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Apostila 2

Português - Sintaxe

Análise Sintática

Data da Primeira Edição: 08/2023


Título original em Português: Português: Sintaxe – Apostila 2
Autor – Prof. Fernando César Morellato

Biênio 23/24

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ÍNDICE

ÍNDICE ....................................................................................................................................3
1. FRASE................................................................................................................................6
1.1. TIPOS DE CONSTRUÇÃO DE FRASE .......................................................................6
1.1.1. FRASE NOMINAL ...................................................................................................7
1.1.2. FRASE VERBAL ......................................................................................................8
1.1.3. FRASES DECLARATIVAS ......................................................................................9
1.1.4. FRASES INTERROGATIVAS .................................................................................9
1.1.5. FRASES IMPERATIVAS ...................................................................................... 10
1.1.6. FRASES EXCLAMATIVAS .................................................................................. 10
1.1.7. FRASES OPTATIVAS .......................................................................................... 11
2. ORAÇÃO ......................................................................................................................... 11
3. PERÍODO ....................................................................................................................... 11
3.1. PERÍODO SIMPLES................................................................................................... 11
3.2. PERÍODO COMPOSTO ............................................................................................. 12
4. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO ........................................................................ 12
4.1. SUJEITO ...................................................................................................................... 12
4.1.1. CLASSIFICACÃO DO SUJEITO ........................................................................ 12
4.1.1.1. SUJEITO SIMPLES ........................................................................................... 12
4.1.1.2. SUJEITO COMPOSTO...................................................................................... 13
4.1.1.3. SUJEITO DETERMINADO ............................................................................... 14
4.1.1.4. SUJEITO OCULTO............................................................................................ 14
4.1.1.5. SUJEITO INDETERMINADO........................................................................... 16
4.2. PREDICADO ............................................................................................................... 18
4.3. VERBOS DE LIGAÇÃO ............................................................................................. 19
4.4. VERBOS INTRASITIVOS ......................................................................................... 20
4.5. VERBOS TRANSITIVOS ........................................................................................... 20
4.5.1. VERBO TRANSITIVO DIRETO .......................................................................... 20
4.5.2. VERBO TRANSITIVO INDIRETO...................................................................... 21
4.5.3. VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO .................................................. 21
4.6. PREDICATIVOS ......................................................................................................... 22

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4.6.1. PREDICATIVO DO SUJEITO ............................................................................. 22
4.6.2. PREDICATIVO DO OBJETO .............................................................................. 23
4.7. PREDICADO NOMINAL ............................................................................................ 24
4.8. PREDICADO VERBAL ............................................................................................... 26
4.9. PREDICADO VERBO-NOMINAL.............................................................................. 28
5. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO ..................................................................... 29
5.1. OBJETO DIRETO ....................................................................................................... 29
5.2. OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO ........................................................................... 29
5.3. OBJETO INDIRETO ................................................................................................... 30
5.4. OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO ....................................................................... 30
5.5. COMPLEMENTO NOMINAL ...................................................................................... 31
5.6. VOZES VERBAIS OU VOZES DO VERBO............................................................. 31
5.7. AGENTE DA PASSIVA .............................................................................................. 32
6. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO ....................................................................... 33
6.1. ADJUNTO ADNOMINAL - JUNTO DO NOME ....................................................... 33
6.2. ADJUNTO ADVERBIAL ............................................................................................. 38
6.2.1. ADJUNTO ADVERBIAL DE ACRÉSCIMO ........................................................ 39
6.2.2. ADJUNTO ADVERBIAL DE AFIRMAÇÃO ......................................................... 39
6.2.3. ADJUNTO ADVERBIAL DE ASSUNTO ............................................................. 39
6.2.4. ADJUNTO ADVERBIAL DE ARGUMENTO ....................................................... 40
6.2.5. ADJUNTO ADVERBIAL DE CAUSA .................................................................. 40
6.2.6. ADJUNTO ADVERBIAL DE COMPANHIA ........................................................ 40
6.2.7. ADJUNTO ADVERBIAL DE CONCESSÃO ....................................................... 41
6.2.8. ADJUNTO ADVERBIAL DE CONDIÇÃO .......................................................... 41
6.2.9. ADJUNTO ADVERBIAL DE CONFORMIDADE ................................................ 41
6.2.10. ADJUNTO ADVERBIAL DE DÚVIDA ............................................................. 41
6.2.11. ADJUNTO ADVERBIAL DE FINALIDADE OU FIM ...................................... 42
6.2.12. ADJUNTO ADVERBIAL DE FREQUÊNCIA.................................................... 42
6.2.13. ADJUNTO ADVERBIAL DE INSTRUMENTO ................................................ 42
6.2.14. ADJUNTO ADVERBIAL DE INTENSIDADE .................................................. 42
6.2.15. ADJUNTO ADVERBIAL DE LIMITE ............................................................... 43
6.2.16. ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR ............................................................... 43

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6.2.17. ADJUNTO ADVERBIAL DE MATÉRIA ........................................................... 43
6.2.18. ADJUNTO ADVERBIAL DE MEIO .................................................................. 44
6.2.19. ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO ................................................................ 44
6.2.20. ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO ......................................................... 44
6.2.21. ADJUNTO ADVERBIAL DE PREÇO ............................................................... 44
6.2.22. ADJUNTO ADVERBIAL DE SUBSTITUIÇÃO OU TROCA .......................... 45
6.2.23. ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO ............................................................... 45
6.3. DIFERENÇA ENTRE ADVÉRBIO E ADJUNTO ADVERBIAL ................................ 45
6.4. APOSTO ...................................................................................................................... 46
6.5. VOCATIVO .................................................................................................................. 46
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 48

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Português - Sintaxe
Análise Sintática

A análise sintática é um dos temas mais estudados na sintaxe, que


corresponde a parte da gramática encarregada de analisar a função
que as palavras desempenham em uma frase. Para podermos fazer
uma análise sintática de forma correta devemos saber distinguir o que
é frase, oração e período.

1. Frase

Corresponde a todo enunciado que possui um sentido completo,


isto é, expressa com clareza alguma informação! A frase pode ou não
conter verbo, se por acaso tiver verbo irá expressar alguma ação.

1.1. Tipos de Construção de Frase

Independentemente de nominal ou verbal, uma frase é um


enunciado falado ou escrito que apresenta um sentido completo,
podendo conter apenas uma ou várias palavras.

Por meio dos tipos de frase é possível comunicar diferentes


intenções discursivas. Podem ser usadas para expor um tema, fazer
questionamentos sobre algo, expressar sentimentos e intenções,
chamar a atenção, dar ordens, etc... Nas frases faladas, a intenção é
transmitida pelo contexto, entonação, expressões faciais, pausas…

Nas frases escritas, os sinais de pontuação permitem definir o


sentido das frases.

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1.1.1. Frase Nominal

Quando uma determinada frase não possui verbo, então ela é


chamada de frase nominal. Veja alguns exemplos:

➢ Fogo!
➢ Atenção, rapaz!
➢ Lindo!
➢ Estranho mesmo...
➢ Belo trabalho!
➢ Que confusão!
➢ Boa noite!
➢ Rápido, por gentileza!
➢ Silêncio!
➢ Cuidado!

Como você mesmo pode ter percebido, frases nominais são muito
usadas em exclamações e ordens, bem como em descrições literárias
e provérbios.

Exemplos de frases nominais em descrições:

➢ Sobre a cama um caderno velho e uma única caneta.


