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Faculdade de Tecnologia
Por
1
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Faculdade de Tecnologia
Orientador
Banca examinadora
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ÍNDICE
Capítulo 1......................................................................................... 5
1.1 - Energia e refrigeração ............................................................................................................................ 5
1.2 – Revisão bibliográfica............................................................................................................................. 6
1.2.1 – Métodos de teste de compressores.................................................................................................. 6
1.2.2 – Testes industriais de compressores no Brasil ................................................................................. 7
1.2.3- Métodos alternativos propostos........................................................................................................ 7
1.3– Objetivos e Metodologia ........................................................................................................................ 9
1.4 - Organização do Projeto ........................................................................................................................ 10
1.5 - Custo da construção da bancada........................................................................................................... 11
Capítulo 2....................................................................................... 12
2.1 - Ciclo de compressão a vapor................................................................................................................ 12
2.1.1 - Ciclo de Refrigeração Padrão........................................................................................................ 12
2.1.2- Ciclo Real de Compressão a Vapor................................................................................................ 16
2.2 - Compressores de refrigeração a pistão................................................................................................. 17
2.2.1-Compressores Alternativos ............................................................................................................. 17
2.2.2-Compressores Hermético ................................................................................................................ 20
2.3-Performance de compressores de refrigeração a pistão.......................................................................... 20
2.3.1-Eficiência Volumétrica.................................................................................................................... 21
2.3.1.1-Eficiência Volumétrica Efetiva ................................................................................................ 21
2.3.2 – Potência de Compressão Ideal e Eficiência Isoentrópica.............................................................. 22
2.3.3 – Coeficiente de Performance.......................................................................................................... 23
2.3.4-A Capacidade de Refrigeração ........................................................................................................ 23
2.3.5 - A Capacidade Teórica de Refrigeração x Capacidade Real de Refrigeração ................................ 24
2.3.6 – Fatores que Influenciam a Eficiência Volumétrica Efetiva e Potência de Compressão................ 24
2.3.6.1 – Variação com as Pressões de Sucção e Descarga .................................................................. 24
2.3.6.2 – Efeitos de Estrangulamento ................................................................................................... 25
2.3.6.3 – Variação da Capacidade do Compressor com a Temperatura de Admissão.......................... 25
2.3.6.4 – Efeito da Temperatura de Condensação sobre a Capacidade do Compressor ....................... 26
2.3.6.5 – Outros Fatores que a Afetam a Eficiência volumétrica Efetiva............................................. 26
2.4 – Metodologia de ensaios ....................................................................................................................... 26
2.4.1 - Teste de Compressores de Refrigerante (ISO 917) ....................................................................... 26
2.4.2 – Parâmetros de Desempenho segundo ISO 917 ............................................................................. 27
2.4.3 - Regras Gerais para Teste............................................................................................................... 27
2.4.4 – Período de Teste ........................................................................................................................... 28
2.4.5 – Condições Básicas para Testes e Desvios..................................................................................... 28
2.4.6 – Vazão Mássica de Refrigerante .................................................................................................... 28
2.4.7 – Procedimentos Gerais ................................................................................................................... 29
2.4.8 – Métodos de teste ........................................................................................................................... 29
2.4.9 - Comentários gerais sobre a norma ................................................................................................ 33
2.5 – Apresentação dos dados de Performance ............................................................................................ 34
Capítulo 3....................................................................................... 37
3.1 – Chiller.................................................................................................................................................. 37
3.1.1 – Compressor................................................................................................................................... 37
3.1.2 – Condensador ................................................................................................................................. 38
3.1.3 – Válvula de expansão..................................................................................................................... 38
3.1.4 – Evaporador ................................................................................................................................... 40
3.1.5 – Acessórios..................................................................................................................................... 40
3.2 – Bancada ............................................................................................................................................... 41
3.2.1 – Introdução..................................................................................................................................... 41
3.2.2 – Condensação................................................................................................................................. 43
3.2.3 – Evaporação ................................................................................................................................... 47
3.2.4 – Tanque de Armazenamento Térmico............................................................................................ 47
3
3.3 – Instrumentação .................................................................................................................................... 56
3.3.1 – Temperatura.................................................................................................................................. 57
3.3.2 – Pressão.......................................................................................................................................... 58
3.3.3 – Vazão............................................................................................................................................ 59
3.3.4 – Wattímetro.................................................................................................................................... 60
3.4 – Planejamento experimental.................................................................................................................. 60
3.4.1 – Introdução..................................................................................................................................... 60
3.4.2 – Balanço energético no compressor ............................................................................................... 60
3.4.3 – Balanço energético no condensador ............................................................................................. 62
3.4.4 – Balanço energético no evaporador................................................................................................ 64
3.4.5 – Balanço energético do compressor no calorímetro(Proposta Futura) ........................................... 65
3.5 – Metodologia de Ensaios ...................................................................................................................... 69
3.6 – Propriedades do refrigerante................................................................................................................ 71
3.7 – Bancada ao final do projeto de graduação ........................................................................................... 72
Capítulo 4....................................................................................... 74
4.1 – Ensaios da bancada.............................................................................................................................. 74
4.2 – Visão geral dos ensaios do compressor ............................................................................................... 76
4.3 – Desempenho energético do compressor .............................................................................................. 79
4.3.1 – Efeito da temperatura de condensação.......................................................................................... 81
4.3.2 – Efeito da temperatura de evaporação............................................................................................ 83
4.4 – Eficiência volumétrica......................................................................................................................... 84
4.5 – Eficiência isoentrópica ........................................................................................................................ 86
4.6 – Análise de incertezas ........................................................................................................................... 87
Capítulo 5....................................................................................... 89
5.1 – Conclusões........................................................................................................................................... 89
5.2 – Recomendações e sugestões para trabalhos futuros............................................................................. 90
5.3 - Cronograma de atividades.................................................................................................................... 91
Referências bibliográficas ............................................................ 93
Anexos ............................................................................................ 94
Anexo A (ensaios realizados).............................................................................................................. 95
Anexo B (rotina de cálculo do EES) ..................................................................................................110
Anexo C (diagramas P vs h)...............................................................................................................112
Anexo D (acessórios do Chiller) ........................................................................................................116
Anexo E (dados técnicos do fabricante) .............................................................................................120
Anexo F (fotos da bancada)................................................................................................................124
Anexo G (empresas consultadas) .......................................................................................................126
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Capítulo 1
Introdução
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O setor industrial responde por 46% do consumo da energia elétrica no país, que
assim se distribui:
• Processos eletroquímicos: 21%
• Aquecimento: 20%
• Refrigeração: 6%
• Iluminação: 2%
A participação expressiva, na matriz de consumo de energia elétrica, tem justificado
uma série de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos, concentrados em grande parte
sobre compressores de refrigeração.
Consideradas tais circunstâncias, esse trabalho pretende oferecer estímulo à busca
de ganho no conhecimento prático dos alunos de graduação de engenharia mecânica, na
área de ar condicionado e refrigeração, usada futuramente a bancada para execução de
experimentos que objetivem ao aprendizado maior e melhor de todos.
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referem-se às condições para que o regime esteja estável: limitações nos erros das medidas
da vazão do refrigerante, efeito da mistura óleo refrigerante, e também a presença de gotas
de liquido em medidores de fase gasosa ou bolhas de vapor em medidores na fase líquida.
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temperatura interna da câmara. Dessa forma um balanço de energia deve ser feito em torno
do calorímetro para a obtenção da vazão de refrigerante do sistema.
Stouffs P. (2000) propõe um modelo global para a análise termodinâmica de
compressores alternativos. Expressões para eficiência volumétrica, trabalho por unidade de
massa e eficiência indicada são derivados. O modelo é usado para prever a performance de
um compressor alternativo, a ar, mas também pode ser usado para R-22, em várias
condições de operação. A importância relativa das perdas e a influência de diferentes
parâmetros, no comportamento de compressores alternativos, são discutidas. Especialmente
no tocante às perdas de eficiência causadas pela fração de massa residual no cilindro e as
perdas de calor pela parede do cilindro, previstas nesse modelo.
Duarte, J. A. (2000) propõe o desenvolvimento de um novo método de teste de
compressores frigoríficos, baseado em um ciclo termodinâmico que só ocorre na região de
vapor superaquecido. Mais que uma alternativa para os métodos padrão de testes, o ciclo
proposto apresenta vantagens significativas como, por exemplo, mudança mais rápida para
regimes de operação. O controle se dá por meio de três parâmetros: carga de refrigerante do
sistema, abertura da válvula de expansão e vazão de água no trocador. Uma rotina de
simulação foi desenvolvida para projetar o banco de ensaios e investigar a estratégia de
controle a ser aplicada para atingir o ponto de operação desejado.
O. K. T. (2003) propõe um estudo analítico da transferência de calor e distribuição
de temperatura de um compressor hermético alternativo. Nessa análise, os componentes
complexos de um compressor hermético foram divididos em 46 elementos discretos,
geometricamente simplificados, e para cada um desses elementos foi assumida uma
temperatura uniforme, ou seja, supõe-se que a temperatura sobre todo o volume do
elemento discretizado é constante. O método da condutância térmica das partes foi aplicado
para todos os componentes do compressor, a fim de formar 46 equações simultâneas, as
quais foram então resolvidas, para se obterem as temperaturas dos componentes. Os
resultados apresentam boa concordância com as medições. A discrepância na previsão de
erros, nas aquisições feitas, foi atribuída, com várias correlações de transferência para
modelos de convecção, a efeitos de transferência de calor do fluido em camadas
superficiais do sólido e simplificação em distribuir vários componentes do compressor em
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partes discretas. Os resultados desse estudo foram aplicados para compressores industriais,
que melhoram sua performance.
Projeto de graduação 1:
1) Construção da Bancada de Refrigeração:
A) Instrumentação dos Componentes do ciclo de Refrigeração;
B) Projeto e construção do trocador de calor para simulação de carga térmica
sobre a água do evaporador;
C) Energização da bancada.
2) Operacionalização da bancada:
A) Detectar Vazamentos na Tubulação de gás refrigerante;
B) Detectar Vazamentos na Tubulação de água ciclo 1 (evaporador e resistência
térmica);
C) Detectar Vazamentos na Tubulação de água ciclo 2 (condensador do
refrigerante e “torre de resfriamento”).
Projeto de graduação 2:
• Efetuar testes da bancada de refrigeração;
• Obtenção de dados experimentais característicos de desempenho de
compressores de refrigeração;
• Comparar resultados experimentais com resultados teóricos;
• Analisar o desempenho do ciclo;
• Construção da Câmara calorimétrica;
• Efetuar testes com o compressor no interior da câmara calorimétrica;
• Comparar resultados experimentais com o teórico.
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A metodologia adotada será baseada no estudo do ciclo de compressão a vapor
(refrigeração), dando preferencial atenção ao compressor. Serão utilizados parâmetros para
aferir o desempenho do compressor, mais especificamente descritos no capítulo 2. Far-se-á
também uso da literatura na área de transferência de calor para o projeto do trocador de
calor, a fim de simular carga térmica sobre a água do evaporador.
A metodologia dos testes se baseará nas normas para teste de compressores de
refrigeração, a fim de se obterem resultados adequados. As tomadas de pressão e
temperatura serão posicionadas coerentemente (de acordo com a norma ISO 917). O
objetivo dessas tomadas é a obtenção dos valores de temperatura e pressão, com auxílio das
tabelas termodinâmicas do refrigerante, para se obterem os valores das entalpias, a fim de
se efetuar o balanço energético de cada componente do circuito e de se caracterizar o
desempenho energético e volumétrico do compressor.
Para a segunda etapa, é proposta a construção de uma câmara adiabática, com a qual
serão realizados os testes de compressores e, se necessário, dos demais componentes do
ciclo de refrigeração. Esses testes serão feitos de acordo com as normas existentes (norma
ISO 917, ABNT NBR-12863).
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No capítulo 3 será realizado o planejamento experimental sobre como os testes
serão efetuados baseados na norma ISO 917. Nesse capítulo serão descritos ainda, em
detalhes, todos os componentes da bancada e seu projeto básico. Também será descrito
todo aparato experimental necessário e como serão determinadas as características
termofísicas do fluído refrigerante.
