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ENSAIOS
2.1. Termográfico
Conforme NBR 15424 (ABNT, 2016) o ensaio termográfico é não destrutivo, com
técnica de inspeção em infravermelho que captura diferentes distribuições de calor. É um
processo de identificação de patologias considerada não invasiva que reconhece a intensidade
de radiação emitida naturalmente pelo corpo sendo proporcional a sua temperatura. O ensaio
permite então identificar regiões com presença de umidade as quais apresentam temperaturas
mais frias se comparadas as demais regiões.
2.2.Percussão em pisos
3. COBERTURA
Registro 1 – Instalação de rufo metálico em parede paralela ao comprimento da telha de acordo com a NBR
13858-1:1997.
3.2. Rufos
Neste sentido, tem-se que o item 7.2 da ABNT NBR 6118:2014 determina que todos
os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins. Todos os beirais devem
ter pingadeiras e os encontros a diferentes níveis devem ser protegidos por rufos.
A proteção de topo com pingadeiras nas extremidades inferiores evita o escorrimento
de sujeiras para as superfícies das fachadas e penetração de umidade para o interior da parede.
Da mesma forma, o rufo de encosto com pingadeira nas extremidades inferiores, além de
inibir a infiltração entre muros e paredes coladas, impede o escorrimento de água pelas
paredes. Este último deve ser embutido na alvenaria conforme especificação contida na
ABNT NBR 8039:1983.
1- Rufo de encosto ou
externo com pingadeira
1 2 protegendo contra a infiltração de
água entre uma parede e outra.
2- Rufo de capa ou de topo
com pingadeira protegendo contra
a infiltração de água e sujeira.
Registro 2 – Execução de rufos em paredes vizinhas; uma parede é mais baixa que a outra.
4. PAREDES
4.1. Pintura
1
Chai, C.; Brito, J. de; Silva, A.; Gaspar, P. L. Previsão da vida útil de pinturas de paredes exteriores,
Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, R. Sá Nogueira, 1300-055 Lisboa, Portugal,
Número 41, 2011. Disponível em: http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n41/Pag51-63.pdf
‘
2
Prof. MSc. Eng. Eduardo Henrique da Cunha, Engenharia Civil – 8º Período – Turma C01, Disc.
Construção Civil II, PUC Goiás. Apostila de Aula. Disponível em:
https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-civil-ii-1/pintura-apresentacao
Registro 4 – Esquema da junta de movimentação com corte total do emboço.
Registro 6 – Amarrações das fiadas e cantos de paredes de acordo com especificações da ABNT NBR
8545:1984.
Registro 7 – Ligação de alvenaria com pilar de concreto de acordo com especificações da ABNT NBR
8545:1984.
3
BRICK INDUSTRY ASSOCIATION. Volume changes and effects of movement. Reston: BIA,
1991. (Technical notes, 18).
5. ESQUADRIAS
5.1. Peitoril
Registro 9 - O avanço lateral do peitoril evita que o fluxo de água se concentre nas laterais desse elemento,
provocando manchas de umidade, fissuras higroscópicas e sujidade na fachada.
4
RIPPER, E. Como evitar erro na construção.2. ed. São Paulo: Pini, 1986. 122p.
Deve ser prevista a vedação da junta entre pingadeira e contramarco com selante à
base de silicone, bem como os cantos das pingadeiras e o perímetro externo da janela –
conexão janela/parede.
a) b)
c)
Registro 10 – Barreiras de vedação a) da junta entre pingadeira e contramarco; b) dos cantos das pingadeiras e c)
perímetro externo da janela – conexão janela/parede.
Foi verificada ainda, peitoril sem a projeção para fora da face externa da parede e
ausência de lacrimal. A aplicação inadequada e ausência de lacrimal faz com que ocorra
infiltrações, quando a água entra em contato direto com a superfície do revestimento externo
como a demonstração do Registro a seguir:
Registro 11 – Esquematização demonstrativa da importância do lacrimal.
6. FUNDAÇÃO
Ao se executar um aterro sobre um solo argiloso, sabe-se que a argila possui elevada
capacidade de deformabilidade, o que acarretará, em consequência da aplicação da sobrecarga
causada pelo aterro, um adensamento à medida que a água for expulsa dos seus vazios, no
caso de ser uma argila saturada ou acomodação das partículas constituintes com redução do
índice de vazios se for um solo não saturado5.
Esse adensamento do depósito argiloso oca vertical, pode ser entendido como uma
redução na espessura da camada argilosa. Este fenômeno por fim, causará esforços laterais e
consequentemente flexão nas estacas ou linhas de estacas nas estruturas do entorno, uma vez
que estas funcionarão como uma restrição ou uma contenção para a tendência de
deslocamento que a camada de argila sofrerá.
