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Universidade Federal do Ceará - UFC

Departamento de Engenharia Elétrica – DEE


Disciplina: TH0185 - Instalações Elétricas Industriais
Prof: Dr. Carlos Gustavo C. Branco

Projeto Final
Memorial Descritivo e de Cálculo de Instalações Elétricas
Indústria Têxtil

Roberto, Matheus,Vinícius

Fortaleza – CE
Janeiro de 2017
Sumário

1. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5


2. RESUMO ........................................................................................................................................................ 6
3. MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................................................................................................... 7
3.1. QUADRO GERAL DE CARGAS ................................................................................................................................7
3.2. PROJETO DA SUBESTAÇÃO DE CLASSE 15 KV ..........................................................................................................9
3.6.1. Características construtivas .................................................................................................................9
3.6.2. Aterramento ........................................................................................................................................9
3.6.3. Padrão de Medição ...........................................................................................................................10
3.3. COORDENOGRAMAS........................................................................................................................................11
3.3.1. Proteção de fase ................................................................................................................................12
3.3.2. Proteção de neutro ............................................................................................................................16
3.4. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES DE ALTA TENSÃO .....................................................................................19
3.4.1. Considerações gerais .........................................................................................................................19
3.4.2. Dimensionamento do ramal de ligação.............................................................................................19
3.4.3. Dimensionamento do ramal de entrada ...........................................................................................19
3.4.4. Dimensionamento dos Barramentos de MT ......................................................................................21
3.5. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES DE BAIXA TENSÃO ....................................................................................22
3.5.1. Considerações gerais .........................................................................................................................22
3.5.2. Alimentadores dos QGBTs .................................................................................................................22
3.5.2.1. Dimensionamento do alimentador do QGBT1 .............................................................................................. 22
3.5.2.2. Dimensionamento do alimentador do QGBT2 .............................................................................................. 24
3.5.3. Alimentadores dos Quadros de Distribuição .....................................................................................26
3.5.3.1. Critério da capacidade máxima de condução ............................................................................................... 26
3.5.3.2. Critério da queda de tensão .......................................................................................................................... 28
3.5.4. Circuitos terminais dos Quadros de Iluminação e Força ....................................................................29
3.5.4.1. Critério da capacidade máxima de condução ............................................................................................... 29
3.5.4.2. Critério da queda de tensão .......................................................................................................................... 36
3.5.5. Circuitos terminais dos CCMs ............................................................................................................38
3.5.5.1. Critério da capacidade máxima de condução ............................................................................................... 38
3.6. CÁLCULO DOS NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO ...........................................................................................................44
3.7. DIMENSIONAMENTO DAS PROTEÇÕES DE BAIXA TENSÃO ........................................................................................48
3.8. DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS .............................................................................................................49
3.9. MODALIDADE TARIFÁRIA .................................................................................................................................50
3.9.1. Consumo ............................................................................................................................................51
3.9.2. Demanda Máxima .............................................................................................................................51
3.9.3. Importe total previsto e modalidade tarifária ...................................................................................52
3.10. PROJETO DE CORREÇÃO DE EXCEDENTES REATIVOS ................................................................................................53
3.10.1. Potência dos bancos de capacitores ..................................................................................................53
3.10.2. Implementação física dos bancos de capacitores .............................................................................54
4. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................... 55
5. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 56
6. ANEXOS ....................................................................................................................................................... 57

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6.1. ANEXO A – ORDEM DE AJUSTE DA PROTEÇÃO (OAP).........................................................................................57
6.2. ANEXO B – CATÁLOGO DE CONDUTORES PRYSMIAN MÉDIA E BAIXA TENSÃO...........................................................59
6.3. ANEXO C – SHORT CIRCUIT ANALYSIS REPORT PTW ..........................................................................................61
6.4. ANEXO D - FOLHA DE DADOS DOS TRANSFORMADORES ......................................................................................62
6.5. ANEXO E - FOLHA DE DADOS DOS DISJUNTORES .................................................................................................65
6.6. ANEXO F – DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA DE CARGAS .................................................................................................74
6.7. ANEXO G – DIMENSÃO DOS ELETRODUTOS .......................................................................................................80

Índice de tabelas

Tabela 1 - Lista de Quadros de Distribuição e CCMs da indústria ................................................................ 8


Tabela 2 - Níveis de Curto circuito para ajuste das proteções.................................................................... 11
Tabela 3 - Parâmetros de fase do relé Coelce ............................................................................................ 12
Tabela 4 – Parâmetros de fase do relé CLIENTE ......................................................................................... 14
Tabela 5 – Parâmetros de neutro do relé Coelce ....................................................................................... 16
Tabela 6 – Parâmetros da proteção de neutro do relé CLIENTE ................................................................ 17
Tabela 7 - Seção dos alimentadores dos QDs e CCMs ................................................................................ 27
Tabela 8 - Queda de tensão nos circuitos alimentadores dos QDs ............................................................ 29
Tabela 9 - Seção dos condutores para Quadro Almoxarifado .................................................................... 30
Tabela 10 - Seção dos condutores para Quadro Caldeiras ......................................................................... 31
Tabela 11 - Seção dos condutores para Quadro Administração................................................................. 32
Tabela 12 - Seção dos condutores para Quadro Refeitório ........................................................................ 33
Tabela 13 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 1. ...................................................... 34
Tabela 14 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 2. ...................................................... 35
Tabela 15 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 3. ...................................................... 35
Tabela 16 - Seção dos condutores CCM1 - Ramas ...................................................................................... 38
Tabela 17 – Seçao dos condutores CCM2 - Flows....................................................................................... 38
Tabela 18 - Seçao dos condutores CCM3 - Passadores............................................................................... 39
Tabela 19 - Seção dos condutores CCM 4 - Filatórios ................................................................................. 39
Tabela 20 - Seção dos condutores CCM 5 - Cardas e etc ............................................................................ 40
Tabela 21 - Seção dos condutores CCM 6 - Tingimento e Caldeiras ........................................................... 40
Tabela 22 - Seção dos condutores CCM 7 - Urdideiras ............................................................................... 41
Tabela 23 - Seção dos condutores CCM 8 - Teares ..................................................................................... 41
Tabela 24 - Seção condutores CCM 9 - Climatização .................................................................................. 42
Tabela 25 - Seção condutores CCM 10 - Conicaleira1 ................................................................................ 42
Tabela 26 - Seção condutores CCM 11 - Conicaleira 2 ............................................................................... 42
Tabela 27 - Seção condutores CCM 12 - Centrifugador .............................................................................. 43
Tabela 28 – Parâmetros de entrada para simulação no PTW..................................................................... 45
Tabela 29 - Níveis de curto circuito trifásico, bifásico e monofásico.......................................................... 46
Tabela 30 - Tarifas para consumo e demanda nas modalidades verde e azul. .......................................... 50

3
Tabela 31 - Consumo Mensal ...................................................................................................................... 51
Tabela 32 - Valores e horários de pico de demanda................................................................................... 52
Tabela 33 - Demanda reativa máxima para registrada para cada QGBT .................................................... 53
Tabela 34 - Implementação do banco de capacitores. ............................................................................... 54

Índice de pranchas

Prancha 01 – Diagrama unifilar em planta baixa

Prancha 02 – Posicionamento dos Quadros de Distribuição e CCMs

Prancha 03 – Diagrama unifilar geral da instalação

Prancha 04 – Subestação, Planta situacional e Padrão de Medição

Prancha 05 – Esquema de ligação do banco de capacitores

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1. Apresentação e Objetivos

O presente trabalho constitui o Relatório Final do projeto final da disciplina Instalações Elétricas
Industriais ofertada pelo Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da Universidade Federal do Ceará
(UFC). Este trabalho apresenta o memorial descritivo e de cálculo realizado para o projeto das instalações
elétricas de uma indústria têxtil com uma subestação própria de classe 15kV.
Seus principais objetivos são:
• Familiarizar-se com o uso apropriado da norma regulamentadora voltada para instalações
elétricas de média tensão de 1kV a 36,2 kV, ABNT NBR 14039/2005, visando o
dimensionamento correto de todos os componentes de uma subestação de classe 15kV;
• Conhecer e aplicar a norma técnica da concessionária local, NT-002/2011 R03 COELCE, que
trata do fornecimento de energia elétrica em tensão primária de distribuição no estado do
Ceará;
• Aplicar a norma ABNT NBR 5410/2004 para o dimensionamento dos condutores e proteções
dos circuitos de baixa tensão da instalação;
• Uso do software PTW para cálculo dos níveis de curto-circuito até os quadros de distribuição
e elaboração do coordenograma das proteções da subestação;
• Adequação tarifária da indústria têxtil segundo os critérios de redução do custo;
• Projeto de banco de capacitores para correção de excedentes reativos.

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2. Resumo

A indústria têxtil localiza-se na Avenida Antônio Sales, 2300, bairro Joaquim Távora em Fortaleza
(CE) e apresenta uma área ocupacional de aproximadamente 20 mil m².
O projeto apresenta as seguintes características:
• O estabelecimento apresenta atividades como produção têxtil, administração, refeitório,
laboratório e de estoque de produtos, sendo o maquinário de produção têxtil a atividade de
maior carga demandada;
• A indústria esta localizada dentro da zona de corrosão severa tipo C, onde, de acordo com a
DT-042/2016, teve seus equipamentos dimensionados para tal proteção;
• Potência instalada de 2627,63 kW com demanda de 1739,23 kVA;
• A carga está distribuída em 7 Quadros de Iluminação e Força e 12 Centros de Controle de
Motores (CCM);
• Possui subestação abrigada, interna a edificação com classe de tensão de 15kV;
• A carga demandada é atendida com 2 transformadores a seco com potências de 1,5 MVA e
500 kVA que fornecem dois níveis de tensão secundária (220/380 V e 254/440 V);
• É utilizado um autotransformador de potência 500 kVA, localizado próximo a subestação, que
é responsável pela elevação do nível de tensão de 440 para 660V;
• A data prevista para a ligação é em dezembro/2017.

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3. Memorial de Cálculo

3.1. Quadro geral de cargas

A tabela 1 apresenta todos os Centro de Controle de Motores (CCMs) utilizados, bem como os
demais Quadros de Iluminação e Força e a potência total de cada um deles, incluso as cargas reservas. O
levantamento detalhado dessas cargas foi apresentado no Relatório Parcial.

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Tabela 1 - Lista de Quadros de Distribuição e CCMs da indústria

Potência total Potência


# Quadro Ambiente Tipo Tensão (V)
(kW) total (kVA)
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ALMOXARIFADO Iluminação e
1 Almoxarifado 220/380 49.41 61.32
(QDA) Tomadas
Iluminação e
2 QUADRO DE DIST. CALDEIRAS (QDC) Caldeiras 220/380 50.31 56.42
Tomadas
Iluminação e
3 QUADRO DE DIST. ADMINISTRAÇÃO (QDAD) Administração 220/380 57.39 64.94
Tomadas
Iluminação e
4 QUADRO DE DIST. REFEITÓRIO (QDR) Refeitório 220/380 47.79 55.82
Tomadas
Iluminação e
5 QUADRO DE ILUMINAÇÃO GALPÃO 1(QIL1) Galpão 220/380 85.10 87.74
Emergência
Iluminação e
6 QUADRO DE ILUMINAÇÃO GALPÃO 2(QIL2) Galpão 220/380 85.06 87.70
Emergência
Iluminação e
7 QUADRO DE ILUMINAÇÃO GALPÃO 3(QIL3) Galpão 220/380 85.05 87.69
Emergência
8 CCM 1 - RAMAS Galpão Motores 220/380 110.40 133.01
9 CCM 2 - FLOWS Galpão Motores 220/380 110.40 131.43
10 CCM 3 - PASSADORES Galpão Motores 220/380 176.64 218.07
11 CCM 4 - FILADORES Galpão Motores 220/380 257.60 306.67
12 CCM 5 - CARDAS E ETC Galpão Motores 220/380 103.04 124.18
13 CCM 6 - TINGIMENTO E CALDEIRAS Galpão/ Sala de Caldeiras Motores 220/380 132.48 152.57
14 CCM 7 - URDIDEIRAS Galpão Motores 220/380 117.76 140.19
15 CCM 8 - TEARES Galpão Motores 220/380 276.00 340.74
16 CCM 9 - CLIMATIZAÇÃO Sala de Climatização Motores 220/380 294.40 363.46
17 CCM 10 - CONICALEIRA 1 Galpão Motores 440/660 184.00 219.05
18 CCM 11 - CONICALEIRA 2 Galpão Motores 440/660 184.00 219.05
19 CCM 12 - CENTRIFUGADOR Galpão Motores 254/440 220.80 262.86
Total 2627.63 3112.89

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3.2. Projeto da subestação de classe 15 kV

A subestação projetada realizará a transformação da média tensão da rede da concessionária


(13,8 kV) para os dois níveis de tensão secundária que serão utilizados na indústria (220/380 V e 254/440
V) utilizando dois transformadores a seco com potências de 1500 kVA e 500 kVA. A subestação é abrigada
e interna a edificação principal com ramal de entrada subterrâneo. A PRANCHA 04/05 apresenta a planta
baixa do projeto realizado, bem como o planta situacional e padrão de medição.

