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FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

JOSÉ MANOEL DOS SANTOS FILHO

ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PÚBLICAS:


UTILIZAÇÃO DO METODO GUT PARA DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

GOVERNADOR MANGABEIRA - BA
2021
JOSÉ MANOEL DOS SANTOS FILHO

ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PÚBLICAS:


UTILIZAÇÃO DO METODO GUT PARA DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Monografia apresentada na Faculdade Maria


Milza, 10º semestre do curso em Bacharelado
em Engenharia Civil, à disciplina de trabalho
de conclusão de curso II, para obtenção do
título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Me. Daniel Andrade Mota

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824

Santos Filho, José Manoel dos


S247a
Análise de manifestações patológicas em edificações públicas: utilização do
metodo gut para definição de prioridades / José Manoel dos Santos Filho. -
Governador Mangabeira - BA , 2021.

39 f.

Orientador: Daniel Andrade Mota.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) - Faculdade


Maria Milza, 2021 .

1. Manifestações Patológicas. 2. Método GUT. 3. Fissuras. 4. Umidades. 5.


Biodeterioração. I. Mota, Daniel Andrade, II. Título.

CDD 624.176
JOSÉ MANOEL DOS SANTOS FILHO

ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PÚBLICAS:


UTILIZAÇÃO DO METODO GUT PARA DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Aprovado em 09/07/2021

BANCA DE APRESENTAÇÃO

________________________________________________
Prof. Me. Daniel Andrade Mota
Faculdade Maria Milza - FAMAM

________________________________________________
Profa. Esp. Priscila Verônica Galdino da Silva
Centro Universitário SENAI CIMATEC

________________________________________________
Profa. Me. Valquíria Melo de Santana
Faculdade Maria Milza - FAMAM

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus, por ter tornado possível a conquista


deste tão sonhado título de Engenheiro Civil.
Agradeço aos meus queridos pais José Manoel dos Santos e Dilma Conceição
Santos e também a minha querida irmã Gisele Conceição Santos por todo apoio e
incentivo ao longo desta caminhada.
Agradeço a minha amada esposa Gessiane dos Santos Silva por toda a sua
compreensão, companheirismo e por estar sempre ao meu lado me apoiando e
incentivando sempre que necessário.
Agradeço meu sogro Gerson Souza da Silva e a minha sogra Ione Farias dos
Santos por todo apoio e por torcerem por mim na conquista deste objetivo.
Agradeço ao meu orientador, Prof. Me. Daniel Andrade Mota, por todos os
ensinamentos que tornaram possível a conclusão deste trabalho.
RESUMO

As manifestações patológicas surgem como resultado de problemas recorrentes e


representam um dos maiores incômodos para uma edificação durante sua vida útil.
Diante dessa problemática, tornou-se relevante a realização de um estudo de caso
com o objetivo de utilizar o método GUT para definição de prioridades no tratamento
de manifestações patológicas. Para o desenvolvimento do trabalho, foram
determinadas cinco etapas a serem seguidas, onde inicialmente foram realizas
inspeções através de processo de constatação, in loco, de caráter
predominantemente sensorial de cinco edificações públicas localizadas na sede do
município de Governador Mangabeira – BA, em seguida, foram analisadas as
recorrências destas manifestações e apontadas as possíveis causa responsáveis
pelo surgimento das mesmas. Posterior a realização das etapas anteriores foi
aplicado a metodologia GUT por meio da qual foi possível estabelecer uma ordem
de priorização para resolução dos problemas. Com base nos resultados, pode-se
concluir que maior parte das manifestações encontradas estão relacionadas à
umidade, a qual acaba sendo um fator de grande contribuição para o surgimento
outras manifestações, já no que diz respeito à utilização do método GUT foi
comprovado a sua aplicabilidade na área de estudo, visto que por se tratar de um
método simplificado e direto esta ferramenta apresentou eficiência para a
determinação de tomadas de decisões e elaboração de um planejamento
estratégico.

Palavras-chave: Manifestações Patológicas. Método GUT. Definição de Prioridades.


ABSTRACT

Pathological manifestations arise as a result of recurrent problems and represent one


of the biggest nuisances for a building during its useful life. Given this problem, it
became relevant to carry out a case study with the objective of using the GUT
method to define priorities in the treatment of pathological manifestations. For the
development of the work, five steps were determined to be followed, where
inspections were initially carried out through a process of finding, in loco,
predominantly sensory in character of five public buildings located in the seat of the
municipality of Governador Mangabeira - BA, then, the recurrences of these
manifestations were analyzed and the possible causes responsible for their
appearance were pointed out. After carrying out the previous steps, the GUT
methodology was applied, through which it was possible to establish a prioritization
order to solve the problems. Based on the results, it can be concluded that most of
the manifestations found are related to humidity, which ends up being a factor of
great contribution to the emergence of other manifestations, with regard to the use of
the GUT method, its applicability in the study area was proven, since it is a simplified
and direct method, this tool showed efficiency in determining decision-making and
preparing a strategic planning.

