros pequenos, enquanto que as espécies de grande porte
registraram poucos indivíduos. No entanto, estes poucos indivíduos (Eucalipto e Angico Jacaré,
principalmente) apresentam uma área basal dominante em relação às demais espécies e, portanto,
representam uma dominância relativa expressiva em relação às demais espécies. De uma forma
geral, no cômputo total, os indivíduos de menor porte, mas de maior concentração como os Ipês
Caroba, os muricis de folha fina, entre outras, certamente influenciaram na dominância total das
espécies no local.
O valor de cobertura confirmado pela somatória dos descritores densidade e dominância
relativa teve sua maior concentração nas espécies de Cambuí (Peltophorum dubium), Jambolão
(Syzygium jambolanum) - subtrecho III e Anadenanthera macrocarpa e Caesalpinia
peltophoroides ambos da família Fabaceae.
Os resultados do Índice de Shannon-Weaver para a comunidade vegetal foi de 3,35,
diversidade equivalente ao tipo de formação vegetal encontradas na área.
Quanto maior for o valor de IDSW, maior a diversidade florística da população em estudo.
Esse valor pode variar entre 1 a 4,5.
O volume medido para uma árvore em pé foi realizado pela obtenção das variáveis de
interesse, coletados em campo (DAP e altura comercial), com fuste de qualidade 1, para
aproveitamento madeireiro.
O volume de madeira a ser suprimido é de 87 m ³/ha, considerando a área total das parcelas
de 3.160 m², com indivíduos arbóreos com DAP igual ou acima de 15,7 cm.

Índices de Diversidade Específica


O valor obtido para o Índice de Shannon-Weaver (H´= 3,35) indicou um grau elevado de
certeza associado à previsão da espécie a qual pertenceria uma dada árvore selecionada ao acaso no
conjunto amostral.

Análise estatística

A análise de variância entre e dentro dos grupos mostra que existe diferenças entre as
espécies na área estudada.A análise de variância entre e dentro dos grupos mostra que existe
diferenças entre as espécies na área estudada. Cabe ressaltar que são duas realidades com as quais a
estatística amostral tem potencial tecnológico para manipulá-las, ou seja, as florestas que dispõe os
recursos com grande riqueza natural e patrimonial, mas que não estão devidamente valorizadas
como deveriam, diante desta realidade os recursos disponibilizados pela botânica poderão favorecer

80
para que a contabilidade possa vir a reconhecer esse patrimônio identificado, mas não mensurado
contabilmente.
A estimativa da média para os indivíduos mensurados foi de 5,79, com erro amostral padrão
de 0,4 para a média da população a 95% (Tabela 8).

A estatística dispõe de recursos, por meio da amostragem para, com base em premissas,
provocar que seja objetivada a similaridade entre elementos de uma determinada população, dando
margem para que a partir de poucos elementos seja possível representar adequadamente as
características de toda a população

Tabela 8 - Lista da composição dos descritores dos dados estatísticos referentes à comunidade
vegetal da DF-047, 2017
Soma 57,97
Média 5,796837
Variância 1,678241
Desvio padrão 1,295469
Variância da média 1,036375
Erro padrão 0,409663
CV% 22,34787
T(0.05;1) 2,262157
Erro de amostragem absoluto 0,530706
Erro de amostragem relativo 9,155102
Estimativa total da população 336,0332
IC - 5,266131
IC+ 6,327543
Total da população 376,7944
IC população - 360,8732
IC população + 392,7156
Erro padrão da media ≤ 10% da media 0,093538
Erro de amostragem relativo ≤ 10% da media 0,2571
Unidades amostrais possíveis 65
Unidades amostrais utilizadas 10
f (população infinita) 0,99
Em função da variância 25,55746
Em função do coeficiente de variação 25,55746

81
Um outro aspecto é a discrepância entre os valores das variáveis da população e os valores
dessas variáveis obtidos na amostra, de sorte que os parâmetros fiquem na média do fenômeno
observado, considerando que os dados amostrais tenham sido adequadamente obtidos.
Com essas duas realidades, a contabilidade poderá realizar incursões para que sejam
realizados levantamentos em florestas nativas e poder chegar a uma informação patrimonial que
possa dar um novo enfoque no tratamento de florestas nativas, ou seja, reconhecer efetivamente o
valor desse patrimônio, considerando que as empresas que trabalham com a comercialização de
matéria prima oriundas de florestas, as tratam apenas pelas circunstâncias de seu potencial
comercial, uma vez que a tora de madeira de lei tem mercados consumidos garantidos.
Neste sentido, acredita-se que com a introdução de um sistema de mensuração de florestas a
entidade possa ser mais valorizada, já que a ela poderá ser incorporada à própria floresta (árvores)
como ativos potenciais para gerar benefícios, além de a contabilidade poder dar um outro enfoque
no que diz respeito às questões relacionadas ao meio ambiente.