3.6.1. Características construtivas

A área inicial destinada a subestação era de 277,43 m2. Optou-se pela redução dessa área para
176,96 m2 a fim de reduzir as distancias entre os transformadores e os QGBTs. Além disso foi previsto um
espaço livre para futura instalação de um conjunto gerador. No espaço que sobrou da área inicialmente
destinada a subestação será alocado o autotransformador e seu respectivo quadro.
Seguindo as orientações do item 10.2 da NT002 da Coelce, a subestação deve possuir as seguintes
características:
i. A fim de evitar a entrada de chuva, enxurrada e corpos estranhos, as aberturas para
ventilação devem ter as seguintes características:
a) Devem situar-se, no mínimo, a 20 cm acima do piso exterior;
b) Devem ser construídas em forma de chicana;
c) Devem ser protegidas externamente por tela metálica resistente com malha de
abertura mínima de 5 mm e máxima de 13 mm;
ii. Todas as aberturas de iluminação e ventilação devem ser providas de telas metálicas
resistentes, com malha de no mínimo 5 mm e no máximo 13 mm, instaladas externamente.
Quando as aberturas tiverem por finalidade apenas a iluminação, as telas metálicas podem
ser substituídas por vidro aramado.
iii. As portas de acesso a pessoas devem ser metálicas ou totalmente revestidas em chapas
metálicas com dimensões mínimas de 0,80 x 2,10 m, abrindo, obrigatoriamente, para fora.
iv. O pé direito mínimo deve ser de 3 m.
v. O teto deve ser de concreto armado, com espessura mínima de 0,05 m;

3.6.2. Aterramento

9
Seguindo as prescrições do item 13 da NT002 da Coelce, o aterramento projetado possui as
seguintes características:
a) Todos os equipamentos da subestação estão sobre a área ocupada pela malha de terra;
b) O valor máximo de resistência de malha de terra da subestação e do sistema de medição
previsto é de 10 ohms.
c) Foram utilizados 9 eletrodos verticais espaçados por 6,4 metros e com disposição
retangular;
d) O condutor de aterramento que liga o terminal ou barra de aterramento principal à malha de
terra deve ter sua seção mínima de 50 mm2;
e) Serão ligados ao sistema de aterramento por meio de condutor de cobre nu, de bitola mínima
de 25 mm2, os seguintes componentes da subestação:
– todas as ferragens para suporte de chaves, isoladores, etc.;
– portas e telas metálicas de proteção e ventilação;
– blindagem dos cabos isolados;
– carcaça dos transformadores de potência e de medição, geradores (se houver), disjuntores,
capacitores, etc.;
– todos os cubículos em invólucros metálicos mesmo que estejam acoplados;
– neutro do transformador de potência e gerador (se houver);
– condutores de proteção da instalação.

3.6.3. Padrão de Medição

Seguindo as prescrições da NT 002/2011 da COELCE, a medição será realizada por conjunto


polimérico na média tensão fornecido pela concessionária sendo permitindo o acesso em qualquer
tempo, sem nenhum impedimento.
O conjunto de medição deve ser instalado em poste fincado no limite da via publica, posicionado
em local dentro do terreno da indústria. A distância mínima entre o poste do conjunto de medição e da
estrutura de transformação do cliente terá 3 metros. A descida dos condutores até a caixa de medição
será realizada por cano de aço galvanizado. A estrutura e detalhes da medição para um ramal de entrada
subterrâneo estão dispostos na PRANCHA 04/05 fornecido junto à este projeto.

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3.3. Coordenogramas

Os coordenogramas foram construídos utilizando o software PTW (SKM Power Tools v6.5.1.0).
Para simulação, o relé Coelce foi considerado como sendo do modelo SEPAM S40 e o rele do cliente como
sendo SEPAM S20, ambos com as funções 50/51 de fase e neutro. A figura a seguir apresenta o
esquemático utilizado.

Figura 1 - Esquemático utilizado para criação dos coordenogramas

Os valores de curto circuito presentes na tabela a seguir foram obtidos não seção 3.6 deste
memorial. Esses valores serão utilizados para o ajuste das proteções e referem-se aos níveis de curto no
ponto de ligação.

Tabela 2 - Níveis de Curto circuito para ajuste das proteções

Icc_3f (A) Icc_2f (A) Icc_fmin (A)


4578 3964,66 79

11
3.3.1. Proteção de fase

3.3.1.1. Parâmetros Coelce

Com base no OAP presente no ANEXO A, obtém-se os seguintes parâmetros do relé Coelce.

Tabela 3 - Parâmetros de fase do relé Coelce

Proteção RTC TAPE DIAL Temporização Instantâneo (A)

FASE 500/5 6 0,05 NI 28 (0,0)

Obs: NI refere-se a curva Normalmente Inversa padrão IEC.

O ajuste temporizado é dado por:


500
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝 = 𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 = ∗ 6 = 600𝐴
5
O tempo de operação do relé é dado por:
𝐼𝑐𝑐3𝑓 4578
𝑀𝑓𝑎𝑠𝑒 = = = 7,63
𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 100 ∗ 6
𝑘 0,14
𝑡𝑓𝑎𝑠𝑒(𝐶𝑂𝐸𝐿𝐶𝐸) = 𝛼 ∗ 𝐷𝐼𝐴𝐿 = ∗ 0,05 = 0,1687 𝑠
𝑀 −1 7,630,02 − 1
Onde,
𝑘 = 0,14 𝑒 𝛼 = 0,02 são constantes referentes a curva normalmente inversa.

Já no ajuste instantâneo, tem-se


𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝 𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡. 𝐼𝑛𝑠𝑡 = 100 ∗ 28 = 2800 𝐴
Para a simulação do tempo referente ao ajuste instantâneo considerou-se t=0,05s, o menor valor
permitido pelo PTW.

3.3.1.2. Ajuste relé CLIENTE

Considerando os dois transformadores de 1500kVA e 500 kVA, a corrente nominal da instalação


é dada por:

12
1500 + 500
𝐼𝑁 = = 83,67 𝐴
√3 ∗ 13,8
A corrente primária do TC deverá ser maior que a máxima corrente de curto-circuito dividida
por 20, para que os TC ś não entrem em saturação, ou seja:
𝐼𝑐𝑐3𝑓 4578
𝐼𝑃𝑇𝐶 > = = 228,9 𝐴
20 20
Logo, optou-se por uma corrente primária do TC de:
𝐼𝑝𝑟𝑖𝑚𝑎𝑟𝑖𝑜 = 250 𝐴
𝐼𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 = 5 𝐴(𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜)
Para o cálculo do TAPE será considerado um fator de segurança (Fsc) de 1,3. Assim,
𝐼𝑁 1,3 ∗ 83,67
𝑇𝐴𝑃𝐸 > 𝐹𝑠𝑐 ∗ = = 2,175 𝐴
𝑅𝑇𝐶 250
5
Optou-se pelo TAPE de 2,5 A.
De posse dessas informações e considerando um DIAL de 0,05, tem-se o ajuste temporizado como
sendo:
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝(𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) = 𝑇𝐴𝑃𝐸 ∗ 𝑅𝑇𝐶 = 2,5 ∗ 50 = 125 𝐴
𝐼𝑐𝑐3𝑓 4578
𝑀𝑓𝑎𝑠𝑒 = = = 36,624
𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 125
𝑘 0,05
𝑡𝑓𝑎𝑠𝑒(𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) = 𝛼 ∗ 𝐷𝐼𝐴𝐿 = 0,14 ∗ = 0,093 𝑠
𝑀 −1 36,6240,02 − 1

Para o ajuste instantâneo devem ser consideradas as correntes de magnetizações dos dois
transformadores. Assim, considerou-se Irush=1000 A que representa a soma das duas correntes de
magnetização fornecidas pelo software PTW.

Logo,

𝐼𝑟𝑢𝑠ℎ 𝐼𝑐𝑐2𝑓
< 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝𝑖𝑛𝑠𝑡 <
𝑅𝑇𝐶 𝑅𝑇𝐶
1000 3964,66
< 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝𝑖𝑛𝑠𝑡 <
50 50

20 < 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝𝑖𝑛𝑠𝑡 < 79,29


𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝𝑖𝑛𝑠𝑡 = 25 𝐴

𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘𝑝𝑟𝑖𝑚𝑎𝑟𝑖𝑜 = 25 ∗ 𝑅𝑇𝐶 = 25 ∗ 50 = 1250 𝐴

13
Tabela 4 – Parâmetros de fase do relé CLIENTE

Proteção RTC TAPE DIAL Ipick-uptemp Temp Ipick-upinst

FASE 250/5 2,5 0,05 125 A NI 1250 (A)

De posse dessas informações obteve-se o coordenograma de fase apresentado na figura 2, com


as seguintes observações:
i) A curva do elo fusível foi ajustada manualmente, de forma a se localizar entre as curvas
de atuação dos relés;
ii) O gráfico apresenta as duas correntes Irush dos dois transformadores, entretanto a
corrente considerada para parametrização do relé do cliente diz respeito a soma dessas
duas correntes.
Pelo gráfico constata-se que há seletividade, uma vez que para qualquer valor de corrente, o relé
do cliente atuará antes do relé da Coelce.

14
Figura 2 - Coordenograma de fase

15
3.3.2. Proteção de neutro

3.3.2.1. Parâmetros Coelce

Com base no OAP presente no ANEXO A, obtém-se os seguintes parâmetros de neutro do relé
Coelce.

Tabela 5 – Parâmetros de neutro do relé Coelce

Proteção RTC TAPE DIAL Temporização Instantâneo (A)

NEUTRO 100/1 0,24 0,42 VI 10 (0,15)

Obs: VI refere-se a curva Muito Inversa padrão IEC.

O ajuste temporizado é dado por:


100
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝 = 𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 = ∗ 0,24 = 24 𝐴
1
O tempo de operação do relé é dado por:
𝐼𝑐𝑐1𝑓_𝑚𝑖𝑛 79
𝑀𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = = = 3,29
𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 100 ∗ 0,24
𝑘 13,5
𝑡𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜(𝐶𝑂𝐸𝐿𝐶𝐸) = ∗ 𝐷𝐼𝐴𝐿 = ∗ 0,42 = 2,476 𝑠
𝑀𝛼 −1 3,291 − 1
Onde,
𝑘 = 13,5 𝑒 𝛼 = 1 são constantes referentes a curva muito inversa.

Já no ajuste instantâneo, tem-se


𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝 𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡. 𝐼𝑛𝑠𝑡 = 100 ∗ 10 = 1000 𝐴
Para a simulação do tempo referente ao ajuste instantâneo considerou-se t=0,05s, o menor valor
permitido pelo PTW.

