Definição Apresentam-se duas definições sobre este tema: • As alvenarias são maciços construídos de pedras ou blocos, naturais ou artificiais, ligadas entre si de modo estável pela combinação de juntas e interposição de argamassa ou somente por um desses meios; • Alvenaria é o termo que designa as paredes executadas com pedra, tijolo ou blocos de cimento e que, travados em sobreposição por meio de argamassas, servem para a execução de edifícios.
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Introdução Nos últimos anos os traçados das redes internas das instalações técnicas aumentaram significativamente, bem como a quantidade dos aparelhos de comando ou de utilização no interior das habitações. Das soluções tradicionais passámos à necessidade de prever instalações telefónicas em todos os compartimentos, várias tomadas por compartimento, redes de aquecimentos, de música ambiente, iluminação decorativa e aumento do número de instalações sanitárias.
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Estas redes implicam espaços mais amplos nas paredes interiores, sem que o sistema tradicional de construção tenha sido adoptado para o efeito. Após a execução das alvenarias interiores, habitualmente em tijolo, assiste-se à sua demolição para a abertura de roços que posteriormente, serão refechados com argamassas sujeitas a processos de fissuração.
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Divisão, vedações e protecção; Estrutural: paredes que recebem esforços verticais (lajes e coberturas em construções não estruturadas) e horizontais (empuxo de terra); Resistência mecânica; Isolamento térmico e; Isolamento acústico.
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2.1 - Alvenarias exteriores A espessura das paredes Figura 1 – caixa de estore exteriores deve ser definida com muito rigor tendo em conta diversos condicionantes, nomeadamente no que diz respeito, à estrutura, isolamento térmico e ás caixas de estore, cujas dimensões variam de caso para caso (figura 1
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Apesar da definição da espessura das paredes depender das condições particulares do projecto, no geral, as paredes exteriores são constituídas pelos seguintes elementos: Parede dupla, com tijolo 30x20x15cm ou 30x20x11cm a aplicar pelo exterior e 30x20x11cm no interior, deixando-se uma caixa de ar de 5cm, a qual deverá ser preenchida com um isolamento térmico (figura 2). Nas condições referidas a parede terá a espessura final de 35cm no limpo.
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João Neves 25-07-2010 8 Nas paredes expostas a Norte e decorrente do estudo do comportamento térmico, poderá ser utilizada uma solução do tipo indicado na (figura 3). Na parte inferior da caixa-de-ar deverá ser executado uma caleira para recolha de eventuais águas provenientes de infiltrações ou de condensações, sendo desejável a drenagem das caleiras para o exterior através de furos e tubos colocados na alvenaria exterior. Recentemente foram introduzidas no mercado soluções de isolamento da caixa de ar através da projecção de poliestereno sobre a face interior da alvenaria exterior.
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João Neves 25-07-2010 10 2.2 - Alvenarias interiores Devido á necessidade de embeber as redes nas paredes interiores, a espessura das paredes separadoras e confinantes dos compartimentos que possuam tubagens de instalações especiais, tais como as cozinhas e as instalações sanitárias, deverão ser estudadas com muito rigor, uma vez que as espessuras habitualmente apresentadas são insuficientes. A quantidade de roços é em número tão elevado que obriga à quase total reconstrução das paredes já executadas (figuras 4 e 5).
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João Neves 25-07-2010 12 Deverá ser estudada a compatibilização sistemática entre os projectos de arquitectura e das redes de esgotos, de águas e eléctricas, tendo como objectivo garantir uma adequada espessura das paredes para comportarem as diferentes tubagens. Um dos aspectos relevantes a ter em conta, e que foi agravado pelo acréscimo das redes internas, é a possibilidade das mesmas serem perfuradas pelos futuros utilizadores das habitações, decorrentes da sua adequação funcional. Neste contexto destacam-se como frequentes as perfurações de tubagens nas situações seguintes:
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Instalações de esquentadores e de caldeiras mural; Fixação de móveis de cozinha; Colocação de toalheiros; Fixação dos batentes das portas, para evitar o seu encosto nas paredes; Fixação de candeeiros. Devido ao elevado número de redes e ao reduzido espaço para a sua passagem é recomendável a definição de critérios na instalação, tendo em conta o exposto e, a posterior comunicação aos utilizadores das fracções.