O capítulo 4 será a conclusão do que foi realizado até o momento, com o
cronograma e planejamento de atividades para o projeto de graduação 2.
E posteriormente estarão os anexos com os dados técnicos do Chiller, desenhos da
bancada, manuais e tabelas.
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Capítulo 2
(a) (b)
Figura 2.1 – (a) diagrama pressão-entropia para o ciclo padrão;
(b) ciclo de compressão a vapor.
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4-5: expansão irreversível à entalpia constante desde o estado de líquido saturado
até a pressão de evaporação.
5-1: ganho de calor à pressão constante, produzindo a evaporação do refrigerante até
o estado de vapor saturado.
Processo de Compressão
No ciclo padrão, considera-se que o refrigerante não sofre nenhuma mudança de
condição ao longo da linha de admissão do compressor. O processo 1-2 da fig. 2.2,
acontece no compressor quando a pressão do vapor é aumentada por compressão da pressão
de vaporização para de condensação. Considera-se que o processo de compressão 1-2 é
isentrópico para o ciclo.
No processo 1-2 do ciclo o vapor de refrigerante é comprimido e a energia ou
entalpia do vapor é aumentada de uma quantidade exatamente igual ao trabalho mecânico
realizado sobre o vapor. Essa energia equivalente ao trabalho executado sobre o
refrigerante é por vezes referida como calor de compressão que nada mais é do que a
diferença de entalpia do refrigerante nos pontos 2 e 1, ou seja:
∆hcp = h2 − h1 Eq. (2.1)
Processo de Condensação
Sabe-se que os processos 2-3 e 3-4 da fig. 2.2 acontecem no condensador, quando o
gás quente sai do compressor, é resfriado para a temperatura de condensação e condensado.
O processo 2-3 ocorre na parte superior do condensador e até certo ponto na linha de gás
quente. Ele representa o resfriamento do vapor da temperatura de exaustão para a
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temperatura de condensação quando o vapor, a pressão constante, rejeita calor do agente de
condensação.
No ponto 4, o refrigerante é um vapor saturado à pressão e temperatura de
condensação.
A quantidade de calor sensível ou superaquecimento eliminado do vapor no
condensador, resfriando-se este da temperatura de exaustão para a temperatura de
condensação, é a diferença de entalpia do refrigerante entre os pontos 2 e 3.
O processo 3-4 é a condensação do vapor no condensador. Uma vez que a
condensação ocorre à pressão e temperatura constantes. O calor rejeitado para o agente de
condensação durante esse processo é dado pela diferença entre a entalpia do refrigerante
nos pontos 3 e 4.
O calor total cedido pelo refrigerante no condensador é a diferença entre a entalpia
do vapor superaquecido no ponto 2 e o líquido saturado no ponto 4, logo;
∆hcd = h2 − h4 Eq.(2.2)
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Q& ev
m& = Eq. (2.4)
∆hev
Processo de Expansão
O processo descrito pelos pontos de estado 4-5 da fig. 2.1, ocorre na válvula de
expansão de refrigerante, quando a pressão do líquido é reduzida da pressão de
condensação para a pressão de evaporação com a passagem do líquido através da válvula.
Quando o líquido expande para o evaporador, a sua temperatura é reduzida da temperatura
de condensação para a de evaporação e transforma em vapor uma porção de líquido.
O processo 4-5 é um tipo de estrangulamento de expansão adiabática, no qual a
entalpia do liquido de trabalho não muda durante o processo. Considera-se que isto ocorre
sem ganho ou perda de calor através da tubulação ou válvulas e sem rendimento de
trabalho.
Dado que a entalpia do refrigerante não muda durante o processo 4-5, o ponto 5 é
localizado no gráfico pressão-entalpia, seguindo-se a linha de entalpia constante do ponto 4
ao ponto onde a linha de entalpia constante cruza com a linha de pressão constante
correspondente à pressão de evaporação. Para localizar o ponto 5 no mesmo gráfico devem
ser conhecidas a temperatura e pressão de evaporação. Como resultado da evaporação
parcial de um liquido refrigerante durante o processo 4-5, o refrigerante no ponto 5 é uma
mistura líquido-vapor.
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Processo de Vaporização
O processo 5-1 da fig. 2.1 é a vaporização do refrigerante no evaporador. Uma vez
que a vaporização tem lugar à pressão e temperatura constantes, o processo 5-1 é tanto
isotérmico como isobárico. O refrigerante está completamente vaporizado no ponto 1 e é
um vapor saturado à pressão e temperatura de evaporação.
A entalpia do refrigerante aumenta durante o processo 5-1 quando aquele flui
através do evaporador e absorve calor. A quantidade de calor absorvida pelo refrigerante no
evaporador é a diferença entre a entalpia daquele nos pontos 5 e 1, essa quantidade de calor
absorvida pelo refrigerante também é chamada de efeito de refrigeração, logo:
∆hev = h1 − h5 Eq.(2.8)
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O ciclo padrão admite que não haja perda de carga no evaporador e no condensador.
Em virtude do atrito, ocorre uma perda de carga no ciclo real, resultando num trabalho de
compressão maior no ciclo padrão. O sub-resfriamento do liquido que deixa o condensador
é uma prática generalizada, garantindo que o fluido que entra na válvula de expansão seja
líquido. O superaquecimento do vapor que deixa o evaporador evita que gotículas de
líquido adentrem o compressor. Finalmente, outra diferença entre os ciclos é o fato de a
compressão no ciclo real não ser isoentrópica, ocorrendo influência devido ao atrito e
outras perdas.
2.2.1-Compressores Alternativos
Ciclo de compressão
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Figura 2.3 – (a) Pistão no ponto morto superior. (b) Válvulas de admissão abertas. (c) Pistão no ponto
morto inferior. (d) Válvulas de escape abertas.
De acordo com as fig. 2.4 e 2.5 tem-se respectivamente o diagrama teórico pressão
x posição da manivela e o diagrama pressão x volume de um compressor ideal. No ponto A,
o pistão está no ponto superior de seu curso, o ponto morto superior. Quando o pistão esta
nessa posição, tanto a válvula de admissão como as válvulas de escape estão fechadas. A
alta pressão do vapor preso na câmara de compressão age sobre as válvulas de admissão e
as mantém fechadas devido à pressão do vapor de admissão na tubulação de admissão, pois
a pressão do vapor no topo do compressor é aproximadamente a mesma que a do vapor na
câmara de compressão, as válvulas de escape são mantidas fechadas por seu próprio peso e
pela carga da mola elástica.
Quando o pistão se move de cima para baixo no curso de admissão, é permitido ao
volume nocivo de gás aprisionado na câmara de compressão, se expandir. A expansão
ocorre ao longo do curso A-B de modo que a pressão no cilindro diminui, quando o volume
do vapor de compressão aumenta. Quando o pistão atinge o ponto B, a pressão do vapor
residual reexpandido no cilindro torna-se ligeiramente menor que a pressão do vapor na
câmara de admissão; entretanto, as válvulas de admissão são abertas forçadas pela pressão
mais alta na câmara de admissão e o vapor desta flui para o interior do cilindro. O fluxo do
vapor de admissão dentro do cilindro começa quando as válvulas de admissão estão abertas
no ponto B e continua até que o pistão alcance o ponto inferior do seu curso no ponto C.
Durante o tempo que o pistão esta se movendo de B para C, o cilindro é preenchido com
vapor de admissão e a pressão permanece constante. No ponto C, as válvulas de admissão
são fechadas, geralmente por ação da mola, e o curso de compressão começa.
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A pressão do vapor no cilindro aumenta ao longo do percurso C-D, quando o pistão
se move de baixo para cima durante o curso de compressão. Quando o pistão alcança o
ponto D, a pressão do vapor no cilindro foi aumentada até ficar mais elevada que a pressão
do vapor no topo do compressor e as válvulas de escape são forçadas a abrir. O vapor de
alta pressão passa do cilindro para a tubulação de gás quente por meio da válvula de escape.
O fluxo do vapor através das válvulas de escape continua, quando o pistão se move de D
para A, enquanto a pressão no cilindro permanece constante na pressão de exaustão.
Quando o pistão retorna ao ponto A, o ciclo de compressão é completado e o eixo da
manivela do compressor perfez uma rotação completa.
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2.2.2-Compressores Hermético
O emprego de um selo de vedação deve ser previsto a fim de evitar fugas de gás
refrigerante ou penetração de ar externo quando a pressão for menor que a atmosférica.
Para eliminar esse problema, os compressores são alojados juntos com o motor elétrico, ou
seja na mesma carcaça. As únicas ligações com a carcaça do compressor são as conexões
da linha de sucção e de descarga e os terminais elétricos.
O aprimoramento das técnicas de isolamento elétrico tem permitido que os motores
operem em contato com o refrigerante. Em alguns casos o gás refrigerante frio é utilizado
no resfriamento do motor. Segue na fig. 2.6 um exemplo de compressor hermético.
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2.3.1-Eficiência Volumétrica
onde,
V&a vazão de refrigerante que entra no compressor [m3/s];
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Lcil curso do cilindro [mm];
n rotação do eixo da manivela [rps];
N número de cilindros.
onde,
W& cp ,iso potência de compressão isoentrópica [kW];
onde,
m& ref .∆hiso Potência de compressão isoentrópica [kW];
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• O atrito do fluído, devido à turbulência do vapor no cilindro e ao fato que o vapor
refrigerante não é um gás ideal.
Observe-se que os fatores que determinam a eficiência isoentrópica são os mesmos
que influenciam a eficiência volumétrica, como será visto a seguir.
onde,
m& ref .∆hev Capacidade Real de Refrigeração [kW];
onde,
Q& ev Capacidade de Refrigeração [kW];
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2.3.5 - A Capacidade Teórica de Refrigeração x Capacidade Real de
Refrigeração
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contido no volume nocivo deve sofrer uma reexpansão maior, até pressão de sucção antes
que as válvulas de sucção possam se abrir.
É evidente, portanto, que a eficiência volumétrica do compressor aumenta quando a
pressão de sucção aumenta e diminui quando a pressão de descarga aumenta.
A relação entre a pressão de sucção absoluta e a pressão de descarga absoluta é
chamada de taxa de compressão, isto é,
Pressão de descarga absoluta [kPa ]
R= Eq.(2.18)
Pressão de sucção absoluta [kPa]
onde,
R taxa de compressão.
A eficiência volumétrica varia inversamente com a taxa de compressão.
25
compressão a vapor é deixar o vapor do refrigerante a baixa temperatura logo após a
expansão, para que no evaporador o refrigerante a baixa temperatura seja convertido em
efeito de refrigeração.
Fatores outros, tais como fugas pelos anéis dos êmbolos e pelas válvulas podem
afetar a eficiência volumétrica. O aquecimento pelo cilindro, do gás aspirado, reduz a
eficiência volumétrica, uma vez que o gás é aquecido, tendo o seu volume específico
aumentado em relação às condições de sucção do compressor. Todos os fatores acima
mencionados contribuem para diminuir a eficiência volumétrica em relação à calculada,
considerando apenas a expansão do gás retido no espaço nocivo.
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2.4.2 – Parâmetros de Desempenho segundo ISO 917
27
Nota – A completa eliminação de refrigerante líquido e óleo de lubrificação seria algo
difícil de se alcançar, porém, o erro causado no resultado por esses fatores na admissão de
compressores podem ser minimizados a ponto de serem desprezados com o uso de:
• Um superaquecimento do refrigerante na entrada do compressor;
• Providenciar um eficiente separador de óleo na linha de descarga do compressor.
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2.4.7 – Procedimentos Gerais
A determinação da capacidade de refrigeração do compressor compreende:
• A avaliação da vazão mássica de refrigerante, obtida por cada método de teste em
que o aparato é inserido externamente ao circuito de teste, entre a descarga e a
sucção do compressor;
• A determinação através de tabelas reconhecidas, das propriedades termodinâmicas
do refrigerante, tais como, entalpia específica no estado de líquido saturado na
condição da pressão de descarga e sua entalpia específica nas condições de sucção
do compressor (temperatura e pressão).