➢ Um ambiente muito desconfortável: o chão cinza e imundo, a
janela fechada e as paredes mofadas.
➢ Uma vista linda, com árvores enormes, flores raras e um verde
exuberante.

Exemplos de frases nominais em provérbios:

➢ Cada cabeça, uma sentença.


➢ Amigos, amigos, negócios à parte.
➢ Devagar e sempre.
➢ Casa de ferreiro, espeto de pau.
➢ Antes tarde do que nunca.
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Mesmo que as frases nominais não tenham verbo, conseguem
expressar ideias completas, pois pressupõem a presença de verbos
“ocultos subentendidos”. Alguns autores até mesmo contestam a
existência de frases nominais, afirmando que o verbo sempre se
encontra subentendido, estando mentalizado nos interlocutores da
comunicação. Veja, por exemplo:

➢ Está pegando fogo!


➢ Atenção, escute rapaz!
➢ Está lindo!
➢ É estranho mesmo...
➢ Desejamos boa noite!
➢ Vamos rápido, por gentileza!
➢ Façam silêncio!
➢ Tenham cuidado!

Em algumas frases é possível até mesmo verificar que a vírgula


indica o lugar do verbo:

➢ Cada cabeça, uma sentença. (Cada cabeça tem uma sentença.)


➢ Casa de ferreiro, espeto de pau. (Casa de ferreiro tem espeto de pau.)

Em outras frases, é possível compreender que não há verbo porque


ele já foi anteriormente mencionado, como em respostas, veja:

➢ Já chegou? Ainda não. (Ainda não cheguei.)


➢ Quem quer isto? Eu! (Eu quero.)
➢ Quem foi o primeiro colocado? O Pedro. (Foi o Pedro.)

1.1.2. Frase Verbal

De forma inversa à frase nominal, uma frase verbal é aquela frase


que apresenta verbos na sua construção. Veja alguns exemplos de
frases verbais:

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➢ Hoje é dia de faxina.
➢ Eles fizeram toda a tarefa de casa!
➢ Seu irmão já estudou para a prova?

1.1.3. Frases Declarativas

Como o nome sugere são declarações, isto é, possuem


fundamentalmente a intenção passar uma informação ou constatar um
fato. É pontuada com ponto final e pode ser afirmativa ou negativa.

Frases declarativas afirmativas:

➢ A peça de teatro começará rigorosamente na hora marcada.


➢ Eu comprei frutas e verduras naquela parada que fizemos.
➢ Minha esposa foi para casa.
➢ Costumo beber leite antes de dormir.

➢ Frases declarativas negativas:

➢ A peça de teatro de forma nenhuma começará na hora marcada.


➢ Eu não comprei frutas e verduras naquela parada que fizemos.
➢ Minha esposa não foi para casa.
➢ Costumo nunca beber leite antes de dormir.

1.1.4. Frases Interrogativas

Numa frase interrogativa, um emissor realiza uma pergunta ao seu


interlocutor. Ocorrendo uma interrogação direta, a frase deverá ser
pontuada com ponto de interrogação. Ocorrendo uma interrogação
indireta, a frase deverá ser pontuada com ponto final.

Frases interrogativas diretas:

➢ Que hora chegaram?

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➢ Você viu meu irmão?
➢ Posso entrar?

Frases interrogativas indiretas:

➢ Queria saber que horas vocês chegaram.


➢ Queria saber se você viu meu irmão.
➢ Gostaria de saber se posso entrar.

1.1.5. Frases Imperativas

Elas têm como intenção dar ordens ou conselhos fazer pedidos,


havendo uma ação direta sobre o comportamento do interlocutor. Pode
ser pontuada com ponto de exclamação ou ponto final e pode ser
afirmativa ou negativa.

Frases imperativas afirmativas:

➢ Fale com a vendedora, ela pode ajudá-lo.


➢ Ajude-me com isso, por favor.
➢ Pare com isso imediatamente!
➢ Esteja lá na hora marcada!

Frases imperativas negativas:

➢ Não faça barulho.


➢ Não compre nessa loja.
➢ Não seja paranoico, ninguém falava de você.
➢ Não empurre na fila!

1.1.6. Frases Exclamativas

Como o nome bem sugere, em uma frase exclamativa, o emissor


da frase exprime um estado emotivo, exteriorizando seus sentimentos.

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É pontuada com ponto de exclamação para expressar isso.

➢ Meu Deus, que terrível!


➢ Aquele arco-íris foi muito lindo!
➢ Que bom que finalmente chegou!
➢ Mas que dia extraordinário!

1.1.7. Frases Optativas

Uma frase optativa é utilizada para exprimir uma vontade ou


desejo. Deve receber a pontuação de ponto de exclamação.

➢ Deus te acompanhe!
➢ Bons ventos te levem!
➢ Tomara que tudo dê certo!

2. Oração

Orações são frases contendo pelo menos, um verbo. Costumam


se organizar em sujeito e predicado, mas algumas podem não
apresentar sujeito. Dividem-se em coordenadas ou subordinadas.

3. Período

É todo aquele enunciado que possui verbo (oração) e sentido


completo (frase), ou seja, é uma frase com verbo, ou uma oração com
sentido completo. Pode ter uma ou mais orações. Deve terminar por
ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou por
reticências.

3.1. Período Simples

Período Simples (Oração Absoluta) possui apenas um verbo:

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➢ O saudoso João deixará saudades.

3.2. Período Composto

Período Composto (dois ou mais verbos): lembre-se número de


verbos corresponderá ao número de orações.

➢ As vendas foram boas, por isso estou bastante satisfeito.

4. Termos Essenciais da Oração

Os termos essenciais são os termos que servem de base na


construção da oração, motivo pelo qual são chamados de essenciais.
Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado.

4.1. Sujeito

O sujeito é um termo essencial de uma oração e é definido como


alguém ou algo sobre o qual é dada uma informação. Por exemplo: Uma
mulher ligou, mas preferiu não se identificar. (Sujeito: uma mulher).

Dica: para identificarmos o sujeito de uma oração, localizamos o


verbo e perguntamos a ele: QUEM (ligou nesse caso)? A resposta
imediatamente obtida será o sujeito, sendo assim o que sobrou é o
predicado.

O sujeito pode ser: simples ou composto, determinado ou


indeterminado e inexistente.

4.1.1. Classificacão do Sujeito

4.1.1.1. Sujeito Simples

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Sujeito Simples é classificado como aquele que apresenta apenas
um núcleo, veja o exemplo a seguir:
➢ A maioria dos pedreiros faltou naquele dia.

O núcleo do sujeito sempre será um substantivo (palavras usadas


para nomear objetos, seres, coisas, fenômenos, lugares, qualidades,
ações, etc.), ou uma palavra substantivada. Nesse caso o núcleo do
sujeito será: maioria.

Observação: o núcleo do sujeito estará acompanhado de um


artigo, pois o artigo só aceita o substantivo próximo a ele. No caso, o
núcleo será: “A maioria”. Vamos ver mais um exemplo:

➢ Fragmentos de tijolos e de madeira atrapalham a circulação.

Vamos localizar o verbo, que no nosso caso é “atrapalham”. Logo,


pergunte a ele QUEM atrapalha?

A sua resposta será o sujeito: fragmentos de tijolos e de madeira.

Núcleo: pedaços. Apenas “pedaços”, porque não existe núcleo do


sujeito com preposição (no caso “de”).

4.1.1.2. Sujeito Composto

Sujeito composto é aquele que apresenta dois ou mais núcleos.