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3.1 - Análise do projecto e preparação para obra O planeamento e a programação da execução de alvenarias devem obedecer aos mesmos princípios aplicados a outras actividades, nomeadamente, (execução da estrutura, acabamentos, instalações técnicas, etc.), adaptados, em cada caso, ao volume e complexidade da obra. Os principais aspectos a considerar no planeamento da execução das alvenarias são os seguintes:
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Quantificação global dos trabalhos; Programação da sequência e duração das diversas tarefas (cronograma); Avaliação dos meios necessários (mão-de- obra, materiais, acessórios especiais e equipamentos); Avaliação das exigências logísticas (aquisição de materiais, armazenamento, transporte e elevação, manutenção de equipamentos, etc.); Definição de equipas de trabalho e sua qualificação; Definição dos instrumentos de previsão e controlo da produtividade e custos; Definição de procedimentos de controlo de qualidade.
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Recomenda-se que se retarde o início das alvenarias e que se aguarde algum tempo até à execução dos revestimentos isto, devido: Á deformabilidade das estruturas sob acção das cargas; Á retracção das estruturas e das paredes.
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As estruturas em geral e em particular as de betão armado, têm deformações imediatas sob a acção do seu próprio peso e dos elementos construtivos que suportam, além destas deformações têm também, deformações posteriores a médio e longo prazo. As alvenarias só deverão ser executadas depois de terminada a estrutura e por ordem inversa, isto é, de cima para baixo. Esta prática é em geral, impossível, recomendando-se em alternativa a construção de piso sim, piso não, ou ainda, começando do 3º para o 1º, depois do 6º para o 4º e assim sucessivamente.
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O revestimento só deverá ser efectuado no fim da construção integral das alvenarias, porque o fecho superior destas – no remate à viga ou piso superior, por exemplo – só deve ser feito quando todas as alvenarias estiverem executadas ou pelo menos 50% destas, e de preferência de cima para baixo. Recomenda-se ainda que nenhuma alvenaria seja fechada antes de decorridos 14 dias após a execução da última fiada.
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X – alvenarias a executar depois da estrutura concluída
fgs. 6 e 7 – Exemplos de alternativas à execução das alvenarias a partir do último para o 1º
Piso. João Neves 25-07-2010 20 3.3 – Características essenciais dos tijolos cerâmicos para alvenarias Regularidade na forma e dimensões; Arestas vivas e cantos resistentes; Som "claro" quando percutido; Resistência suficiente para resistir esforços de compressão Ausência de fendas e cavidades; Facilidade no corte; Homogeneidade da massa e cor uniforme; Pouca porosidade (baixa absorção).
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25-07-2010 João Neves 22 Para a execução de uma parede de tijolo furado vai precisar de 16 tijolos por m2 de assentamento
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As argamassas de assentamento têm como principais funções, a capacidade de unir os vários blocos ou tijolos, a distribuição uniforme das cargas verticais, a absorção de deformações, a resistência a esforços laterais e a selagem das juntas contra a entrada de águas. Para garantir estes desempenhos, temos que efectuar um estudo ás argamassas quanto:
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Á sua capacidade de resistência à flexão e à compressão; Ao seu módulo de elasticidade; As possíveis retracções; Á sua aderência; Á sua capacidade de retenção de água; Á trabalhabilidade; Depois de efectuados os testes, aos desempenhos das argamassas nos critérios acima referidos, estas devem cumprir também as seguintes condições:
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As argamassas de assentamento das alvenarias serão realizadas com Cimento Portland Normal (CPN) e areia, ao traço 1:5, ou ao traço 1 :1: 9 de CPN, cal e areia. A sua aplicação deve respeitar sempre as indicações do fabricante e deverão estar adequadas aos diferentes tipos de trabalho. A espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 0.015 m. A espessura das massas de assentamento, de alvenarias de pedra, tijolo ou betão estrutural, são variáveis de acordo com as peças mas nunca inferiores a 0.02m e superiores a 0.04m.