Key words: Pathological Manifestations. GUT method. Setting Priorities.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Desempenho ao longo do tempo .............................................................. 6


Figura 2 - Mancha de bolor em parede.................................................................... 11
Figura 3 - Destacamento de peças cerâmicas......................................................... 12
Figura 4 - Descascamento da pintura. ..................................................................... 13
Figura 5 - Fluxograma de etapas............................................................................. 17
Figura 6 - Recorrência das manifestações patológicas ........................................... 20
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação de acordo as aberturas ...................................................... 7


Quadro 2 - Critérios de Pontuação. ......................................................................... 15
Quadro 3 - Exemplo de aplicação da Matriz GUT ................................................... 16
Quadro 4 - Recorrência das manifestações patológicas .......................................... 19
Quadro 5 - Qualificação e possíveis causas ............................................................ 22
Quadro 6 - Matriz de aplicação do método GUT ..................................................... 24
Quadro 7 - Ordem de prioridade.............................................................................. 25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FMEA - Failure Mode and Effect Analysis (Análise de modo e efeito de falha)
GUT - Gravidade, Urgência e Tendência
IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
In loco - No próprio local
NBR – Normas Brasileiras
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3

1.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 4

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 4

2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 4

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................... 4

2.2 DESEMPENHO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE ............................................... 5

2.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ................................................................. 6

2.3.1 Fissuras .................................................................................................... 6

2.3.2 Umidade .................................................................................................... 8

2.3.2.1 Umidade de infiltração ............................................................................. 9

2.3.2.2 Umidade ascensional .............................................................................. 9

2.3.2.3 Umidade por condensação...................................................................... 9

2.3.2.4 Umidade do processo de construção .................................................... 10

2.3.2.5 Umidade acidental ................................................................................ 10

2.3.3 Biodeterioração ...................................................................................... 10

2.3.3.1 Mofo ou bolor ........................................................................................ 10

2.3.4 Destacamentos de revestimentos cerâmicos ...................................... 11

2.3.5 Descascamento de pintura .................................................................... 13

2.3.6 Corrosão ................................................................................................. 14

2.4 MÉTODO GUT ............................................................................................... 14

3 METODOLOGIA .......................................................................................... 16

3.1 OBJETO DE ESTUDO ................................................................................... 16

3.2 FLUXOGRAMA .............................................................................................. 17

3.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ..................................................................... 17

3.4 METODOLOGIA PARA INSPEÇÃO DAS EDIFICAÇÕES .............................. 18


3.5 DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES ..................................................................... 18

3.6 QUALIFICAÇÃO E POSSÍVEIS CAUSAS RESPONSÁVEIS PELOS


SURGIMENTOS DAS MANIFESTAÇÕES ........................................................... 19

4 RESULTADOS ............................................................................................ 19

4.1 ANALISE DE RECORRÊNCIA DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS...... 19

4.2 QUALIFICAÇÃO E POSSÍVEIS CAUSAS RESPONSÁVEIS PELOS


SURGIMENTOS ................................................................................................... 21

4.3 MATRIZ GUT.................................................................................................. 24

5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 26

6 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 27
3

1 INTRODUÇÃO

Mesmo com o desenvolvimento de novas técnicas construtivas e uso de


materiais de construção de melhor qualidade, é possível se observar em
praticamente metade das edificações manifestações patológicas de diversificados
tipos (PINHEIRO; KLAMT, 2017).
De acordo com Santos, Silva e Nascimento (2017) com o passar do tempo às
edificações sofrem degradação, que é um processo natural que reduz seu
desempenho e consequentemente sua vida útil.
Segundo Gaklik (2012) estudar as manifestações patológicas ajuda a
entender os fatores e mecanismos que causam a deterioração das edificações,
proporcionando conhecimento essencial que possa intervir diante dos danos
verificados. Pesquisas tem demonstrado que quanto mais cedo uma anormalidade
for detectada, mais eficaz e econômica será a intervenção (MARTINS; FIORITI,
2016).
Para evitar essas manifestações patológicas e consequentemente riscos e
gastos, é essencial que exista planejamento e investimento no ato de analisá-las. Os
engenheiros e o suporte técnico devem decidir quais problemas devem ser
priorizados, postergados ou até mesmo ignorados, analisando a finalidade da
construção e possíveis situações nas quais ela será exposta diariamente, mas sem
negligenciar os interesses e necessidades dos usuários (GONZALES; OLIVEIRA;
AMARANTE, 2020).
Para definir a ordem de prioridade destas manifestações patológicas a Norma
de Inspeção Predial do IBAPE (2012) recomenda que seja disposta em ordem
decrescente quanto ao grau de risco e intensidade das anomalias, apuradas através
de metodologias técnicas apropriadas como GUT (ferramenta de “gerenciamento de
risco” através da metodologia de Gravidade, Urgência e Tendência), FMEA: (Failure
Mode and Effect Analisys: ferramenta de “gerenciamento de risco” através da
metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha); ou ainda, pela listagem de
criticidade decorrente da Inspeção Predial.
Portanto neste trabalho será utilizada a metodologia técnica da Matriz GUT,
que auxiliará na definição de prioridades para manutenção das edificações.
4

A escolha do tema em estudo se justifica, pois, através dos resultados obtidos


poderá ser definida uma hierarquia de prioridade que possibilitara ao gestor do
município junto ao departamento de engenharia, solucionar as manifestações
patológicas presentes nas edificações de forma eficaz e econômica.

