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GOVERNADOR MANGABEIRA - BA
2021
JOSÉ MANOEL DOS SANTOS FILHO
GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
39 f.
CDD 624.176
JOSÉ MANOEL DOS SANTOS FILHO
Aprovado em 09/07/2021
BANCA DE APRESENTAÇÃO
________________________________________________
Prof. Me. Daniel Andrade Mota
Faculdade Maria Milza - FAMAM
________________________________________________
Profa. Esp. Priscila Verônica Galdino da Silva
Centro Universitário SENAI CIMATEC
________________________________________________
Profa. Me. Valquíria Melo de Santana
Faculdade Maria Milza - FAMAM
GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
AGRADECIMENTOS
FMEA - Failure Mode and Effect Analysis (Análise de modo e efeito de falha)
GUT - Gravidade, Urgência e Tendência
IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
In loco - No próprio local
NBR – Normas Brasileiras
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3
3 METODOLOGIA .......................................................................................... 16
4 RESULTADOS ............................................................................................ 19
5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 26
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 27
3
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
com vários elementos, como mão de obra não qualificada, matérias-primas de baixa
qualidade, conflitos entre projetos, entre outros. A fim de reduzir custos e acelerar a
construção, os procedimentos que previnem o surgimento de manifestações
patológicas acabam não sendo praticados (FACHIN, 2016).
Para Santos, Silva e Nascimento (2017) as manifestações patológicas surgem
como resultado de problemas recorrentes e representam um dos maiores incômodos
para uma edificação durante sua vida útil, estando relacionadas ao tempo de vida da
construção, clima, materiais, técnicas construtivas empregadas e ao nível de
controle de qualidade realizado nas construções.
O estudo de manifestações patológicas nas edificações é necessário para
compreender as causas e mecanismos de degradação responsáveis por sua
deterioração e possibilita o conhecimento necessário para realização de
intervenções diante dos danos verificados (GAKLIK, 2012).
2.3.1 Fissuras
2.3.2 Umidade
• Umidade de infiltração;
• Umidade ascensional;
• Umidade por condensação;
9
Granato (2013) define a umidade por infiltração como a água sob forma
líquida ou vapor que penetra diretamente no interior das edificações através de suas
paredes. É resultante de águas da chuva, que penetra através da fachada e/ou
cobertura da edificação, como resultado de uma impermeabilização deficiente
combinada com a crença de que apenas a presença de concreto será suficiente
para impedir a infiltração da água, também pode ser provocada por aplicação e uso
de técnicas e sistemas impermeabilizantes inadequados, ou até mesmo por falhas
existentes entre as interfaces dos elementos construtivos, como planos de parede e
portas ou janelas.
orvalho. Esse tipo de umidade é mais comum em ambientes fechados com alta
umidade, como banheiros, saunas e cozinhas.
De acordo com Silva e Oliveira (2018) é a umidade provocada por falhas nos
sistemas de tubulações de águas pluviais, esgoto e água potável, responsáveis pelo
surgimento de infiltrações. A presença de umidade com este tipo de origem tem uma
importância especial quando se refere a uma edificação que já possui um longo
tempo de existência.
2.3.3 Biodeterioração
aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa colante e/ou emboço.
Na Figura 3 é apresentado um exemplo de descolamento e destacamento.
2.3.6 Corrosão
Segundo Fáveri e Silva (2016) cada problema a ser analisado deve ser
pontuado de 1 a 5 em uma escala crescente, conforme as características
apresentadas no Quadro 2. Tendo como base a nota 5 para os problemas maiores,
e 1 para os menos.
Extremamente grave:
Precisa de ação
os problemas devem
imediata: sob a ameaça Tende a piorar de
ser priorizados. Caso
5 de agravar a situação e imediato: necessário agir
contrário, os danos
perder o controle sobre rapidamente.
podem se tornar
ela
irreversíveis
Sem gravidade:
Não irá piorar ou mudar:
danos leves, podendo Pode esperar: não há
significa que nada irá
1 ser considerados até pressa para resolver o
acontecer se o problema
mesmo danos problema.
não for resolvido
secundários.
Fonte: Adaptado de Fáveri e Silva (2016); Brasil (2019).
será obtido um ranking que apontara qual problema deve ser resolvido primeiro
(ANDRADE, 2017). O Quadro 3 demonstra um exemplo de aplicação do meto GUT.
3 METODOLOGIA
3.2 FLUXOGRAMA
ETAPA 1
• Realização das visitas e inspeção das edificações
ETAPA 2
• Análise de recorrência das manifestações
identificada
ETAPA 3
• Identificação das possíveis causas responsáveis
pelos surgimentos das manifestações patológicas
ETAPA 4
• Aplicação da matriz GUT
ETAPA 5
• Estabelecimento da ordem de prioridade
4 RESULTADOS
Os resultados deste estudo foram realizados a partir das visitas feitas nas
edificações, nas quais através da realização de inspeção de caráter
predominantemente sensorial pode-se constatar a presença de variados tipos de
manifestações patológicas. Os dados gerados a partir das inspeções e análises
realizadas proporcionou as informações necessárias para a aplicação do método
GUT neste estudo. Por tanto para cada categoria de manifestação patológica foi
atribuída uma nota levando em consideração a gravidade, urgência e tendência de
cada problema.