3.3.2.2. Ajuste relé CLIENTE

Da seção anterior tem-se que o RTC do cliente é de 250/5 e a corrente nominal da instalação é:
𝐼𝑁 = 83,67 𝐴

16
Considerando um fator de desequilíbrio de 0,2, tem-se:

𝐼𝑁 83,67
𝑇𝐴𝑃𝐸𝑁 > 𝐹𝐷𝑠 ∗ = 0,2 ∗ = 0,335
𝑅𝑇𝐶 50
Optou-se pelo TAPEN de 0,35 A.
De posse dessas informações e considerando um DIAL de 0,05, tem-se o ajuste temporizado como
sendo:
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘 𝑢𝑝(𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) = 𝑇𝐴𝑃𝐸 ∗ 𝑅𝑇𝐶 = 0,35 ∗ 50 = 17,5 𝐴
𝐼𝑐𝑐1𝑓_𝑚𝑖𝑛 79
𝑀𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = = = 4,51 𝐴
𝑅𝑇𝐶 ∗ 𝑇𝐴𝑃𝐸 17,5
𝑘 13,5
𝑡𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜(𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) = ∗ 𝐷𝐼𝐴𝐿 = 0,05 ∗ = 0,19 𝑠
𝑀𝛼 −1 4,511 − 1

Para o ajuste instantâneo de neutro tem-se:

𝐼𝑐𝑐1𝑓_𝑚𝑖𝑛
𝐼𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒−𝑖𝑛𝑠𝑡 <
𝑅𝑇𝐶
79
𝐼𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒−𝑖𝑛𝑠𝑡 <
50

𝐼𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒−𝑖𝑛𝑠𝑡 < 1,58 𝐴

Valor adotado Iajuste = 1 A.

𝐼𝑝𝑖𝑐𝑘𝑝𝑟𝑖𝑚𝑎𝑟𝑖𝑜 = 1 ∗ 𝑅𝑇𝐶 = 1 ∗ 50 = 50 𝐴

Tabela 6 – Parâmetros da proteção de neutro do relé CLIENTE

Proteção RTC TAPE DIAL Ipick-uptemp Temp Ipick-upinst

NEUTRO 250/5 0,5 0,05 17,5 A VI 50 A

De posse dessas informações obteve-se o coordenograma de fase apresentado na figura 3.

17
Figura 3 - Coordenograma de neutro

18
3.4. Dimensionamento dos condutores de Alta Tensão

3.4.1. Considerações gerais

Em todo o percurso de média tensão, desde o ponto de ligação até os transformadores,


considerou-se que a queda máxima de tensão admitida seria de 0,5%. Em suma, considerou-se apenas
aqueda nos cabos isolados de media, uma vez que as quedas de tensões nos barramentos de cobre e
demais equipamentos presentes na cabine de transformação da subestação foram desconsiderados.

3.4.2. Dimensionamento do ramal de ligação

O projeto, construção, operação e manutenção do Ramal de Ligação é de responsabilidade da


concessionária segundo a NT 002 item 9.1.2 c). Entretanto para uma melhor visão geral das instalações
foi feita um dimensionamento que poderá ser modificado conforme interesse da concessionária. Segundo
a Decisão Técnica DT-Br 042/2016 item 9.2.1.1 o ramal de ligação será feito com Condutores de Cobre Nu
(CCN) devido a localização da instalação. Além disso a seção desses condutores será de mesma seção que
os alimentadores de MT porém não apresentam isolação:
𝑺𝒄 = 𝟑𝑭𝒙 𝟐𝟓 𝒎𝒎𝟐

3.4.3. Dimensionamento do ramal de entrada

3.4.3.1. Critério da capacidade máxima de condução


Para o cálculo da capacidade máxima de condução do alimentador de MT foram adotadas as
seguintes premissas:

• Metodo de Instalação: Cabo unipolar em banco de dutos enterrado (G)


• Fator de Temperatura do Solo: Adotada uma temperatura de 30°C (Ft = 0,94)
• Fator de Resistividade do Solo: Resistividade padrão de 2.5 K.m/W
• Tipo de Cabo: Cabo Eprotenax Compact EPR 105
• Potência total dos transformadores: 2 MVA
• Tensão de Alimentação: 13,8 kV

Dessa feita podemos calcular a corrente de projeto fictícia como sendo:

2 × 106
𝐼𝑝 = = 83,674 𝐴
√3 × 13800

19
83,674
𝐼𝑝 ′ = = 89,015 𝐴
0,94 × 1
Pela tabela 30 da NBR 14039 especifica-se a seção:

𝑺𝒄 = 𝟐𝟓 𝒎𝒎𝟐

3.4.3.2. Critério da queda de tensão


Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de MT foram adotadas as seguintes
premissas:

• Queda máxima desejada: 0,05%


• Comprimento do Ramal de Entrada: 17m
• Rca e Xl para o cabo selecionado (Cabo Eprotenax 25mm²): 0,987Ω/km e 0,348Ω/km
• Fator de potência mínimo: 0,92
• Número de Condutores em paralelo: 1

A queda de tensão será:

√3 × 𝐼𝑝 × 𝐿(𝑅𝑐𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜑)


∆𝑉% =
10 × 𝑁𝑐𝑝 × 𝑉

√3 × 83,674 × 17(0,987 ∙ 0,92 + 0,348 ∙ 0,392)


∆𝑉% =
10 × 1 × 13800
∆𝑽% = 𝟎, 𝟎𝟒𝟔𝟔%
A queda de tensão calculada está dentro do limite pré-estabelecido de 0,05%.

3.4.3.3. Critério do curto circuito

Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de MT foram adotadas as seguintes


premissas:

• Corrente de curto circuito: curto trifásico no ponto de ligação (Icc3φ = 4,1452)


• Tempo de extinção do curto: adotado um valor de 0,1s (ver seção 3.3.1)
• Temperatura final e inicial do condutor EPR 105: 250°C e 105°C

O cálculo da seção:

0,34 × 𝑆𝑐 234 + 𝑇𝑓
𝐼𝑐𝑐 = √log ( )
√𝑡 234 + 𝑇𝑖

20
0,34 × 𝑆𝑐 234 + 250
4,1452 = √log ( )
√0,1 234 + 105

𝑺𝒄 = 𝟗, 𝟖𝟎 𝒎𝒎²
Desta forma, utiliza-se o critério de capacidade máxima de corrente e especifica-se os
alimentadores de MT, adicionando um condutor reserva:

𝑺𝒄 = 𝟑𝑭𝒙 𝟐𝟓 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑹𝒙 𝟐𝟓𝒎𝒎²

3.4.4. Dimensionamento dos Barramentos de MT

O dimensionamento do barramento de MT é realizado através da tabela 12 da NT002 da Coelce.


Uma vez que os transformadores utilizados estão na faixa de 700 kVA a 2000 kVA, a norma diz que o
barramento de Cobre do tipo retangular deve possuir dimensões mínimas de 19,05 x 4,76 mm.

21
3.5. Dimensionamento dos condutores de Baixa Tensão

3.5.1. Considerações gerais

Com relação ao critério da capacidade máxima de condução, os alimentadores dos QGBTs foram
dimensionados com base na potência máxima dos seus respectivos transformadores. Os alimentadores
dos Quadros de Distribuição de iluminação e força, bem como dos CCMs foram obtidos com base na
potência instalada de cada quadro em kVA.
Com relação a queda de tensão, em todo o trecho BT foram considerados os seguintes limites:
i) 0,5% para o trecho que compreende os alimentadores dos QGBTs;
ii) 3% para os alimentadores dos Quadros de Distribuição e CCMs;
iii) 3,5% para os circuitos terminais.
Totalizando 7,0% de queda de tensão máxima no trecho de baixa tensão. Tomando-se em
consideração o limite de 7% de queda de tensão estabelecido no item 6.2.7.1 da NBR 5410/2004 constata-
se que este projeto está dentro dos padrões.

3.5.2. Alimentadores dos QGBTs

3.5.2.1. Dimensionamento do alimentador do QGBT1


3.5.2.1.1. Critério da capacidade máxima de condução
Para o cálculo da capacidade máxima de condução do alimentador de BT foram adotadas as
seguintes premissas:
• Método de Instalação: Canaleta fechada embutida no piso (B1)
• Fator de Temperatura do Solo: Adotada uma temperatura de 30°C (Ft = 0,93)
• Fator de Resistividade do Solo: Resistividade padrão de 2.5 K.m/W
• Fator de correção de agrupamento: adotado como igual a 1 (ver Obs1)
• Tipo de Cabo: Cabo Voltalene XLPE
• Potência máxima do QGBT1: 1500 kVA
• Tensão de Alimentação: 380V
Obs1: A canaleta fechada tem dimensão tal que comporta todos os circuitos agrupados na horizontal com
espaçamento entre eles do dobro do diâmetro externo, permitindo-se então utilizar a Nota 2 da Tabela
42 da NBR 5410/2004 para considerar o fator de agrupamento igual a 1.

22
Dessa feita podemos calcular a corrente de projeto fictícia como sendo:
1,5 × 106
𝐼𝑝 = = 2279 𝐴
√3 × 380
Aplicando os fatores de correção e utilizando 4 condutores em paralelo:
2279
𝐼𝑝′ = = 612,65 𝐴
4 × 0,93 × 1
Pela tabela 37 da NBR 5410 especifica-se a seção:
𝑺𝑭 = 𝟒𝑭 𝒙 𝟒𝟎𝟎 𝒎𝒎𝟐
Para o condutor neutro será adotado a mesma seção do condutor fase, logo:
𝑺𝑵 = 𝟒 𝒙 𝟒𝟎𝟎 𝒎𝒎𝟐

3.5.2.1.2. Critério da queda de tensão


Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de BT foram adotadas as seguintes premissas:
• Queda máxima desejada: 0,5%
• Comprimento do circuito de alimentação: 5m
• Rca e Xl para o cabo selecionado (Cabo Voltalene 400mm²): 0,063Ω/km e 0,096Ω/km
• Fator de potência mínimo: 0,92
• Número de Condutores em Paralelo: 4
A queda de tensão será:
√3 × 𝐼𝑝 × 𝐿(𝑅𝑐𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜑)
∆𝑉% =
10 × 𝑁𝑐𝑝 × 𝑉

√3 × 2279 × 5(0,063 ∙ 0,92 + 0,096 ∙ 0,392)


∆𝑉% =
10 × 4 × 380
∆𝑽% = 𝟎, 𝟏𝟐𝟒%
A queda de tensão calculada está dentro do limite pré-estabelecido de 0,5%.

3.5.2.1.3. Critério do curto circuito

Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de BT foram adotadas as seguintes premissas:


• Corrente de curto circuito: adotado o pior caso de curto fase-terra no secundário do
transformador (Icc3φ = 47,8 kA)
• Tempo de extinção do curto: adotado um valor de 0,3s
• Temperatura final e inicial do condutor XLPE: 250°C e 90°C

23
O cálculo da seção:

0,34 × 𝑆𝑐 234 + 𝑇𝑓
𝐼𝑐𝑐 = √log ( )
√𝑡 234 + 𝑇𝑖

0,34 × 𝑆𝑐 234 + 250


47,8 = √log ( )
√0,3 234 + 90

𝑺𝒄 = 𝟏𝟐𝟓, 𝟒 𝒎𝒎²
Desta forma, utiliza-se o critério de capacidade máxima de corrente e especifica-se os
alimentadores do QGBT1 como sendo:
𝑺𝒄 = 𝟒𝒙(𝟑𝑭𝒙 𝟒𝟎𝟎 𝒎𝒎𝟐 ) + 𝟒𝒙(𝟏𝑵𝒙 𝟒𝟎𝟎𝒎𝒎𝟐 )

3.5.2.2. Dimensionamento do alimentador do QGBT2


3.5.2.2.1. Critério da capacidade máxima de condução

Para o cálculo da capacidade máxima de condução do alimentador de MT foram adotadas as


seguintes premissas:
• Método de Instalação: Canaleta fechada embutida no piso (B1)
• Fator de Temperatura do Solo: Adotada uma temperatura de 30°C (Ft = 0,93)
• Fator de Resistividade do Solo: Resistividade padrão de 2.5 K.m/W
• Fator de correção de agrupamento: adotado como igual a 1 (ver Obs1)
• Tipo de Cabo: Cabo Voltalene XLPE
• Potência máxima do QGBT2: 500 kVA
• Tensão de Alimentação: 440V
Obs1: A canaleta fechada tem dimensão tal que comporta todos os circuitos agrupados na
horizontal com espaçamento entre eles do dobro do diâmetro externo, permitindo-se então utilizar a
Nota 2 da Tabela 42 da NBR 5410/2004 para considerar o fator de agrupamento igual a 1.