1.1 OBJETIVO GERAL

Utilização do método GUT para definição de prioridades no tratamento de


manifestações patológicas em edificações públicas do município de Governador
Mangabeira – BA.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Inspeção das edificações de acordo com a NBR 16747/2020;


• Identificar e qualificar as manifestações patológicas;
• Aplicar a Matriz de Gravidade, Urgência e Tendência (GUT), para estabelecer
uma hierarquia de prioridade;
• Apontar as possíveis causas responsáveis pelos surgimentos das
manifestações identificadas.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Segundo Fachin (2016) a palavra “patologia” vem do conceito “estudo da


doença”, tendo origem no grego, onde pathos significa doença; e logos, estudo. No
entanto, patologia também é usada como sinônimo de "doença" no campo da
ciência.
Na construção civil, patologias são entendidas como falhas ou manifestações
patológicas que aparecem devido a inúmeros fatores que se manifestam em maior
proporção na fase de uso da edificação, surgindo rápida ou lentamente de acordo
5

com vários elementos, como mão de obra não qualificada, matérias-primas de baixa
qualidade, conflitos entre projetos, entre outros. A fim de reduzir custos e acelerar a
construção, os procedimentos que previnem o surgimento de manifestações
patológicas acabam não sendo praticados (FACHIN, 2016).
Para Santos, Silva e Nascimento (2017) as manifestações patológicas surgem
como resultado de problemas recorrentes e representam um dos maiores incômodos
para uma edificação durante sua vida útil, estando relacionadas ao tempo de vida da
construção, clima, materiais, técnicas construtivas empregadas e ao nível de
controle de qualidade realizado nas construções.
O estudo de manifestações patológicas nas edificações é necessário para
compreender as causas e mecanismos de degradação responsáveis por sua
deterioração e possibilita o conhecimento necessário para realização de
intervenções diante dos danos verificados (GAKLIK, 2012).

2.2 DESEMPENHO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE

Desempenho pode ser determinado como comportamento em uso. Tratando-


se de uma edificação pode ser entendido como as condições mínimas de
habitabilidade (como conforto térmico e acústico, higiene, segurança, entre outras),
essenciais para que um ou mais indivíduos sejam capazes de utilizar a edificação
durante um período de tempo (POSSAN; DEMOLINER, 2013).
A NBR 6118/2014, por sua vez, ressalta que o desempenho de uma
edificação consiste na capacidade da estrutura de manter-se em condições plenas
de utilização durante sua vida útil, não podendo apresentar danos que
comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada.
Observa-se que o conceito de desempenho e vida útil das edificações estão
intimamente relacionados. A NBR 15575-1/2013, define Vida útil como o período de
tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as
quais foram projetados e construídos considerando a periodicidade e correta
execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual de
Uso, Operação e Manutenção.
Conforme a NBR 15575-1/2013, a durabilidade da edificação e de seus
elementos é uma exigência econômica do usuário, pois está diretamente associada
6

ao custo global do bem imóvel. A durabilidade de um produto se extingue quando


ele deixa de cumprir as funções que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação
que o conduz a um estado insatisfatório de desempenho, quer seja por
obsolescência funcional. O período de tempo compreendido entre o início de
operação ou uso de um produto e o momento em que o seu desempenho deixa de
atender às exigências do usuário pré-estabelecidas é denominado vida útil. Por tanto
a norma salienta que a vida útil da estrutura consegue ser prolongada através de
ações de manutenção, como é demonstrado na Figura 1.

Figura 1 - Desempenho ao longo do tempo

Fonte: NBR 15575-1/2013

Segundo Santos, Silva e Nascimento (2017) é importante estabelecer um


conjunto de ações que devem ser desempenhadas para preservar ou recuperar a
capacidade funcional de uma edificação.

2.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

2.3.1 Fissuras

Segundo Figueiredo et al. (2017), fissuras, trincas e rachaduras são


manifestações patológicas presente nos edifícios comumente encontrados em
7

alvenarias, vigas, pilares, lajes, pisos e em outros elementos, geralmente causadas


por tensões dos materiais. Se for necessário que o material exerça mais esforço do
que sua resistência ocorrerá uma falha provocando uma abertura que de acordo
com sua espessura poderá ser classificada como fissura, trinca, rachadura, fenda ou
brecha. O Quadro 1 resume a classificação proposta pelo autor.

Quadro 1 - Classificação de acordo as aberturas

ANOMALIAS ABERTURAS (mm)

Fissura até 0,5

Trinca de 0,5 a 1,5

Rachadura de 1,5 a 5,0

Fenda de 5,0 a 10,0

Brecha Acima de 10,0


Fonte: Adaptado de Figueiredo et al. (2017)

As patologias do tipo fissuras podem ser causadas por movimentação


térmica, movimentação higroscópica, ação de sobrecargas, deformações excessivas
da estrutura, recalque de fundações ou até mesmo por alterações químicas.
(OLIVEIRA, 2012).

Já Santos (2019) afirma que os principais mecanismos responsáveis pela


ocorrência de fissuras são:
• Erros de concepção do projeto
• Falhas de execução
• Falha no processo de cura do concreto
• Dilatação térmica
• Reações expansivas
• Carregamentos não considerados no projeto estrutural
• Ataque por agentes químicos
• Recalque diferencial da estrutura
8

De acordo com Ambrósio (2004) a origem, o tamanho e a gravidade de uma


fissura devem ser classificados corretamente, para que o tratamento exato possa ser
selecionado e executado.
O aparecimento de trincas e fissuras pode levar à manifestação de outras
patologias, pois favorece a penetração de agentes agressivos externos, além de
afetar o usuário sob o ponto de vista de satisfação psicológica, sensação de
incerteza e degradação do aspecto visual (ANTUNES, 2010).