Tabela 9 - Espécies florestais em fase de regeneração nas diferentes parcelas do Inventário.DF047,


2017
NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
Breu Protium robustum Burseraceae
Caroba Jacaranda copaia Bignoniaceae
Lacre Vismia bemerguy Clusiaceae
Miconia Miconia sp Melastomataceae
Cipó de fogo Cissus erosa Vitaceae
Tiriricão Cyperus sp Cyperaceae
Breu branco Protium heptaphyllum Burseraceae
Louro Ocotea sp Lauraceae
Tiririca Scleria pterola Cyperaceae
Mulatinho Slonea sp Elaeocarpaceae
Cipó gogó de guariba Salacia sp Hippocratecaea
Cipó d'água Doliocarpus pubens Dineliaceae
Agavea Agaveasp Agaveaceae
Tapirira Tapirira guianensis Anacardiaceae

82
Cobertura vegetal de área de estudo

A área de estudo comporta uma vegetação de Mata de Galeria como já mencionado em


estágio de regeneração.Esse habitat apresenta uma vegetação com sub-bosque de porte baixo e
irregularmente aberto, densidade alta de árvores pequenas e finas, presença de várias espécies de
cipós e ou lianas como: cipó jabuti – Bauhinia guianensis, cipó titica – Heteropsis flexuosa e cipó
imbe (Philodendron imbe), os quais ascendem pelos troncos, enrolando-se e prendendo-se nos
galhos das árvores. Nesse tipo de vegetação incide maior penetração de luz, podendo ocorrer
eventual formação de palmeiras. Nas áreas das parcelas alocadas foi observada a ocorrência de
Roupala montana, Tapirira guianensis, Rapanea sp., Richeria grandis, Xylopia aromatica, Miconia
dodecandra, Xylopia emarginata, Protium heptaphyllum, Inga spp.entre muitas outras espécies
típicas de ambiente úmido. Vide tabela de espécies florestais.

Figura 29 - Zanthoxycum hasslerianum, Maminha-de-Porca. Subtrecho III

6. 1. Estágios sucessionais secundários observados na área de estudo


Essa cobertura florestal forma mosaico de áreas perturbadas e outras um pouco mais
íntegras, com presença de pequenas manchas e até domínio de espécies pioneiras e secundárias
83
iniciais, características de savana ou cerrado em estágio sucessional secundário. A composição
florística está ligada à idade da própria floresta e das interferências antrópicas a que estas áreas
foram submetidas.
Externamente, os limites entre as diferentes formações são difíceis de serem delineados por
meio de mapas e imagens de satélite, em função da pequena extensão e da mistura de espécies que
compõem essa formação. Internamente, a descontinuidade dessa vegetação dá ensejo à formação de
alguns mosaicos vegetacionais bem definidos, e outros que se entrelaçam o que dificulta a
caracterização. Entretanto, três fases sucessionais secundárias distintas foram identificadas:

a) Campestres são áreas que predominam espécies herbáceas, com a presença de algumas
arbustivas, porém não ocorrem árvores na paisagem;
b) Savânicas são representadas por árvores e arbustos espalhados no espaço sob o estrato
gramíneo, não formando o dossel continuo; e
c) Florestal com a presença predominante de espécies arbóreas e formação do dossel
contínuo ou descontínuo.
No fragmento analisado há os três tipos de fases sucessionais com maior predominância da
formação mata de galeria em meio a manchas de fragmentos mais adensados (florestais) e regiões
abertas (campestres).

84
Figura 30 - Interior da Mata de Galeria, subtrecho II, com presença de epífitas, cipós e Eritrina spp.

6. 2. Área de Preservação Permanente (APP)


O trecho estudado localiza-se na margem direita e esquerda do Riacho Fundo caracteriza-se
como APP em bom estado de conservação, no entanto, existe um antropismo no que se refere à
faixa de domínio da própria rodovia, a dispersão de espécies exóticas e a deposição de resíduos
sólidos em seu interior. Embora o trecho não tenha sido perturbado de forma profunda, o córrego
Riacho Fundo passou a receber grande carga de esgoto e águas pluviais nos últimos 10 anos, devido
à ampliação urbana desordenada nas suas cabeceiras.
Em campo foi percebido um adensamento de lianas e plantas ruderais contíguas ao córrego,
e ampliação dos trechos com clareiras nas suas margens, cuja cobertura de gramíneas robustas e
outras plantas invasoras vêm alterando a fisionomia original. Porém, esta situação de perturbação
não alcança o trecho inundável estudado, já que as clareiras nas unidades amostrais, provavelmente,
resultam de causas naturais e antrópicas, sendo um provável reflexo de ventos fortes em dias de
chuvas intensas no verão, bem como, pela fragmentação pretérita que o local já sofreu.