Nesse caso o verbo obrigatoriamente estará no plural. Vamos
acompanhar os exemplos a seguir para melhor entendimento:

➢ Eu e José chegamos a um consenso.


➢ O presidente e seus ministros participaram da votação

A oração pode estar na ordem direta (sujeito + predicado) ou na


ordem inversa (predicado + sujeito), nesse último usamos verbo no
plural ou no singular. Veja os exemplos:
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➢ O cavalo e a vaca dormiram.
➢ Dormiram o cavalo e a vaca. (Ordem inversa, os dois dormiram).
➢ Dormiu o cavalo e a vaca. (Ordem inversa, apenas o cavalo
dormiu, ou seja, concordamos com o núcleo mais próximo).

4.1.1.3. Sujeito Determinado

Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante


a condição de poderem ser ou não ser identificados na oração. Os
sujeitos determinados podem ser simples ou compostos, conforme
tiverem um ou mais núcleos. Se apresentam apenas um núcleo, são
sujeitos determinados simples. Quando puderem ser identificados em
uma oração, são sujeitos determinados.

➢ A Ana acabou de falar. QUEM acabou de falar? Sujeito


determinado: “A Ana”.

Quando não puderem ser identificados, são definidos como sujeitos


indeterminados. Acompanhe o exemplo:

➢ Estão gritando lá na portaria.

Veja! Pergunte ao verbo QUEM está gritando? A resposta é


indeterminada, ou seja, alguém que não identificamos está gritando.
Poderíamos reescrever a frase João e Maria estão gritando lá na
portaria, se removermos “João e Maria” o sujeito passa a ser
indeterminado.

4.1.1.4. Sujeito Oculto

Sujeito oculto é também chamado de sujeito elíptico, sujeito


desinencial, sujeito subentendido ou sujeito implícito. Quando o sujeito
determinado puder ser identificado pela sua forma verbal, ocorre o

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sujeito determinado oculto. É aquele em que está implícito na oração
ou no seu contexto, como nas orações abaixo:

➢ Corri imediatamente para casa.

QUEM correu? EU corri! Portanto, sujeito determinado oculto: eu.

➢ Ligarei para eles toda a semana.

QUEM ligará? EU ligarei! Portanto, sujeito determinado oculto: eu.

➢ Os vizinhos foram os heróis e salvaram a todos.

Essa frase se divide em duas orações.

Na primeira oração: QUEM foram os heróis? Resposta: sujeito “Os


vizinhos”.

Na segunda oração: QUEM salvou a todos? Resposta: sujeito oculto


na segunda oração. Essa indicação é dada na primeira oração “Os
vizinhos foram”. Na segunda oração, “e os vizinhos salvaram a todos”,
“os vizinhos” se encontra oculto. Portanto, o sujeito é: “os vizinhos”.

Veja mais alguns exemplos de sujeito oculto:

➢ Os alunos surpreenderam a turma e tiraram a nota máxima.


QUEM surpreendeu a turma e tirou a nota máxima? Sujeito da oração
“os alunos”.
➢ Todos os dias, andam muitos quilômetros. (Sujeito: ele/ela)
➢ Chorou o tempo todo. (Sujeito: ele/ela)
➢ Trabalhamos assim diariamente. (Sujeito: nós)
➢ Acordo as cinco da manhã todos os dias. (Sujeito: eu)
➢ Alcançarás a vitória. (Sujeito: tu)

Você conseguiu perceber claramente qual a diferença entre sujeito

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oculto e sujeito indeterminado? O que os diferencia é o fato de eles
poderem ser ou não identificados na(s) oração(ões).

Todo o sujeito oculto também é determinado, porque ele pode ser


identificado. Diferentemente, o mesmo não ocorre com o sujeito
indeterminado.

4.1.1.5. Sujeito Indeterminado

Os sujeitos serão indeterminados, sem sujeito ou inexistentes


quando a oração é composta apenas pelo predicado. Há duas maneiras
de tornar o sujeito indeterminado:

a) Com verbos na 3ª pessoa do plural (eles), como por exemplo:

➢ Roubaram minha bicicleta.


➢ Acabaram com as esperanças.
➢ Destruíram dois aviões no filme.

b) Com verbos na 3ª pessoa do singular mais “se”:

➢ Fala-se muito dele.


➢ Vive-se bem por aqui.
➢ Acredita-se em extraterrestres.
➢ Trata-se de questões humanitárias.
➢ Precisa-se de profissionais capacitados.

Nesse caso só podermos ter verbos transitivos indiretos (de quê?


/ a quem? / com quem? / para quem?), por exemplo, para quem fala-
se ou ainda com quem vive-se ou verbos intransitivos (onde?).

Observação: verbos + se, os verbos jamais estarão no plural.

c) Oração sem sujeito. Não há um elemento ao qual se atribui o


predicado.
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Ocorre nos seguintes casos:

a) Com os verbos que indicam fenômeno da natureza:

➢ Está muito frio!


➢ Choveu demais no inverno passado!
➢ Trovejou durante horas.
➢ Na região sul, neva no inverno.

b) Com o verbo “haver” indicando (existir ou tempo decorrido):

➢ Na passeata havia muita gente.


➢ No feriado, haverá procissões em todos os locais.
➢ Havia, naquela casa, muitos cômodos vazios.

c) Com o verbo “fazer” indicando tempo ou fenômeno da natureza:

➢ Faz dois anos que ele foi embora.


➢ Fará, na próxima semana, vinte anos casei.
➢ No inverno, faz muito frio na serra gaúcha.
➢ Fará dias quentes no mês que vem.

d) Com os verbos “ser” e “estar” indicando tempo:

➢ Hoje está muito calor.


➢ Agora são nove horas.
➢ São 18 de novembro.
➢ Amanhã será dia 27.
➢ Está tarde!

e) Com os verbos “bastar” (indicando término) e “chegar” seguidos


da preposição “de”:

➢ Chega de conversa.

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➢ Basta de reclamações.
➢ Chega de problemas.
Nos casos de sujeitos indeterminados, os verbos não têm sujeito e
são chamados, então, de VERBOS IMPESSOAIS. Devem ficar sempre
na 3ª pessoa do singular. Exceção é o verbo “ser”, que merecerá
tratamento especial na concordância verbal.

Os verbos que indicam fenômeno da natureza, empregados em


sentido conotativo (ou seja, com uma conotação), admitem sujeito,
por exemplo:

➢ Choveram bênçãos. Sujeito da oração: bênçãos.


➢ Choveram pétalas de rosas. Sujeito da oração: pétalas de rosas.

4.2. Predicado

No processo da comunicação, as palavras que formam uma frase estão


agrupadas em dois eixos: o sujeito e o predicado. Como vimos, pode haver
frase sem sujeito. Nunca, porém, existirá uma frase sem predicado.

O predicado também é um termo essencial de uma oração que faz


referência ao que acontece ao sujeito, ou seja, tudo aquilo que não faz
parte do sujeito é considerado predicado. Não existe predicado que não
possua verbo ou locução verbal.

Observação: não existem vírgulas entre Sujeito e Predicado.

Observe a oração:

➢ Os alunos da Escola do Empreendedor terão sucesso.

Nela podemos identificar dois conjuntos: sujeito – “Os alunos da


Escola do Empreendedor”, e predicado – “terão sucesso”.

Antes de classificarmos os predicados, vamos definir os verbos, de


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que forma eles aparecem na formação do predicado e também os
predicativos (do sujeito e do objeto).

Exemplos de predicado:

➢ Minha avó fez um café da manhã maravilhoso.


