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RESUMO: Este artigo relata estudos experimentais sobre o comportamento à fadiga do aço 42CrMo4 sob condições de carregamento não proporcional.
Embora o aço 42CrMo4 seja amplamente utilizado em componentes estressados complexos, como eixos, etc., a maioria
dos estudos na literatura foram sobre o comportamento à fadiga uniaxial deste aço. O objetivo deste trabalho é estudar
o comportamento mecânico do aço 42CrMo4 sob condições de carregamento de fadiga multiaxial especificadas, o que permitirá uma
melhor compreensão da relação entre tensão normal e de cisalhamento e validar os modelos de dano por fadiga. Uma série de testes
foram realizados no controle de carga para vários caminhos de carregamento de fadiga multiaxial. Os resultados experimentais mostram que a razão
entre os componentes de tensão normal e tensão de cisalhamento tem uma forte influência no dano por fadiga e, consequentemente, na fadiga
vida. Modelos de dano de fadiga multiaxial com base na amplitude da tensão de cisalhamento são aplicados para correlacionar os resultados do teste,
resultados de correlação melhorados são mostrados.
Palavras-chave: Fadiga multiaxial, carregamento não proporcional, plasticidade, endurecimento cíclico, modelos de fadiga multiaxial.
RESUMO: Este artigo apresenta um estudo sobre o comportamento em fadiga multiaxial do aço 42CrMo4, sob condições
de carregamento não proporcional. Embora o aço 42CrMo4 seja utilizado em muitos componentes mecânicos, a maioria dos estudos referenciados na
literatura apenas referem o seu comportamento em fadiga uniaxial. O objectivo deste trabalho
é estudar o comportamento mecânico do aço 42CrMo4 sob condições especificas de carregamento, as quais permitirão um
melhor entendimento do rácio entre a componente da tensão normal e da tensão de corte e consequentemente validar os
modelos de dano à fadiga. Foram realizados vários testes, em controlo de carga, para diferentes trajectórias de
carregamento. Os resultados experimentais mostram que o rácio entre a componente da tensão normal e da tensão de corte tem uma forte influência no
dano à fadiga e consequentemente na vida à fadiga. São utilizados modelos de dano à fadiga multiaxial, baseados na amplitude da tensão de corte, para
correlacionar com os resultados experimentais. Com o novo
rácio obtém-se uma melhor correlação dos resultados.
Palavras chave: Fadiga multiaxial, Carregamento não-proporcional, Plasticidade, Encruamento cíclico, Modelos fadiga multiaxial.
(um losango, um retângulo e uma elipse). Os testes foram feitos Ensaios de tensão-compressão cíclica biaxial com torção cíclica foram
em regime de fadiga de alto ciclo, 105 – 107 ciclos. realizados em um servo-hidráulico biaxial
máquina, mostrada na Fig. 2. As condições de teste foram as seguintes:
Propõe-se avaliar a amplitude da tensão de cisalhamento no freqüência 4-6 Hz em temperatura ambiente e ar de laboratório.
espaço de tensão apropriado para o tipo de material. Para o aço 42CrMo4 Os testes terminaram quando os corpos de prova estavam completamente
estudado, o espaço de tensão de cisalhamento com o quebrado.