85
6. 3. Existência de espécie endêmicas, vulneráveis, raras ou em perigo de extinção
Espécies endêmicas

Uma espécie é chamada de endêmica quando sua ocorrência está restrita a apenas uma área
delimitada do planeta, muitas vezes pelo próprio homem, como os limites de um país ou estado. Na
verdade, pode-se dizer que a espécie endêmica está isolada em um ambiente. Esta separação se dá
devido a dois principais fatores de isolamento; o geográfico e o de habitat, resultando em um
processo de especiação (criação de espécies novas) que, devido ao isolamento, leva a endemia
(MORRONE & CRISCI, 1995; SZPILMAN, 1988).
Com relação as espécies endêmicas, de modo geral, não se pôde extrapolar para as espécies
ali amostradas, uma vez que essa região carece de estudos mais aprofundados sobre o assunto em
questão.
Espécies raras
As espécies raras, segundo Martins (1993) e Kageiama & Gandara (1993), são aquelas que
ocorrem com um indivíduo por hectare. Essas espécies são avaliadas, visando à identificação das
espécies suscetíveis à extinção local. Espécies raras ocupam lugar central nos estudos sobre a
biodiversidade porque elas são as mais suscetíveis à extinção (GASTON & BLACKBURN, 2000).
Este risco é decorrente da tendência a uma distribuição restrita nesta espécies, que resulta da menor
capacidade de dispersão e/ou maior especialização com relação às condições ambientais, reduzindo
assim, a disponibilidade de habitats ideais que elas possam colonizar (THUILLER et al. 2005).
Não foi encontrada nenhuma espécie rara nas parcelas alocadas em decorrência, sobretudo,
em decorrência da descaracterização de maior parte dos subtrechos já ocorrida nos fragmentos
observados.

Espécies vulneráveis ou em perigo de extinção


Entende-se por espécies ameaçadas de extinção: aquelas com alto risco de desaparecimento
na natureza em futuro próximo, assim reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente, com base
em documentação científica disponível (portaria IBAMA n°37-N, de 3 de abril de 1992).
Entende-se por vulnerável, as espécies cuja propagação seja naturalmente difícil e cujo
mecanismo de germinação seja desconhecido, assim como, aquelas cuja propagação e
desenvolvimento sejam lentos e também os que possuam baixo rendimento de biomassa, mas que
são exploradas pelo homem, em paralelo com espécies mais produtivas, as quais tomam aos poucos
o seu lugar (NASCIMENTO & MAGALHÃES, 1988). Na área em estudo não foi registrada
nenhuma espécie vulnerável ou em perigo de extinção.

86
No inventário florestal realizado na DF0-47, foram identificadas quatro espécies que se
encontram nas listas de proteção especial e/ou na lista de espécies protegidas do DF, ou seja, são
espécies de interesse conservacionista :

Ipê Amarelo Handroanthus albus


Sucupira Pterodon emarginatus
Ipê Tabebuia sp.
Ipê Rosa Tabebuia heptaphylla
Copaiba Copaifera langsdorfii
Ipê Rosa Tabebuia heptaphylla

Figura 31 - Tabebuia heptaphylla, espécie tombada subtrecho III

87
6. 4. Existência de espécie paisagísticas considerando os seguintes atributos
Quanto à espécie
a) Espécie centenária ou com idade avançada: Na área de estudo não foi observada espécie
centenária.
b) Espécie rara ou pouco frequente na arborização urbana:Não foram observadas espécies
raras na área de estudo, não sendo, portanto, observadas na arborização urbana de Macapá.
c) Espécie de difícil reprodução ou de crescimento lento: Não se encontrou dados referentes
à reprodução ou crescimento das espécies amostradas na revisão de literatura realizada.

6. 5. Quanto ao contexto
a) Indivíduo integrado ao contexto urbano existente com notabilidade paisagística:Nenhuma
das espécies registradas na área de estudo corresponde a esse critério.
b)Indivíduo localizado em área de arborização escassa: Esse critério também não foi
contemplado por registro das espécies amostradas.

6. 6. Quanto ao indivíduo
a)Não oferece risco de queda ou cause danos no seu entorno: Nenhum indivíduo registrado
no interior das parcelas oferece risco de queda ou danos no seu entorno.
b) Estado fitossanitário: A grande maioria dos indivíduos registrados nas parcelas apresenta
estado fitossanitário conservado. No entanto foram mensurados quatro indivíduos mortos de
espécies de Breu, Angico e Jaca Brava no subtrecho II. Outras espécies encontram-se em
associação com cupins e formigas em seus troncos e galhos.

6. 7. Contextos no qual se encontra a mancha vegetal

Caracterização do contexto em que se encontra a vegetação em relação ao entorno

a) Extrapolação dos limites do lote objeto do inventário, com área total.


A área do estudo comporta uma vegetação em estágio médio a avançado de regeneração.
Esse habitat apresenta uma vegetação com sub-bosque de porte baixo e irregularmente aberto, o
estrato arbóreo apresenta dossel denso e desuniforme, com densidade alta de árvores pequenas e
finas, presença de palmeiras e espécies de cipós e ou lianas.
A área circundante à poligonal definida para o inventário, onde está inserida a área em
estudo, caracteriza-se, em sua maioria, por vegetação em estágio secundário, caracterizada