2.3.2 Umidade

Umidade é um dos principais problemas para o setor da construção civil, a


sua presença proporciona um ambiente favorável para a formação de colônias de
fungos e bactérias, eflorescência, perda de acabamentos em pintura e cerâmica,
desconforto do usuário, corrosões em peças de concreto armado, e em situações
mais graves pode causa inundação de áreas de subsolo e acidentes estruturais
(GRANATO, 2013).
Carvalho e Pinto (2019) define umidade como a penetração de água através
de paredes ou de elementos construtivos próximos a uma fonte de água. No
entanto, apenas uma fonte de água não pode causar anomalias de umidade, é
necessário que haja meios para a propagação da água e força física capazes de
estimular seu movimento entre materiais essencialmente suscetíveis à umidade.
Segundo Carvalho e Pinto (2018) quando a umidade eventualmente aparece
de maneira indesejável e a uma taxa maior do que a considerada aceitável torna-se
um problema. Podendo por exemplo criar condições favoráveis para a degradação,
físicas, químicas e biológicas dos elementos construtivos.
Para Magalhães et al. (2019) Compreender o fenômeno de degradação
causado pela umidade inclui entender como ela é transportada através dos
elementos que compõem a edificação. Segundo Magalhães et al. (2019), os
motivos para a presença de umidade nas edificações são:

• Umidade de infiltração;
• Umidade ascensional;
• Umidade por condensação;
9

• Umidade do processo de construção;


• Umidade acidental.

2.3.2.1 Umidade de infiltração

Granato (2013) define a umidade por infiltração como a água sob forma
líquida ou vapor que penetra diretamente no interior das edificações através de suas
paredes. É resultante de águas da chuva, que penetra através da fachada e/ou
cobertura da edificação, como resultado de uma impermeabilização deficiente
combinada com a crença de que apenas a presença de concreto será suficiente
para impedir a infiltração da água, também pode ser provocada por aplicação e uso
de técnicas e sistemas impermeabilizantes inadequados, ou até mesmo por falhas
existentes entre as interfaces dos elementos construtivos, como planos de parede e
portas ou janelas.

2.3.2.2 Umidade ascensional

A umidade ascensional é provocada pelo fluxo ascendente da água por meio


do fenômeno da capilaridade, os vasos capilares são pequenos canais vazios
presentes na microestrutura dos diversos materiais, que permitem a água subir até
entra em equilíbrio com a força da gravidade (MAGALHÃES et al., 2019)

Conforme Bruschi (2018) esta umidade origina-se através das fundações e


migra a partir delas até as paredes e pisos da obra. Nas paredes de alvenaria de
tijolo, a ação capilar pode atingir alturas de 80 cm a 1,50 metros, causando manchas
em áreas próximas ao solo, acompanhadas de mofo e intemperismo.

2.3.2.3 Umidade por condensação

Sendo Barbosa (2018) a umidade de condensação acontece quando o vapor


d'água presente no ambiente entra em contato com uma superfície mais fria,
provocando a liquefação, ou seja, é a umidade que ocorre nas superfícies dos
elementos construtivos cuja temperatura é inferior à temperatura do ponto de
10

orvalho. Esse tipo de umidade é mais comum em ambientes fechados com alta
umidade, como banheiros, saunas e cozinhas.

2.3.2.4 Umidade do processo de construção

Essa umidade é resultante do processo de execução da obra que foi


necessária durante esse processo, mas embora essa umidade ainda exista após o
término da obra, a tendência é que a umidade desapareça após um determinado
período de tempo. Ele existe no interior dos materiais que compõem a estrutura,
como água utilizada no concreto, argamassa, etc. (BRUSCHI, 2018).

2.3.2.5 Umidade acidental

De acordo com Silva e Oliveira (2018) é a umidade provocada por falhas nos
sistemas de tubulações de águas pluviais, esgoto e água potável, responsáveis pelo
surgimento de infiltrações. A presença de umidade com este tipo de origem tem uma
importância especial quando se refere a uma edificação que já possui um longo
tempo de existência.

2.3.3 Biodeterioração

A biodeterioração é definida como qualquer alteração indesejada nas


propriedades de um material provocada por organismos tais como, algas, fungos,
bactérias entre outros. Sendo que as mais comuns evidenciadas nas edificações é a
presença de fungos que provocam o surgimento de mofos e bolores (PRIMO, 2019).

2.3.3.1 Mofo ou bolor

Mofo ou bolor é uma alteração observável macroscopicamente na superfície


dos materiais, sendo decorrência do desenvolvimento de microrganismos
pertencentes ao fungo. Proporcionam a decomposição dos revestimentos por meio
de enzimas que quebram moléculas orgânicas complexas até compostos mais
11

simples, que são assimilados e usados no seu desenvolvimento (SEGAT, 2005). Na


Figura 2 observa-se um exemplo de mancha de bolor.

Figura 2 - Mancha de bolor em parede.

Fonte: Guerra (2020)

Segundo Peres (2001) ambientes com pouca ventilação e/ou umidades


relativas do ar acima de 75% possibilitam desenvolvimento de bolor em edificações.
A temperatura é outro fator fundamental no crescimento de fungos. Esses
organismos desenvolvem-se relativamente bem entre 10° e 35° C, com uma grande
variação de comportamento fora desses limites, dependendo da espécie em
questão.
Em revestimentos de fachada e/ou paredes, o mofo ou bolor causa alteração
estética, dando origem a manchas escuras desagradáveis em tonalidades preta,
marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou
amareladas. Além do problema estético, a propagação de mofo ou bolor em
edificações pode provocar problemas respiratórios aos moradores, estabelecendo
uma questão relevante para a qualidade dos ambientes internos (SEGAT, 2005).

2.3.4 Destacamentos de revestimentos cerâmicos

Conforme Carvalho et al. (2017) destacamentos são definidos como a perda


de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando
as tensões que surgem no revestimento cerâmico excedem a capacidade de
12

aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa colante e/ou emboço.
Na Figura 3 é apresentado um exemplo de descolamento e destacamento.