p p
3 m² 3 m²
p p
1 2 2 2 2
+ÿ p
+ ÿ((((
zz
p xx)2}}} )+} p + (((
( zx
)}
6 xy yz
(2)
1 2 2 2 2 2
J ÿ 2,
6
ÿ +ÿ +ÿ +
{( {( {(, {( () )(
aa , ,, ,,)( )) aa ))))) p
((((( p ) } } ) } 2(
{( p} ) ) )
)((S)(,))(())({((+p)((S ),)
{} )){( (( +( () (3)) }
Muitos modelos de fadiga multiaxial foram propostos nas últimas décadas 3.1 Faixa de Tensão Equivalente do Código ASME
[1]. Entre vários parâmetros e constantes a amplitude da tensão de
cisalhamento é um dos parâmetros mais importantes nas formulações da O procedimento de código ASME para caldeiras e vasos de pressão [6] é
fadiga multiaxial baseado na hipótese de von Mises, mas emprega a diferença de tensão
modelos de dano, em regime de fadiga de alto ciclo. ÿÿi entre dois instantes arbitrários t1 e t2:
11 2 2 2 12
Entre muitos modelos multiaxiais, o Sines [4] e o ÿ=
SSeq
eq
ÿ ÿÿ
ss{(+
{( {( {( ssÿss
xx (
ÿÿss
+ ÿ)(ssÿÿ
aa
)( ))+
( ss aa zz
) ) ) ) ) ) (((((
zz xx
( )( ) 6
6 ) )}
22
Crossland [5] são dois critérios importantes, que são formulados pela
(4)
amplitude da segunda tensão desviatória
invariante e a tensão hidrostática PH:
onde a faixa de tensão equivalente ÿÿeq é maximizada em relação ao
tempo. Eq. (4) produz uma tensão equivalente mais baixa
( )PH = eu(N
J2,a + kN () (1) faixa, para algumas condições, fora de fase do que em fase
carregamento, levando a um aumento da vida em fadiga, o que está em
contradição com os resultados experimentais.
onde k(N) e vida N. eu(N) denotam parâmetros de material para um determinado
mostrado durante um ciclo de carregamento. A representação esquemática losango para cima e losango para baixo nos caminhos de carregamento, respectivamente
da abordagem MCE e a relação com a abordagem do círculo mínimo (ver Tabelas 3 e 4). As Fig.(s) 4 e 5 mostram a evolução da vida
circunscrito (MCC) são ilustradas na Fig. experimental com o parâmetro de tensão de von Mises equivalente
3: para os casos I, II, II_A, II_B, III, III_A e III_B.
Mínimo
Carregar caminho 1
Circunscrito 800
Não Proporcional
Círculo
700
Carregar caminho 2
(Retilíneo) 600
Rb
[MPa]
Mises
von
500
400
ÿm
Mínimo
Sol 300
Circunscrito
Caso I Caso II Caso II_B Caso II_A
Elipse
O
200
1000 10.000 100.000 1.000.000 1.000.000
600
Ao invés de definir J =
e Ra pelo mínimo
2,
500
abordagem do círculo circunscrito (MCC), uma nova definição de [MPa]
Mises
von
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Comportamento experimental tensão-deformação cíclica sob 5.2. Comportamento experimental cíclico tensão-deformação sob
carregamento proporcional e não proporcional com von Mises carregamento proporcional e não proporcional com nova fadiga
parâmetro parâmetro
Ensaios cíclicos proporcionais e não proporcionais foram realizados no As Fig.(s) 6 e 7 mostram a evolução da vida experimental com o novo
plano (ÿ , ÿ3ÿ). Testes cíclicos não proporcionais foram realizados com o parâmetro para os casos I, II, II_A, II_B, III, III_A e III_B.
quadrado, retângulo para cima e
retângulo para baixo, círculo, elipse para baixo, elipse para cima, losango,
800 800
700 700
600 600
Ta+Sig_h
[MPa]
500 500
Ta+Sig_h
[MPa]
400 400
Fig. 6. Evolução do novo parâmetro de fadiga com Fig. 8. Evolução do novo parâmetro de fadiga com
vida experimental: casos I, II, II_A e II_B, respectivamente. vida experimental: casos II_A, II_B, III_A, III_B, IV_A e
IV_B, respectivamente.
800 5. CONCLUSÕES
700
Os resultados experimentais mostram que a razão entre o componente
600 de tensão normal e o componente de tensão de cisalhamento tem um forte
influência nos danos por fadiga e, consequentemente, na vida em fadiga.
500
O espaço de tensão de cisalhamento usado para a avaliação do cisalhamento
Ta+Sig_h
[MPa]
200 RECONHECIMENTOS
1000 10.000 100.000 1.000.000 1.000.000
Vida experimental (N) O apoio financeiro deste trabalho pela FCT - Fundação para Ciência e
Tecnologia é reconhecido através do projeto PPCDT/EME/59577/2004.
Fig. 7. Evolução do novo parâmetro de fadiga com
vida experimental: casos I, III, III_A e III_B, respectivamente.