88
principalmente por alteração antrópica e queimadas. Logo, a vegetação na área de extrapolação dos
limites do talhão caracterizado encontra-se alterada.
b)O uso do solo do entorno e as pressões antrópicas resultantes, como o efeito de borda
O uso do fogo consiste em uma ameaça à integridade do sistema uma vez que o mesmo
facilita a expansão, e tem alta prioridade para conservação em função dos endemismos locais e
serviços ambientais promovidos pela biodiversidade associadas.
O impacto dessas atividades sobre a fauna e a flora é desconhecido, sendo necessário
determinar se a sobrevivência de algumas dessas espécies estão em risco de extinção local, ea
capacidade de suporte e de resiliência (capacidade de superar adversidades)desses habitats, após
essa pressão.
Em princípio, ocorrerão mudanças oriundas da supressão vegetal. Essas mudanças se darão
no decorrer da concepção do empreendimento. Por ocasião da supressão, se instalaram na borda da
floresta um processo ambiental chamado Efeito de Borda, caracterizado como o contato entre a
faixa de domínio e a floresta (RODRIGUES, 1998).
FORMAN & GODRON (1986) definiram o efeito de borda como uma modificação na
abundância relativa e na composição de espécies na parte marginal de um fragmento. Os efeitos de
borda foram particularmente estudados em áreas de floresta densas: Floresta Amazônica Perenefólia
úmida (MALCOLM, 1994); Floresta Semidecidual (RODRIGUES, 1993; TABANEZ et al., 1997;
RODRIGUES, 1998).
Segundo Rodrigues (1993), os efeitos de borda são divididos em dois tipos: abióticos ou
físicos e os biológicos diretos e indiretos:
• Os efeitos abióticos envolvem mudanças nos fatores climáticos ambientais, como a
umidade, a radiação solar e o vento;
• Os efeitos biológicos diretos envolvem mudanças na abundância e na distribuição de espécie
provocada pelos fatores abióticos nas proximidades das bordas, como por exemplo, o
aumento da densidade de planta devido ao aumento de radiação solar;
• Os efeitos biológicos indiretos envolvem mudanças na interação entre as espécies, como
predação, parasitismo, herbívora, competição, dispersão de sementes e polinização;

Logo, todas as espécies serão atingidas, diretas ou indiretamente, pelo Efeito de Borda
decorrente das atividades de supressão da vegetação, não cabendo aqui destacar qual efeito
antrópico será mais frequente.

89
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O levantamento realizado na DF047 foi adequado do ponto de vista técnico,uma vez que a
curva espécie-área apresentou tendência à estabilização demonstrando que a maior parte da
composição florística da área foi amostrada com 14 parcelas, em um universo de 14 parcelas
amostradas. O estudo apresentou bom grau taxonômico de identificação das espécies ocorrentes na
área prioritária de estudo, uma vez que 97% dos indivíduos registrados foram identificados em nível
de espécie.
O levantamento florístico registrou um total de 287 indivíduos, agrupados em 174
famílias,180 gêneros e 195 espécies, demonstrando uma riqueza e diversidade regular e compatível
com as características ambientais da área.
Cabe ressaltar a ocorrência de espécies consideradas imunes ao corte devido à legislação
distrital. Dentre as espécies arbóreas listadas durante o levantamento, aquelas apontada scomo
tombadas e/ou de interesse conservacionista merecem especial atenção durante o processo de
supressão para ampliação da DF-047, já que são consideradas espécies com alta importância e
interesse de conservação, devendo ser alvo de programas ambientais específicos, com vistas à
manutenção destas.
As estimativas das espécies vegetais que ainda serão desmatadas em função das futuras
obras indicaram a supressão de aproximadamente 287 indivíduos e correspondentes á retirada de
86,85 m³ de madeira. O produto oriundo da supressão deverá receber tratamento ambientalmente
correto e de acordo com as diretrizes do IBRAM no que se refere à autorização para transporte de
produto de florestal - ATPF (caso seja necessário).
Diante dos resultados encontrados durante os levantamentos em campo e posterior
processamento e interpretação dos dados, é convicção adquirida pela equipe técnica envolvida que a
obra de expansão da rodovia é viável, do ponto de vista técnico acerca da vegetação,desde que
atendidas às exigências contidas na legislação ambiental federal e estadual,principalmente no que
diz respeito às Áreas de Preservação Permanente -e à Lei nº12.651/2012 (Criou o Novo Código
Florestal).
Os impactos gerados pela construção do empreendimento são pequenos,tendo em vista que
as áreas a serem desmatadas encontra-se em sua maior parte antropizadas com presença maciça de
espécies exóticas e gramíneas, principalmente nos trechos I e III. O trecho II apesar de sua
localização em área de preservação permanente (mata de Galeria do Córrego Riacho Fundo), o
impacto real na vegetação não se fará pronunciado, em decorrência da faixa de domínio já existente
e do menor índice de espécies lenhosas neste segmento rodoviário.

90
Desta forma, os impactos oriundos da ampliação da Rodovia Df047 (EPAR) não irão
comprometer a riqueza e diversidade da flora local de forma expressiva, desde que os processos
legais de compensação florestal sejam realizados de forma satisfatória.