Figura 3 - Destacamento de peças cerâmicas

Fonte: Ribeiro (2020)

Os primeiros sinais de acontecimento são os visuais, como estufamento da


camada de acabamento (rejuntes e/ou placas cerâmicas) que aumentando no
sistema causara o destacamento das placas ou rejuntes (LIMA, 2019).
Segundo Antunes (2010) o destacamento do revestimento e sua extensão,
podem ser identificados por percussão de um leve impacto sobre o revestimento,
com base na observação de um som cavo (oco), ou também nas áreas que se nota
o afastamento físico da camada de acabamento (placas cerâmicas e rejuntes).
Para Roscoe (2008), existem várias razões para esses problemas, dentre as
quais se destacam:

• O grau de solicitação do revestimento;


• Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado;
• Características das juntas de assentamento e de movimentação;
• Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido;
• Mal espalhamento da argamassa colante;
• Imperícia ou negligência da mão-de-obra na execução e/ou controle dos
serviços;
• Assentamento sobre superfície contaminada.
13

Por conta da probabilidade de acidentes envolvendo os usuários e os custos


para seu reparo, esta patologia é considerada a ainda mais crítica, as situações
mais comuns de descolamento geralmente ocorrem após cinco anos de vida útil da
obra (ROSCOE, 2008).
Horsth et al. (2018) sugere que além de corrigir as possíveis causas, o
assentamento da placa cerâmica deve ser evitado na fase de execução da obra
onde a base que irá receber o material tenha pouco tempo de cura, para evitar
retrações indesejadas.

2.3.5 Descascamento de pintura

Geralmente é causado pela degradação e fissuras devido à perda de adesão


do filme. A falta de adesão da tinta que provoca o descascamento também pode
estar associada à umidade, demonstrando que é de grande importância à
preparação da superfície (GONZAGA, 2011).
Segundo Antunes (2010), o descascamento de pintura (Figura 4) pode se
manifestar das seguintes formas:

• Perda de aderência da película;


• Pulverulência ou descolamento, com posterior perda de aderência;
• Escamação da película.

Figura 4 - Descascamento da pintura.

Fonte: Antunes (2010)


14

2.3.6 Corrosão

Segundo Souza e Lima (2019) a corrosão é definida como a interação


destrutiva de um material com o meio ambiente, consequentemente de reações
deletérias de natureza química ou eletroquímica, relacionada ou não às ações
mecânicas ou físicas de degradação.
A corrosão ocorre com maior frequência em locais mais expostos à umidade e
agentes agressivos, ou em estruturas com muitas falhas, como ninhos de
concretagem que, devido à alta porosidade local, facilitam a penetração de agentes
agressivos. (SILVA et al., 2020).
De acordo com Ferreira, Silva e Teixeira (2019), a corrosão eletroquímica é a
mais preocupante nas obras civis, pois ocorre quando a estrutura está em contato
com um meio aquoso, como: água ou ambientes úmidos. Esse tipo de corrosão
pode provocar danos expressivos nas armaduras.

2.4 MÉTODO GUT

O método GUT foi desenvolvido por Kepner e Tregoe na década de 1980, e


seu objetivo era resolver problemas complexos nas indústrias americanas e
japonesas. (FÁVERI; SILVA, 2016).
Segundo Meireles (2001), essa ferramenta de gerenciamento é usada para
priorizar a tomada de decisões, considerando a gravidade, urgência e tendência de
eventos relacionados. Com base nessas variáveis, o gestor pode agir de acordo com
o cronograma para determinar qual dano deve ser resolvido primeiro. A grande
vantagem do método GUT, em comparação com outros do tipo, é a facilidade de uso
e a capacidade de atribuir valores para cada situação real de maneira objetiva,
permitindo quantificar os problemas da empresa e possibilitar a priorização de
medidas preventivas ou corretivas para eliminação dos problemas encontrados.
Ainda de acordo com Meireles (2001) para utilização da ferramenta GUT é
preciso considerar os parâmetros:

Gravidade: intensidade e profundidade dos danos que o fenômeno pode


causar se não houver reparo do mesmo;
15

Urgência: o tempo para a eclosão dos danos ou resultados indesejáveis


causados pelo fenômeno se não houver reparo do mesmo;

Tendência: desenvolvimento que o problema terá se não houver uma


reparação.

Segundo Fáveri e Silva (2016) cada problema a ser analisado deve ser
pontuado de 1 a 5 em uma escala crescente, conforme as características
apresentadas no Quadro 2. Tendo como base a nota 5 para os problemas maiores,
e 1 para os menos.

Quadro 2 - Critérios de Pontuação.

PONTOS GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA

Extremamente grave:
Precisa de ação
os problemas devem
imediata: sob a ameaça Tende a piorar de
ser priorizados. Caso
5 de agravar a situação e imediato: necessário agir
contrário, os danos
perder o controle sobre rapidamente.
podem se tornar
ela
irreversíveis

Muito grave: o Irá piorar a curto prazo: o


problema pode Muito urgente: deve ser problema pode piorar
4
causar grandes resolvido rapidamente. significativamente em
danos à edificação. curto período de tempo

Irá piorar a médio prazo:


Urgente: precisa ser
Grave: danos provavelmente o
3 solucionado o mais
regulares. problema vai permanecer
rápido possível.
se nada for feito.

Pouco urgente: são


problemas que, apesar Irá piorar a longo prazo: o
Pouco grave: danos
2 de mais urgentes que os problema tende a crescer
mínimos.
anteriores, podem lentamente.
esperar mais um tempo.

Sem gravidade:
Não irá piorar ou mudar:
danos leves, podendo Pode esperar: não há
significa que nada irá
1 ser considerados até pressa para resolver o
acontecer se o problema
mesmo danos problema.
não for resolvido
secundários.
Fonte: Adaptado de Fáveri e Silva (2016); Brasil (2019).