2,0% 1,0%
2,5%
Umidade de infiltração
Umidade acidental
Destacamentos de
revestimentos cerâmicos
• Ausência ou falha do
encunhamento da alvenaria;
• Acomodação da estrutura ao
longo de sua vida útil;
• Dilatação térmica ocasionadas
Fissuras e por logos períodos de exposição
Trincas ao sol;
• Vibrações oriundas do trafego
de veículos;
• Ausência de verga e
contraverga em vãos de portas e
janelas.
• Ausência ou falha de
impermeabilização das
fundações;
• Contato direto do solo com a
alvenaria;
Umidade
• Acumulo de água na base
ascensional
externa da parede gerados por
falta de calhas de captação de
águas pluviais e gotejamento
gerado por falha no dreno do ar-
condicionado.
• Inexistência ou deficiência de
impermeabilização das lajes;
• Problemas de cobertura (telhas
quebras, furadas, afastadas,
etc...);
Umidade de • Penetração da água por meio
infiltração de trincas existentes;
• Falhas na vedação das
esquadrias de portas e janelas;
• Ausência de rufo;
• Ausência/erro de instalação de
peitoril nas janelas.
(Continua)
23
(Continuação)
• Umidade constante;
• Locais de pouca exposição ao
Mofo ou Bolor sol;
• Ambientes fechados e com
pouca ventilação natural.
• Deficiência no espalhamento da
Destacamentos argamassa colante;
ou • Assentamento sobre superfície
descolamentos impropria;
de revestimentos • Negligência da mão-de-obra na
cerâmicos execução e/ou controle dos
serviços.
• Umidade constante;
• Pintura realizada sobre base
mal preparada (superfícies
Descascamento pulverulentas, sem preparador de
de pintura fundo);
• Inexistência ou deficiência de
impermeabilização;
• Diluição excessiva da tinta.
MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO G U T GxUxT
GRUPO SUBGRUPO
I Fissura (até 0,5 mm) 2 2 2 8
II Trinca (0,5 a 1,5 mm) 2 2 3 12
Fissuras III Rachadura (1,5 a 5,0 mm) 3 3 3 27
IV Fenda (5,0 a 10,0 mm) 4 4 3 48
V Brecha (acima de 10,0 mm) 5 5 4 100
I Umidade ascensional 3 2 3 18
II Umidade por condensação 2 2 2 8
Umidade III Umidade de infiltração 4 4 4 64
IV Umidade do processo de construção 2 2 2 8
V Umidade acidental 4 3 3 36
Biodeterioração I Mofo ou Bolor 2 2 2 8
Destacamentos de Instalados em altura superior a 1,8
I 4 3 3 36
revestimentos m
cerâmicos II Instalados em altura até 1,8 m 2 2 2 8
Descascamento de
- - 3 2 2 12
pintura
Corrosão - - 5 4 4 80
Fonte: Autor (2021)
MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO PRIORIDADE
GRUPO SUBGRUPO
Fissuras V Brecha (acima de 10,0 mm) 1
Corrosão - - 2
Umidade III Umidade de infiltração 3
Fissuras IV Fenda (5,0 a 10,0 mm) 4
Umidade V Umidade acidental 5
Destacamentos de
I Instalados em altura superior a 1,8 m 5
revestimentos cerâmicos
Destacamentos de
II Instalados em altura até 1,8 m 9
revestimentos cerâmicos
Fonte: Autor (2021)
5 CONCLUSÃO
Por meio do estudo realizado conclui-se o objetivo deste trabalho, que foi de
realizar a utilização do método GUT para definição de prioridades no tratamento de
manifestações patológicas em edificações públicas do município de Governador
Mangabeira – BA. Pode-se perceber que os principais fatores para existência de
tantas anomalias são consequências de problemas decorrentes das diferentes fases
da construção destas edificações. Problemas estes que podem ter sido causados
por falhas de projeto, execução e até mesmo mão de obra não qualificada.
6 REFERÊNCIAS
FÁVERI, R.; SILVA, A. Método GUT aplicado à gestão de risco de desastres: uma
ferramenta de auxílio para hierarquização de riscos. Ordem Pública, v. 9, n. 1, p.
93-107, junho 2016.
SILVA, Luiz Alberto da. et al. Estudo sobre patologia estrutural em um reservatório
de água de concreto armado. Augustus, Rio de Janeiro, v. 25, n. 49, p. 66-80, junho
2020.