Dessa feita podemos calcular a corrente de projeto fictícia como sendo:


500 × 106
𝐼𝑝 = = 656,1 𝐴
√3 × 440
Aplicando os fatores de correção adotando 2 condutores em paralelo por circuito:
534,27
𝐼𝑝′ = = 352,74 𝐴
2 × 0,93 × 1

24
Pela tabela 37 da NBR 5410 especifica-se a seção:
𝑺𝒄 = 𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐

3.5.2.2.2. Critério da queda de tensão

Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de BT foram adotadas as seguintes premissas:


• Queda máxima desejada: 0,5%
• Comprimento do circuito de alimentação: 5m
• Rca e Xl para o cabo selecionado (Cabo Voltalene 150mm²): 0,15Ω/km e 0,10Ω/km
• Fator de potência mínimo: 0,92
• Número de Condutores em Paralelo: 2
A queda de tensão será:

√3 × 𝐼𝑝 × 𝐿(𝑅𝑐𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜑)


∆𝑉% =
10 × 𝑁𝑐𝑝 × 𝑉

√3 × 656,1 × 5(0,15 ∙ 0,92 + 0,1 ∙ 0,392)


∆𝑉% =
10 × 2 × 440
∆𝑽% = 𝟎, 𝟏𝟏𝟒%
A queda de tensão calculada está dentro do limite pré-estabelecido de 0,5%.

3.5.2.2.3. Critério do curto circuito

Para o cálculo da queda de tensão do alimentador de BT foram adotadas as seguintes premissas:


• Corrente de curto circuito: adotado o pior caso de curto fase-terra máximo no
secundário do transformador (Icc3φ = 14,8 kA)
• Tempo de extinção do curto: adotado um valor de 0,3s
• Temperatura final e inicial do condutor XLPE: 250°C e 90°C
O cálculo da seção:

0,34 × 𝑆𝑐 234 + 𝑇𝑓
𝐼𝑐𝑐 = √log ( )
√𝑡 234 + 𝑇𝑖

0,34 × 𝑆𝑐 234 + 250


14,8 = √log ( )
√0,3 234 + 90

𝑺𝒄 = 𝟑𝟗, 𝟗𝟕𝒎𝒎²

25
Desta forma, utiliza-se o critério de capacidade máxima de corrente e especifica-se os
alimentadores de MT, adicionando um condutor reserva:
𝑺𝒄 = 𝟐𝒙(𝟑𝑭𝒙 𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐 ) + 𝟐𝒙(𝟏𝑵𝒙 𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐 )

3.5.3. Alimentadores dos Quadros de Distribuição

3.5.3.1. Critério da capacidade máxima de condução

A determinação da seção dos cabos que alimentarão os quadros de baixa tensão foi baseada na
potência (kVA) de cada quadro e fez-se uso da NBR 5410/2004 com as seguintes premissas:
• O método de referência para esses cabos será do tipo B1 – Condutores isolados ou cabos unipolares
em canaleta fechada embutida no piso, de acordo com a tabela 33 da referida norma.
• O tipo de isolação será do tipo EPR para todos os cabos.
• A temperatura do solo foi considerada igual a 35°C.
• Para a maioria dos quadros foi considerado um fator de agrupamento de 0,55.

Tomando-se como exemplo o QDA (Quadro de Distribuição do Almoxarifado), da tabela 1 tem-se


que a potência desse quadro é de 61,32 kVA. Assim,
Corrente de Projeto:
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑘𝑉𝐴 61,32 𝑘𝑉𝐴
𝐼𝑝 = = = 93,17𝐴
𝑉𝐿 √3 ∗ 380 𝑉

Corrente de Projeto Fictícia:


Fa - Fator de Agrupamento = 0,55 (de acordo com Tabela 44 da NBR 5410/04)
Ft – Fator de Temperatura do Solo = 0,89 (de acordo com Tabela 40 da NBR 5410/04)
Fr – Admitindo resistividade térmica do solo igual a 2,5K.m/W

𝐼𝑝 93,17 𝐴
𝐼𝑝′ = = = 190,33𝐴
𝐹𝑎 ∗ 𝐹𝑡 0,55 ∗ 0,89

Seção dos condutores:

26
Para determinar a seção dos condutores, usou-se da Tabela 37 da NBR 5410/04, para três
condutores carregados, método B1.
𝑺𝑭 = 𝟕𝟎 𝒎𝒎𝟐
A seção do condutor neutro é calculada de acordo com a Tabela 48 da NBR 5410/04, presumindo
um circuito equilibrado, com THD inferior a 15% e condutor neutro protegido de sobrecorrente. Assim:
𝑺𝑵 = 𝟑𝟓 𝒎𝒎𝟐
A seção do condutor de proteção é determinada através da Tabela 58 da NBR 5410/04.
𝑺𝑷 = 𝟑𝟓 𝒎𝒎𝟐
Seguindo-se o mesmo procedimento encontrou-se as seções dos alimentadores para todos os
quadros secundários. Também optou-se por apresentar na mesma tabela, a especificação da corrente
nominal do disjuntor utilizado.

Tabela 7 - Seção dos alimentadores dos QDs e CCMs

Corrente Corrent Seção dos Condutores Disjunt


Fator de Fator
Potencia Tensão de e (mm²) or
Quadro agrupame temperatura
(kVA) (V) Projeto Ip Fictícia In (A)
nto (Fa) (Ft) Fase N P
(A) Ip' (A)
QDA 61.32 380 93.17 0.55 0.89 190.33 70 35 35 100
QDC 56.42 380 85.72 0.55 0.89 175.12 50 25 25 100
QDAD 64.94 380 98.67 1 0.89 110.86 35 25 35 100
QDR 55.82 380 84.81 1 0.89 95.29 25 25 25 100
QIL1 87.74 380 133.31 0.55 0.89 272.33 120 70 60 160
QIL2 87.7 380 133.25 0.55 0.89 272.21 120 70 60 160
QIL3 87.69 380 133.23 0.55 0.89 272.18 120 70 60 160
CCM1 133.01 380 202.09 0.55 0.89 412.85 240 120 120 225
CCM2 131.43 380 199.69 0.55 0.89 407.94 185 95 95 225
CCM3 218.07 380 331.32 0.55 0.89 676.86 2x240 240 240 350
CCM4 306.67 380 465.94 0.55 0.89 951.86 3x240 240 240 500
CCM5 124.17 380 188.66 0.55 0.89 385.41 185 95 95 225
CCM6 152.57 380 231.81 0.55 0.89 473.56 240 120 120 250
CCM7 140.19 380 213.00 0.55 0.89 435.13 240 120 120 225
CCM8 340.74 380 517.70 0.55 0.89 1057.61 4x240 240 240 630
CCM9 363.46 380 552.22 1 0.89 620.47 2x240 240 240 630
CCM10 219.05 660 191.62 0.55 0.89 391.46 150 70 95 200
CCM11 219.05 660 191.62 0.55 0.89 391.46 150 70 95 200
CCM12 262.86 440 344.91 0.55 0.89 704.63 2x240 240 240 350
QGBT2 até -
440 656,08 1 0,89 737,17 2x250 250 250
Autotrafo
QFA 660 400,73 1 0,89 450,26 240 120 120 450

27
3.5.3.2. Critério da queda de tensão

Para o cálculo da queda de tensão, utilizou-se a seguinte equação:

√3 ∗ 𝐼𝑐 ∗ 𝐿𝑐 ∗ (𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝜃) + 𝑋 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝜃))
∆𝑉𝑐 = [%]
10 ∗ 𝑁𝑐𝑝 ∗ 𝑉𝑓𝑓
Onde,
Ic é corrente de circuito em Amperes;
Ic é o comprimento do circuito em metros;
R e X são as resistência e impedância dos cabos utilizados em mΩ/m;
θ é o ângulo do fator de potência;
Ncp é o úmero de condutores em paralelo;
Vff é a tensão entre fases do circuito em V.

Durante a aplicação deste critério foram feitas as seguintes considerações:


i) Considerou-se como limite uma queda de tensão máxima de 3% no trecho entre os QGBTs
e os quadros de distribuição secundários;
ii) O comprimento dos circuitos foi estimado através da PRANCHA 02, que apresenta a
localização espacial dos quadros de distribuição e CCMs;
iii) Os valores de R e X foram obtidos através do catálogo de condutores de Baixa Tensão –
Uso Geral da Prysmyan (ver ANEXO B);
iv) Para quadros de iluminação e tomadas foi considerado um fator de potência de 0,8. Nos
CCMs foi considerado o menor fator de potência apresentado entre o conjunto de
motores;

A tabela a seguir apresenta as quedas de tensão obtidas para todos os quadros secundários. Como
pode-se observar, o limite estabelecido de 3% não foi ultrapassado. Assim, as seções obtidas pelo método
da capacidade de condução mantiveram-se.

28
Tabela 8 - Queda de tensão nos circuitos alimentadores dos QDs

Quadros Potência Tensão Corrente, Seção L (m) N. cond FP R X ∆V


Ip (A) Fase paralelos (Ω/km)
(kVA) (V) (Ω/km) (%)
(mm2)

QDA 61.32 380 93.17 70 176.35 1 0.8 0.32 0.1 2.37

QDC 56.42 380 85.72 50 178.77 1 0.8 0.47 0.11 3.09

QDAD 64.94 380 98.67 35 17.92 1 0.8 0.63 0.11 0.46

QDR 55.82 380 84.81 25 88.85 1 0.8 0.87 0.12 2.64

QIL1 87.74 380 133.31 120 19.25 1 0.8 0.19 0.1 0.25

QIL2 87.7 380 133.25 120 176.35 1 0.8 0.19 0.1 2.27

QIL3 87.69 380 133.23 120 171.83 1 0.8 0.19 0.1 2.21

CCM1 133.01 380 202.09 240 68 1 0.83 0.094 0.098 0.83

CCM2 131.43 380 199.69 185 126 1 0.84 0.12 0.094 1.74

CCM3 218.07 380 331.32 2x240 56.72 2 0.81 0.094 0.098 0.57

CCM4 306.67 380 465.94 3x240 146.83 3 0.84 0.094 0.098 1.37

CCM5 124.17 380 188.66 185 80.41 1 0.8 0.12 0.094 1.05

CCM6 152.57 380 231.81 240 151.16 1 0.83 0.094 0.098 2.12

CCM7 140.19 380 213.00 240 117.95 1 0.84 0.094 0.098 1.51

CCM8 340.74 380 517.70 4x240 221.53 4 0.84 0.094 0.098 1.73

CCM9 363.46 380 552.22 2x240 29.82 2 0.81 0.094 0.098 0.50

CCM10 219.05 660 191.62 150 96.35 1 0.86 0.15 0.1 0.87

CCM11 219.05 660 191.62 150 107.9 1 0.84 0.15 0.1 0.98

CCM12 262.86 440 344.91 2x240 214.32 2 0.84 0.094 0.098 1.92

3.5.4. Circuitos terminais dos Quadros de Iluminação e Força

3.5.4.1. Critério da capacidade máxima de condução

29
Para determinar as seções dos condutores de baixa tensão, fez-se necessário a análise da corrente
máxima suportada por cada condutor e da corrente projetada para ser transportada pelo mesmo.
A corrente de projeto fictícia, é dada pela corrente de projeto corrigida do fator de temperatura
e fator agrupamento quando necessário. A equação a seguir descreve a corrente fictícia.
𝐼𝑝
𝐼𝑝 , =
𝑓𝑡 ∗ 𝑓𝑎
Onde,
Ip’ – Corrente fictícia (A);
Ip – Corrente de projeto (A);
ft – Fator de correção de temperatura para uma temperatura ambiente de 45 ⁰C (de acordo com
tabela 40 da NBR 5410/2004);
fa – Fator de correção por agrupamento (de acordo com tabela 42 da NBR 5410/2004).

Para simplificar o dimensionamento dos circuitos terminais de baixa tensão foi calculado um valor
de fator de agrupamento único para todos os circuitos. Este valor foi calculado tomando como medida
o trecho de circuito mais carregado da instalação. O trecho citado pertence ao quadro de distribuição
do refeitório, onde os circuitos 10, 11, 12, 13, 14 e 15 pertencem a um mesmo eletroduto. Verificado o
pior caso como sendo de 6 circuitos monofásicos, obtêm-se o valor de 0,57 adotado para todos os
circuitos terminais da tabela 42 da NBR 5410/04.