➢ João e Maria foram para a floresta.
➢ O presidente assinou o acordo de paz
➢ Meus amigos viajaram para Londres ontem.

O predicado pode ser classificado em predicado nominal,


predicado verbal e predicado verbo-nominal, conforme a
classificação do seu núcleo. Mas antes de os vermos é conveniente
falarmos sobre os verbos.

Verbo é a classe gramatical de palavras que têm significado de


ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza, e que
variam em relação ao tempo.

4.3. Verbos de Ligação

Verbos de ligação são verbos que indicam um estado ou condição,


ligando uma característica atribuída ao sujeito ao seu predicativo. Ou
seja, a função do verbo de ligação é ligar o predicativo ao sujeito.

➢ Meus filhos ficaram muito alegres.

Sujeito: Meus filhos


Verbo de ligação: ficaram
Predicado: ficaram muito alegres
Predicativo do sujeito: muito alegres

Os verbos de ligação são: “ser”, “estar”, “ficar”, “continuar”,


“parecer”, “permanecer”, “andar”, “tornar-se” (desde que indiquem
estado do meu sujeito, ou seja, unem a característica atribuída ao
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sujeito que chamamos de predicativo do sujeito). Caso não haja um
predicativo para o sujeito, eles serão chamados de intransitivos.

4.4. Verbos Intrasitivos

Verbo intransitivo é aquele que tem o sentido completo, isto é, não


precisa de complementos para o verbo. Por exemplo:

➢ Ele acordou. (Expressa a ação sem necessitar complemento).


➢ Até que enfim as crianças dormiram.
➢ Eles chegaram.
➢ A vítima do atropelamento morreu.

4.5. Verbos Transitivos

São aqueles que tem sentido incompleto, ou seja, o verbo ou núcleo


do predicado verbal, precisa necessariamente de complemento, porque
não tem sentido completo. Por exemplo, acompanhe a sentença:

➢ Eu comprei um carro novo. (Quem compra, compra algo).


➢ Solicitei a revisão da prova. (Quem solicita, solicita algo).
➢ Gosto de comer. (Quem gosta, gosta de algo).
➢ Vou preparar o café da manhã. (Quem prepara, prepara algo).

Os verbos transitivos subdividem-se em:

4.5.1. Verbo Transitivo Direto

É o verbo que exige um objeto direto (que será estudado em


seguida). Faremos a pergunta o quê? E não terá a presença de
preposição. Para preposições consulte a apostila 1 (redação) - Item 2.3.

➢ Todos os alunos fizeram as redações solicitadas. (Fizeram o


que? As redações solicitadas! Esse é o objeto direto).
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➢ Pague-a, Fernando. Os pronomes oblíquos o(s) / a(s) – sempre
serão objetos diretos.

4.5.2. Verbo Transitivo Indireto

É o verbo que exige um objeto indireto (perguntamos de quê? /


com quem? / para quem? / a quem? / em quem?). Nesse caso há a
presença obrigatória de preposição.

➢ Todos nós precisamos de ajuda. (Precisamos de quê? De ajuda).


➢ Simpatizamos com o escritor. (Simpatizamos com quem? Com
o escritor)
➢ Os pacientes devem confiar em seu médico (Em quem? Em seu
médico).

4.5.3. Verbo Transitivo Direto e Indireto

Verbo transitivo direto e indireto exige dois objetos, um objeto


direto (OD) e outro objeto indireto (OI). Fazemos duas
perguntamos o quê? / de quê? /a quem? / com quem? Os dois objetos
não estarão necessariamente na ordem indicada.

➢ Emprestei meu terno ao vizinho. (Emprestei → OD - O quê? Meu


terno / OI - A quem? Ao vizinho).
➢ A cada um deles dei um ingresso. (Dei → OI - A quem? A cada
um deles / OD - O quê? Um ingresso).
➢ Confiei meu cartão de crédito ao meu irmão. (Confiei → OD - O
quê? Meu cartão de crédito / OI - A quem? Ao meu irmão).
➢ Antônio disse a verdade à sua esposa. (Disse → OD - O quê? A
verdade / OI - A quem? À sua esposa).
➢ Entregou-me as ferramentas. (Entregou → OD - O quê? As
ferramentas / OI - A quem? Me - a mim).

Observação: quando classificarmos um verbo, temos de fazer isso

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dentro do texto, e é o contexto que vai indicar a sua classificação.

➢ Todos editores da revista escrevem bem. (Verbo intransitivo)


➢ Os poetas escreveram dois poemas. (Verbo transitivo direto)
➢ Minha filha ainda não me escreveu uma linha sequer. (Verbo
transitivo direto e indireto)
➢ Ela me procurou ontem. (Verbo transitivo indireto)
➢ Shakira estava adoentada. (Verbo de ligação)
➢ Shakira estava no hospital. (Verbo intransitivo)

Existem verbos intransitivos (que não têm objeto) que aparecem


sempre com algum adjunto adverbial, que abordaremos em detalhes
em seguida:

➢ Ninguém entrou na casa. (Verbo intransitivo + adjunto adverbial


de lugar: na casa)
➢ Irei ao teatro. (Verbo intransitivo + adjunto adverbial de lugar:
ao teatro)
➢ Cheguei cedo. (Verbo intransitivo + adjunto adverbial de tempo:
cedo)
➢ Voltaram para as suas casas. (Verbo intransitivo + adjunto
adverbial de lugar: para as suas casas).

4.6. Predicativos

São termos que atribuem um estado, condição ou características


ao sujeito ou ao objeto.

4.6.1. Predicativo do sujeito

É uma característica atribuída necessariamente ao sujeito, que se


encontra dentro do predicado. É obrigatório após um verbo de ligação
e pode aparecer após verbos intransitivos e transitivos:

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a) contendo verbos de ligação:

➢ Os socorristas acabaram exaustos.


➢ Os candidatos são estudiosos.
➢ Isabela virou cantora.

b) contendo verbos intransitivos:

➢ O voo chegou atrasado.


➢ Todos saíram tristes da reunião.
➢ Os meninos chegaram famintos.

c) com verbos transitivos diretos:

➢ O celular tornou a comunicação mais fácil.


➢ Alice foi nomeada representante.
➢ O marido deixou a danceteria apressado.

d) com verbos transitivos indiretos:

➢ Os policiais procederam cautelosos à prisão.


➢ Os irmãos assistiram nervosos à final.
➢ Todos respondiam temerosos ao delegado.

4.6.2. Predicativo do objeto

Não confunda o predicativo do objeto com um adjunto adnominal.


O predicativo do objeto é uma qualidade atribuída ao objeto pelo
sujeito da frase, ou seja, para que haja predicativo do objeto é preciso
que o sujeito “pense” algo a respeito do objeto. Caso contrário,
teremos apenas um adjunto adnominal.

➢ O menino achou a bicicleta bonita. — “bonita” é predicativo do


objeto, porque tal qualidade (condição) foi atribuída ao objeto “a
bicicleta” pelo sujeito “o menino”.
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➢ O menino ganhou uma bicicleta bonita. — “bonita” é adjunto
adnominal, pois tal qualidade (condição) não apresenta relação alguma
com o sujeito da frase “o menino”.

➢ O presente deixou a criança feliz. — “feliz” é predicativo do


sujeito, pois tal qualidade foi atribuída ao objeto “a criança” pelo sujeito
“o presente”.

➢ O pai segurou a criança animada. — “animada” é adjunto


adnominal, pois tal qualidade não apresenta relação alguma com o
sujeito da frase “o pai”.