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Deverá existir um especial cuidado no aprovisionamento das matérias-primas. No caso de duas areias diferentes, estas deverão estar convenientemente separadas e deve evitar-se qualquer tipo de contaminação. Deverá também existir um cuidado especial no aprovisionamento dos ligantes hidráulicos. Se o fornecimento destes for em sacos, estes deverão ser armazenados num espaço fechado, assentes sobre um estrado com boa ventilação. Deve garantir-se que a pressão exercida sobre os sacos que ficarem debaixo não seja excessiva. Deverá igualmente garantir-se que os adjuvantes se mantenham nos recipientes vindos de fábrica, para que não haja qualquer contaminação destes produtos.
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Os trabalhos de assentamento têm baixos consumos de argamassa (cerca de 10 a 15 litros de argamassa por m2 de alvenaria), pelo que se deve considerar pequenos volumes. É de ter em atenção que na evolução de uma argamassa, após o seu fabrico, temos um período dormente, um período de presa, com o respectivo início e fim, e um posterior período de endurecimento. As argamassas devem ser utilizadas antes do início de presa.
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João Neves 25-07-2010 29 PAREDE EM CUNHAL
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PAREDE DE CUNHAL
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PAREDE DE ENCONTRO
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PAREDE CURVA
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PAREDE DIREITA
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PAREDE DUPLA COM ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO
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Antes de se iniciar a execução das paredes de alvenaria, cujas tarefas e etapas são descritas nas alíneas seguinte, é necessário realizar diversas verificações preliminares. Verificar o estado da estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos); Verificar a necessidade de uma reparação pontual da estrutura, e se decorreram 3 dias após a eventual reparação; Verificar a limpeza e nivelamento dos pavimentos; Verificar se as peças de betão armado foram chapiscadas e se decorreram pelo menos 3 dias após essa operação; Verificar se existem ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias (se estiverem previstos em projecto);
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Verificar se estão implementadas as medidas de segurança colectivas necessárias à execução das alvenarias; Verificar se foram executadas todas as tarefas antecedentes previstas no plano de obra. Depois de se ter efectuado todas as verificações descritas anteriormente, entramos na fase de execução da alvenaria, propriamente dita.
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A execução de alvenarias tem três etapas principais: A marcação da primeira fiada; A elevação da parede; Fecho (ou fixação). Estas tarefas devem ser intercaladas com diversos procedimentos de verificação e controlo.
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Marcação e 1ª fiada Depois de se ter verificado (ou corrigido) o nivelamento do pavimento (térreo ou elevado), com uma régua de 2 metros, marca-se as paredes de acordo com o projecto de execução (plantas, alçados e cortes). Na realização desta marcação (em planta), aplica-se uma fina camada de argamassa de cimento e areia (com largura compatível com a espessura da parede a marcar), na qual é implantada em primeiro lugar os ângulos (geralmente esquadrias), e de seguida os alinhamentos rectos (ou curvos) e a localização das aberturas (estas têm uma tolerância de + 5 mm).
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Os ângulos são geralmente marcados com o assentamento de 2 tijolos, a partir dos quais são traçados os restantes alinhamentos no pavimento, quer este seja efectuado por "batimento" de um fio pigmentado bem esticado, quer por utilização de uma régua ou por um riscador de aço. A ortogonalidade das paredes pode ser verificada com um esquadro rígido, e não deve apresentar desvios superiores a 2 mm/m.
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Marcação e 1ª fiada de paredes simples no interior
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Realizada a 1ª fiada, torna-se necessária a marcação em altura da parede de modo a garantir a horizontalidade das fiadas e a verticalidade do paramento. Para tal, recorre-se ao uso das “fasquias” nas quais são marcadas as fiadas de tijolo a realizar. Esta divisão em altura, que também visa minimizar o número de fiadas a realizar com tijolos cortados, é realizada por tentativas sucessivas com a fita ou com o compasso, sendo esta condicionada pela altura dos peitoris das janelas, padieira dos vãos e pelo pé-direito da parede.
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O “cordel” esticado entre fasquias permite uma constante verificação do nivelamento pretendido das juntas horizontais, e com o auxílio do fio-de- prumo, a sistemática verificação da verticalidade do pano da parede. Este procedimento facilita e melhora os tempos de execução, (não dispensa o uso do nível e do fio de prumo) e garante ainda a correcta interligação das fiadas na junção de duas paredes. Face ao peso próprio da alvenaria e ao ritmo de presa da argamassa, num dia de trabalho não deve ser executada uma altura superior a 1,60 m de parede, o que corresponde a cerca de 4 fiadas por período de trabalho (meio dia).