Usou-se novamente a NBR 5410/04 para determinar a seção dos condutores, (tabela 36),
considerando o método de referência B1 para condutores de cobre isolação EPR. As tabelas a seguir
mostram as seções dos condutores determinadas para cada um dos quadros. Nas tabelas 7 a 13 estão
dispostas as informações de todos os circuitos terminais de iluminação e tomadas. Nas tabelas, os
valores dimensionados já consideram todos os critérios de dimensionamento bem como o planejamento
da proteção:

Tabela 9 - Seção dos condutores para Quadro Almoxarifado

QUADRO ALMOXARIFADO (QDA)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)
Fat.
Potencia Fat.
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Tomadas
Cir 1 1200 5,45 0,87 0,57 11.00 2.5 2.5 2.5 16
Almoxarifado

30
Tomadas Est. Alg. E
Cir 2 1700 7,73 0,87 0,57 15.58 2.5 2.5 2.5 16
WC
Tomadas Est. de P.A e
Cir 3 1700 7,73 0,87 0,57 15.58 2.5 2.5 2.5 16
WC
Cir 4 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 5 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 6 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 7 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 8 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 9 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 10 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Cir 11 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0,57 21.23 4 4 4 16
Iluminação
Cir 12 2393 10,88 0,87 0,57 21.93 2.5 2.5 2.5 16
Almoxarifado
Iluminação Est. Alg e
Cir 13 2593 11,79 0,87 0,57 23.77 2.5 2.5 2.5 16
WC
Iluminação Est. De P.A
Cir 14 2327 10,58 0,87 0,57 21.33 2.5 2.5 2.5 16
e WC
Cir 15 RESERVA 4400 20,00 0,87 0,57 40.33 20
Cir 16 RESERVA 4400 20,00 0,87 0,57 40.33 20
Cir 17 RESERVA 4400 20,00 0,87 0,57 40.33 20
Cir 18 RESERVA 4400 20,00 0,87 0,57 40.33 20

Tabela 10 - Seção dos condutores para Quadro Caldeiras

QUADRO CALDEIRAS (QDC)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)
Fat.
Potencia Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Cir 1 Tomadas Caldeiras 700 3,18 0,87 0.57 6.42 2,5 2,5 2,5 16
Tomadas Laboratório e 16
Cir 2 2400 10,91 0,87 0.57 22.00 2,5 2,5 2,5
WC
Cir 3 Tomadas Recepção 1100 5,00 0,87 0.57 10.08 2,5 2,5 2,5 16
Tomadas Banheiro 16
Cir 4 1400 6,36 0,87 0.57 12.83 2,5 2,5 2,5
Fem.
Tomadas Banheiro
Cir 5 1400 6,36 0,87 0.57 12.83 2,5 2,5 2,5 16
Mas.
Cir 6 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 7 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 8 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16

31
Cir 9 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 10 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 11 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 12 Iluminação Caldeiras 1710 7,77 0,87 0.57 15.67 2.5 2.5 2.5 16
Cir 13 Iluminação Lab. e WC 3454 15,70 0,87 0.57 31.66 4 4 4 20
Cir14 Iluminação Recepção 1064 4,83 0,87 0.57 9.75 2.5 2.5 2.5 16
Cir 15 Iluminação WC 1595 7,25 0,87 0.57 14.62 2.5 2.5 2.5 16
Cir 16 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 17 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 18 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 19 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20

Tabela 11 - Seção dos condutores para Quadro Administração.

QUADRO ADMINISTRAÇÃO (QDAD)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)

Fat
Potencia Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Tomadas Subestação
Cir 1 1400 6,36 0,87 0.57 12.83 2,5 2,5 2,5 16
e Clim.
Tomadas Oficina de 16
Cir 2 2000 9,09 0,87 0.57 18.33 2,5 2,5 2,5
Reparo
Tomadas WC 1 e Hall 16
Cir 3 2200 10,00 0,87 0.57 20.17 2,5 2,5 2,5
1
Cir 4 Tomadas Auditório 2800 12,73 0,87 0.57 25.66 4 4 4 16
Cir 5 Tomadas Presidência 1100 5,00 0,87 0.57 10.08 2,5 2,5 2,5 16
Cir 6 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 7 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 8 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 9 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 10 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Cir 11 Tomada Galpão 4000 10.53 0,87 0.57 21.23 4 4 4 16
Iluminação 16
Cir 12 1080 4,91 0,87 0.57 9.90 2.5 2.5 2.5
Subestação
Iluminação Oficina 16
Cir 13 1808 8,22 0,87 0.57 16.57 2.5 2.5 2.5
de Reparo
Iluminação 16
Cir 14 1595 7,25 0,87 0.57 14.62 2.5 2.5 2.5
Climatização
Cir 15 Iluminação Auditório 1595 7,25 0,87 0.57 14.62 2.5 2.5 2.5 16

32
Iluminação Hall e WC 904 16
Cir 16 1064 0,87 0.57 9.75 2.5 2.5 2.5
1
Iluminação
Cir 17 3190 14,50 0,87 0.57 29.24 4 4 4 20
Presidência 1
Iluminação
Cir 18 3190 14,50 0,87 0.57 29.24 4 4 4 20
Presidência 2
Cir 19 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 20 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 21 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 22 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20

Tabela 12 - Seção dos condutores para Quadro Refeitório

QUADRO REFEITÓRIO (QDR)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)

Fat.
Potencia Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Tomadas Diretoria
Cir 1 1300 5,91 0,87 0.57 11.92 2.5 2.5 2.5 16
Op.
Cir 2 Tomadas WC 2 Hall 2 1500 6,82 0,87 0.57 13.75 2.5 2.5 2.5 16
Diretoria
Cir 3 2000 9,09 0,87 0.57 18.33 2.5 2.5 2.5 16
Finaceira/RH
Cir 4 Tomadas Refeitório 2800 12,73 0,87 0.57 25.66 4 4 4 16
Tomada WC
Cir 5 600 2,73 0,87 0.57 5.50 2.5 2.5 2.5 16
Refeitório
Aquecedor de
Cir 6 2726 12,39 0,87 0.57 24.99 4 4 4 16
Alimentos
Aquecedor de
Cir 7 2726 12,39 0,87 0.57 24.99 4 4 4 16
Alimentos
Aquecedor de
Cir 8 2726 12,39 0,87 0.57 24.99 4 4 4 16
Alimentos
Aquecedor de
Cir 9 2726 12,39 0,87 0.57 24.99 4 4 4 16
Alimentos
Iluminação Diretoria
Cir 10 3190 14,50 0,87 0.57 29.24 4 4 4 16
Op. 1
Iluminação Diretoria
Cir 11 3190 14,50 0,87 0.57 29.24 4 4 4 16
Op. 2
Iluminação Diretoria
Cir 12 3102 14,10 0,87 0.57 28.43 4 4 4 16
Fin. 1
Iluminação Diretoria
Cir 13 3102 14,10 0,87 0.57 28.43 4 4 4 16
Fin. 2

33
Iluminação Diretoria
Cir 14 3102 14,10 0,87 0.57 28.43 4 4 4 16
Fin. 3
Iluminação Hall 2
Cir 15 1064 4,83 0,87 0.57 9.75 2.5 2.5 2.5 16
WC 2
Iluminação
Cir 16 2362 10,74 0,87 0.57 21.65 2.5 2.5 2.5 16
Refeitório e WC
Cir 17 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 18 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 19 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 20 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20

Tabela 13 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 1.

QUADRO ILUMINAÇÃO GALPÃO 1 (QIL1)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)
Fat
Potencia Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Cir 1 Iluminação 1 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 2 Iluminação 2 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 3 Iluminação 3 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 4 Iluminação 4 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 5 Iluminação 5 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 6 Iluminação 6 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 7 Iluminação 7 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 8 Iluminação 8 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 9 Iluminação 9 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 10 Iluminação 10 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Iluminação de
Cir 11 78 0,35 0,87 0.57 0.71 1.5 1.5 1.5 16
Emergência
Cir 12 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20
Cir 13 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20
Cir 14 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20

34
Tabela 14 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 2.

QUADRO ILUMINAÇÃO GALPÃO 2 (QIL2)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)
Fator
Potência Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Cir 1 Iluminação 1 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 2 Iluminação 2 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 3 Iluminação 3 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 4 Iluminação 4 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 5 Iluminação 5 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 6 Iluminação 6 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 7 Iluminação 7 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 8 Iluminação 8 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 9 Iluminação 9 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 10 Iluminação 10 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Iluminação de
Cir 11 36 0,16 0,87 0.57 0.33 1.5 1.5 1.5 16
Emergência
Cir 12 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 13 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20
Cir 14 RESERVA 4400 20,00 0,87 0.57 40.33 20

Tabela 15 - Seção dos condutores para Quadro Iluminação Galpão 3.

QUADRO ILUMINAÇÃO GALPÃO 3 (QIL3)


Seção dos Disjuntor
Condutores (mm²) In (A)
Fat
Potência Fator
Circuitos Terminais Ip temp Ip' Fase N PE
(VA) Agrup.
(45)
Cir 1 Iluminação 1 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 2 Iluminação 2 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 3 Iluminação 3 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 4 Iluminação 4 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 5 Iluminação 5 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 6 Iluminação 6 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 7 Iluminação 7 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 8 Iluminação 8 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 9 Iluminação 9 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40
Cir 10 Iluminação 10 7500 34,09 0,87 0.57 68.75 25 25 25 40

35
Iluminação de
Cir 11 30 0.14 0.87 0.57 0.27 1.5 1.5 1.5 16
Emergência
Cir 12 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20
Cir 13 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20
Cir 14 RESERVA 4400 20,00 0.87 0.57 40.33 20

Nas tabelas 7 a 13 também está determinado o valor da corrente nominal do dispositivo de


disjunção associado a cada circuito terminal. A forma como foi encontrado esses valores está presente na
seção 3.7. Para alguns circuitos não foi utilizado a seção do condutor imediatamente superior a corrente
fictícia, pois a diferença entre as duas correntes não permitiria encontrar um disjuntor adequado uma vez
que apresenta valores fora dos valores nominais dos fabricantes.

3.5.4.2. Critério da queda de tensão

De maneira semelhante ao que foi feito com o fator de agrupamento, o critério de queda de
tensão também foi calculado tomando como base o pior caso para cada seção dos condutores. Para os
trechos dos ciruitos terminais foi adotado uma queda de tensão máxima de até 3,5%. Esta queda de
tensão pode ser calculada através da equação:

2 ∗ 𝐼𝑐 ∗ 𝐿𝑐 ∗ (𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝜃) + 𝑋 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝜃))
∆𝑉𝑐 = [%]
10 ∗ 𝑁𝑐𝑝 ∗ 220

Para os condutores de seção 2,5 mm² o trecho de maior distância e maior corrente é o circuito 3
do QDR, com uma corrente de projeto de 9,09 e uma distância total L de 47m obtida através da prancha
1. Para este caso utilizando a equação dada encontra-se uma queda de tensão de 2,79% se mantendo
dentro dos limites estipulados de 3,5%.

Para os condutores de 4 mm² o trecho de maior distância e corrente são os circuitos das tomadas
trifásicas presentes no galpão industrial. O circuito mais longo (circuito 10 do QDAD) segundo a prancha
1 apresenta distância L de 116m e uma corrente de 10,53A. Calcula-se a queda de tensão utilizando a
equação para circuitos trifásicos adotada para o cálculo dos alimentadores, o cálculo resulta em 2,51%
que está dentro do limite dado. O circuito monofásico mais critico é o circuito 11 do QDR com uma
corrente de 14,5A e distância L de 57m. Mesmo para este circuito a queda de tensão se manteve em
3,38%.