Para determinar a ordem de prioridade e a ordem das decisões


subsequentes, deve-se calcular o produto entre dos parâmetros do método, no qual
16

será obtido um ranking que apontara qual problema deve ser resolvido primeiro
(ANDRADE, 2017). O Quadro 3 demonstra um exemplo de aplicação do meto GUT.

Quadro 3 - Exemplo de aplicação da Matriz GUT

PROBLEMA GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA GxUxT PRIORIDADE


Situação A 3 4 3 36 2
Situação B 5 3 4 60 1
Situação C 2 3 3 18 3
Fonte: Adaptado de Fáveri e Silva (2016)

3 METODOLOGIA

Objetivando realizar a utilização do método GUT para definição de prioridades


no tratamento de manifestações patológicas em edificações públicas foi realizado
um estudo de caso no município de Governador Mangabeira, localizado no estado
da Bahia. Esse trabalho foi baseado em dois tipos de pesquisas:

• Descritiva, onde serão realizadas visitas nas edificações públicas do


município a fim de observar a manifestações patológicas existentes.
• Explicativa, visando analisar as manifestações patológicas encontradas e
propor uma ordem de prioridades para resolução dos problemas;

3.1 OBJETO DE ESTUDO

O estudo foi realizado a partir da inspeção de cinco edificações públicas


localizadas na sede do município de Governador Mangabeira – BA, sendo elas:
Anexo de atendimento da unidade AME (Atendimento Médico Emergencial),
Biblioteca Municipal Coronel João Fraga, Secretaria Municipal de Saúde, Auditório
Julieta Nascimento da Silva e Unidade de Saúde da Família Irmã Blandina. As
estruturas destas edificações são constituídas por concreto armado, laje treliçada,
alvenaria de vedação em bloco cerâmico e cobertura de telhas cerâmica com
estrutura feita em tramas de madeira.
17

3.2 FLUXOGRAMA

Para o desenvolvimento do trabalho, foram determinadas cinco etapas a


serem seguidas com o intuito de possibilitar o uma melhor compreensão de cada
parte do trabalho. Na figura 5 a seguir é possível observar o fluxograma de
desenvolvimento.

Figura 5 - Fluxograma de etapas

ETAPA 1
• Realização das visitas e inspeção das edificações

ETAPA 2
• Análise de recorrência das manifestações
identificada

ETAPA 3
• Identificação das possíveis causas responsáveis
pelos surgimentos das manifestações patológicas

ETAPA 4
• Aplicação da matriz GUT

ETAPA 5
• Estabelecimento da ordem de prioridade

Fonte: Autor (2021)

3.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Para a o levantamento de dados foram utilizados os seguintes equipamentos:

• Equipamento para registro fotográfico (Smartphone);


• Caneta;
• Prancheta;
• Escalímetro.
18

3.4 METODOLOGIA PARA INSPEÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

A inspeção das edificações foi realizada seguindo as recomendações de


acordo a NBR 16747-2020, avaliando as condições técnicas de uso, operação e
manutenção das edificações. A vistoria foi feita através de processo de constatação,
no local, predominantemente sensorial, do comportamento em uso da edificação,
por ocasião da data da vistoria. Vale ressaltar que de acordo com a NBR 16747-
2020, a inspeção tem apenas caráter fundamental sensorial, destacando somente os
problemas que tenham sintomas e sinais visíveis.

3.5 DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Quanto à ordem de prioridades a Norma de Inspeção Predial do IBAPE


(2012) recomenda que seja disposta em ordem decrescente quanto ao grau de risco
e intensidade das anomalias e falhas, apuradas através de metodologias técnicas
apropriadas como GUT (ferramenta de “gerenciamento de risco” através da
metodologia de Gravidade, Urgência e Tendência), FMEA: (Failure Mode and Effect
Analisys: ferramenta de “gerenciamento de risco” através da metodologia de Análise
do Tipo e Efeito de Falha); ou ainda, pela listagem de criticidade decorrente da
Inspeção Predial.
Neste trabalho foi utilizado a metodologia da Matriz GUT, a escolha deste
método em comparação com outros do tipo, justificou-se pela facilidade de
entendimento, aplicação e capacidade de atribuir valores para cada situação real de
maneira objetiva, permitindo quantificar os problemas e possibilitar a priorização
para resolução dos problemas.
Para a elaboração da matriz GUT é preciso listar organizadamente as
manifestações patológicas identificadas, posteriormente se faz necessário atribuir
notas para cada problema apontado, considerando os critérios de pontuação de
acordo com as variáveis apresentadas na revisão bibliográfica desde trabalho. Em
seguida deve-se calcular o produto entre dos parâmetros do método e por fim
estabelecer um ranking que apontara qual problema deve ser resolvido primeiro.
19

3.6 QUALIFICAÇÃO E POSSÍVEIS CAUSAS RESPONSÁVEIS PELOS


SURGIMENTOS DAS MANIFESTAÇÕES

Para determinação das qualificações e possíveis causas responsáveis pelo


surgimento das manifestações patológica identificadas, foram efetuadas analises
que levaram em consideração o local da manifestação, detalhes construtivos, estado
de conservação, componentes e equipamento ao redor.

4 RESULTADOS

Os resultados deste estudo foram realizados a partir das visitas feitas nas
edificações, nas quais através da realização de inspeção de caráter
predominantemente sensorial pode-se constatar a presença de variados tipos de
manifestações patológicas. Os dados gerados a partir das inspeções e análises
realizadas proporcionou as informações necessárias para a aplicação do método
GUT neste estudo. Por tanto para cada categoria de manifestação patológica foi
atribuída uma nota levando em consideração a gravidade, urgência e tendência de
cada problema.