91
PROGRAMA DE SUPRESSÃO VEGETAL DA BR-047 (EPAR)

1. INTRODUÇÃO

O Programa de Supressão de Vegetação da área de ampliação da Rodovia DF-47 (EPAR)


descreve as situações que irão provocar a retirada da vegetação e orienta quanto aos procedimentos
necessários para minimizar os impactos na flora local, resultantes do empreendimento.
O programa objetiva, então, minimizar os impactos diretos e indiretos no equilíbrio
dinâmico da biota local, oriundo da etapa de limpeza e remoção da vegetação para a realização das
obras.
O presente programa pretende, ainda, fornecer uma orientação técnica para a supressão da
vegetação de forma a ocasionar um menor impacto à flora remanescente e promover o recolhimento
do material vegetal para reaproveitamento, conforme a necessidade.
Em suma, o documento apresentado destina-se ao planejamento e execução da supressão da
vegetação das áreas do planejamento das obras da DF047.
O projeto paisagístico e/ou de urbanização poderá preservar algumas árvores de grande
porte.

2. JUSTIFICATIVA
A supressão de vegetação neste tipo de empreendimento é uma atividade intrínseca ao
processo construtivo. Assim, o planejamento e acompanhamento da supressão de vegetação são
fundamentais para restringir o desmatamento das áreas estritamente necessárias, minimizando os
impactos ao ambiente circundante.
As atividades deste Programa também devem garantir o destino adequado do material
lenhoso e dos resíduos vegetais gerados, em conformidade com a legislação vigente.

3. OBJETIVOS
O Plano de Controle de Supressão da Vegetação tem por objetivo definir técnicas e
procedimentos para assegurar que a supressão vegetal necessária seja executada de forma adequada,
minimizando os impactos ao ambiente circundante.
Outros objetivos do Programa de Supressão da Vegetação são:

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• Minimizar a supressão de vegetação pelo estabelecimento de especificações e
procedimentos ambientais, a serem adotados durante as atividades de instalação e por meio
da adoção de medidas de controle e monitoramento eficientes;
• Supervisionar e orientar a supressão da vegetação e limpeza dos resíduos gerados por esta
atividade;
• Assegurar que as atividades de supressão de vegetação ocorram em extensão estritamente
necessária à realização das obras, sem comprometer as formações vegetais adjacentes;
• Estabelecer técnicas operacionais adequadas à conservação dos ecossistema afetado;
• Estabelecer procedimentos metodológicos para a supressão da vegetação e manejo e
destinação do material lenhoso e não lenhoso, oriundos da supressão vegetal.
• Utilizar os resíduos orgânicos provenientes da retirada dos restos vegetais para
compostagem, misturando este material ao solo superficial para a recuperação de áreas
degradadas;
• Priorizar o controle e proteção das espécies vegetais arbóreas ameaçadas localizadas nas
proximidades das áreas de retirada;
• Promover o afugentamento e resgate da fauna silvestre que se encontrarem nas áreas a serem
suprimidas.

4. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
• Constituição Federal de 1988;
• Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012;
• Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
• Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981;
• Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000;
• Lei n° 11.284, de 02 de março de 2006;
• Portaria do MMA nº 183, de 10 de maio de 2001;
• Resolução CONAMA nº 04, de 04 de maio de 1994
• Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002;
• Resolução CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006;
• Resolução CONAMA nº 423, de 12 de abril de 2010;
• Instrução Normativa MMA nº 06/08;
• Instrução Normativa do IBAMA nº. 112, de 21 de agosto de 2006;
• Instrução Normativa IBAMA nº 6, de 07 de abril de 2009;
• Lei Complementar nº. 0005 de 18 de agosto de 1994;
93
• Decreto n° 14.783 de 17 de junho de 1993

5. METODOLOGIA
ETODOLOGIA
As atividades previstas para a realização deste Programa serão desenvolvidas em três etapas, a saber:
• Ações preliminares ao corte;
• Execução da supressão da vegetação, e
• Remoção e destinação dos produtos da supressão.
A seguir serão descritos todos os procedimentos
procedim referentes a cada etapa.

• Afugentamento e/ou resgate de fauna


Atividades pré corte • Resgate de Germoplasma
• Transplante de espécies nativas

Realização da • Limpeza prévia da vegetação


supressão vegetal • Supressão vegetal

Destinação dos
• Utilização própria
produtos da supressão

Figura 32- Etapas do controle de supressão da vegetação

5.1. Ações Preliminares ao Corte - Consolidação de um Plano de Trabalho


Nesta primeira etapa, o empreendedor, o Departamento de Estradas e Rodagens do DF (DER) e toda
a equipe envolvida no Programa de Controle de Supressão da Vegetação deverão realizar uma reunião com o
intuito de formalizar um plano de trabalho, com definição de um cronograma de atividades e troca de
informações sobre a supressão
ressão de vegetação.
Essa reunião tem como objetivo a consolidação do início das atividades deste Programa e do início
das obras, assim como o de programas relacionados, bem como apresentar a equipe que executará o
Programa para que não haja conflitos que coloquem em risco a execução das atividades.

5.2. Demarcação das áreas de supressão vegetal


Para se proceder a uma exata localização das áreas objeto deste Programa, o DER junto com a
equipe que executará a supressão (JM Engenharia e Terraplenagem Ltda) deverá
everá delimitar em campo todas
as áreas que sofrerão desmatamento. As áreas a serem desmatadas serão objeto de trabalhos de topografia,
circundando-se
se as mesmas com picadas ou aceiros de demarcação e efetuando-
efetuando-se controle rígido para que
94
não se desmatem áreas que deverão ser preservadas. Esses cuidados devem ser tomados para não se desmatar
em quantidade superior ao necessário.