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Para verificar a performance de um compressor de refrigeração, devem ser feitos dois
testes distintos dentre os acima propostos. Pode ser escolhido como primeiro teste (teste X),
um dos seguintes métodos: A, B, C, D1, D2, F, G ou K. Para o segundo teste (teste Y),
pode escolhido um outro método (preferencialmente de um tipo diferente), como
recomendado na tabela abaixo:
A D1, D2, F, G, K F, G, K
B D1, D2, F, G, K F, G, K
C D1, D2, F, G, K F, G, K
D1 A, B, C, D2, F, G, J, K F, G, J, K
D2 A, B, C, D1, F, J F, J
F A, B, C, D1, D2, J, K D1,D2, J, K
G A, B, C, D1, F, J D1, J
K A, B, C, D1, F, J D1, J
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Método B
A diferença deste método em relação ao anterior é basicamente a seguinte: o
evaporador não possui serpentina e o refrigerante do sistema é aquecido diretamente (não
há fluido secundário). O fluido pode ser aquecido diretamente ou através de resistência
elétrica; este calor associado com as entalpias de entrada e saída do calorímetro nos fornece
a vazão do sistema.
Método C
Este sistema de calorímetro a seco, consiste em duas serpentinas contidas num vaso
de pressão (calorímetro). Numa delas passará o refrigerante do sistema em teste e na outra
passará um outro fluido secundário aquecido, de forma a evaporar o refrigerante. Um
sistema de resistência elétrica pode ser usado no lugar do fluido secundário. A vazão é
obtida através do calor fornecido ao calorímetro, das perdas para o ambiente e das entalpias
de entrada e saída do calorímetro.
Métodos D1 e D2
O medidor de vazão de refrigerante na fase gasosa é colocado na linha de sucção
(método D1) ou na de descarga (método D2).
O medidor é instalado num circuito fechado que consiste de um compressor, um
dispositivo de redução de pressão do nível de descarga para o nível de sucção, um aparato
de redução do excesso de vapor superaquecido e um meio de retorno para o vapor em
direção ao compressor. A forma de remover o calor gerado pela compressão consiste em
explorar o refrigerante na fase gasosa (alta pressão), liquefazê-lo num condensador e
reevaporá-lo num trocador de calor com fluido superaquecido. O fluxo que passa pelo
medidor deve ser homogêneo e completamente livre de bolhas de líquido.
Onde ocorrerem pulsações no fluxo, deve-se inserir um vaso para absorver estes
fluxos e eliminar estes pulsos no medidor. Como se mede a vazão de vapor, qualquer
quantidade de óleo pode representar imprecisão na medição, por isto este método se
restringe a circuitos onde o conteúdo de óleo se limita a 1,5% da massa total (óleo mais
refrigerante).
Método F
Do mesmo modo que nos métodos D1 e D2, um medidor de vazão é utilizado; porém
este é colocado na linha de líquido, entre o reservatório de líquido e a válvula de expansão.
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Deve-se providenciar um sub-resfriador para garantir a ausência de bolhas de vapor e
também visores devem estar presentes para que esta condição possa ser visualizada. Deve-
se colocar um “by-pass” no medidor de vazão, de modo que a resistência da válvula de
expansão e do circuito seja a mesma do medidor.
Iniciar a operação do sistema com o “by-pass” do medidor aberto. Após a entrada em
regime, fechá-lo e verificar se o líquido deixa o dispositivo medidor com um sub-
resfriamento de pelo menos 3ºC. A proporção de óleo no refrigerante deve ser determinada.
Método G
Neste método o calorímetro engloba o condensador, onde este é resfriado á água. O
sistema de resfriamento deve ser capaz de manter o refrigerante a uma temperatura
constante não inferior a 15 ºC acima da do ambiente, mas tão próxima quanto possível da
temperatura de saturação correspondente.
A vazão de refrigerante é obtida através do calor cedido á água de resfriamento, das
perdas ao ambiente e das entalpias na entrada e na saída do condensador. A capacidade de
refrigeração é obtida através da vazão calculada e das entalpias na entrada e saída
evaporador.
Método J
A vazão total de refrigerante é determinada condensando-se parte do vapor
descarregado pelo compressor (que tem sua vazão medida do mesmo modo que no método
F) e então reevapora-se, em baixa pressão, num evaporador para que vapor possa ser
succionado no compressor. Este evaporador consiste num vaso de pressão, onde
refrigerante líquido é injetado e reevaporado através da porção de refrigerante descarregada
pelo compressor e que não passou pelo condensador. Este deve garantir que não saiam
bolhas de líquido para a entrada do compressor e o refrigerante deve estar superaquecido
até pelo menos 8ºC.
Método K
O calorímetro engloba um trocador de calor, localizado na linha de descarga, em que
o fluido está na fase gasosa. Este possui duas serpentinas onde uma contém o refrigerante e
a outra um fluido secundário com a função de resfriar (ou aquecer) o refrigerante. Para que
não haja possibilidade de condensação no calorímetro, a temperatura no trocador deve ser
um pouco superior a temperatura de condensação do fluido.
32
A pressão de sucção deve ser ajustada por meio da válvula de expansão, localizada
entre a descarga do compressor e a entrada do resfriador. A pressão de condensação deve
ser ajustada através da válvula que se encontra entre a linha de descarga e o condensador, e
também através de mudança na vazão e temperatura da água que supre o condensador.
33
do condensador. A capacidade de refrigeração é obtida através da vazão calculada e das
entalpias na entrada e saída evaporador.
Para o projeto é proposto outro método de medição indireta de vazão seria o
calorímetro englobando o compressor. A vazão de refrigerante seria obtida por meio de um
balanço energético no calorímetro, sendo que este possui um controle de temperatura
interna, esse controle seria responsável por manter a temperatura da câmara constante.
Todo calor retirado da câmara pelo fluido secundário (água) da serpentina do controle de
temperatura seria o calor perdido pelo compressor no processo de compressão.
Maiores detalhes sobre a bancada e os circuitos de água independente, para
condensação e circuito de água do evaporador/aquecedor para simular carga térmica serão
descritos no capítulo 3.
A fig. 2.8(a) apresenta, ilustra uma serie de curvas típicas para capacidade e
potência de um compressor semi-hermético de quatro cilindros, com 60,3 mm de diâmetro,
44,4 mm de curso, 1.740 rpm, operando com refrigerante R-22. A fig. 2.8(b) mostra as
curvas de rejeição de calor do mesmo compressor. Curvas de compressores devem conter
as seguintes informações:
• Identificação do compressor
• Graus de super-aquecimento
• Velocidade do compressor
• Refrigerante
34
• Condições mínimas operando sobre carga total e total operação de descarga.
R-22 R-22
Sub-resfriamento = 0 K Sub-resfriamento = 0 K
35
Os resultados experimentais podem ser mostrados de acordo com a fig. 2.8.
(a) (b)
Figura 2.8 – (a) Capacidade de refrigeração e potencia consumida de um típico compressor hermético
tico.
36
Capítulo 3
Aparato Experimental
3.1 – Chiller
37
Especificações técnicas:
3.1.2 – Condensador
No Chiller a condensação do refrigerante ocorre em um condensador remoto a ar,
como mostra a fig. 3.2, ou seja, na parte externa do equipamento. O refrigerante passa pelo
interior de uma serpentina aletada, a qual é envolvida por um escoamento de ar provido por
dois ventiladores centrífugos, acionados por um motor elétrico de 2,2 kW.
(a) (b)
Figura 3.2- condensador remoto
38
Figura 3.3 – Válvula de expansão
39
maior a temperatura do bulbo, maior será a pressão exercida no diafragma, que será
transmitida à esfera no sentido de abertura da válvula (pressionando a esfera para baixo).
Em sentido oposto (fechamento) atuam as forças:
• Da mola, regulada pelo parafuso de ajuste;
• Da pressão de saída do evaporador tomada pelo tubo de equalização.
Qualquer mudança no grau de superaquecimento de sucção fará com que a válvula
se mova numa direção de compensação a fim de restituir a quantidade de superaquecimento
requerida para estabelecer o equilíbrio.
3.1.4 – Evaporador
A evaporação do refrigerante é feita através de um trocador de calor, ou seja, um
evaporador tubular casco tubo de quatro passes mostrado na fig. 3.5. Nesse evaporador o
refrigerante flui no interior dos tubos da serpentina, os quais ficam imersos em um fluxo de
água trocando assim o calor necessário para o resfriamento do ambiente, por meio do fluído
secundário, água. O resfriamento do ambiente é feito através de um fan-coil possuidor de
uma serpentina tubular aletada que é responsável pela troca de calor entre a água resfriada
pelo ciclo e o ar fornecido por um ventilador centrífugo.
• Filtro secador;
40
• Válvula solenóide;
• Válvula de inspeção;
• Válvula de serviço;
• Plug fusível;
• Visor de líquido;
• Tanque de líquido;
• Termostato de controle;
• Termostato anti-congelamento;
• Termostato de descarga;
• Aquecedor de óleo.
Maiores detalhes sobre a função de tais acessórios encontram-se no anexo D.
3.2 – Bancada
3.2.1 – Introdução
Nesse projeto a bancada experimental, para ensaios de compressores, foi montada a
partir de um Chiller 2004 AR, apresentado na fig. 3.6, já existente no Laboratório de
Refrigeração e Ar-Condicionado da Universidade de Brasília (LRAC).
41
Os componentes básicos desse Chiller são os mesmos de qualquer ciclo de
compressão a vapor, ou seja, compressor, condensador, válvula de expansão e evaporador,
Como mostra a fig. 3.7.
42
As figuras de ilustração da bancada de refrigeração respeitam a seguinte legenda:
3.2.2 – Condensação
O sistema de condensação foi à parte que sofreu a maior alteração em relação ao
ciclo original, já que nele a condensação a ar foi trocada pela condensação a água. Essa
troca foi feita para facilitar a realização do balanço energético, pois medidores de vazão de
ar são inviáveis no ponto de vista econômico e a medição de vazão é mais complexa. Já
para medir a vazão de água é necessário apenas um hidrômetro e um cronômetro. Dos
métodos proposto pela norma ISO 917 para medição de vazão de refrigerante, de forma
indireta (balanço energético), para a realização do ensaio do compressor deve-se saber a
vazão do fluido secundário que troca calor com o refrigerante na condensação ( adaptação
do método G).
43
Figura 3.9 – Condensação da bancada
Para se chegar ao sistema de condensação ideal mostrado na fig. 3.9 foi necessário à
utilização do condensador remoto do ciclo original mostrado na fig. 3.5 como resfriador da
água que serve o condensador de refrigerante casco tubo. Como já citado, a condensação do
refrigerante será feita a água por meio de dois evaporadores casco tubo do ciclo original
(retirados de outro Chiller 2004). A mudança exigida nos evaporadores foi à localização de
entrada e saída do fluído refrigerante e da água.
Para o refrigerante, optou-se pela entrada na parte superior do evaporador, através
de um furo já existente na carcaça do evaporador como mostra a fig. 3.10, e seu
escoamento ocorrerá por fora dos tubos da serpentina do evaporador casco tubo,
exatamente como acontecia com o escoamento da água no evaporador original. Já a sua
saída estará localizada na parte inferior do evaporador.
44
Figura 3.10 – Condensador casco tubo do refrigerante
45
Já para a água optou-se pela sua entrada e saída do condensador ser a mesma
utilizada pelo refrigerante no evaporador, ou seja, escoamento de água no interior da
serpentina. Toda a água utilizada na condensação será deslocada por uma bomba centrifuga
mostrada na fig. 3.12. Lembrando que a tubulação de água de condensação será um ciclo
fechado.
46
3.2.3 – Evaporação
A evaporação será feita por um evaporador casco e tubo de expansão seca mostrado
na fig. 3.14, onde o refrigerante que sai da válvula de expansão entra no evaporador, na
temperatura e pressão de evaporação, pela sua parte inferior e percorre o evaporador pelo
interior da serpentina, como visto na fig. 3.14, e sai do evaporador pela sua parte superior já
na condição de vapor. A água que vem do trocador de calor, mostrado mais adiante, que vai
servir como simulador de carga térmica do ambiente a ser refrigerado elevará a temperatura
da água que sai do evaporador. Portanto a água entra com uma temperatura mais elevada no
evaporador e escoa pela parte externa do trocador casco tubo cedendo calor para o
refrigerante, diminuindo assim sua temperatura. Essa configuração de trocador de calor
diminui a possibilidade de congelamento da água em seu interior.