4.7. Predicado nominal

O predicado nominal é constituído por um verbo de ligação (que já foi


anteriormente abordado) e pelo predicativo do sujeito, possuindo como
núcleo um nome que atribui uma característica ao sujeito da oração.

Formadores do predicado nominal: Sujeito + verbo de ligação +


predicativo do sujeito. Veja exemplos:

Os funcionários são honestos.


Sua bisavó está muito velha.
Os doces parecem saborosos.
As meninas continuam adormecidas.

De forma prática, para que possamos identificar o predicado


nominal use o verbo e faça a pergunta: Verbo + onde / o quê / como?
Acompanhe o exemplo:

➢ Os amigos do Gabriel estavam na praia.


Os amigos do Gabriel = sujeito. (Quem estava na praia?).
estavam = verbo de ligação.
estavam na praia = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
na praia = predicativo (condição) do sujeito. (Estavam onde?).
24
Vamos ver mais um simples exemplo de uma frase com predicado
nominal:

➢ Luciano é feliz.
Luciano = sujeito. (Quem é feliz?).
é feliz = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
é = verbo de ligação.
feliz = predicativo (condição) do sujeito. (É o quê?).

Acompanhe outros exemplos de frases com predicado nominal:

➢ O diretor está satisfeito.


O diretor = sujeito. (Quem está contente?).
está contente = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
está = verbo de ligação.
satisfeito = predicativo (condição) do sujeito. (Está como?).

➢ Ivete anda estudiosa.

Ivete = sujeito. (Quem anda estudiosa?).


anda estudiosa = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
anda = verbo de ligação.
estudiosa = predicativo (condição) do sujeito. (Anda como?).

➢ Pedro continua despreocupado.

Pedro = sujeito. (Quem continua despreocupado?).


continua despreocupado = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
continua = verbo de ligação.
despreocupado = predicativo (condição) do sujeito. (Continua como?).

➢ Lorena parece ansiosa.

Lorena = sujeito. (Quem parece ansiosa?).

25
parece ansiosa = predicado nominal. (Aquilo que não é sujeito).
parece = verbo de ligação.
ansiosa = predicativo (condição) do sujeito. (Parece o quê?).

4.8. Predicado Verbal

O predicado verbal (como obviamente o nome sugere) possui um


verbo significativo, como núcleo. Verbos significativos indicam ações:
pensar, gostar, ganhar, cobrar, querer, estudar, subir, descer, dar,
agradecer, perdoar, chorar…

Estes verbos podem ser intransitivos ou transitivos, apresentando


objeto direto e objeto indireto como complemento.

Formadores do Predicado Verbal:

a) Sujeito + verbo intransitivo: (normalmente virá acompanhado


por um adjunto adverbial)

➢ Os elefantes correm na planície.


➢ Chegamos tarde ao teatro.
➢ Os bons tempos voltaram.

b) Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto:

➢ Alguns animais comem plantas.


➢ Todos os alunos fizeram o exame.
➢ Compramos as mercadorias.

c) Sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto:

➢ As flores precisam de sol.


➢ Os colegas simpatizaram com o novo aluno.
➢ Todos confiam em mim.

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d) Sujeito + verbo transitivo direto e indireto + objeto direto +
objeto indireto: (os objetos não estarão necessariamente nessa
ordem):

➢ A testemunha informou a hora ao delegado.


➢ Entregaram-no para as autoridades.
➢ Avisaram-me sobre o eclipse.

e) Oração sem sujeito com verbo intransitivo ou transitivo:

➢ Choveu muito ontem.


➢ Nevou em várias cidades do sul.
➢ Faz dias quentes aqui.
➢ Haverá comemorações pelo aniversário do município.
➢ Havia muitos bolos lindos na confeitaria, em Criciúma.

Análise de frase com predicado verbal:

➢ Ela comeu um sanduíche.

Ela = sujeito. (Quem comeu um sanduíche?).


comeu um sanduíche = predicado verbal. (Aquilo que não é sujeito).
comeu: verbo transitivo direto. (Comeu um... – sem preposição).
um sanduíche: objeto direto. (comeu o que? Um sanduíche).

Outros exemplos de frases com predicado verbal:

➢ Os mestres ensinaram tudo o que sabiam.


➢ Joaquim e seus amigos ganharam o jogo de basquete.
➢ Eu quero viajar pela América do Norte.
➢ Ela deu-lhe as informações necessárias.
➢ Meu avô caiu.

27
4.9. Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo


significativo que indica uma ação do sujeito e um nome com função de
predicativo do sujeito, indicando uma qualidade do sujeito ou com
função de predicativo do objeto, indicando uma qualidade do objeto
direto.

Frase com predicado verbo-nominal:

➢ A menina chegou cansada.

Análise da frase:
A menina: sujeito
chegou cansada: predicado verbo-nominal
chegou: verbo significativo
cansada: predicativo do sujeito

Veja mais alguns exemplos de frases com predicativo verbo-


nominal:

➢ As funcionárias acabaram o trabalho cansadas.


➢ Madalena completou a prova feliz.
➢ Todos acusaram-no de desmotivado.
➢ Nós consideramos esta funcionária dispensável.

➢ Normalmente, o predicado verbo-nominal é formado por:

a) Verbo intransitivo + predicativo do sujeito.

Exemplo: ➢ O bebê chorava infeliz.

b) Verbo transitivo + objeto + predicativo do sujeito.

Exemplo: ➢ Os maratonistas terminaram a corrida exaustos.


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c) Verbo transitivo + objeto + predicativo do objeto.

Exemplo: ➢ Ontem vi meu amigo muito angustiado.

5. Termos Integrantes da Oração

Chamamos termos integrantes aqueles termos que completam o


sentido de um verbo ou de um nome (substantivo abstrato, advérbio
ou adjetivo). Eles são: objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal e agente da passiva. Embora, anteriormente alguns deles já
tenham sido mencionados como complemento dos itens estudados, já
que são interligados, agora os estudaremos individualmente.

5.1. Objeto Direto

Completa o sentido de um verbo transitivo direto, ou seja, vem


diretamente ligado ao verbo, sem presença de preposição.

➢ Estudamos Português.
➢ Havia cem lixeiras naquela casa.

5.2. Objeto Direto Pleonástico

Ocorre quando há uma repetição e intensificação do objeto


direto, para que seja ainda mais expressivo, ou seja, quando o objeto
direto se encontra no início da oração, sendo repetido depois do verbo
através de um pronome. Exemplos:

➢ Aquela música, ouvi-a muito na minha época de juventude.

Na oração "Aquela música, ouvi-a muito na minha época de


juventude", o objeto direto pleonástico é representado por "a". O
objeto direto pleonástico é uma redundância gramatical, ou seja, é a
29
repetição desnecessária do pronome (no caso, "a") que retoma o
objeto direto.

A presença do objeto direto pleonástico é uma característica do


português falado e escrito formalmente, embora seja considerado
gramaticalmente correto em contextos mais formais, principalmente
para evitar possíveis ambiguidades. Veja mais um exemplo:

➢ Os presentes, ela recebeu-os.

5.3. Objeto Indireto

Completa o sentido do verbo transitivo indireto, ou seja, vem


indiretamente ligado ao verbo com presença de preposições.

➢ Paguei ao técnico.
➢ Precisamos de sua ajuda.