36
Embora a maioria dos circuitos terminais obtiveram uma queda de tensão abaixo do considerado,
como pode ser visto ao considerar os piores casos dos circuitos terminais, o critério da queda de tensão
foi crucial para o dimensionamento dos condutores que alimentam a iluminação do galpão industrial. Os
circuitos presentes nos QIL’s foram dimensionados inicialmente como de seção 16 mm². Para esta seção,
os circuitos mais curtos observados apresentam distância de 101m (circuito 1 do QIL1). Para a corrente
de 34,09A utilizando a equação para circuitos monofásicos a queda de tensão resultante foi 3,64%. Por
este fator os circuitos de iluminação dos QIL’s presentes nas tabelas 11 a 13 já apresentam o valor
corrigido de seção 25 mm². Realizando o cálculo, agora do pior caso, para o circuito 10 do QIL1: têm-se a
mesma corrente 34,09A, uma distância de 144m. Para a seção de 25 mm² observou-se uma queda de
tensão no valor de 3,43%. Desta forma todos os circuitos de iluminação do galpão industrial apresentarão
queda de tensão abaixo de 3,5%.

37
3.5.5. Circuitos terminais dos CCMs

3.5.5.1. Critério da capacidade máxima de condução

Utilizando a mesma metodologia aplicada para o dimensionamento dos circuitos terminais


presentes na seção anterior, obteve-se as seções dos circuitos terminais que alimentarão as cargas
motrizes da indústria.

Tabela 16 - Seção dos condutores CCM1 - Ramas

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' (A) F PE
(45) Agrup.
1 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
2 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
3 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
4 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
5 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
6 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
7 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
8 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
9 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25
10 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 6 6 25

Tabela 17 – Seçao dos condutores CCM2 - Flows

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
2 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
3 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
4 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
5 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16

38
6 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
7 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
8 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
9 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
10 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
11 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
12 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
13 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
14 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
15 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16

Tabela 18 - Seçao dos condutores CCM3 - Passadores

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
2 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
3 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
4 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
5 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
6 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
7 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50
8 27259.26 380 41.42 0.87 0.54 88.16 16 16 50

Tabela 19 - Seção dos condutores CCM 4 - Filatórios

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
2 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
3 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
4 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
5 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
6 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70
7 43809.52 380 66.56 0.87 0.54 141.68 35 35 70

39
Tabela 20 - Seção dos condutores CCM 5 - Cardas e etc

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
2 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
3 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
4 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
5 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
6 8761.90 380 13.31 0.87 0.54 28.34 4 4 16
7 13301.20 380 20.21 0.87 0.54 43.02 4 4 25
8 13301.20 380 20.21 0.87 0.65 35.74 4 4 25
9 13301.20 380 20.21 0.87 0.65 35.74 4 4 25
10 13301.20 380 20.21 0.87 0.65 35.74 4 4 25
11 4600 380 6.99 0.87 0.65 12.36 2.5 2.5 16
12 4600 380 6.99 0.87 0.65 12.36 2.5 2.5 16
13 4600 380 6.99 0.87 0.65 12.36 2.5 2.5 16
14 4600 380 6.99 0.87 0.65 12.36 2.5 2.5 16

Tabela 21 - Seção dos condutores CCM 6 - Tingimento e Caldeiras

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 63448.28 380 96.40 0.87 0.65 170.47 50 50 100
2 63448.28 380 96.40 0.87 0.65 170.47 50 50 100
3 12837.21 380 19.50 0.87 0.65 34.49 4 4 25
4 12837.21 380 19.50 0.87 0.65 34.49 4 4 25

40
Tabela 22 - Seção dos condutores CCM 7 - Urdideiras

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 35047.62 380 53.25 0.87 0.65 94.16 25 25 63
2 35047.62 380 53.25 0.87 0.65 94.16 25 25 63
3 35047.62 380 53.25 0.87 0.65 94.16 25 25 63
4 35047.62 380 53.25 0.87 0.65 94.16 25 25 63

Tabela 23 - Seção dos condutores CCM 8 - Teares

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
2 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
3 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
4 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
5 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
6 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
7 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
8 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
9 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
10 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
11 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
12 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
13 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
14 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40
15 22716.05 380 34.51 0.87 0.54 73.46 16 16 40

41
Tabela 24 - Seção condutores CCM 9 - Climatização

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 181728.40 380 276.11 0.87 1 317.37 150 150 300
2 181728.40 380 276.11 0.87 1 317.37 150 150 300

Tabela 25 - Seção condutores CCM 10 - Conicaleira1

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
2 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
3 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
4 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
5 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40

Tabela 26 - Seção condutores CCM 11 - Conicaleira 2

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
2 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
3 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
4 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40
5 43809.52 660 38.32 0.87 0.65 67.77 16 16 40

42
Tabela 27 - Seção condutores CCM 12 - Centrifugador

Seção dos
Condutores
Disjuntor
(mm²)
In(A)
Fat temp Fator
#Circuito Potência (VA) Tensão(V) Ip (A) Ip' F PE
(45) Agrup.
1 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40
2 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40
3 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40
4 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40
5 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40
6 43809.52 660 38.32 0.87 0.54 81.57 16 16 40

43
3.6. Cálculo dos níveis de curto-circuito

Foram calculadas as correntes de curto circuito trifásico e monofásico (fase-terra máximo) até os
barramentos dos quadros de distribuição, que incluem CCMs (Centro de Controle de Motores) e QDs
(Quadro de Distribuição de Iluminação e Tomadas). O sistema da Coelce apresenta os seguintes
parâmetros de base que devem ser aplicados para as conversões para o sistema pu.
𝑆𝑏 = 100 𝑀𝑉𝐴
𝑉𝑏 = 13800 𝑉

O curto circuito trifásico considera apenas as impedâncias de sequência positiva e é dado por:
𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑐3∅ =
|𝑍1𝑡 |
Onde,
Ib é a corrente de base do sistema de 4,18 kA;
Z1t é somatório das impedâncias de sequência positiva em pu até o ponto de cálculo do curto.

O curto circuito bifásico é dado por:

√3 ∗ 𝐼𝑐𝑐3∅
𝐼𝑐𝑐2∅ =
2

O curto circuito monofásico é dado por:


𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑐1∅ =
2 ∗ 𝑍1𝑡 + 𝑍0
Onde Z0 são as impedâncias de sequência zero em pu até o ponto de cálculo do curto.
O curto circuito fase-terra mínimo é dado por:
𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑐𝐹𝑇𝑚𝑖𝑛 =
2 ∗ 𝑍1𝑡 + 𝑍0 + 3 ∗ 𝑍𝑑
Onde Zd é o valor em pu do somatório das resistências de contato e da malha de terra, estimado
em 100 Ω para o sistema da Coelce.

O cálculo do curto circuito foi realizado utilizando o software PTW (SKM Power Tools v6.5.1.0). Os
parâmetros de base supracitados foram inseridos no PTW juntamente com as informações apresentadas
no OAP (Ordem de Ajuste da Proteção) presente no ANEXO A. Nesta simulação também foi considerada

44
a contribuição das cargas motrizes, para isso foram levantadas a potência e os fatores de potência de
todos os motores presentes na instalação.
Com relação as impedâncias dos condutores de baixa tensão, a impedância de sequência positiva
foi considerada igual a impedância de sequência zero.
As tabelas a seguir apresentam a compilação dos parâmetros de entrada utilizados para a
simulação.

Tabela 28 – Parâmetros de entrada para simulação no PTW

N. Cond.
L (m) Z+ Z0
Paralelos
Barra COELCE - - 0.0091+j0.6925 0+j0.6335
Condutor c1_95 1390 1 0.2231+j0.4040 0.3991+j1.9282
Condutor c1_50 27 1 0.4120+j0.4320 0.5898+j1.9563
Condutor c2
17 1 0,971+j0,158 0,971+j0,158
(Ramal de entrada)
Trafo_01
- - 0.8485+j5.9397 0.8485+j5.9397
1500 kVA
Trafo_02
- - 1.1767+j5.8835 1.1767+j5.8835
500 kVA
Autotransformador
- - 1.1767+j5.8835 1.1767+j5.8835
500kVA
Alimentador QGBT1 5 4 0.0630+j0.0960 0.0630+j0.0960
Alimentador QDA 176,35 1 0.32+j0.1 0.32+j0.1
Alimentador QDC 178,77 1 0.47+j0.11 0.47+j0.11
Alimentador QDAD 17,92 1 0.63+j0.11 0.63+j0.11
Alimentador QDR 88,85 1 0.87+0.12 0.87+0.12
Alimentador QIL1 19,25 1 0.19+j0.1 0.19+j0.1
Alimentador QIL2 176,35 1 0.19+j0.1 0.19+j0.1
Alimentador QIL3 171,83 1 0.19+j0.1 0.19+j0.1
Alimentador CCM 1 68 1 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 2 126 1 0.12+j0.094 0.12+j0.094
Alimentador CCM 3 56,72 2 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 4 80,41 3 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 5 151,16 1 0.12+j0.094 0.12+j0.094
Alimentador CCM 6 146,83 1 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 7 117,95 1 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 8 221,53 4 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador CCM 9 29,82 2 0.094+j0.098 0.094+j0.098
Alimentador QGBT2 5 2 0.015+j0.1 0.015+j0.1
Alimentador CCM 10 96,35 1 0.15+j0.1 0.15+j0.1

45
Alimentador CCM 11 107,90 1 0.15+j0.1 0.15+j0.1
Alimentador CCM 12 214,32 2 0.094+j0.098 0.094+j0.098

Considerações:
i) Para os condutores cujas impedâncias não estão discriminadas no OAP, as impedâncias de
sequência positiva e zero foram consideradas iguais. Esses valores de impedâncias foram
obtidos no catálogo de condutores da Prysmian presente no ANEXO C.
ii) Para o cálculo do nível de curto no secundário dos transformadores foi considerado uma
impedância de 6% (ver especificações dos transformadores no ANEXO D). Para o
transformador de 1,5 MVA a relação X/R foi considerada igual a 7, enquanto que para o
transformador de 500 kVA a relação adotada foi de 3,5. O que forneceu os valores de
impedância apresentados na tabela;
iii) A impedância do autotransformador foi considerada igual a impedância do transformador 2
que apresenta a mesma potência. O alimentador do autotransformador não foi incluído na
simulação pois devido ao seu pequeno comprimento, sua contribuição seria insignificante.

Com base no relatório apresentado pelo PTW (cujo sumário está apresentado no ANEXO C), criou-
se a tabela a seguir com os valores das correntes de curto circuito trifásica, bifásica e monofásica. Também
calculou-se o curto fase terra mínimo para o ponto de ligação e o primário dos transformadores.

Tabela 29 - Níveis de curto circuito trifásico, bifásico e monofásico

Tensão Icc3φ
Ponto Icc1φ(kA) Icc2φ(kA) Icc1φ_min
(V) (kA)
Barra COELCE 13800 6455.0 6941.18 5590.194 -
Ponto de ligação 13800 4578.0 3203.89 3964.664 79,318
Primário dos transformadores 13800 4566.0 3197.88 3954.272 79,312
Secundário Trafo_01
380 47888.5 44059.25 41472.66 -
1500 kVA
Secundário Trafo_02
440 14798.8 13239.40 12816.14
500 kVA
QGBT1 380 47527.1 43476.99 41159.68
QGBT2 440 14695.0 13111.39 12726.24
QUADRO D. ALMOXARIFADO (QDA) 380 3578.8 3566.48 3099.332
QUADRO D. CALDEIRAS (QDC) 380 2489.5 2484.48 2155.97

46
QUADRO D. ADMINISTRAÇÃO
380 16056.7 15755.02 13905.51
(QDAD)
QUADRO D. REFEITÓRIO (QDR) 380 2760.3 2755.32 2390.49
QUADRO ILUM. GALPÃO 1 (QIL1) 380 28054.6 26723.74 24296
QIL2 380 5379.1 5341.83 4658.437
QIL3 380 5509.6 5470.45 4771.454
CCM 1 - RAMAS 380 17543.8 16670.47 15193.38
CCM 2 - FLOWS 380 10619.9 10101.21 9197.103
CCM 3 - PASSADORES 380 28506.0 26628.96 24686.92
CCM 4 - FILATÓRIOS 380 22664.0 21008.35 19627.6
CCM 5 - CARDAS E ETC 380 14686.6 14026.24 12718.97
CCM 6 - TINGIMENTO E CALDEIRAS 380 10542.8 9799.40 9130.333
CCM 7 - URDIDEIRAS 380 12119.2 11481.77 10495.54
CCM 8 - TEARES 380 21499.7 19815.33 18619.29
CCM 9 - CLIMATIZAÇÃO 380 35910.5 33122.76 31099.41
CCM 10 - CONICALEIRA 1 660 5470.7 5583.13 4737.765
CCM 11 - CONICALEIRA 2 660 5394.1 5485.00 4671.428
CCM 12 - CENTRIFUGADOR 440 9760.1 8586.75 8452.495

47
3.7. Dimensionamento das proteções de baixa tensão

Para o dimensionamento das proteções dos circuitos terminais foram utilizados os disjuntores da
fabricante Siemens modelos monopolares 3VF22 16-0VC41(In=16 A) até 3VF22 16-0VS41(In=100A). Para
os circuitos trifásicos foram adotados os modelos da mesma família. As características dos modelos 3VF22
estão no datasheet do fabricante disponível no ANEXO E. A corrente nominal do elemento de proteção
(𝐼𝑛 ) deve ser maior que a corrente de projeto do circuito terminal (𝐼𝑝 ) e menor que a corrente máxima
suportada pelo condutor (𝐼𝑐 ):

𝐼𝑝 < 𝐼𝑛 < 𝐼𝑐

Além disso a capacidade de interrupção do elemento de proteção (𝐼𝑐𝑖 ) do circuito deve ser
superior à corrente de curto circuito (𝐼𝑐𝑐 ) calculada.