47
resistência elétrica e pela água que é proveniente do calor rejeitado do condensador. Tal
água será recirculada por uma bomba centrífuga. A temperatura da água no tanque de
aquecimento será monitorada de forma a permitir um variação máxima de ∆T = 30 C. A fig.
3.15 ilustra o trocador de calor descrito acima, que simula a carga térmica sobre o
evaporador.
(a) (b)
Figura 3.15 – Tanque de Armazenamento Térmico; (a) Projeto, (b) Visão Frontal
48
Q& ev = m& ag,ev .c p .(Ts,ev - Te,ev ) Eq. (3.4)
trocador.
Segue que o valor de coeficiente de global de transferência calor é dado por:
1
U= Eq. (3.5)
1 e
+ 1 +∑
he hi k
onde, para
Ts,ev = 7 0 C , Te,ev = 17 0 C
tomando como condições médias da temperatura da água no evaporador,tem-se que:
Ts ,ev + T e ,ev
Tev = = 12 0 C
2
para essa temperatura obteve-se as seguintes propriedades termofisicas da água:
49
ρ = 1.000 kg m 3 , c p = 4,189 kJ kg.K , µ = 1.225.10 −6 N .s m 2 , k = 590.10 −3 W m.K ,
Pr = 8,81
do manual do Chiller é dado que ele trabalha com uma vazão volumétrica de água no
evaporador de
V&ev = 4 m 3 h ,
mas para o calculo foi adotado um valor de vazão volumétrica um pouco maior
V&ev = 5 m 3 h
com isso tem-se a vazão mássica de água no interior da serpentina
m& ag ,ev = ρ .V&ev = 1,388 kg s
50
Para o cálculo do coeficiente global externo de transferência de calor, he , a primeira
simplificação foi supor que se trata de escoamento transversal sobre cilindro longo. Essa
simplificação foi feita por se tratar de um escoamento sobre um único feixe de tubos, sendo
que estes estão alinhados, e o valor de he é obtido das seguintes relações,
k
he = .Nu Eq. (3.9)
d D
serp
o valor de Nu D (proposto por Churchill e Bernstein) nesse caso é,
45
0,62.ReD .Pr 1 3 ReD
0,5 58
Nu D = 0,3 + . 1+
0,25 Eq. (3.10)
0,4 2 3 282000
1 +
Pr
tem-se que,
V&ag ,aq
v= Eq. (3.11)
A
para
ρ .v.d serp
Re D = Eq.(3.12)
µ
Para a área de escoamento externo de aquecimento tem-se a seguinte configuração
fig. 3.17.
51
com isso o seu valor é dado por:
π .(0,552 − 0,452 )
A= − 1,567.0,01905 = 0,0487 m 2
4
onde,
1,567m é o comprimento médio de uma volta da serpentina sobre o trocador.
A bomba disponível para circular a água de aquecimento possui uma vazão
volumétrica de V&ag , aq = 7 m3 h , de posse destes dados foi possível calcular a velocidade do
Pr = 3,77
De posse destes valores chegou-se ao seguinte valor de Nu,
Nu D = 34,37
finalmente obteve-se o valor de he ,
he = 1.154,69W m 2 .K .
52
Segue que,
DMLT = 33,37
53
Q& amb + Q& aq = Q& ev ⇒ Q& aq = Q& ev Eq. (3.14)
Carga térmica
onde,
Vtan que ,aq = 0,2m 3 ,
e,
Vserp = π .0,01905 2.30 = 3,42.10 −2 m 3 , onde 30m é o comprimento da serpentina.
54
• A condição a ser atingida, condição de operação para testes da bancada, é permitir
uma variação de temperatura de no máximo 3°C, num teto de operação entre 44°C e
47°C, como já ilustrado na figura 3.18, e o tempo para atingir essa condição será de
90 segundos.
O equacionamento utilizado para a potência necessária da resistência elétrica é dado
por:
∆T
Q& tan que,aq = mag ,tro .c p . Eq.(3.16)
∆t
Onde,
mag ,tro massa de água no trocador [kg]
Para se chegar a essa potência foi utilizado parte do calor rejeitado do processo de
condensação, da seguinte forma:
• Na saída da bomba da água de condensação foi instalada uma tubulação que segue
até o tanque de armazenamento térmico e a carga térmica que vai até ele é
controlada por uma válvula de esfera localizada logo após a saída da bomba, e o
retorno da água (para evitar o transbordamento do tanque) é dutado até a sucção da
bomba da água de condensação, como segue nas figuras 3.20 e 3.21(b).
55
Figura 3.20 – Esquema de abastecimento térmico para o tanque de acumulação térmica (bomba do
circuito de condensação)
• Para um ajuste fino nas condições de teste foram instaladas resistências elétricas,
cada uma com 2 kW, na sucção da bomba de recirculação da água do tanque.
Abaixo têm-se um esquema geral da montagem do trocador:
(a) (b)
Figura 3.21 – (a) Esquema geral do tanque de armazenamento térmico e evaporador, (b) Visão do
abastecimento da água proveniente do circuito de condensação e retorno.
3.3 – Instrumentação
56
balanço de energia no volume de controle de cada componente da bancada é preciso saber o
estado termodinâmico do fluído na entrada e na saída dos respectivos, assim como a vazão
de fluído secundário.
A maneira que foi definido o posicionamento de cada instrumento de medição foi
de acordo com a norma ISO 917. As tomadas de pressão e de temperatura na entrada e
saída de cada um dos componentes do ciclo de refrigeração devem ser localizadas no
mesmo ponto. Estes devem ser posicionados num trecho de linha reta da tubulação, a uma
distância de oito vezes o diâmetro do tubo, ou o mais próximo possível, depois do ponto de
entrada e saída de cada componente do ciclo.
3.3.1 – Temperatura
(a) (b)
Figura 3.22 – Posicionamento do termopar, (a) posicionamento do termopar na saída da válvula de
expansão termostática, (b) figura esquemática do posicionamento do termopar.
57
Um ponto relevante na utilização dos termopares da forma descrita é a relação do
diâmetro do tubo pequeno e do tubo do escoamento do fluído, pois se essa relação estiver
seu resultado próximo do valor unitário o escoamento sofreria uma queda de pressão
indesejável, por isso os tubos utilizados como poços para os termopares foram os de menor
diâmetro possível.
As temperaturas foram coletadas através de um transdutor figura 3.23(a), que
converte um sinal dado em mili-ampere para graus Celsius, e através de uma chave seletora
mostrada na figura 3.23(b) foi possível obter a temperatura em diferentes pontos da
bancada de acordo com a figura 3.8.
(a) (b)
3.3.2 – Pressão
Pelo mesmo motivo que os termopares, foram colocados manômetros na entrada e
na saída de cada um dos componentes do ciclo de compressão a vapor visando ter duas
propriedades termodinâmicas do refrigerante para que nas tabelas termofísicas fossem
recolhidos os valores das entalpias. Esses manômetros dão uma leitura de pressão
manométrica, mas para efetuação dos cálculos deve-se utilizar a pressão absoluta.
Para as medições de pressão foram instalados manômetros de acordo com a figura
3.24. Esses manômetros foram posicionados de acordo com a figura 3.8.
Manômetros de baixa (0 a 240 PSI):
• sucção do compressor (ponto 1);
• saída da válvula de expansão termostática (ponto 6).
Manômetro de alta (0 a 500 PSI):
• descarga do compressor (ponto 2);
• saída do condensador (ponto 4), figura 3.24(b);
• entrada da válvula de expansão termostática (ponto 5).
58
(a) (b)
Figura 3.24 –Tomada de pressão
3.3.3 – Vazão
Na bancada existem dois hidrômetros da marca LAO onde o volume de água é dado
em m 3 e escala mínima de 0 ,0001m 3 figura 3.25, um para o ciclo de água de condensação
e outro para o ciclo de água do evaporador. Sua função é obter a vazão de água em tais
circuitos, com isso pode-se efetuar o balanço energético sobre o condensador e evaporador
do refrigerante.
Para chegar ao valor da vazão, será utilizado juntamente com o hidrômetro um
cronômetro que medirá um tempo pré-determinado de escoamento da água. Então segue-se
que a vazão é dada por:
V
V& = Eq. (3.17)
∆t
59
3.3.4 – Wattímetro
3.4.1 – Introdução
Avaliação da vazão mássica de refrigerante
∑ Q ∑ 1 1
2
1 ∑ ∑ 2 2 2 2
dt i =1
Eq.(3.18)
i =1 i =1 i =1
A aplicação do balanço de energia descrito na equação 3.18 foi feita considerando
volume de controle apropriados como o condensador, evaporador, compressor, compressor
no calorímetro.
60
Foi observado durante a montagem da bancada que o ciclo trabalha com a mistura
refrigerante óleo, visto que todas as partes da tubulação que foram abertas possuíam uma
quantidade considerável de óleo. Parte desse óleo retorna ao compressor e outra parte fica
aderente as paredes da tubulação de refrigerante.
O balanço energético no compressor hermético da bancada foi feito desprezando-se
o efeito da presença de óleo nas linhas de refrigerante visto que:
• O estado do refrigerante pode ser melhor determinado pelas condições de admissão
e descarga (pressão e temperatura), visto que há menos óleo misturado;
• A potência elétrica consumida pelo compressor pode ser determinada por método
de medição direta, com auxílio de um Wattímetro;
Para o balanço energético no compressor também foram desprezadas:
• As variações de energia cinética e potencial e variação de energia interna.
O termo Q& amb ,cp é a taxa de calor perdida pela superfície do compressor para o
61
• O compressor foi assumido como um cilindro de área Acil = 0,1577m 2 ,
62
• Desprezadas as variações de energia cinética e potencial;
dU
• Desprezada a variação de energia interna ( = 0 ), regime permanente.
dt
Segue que das hipóteses acima a eq.(3.18), fica:
m& ág ,cd .cp ág .(Tág , s ,cd − Tág ,e,cd ) + Q& amb ,cd = m& ref .(− href , s ,cd + href ,e,cd ) Eq.(3.23)
onde V&ag ,cd é a vazão volumétrica de água, medida através do hidrômetro, e ρ ag ,cd
respectivamente.
cp ag , s ,cd + cp ag ,e,cd
onde cp ag ,cd =
2
onde href ,e,cd = h2 (entalpia dada pela temperatura e pressão na descarga do compressor).
O termo Q& amb ,cd é a taxa de calor perdida pela superfície do condensador para o
63
Onde U é dado pela correlação para convecção natural em cilindro horizontal,
0 , 25
∆T
U = 1,32. Eq. (3.28)
d
64
m& ág ,ev .cp ág .(Tág , s ,ev − Tág ,e ,ev ) = − m& ref .(href , s ,ev − href ,e,ev ) Eq.(3.29)
onde V&ag ,ev é a vazão volumétrica de água, medida através do hidrômetro, e ρ ag ,ev representa
respectivamente.
cp ag ,s ,ev + cp ag ,e,ev
onde cp ag ,ev = Eq. (3.33)
2
onde href , s ,ev = h1 (entalpia dado pela temperatura e pressão na sucção do compressor).
65
externo serão os terminais elétricos e tubos de sucção e descarga do compressor e a
tubulação de água de entrada e saída do trocador de calor.
Para o balanço energético do compressor, no interior do calorímetro, foram
desprezadas:
• As variações de energia cinética e potencial;
• efeito da presença de lubrificante misturado no refrigerante.
Esta última foi desprezada pelo mesmo motivo descrito no tópico anterior.
W& cp + W& eq = m& ref .(hdes ,cp − hsuc ,cp ) + Q& ag ,cal +
du &
+ Qamb Eq. (3.34)
dt
Onde,
W& eq potência da lâmpada do ventilador e da resistência de aquecimento [kW]
Q& ag ,cal taxa de transferência de calor para a água de arrefecimento do calorímetro [kW]
66
du &
W& cp + W& eq − Q& ag ,cal − − Qamb
m& ref = dt Eq. (3.35)
(hdes,cp − hsuc,cp )
A seguir tem-se a maneira de como é obtido cada termo da eq. (3.29).
• As potências elétricas ( W& cp , W& eq ) consumidas no calorímetro serão medidas por
meio de um Wattímetro.
• A taxa de transferência de calor para a água de arrefecimento do calorímetro será
medida de maneira indireta dada pela eq. (3.36).