5
VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações, vol. 2: Fundações Profundas. Nova Ed., São Paulo:
Oficina de Textos, 2010.
Registro 12 – Outras situações do Efeito Tschebotarioff. Fonte: VELLOSO, 2010.
Como forma de evitar a manifestação de patologias, antes do início das obras, é importante
realizar medidas preventivas com o objetivo de identificar situações passíveis da ocorrência
delas, como um programa de sondagens para o reconhecimento mínimo das características do
solo, para, através deste, determinar o tipo de fundação e sua dimensão mais adequada.
As medidas corretivas para os casos de patologias já existentes deverão ser determinadas
considerando as causas que originaram o problema, com o intuito de minimizá-las ou suprimi-
las. Há casos em que apenas a recuperação do elemento trincado não é o suficiente, sendo
necessário tratar a causa da fissura para que, recuperando o elemento, este não volte a fissurar.
Constatada a ocorrência de recalques da fundação, a recuperação do elemento fissurado
deverá ser realizada apenas quando o recalque tiver estabilizado e a obra estiver estável. Caso
contrário, o tratamento deverá ser realizado primeiro para combater a causa do recalque e
depois o tratamento dos seus efeitos.
7. PISOS
7.1. Rejuntes
Registro 14 – a) Junta de movimentação; b) Junta de dessolidarização. Esta junta deve ter espessura mínima de 5
mm de acordo com ABNT NBR 13753: 1996.
7.3. Assentamento
A ABNT NBR 13753: 1996 (Revestimento de piso interno ou externo com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento) determina que a argamassa
de assentamento seja colocada sobre a face não vidrada da peça cerâmica de modo que toda a
superfície fique em contato com a argamassa. Para verificar a aderência das peças a norma
determina que sejam removidas aleatoriamente algumas placas cerâmicas, imediatamente
após o assentamento, observando-se o tardoz, o qual deve apresentar-se totalmente
impregnado de pasta de argamassa colante.
Em vista disso, foi realizado ensaio de percussão com martelo de plástico duro no
entorno da região com dano, de maneira a determinar sua extensão, bem como nos demais
cômodos da sala, identificando possíveis falhas de assentamento. O ensaio permite verificar
as condições de assentamento das peças do piso, verificando se estão com o verso totalmente
preenchido com argamassa. Peças com problemas apresentam, quando percutidas, som
“cavo”.
As peças de porcelanato empregadas no piso em questão possuem dimensões 60 x 60
cm, ou 3600 cm². Segundo a ABNT NBR 13.753: 1996, a utilização da dupla colagem é
obrigatória quando o revestimento conter garras em seu tardoz (verso da peça) com
profundidade superior a 1mm e quando a área do revestimento for superior a 900 cm², ou seja,
placas com 30x30cm já se enquadram nesta exigência.
A NBR 13.753 termina os procedimentos para assentar as placas cerâmicas com área
igual ou maior que 900 cm² são:
a) espalhar e pentear a argamassa - colante no contrapiso e no tardoz das placas
cerâmicas (dupla colagem);
b) aplicar cada placa cerâmica ligeiramente fora da posição, de modo a cruzar os
cordões do tardoz e do contrapiso e em seguida pressioná-la, arrastando-a até a sua posição
final;
c) atingida a posição final, aplicar vibrações manuais de grande frequência,
transmitidas pelas pontas dos dedos, procurando obter a maior acomodação possível, que
pode ser constatada quando a argamassa colante fluir nas bordas da placa cerâmica.
Ainda diante da norma, esta determina que sejam feitas juntas de movimentação e de
dessolidarização sempre que a área do piso for igual ou maior que 32m² ou sempre que uma
das dimensões do revestimento for maior que 8 m.
- Onde há mudança de materiais que compõem a base, nas bases de grandes dimensões
e sujeitas a flexão e nas regiões onde ocorrem momentos fletores máximos positivos ou
negatives, devem ser executadas juntas de movimentação;
- No perímetro da área revestida e no encontro com colunas, vigas e saliências ou com
outros tipos de revestimentos, devem-se projetar e construir juntas de dessolidarização;
- A largura ‘L” destas juntas, mostrada na figura seguinte, deve ser dimensionada em
função das movimentações previstas para o revestimento e em função da deformabilidade
admissível do selante;
- A junta deve aprofundar-se até a base, ou até a camada de impermeabilização quando
existir, devendo ser preenchida com material deformável, sendo em seguida vedada com
selante flexível.
Registro 16 – Juntas de dessolidarização e de movimentação como determina a NBR 13.753.
8. PATOLOGIAS
8
OLIVARI, G. Patologia em edificação. Trabalho de Conclusão de Curso. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi. 2003.
Figura 4 – Relação entre abertura de fissuras e danos em edifícios.