5.4. Objeto Indireto Pleonástico

Objeto indireto pleonástico é uma redundância gramatical que


ocorre quando há a repetição desnecessária do pronome oblíquo que
retoma o objeto indireto. Esse fenômeno é comum em contextos mais
formais da língua portuguesa. Veja dois exemplos de objeto indireto
pleonástico em análise sintática:

➢ Ofereceram-me a oportunidade de trabalho.

Neste exemplo, o objeto indireto é "a oportunidade de trabalho".


O pronome oblíquo "me" é a forma pleonástica, redundante e opcional
do objeto indireto. Portanto, poderíamos dizer simplesmente:
"Ofereceram a oportunidade de trabalho." Veja outro exemplo:

➢ Mandaram-nos uma carta de agradecimento.

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Nesse caso, o objeto indireto é "uma carta de agradecimento". O
pronome oblíquo "nos" é pleonástico, e poderíamos simplesmente dizer
"Mandaram uma carta de agradecimento."

Novamente, é importante ressaltar que o objeto indireto


pleonástico é considerado gramaticalmente correto, mas seu uso é
mais comum em contextos formais ou literários.

Em situações informais ou na linguagem cotidiana, é mais comum


omitir o pronome oblíquo redundante, ficando "Ofereceram a
oportunidade de trabalho" e "Mandaram uma carta de agradecimento".

5.5. Complemento Nominal

É o termo que completa o sentido de um nome (substantivo,


adjetivo ou advérbio) que por si só não dá a ideia que queremos
transmitir, atribuindo-lhe alguma qualidade, característica ou relação.
Por nome entendemos o substantivo abstrato, o adjetivo e o advérbio.
O complemento nominal é sempre introduzido por uma preposição.

➢ O respeito às leis é obrigatório.

O complemento nominal é "às leis". Nesse caso, o complemento


nominal "às leis" completa o sentido do substantivo "respeito",
especificando a que tipo de respeito está se referindo, ou seja, o
respeito em relação às leis.

5.6. Vozes Verbais ou Vozes do Verbo

A “voz” corresponde à forma assumida pelo verbo em conjugação


para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. Na
língua portuguesa existem três vozes verbais: ativa, passiva e
reflexiva.

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Voz ativa - Sujeito é o agente da ação. Exemplos:
➢ Vi o extraterrestre.
➢ Lavamos o banheiro.

Voz passiva - Sujeito sofre a ação. Exemplos:


➢ O extraterrestre foi visto (por mim).
➢ O banheiro foi lavado por nós.

Voz reflexiva - Sujeito pratica e sofre a ação. Exemplos:


➢ Vi-me ao espelho.
➢ O palhaço pintou-se todo.

5.7. Agente da passiva

Agente da Passiva é o termo que indica quem ou o que executa a


ação de um verbo na voz passiva. Esse termo vem sempre depois de
preposição. Compare as orações na voz ativa e passiva:

➢ Gabriel lavou a frigideira. (Voz Ativa)


➢ A frigideira foi lavada por Gabriel. (Voz Passiva)

Nas orações anteriores, o verbo comprar aparece na voz ativa


(lavou) e na voz passiva (foi lavada). Na segunda oração, por Gabriel
corresponde ao agente da passiva.

A voz passiva é formada por sujeito paciente + verbo auxiliar +


verbo principal no particípio + agente da passiva, vamos analisar a
oração com maior profundidade:

Sujeito paciente: A frigideira


Verbo auxiliar: foi
Verbo principal no particípio: lavada
Agente da passiva: por Gabriel

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É o agente que pratica uma ação indicada por um verbo na voz
passiva. O agente da passiva vem sempre acompanhado por
preposição, geralmente pela preposição “por” e suas combinações:
“pelo”, “pela”, “pelos”, “pelas”. Mas também podemos usar a
preposição “de” e suas combinações, em algumas frases.

➢ O carro foi cercado por policiais.


➢ O navio foi abordado por piratas.
➢ O cantor era aclamado pelas pessoas.

6. Termos Acessórios da Oração

Chamamos de termos acessórios em uma oração aqueles que podem


ser removidos da frase sem prejuízo para o sentido e entendimento global.
São eles: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

6.1. Adjunto adnominal - Junto do Nome

Termo utilizado para determinar ou caracterizar um substantivo por


meio de adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas.

Dica: para memorização, lembre-se da palavra PLANA:

P - (pronome) - Um dia comprarei aquele carro.


Na oração, o pronome é "aquele" que atua como um pronome
demonstrativo, referindo-se a um carro específico já mencionado ou
conhecido.

L - (locução adjetiva) - O amor de mãe é eterno.


A locução adjetiva na frase é "de mãe." Ela age como um adjetivo
que qualifica o substantivo "amor."

A - (adjetivo) - O bom aluno estuda sempre.


Na oração o adjetivo é "bom". Ele qualifica o substantivo "aluno".

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N - (numeral) - Três ratos saíram por ali.
Na oração, o numeral é "três".

A - (artigo) - Os anos passam muito rápido.


Na oração, "Os" é o artigo definido que acompanha o substantivo
"anos."

O adjunto adnominal constituído é um adjetivo que pode ser


confundido com o predicativo do sujeito ou do objeto, ambos com
função de adjetivo dentro da frase.

Perceba nas seguintes diferenças:

O adjunto adnominal é uma característica intrínseca (ou seja, que


se refere a algo anterior) do ser a que se liga, e vem sempre dentro
do mesmo termo do seu referente:

➢ A bela menina saiu.

Na oração, o substantivo "menina" é núcleo do sujeito, e o artigo


definido "A" atua como determinante do substantivo, indicando que
estamos nos referindo a uma menina específica. Além disso, temos o
adjetivo "bela" que qualifica o substantivo "menina", expressando uma
característica dela. Portanto, "bela" é o adjunto adnominal na oração, uma
vez que ele está acrescentando informações adicionais sobre o substantivo
"menina", conferindo-lhe uma qualidade ou característica específica.

➢ José viu a bela menina na escola.

Na oração "José viu a bela menina na escola", o adjunto adnominal


é "bela". O substantivo "menina" é o núcleo do objeto direto, que é o
que foi visto por José. E o adjetivo "bela" atua como adjunto
adnominal, qualificando o substantivo "menina", expressando uma
característica dela.

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➢ Karina saiu bela.

Na oração, o predicativo do sujeito é "bela". O sujeito da oração é


"Karina", e o verbo é "saiu". O predicativo do sujeito é o termo que
atribui uma qualidade ou característica ao sujeito.

➢ Carlos achou a colega bela.

Na oração, "Carlos" é o sujeito da ação, pois é quem realizou a


ação do verbo "achar". O verbo é "achou", indicando a ação de achar
realizada por Carlos. O objeto direto é "a colega", que é o termo que
recebe diretamente a ação do verbo "achar". Refere-se à pessoa que
foi achada por Carlos.

E, temos o predicativo do objeto "bela", que qualifica o objeto


direto "a colega", expressando uma característica da colega
encontrada por Carlos.

Sujeito: Carlos
Verbo: achou
Objeto direto: a colega
Predicativo do objeto: ridícula

Quando o adjunto adnominal for expresso por meio de locuções


adjetivas, podemos confundi-lo com o complemento nominal.

Observe os casos abaixo:

➢ amor de mãe = adjunto adnominal


➢ amor à mãe = complemento nominal

Vamos ver, então, como identificar a diferença entre eles. Quando


a locução adjetiva vem ligada a um adjetivo ou a um advérbio, só pode
ser um complemento nominal:

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➢ Fiquei feliz com a notícia.

Na oração, temos o sujeito: "Eu" (implícito, pois o sujeito está oculto,


já que o verbo "fiquei" é conjugado na primeira pessoa do singular).