Q& ag ,cal = m& ag .c p .∆Tag Eq.(3.36)
W&
Q& amb = A.U .∆T = W& el ⇒ A.U = el Eq.(3.37)
∆T
67
• Foi decidido que a variação da energia interna não será desprezada para que
obtenhamos uma maior precisão nos testes realizados. Pois mesmo que nos
aproximemos bastante de um regime permanente, sempre ocorrerão mudanças
transientes, afetando a precisão dos resultados. Essa influência será retratada através
do acumulo de energia interna ao longo do ensaio, que será computado através do
ganho de calor dos elementos de massa presentes no calorímetro. Consideremos um
intervalo de tempo δt durante o qual uma quantidade de calor δQ atravessa a
fronteira de um sistema e um trabalho δW é realizado pelo sistema que por sua vez
impõe uma variação na energia total do sistema. A aplicação da primeira lei da
termodinâmica fornece:
δQ = ∆U int + ∆Ec + ∆E p + δW Eq.(3.38)
68
3.5 – Metodologia de Ensaios
(a) (b)
Figura 3.33 – (a) Painel de comando geral; (b) Botoeira resfria (verde)
69
Para se fazer os ensaios uma condição era pré-estabelecida baseada no gráfico de
performance do compressor fornecido pelo fabricante, cujas curvas são dadas pelas
temperaturas de condensação e evaporação. Essas condições preestabelecidas visavam
preencher a maior área possível desse gráfico, dada sua faixa de operação impor diferentes
condições de trabalho para o compressor.
Escolhida a condição, até que se chegasse nela, eram reguladas as vazões de água
nas bombas dos ciclos de condensação e evaporação e a vazão da água que alimenta o
tanque de armazenamento térmico (água proveniente do ciclo de condensação), essa
regulagem da vazão é feita por meio de válvulas de esfera e de gaveta figura 3.35 (b) e (a),
instaladas ao longo das linhas. Outra forma que foi utilizada para variar as condições de
teste na bancada era variação do grau de superaquecimento dado pela regulagem do
parafuso de aperto da mola da válvula de expansão termostática. Também existe na
bancada duas resistências elétricas, acionadas no comando ilustrado na figura 3.34,
localizadas na linha de circulação de água do tanque de armazenamento térmico, cada uma
com potência de 2 kW, que são responsáveis pelo ajuste fino das condições de teste.
(a) (b)
Figura 3.35 – (a) Válvula de gaveta; (b) Válvula de esfera.
70
A condição estacionária era verificada, quando alcançada a condição de teste os
valores dados pelo transdutor de temperatura se estabilizavam (não oscilavam por mais de
3°C). A partir desse momento dava-se início a coleta de dados que era feita da seguinte
forma:
• 6 tomadas de temperatura e pressão de acordo com a figura 3.8 durante um período
de uma hora.
• 6 tomadas da potência consumida pelo compressor durante um período de uma
hora.
• Durante o período de teste era medida a temperatura ambiente.
Foi verificado durante os períodos de teste que o compressor estava limitado a
trabalhar a uma temperatura máxima de 135°C devido ao termostato localizado na descarga
do compressor, porém foi observado que o compressor poderia trabalhar em temperaturas
superiores e para tal foi retirado esse mecanismo de segurança.
Depois de desligada a máquina dava-se início a medição da vazão da água do ciclo
de condensação e do ciclo de evaporação. Para essas medições seguia-se o seguinte
procedimento:
• Anotava-se o valor absoluto de volume dos respectivos hidrômetros de acordo com
a figura 3.8,
• Acionam-se as botoeiras das bombas e um cronômetro simultaneamente, e após um
período de 30 minutos ambos eram simultaneamente desligados.
• Anotava-se, então os valores finais absolutos de volume dados pelos hidrômetros.
Com esses valores de tempo e volume pode-se chegar ao valor da vazão volumétrica
de água em ambos os ciclos de acordo com a Eq. 3.17.
71
Figura 3.36 – Gráfico P vs h geral, respeitando a numeração da figura 3.8
72
(a) (b)
Figura 3.37 – (a) bancada no final do projeto de graduação 1; (b) bancada no final do projeto de
graduação 2.
Ao final do projeto de graduação 2 foi parcialmente construído o calorímetro, figura
3.38, que servirá para ser feita a análise citada no item 3.4.5, como também para se efetuar
testes em uma série de componentes térmicos.
73
Capítulo 4
Resultados Experimentais
4.1 – Ensaios da bancada
Para fazer os testes com a bancada foi usado como parâmetro à faixa de operação do
compressor dada pelo fabricante figura 4.1.
Como segue na figura 4.2 é possível visualizar o retângulo vermelho que ilustra a
faixa de operação do compressor. Os pontos são os ensaios realizados de acordo com a
temperatura do refrigerante na saída do condensador e temperatura do refrigerante na
entrada do evaporador. Nesses ensaios tentou-se manter vários patamares constantes de
condensação e evaporação de forma a obter curvas características de desempenho do
compressor a fim de se comparar com a figura 4.1.
74
Figura 4.2 – Dispersão dos ensaios de acordo com as temperaturas do refrigerante na saída do
condensador e temperatura do refrigerante na entrada do evaporador, retângulo vermelho representa
a faixa de operação do compressor.
Foi verificado logo no primeiro ensaio que a bancada apresentou uma configuração
do gráfico Pressão vs Entalpia similar ao da figura 4.3.
75
D) e só após esses componentes localiza-se o ponto 5, isto tudo acarreta uma perda de carga
substancial fazendo com que o ponto 5 tenha uma entalpia menor que a do ponto 4, o que
aproximaria de um expansão isontálpica. E o motivo dele não ser utilizado no diagrama é
porque se encontra dentro da região de saturação, onde, na bancada temos apenas duas
propriedades termodinâmicas identificadas (temperatura e pressão) ambas dependentes, ou
seja, torna-se impossível o cálculo do valor da entalpia do refrigerante no ponto 5.
Figura 4.4 – Dispersão dos ensaios de acordo com as temperaturas de condensação e temperaturas de
evaporação, comparados com a faixa de operação do compressor dada pelo fabricante (retângulo
vermelho).
Nas tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 segue uma visão geral dos dados coletados na bancada,
temperatura e pressão absoluta (Pabs, equação 4.1), vazões de água das bombas dos ciclos de
condensação e evaporação e potência consumida pelo compressor, a numeração das
tomadas de pressão e temperatura é de acordo com a legenda da figura 3.8.
Pabs=Pmn+Patm Eq. (4.1)
Da eq. (4.1) temos que Pmn é a pressão manométrica medida nos manômetros da
bancada e Patm=90,126 kPa é a pressão atmosférica em Brasília.
76
Também segue nessas tabelas uma visão geral dos parâmetros de performance
mencionados no capítulo 2.
77
Os gráficos Pressão vs Entalpia dos ensaios 1 ao 15 localizam-se no anexo C.
Como pode se verificar na tabela 4.2 os ensaios 8,10, 12, 13, 14 e 15 só foram
possíveis pela retirada do termostato da descarga do compressor, pois este limitava à uma
temperatura de descarga máxima de 135°C. Também é verificado nas tabelas 4.2 e 4.3 que
os ensaios 13 e15 apresentam as faixas mais baixas de pressão, tanto na sucção como na
descarga. O ensaio 11 foi o que apresentou a maior razão de pressão.
78
temperatura [°C] Ensaio 15
T1 23,4
T2 145,8
T3 130
T4 32,1
T5 24
T6 -9,8
T7 21
T8 21,9
T9 25,5
T10 25,5
T11 26,8
T12 31,1
T13 30
T14 27,6
P1 [kPa] 256,84
P2 [kPa] 1.361,52
P4 [kPa] 1.265,00
P5 [kPa] 1004,38
P6 [kPa] 365,92
Tev [°C] -18,81
Tcd [°C] 35,18
Wcp [kW] 8,22
Vag,ev [m3/h] 3,5487
Vag,cd [m3/h] 3,5222
mref[kg/s] 0,0992
Qev [kW] 18,51
Vref,suc[m3/s] 0,01059
COP 2,2520
ηve 0,7982
P1/P2 7,626238
ηcp,iso 0,6126
É possível observar na figura 4.4 que existem dois pontos fora da faixa de operação
do compressor, estes equivalem aos ensaios 13 e 15. É observado também que o ensaio 15
apresentou o menor consumo de potência do compressor e a maior eficiência volumétrica
efetiva.
É observado na figura 4.5 que quanto maior é a razão de pressão menor é a vazão
volumétrica na sucção do compressor, esse resultado é o esperado para compressores
79
alternativos. Os dois pontos que ficaram fora da tendência foram os de pressão mais baixa
na descarga, logo, o grau de reexpansão do vapor residual dentro do cilindro é baixo
permitindo assim uma admissão de um volume maior de gás na sucção do compressor.
Também é verificada que a massa específica do refrigerante na sucção foram a mais baixa
de todos os ensaios, lembrando que esses pontos estão fora da faixa de operação do
compressor dada pelo catálogo do fabricante. Fora esses pontos observa-se uma tendência
de queda da vazão volumétrica de refrigerante na sucção do compressor, com o aumento da
razão de pressão.
Figura 4.5 – Vazão volumétrica na sucção do compressor vs razão de pressão entre a descarga e a
sucção.
80
Figura 4.6 –Coeficiente de Performance vs razão de pressão.
Figura 4.7 – Potência consumida pelo compressor vs temperatura de condensação, para diversas curvas
de evaporação.
81
O rendimento volumétrico do compressor diminui progressivamente com o aumento
da temperatura de condensação. A vazão mássica de refrigerante acompanha o desempenho
do rendimento volumétrico, uma vez que o volume específico do refrigerante na sucção,
permanece constante em virtude da manutenção de uma mesma temperatura de evaporação.
É observado na figura 4.8 que a vazão tende a cair com o aumento da temperatura de
condensação para diversas curvas de evaporação. Para uma temperatura de condensação
suficientemente alta, a vazão mássica deve assumir um valor nulo. Isso é verificado porque,
com o aumento na temperatura e pressão na descarga, aumenta-se à entalpia neste ponto
ocasionando uma diminuição na vazão de refrigerante de acordo com a eq.(3.20).
Figura 4.8 – Vazão mássica de refrigerante vs temperatura de condensação, para diversas curvas de
evaporação.
82
condensação o que acarreta uma diminuição da vazão mássica que, por conseguinte causa
uma diminuição na capacidade de refrigeração.
Figura 4.10 - Potência consumida pelo compressor vs temperatura de evaporação, para diversas curvas
de condensação.
Figura 4.11 - Vazão mássica de refrigerante vs temperatura de evaporação, para diversas curvas de
condensação.
83
A capacidade de refrigeração tem um leve aumento com a temperatura de
evaporação, como segue na figura 4.12, pois para pressão de sucções maiores o efeito de
refrigeração é maior. A capacidade de refrigeração, por exemplo, pode ser dobrada pela
variação da temperatura de evaporação de 0 a 20°C positivos. Porém isso não é interessante
para o funcionamento da máquina, pois sua função é ter refrigerante a baixa temperatura na
saída da válvula, o que reduz a pressão de sucção. Na bancada não foi possível chegar a tais
pontos, pois a válvula de expansão limitou os ensaios a uma temperatura de evaporação
máxima de –4,89°C.
84
Figura 4.13 – Eficiência volumétrica efetiva vs razão de pressão.
85
(a) (b)
Gráfico 4.14 – (a) Eficiência volumétrica efetiva vs temperatura de evaporação, para diversas curvas de
condensação; (b) Eficiência volumétrica efetiva vs temperatura de condensação, para diversas curvas
de evaporação.
86
4.6 – Análise de incertezas
87
Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio 5
COP 2,084±0,264 1,693±0,2501 1,885±0,1583 2,25±0,2546 2,125±0,2491
h4[kj/kg] 315,2±24,87 312,8±13,78 339,7±9,132 302,1±14,04 310,4±11,93
h6[kj/kg] 271,2±19,14 288,8±19,13 262,7±12,78 262,8±18,16 265,5±18,61
mref[kg/s] 0,1273±0,001918 0,1272±0,00187 0,1306±0,001894 0,1479±0,002274 0,1441±0,002161
ηve 0,7608±0,02143 0,7213±0,0199 0,6439±0,01674 0,6972±0,01743 0,6934±0,01727
ηiso 0,6006±0,01784 0,5878±0,01593 0,5725±0,01367 0,5823±0,01559 0,5961±0,01481
Qev[kW] 19,16±2,418 16,42±2,42 19,68±1,641 23,58±2,658 22,74±2,656
Tabela 4.4 – Erros dos ensaios 1 ao 5.