4.1 ANALISE DE RECORRÊNCIA DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nas cinco edificações vistoriadas, constatou-se a existência de 203


manifestações patológicas. Por meio do quadro 4, na qual foram classificadas em
grupos e sub grupos é possível observar como está distribuída a recorrência destas
manifestações.

Quadro 4 - Recorrência das manifestações patológicas


MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO RECORRÊNCIA
GRUPO SUBGRUPO
I Fissura (até 0,5 mm) 5
II Trinca (0,5 a 1,5 mm) 4
Fissuras III Rachadura (1,5 a 5,0 mm) 0
IV Fenda (5,0 a 10,0 mm) 0
V Brecha (acima de 10,0 mm) 0
(Continua)
20

Quadro 4 - Recorrência das manifestações patológicas


(Continuação)
MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO RECORRÊNCIA
GRUPO SUBGRUPO
I Umidade ascensional 29
II Umidade por condensação 0
Umidade III Umidade de infiltração 53
IV Umidade do processo de construção 0
V Umidade acidental 10
Biodeterioração I Mofo ou Bolor 51
Destacamentos de I Instalados em altura superior a 1,8 m 0
revestimentos cerâmicos II Instalados em altura até 1,8 m 2
Descascamento de pintura - Descascamento de pintura 49
Corrosão - Corrosão 0
Fonte: Autor (2021)

A figura 6 a seguir apresenta os percentuais referentes a representatividade


de cada manifestação patológicas conforme verificadas nas edificações vistoriadas.

Figura 6 - Recorrência das manifestações patológicas

2,0% 1,0%
2,5%
Umidade de infiltração

4,9% Mofo ou Bolor

26,1% Descascamento de pintura


14,3%
Umidade ascensional

Umidade acidental

Fissura (até 0,5 mm)

24,1% Trinca (0,5 a 1,5 mm)


25,1%

Destacamentos de
revestimentos cerâmicos

Fonte: Autor (2021)


21

Analisando o gráfico na figura 6, observa-se que maior parte das


manifestações patológicos encontrados foram as Umidades de infiltração com o
percentual de 26,1%, Mofo/bolor com 25,1% e descascamentos de pintura com
24,1%. Conforme a ordem apresentada percebe-se que as manifestações que
ficaram em segundo e terceiro lugar na ordem de recorrência apresentam
percentuais bem próximos uns dos outros, levando a considerar que estas
manifestações podem estar associadas a presença umidade nos locas onde foram
identificadas.
É possível observar ainda que grande parte da recorrência das manifestações
patológicas nestas edificações estão relacionados com os processos de Umidade
que juntas totalizam um percentual de 45,3%, já as manifestações que
apresentaram menor recorrência foram os destacamentos ou descolamentos de
revestimentos cerâmicos instalados em altura até 1,8 m com 1%, Trincas com 2% e
fissuras com 2,5%.

4.2 QUALIFICAÇÃO E POSSÍVEIS CAUSAS RESPONSÁVEIS PELOS


SURGIMENTOS

Durante o decorrer das inspeções realizadas, buscou-se qualificar e identificar


as possíveis causas responsáveis para o surgimento das manifestações patológicas
existentes, para isso foi considerado todos os fatores que contribuísse para o melhor
entendimento das situações analisadas. No quadro 5 a seguir é apresenta algumas
fotos as quais estão relacionadas as suas determinadas qualificações e algumas
considerações feitas para estas ocorrências.
22

Quadro 5 - Qualificação e possíveis causas

QUALIFICAÇÃO FOTOS POSSÍVEIS CAUSAS

• Ausência ou falha do
encunhamento da alvenaria;
• Acomodação da estrutura ao
longo de sua vida útil;
• Dilatação térmica ocasionadas
Fissuras e por logos períodos de exposição
Trincas ao sol;
• Vibrações oriundas do trafego
de veículos;
• Ausência de verga e
contraverga em vãos de portas e
janelas.

• Ausência ou falha de
impermeabilização das
fundações;
• Contato direto do solo com a
alvenaria;
Umidade
• Acumulo de água na base
ascensional
externa da parede gerados por
falta de calhas de captação de
águas pluviais e gotejamento
gerado por falha no dreno do ar-
condicionado.

• Inexistência ou deficiência de
impermeabilização das lajes;
• Problemas de cobertura (telhas
quebras, furadas, afastadas,
etc...);
Umidade de • Penetração da água por meio
infiltração de trincas existentes;
• Falhas na vedação das
esquadrias de portas e janelas;
• Ausência de rufo;
• Ausência/erro de instalação de
peitoril nas janelas.

(Continua)
23

Quadro 5 - Qualificação e possíveis causas

(Continuação)

QUALIFICAÇÃO FOTOS POSSÍVEIS CAUSAS

• Falha nos elementos


responsáveis pela condução de
Umidade
água (Tubulações, conexões,
acidental
dreno de ar-condicionado e
etc...).

• Umidade constante;
• Locais de pouca exposição ao
Mofo ou Bolor sol;
• Ambientes fechados e com
pouca ventilação natural.

• Deficiência no espalhamento da
Destacamentos argamassa colante;
ou • Assentamento sobre superfície
descolamentos impropria;
de revestimentos • Negligência da mão-de-obra na
cerâmicos execução e/ou controle dos
serviços.