Verbo: "fiquei" - verbo "ficar" conjugado no pretérito perfeito do


indicativo.

Predicativo do sujeito: "feliz" - qualifica o sujeito "eu", expressando


uma característica ou estado dele.

Complemento nominal: "com a notícia" - completa o sentido do


adjetivo "feliz". A preposição "com" introduz o complemento nominal,
e "a notícia" é o termo que completa o sentido do adjetivo "feliz",
indicando a razão pela qual a pessoa ficou feliz. Nesse caso, o adjetivo
"feliz" precisa do complemento nominal "com a notícia" para ter sentido
completo na frase.

Quando a locução adjetiva vem ligada ao substantivo, pode ter


sentidos diferentes:

 Sentido Ativo: evidencia quem pratica o ato indicado pelo


substantivo, então a locução adjetiva recebe o nome de Adjunto
Adnominal:

➢ A bronca do diretor foi severa.

"A bronca": substantivo, núcleo do sujeito, concorda em gênero


(feminino) e número (singular) com o artigo definido "A".

"do diretor": adjunto adnominal, indica a quem pertence a bronca.


É formado pela preposição "do" (contração da preposição "de" com o
artigo definido "o") e o substantivo "diretor" (núcleo do adjunto
adnominal).

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"foi": verbo "ser" no pretérito perfeito do indicativo, atuando como
verbo de ligação.

"severa": adjetivo, concorda em gênero (feminino) e número


(singular) com o sujeito "A bronca". Funciona como predicativo do
sujeito, atribuindo uma característica à bronca.

Sinteticamente, a oração fica estruturada da seguinte forma:

Sujeito: "A bronca"


Verbo: "foi"
Predicativo do sujeito: "severa"
Adjunto adnominal: "do diretor"

 Sentido Passivo: mostra quem sofre o ato expresso pelo


substantivo, então a locução adjetiva recebe o nome de Complemento
Nominal:

➢ Ele tem orgulho do seu trabalho.

Sujeito: "Ele" (pronome pessoal do caso reto, atuando como


sujeito da oração);

Verbo: "tem" (verbo "ter" conjugado na terceira pessoa do singular


do presente do indicativo);

Objeto direto: "orgulho" (substantivo que recebe a ação do verbo


"tem");

Complemento nominal: o complemento nominal é uma função


sintática que complementa o sentido de um nome, ligando-se a ele por
meio de uma preposição. "do seu trabalho" (complemento que indica
a quem ou a que se refere o orgulho, formado pela preposição "do" -
contração da preposição "de" com o artigo definido "o" - e o
substantivo "trabalho");

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Portanto, a análise sintética completa é:

Sujeito: Ele
Verbo: tem
Objeto direto: orgulho
Complemento nominal: do seu trabalho

Complemento nominal - sentido passivo - com preposição


à/ao sempre serão complementos nominais:

➢ relato à mãe
➢ apto à paternidade

Adjunto adnominal - sentido ativo:

➢ relato de mãe
➢ aptidão de mãe

6.2. Adjunto Adverbial

No latim, ad quer dizer junto, dessa forma, o Adjunto Adverbial


seria o “junto do verbo”, ou seja, é uma palavra ou expressão que fica
perto do Verbo, mas é diferente de Complemento Verbal.

É o termo que indica uma circunstância (de tempo, finalidade,


causa, lugar, modo, etc.) alterando o sentido ou intensificando o
sentido de um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Ele pode
aparecer com ou sem preposição. O adjunto adverbial não completa o
sentido do termo a que se liga, apenas modifica o seu sentido. Veja
alguns exemplos:

➢ Acordei em paz. — Modifica o verbo.


➢ Dormi muito tarde. — Modifica o advérbio.
➢ Ele é muito competente. — Modifica o adjetivo.
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Outros exemplos:

➢ Estudei muito apesar do cansaço. — Adj. adv. de concessão


➢ Carlos andou sim! — Adj. adv. de afirmação
➢ Não tinha dor. — Adj. adv. de negação
➢ Os alunos foram à Europa. — Adj. adv. de lugar
➢ Edna fez tudo por interesse. — Adj. adv. de causa
➢ Farão com a minha ajuda. — Adj. adv. de condição
➢ Executou conforme as orientações. — Adj. adv. de conformidade
➢ Talvez a veja outro dia. — Adj. adv. de dúvida
➢ Viemos para as aulas. — Adj. adv. de finalidade
➢ Ela trabalhou muito. — Adj. adv. de intensidade

6.2.1. Adjunto Adverbial de Acréscimo

Dão à oração a ideia de ideia de aumento, acréscimo, adição ou


inclusão de algo à ação verbal, como: além de(da), mais. Exemplos:

➢ Além da dor, sentia uma profunda agonia.


➢ Comprei mais dois livros.
➢ O time marcou três gols a mais no segundo tempo.

6.2.2. Adjunto Adverbial de Afirmação

Expressam a ideia de afirmação, confirmação, como: sim,


certamente, realmente, com certeza. Exemplos:

➢ Sim, juntos sempre.


➢ Certamente voltarei nas férias.
➢ Realmente, a coisa ficou complicada.

6.2.3. Adjunto Adverbial de Assunto

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Ocorrerá o adjunto adverbial de assunto, quando houver verbo
indicando comunicação (falar, conversar, discutir…), como: sobre, de,
a respeito de, acerca de. Exemplos:

➢ É sobre isso que conversamos.


➢ Preciso saber a respeito da sua estadia.
➢ O filme fala de novas perspectivas.

6.2.4. Adjunto Adverbial de Argumento

Dão a ideia de razão, como: chega de, basta de. Exemplos:

➢ Chega de confusões.
➢ Chega de fofocas!
➢ Basta de mortes.

6.2.5. Adjunto Adverbial de Causa

Dão à oração a ideia de causa, motivo, razão, como: porque, pois,


por causa de, com o. Exemplos:

➢ Com o silêncio, veio o sono.


➢ Me atrasei por causa do congestionamento.
➢ A festa acabou por causa da briga.

6.2.6. Adjunto Adverbial de Companhia

Proporcionam a ideia de companhia, acompanhamento, como:


com, com quem, contigo, na companhia de, junto com. Exemplos:

➢ Estivemos na companhia dos policiais.


➢ Vá junto com ela.
➢ Saímos com os colegas.

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6.2.7. Adjunto Adverbial de Concessão

Dão à oração a ideia de concessão, autorização, como: todavia,


contudo, entretanto, se bem que, apesar de, mesmo que. Exemplos:

➢ Acampamos, apesar da chuva.


➢ Cozinhei, todavia não almocei.
➢ Mesmo que ele convide, não vou.

6.2.8. Adjunto Adverbial de Condição

Indicam uma determinada condição ou fato para algo ocorrer,


como: sem minha, sem dor, sem erros. Exemplos:

➢ Sem minha autorização, não viajam.


➢ Sem dor, sem ganhos.
➢ Sem disciplina, impossível vencer.

6.2.9. Adjunto Adverbial de Conformidade

Dão à oração a ideia de conformidade, concordância, como:


conforme, segundo, de acordo. Exemplos:

➢ Fizemos conforme o tutorial.


➢ Segundo as regras, ele perdeu.
➢ Agimos de acordo com o manual.

6.2.10. Adjunto Adverbial de Dúvida

Passam a ideia de dúvida, suspeita, receio, como: talvez, acaso,


provavelmente, possivelmente, quem sabe. Exemplos:

➢ Talvez eu vença a corrida.