O que é observado com relação ao erro é que todas as grandezas que dependem das
vazões de água possuem um erro global maior, como por exemplo, as entalpias h4 e h6 e
também as grandezas COP e Qev. É observado também que para todos os ensaios a vazão
de refrigerante apresentou um erro percentual baixo (na ordem de 1,38 a 1,53%).
88
Capítulo 5
Conclusão
5.1 – Conclusões
A construção da bancada foi um grande desafio, devido à falta de recursos materiais
e financeiros do departamento, mas apesar das adversidades a bancada funcionou dentro do
esperado, além de apresentar um bom layout que pode ser verificado nas figuras do anexo
F. A bancada apresentou pequenos problemas passíveis de correção, como por exemplo, a
incompleta condensação do refrigerante na saída do condensador, que apenas foi observada
após o funcionamento da bancada, visto que esta sofreu uma grande modificação com
relação ao sistema de condensação como mencionado no capítulo 3.
Os resultados obtidos tais como eficiência volumétrica efetiva, vazão mássica de
refrigerante, eficiência isoentrópica de compressão, capacidade de refrigeração foram
condizentes com o que é encontrado na literatura do assunto assim como os valores dados
pelo catálogo do fabricante. No total foram feitas cerca de cem horas de testes, que gerou
15 diferentes condições de ensaio. As primeiras condições pré-estabelecidas foram bem
simples, porém com o grande número de ensaios realizados, as últimas condições foram
bem difíceis de serem alcançadas visto que nesses ensaios levavam cerca de 6 horas até que
as condições se estabilizassem. A dificuldade de se fazer diferentes condições é vista, pois a
modificações dos patamares de testes eram feitas principalmente pela regulagem nas vazões
de água das bombas de condensação e evaporação, assim como também na regulagem da
carga térmica para o tanque de armazenamento térmico. Uma forma de obter uma maior
variabilidade seria intervir diretamente no estado do refrigerante, com o auxílio de válvulas
para regulagem de vazão.
Ao final dos testes pode se verificar que parâmetros, tais como temperaturas de
condensação e de evaporação influem diretamente no desempenho do compressor, e o quão
importante é ter controle e conhecimento desses parâmetros, visto que no setor residencial
os equipamentos de refrigeração e ar condicionado representam 8% de toda a energia
elétrica consumida no país, no setor comercial representa 3% e no setor industrial 2,8%, ou
seja, um total de 13,8% do consumo de energia elétrica no país.
89
5.2 – Recomendações e sugestões para trabalhos futuros
Para a realização de trabalhos futuros na área de testes de compressor
especificamente na bancada de ensaios recomenda-se:
• A inserção de mais um condensador de refrigerante, para que ao final da
condensação ele alcance o estado líquido saturado;
• Utilização de um sistema de aquisição de dados para colher as leituras dos 14
termopares, assim como a instalação de pelo menos 4 transdutores de pressão, que
devem ser posicionados de acordo com a figura 3.8;
• Eliminar o uso de mangueiras de alta pressão para a fixação dos manômetros na
bancada, ou seja, fixar os manômetros diretamente na tubulação;
• Ter maior controle direto sobre as condições do refrigerante, como por exemplo, a
instalação de válvulas para controle de vazão nas linhas de vapor e nas linhas de
líquido;
• A instalação de rotâmetros para aferir com maior precisão as vazões de água nas
bombas do ciclo de condensação e evaporação, já que essas leituras apresentaram a
maior influência sobre os erros globais dos parâmetros de performance
mencionados;
• A instalação de medidores de vazão direta de refrigerante nas linhas de gás e de
líquido;
• Na linha da água do evaporador instalar um mangote na saída da bomba para
minimizar efeitos de vibração;
• Instalar a maior quantidade possível de válvulas de esfera juntamente com luvas de
união a fim de facilitar manutenção e regular a partir de vários pontos a vazão de
água;
• Trocar a válvula de expansão termostática, pois ao final do último teste realizado na
bancada o parafuso de regulagem do grau de superaquecimento se danificou;
• Isolamento da tubulação da descarga do compressor para evitar acidentes;
• Melhoramento no layout dos comandos elétricos, assim como sua proteção;
• Terminar a construção da câmara calorimétrica;
• Realização de testes com um segundo compressor do mesmo modelo do da
bancada, dentro do calorímetro, sem que haja a necessidade de retirar o compressor
90
que está instalado no Chiller. Para tal é necessário a instalação de válvulas tanto na
sucção como na descarga do compressor do Chiller capazes de isolar um
compressor do outro, sendo que ambos utilizam o mesmo ciclo.
Projeto de graduação 1:
1) Construção da Bancada de Refrigeração
2) Instrumentação dos Componentes do ciclo de Refrigeração
3) Detectar vazamentos na tubulação de gás refrigerante, detectar vazamentos na
tubulação de água ciclo 1( evaporador e resistência térmica), detectar vazamentos na
tubulação de água ciclo 2 (condensador do refrigerante e “torre de resfriamento”).
4) Energização da bancada
Projeto de graduação 2:
5) Efetuar testes da bancada de refrigeração
6) Obtenção de dados experimentais característicos de desempenho de compressores
de refrigeração
7) Analisar o desempenho do ciclo
8) Construção da Câmara calorimétrica;
9) Efetuar testes com o compressor no interior da câmara calorimétrica;
10) Comparar resultados experimentais com o teórico.
2°/2003 1°/2004
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
1 X X X X X
2 X X X X
3 X X
4 X
5 X X
6 X X X X
7 X X X
8 X X
9 X X X
10 X X
Tabela 5.1 – Cronograma de atividades
91
É observado na tabela 5.1 que muitas tarefas levaram um tempo bem acima do
previsto, por exemplo, para a construção da bancada o tempo requerido foi cerca de dez
meses, com jornadas diárias de trabalho de 7 horas.
As tarefas 9 e 10 do cronograma não foram cumpridas em virtude da falta de verba
do departamento assim como a falta de tempo, apesar de terem sido iniciadas com êxito.
92
Referências bibliográficas
Dossat, R. J., 1980, “Principios de Refrigeração” , Hemus Livraria Ed., São Paulo.
Stoecker, W. F., Saiz Jabardo. J., M., 2002, “Refrigeração Industrial”, Editora Edgard
Blücher LTDA, São Paulo.
ASHRAE – American Society of heating, ventilation and air conditioning, Inc, ASHRAE
23-1978R, 1978
Pimenta, J., M., 1998, “On the Suitability of Simple Methods for Fault Detection and
Diagnosis”, Faculty of Aplied Sciences, University of Liège Belgium.
Brochado, M. C., 2003, “Projeto e Aplicação de uma Câmara Calorimétrica para Ensaios de
Componentes Térmicos”, Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade de Brasília.
93
Anexos
94
Anexo A (ensaios realizados)
• Dados coletados na bancada de ensaio
Wcp (kW) 8,74 9,15 9,44 9,37 8,98 9,44 9,19 0,3
Ensaio 1
95
Vag,ev (m3/h) 2,7704
Vag,cd (m3/h) 1,5934
Tamb(°C) 24
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. pad.
temperatura - (°C)
1 12,8 10,7 12,6 14,6 15,8 16,3 13,8 2,1
2 128,5 129,1 129,7 131,7 133,7 134,5 131,2 2,5
3 118,8 119,5 119,8 121,6 123,2 124,4 121,2 2,2
4 40,5 40,9 40,6 40,7 40,9 40,8 40,7 0,2
5 38,1 38,5 38,3 38,3 38,4 38,3 38,3 0,1
6 -5,1 -4,8 -4,7 -4,6 -4,5 -4,3 -4,7 0,3
7 10,4 8,5 10,3 12,2 13,3 13,8 11,4 2,0
8 11,3 9,4 11,1 12,9 14,1 14,7 12,3 2,0
9 15,6 13,5 15,4 17,3 18,3 18,9 16,5 2,0
10 15,5 13,4 15,4 17,2 18,5 19 16,5 2,1
11 28,9 28,7 27,3 27,3 27 27,8 27,8 0,8
12 39,7 40,1 39,9 40 40,8 40,5 40,2 0,4
13 38,3 38,5 35,7 36 37,2 36,8 37,1 1,2
14 18,5 16,6 18,5 20,2 21,9 21,9 19,6 2,1
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 197 198 197 197,5 197,5 198 197,5 0,4 1361,7146
saída (PSI) - ponto 6 49 49,5 49,6 50 50,5 50 49,8 0,5 343,35891
condensador
saída (kgf/cm2) - ponto 4 14,8 14,9 14,8 14,8 14,8 14,9 14,8 0,1 1451,3842
96
Vag,ev (m3/h) 1,5958
Vag,cd (m3/h) 0,763
Tamb (°C) 25
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 11,1 8,6 7,5 6,2 8,4 2,1
2 135,2 134,1 133 132,2 133,6 1,3
3 126,3 125,3 123,7 123,5 124,7 1,3
4 49 49,3 48,8 48,9 49,0 0,2
5 46,4 46,7 46,2 46,3 46,4 0,2
6 -3,1 -2,4 -2,6 -2,3 -2,6 0,4
7 6,1 5,2 5,1 4,2 5,2 0,8
8 9,4 7,6 6,8 5,7 7,4 1,6
9 23,1 16,2 13,2 10,9 15,9 5,3
10 23,1 16,2 13,1 10,7 15,8 5,4
11 27,3 26,8 27,3 27,2 27,2 0,2
12 49,8 50,1 49,4 49,6 49,7 0,3
13 49,1 49,1 48,1 48,4 48,7 0,5
14 23,3 17,4 14,9 12,8 17,1 4,5
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 245 245 242 241 243,3 2,1 1677,494
saída (PSI) - ponto 6 53,5 54 54 53 53,6 0,5 369,559
condensador
saída (PSI) - ponto 4 262 260 260 260 260,5 1,0 1796,084