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Verificação de aprumo a e alinhamento de uma parede.
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Os tijolos, antes de serem assentes, devem ser molhados. Quando não é efectuada uma molhagem previa aos tijolos, estes absorvem parte da água da amassadura da argamassa. Esta por sua vez, sem a água necessária, em vez de adquirir a dureza necessária, torna-se desagregável. A melhor aderência entre os tijolos e a argamassa obtêm-se com teores médios, sendo recomendado o uso de retentores de água nas argamassas de assentamento. A porosidade excessiva, como se referiu, também é prejudicial, porque pode retirar água em excesso da argamassa, que seria necessária para as reacções de hidratação.
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Aspecto da capacidade de absorção do tijolo que, em geral, obriga à molhagem prévia
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O assentamento de tijolos, para qualquer espessura de parede, deve ser realizado de modo que as juntas verticais e horizontais fiquem desencontradas a pelo menos 1/3 do comprimento do tijolo (“matar a junta”).
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O assentamento de tijolos deve verificar as seguintes condições: Cada tijolo deve ser assente sobre o leito de argamassa colocada na fiada inferior (junta horizontal) levando no seu topo uma “chapada” de argamassa distribuída à colher (junta vertical). O tijolo deve ser ligeiramente carregado, esfregado e percutido pelo maço (ou cabo da colher) de modo a que a argamassa possa refluir pelas juntas. Esta argamassa excedente é imediatamente retirada da face do tijolo (raspada com a colher) e aproveitada para o assentamento do tijolo seguinte.
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Durante o assentamento, deve ser permanentemente controlado o acabamento das juntas na face oposta à face de trabalho do operário, de modo a recolher a argamassa em excesso que reflui das juntas, garantindo, deste modo, o desempeno dessa superfície. O espalhamento da argamassa na junta horizontal, criando o leito de assentamento. Pode abranger, de cada vez, o comprimento de um ou mais tijolos, dependendo do ritmo de aplicação e das condições climatéricas. Com o tempo seco severo é preferível a aplicação da argamassa tijolo a tijolo, para evitar a sua dessecação precoce e a diminuição de trabalhabilidade. O fecho superior das paredes contra a laje ou viga deve ser feito alguns dias depois (como já referido). Após cada dia de trabalho as paredes devem ser protegidas com filme plástico para evitar uma secagem demasiado rápida ou para as resguardar da chuva.
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Nos cunhais e ângulos das paredes deverá existir um cuidado especial de modo que os tijolos fiquem bem travados entre si, usando-se para tal meio tijolo ou três quartos de tijolo para se conseguir o desencontro vertical das juntas. Nos cunhais das paredes de fachada, ombreiras e outras extremidades de parede em contacto com o exterior, é fundamental que o tijolo não fique com furos voltados para o exterior. Na ausência de tijolos de formato especial para estas situações, pode usar-se o tijolo furado corrente, ao alto (furação na vertical) cortado para as dimensões convenientes, mas sempre devidamente travado.
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Cunhal mal executado e esquema do princípio para uma correcta execução.
Nos cunhais, como nos resultantes cruzamentos de
paredes é muito vantajoso que as fiadas das duas direcções estejam niveladas, para permitir um adequado travamento. Quando se pretender uma maior rigidez da ligação, podem aplicar-se grampos metálicos na junta horizontal por forma a ligar as duas paredes. João Neves 25-07-2010 51 Terminada a execução de cada pano de parede é necessário proceder ás seguintes verificações: Alinhamento da parede com as paredes confinantes do mesmo piso e com a estrutura; Alinhamento com as paredes dos outros pisos, em particular nas fachadas; Aspecto geral das juntas (sem rebarbas, sem irregularidades e com espaçamento regular); Dimensão das juntas horizontais (tolerância da ordem de 3mm); Completo preenchimento das juntas verticais de ligação à estrutura de betão armado; Confirmação das características necessárias à aplicação do revestimento previsto (porosidade, rugosidade, aprumo).
Interfaces prediais: Hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica, telefonia, sanitários acessíveis, NBR 15575: edificações habitacionais – desempenho e BIM – nova forma de projetar