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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico: MARCOS ANTONIO DE SOUZA R.A. 19129046-5

Disciplina: MANUTENÇÃO E PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

Curso: ENGENHARIA CIVIL

LAUDO TÉCNICO
Você engenheiro (a), e parte da equipe técnica, ficou responsável pelo diagnóstico das possíveis
causas das manifestações patológicas apresentadas neste laudo técnico.

ETAPA 1

Para esta etapa, inicialmente você, engenheiro (a), deverá elencar as possíveis causas das
manifestações patológicas descritos no escopo deste trabalho (listadas abaixo de 1 a 10).

Descreva o mais detalhado possível e sempre referenciando ao longo do texto.

1) Corrosão da Armadura;
Uma simples goteira em um telhado – quer por telha quebrada; quer por calhas ou
telhado por dimensionamento incorreto – pode levar a corrosão da armadura, uma das
patologias mais preocupantes na industria da construção civil, pois apresenta riscos
enormes à segurança e a estabilidade estrutural das edificações.

Corrosão é causada por meio da interação destrutiva de um material com o ambiente no


qual o mesmo se encontra, podendo ser por reação química ou por reação eletroquímica,
lembrando que ocorre na presença de água ou em ambientes úmidos, sendo de esperar
que a corrosão da armaduras de concreto ocorra em locais mais expostos à umidade ou
em regiões com falhas de concretagem que pode ocasionar a penetração de agentes
agressivos, sendo a base dos pilares uma área de maior incidência de corrosão pois, por
ser o local com alta densidade de armaduras, a base dos pilares apresenta certa
complexidade no adensamento do concreto lançado, fazendo com que a água se
acumule por mais tempo em sua fundação.

A corrosão de uma armadura dentro do concreto armado somente vai acontecer quando
o cobrimento da mesma pelo concreto não é suficiente para proporcionar a proteção
necessária ou o concreto é de má qualidade.
A corrosão das armaduras, normalmente, ocorre com maior frequente os outros
fenômenos que causam a deterioração das estruturas de concreto armado e, tal
fenômeno compromete as estruturas tanto na estética quanto na segurança.
A corrosão tende a formar óxidos/hidróxidos de ferro – ferrugem - que, ocorre nas
seguintes condições:
 Deve existir um eletrólito;
 Deve existir uma diferença de potencial;
 Deve haver oxigênio;
 Podem existir agentes agressivos.

O aço no interior do concreto está protegido por uma camada passiva de óxido
de cromo, que oferece proteção à superfície do aço. Esta camada é formada
e mantida devido ao elevado pH na solução dos poros do concreto e, para que
ocorra a corrosão é necessário que esta camada passivadora seja destruída.

A corrosão afeta diretamente a durabilidade, pois diminui a seção do aço,


reduzindo a vida útil da estrutura, sendo a deterioração de inúmeras obras
devido à corrosão da armadura um dos principais problemas associados à
durabilidade do concreto.

Para o mestre em engenharia civil Marcelo Medeiros, que também é professor


de Mestrado em Engenharia de Construção Civil da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), os reparos localizados como pontos de corrosão em
armaduras necessitam de tratamentos específicos de acordo com sua
carência, podendo ser realizado nas seguintes etapas:

1. Demarcar a área com corte e serra circular;


2. Realizar a escarificação do concreto solto e deteriorado;
3. Limpar o produto de corrosão formado, que pode ser feito de forma
manual, com jato de areia ou de água;
4. Promover a pintura da superfície do metal para maior proteção;
5. Aplicação de uma ponte de aderência;
6. Promover o preenchimento com argamassa de reparo e acabamento
da superfície;
7. Cura da argamassa de reparo.

Conforme as normas brasileiras, é preciso fazer um cobrimento mínimo de


concreto sobre as seções de aço para que não haja exposição da armadura e
assim, evitar a corrosão.

Sites visitados para a resposta da questão:


https://www.tecnosilbr.com.br/corrosao-de-armadura-o-que-causa-e-como-
amenizar-esse-
dano/#:~:text=Corros%C3%A3o%20%C3%A9%20a%20intera%C3%A7%C3
%A3o%20destrutiva,cobrimento%20desse%20concreto%20s%C3%A3o%20i
nsuficientes. E https://www.coplas.com.br/corrosao-em-armaduras-causas-e-
metodos-de-prevencao/

2) Descolamento de revestimentos cerâmico na fachada;

O descolamento de revestimentos cerâmico é, na grande maioria das vezes, um defeito na


execução da instalação das placas, assim, o desplacamento cerâmico nada mais é que um
defeito apresentado durante o processo que não possibilitou a correta adesão entre as placas,
a argamassa e a parede ou piso, provocando o descolamento das peças com o tempo.