97
Vag,ev (m3/h) 2,9088
Vag,cd (m3/h) 1,824
Tamb (°C) 26
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 18,8 22 22,8 22,9 22,8 22,7 22,0 1,6
2 126,5 130,8 132,1 132,6 132,7 132,6 131,2 2,4
3 118,3 122,8 124 124,3 124,4 124,4 123,0 2,4
4 43,4 43,8 43,7 43,6 43,6 43,4 43,6 0,2
5 41,4 41,7 41,6 41,5 41,5 41,2 41,5 0,2
6 -0,3 0 0 0 0 0 -0,1 0,1
7 16,3 19 19,6 19,6 19,6 19,4 18,9 1,3
8 16,9 19,7 20,3 20,3 20,3 20,1 19,6 1,3
9 23,3 26 26,6 26,5 26,5 26,3 25,9 1,3
10 23,3 26,1 26,7 26,6 26,5 26,3 25,9 1,3
11 27,5 28,1 28,2 28,4 28,3 28,4 28,2 0,3
12 41,5 41,7 41,5 41,4 41,4 41,2 41,5 0,2
13 32,8 34,4 34,8 34,7 34,7 34,4 34,3 0,8
14 27 31,4 31,7 32,3 31,7 31,7 31,0 2,0
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 215 215 213 214 212 212 213,5 1,4 1472,031
saída (PSI) - ponto 6 60 60 60 60 60 60 60,0 0,0 413,685
condensador
saída (PSI) - ponto 4 230 230 227 227 227 227 228,0 1,5 1572,005
Wcp (kW) 10,63 10,6 10,62 10,34 10,4 10,27 10,48 0,2
Ensaio 4
98
Vag,ev (m3/h) 2,9328
Vag,cd (m3/h) 1,2582
Tamb (°C) 29,8
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 22,6 22,9 23,4 23,7 23,6 23,6 23,3 0,4
2 136,7 137,5 137,5 137,7 137,9 138,1 137,6 0,5
3 127,9 128,9 128,9 128,9 128,7 129 128,7 0,4
4 47,3 47,6 46,9 46,6 46,6 46,5 46,9 0,4
5 44,1 44,3 43,6 43,3 43,3 43,2 43,6 0,5
6 0,5 0,7 0,5 0,6 0,5 0,4 0,5 0,1
7 19,5 19,6 20,1 20,3 20,3 20,3 20,0 0,4
8 20,2 20,3 20,8 21 21 21 20,7 0,4
9 26,2 26,5 26,7 26,9 26,8 26,9 26,7 0,3
10 26,2 26,5 26,7 26,9 26,8 26,9 26,7 0,3
11 27 27,2 27,6 27,2 27,1 27 27,2 0,2
12 46,2 46,3 45,4 45,2 45,3 45,1 45,6 0,5
13 38,3 38,5 38,1 38 38,1 38 38,2 0,2
14 32 32,1 32,6 32,6 32,5 32,5 32,4 0,3
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 227 230 225 225 225 224 226,0 2,2 1558,215
saída (PSI) - ponto 6 61 62 61 61 61 61 61,2 0,4 421,959
condensador
saída (PSI) - ponto 4 249 250 245 245 245 243 246,2 2,7 1697,489
Wcp (kW) 10,79 10,84 10,57 10,58 10,68 10,74 10,70 0,1
Ensaio 5
99
Vag,ev (m3/h) 0,974
Vag,cd (m3/h) 1,233
Tamb (°C) 28,1
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 8,8 9,6 10 10,4 10,5 10,6 10,0 0,7
2 127,3 128,4 129 129,2 129,3 129,2 128,7 0,8
3 118,5 119,8 120,3 120,5 120,6 120,5 120,0 0,8
4 45,9 46 46,1 45,9 45,8 45,5 45,9 0,2
5 42,5 42,5 42,5 42,4 42,3 42 42,4 0,2
6 -2,3 -2,3 -2,3 -2,3 -2,4 -2,4 -2,3 0,1
7 5,1 5,2 5,4 5,8 5,8 5,8 5,5 0,3
8 6,8 7,1 7,4 7,7 7,8 7,8 7,4 0,4
9 17,4 18,4 18,6 19,1 19,8 19,3 18,8 0,8
10 17,4 18,3 18,6 19,1 19,2 19,3 18,7 0,7
11 28,7 28,5 28,6 28,5 28 27,8 28,4 0,4
12 44,8 44,8 44,9 44,7 44,6 44,4 44,7 0,2
13 37 37,3 37,5 37,5 37,4 37,4 37,4 0,2
14 21 23,9 25,9 25,9 25,4 25,5 24,6 1,9
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 217 220 220 217 216 215 217,5 2,1 1499,610
saída (PSI) - ponto 6 55 54,5 55 54,9 54,2 54 54,6 0,4 376,454
condensador
saída (PSI) - ponto 4 240 240 241 240 238 238 239,5 1,2 1651,294
Wcp (kW) 9,97 10,06 10,06 10,08 9,88 9,86 9,99 0,1
Ensaio 6
100
Vag,ev (m3/h) 0,5402
Vag,cd (m3/h) 0,77385
Tamb (°C) 28
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 -11,5 -11,3 -11,2 -11 -10,9 -10,7 -11,1 0,3
2 117,1 118,1 119,1 120,4 120,7 120,8 119,4 1,5
3 108,6 109,4 110,2 111,4 112,6 112 110,7 1,6
4 46,9 47 46,9 46,8 46,8 46,8 46,9 0,1
5 43,4 43,5 43,4 43,2 43,3 43,2 43,3 0,1
6 -6,4 -6,7 -6,8 -7 -7 -7 -6,8 0,2
7 1,7 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 0,0
8 9 9,1 9,1 9,1 8,9 9,1 9,1 0,1
9 34,3 35,3 35,8 36,2 36,4 36,4 35,7 0,8
10 34,5 35,4 35,9 36,4 36,6 36,6 35,9 0,8
11 28,4 28,3 28 27,7 27,7 27,5 27,9 0,4
12 46,7 46,8 46,7 46,6 46,6 46,7 46,7 0,1
13 41,9 42,4 42,6 42,7 42,9 42,9 42,6 0,4
14 34,8 35,7 36,2 36,7 36,8 37 36,2 0,8
pressão Pmn(kPa)
descarga (PSI) - ponto 2 263 264 264 263 264 263 263,5 0,5 1816,768
suçcão (kgf/cm2) - ponto 1 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 0,0 235,36
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 225 225 225 225 225 223 224,7 0,8 1549,252
saída (PSI) - ponto 6 46,5 45 45 45 45 44,5 45,2 0,7 311,643
condensador
saída (PSI) - ponto 4 245 246 245 245 245 245 245,2 0,4 1690,594
Wcp (kW) 9,41 9,6 9,61 9,48 9,62 9,72 9,57 0,1
Ensaio 7
101
Vag,ev (m3/h) 3,8747
Vag,cd (m3/h) 0,93732
Tamb (°C) 28,9
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 27,4 28,9 28,2 27,7 27,4 27,8 27,9 0,6
2 149,4 151,4 152,2 151,8 151,3 151,2 151,2 1,0
3 139,8 141,8 142,4 141,8 141,4 141,1 141,4 0,9
4 51,1 51,7 51,6 51,7 51,2 51,1 51,4 0,3
5 46,5 46,9 46,9 47 46,5 46,4 46,7 0,3
6 1,4 1,6 1,6 1,8 1,7 1,6 1,6 0,1
7 25,4 26,5 25,9 25,4 25,1 25,5 25,6 0,5
8 25,9 27,1 26,5 26 25,6 26,1 26,2 0,5
9 30 31 30,3 29,8 29,4 29,9 30,1 0,5
10 30,1 31 30,3 29,8 29,4 30 30,1 0,5
11 30,5 30,8 30,5 30,6 30,5 30,7 30,6 0,1
12 51,7 52,2 52,2 52,2 51,5 51,5 51,9 0,4
13 43,3 43,7 43,2 43 42,9 43,1 43,2 0,3
14 34,3 34,2 33,4 32,9 32,6 33,5 33,5 0,7
pressão Pmn(kPa)
descarga (PSI) - ponto 2 290 293 293 294 292 292 292,3 1,4 2015,338
suçcão (PSI) - ponto 1 47 47 47 47 46 47 46,8 0,4 322,675
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 245 245 245 245 242 243 244,2 1,3 1683,7
saída (PSI) - ponto 6 63,5 64 64,2 64,8 64 63,5 64,0 0,5 441,264
condensador
saída (PSI) - ponto 4 275 275 277 275 273 273 274,7 1,5 1893,99
102
Vag,ev (m3/h) 1,15275
Vag,cd (m3/h) 3,70155
Tamb (°C) 27
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 10,4 9,8 9,8 10,1 10 10 10,0 0,2
2 131,2 130,5 130,3 130,6 130,4 130,4 130,6 0,3
3 119,9 119 118,9 119,2 118,9 118,5 119,1 0,5
4 36,5 36,3 36,6 36,5 36,3 36,1 36,4 0,2
5 30,9 30,7 31 30,9 30,6 30,4 30,8 0,2
6 -8,8 -9 -8,9 -8,9 -8,8 -9 -8,9 0,1
7 6,9 6,5 6,4 6,7 6,5 6,7 6,6 0,2
8 8,8 8,3 8,3 8,6 8,5 8,5 8,5 0,2
9 17,2 16,9 16,9 17,1 16,9 16,9 17,0 0,1
10 17,2 16,9 16,8 17 16,9 16,9 17,0 0,1
11 30,8 30,4 30,8 30,7 30,5 30,3 30,6 0,2
12 35,1 34,8 35,1 35,1 34,8 34,6 34,9 0,2
13 34,2 33,9 34,2 34,2 33,9 33,7 34,0 0,2
14 19,5 19,4 19,4 19,6 19,3 19,4 19,4 0,1
pressão Pmn(kPa)
descarga (PSI) - ponto 2 206 205 205 205 204 203 204,7 1,0 1411,356
suçcão (kgf/cm²) - ponto 1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 0,0 205,939
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 162 162 162 162 160 160 161,3 1,0 1112,124
saída (PSI) - ponto 6 42 42 41,5 42 41,2 41,5 41,7 0,3 287,511
condensador
saída (PSI) - ponto 4 191 191 191 191 188 188 190,0 1,5 1310,003
Wcp (kW) 8,72 8,68 8,7 8,8 8,74 8,79 8,74 0,0
Ensaio 9
103
Vag,ev (m3/h) 3,8295
Vag,cd (m3/h) 1,31295
Tamb (°C) 26,4
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 25,4 25,6 25 24,1 23,4 23 24,4 1,1
2 144,2 144,3 144,4 143,6 142,7 142,3 143,6 0,9
3 133 133,3 133,6 132,8 131,9 131,5 132,7 0,8
4 42,1 42,1 42,2 41,8 41,5 41,4 41,9 0,3
5 36,6 36,6 36,6 36,3 36 35,8 36,3 0,3
6 -2,1 -2 -2 -2,2 -2,1 -2,3 -2,1 0,1
7 23,2 23,3 22,8 21,9 21,1 20,6 22,2 1,1
8 23,8 23,9 23,4 22,5 21,7 21,2 22,8 1,1
9 27,6 27,8 27,1 26,3 25,5 25 26,6 1,1
10 27,7 27,8 27,1 26,3 25,5 25 26,6 1,2
11 27,2 27,4 27,5 27,1 26,8 26,8 27,1 0,3
12 41,3 41,3 41,4 41 40,7 40,6 41,1 0,3
13 36,7 36,7 36,3 35,8 35,2 35,1 36,0 0,7
14 31,4 31,5 30,6 29,8 29 28,9 30,2 1,1
pressão Pmn(kPa)
descarga (PSI) - ponto 2 237 236 236 235 233 232,5 234,9 1,8 1619,578
suçcão (kgf/cm²) - ponto 1 2,7 2,7 2,7 2,7 2,6 2,6 2,7 0,1 264,780
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 187 188 186 186 185 184 186,0 1,4 1282,425
saída (PSI) - ponto 6 55 55,5 55 55 54,5 54,5 54,9 0,4 378,522
condensador
saída (PSI) - ponto 4 220 219 218 217 216 215 217,5 1,9 1499,610
Wcp (kW) 9,73 9,86 9,8 9,66 9,67 9,48 9,70 0,1
Ensaio 10
104
Vag,ev (m3/h) 0,5214
Vag,cd (m3/h) 0,8564
Tamb (°C) 24
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 -2,3 -2,9 -4,3 -4,2 -2,6 -2 -3,1 1,0
2 132,1 130,1 128,6 127,8 128 128,7 129,3 1,6
3 120,8 118,9 117,5 116,8 117 117,4 118,0 1,6
4 41,6 41,4 41 41,1 41,1 41,1 41,2 0,2
5 34,4 34,3 33,9 34,1 33,9 33,9 34,1 0,2
6 -7,5 -7,5 -7,8 -7,7 -7,7 -7,7 -7,7 0,1
7 1,1 1,4 1,1 1,4 1,4 1,6 1,3 0,2
8 6,8 7 6,8 6,9 7 7,1 6,9 0,1
9 21,8 22,3 22,1 23 23,6 23,5 22,7 0,8
10 21,6 22,3 22,1 23 23,7 23,6 22,7 0,9
11 27 26,7 26,3 26,6 26,4 26,3 26,6 0,3
12 42,3 42 41,5 41,7 41,5 41,5 41,8 0,3
13 38,9 38,8 38,5 38,9 38,9 38,9 38,8 0,2
14 21,5 22 22,2 23,1 23,7 23,6 22,7 0,9
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 177 175 175 175 175 175 175,3 0,8 1208,651
saída (PSI) - ponto 6 44 43 43 43 43,5 43 43,3 0,4 298,543
condensador
saída (PSI) - ponto 4 217,5 215 214 215 215 215 215,3 1,2 1484,441
Wcp (kW) 8,86 8,81 9,11 9,2 9,15 9,2 9,06 0,2
Ensaio 11
105
Vag,ev (m3/h) 3,661
Vag,cd (m3/h) 0,7059
Tamb (°C) 26,7
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. pad.