Figura 33-Localização das áreas de supressão (trilha base) onde será ampliadaa DF047. Fonte:
Fundação Floresta Tropical, 2002.

5.3. Realização de inventário florestal


A realização do inventário florestal subsidiou solicitação de Autorização da Supressão da Vegetação
(ASV), atendendo as exigências do IBRAM no que se refere às licenças de desmatamento.

Figura 34- Estimativas de Diâmetro Altura do Peito (DAP) e altura das árvores.
Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002.

95
Figura 35- Equipe de campo realizando in loco as tomada das medidas de DAP e altura dos indivíduos arbóreos, bem
como a marcação por etiquetas.

O inventário florestal destacou as fitofisionomias a serem suprimidas, as áreas totais de cada


fitofisionomia e seu georreferenciamento, quantificando a fitomassa e apresentando os volumes
comerciais, como número médio de árvores por metro quadrado, densidade de indivíduos, área
basal e volume total.

Figura 36-Estimativa dos parâmetros utilizados no Inventário pela equipe de campo.

96
Deve ainda, apresentar o sortimento da madeira, com os possíveis destinos e volumes em
metros cúbicos, como madeira para serraria, lenha para carvão, lenha para uso doméstico, madeira
para construção, doação para instituição correspondente e ou usos diretos na própria obra, dentre
outros.

5.6. Resgate e multiplicação de Germoplasma


Dentro das áreas demarcadas para supressão da vegetação deve-se realizar uma campanha de resgate
de germoplasma (epífitas como bromélias e orquídeas) caso haja, onde deverão ser priorizadas as espécies
protegidas por lei, ameaças ou imunes ao corte.

5.7. Segurança e Treinamento dos Trabalhadores


Os trabalhadores que executarão a supressão de vegetação deverão receber orientação e
treinamento apropriado visando evitar acidentes de trabalho. Esse treinamento deverá abordar os
seguintes tópicos:
• A supressão deve seguir estritamente a demarcação das áreas designadas no projeto;
• Os trabalhadores não devem entrar nos remanescentes florestais;
• Os trabalhadores não devem coletar exemplares da fauna e flora locais;
• Deve-se esclarecer sobre as ações de supressão que serão realizadas para mitigar os
impactos sobre a biota em função da supressão de vegetação;
• Deve-se orientar quanto aos procedimentos específicos em casos de encontro com
animais silvestres e o cuidado com animais peçonhentos, informando sobre os locais
onde serão disponibilizados atendimento médico;
• Toda a equipe envolvida com a supressão deve utilizar seus Equipamentos de Proteção
Individual - EPI´s (botas, calça de nylon, capacete, luvas de couro, óculos de proteção,
etc.);
• Os operadores de motosserras devem receber treinamento e instrução sobre o manuseio e
cuidados a serem tomados na utilização do equipamento. Ressalta-se que os operadores
de motosserra devem possuir autorização para porte e uso da mesma emitida pelo órgão
ambiental competente;
• O abastecimento dos veículos e motosserras deve ser realizado em local apropriado,
sempre tomando cuidado para evitar incêndios.

97
Figura 37- Utilização dos EPI´s para as atividades de supressão.Fonte: Tercon-Terraplenagem e construções
Ltda.

5.8. Afugentamento e/ou Resgate de Fauna


As ações deste tópico que visam o afugentamento/resgate da fauna durante a fase de
supressão da vegetação para a ampliação do sistema viário existente estão sendo conduzidas em
processo de licenciamento ambiental específico no âmbito do IBRAM de acordo com informações
do DER, logo, não farão parte do escopo deste Plano de Supressão Vegetal.

6. EXECUÇÃO DA SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO

6.1. Limpeza Prévia da Vegetação


A limpeza prévia da vegetação arbustiva facilita as operações de desmatamento. O equipamento
necessário a esta limpeza está condicionado à densidade da vegetação a ser suprimida, sendo estudado cada
caso particular, adotando-se àquele que mais convier.
As técnicas de desmatamento deverão ser compatíveis com as características da cobertura vegetal a
ser retirada, sendo proibido o uso de agentes químicos (herbicidas, desfolhantes etc.) e processos mecânicos
não controlados.

6.2. Corte da Vegetação


O corte poderá ser mecanizado (trator), semi-mecanizado (motosserra), ou manual, quando o
diâmetro das árvores for inferior a 9,5 cm. A adoção de um ou outro ou a combinação dos métodos
dependerão de cada caso. As operações de remoção por meio do método mecanizado pressupõem a
habilitação e experiência do(s) operador (es) de máquinas em trabalhos correlatos.
Todas as manobras devem ser previamente planejadas, de modo a minimizar os impactos sobre a
vegetação do entorno, bem como para atender às questões referentes à segurança no local de trabalho. No
98
caso de corte semi-mecanizado, o operador deve avaliar se a direção de queda recomendada no planejamento
é possível e adequada à minimização dos impactos sobre a vegetação no seu entorno imediato, além da
avaliação sobre riscos de acidentes com a equipe.