𝐼𝑐𝑐 < 𝐼𝑐𝑖

Com estas condições dadas, foi selecionado todos os disjuntores dos circuitos terminais presentes
nas tabelas 7 a 13. Todos os modelos desta linha da Siemens apresentam capacidade de interrupção de
até 65 kA sendo suficiente para o nível de curto no ponto de instalação dos mesmos. Ainda, deve ser
observada a seletividade do dispositivo de proteção de cada circuito terminal com o dispositivo de
proteção do quadro de distribuição à montante do circuito terminal, a fim de garantir que, no caso de
falha, apenas a parte afetada seja interrompida. Para garantir a seletividade cronométrica, deve-se
garantir que o tempo de ação do disjuntor à jusante (no caso, os disjuntores de cada circuito terminal)
seja inferior ao tempo de ação do disjuntor à montante (no caso, o disjuntor geral do quadro de
distribuição). Para isso, ao analisar as curvas características dos dois disjuntores, a curva do disjuntor à
montante deve se posicionar à direita e acima do disjuntor à jusante.
A mesma família de disjuntores foi utilizada paraa proteção dos circuitos de alimentação dos
quadros secundários de distribuição e dos CCMs. As especificações dos disjuntores estão presentes na
tabela 7.

48
3.8. Dimensionamento dos eletrodutos

O dimensionamento dos condutos foi feito com base no item 6.2.11.1.6 da ABNT NBR 5410, alínea
a, que indica que os eletrodutos não devem possuir taxa de ocupação maior do que 40% para o caso de
três ou mais condutores. Desta forma, ficou estabelecido que todos os circuitos terminais utilizarão cabos
Eprotenax 0,6/1 KV. Foi então obtido através do datasheet do fabricante, diponível no ANEXO B, os valores
de diamêtro exterior dos condutores. Os diamêtros dos eletrodutos de PVC que serão utilizados está
presente no ANEXO G. Com estas informações foi calculado a área ocupada pelos cabos para os trechos
mais carrecados de circuitos e através de uma planilha verificado o cumprimento da norma.

Além disso, segundo o item 6.2.11.1.6 da NBR 5410/2008, os seguintes critérios devem ser
obedecidos para a definição dos eletrodutos a serem utilizados na instalação elétrica: só são admitidos
eletrodutos não-propagantes de chama; só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que
suportem os esforços de deformação característicos da técnica construtiva utilizada; e, em qualquer
situação, os eletrodutos devem suportar as solicitações mecânicas, químicas, elétricas e térmicas a que
forem submetidos nas condições da instalação.

49
3.9. Modalidade tarifária

Para alocar a indústria têxtil entre as modalidades tarifárias disponíveis para alta tensão foi
necessário a construção de uma curva de consumo mensal e definição de demanda máxima apresentada
em intervalos de horários durante o dia. Para isso, adotou-se valores e regras apresentadas pela
concessionária ENEL e tomou-se algumas considerações listadas abaixo:
a. A indústria em questão corresponde a classe de tensão de 13,8kV pertencendo assim ao subgrupo
de tensão A4 – Industrial;
b. Horário fora de ponta corresponde ao intervalo de 20:30 de um dia até 17:30 do outro dia,
equivalente a 21 horas seguidas;
c. Horário de ponta corresponde ao intervalo de 17:30 de um dia até as 20:30 do mesmo dia,
equivalendo a 3 horas seguidas;
d. Determinou-se como horário de funcionamento da indústria: 07:30 às 20:30 durante todos os
dias da semana com pausa de 2 horas para almoço nos setores de gerência, presidência e
administrativo em geral, englobando dessa forma todo o horário de ponta;
e. Dentro do horário de funcionamento, considerou que em nenhum momento todas as cargas
estariam operando simultaneamente de acordo com o fator de utilização de cada carga;
f. As tarifas para consumo e demanda, do subgrupo de tensão A4 Industrial, foram retiradas do site
da COELCE (atualmente ENEL) em Janeiro de 2016 e estão listadas conforme a tabela a seguir:

Tabela 30 - Tarifas para consumo e demanda nas modalidades verde e azul.

Horosazonal Azul
Demanda – R$/kW Demanda – R$/kW
Normal Normal Normal Normal
Ponta Ponta Ponta Ponta Ponta Ponta Ponta Úmida
38,37 38,37 38,37 38,37 38,37 38,37 38,37 0,42527
Horosazonal Verde
Demanda – R$/kW Demanda – R$/kW
Normal Normal Normal Normal
13,58 13,58 13,58 13,58
13,58 13,58
1,55266 1,55266 0,42527 0,42527

g. No cálculo do importe final em ambas as modalidades, assumiu-se o fator de potência corrigido


para valores iguais ou superiores a 0,92 indutivo nos horários de 06:30 às 24:30 através do uso de

50
banco de capacitores. Para o horário de 00:30 às 06:30, o banco é retirado, não cobrando dessa
forma excesso de reativo.

As seções que seguem determinam os valores encontrados para o consumo total ativo e reativo
nos horários de ponta e fora de ponta bem como os valores de demanda; no final é então determinado o
importe total previsto a ser pago e a modalidade tarifária escolhida.

3.9.1. Consumo

Para determinação do consumo energético da indústria em questão fez-se necessário a


elaboração de uma curva de carga, onde determinou-se os horários de funcionamento dos motores,
iluminação e demais cargas nos horários de funcionamento da empresa.

O consumo total da indústria é dado em quatro fatores:


CAP – Consumo ativo no horário de ponta;
CAFP – Consumo ativo no horário fora de ponta;
CRP – Consumo reativo no horário de ponta;
CRFP – Consumo reativo no horário fora de ponta.

De acordo com o levantamento do consumo de cargas mensal, obteve-se os seguintes valores


para cada componente:
Tabela 31 - Consumo Mensal

CAP (kWh) CAFP (kWh) CRP (kVArh) CRFP (kVArh)


109151,68 539603,84 295185,81 59307,85

3.9.2. Demanda Máxima

Para determinar a demanda máxima apresentada na planta industrial é necessário analisar o


horário que possui o maior valor de potência consumida, tanto em horário de ponta como fora de ponta.
As componentes da demanda são dadas como:

DmAP – Demanda máxima ativa no horário de ponta;

51
DmAFP – Demanda máxima ativa no horário fora de ponta;

Devido a correção do fator de potência, não se fez necessário o cálculo da demanda reativa.
A tabela a seguir define os valores e horários para cada faixa horária.

Tabela 32 - Valores e horários de pico de demanda.

Demanda DmAP DmAFP


Horário 18h30min – 17h30min 13h30min – 14h30min
Valor (kW) 1687,57 1691,73

3.9.3. Importe total previsto e modalidade tarifária

A escolha da modalidade tarifária se deu pela previsão de importe em ambas as situações


baseando-se na tabela de tarifas de consumo e demanda e dos valores para essas componentes
apresentados.
Para calcular o importe sobre as demandas, fez-se uso da demanda máxima calculada, assumindo
que o valor de demanda contratado terá valor aproximado do calculado e não haverá niveis de
ultrapassagem de demanda.
Os valores são dados a seguir:
Horo-sazonal Azul
Nessa modalidade são considerados os cosumos ativos no horário de ponta e fora de ponta, além
da demanda ativa na ponta e fora de ponta.
𝐼𝑚𝑝𝑜𝑟𝐻𝐴 = 𝐶𝐴𝑃 ∗ 𝑇𝐶𝐴𝑃 + 𝐶𝐴𝐹𝑃 ∗ 𝑇𝐶𝐴𝐹𝑃 + 𝐷𝐴𝑃 ∗ 𝑇𝐷𝐴𝑃 + 𝐷𝐴𝐹𝑃 ∗ 𝑇𝐷𝐴𝐹𝑃 = 𝐑$ 𝟑𝟖𝟓. 𝟎𝟐𝟒, 𝟗𝟐
Horo-sazonal Verde
Nessa modalidade são consideradas ambos valores de consumo (horário de ponta e fora de
ponta) e apenas a demanda com maior valor entre o horário de ponta e fora de ponta.
𝐼𝑚𝑝𝑜𝑟𝐻𝐴 = 𝐶𝐴𝑃 ∗ 𝑇𝐶𝐴𝑃 + 𝐶𝐴𝐹𝑃 ∗ 𝑇𝐶𝐴𝐹𝑃 + 𝐷𝐴𝐹𝑃 ∗ 𝑇𝐷𝐴𝐹𝑃 = 𝐑$ 𝟒𝟒𝟒. 𝟗𝟎𝟎, 𝟏𝟕

Comparando os valores das modalidades tarifárias, fez a escolha pela modalidade Horo-sazonal
Azul, que levará a um importe previsto de 385 mil reais e um valor de demanda contratada superior a
1700 kW.

52
3.10. Projeto de correção de excedentes reativos

A determinação do banco de capacitores para atuar na correção do fator de potência foi realizada
através da análise de potência reativa em cada hora de atuação da fábrica para cada QGBT. De acordo
com o conjunto de dados disponibilizado no ANEXO F, é possível notar que os horários que apresentam
maior demanda reativa são:

Tabela 33 - Demanda reativa máxima para registrada para cada QGBT


Nível de Horário Demanda Reativa Potência Ativa
Quadro tensão Demanda Máxima Registrada (kW)
Trifásico (V) Reativa Máxima Registrada (kVAr)
QGBT1 380 07:30 às 08:30 607,98 1188,95
QGBT2 440 07:30 às 08:30 225,99 349,87

Observando as características das cargas pertencentes ao empreendimento industrial, percebeu-


se uma quantidade de cargas não lineares inferior a 20% da carga total. Sendo assim, a correção do fator
de potência se deu exclusivamente com a inclusão de um banco de capacitores com programador horário
em paralelo com os QGBTs.

3.10.1. Potência dos bancos de capacitores

A potência do banco capacitivo é dada pela seguinte expressão:

𝑄𝑐 = 𝑄𝑅𝑇 − 𝑃𝐷𝑀𝑅 ∗ 𝑡𝑔(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(0,95))


Onde,
Qc é a potência reativa do banco de capacitores a ser instalada em kVAr;
QRT é a potência reativa total, sem correção, no horário de maior demanda reativa em kVAr;
PDMR é a potência ativa registrada no horário de maior demanda reativa.