temperatura - (°C)
1 24,5 22,9 23,1 24,6 24,5 24,4 24,0 0,8
2 154,5 153,5 152,9 153,5 153,8 153,8 153,7 0,5
3 142,9 141,7 141 141,6 141,8 141,8 141,8 0,6
4 49,5 49,5 49,5 49,7 49,8 49,6 49,6 0,1
5 42,8 42,8 42,8 43,1 43,1 43 42,9 0,2
6 -0,2 -0,2 -0,3 -0,4 -0,4 -0,4 -0,3 0,1
7 22 20,7 21 22,2 22,1 22 21,7 0,6
8 22,8 21,4 21,6 23 22,9 22,8 22,4 0,7
9 26,6 25,3 25,7 26,9 26,8 26,7 26,3 0,7
10 26,6 25,2 25,7 26,9 26,7 26,7 26,3 0,7
11 28,5 28,3 28,5 28,2 28,3 28 28,3 0,2
12 50,7 50,5 50,6 50,9 50,9 50,8 50,7 0,2
13 46,5 45,8 45,8 46,1 46,1 45,8 46,0 0,3
14 28,7 27,9 28,4 29,7 29,3 29,3 28,9 0,7
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 220 222 222 222 221 222 221,5 0,8 1527,189
saída (PSI) - ponto 6 59,5 59,5 59 59 58,5 58,5 59,0 0,4 406,791
condensador
saída (PSI) - ponto 4 262 262 263 263 264 264 263,0 0,9 1813,321
Wcp (kW) 9,55 9,62 9,49 9,55 9,57 9,61 9,57 0,05
Ensaio 12
106
Vag,ev (m3/h) 0,8139
Vag,cd (m3/h) 3,5864
Tamb (°C) 23
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. pad.
temperatura - (°C)
1 16,4 15,7 15,5 15,8 16 15,8 15,9 0,3
2 141 140,4 140,1 140 139,8 139,6 140,2 0,5
3 126,6 126,1 126 125,6 125,2 125,2 125,8 0,6
4 33,2 33 33,2 33 33 32,9 33,1 0,1
5 25,6 25,4 25,6 25,4 25,3 25,2 25,4 0,2
6 -7,2 -7,1 -6,9 -7,1 -7,1 -7,1 -7,1 0,1
7 10,6 10,1 10,1 10,3 10,3 9,9 10,2 0,2
8 13,9 13,5 13,5 13,7 13,7 13,5 13,6 0,2
9 27,3 26,8 27,1 27,3 27,3 27,4 27,2 0,2
10 27,4 27 27,2 27,4 27,4 27,5 27,3 0,2
11 28,3 28,2 28,3 28,2 28 28,1 28,2 0,1
12 32,2 32,1 32,2 32,1 31,9 31,9 32,1 0,1
13 31,4 31,2 31,4 31,4 31,3 31,3 31,3 0,09
14 28,4 28,1 28,3 28,5 28,6 28,7 28,4 0,2
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 139 137 138 137 137 137 137,5 0,8 948,029
saída (PSI) - ponto 6 44,5 45 45 45 45 44,5 44,8 0,3 308,885
condensador
saída (PSI) - ponto 4 174 174 174 174 173 173 173,7 0,5 1197,619
107
Vag,ev (m3/h) 0,5463
Vag,cd (m3/h) 0,5883
Tamb (°C) 24,8
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 00h50 media desv. Pad.
temperatura - (°C)
1 7,8 7,7 7,6 7,6 7,8 7,5 7,7 0,1
2 140,8 140,4 140,1 140,3 140,2 140,1 140,3 0,3
3 128,7 127,8 127,7 127,6 127,6 127,6 127,8 0,4
4 46 45,9 45,8 45,8 45,6 45,5 45,8 0,2
5 38,8 38,7 38,6 38,6 38,3 38,2 38,5 0,2
6 -4,9 -4,9 -4,9 -4,9 -5 -5,1 -5,0 0,09
7 3,7 3,8 3,9 3,8 3,8 3,7 3,8 0,08
8 9,3 8,9 8,6 8,7 8,8 8,7 8,8 0,3
9 25,7 24,4 23,7 24,2 24,5 24,7 24,5 0,7
10 25,8 24,4 23,7 24,2 24,5 24,7 24,6 0,7
11 24,7 24,4 24,2 24,1 23,7 23,7 24,1 0,4
12 47,5 47,3 47,2 47,3 46,9 46,8 47,2 0,3
13 44,4 44,1 43,9 44 43,8 43,7 44,0 0,2
14 23,8 24 24 24,3 24,8 25,1 24,3 0,5
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 200 199 200 198 196 196 198,2 1,9 1366,541
saída (PSI) - ponto 6 49,5 49 49,5 49 49 49 49,2 0,3 339,222
condensador
saída (PSI) - ponto 4 242 241 241 240 238 238 240,0 1,7 1654,742
Wcp (kW) 9,67 9,62 9,53 9,62 9,59 9,64 9,61 0,05
Ensaio 14
108
Vag,ev (m3/h) 3,5487
Vag,cd (m3/h) 3,5222
Tamb (°C) 24
hora 00h00 00h10 00h20 00h30 00h40 media desv. pad.
temperatura - (°C)
1 24,4 23,9 23 22,9 22,6 23,4 0,8
2 146,7 146,3 145,8 145,2 145 145,8 0,7
3 131,2 130,6 130,1 129,3 128,6 130,0 1,0
4 33 32,2 32 31,8 31,4 32,1 0,6
5 25 24,1 23,9 23,7 23,3 24,0 0,6
6 -10 -9,8 -9,6 -9,8 -9,7 -9,8 0,1
7 22,1 21,6 20,6 20,6 20,1 21,0 0,8
8 22,9 22,5 21,5 21,5 21,1 21,9 0,8
9 26,5 26 25 25,2 24,6 25,5 0,8
10 26,6 26,1 25,1 25,2 24,5 25,5 0,8
11 26,6 27,1 27,1 27 26,3 26,8 0,4
12 32,1 31,2 31 30,8 30,2 31,1 0,6
13 30,6 30,2 29,9 30 29,2 30,0 0,5
14 28,5 28,1 27,2 27,7 26,7 27,6 0,7
válvula de expansão
entrada (PSI) - ponto 5 136 134 132 131 130 132,6 2,4 914,245
saída (PSI) - ponto 6 40 40 40 40 40 40,0 0,0 275,790
condensador
saída (PSI) - ponto 4 174 171 170 170 167 170,4 2,5 1174,867
109
Anexo B (rotina de cálculo do EES)
• Exemplo da rotina de cálculos utilizada no EES (Engineering Equation Solver).
Temperaturas
T1 = 19
T2 =129,2
T3=119,4
T4=35,9
T5=34,3
T6=-5,4
T7=15,9
T8=16,7
T9=22,1
T10=22
T11=28,7
T12=34,1
T13=32,1
T_amb = 24,7
Pressão
P1 =335,292
P2 =1489,762
P4=1374,796
P5=1312,566
P6=421,764
Potência do compressor
W_dot_cp = 9,19
Massa específica
rho_ag_ev=999
rho_ag_cd=995,025
rho_ref_suc=DENSITY(R22;T=T1;P=P1)
Calor específico
cp_ag_ev=4,183
cp_ag_cd=4,178
Temperaturas
T_medio_ev=(T10+T7)/2
T_medio_cd=(T11+T12)/2
T_ev = TEMPERATURE(R22;x=1;P=P1)
110
T_cd = TEMPERATURE(R22;x=1;P=P2)
Coefiecientes convectivos
h_cp = 1,42*((T_sup_cp-T_amb)/0,508)^0,25
h_cd=1,32*((T_sup_cd-T_amb)/0,16234)^0,25
Entropia
S1=ENTROPY(R22;T=T1;P=P1)
S1=S2_isso
Entalpia
h1 = ENTHALPY(R22;T=T1;P=P1)
h2 = ENTHALPY(R22;T=T2;P=P2)
h4=-((m_dot_ag_cd*cp_ag_cd*(T12-T11)+Q_dot_amb_cd)/m_dot_ref)+h2
h6=-((m_dot_ag_ev*cp_ag_ev*(-T7+T10))/m_dot_ref)+h1
h2_iso=ENTHALPY(R22;P=P2;S=S1)
Potências
Q_dot_amb_cp*1000 = h_cp*A_cp*(T_sup_cp-T_amb)
Q_dot_ev=(m_dot_ref)*(h1-h6)
Q_dot_amb_cd*1000=h_cd*A_cd*(T_sup_cd-T_amb)
Parâmetros de performance
n_ve=(v_dot_a)/(v_dot_p)
cop=Q_dot_ev/W_dot_cp
n_cp_is=m_dot_ref*(h2_iso-h1)/W_dot_cp
Vazão volumétrica
v_dot_p=47,76/3600
v_dot_a=m_dot_ref/rho_ref_suc
111
Anexo C (diagramas P vs h)
Ensaio 1 Ensaio 2
Ensaio 3 Ensaio 4
112
Ensaio 5 Ensaio 6
Ensaio 7 Ensaio 8
113
Ensaio 9 Ensaio 10
Ensaio 11 Ensaio 12
114
Ensaio 13 Ensaio 14
Ensaio 15
115
Anexo D (acessórios do Chiller)
• Filtro secador
Tem como finalidade filtrar o refrigerante. Retém umidade e ácidos que possam
estar no ciclo. O filtro secador é mostrado na fig. D.1.
• Válvula solenóide
A válvula solenóide, fig. D.2, tem como objetivo o bloqueio do refrigerante na
linha de líquido, antes da válvula de expansão, com a finalidade de evitar a migração de
refrigerante ao evaporador por ocasião da parada do compressor por controle de
temperatura, falha do ciclo ou desligamento do equipamento.
116
• Válvula de inspeção
A válvula de inspeção, fig. D.3, auxilia no carregamento ou transferência de
refrigerante num serviço de manutenção. Pode ser utilizada para outra finalidade, como por
exemplo, instalação de manômetro. Localiza-se na carga do compressor.
• Válvula de serviço
A válvula de serviço, fig. D.4, tem como finalidade fechar uma determinada parte
do ciclo para a execução de um serviço de manutenção.
• Plug fusível
O Plug fusível é utilizado para a proteção do ciclo contra alta temperatura do
refrigerante. Esta localizado na linha de líquido.
117
• Visor de líquido
O visor de líquido, fig. D.5, indica a presença de refrigerante não condensado antes
da válvula de expansão. Indica também a presença de umidade no ciclo através da mudança
de cor no indicador existente no centro.
• Tanque de líquido
O tanque de líquido , fig. D.6, tem como finalidade o recolhimento de refrigerante e
estabilidade de funcionamento. No ciclo de refrigeração está localizado entre condensador
remoto e a linha de líquido do aparelho.
• Termostato de controle
O termostato de controle tem como finalidade controlar a temperatura de saída de
água gelada do resfriador. O bulbo sensor está localizado na entrada do resfriador.
• Termostato anti-congelamento
O termostato anti-congelamento tem como finalidade proteger o resfriador contra o
congelamento da água gelada. O bulbo do sensor esta localizado na saída do resfriador.
118
• Termostato de descarga
O termostato de descarga tem como finalidade proteger o compressor da alta
temperatura no estator.
• Aquecedor de óleo
O aquecedor de óleo, fig. D.7, mantém o óleo aquecido e o refrigerante na fase
vapor, evitando assim, a mistura dos dois. O aquecedor de óleo é acionado quando o
compressor é desligado.
119
Anexo E (dados técnicos do fabricante)
• Condições de Operação
• Características elétricas
120
• Detalhes técnicos do condensador remoto e do resfriador
121
• Dados gerais dos componentes da bancada.
122
• Digrama da tubulação.
123
Anexo F (fotos da bancada)
• Fotos da bancada.
Figura F.1 – Visão frontal da bancada Figura F.2 –Visão lateral esquerda da bancada
124
Figura F.4 –Visão geral da bancada
125
Anexo G (empresas consultadas)
• Empresa A: Bitzer compressores S.A., Av. Monfarrei, 317, CEP: 05311-901, São
Paulo, SP.
• Empresa B: Madef S.A. Indústria e comércio, R. Liberdade, 1315 B. Igara, CEP:
92020-240, Canoas, RS.
• Hitachi, Indústrias S.A., divisão de ar condicionado, Rod. Presidente Dutra km. 141
– São José dos Campos, SP (www.hitachi.com.br).
126