Figura 38: Etapas do corte.


Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002.

Assim, para a realização do corte e retirada da vegetação nos locais demarcados devem-se
seguir as seguintes orientações:
• A remoção da cobertura vegetal e camada orgânica deverão ocorrer concomitantemente,
e somente quando necessário, ao avanço da obra, sendo restrita ao off-set da estrada,
como medida preventiva a ocorrência de processos erosivos;
• Deverá ser terminantemente proibido o uso de fogo, herbicidas ou assemelhados para a
limpeza das áreas;
• Quando for feito o corte das árvores deve-se prever a queda para o lado desmatado, para
evitar danos desnecessários à vegetação do entorno;
• Árvores localizadas nas proximidades de corpos d’água deverão ter sua queda
direcionada para a terra firme;
• Em caso de área em desnível deve ser considerada para o isolamento e avaliação de
riscos, a direção de rolagem possível da árvore ao tombar;
• Não será permitido o uso do implemento denominado “correntão” para o desmatamento
uma vez que essa técnica foi proibida pelos órgãos ambientais;
• Após o corte deve-se proceder ao desgalhamento, corte dos galhos grossos e finos rente
ao tronco evitando a permanência de pontas; ao desdobro das toras, corte em
comprimentos comercializáveis, dependendo dos diâmetros dos troncos; ao baldeio,
transporte da madeira cortada para as estradas de serviço, sendo então empilhadas para o

99
posterior transporte; e ao empilhamento, agrupamento das peças cortadas em pilhas
separadas por classe de aproveitamento.

6.3 Procedimentos de corte

I. Corte direcional
Fazer o entale direcional (boca) sempre no lado de queda natural ou direcionada da árvore,
por meio de um corte horizontal no tronco, que deve penetrar aproximadamente um terço do
diâmetro, o mais próximo possível do solo para melhor aproveitamento de madeira, diminuindo o
desperdício na floresta. O corte do entalhe direcional (boca) determina a direção de queda da
árvore.
Em seguida, faz-se o segundo corte, em diagonal, até chegar na linha do primeiro corte
(horizontal), formando com este um ângulo de 45º. Em seguida retira com as mãos ou dando
marretada o pedaço de madeira do corte direcional, nunca deve utilizar a ponta do sabre para bater
no pedaço de madeira.

Figura 39-Etapas do corte direcional. Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002.

II. Corte de abate


O motosserrista deve iniciar o corte de abate a uma altura de 10 a 15 cm do primeiro corte (corte de 0
grau) feito para direcionar a queda da árvore, com objetivo de deixar um salto com madeira servindo de
encosto no momento em que a árvore esteja caindo. Este salto evita que a árvore escorrega em cima do toco,
evitando maiores riscos para a equipe de corte.
Para iniciar o corte, o motosserrista deve introduzir o sabre na posição horizontal para cortar todo o
centro da árvore, deixando presa somente em três a quatro filetes de ruptura ou segurança, sendo que os dois
primeiros filetes (canto do corte direcional) atuam como dobradiça ou como puxa.
100
Deve-se evitar o soterramento da vegetação herbácea e do horizonte superficial do solo por material
de aterro ou decorrente de carreamento pela drenagem no decorrer das obras. Tanto a serrapilheira, os restos
da vegetação removida (ramos e folhas) como o horizonte superficial do solo, deverão ser recolhidos e
armazenados para utilização nas áreas a serem recuperadas ou em substrato para a produção de mudas em
viveiro.

Figura 40-Fases do corte via motosserra.Fonte: Fundação Floresta Tropical, 2002.

7. REMOÇÃO E DESTINAÇÃO DOS PRODUTOS DA SUPRESSÃO

O material lenhoso gerado pela supressão da vegetação deverá ser devidamente enleirado
nos pátios de estocagem previamente definidos, preferencialmente nas proximidades das áreas
suprimidas. Esse material só poderá ser removido desses locais após a realização de cubagem e
emissão de DOF (Documento de Origem Florestal). A madeira excedente pode ser utilizada no
escoramento de obras de arte, construção de cercas e/ou doado para os proprietários das áreas,
órgãos governamentais ou entidades sem fins lucrativos interessados.
Após a retirada do material lenhoso será efetuado o enleiramento e a retirada do material
foliar e lenhoso de pequenas dimensões, composto por galhos finos, assim como as folhas,
provenientes do desmatamento. Após um período de secagem ao ar, este material poderá ser
picotado e lançado sobre carretasou pequenos caminhões para ser levado às áreas onde serão
efetuadas operações de recuperação vegetal de áreas degradadas. Esta técnica de cobertura morta do
solo com material vegetal tem várias vantagens:
• Protege o solo desnudo, reduzindo o carreamento de partículas pelo impacto da chuva,
reduzindo assim o nível de material sedimentar carreado para os cursos d'água;

101
• Fornece ao solo boa quantidade de material germinativo (frutos e sementes) das espécies
arbóreas locais, promovendo a recomposição das áreas a serem reflorestadas;
• Efetua um eficaz controle natural de rebrota ou brotamento de ervas invasoras oportunistas
que, em geral, aparecem em áreas recém-desmatadas,viabilizadas pela insolação e umidade.