➢ Provavelmente eu chegarei na data prevista.
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➢ Quem sabe a terceira guerra mundial aconteça.

6.2.11. Adjunto Adverbial de Finalidade ou Fim

Adjuntos adverbiais de finalidade (ou fim) proporcionam à oração


a ideia de finalidade, como: a fim de, para, por. Exemplos:

➢ Eu me esforcei para a prova.


➢ Estudei a fim de ser alguém na vida.
➢ Faço tudo por você.

6.2.12. Adjunto Adverbial de Frequência

Adjuntos adverbiais de frequência proporcionam à oração a ideia


ocorrência com frequência, como: sempre, todos os dias,
frequentemente. Exemplos:

➢ Todos os dias me encontrava com ela.


➢ Ela sempre costuma fazer isso.
➢ Frequentemente vemos isso ocorrer.

6.2.13. Adjunto Adverbial de Instrumento

Dão a indicação de instrumentos usados para que a ação seja


praticada, como: o lápis, com a chave de fenda, com a faca, de colher.
Exemplos:

➢ Preencheu o cartão de respostas a lápis.


➢ Comeu o doce de colher.
➢ Cortou a embalagem com o estilete.

6.2.14. Adjunto Adverbial de Intensidade

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Tipo de adjunto adverbial que fornecem à oração a ideia de
intensidade, força, como: muito, pouco, mais, menos, bastante,
extremamente, intensamente. Exemplos:

➢ A aula foi muito esclarecedora.


➢ Gostamos mais da outra casa.
➢ Eles são tão eficientes!

6.2.15. Adjunto Adverbial de Limite

Dá à oração a ideia de espaço, como: aqui, ali, lá, acolá, acima,


abaixo, embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa.
Exemplos:

➢ Dentro de casa.
➢ É perto daqui.
➢ É lá em cima.

6.2.16. Adjunto Adverbial de Lugar

Dá à oração a ideia de lugar: aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo,


embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa. Exemplos:

➢ Dentro de casa.
➢ É perto de Chicago.
➢ É lá em cima.

6.2.17. Adjunto Adverbial de Matéria

Adjuntos adverbiais de matéria fornecem a indicação de material


de fabricação, como: de, a partir de, com. Exemplos:

➢ A vacina é produzida a partir de ovos.


➢ O móvel foi feito de madeira reciclada.
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➢ Aquele doce é feito com açúcar mascavo.

6.2.18. Adjunto Adverbial de Meio

Indicam um determinado meio utilizado, como: de carro, a pé, pelo


correio, via aérea, a cavalo, etc. Exemplos:

➢ Viajamos a cavalo.
➢ O GPS diz que podemos ir a pé?
➢ A compra será enviada pelo correio.

6.2.19. Adjunto Adverbial de Modo

Dão à oração a ideia de modo, maneira, como: bem, mal, melhor,


pior, assim, diferente, igual, felizmente, e a maioria dos adjuntos
terminados em "mente". Exemplos:

➢ Infelizmente, a criança se machucou.


➢ Navegamos lentamente.
➢ Ela canta bem.

6.2.20. Adjunto Adverbial de Negação

Adjuntos adverbiais de negação passam a ideia de recusa, como:


não, nunca, jamais, de jeito nenhum, de forma nenhuma. Exemplos:

➢ Não estamos do mesmo lado.


➢ Eu nunca estive lá.
➢ Jamais faria isso de novo.

6.2.21. Adjunto Adverbial de Preço

Adjuntos adverbiais de preço, como o nome indica, informam

44
preços. As palavras caro e barato só serão adjuntos adverbiais de
preço, junto do verbo custar, como: caro, barato, reais. Exemplos:

➢ São cinquenta reais.


➢ Os imóveis por aqui custam caro.
➢ A diária é R$ 200,00.

6.2.22. Adjunto Adverbial de Substituição ou Troca

Adjuntos adverbiais de troca, como o nome indica, informam


trocas, como: em vez de, por, pelo, pela, pelas, no lugar, em
substituição. Exemplos:

➢ Troquei o pão por tapioca.


➢ Abandonou suas convicções por dinheiro.
➢ João vai à festa no lugar do Pedro.

6.2.23. Adjunto Adverbial de Tempo

Dão à oração uma ideia de tempo, como: amanhã, hoje, ontem,


tarde, cedo, ainda, agora, no outono, verão, etc. Exemplos:

➢ Ontem saímos juntos.


➢ Ele ainda está disposto? Ou é tarde?
➢ Agora podemos sair?
➢ Os portões fecham as 10:00h.
➢ Faço aniversário em outubro.
➢ Costumamos viajar no verão.

6.3. Diferença Entre Advérbio e Adjunto Adverbial

A diferença entre advérbio e adjunto adverbial é que o advérbio é


uma classe de palavras e, sendo assim, ele é estudado de forma isolada
na oração. Um advérbio é uma palavra que modifica o sentido de um
45
verbo, de um adjetivo ou do próprio advérbio. A palavra “advérbio” é
composta por “ad” (ou “junto de”) e “verbo”, isto é, significa o termo
que acompanha o verbo.

Assim, advérbio é uma palavra que terá a função de trazer


circunstância a ação de um verbo, ou circunstância a um adjetivo ou
advérbio, podendo ser então uma afirmação, dúvida, intensidade,
lugar, tempo, modo e negação. Para maiores detalhes consulte a
apostila 1, item 2.1.

Já o adjunto adverbial tem a função que o advérbio desempenha


nas orações, porém, sendo estudado dentro de um contexto e não
isoladamente, como o advérbio.

6.4. Aposto

O aposto é o termo que possui a função de explicar, esclarecer,


identificar, discriminar ou ampliar outro termo.

Geralmente aparece entre vírgulas, mas pode também aparecer


após dois pontos, entre travessões ou até sem essas pausas, porém
sempre estará explicando um outro termo qualquer, por exemplo:

➢ Sábado, dia dez, não haverá o culto da tarde.


➢ Murilo, motorista da família, é meu amigo.
➢ Só quero uma coisa: doces. (Aposto: doces).
➢ Paulo, o instrutor, esteve aqui.
➢ Após algum tempo — dez minutos — ele saiu.

6.5. Vocativo

O vocativo é o termo utilizado para atrair a atenção do interlocutor.


O uso da vírgula é obrigatório. Usado como chamamento, um tipo de
clamor. Pode aparecer no começo, no meio ou no final da oração, mas

46
não faz parte nem do sujeito nem do predicado. É um termo isolado,
portanto não é classificado nem como termo integrante nem como
termo acessório:

➢ Deus, por que me abandonaste?


➢ Senhora, não esqueça a sua bolsa.
➢ Vocês por aqui, meninos?!

47
7. Referências Bibliográficas

Beduka: Redação
url: https://beduka.com/blog/dicas/redacao-enem/

Corrija-me
https://www.corrijame.com.br/

Brasil Escola: Redação e gramática


url: https://brasilescola.uol.com.br/redacao
url: https://brasilescola.uol.com.br/ gramática

Infoescola: Redação
url: https://www.infoescola.com/redacao

Toda a matéria: Redação


url: https://www.todamateria.com.br/redacao

Pré-UFSC Joinville: Redação


url: https://preufsc.joinville.ufsc.br/leitura-e-interpretacao-textual/

Mundo da Educação: Redação


url: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao

Mundo da Educação: Redação


url: https://www.portugues.com.br/

Português: Gramática e Redação


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Português: Portal do MEC


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