Potência a ser compensada para QGBT1:


𝑄𝑐 = 𝑄𝑅𝑇 − 𝑃𝐷𝑀𝑅 ∗ 𝑡𝑔(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(0,95))
𝑄𝑐 = 607,98 – 1188,95 ∗ 𝑡𝑔(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(0,95))
𝑄𝑐 = 217,20 𝑘𝑉𝐴𝑟

53
Potência a ser compensada para QGBT2:
𝑄𝑐 = 𝑄𝑅𝑇 − 𝑃𝐷𝑀𝑅 ∗ 𝑡𝑔(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(0,95))
𝑄𝑐 = 225,99 – 349,87 ∗ 𝑡𝑔(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(0,95))
𝑄𝑐 = 110,00 𝑘𝑉𝐴𝑟

3.10.2. Implementação física dos bancos de capacitores

A implementação dos bancos de capacitores é feita da seguinte forma:


Para banco do QGBT1:
• Banco de capacitores com programador automático de 12 estágios, sendo introduzidas
potências com valores diferentes em cada estágio, da mais alta para a mais baixa;
• Banco fixo de potência igual a 2% da potência nominal do transformador para compensar a
potência reativa indutiva que ocorre devido à operações em vazio.
Para banco do QGBT2:
• Banco com controlador horário.
A ordem dos estágios esta disposta na tabela a seguir, e o esquema mostrada na PRANCHA 05/05.

Tabela 34 - Implementação do banco de capacitores.


Localização do Potência a ser
Tipo de Banco Estágios/Horários Características
Quadro compensada
Fixo = 2%*1,5MVA
= 30kVar
1. 30kVAr
2 .25kVAr
Banco Fixo + 3. 25kVAr Controlador
Banco Com 4. 20kVAr automático do
controlador 5. 20 kVAr tipo PFW01 de
QGBT1 217,20 𝑘𝑉𝐴𝑟
automático 6. 15kVAr 12 estágios –
com 12 7. 15kVAr Monofásico
estágios 8. 10kVAr WEG
9. 10kVar
10.10kVAr
11.5kVAr
12.5KVar
Controlador
Banco Com 110kVAr
Programável
QGBT2 110,00 𝑘𝑉𝐴𝑟 controlador Liga: 07h30min
Horário T-1572
horário Desliga: 20h30min
REDELTA

54
4. Conclusões

Este trabalho teve como objetivo dimensionar e especificar de forma detalhada as condições
técnicas e premissas que devem ser consideradas na execução da instalação elétrica da indústria têxtil,
sempre em conformidade com as normas vigentes.
No projeto parcial foram levantadas as cargas a serem instaladas na indústria, e, a partir do
cálculo das potências instaladas, utilizando os critérios estabelecidos na NBR5410/2004 e NT-002/2011, e
a planta de cargas motrizes fornecida para elaboração do projeto.
No projeto da subestação, levou-se em consideração critérios previstos pela norma
regulamentadora para média tensão (NBR 14039), utilizando-se do cálculo da demanda total para
especificar o transformador a ser utilizado, considerando-se potências reservas, juntamente com as suas
devidas proteções. Depois de ter especificado os transformadores, foi feito o dimensionamentos dos
condutores e suas respectivas proteções. Além disso, elaborou-se os coordenogramas de fase e neutro
utilizando o software PTW de forma a garantir a seletividade das proteções adotadas em relação a
concessionaria (ENEL).
Nesta etapa do projeto foram redimensionados todos os alimentatores dos quadros secundários
de distribuição. Dessa vez, diferentemente do dimensionamento realizado no projeto parcial, não levou-
se em consideração a demanda de Niskier do quadro, mas sim, a sua potencia instalada em kVA. Além
disso, realizou-se o dimensionamento dos condutores de todos os circuitos temrinais levando em
consideração os critérios de queda de tensão e máxima capacidade de condução. Também foi realizado o
dimensionamento dos eletrodutos.
Nas ultimas seçoes do relatório foi realizando uma simulação da curv de consumo mensal da
indústria. De posse desse dado, costatou-se que a mesma deve ser alocada na modalidade tarifária azul.
Por ultimo, realizou-se o projeto de correção de excedentes reativos. O mesmo será composto de dois
bancos de capacitores, um para cada QGBT, com potencias de 217 kVAr e 110 kVAr.

55
5. Bibliografia

LIVROS
[1]MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 8ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, c2010. 792 p.

NORMAS TÉCNICAS
[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações Elétricas
de Baixa Tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14039:
Instalações Elétricas de Média Tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
[4] NORMA TÉCNICA. NT-002. Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de
Distribuição. Fortaleza: COELCE, 2011.
[6] DECISÃO TÉCNICA. DT-042. Utilização de Materiais em Linhas e Redes de Distribuição
Aéreas de AT, MT e BT. Fortaleza: COELCE, 2016.
[7] NORMA TÉCNICA. Nº9. Iluminação de Emergência. Fortaleza: CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ, 2008.

MANUAIS E CATÁLOGOS
[8] Catálogo online de Motores Elétricos, WEG. Disponível em
<http://ecatalog.weg.net/tec_cat/tech_motor_sel_web.asp>. Acesso em 12 de Outubro de 2016.
[9] BAIXA TENSÃO – Uso Geral [Prysmian]
[10] MÉDIA TENSÃO – Uso Geral [Prysmian]
[11] Relé de Proteção MT e Disjuntor MT, Capítulo 13, 2014. [Schneider Electric]
[12] GLO-RAY® Buffet Warmers GRBW Series [Hatco]
[13] Catálogo online Transformadores de Distribuição, WEG. Disponível em
<http://ecatalog.weg.net/tec_cat/tech_transformadores.asp>. Acesso em 12 de Outubro
de 2016.

[14] Catálogo online de produtos, Delmar – Hubbel Power Systems. Disponível em


< http://www.delmar.com.br/catalogos.asp>. Acessado em 12 de Outubro de 2016.
[15] Disjuntores para Instalações Elétricas Prediais e Comerciais [Siemens]

56
6. ANEXOS
6.1. ANEXO A – Ordem de Ajuste da Proteção (OAP)

57
58
6.2. ANEXO B – Catálogo de condutores Prysmian média e baixa tensão

59
60
6.3. ANEXO C – Short Circuit Analysis Report PTW

**********Jan 13, 2017 00:23:51 PAGE 116

***************** F A U L T A N A L Y S I S S U M M A R Y ***************
-------------------------------------------------------------------------------
BUS NAME VOLTAGE AVAILABLE FAULT CURRENT
L-L 3 PHASE X/R LINE/GRND X/R

BARRA COELCE 13800. 6455.0 43.1 6941.18 3.6


BUS-0036 660. 6179.5 5.5 6510.24 5.4
CCM1 380. 17543.8 1.7 16670.47 1.7
CCM10 660. 5470.7 3.5 5583.13 3.1
CCM11 660. 5394.1 3.4 5485.00 3.0

CCM12 440. 9760.1 2.7 8586.75 2.5


CCM2 380. 10619.9 1.2 10101.21 1.2
CCM3 380. 28506.0 2.4 26628.96 2.4
CCM4 380. 22664.0 2.0 21008.35 2.0
CCM5 380. 14686.6 1.3 14026.24 1.3

CCM6 380. 10542.8 1.6 9799.40 1.5


CCM7 380. 12119.2 1.6 11481.77 1.5
CCM8 380. 21499.7 2.0 19815.33 1.9
CCM9 380. 35910.5 3.1 33122.76 3.1
PONTO_LIG 13800. 4578.0 5.7 3203.89 6.3

PRIMARIO 13800. 4566.0 5.4 3197.88 6.0


QDA 380. 3578.8 0.4 3566.48 0.4
QDAD 380. 16056.7 0.5 15755.02 0.6
QDC 380. 2489.5 0.3 2484.48 0.3
QDR 380. 2760.3 0.2 2755.32 0.2

QGBT1 380. 47527.1 6.4 43476.99 6.5


QGBT2 440. 14695.0 5.1 13111.39 4.9
QIL1 380. 28054.6 1.5 26723.74 1.6
QIL2 380. 5379.1 0.6 5341.83 0.7
QIL3 380. 5509.6 0.7 5470.45 0.7

SEC_TRAF01 380. 47888.5 6.6 44059.25 6.7


SEC_TRAFO2 440. 14798.8 5.3 13239.40 5.2

*********************** FAULT ANALYSIS REPORT COMPLETED ***********************

61
6.4. ANEXO D - Folha de dados dos transformadores

FOLHA DE DADOS 2016

Linha de Produto: Transformadores a Seco

Características
Potencia: 1500 kVA Frequência nominal: 60 Hz
Norma de Fabricação: NBR 5356/93 Perdas em vazio (perdas no ferro): Sob Consulta
Refrigeração: ANAN - Ar Natural, Ar Natural Perdas totais: Sob Consulta
Atmosfera: Não é Agressiva Corrente de excitação: 1.2 %
Proteção: IP20 Impedância a 75' C: 6 %
Classe do Material Isolante (155'C) F Comprimento (C) : 2200 mm
Classe de Tensão (kV): 15 kV Largura (L) : 1300 mm
Tensão Primaria: kV Aura (A) : 2150 mm
Tensão secundária: 380/220 V Pesa: 3800 kg
Primário: Triângulo (delta) Valores garantidos potência nominal no tap de maior tensão,
Secundário: Estrela com neutro à temperatura de 115C
acessível
Deslocamento Angular: 30

Acessórios Incluídos Acessórios Opcionais

Sistema de comutação a vazio (Iinks) Monitor de temperatura sem indicador


Ganchos de suspensão Monitor de temperatura com indicador
Olhais para tração Sensores de temperatura
*aca de identificação
Rodas bidirecionais
Base de apoio
Conector de aterramento para cabo de
IO a 70
Terminais AT e BT - Nema 4 furos (tipo
Bandeira)

62
FOLHA DE DADOS 2016

Linha de Produto: Transformadores a Seco

Características

Potencia: 5OO kVA Frequência nominal: 60 Hz


Norma de Fabricação: NBR 5356/93 Perdas em vazio (perdas no ferro): Sob Consulta

Refrigeração: ANAN - Ar Natural, Ar Natural Perdas totais: Sob Consulta

Atmosfera: Não é Agressiva Corrente de excitação: 1,2%

Proteção: IP20 Impedância a 75' C: 6 %


Classe do Material Isolante (155'C) F Comprimento (C) : 2000 mm
Classe de Tensão (kV): 15 kV Largura (L) - 1200 mm

Tensão Primaria: kV Aura (A) : 1650 mm

Tensão Secundária: 440/254 V Pesa: 1900 kg


Valores garantidos potência nomina no tap de maior tensão,
Primário: Triângulo (delta) à temperatura de 115C

Secundário: Estrela com neutro


acessível

Deslocamento Angular: 30"

Acessórios Incluídos Acessórios Opcionais

Sistema de comutação a vazio (Iinks) Monitor de temperatura sem indicador


Ganchos de suspensão Monitor de temperatura com indicador
Olhais para tração Sensores de temperatura
*aca de identificação

Rodas bidirecionais

Base de apoio

Conector de aterramento para cabo de


IO a 70

Terminais AT e BT - Nema 4 furos (tipo


Bandeira)

63
Autotransformador Trifásico de Regime Contínuo
Aplicação:
Sistema de iluminação, força, distribuição e etc.

Características:
- Isolamento: a seco;

- Frequência: 60 Hz.

- Nível de isolamento: 1,2kV.

- Classe de temperatura: B.

- Tipo 01 - 380/220V + NEUTRO.

- Tipo 02 - 440/380/220V+ NEUTRO.

- Sem caixa IP00.

- Com caixa IP21, IP54 e IP65.

Construção:
- Núcleo constituído de lâminas de aço silício.

- Enrolamento em lâmina de Alumínio e/ou Cobre Eletrolítico com 99,9 de pureza;

- Impregnação em verniz poliéster;

- Acabamento das partes metálicas com pintura eletrostática na cor cinza N6,5.

Potências:
- 5 a 500 kVA.

Ensaios:
- conforme normas ABNT NBR 5356 e 10295.

Especiais:
Podem ser fabricados autotransformadores especiais fora do especificado, sob consulta (nível de isolamento,

classe de temperatura, voltagem e frequência dentre outros) sujeita a alterações.

Opcionais:
Rodas fixas ou bidirecionais, dentre outros acessórios conforme necessidade e indicação do cliente.

64
6.5. ANEXO E - Folha de dados dos disjuntores

65
66
67
68
69
70
71
72
73
6.6. ANEXO F – Distribuição horária de cargas

74
75
76
77
78
79
6.7. ANEXO G – Dimensão dos eletrodutos

80
81

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