8. FISCALIZAÇÃO
A implantação desse programa é de total responsabilidade do DER por meio de sua empresa
que ia executar os serviços de supressão, no caso, a JM Terraplenagem.Também será de
responsabilidade do empreendedor realizar a fiscalização das atividades de supressão da vegetação.
Esta fiscalização se refere ao acompanhamento dos desmatamentos para evitar retirada ilegal
de vegetação e controlar as atividades da supressão vegetal, no que se refere às técnicas de
condução dos desmatamentos e limpeza das áreas (Supervisão Ambiental).
A equipe técnica responsável pela supervisão ambiental auxiliará o empreendedor na
elaboração e emissão dos relatórios de acompanhamento para o IBRAM.

9. INDICADORES DE DESEMPENHO
Os indicadores de desempenho se referem basicamente ao processo de desmatamento
propriamente dito, tais como: correlação da área de vegetação efetivamente suprimida com os
valores previstos nos levantamentos (inventário florestal); execução dos trabalhos dentro dos prazos
previstos, com datas de início e fim de cada atividade planejada.

10.RELATÓRIOS E PRODUTOS
Serão elaborados Relatórios Semanais de Acompanhamento contendo as atividades
realizadas no período. Ao término dos trabalhos será elaborado um Relatório Final contendo os
resultados alcançados e a avaliação do Programa, ou conforme periodicidade estabelecida em
condicionante da Autorização de Supressão da Vegetação (ASV).

11. CRONOGRAMA
Este Programa deverá ser iniciado um mês antes do início das obras, prosseguindo durante
toda a fase de ampliação do sistema viário existente e enquanto houver atividades de supressão de
vegetação.
A princípio, a supressão poderá seguir o cronograma proposto na Tabela 3, contendo as
seguintes etapas:

102
1. Planejamento: antecede o início das atividades de supressão. Após a ASV será mobilizada
a equipe de campo para a execução;
2. Limpeza prévia do sub-bosque: utilização de equipamentos próprios (foice) quando
necessário. Nesta etapa ocorre o afugentamento e resgate de fauna silvestre;
3. Derrubada: ação de direcionar as árvores para as áreas mais abertas;
4. Supressão da Vegetação arbórea: realização de corte parcial e raso; empilhamento de
lenha das galhadas e a remoção do material lenhoso;
5. Desdobramento de madeira: material de origem florestal produzido e limpeza da área de
extração;
6. Procedimentos com o material de origem florestal: Retirada, transporte e estocagem da
madeira;
7. Laudo de conclusão: Elaboração e entrega.

Tabela 10 - Cronograma do Plano de Supressão da Vegetação

ATIVIDADES/MÊS 1ª semana 2º semana 3º semana


AÇÕES PRELIMINARES AO CORTE
1. Planejamento - Demarcação das áreas de supressão x
2. Resgate e Afugentamento de Fauna
3. Resgate de Germoplasma x x x
4.Segurança e Treinamento dos Trabalhadores
EXECUÇÃO DA SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO
1. Limpeza prévia da vegetação (picadas, aceiramento) x
2. Supressão da vegetação arbórea x x
3. Fiscalização x x x
4. Empilhamento do material lenhoso x x
5. Remoção do material lenhoso x
6. Limpeza da área de extração x
7. Transporte do material lenhoso
8. Emissão de relatórios semanais x x x
8. Elaboração de laudo conclusivo x

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12. EQUIPE TÉCNICA PARA EXECUÇÃO DO PROGRAMA
Para a execução do Programa de Controle de Supressão da Vegetação é necessária a atuação
de 01 engenheiros florestal e 01 engenheiro ambiental, e 02 assistentes para auxiliar em campo.
Para compor cada equipe de acompanhamento para frente de desmatamento é necessária à atuação
de 01 engenheiro florestal ou ambiental, 01 técnico e 02 mateiros.
Para o estabelecimento do centro de triagem são necessários 01 médico veterinário, 01
biólogo e 01 assistente.

13. RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA


As responsabilidades dos envolvidos no Programa de Supressão da Vegetação estão
indicadas na Tabela 11.

Tabela 11- Responsabilidades dos envolvidos no programa de controle de supressão da vegetação.


ATOR RESPONSABILIDADES
DER Elaboração do Programa
DER Contratação da Execução do Programa
JM Terraplenagem Execução do Programa

14. EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA


A equipe técnica responsável pela elaboração do Programa de Controle de Supressão da
Vegetação é apresentada na Tabela 12.

Tabela 12- Equipe técnica responsável pela elaboração do Plano de Supressão.

NOMEFORMAÇÃO
REGISTRO PROFISSIONAL FUNÇÃO
PROFISSIONAL
Eng. Florestal
Ronaldo Soares Salgado
Msc. Gestão e Planejamento Coordenador Geral
CREA 19707/D-DF
Ambiental
Golddie Casimiro Dutra EngªAmbiental Supervisora de
CREA24778/D-DF Campo
Sérgio Mesquita de Ávila Neto Engª Ambiental Fiscal da Obra
CREA18329/D-DF

104
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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