• Umidade constante;
• Pintura realizada sobre base
mal preparada (superfícies
Descascamento pulverulentas, sem preparador de
de pintura fundo);
• Inexistência ou deficiência de
impermeabilização;
• Diluição excessiva da tinta.

Fonte: Autor (2021)


24

4.3 MATRIZ GUT

A matriz apresentada no Quado 6 exibe a divisão dos grupos e subgrupos das


manifestações patológicas e suas determinadas pontuações estabelecidas através
das considerações dos parâmetros de Gravidade, Urgência e Tendência (GUT),
conforme apresentado na Tabela 2.

Quadro 6 - Matriz de aplicação do método GUT

MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO G U T GxUxT
GRUPO SUBGRUPO
I Fissura (até 0,5 mm) 2 2 2 8
II Trinca (0,5 a 1,5 mm) 2 2 3 12
Fissuras III Rachadura (1,5 a 5,0 mm) 3 3 3 27
IV Fenda (5,0 a 10,0 mm) 4 4 3 48
V Brecha (acima de 10,0 mm) 5 5 4 100
I Umidade ascensional 3 2 3 18
II Umidade por condensação 2 2 2 8
Umidade III Umidade de infiltração 4 4 4 64
IV Umidade do processo de construção 2 2 2 8
V Umidade acidental 4 3 3 36
Biodeterioração I Mofo ou Bolor 2 2 2 8
Destacamentos de Instalados em altura superior a 1,8
I 4 3 3 36
revestimentos m
cerâmicos II Instalados em altura até 1,8 m 2 2 2 8
Descascamento de
- - 3 2 2 12
pintura
Corrosão - - 5 4 4 80
Fonte: Autor (2021)

Os resultados encontrados através do produto dos parâmetros GxUxT reflete


o grau de prioridade a ser assumido para manifestação patológica. Assim, quanto
maiores os valores alcançados, maior o grau de prioridade. Portanto quando feita a
priorização desta forma servira como orientação para a realização de planos de
manutenção a serem seguidos.

O Quadro 7 por fim apresenta os resultados da ordem de prioridade obtida


através aplicação do método GUT.
25

Quadro 7 - Ordem de prioridade

MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA
DESTINÇÃO PRIORIDADE
GRUPO SUBGRUPO
Fissuras V Brecha (acima de 10,0 mm) 1
Corrosão - - 2
Umidade III Umidade de infiltração 3
Fissuras IV Fenda (5,0 a 10,0 mm) 4
Umidade V Umidade acidental 5

Destacamentos de
I Instalados em altura superior a 1,8 m 5
revestimentos cerâmicos

Fissuras III Rachadura (1,5 a 5,0 mm) 6


Umidade I Umidade ascensional 7
Fissuras II Trinca (0,5 a 1,5 mm) 8
Descascamento de pintura - - 8
Fissuras I Fissura (até 0,5 mm) 9
Umidade II Umidade por condensação 9
Umidade IV Umidade do processo de construção 9
Biodeterioração I Mofo ou Bolor 9

Destacamentos de
II Instalados em altura até 1,8 m 9
revestimentos cerâmicos
Fonte: Autor (2021)

Conforme as informações apresentadas no Quando 7, quando em uma


edificação for constatada a existência da manifestação que obteve classificação de
prioridade Nº1, esta deve ser tratada de forma rápida e cautelosa, pois de acordo a
sua categorização esta pode estar associado a algum tipo de falha que pode vim a
gerar consequências como instabilidade da estrutura e/ou riscos aos usuários da
edificação. Já na situação em que não for identificada a manifestação de prioridade
Nº1 a sua posição deverá ser ocupada pela manifestação que na ordem estiver
ocupando posição seguinte, e assim sucessivamente.

Nos casos de determinadas manifestações patológicas que obtiveram o


mesmo grau de prioridade, recomenda-se para estas situações, considerar o nível
de agravamento e influência no surgimento de outras manifestações assim como
seu impacto na edificação.
26

5 CONCLUSÃO

Por meio do estudo realizado conclui-se o objetivo deste trabalho, que foi de
realizar a utilização do método GUT para definição de prioridades no tratamento de
manifestações patológicas em edificações públicas do município de Governador
Mangabeira – BA. Pode-se perceber que os principais fatores para existência de
tantas anomalias são consequências de problemas decorrentes das diferentes fases
da construção destas edificações. Problemas estes que podem ter sido causados
por falhas de projeto, execução e até mesmo mão de obra não qualificada.

Com base nos resultados obtidos através da recorrência de manifestações foi


possível observar que maior parte das manifestações identificadas estão
relacionadas à umidade, a qual acaba sendo um fator de grande contribuição para
surgimento de várias outras manifestações presentes na estrutura.

No que diz respeito à utilização do método GUT para determinação da ordem


de prioridade de resolução dos problemas, foi comprovado a sua aplicabilidade na
área de estudo, visto que por se tratar de um método simplificado e direto esta
ferramenta apresentou eficiência para a determinação de tomadas de decisões e
elaboração de um planejamento estratégico para o setor da instituição responsável
pela realização de manutenções.

Por conta da pandemia do COVID-19 surgiram algumas dificuldades na fase


de realização das visitas as edificações, pois alguns locais estavam com restrições
de acesso e horários de funcionamento. Outra dificuldade enfrentada foi durante a
fase de levantamento de informações sobre os locais vistoriados.

Como sugestões para trabalhos futuros, propõem-se a realização de estudos


de intervenções e terapêuticas indicadas para os problemas encontrados, realizar
estudo de custo conforme as terapêuticas adotadas e ensaios de termografia
infravermelha afim de obter mais informações sobre a presença de umidade nas
edificações.
27

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