Entre as principais causas do desplacamento de revestimento podemos enumerar:

 Falhas no projeto que não detectaram possíveis movimentações da parede


ou piso em que foi colocada os revestimentos;
 Má qualidade da base;
 Presença de umidade ou vazamentos nas paredes ou no piso;
 Movimentação da parede ou piso;
 Mão de obra sem a devida qualificação;
 Água em excesso na argamassa colante;
 Falta de preparo – limpeza, remoção de particular – de paredes e pisos para
a aplicação da argamassa e acentamento do revestimento;
 Uso da argamassa fora da expecificação ou fora do prazo de validade;
 Uso de procedimentos, técnicas e/ou ferramentas indevidas durante o
processo de aplicação da argamassa;
 Utilização de produtos não adequados ou não expecificados para a colocação
do revestimento revestimento escolhido;
 Falta de juntas de dilatação apropriadas;
 Falta do uso de rejuntes flexíveis entre as peças;
 Deixar imperfeições na base antes do assentamento.

É possível evitar o desplacamento de revestimento, sendo necessário investir na


aplicação correta e na escolha cuidadosa do material a ser utilizado nesta etapa da
construção, prevenindo problema futuros.

É preciso estar atento quanto a escolha correta do revestimento e da argamassa


adequados, que devem serem específicos para o local em que será aplicado e as
intempéries que ele poderá sofrer no decurso do tempo.

Não podemos nos esquecer que, ao usar uma argamassa, devemos estar atentos às
recomendações do fabricante em relação à quantidade da água e o intervalo de
tempo que ela deve ser usada após o preparo, sem se esquecer do rejunte
apropriado. O Rejunte é essencial para garantir o bom assentamento das placas e
sua escolha depende do local (interno ou externo) e da aplicação do mesmo.

Site visitado para a resposta da questão: https://www.quartzolit.weber/blog/


desplacamento-de-revestimento-como-evitar
3) Eflorescência nos revestimentos;

Patologia muito comum em obras e que vem preocupando cada vez mais os construtores.

Normalmente sua manifestação traz dois tipos de problema: Primeiro, o impacto negativo no
aspecto estético das construções e, Segundo, varios efeitos nocivos que a patologia pode
provocar nessas construções.

Esta patologia se trata de um fenómeno de deposição de diversas formas de sais nas diversas
constituições dos materiais cerâmicos e das argamassas.

Ou seja, ocorre uma migração, um deslocamento da água - carregada de sais - do interior


para a superfície do material.

Para o aparecimento desta patologia algumas condições são necessárias:

1. Presença de sais solúveis, ou de substâncias susceptíveis de formar sais por reação,


no material.
2. Umidificação do material e dissolução dos sais contidos no interior.
3. Textura capilar do material permitindo a migração da água do interior para o exterior.
4. Cal não carbonada.
5. Secagem do material.

Podemos observar que em alguns casos, além do prejuízo estetico causado à obra, os sais
podem ter um efeito mais nocivo para a edificação.

Durante o processo de cristalização dos sais pode criar tensões na zona superficial onde se
formam, com consequências desastrosas, degradando progressivamente os cerâmicos e
contribuinso para alteração das propriedades mecânicas dos mesmos assim como em seu
envelhecimento.

Esta patologia se torna muito comum nas obras pois os sais solúveis são responsáveis pelo
seu aparecimento e tais sais encontram-se associados às matérias-primas ou resultam do
processo de queima ou ainda do contato e/ou reações com outros materiais presentes na
obra, assim como ela pode ter, também, origem extrínseca ao material cerâmico,
nomeadamente através de contaminações e reações promovidas pelos ligantes (cimento) e/ou
elementos neles incorporados (areia, água, etc).

Por este motivo, devido à complexidade dessas pastas e a extensão das reações que podem
ocorrer, assim como a influência dos parâmetros de preparação e de queima, avaliar a
possibilidade de ocorrência de eflorescências é uma tarefa de grande complexidade.
Podemos distinguir as eflorescências não apenas pelo tipo de sais depositados, mas também
pelo momento e mecanismo de aparecimento na vida do material cerâmico, sendo possível
distinguir dois grandes tipos de eflorescências:
1. Precipitação antes da aplicação em obra, ou seja durante o processo produtivo
(secagem e queima) e armazenamento;
2. Precipitação após a colocação em obra.

.
Tabela 2: Classificação das eflorescências em obra.
O tratamento indicado tem as seguintes etapas:

• A medida essencial é cessar a percolação de água pelo local, seja a partir de uma
infiltração ou de vazamento por meio da impermeabilização do local.
• Remover a pintura por meio da raspagem.
• Aguardar a cura da superfície.
• Aplicar fundo selador álcali resistente.
• Repintar com tinta adequada.

Site visitado para a resposta da questão: https://www.ceramicaroque.com.br/web/imgs/


arquivos/o-fenomeno-da-eflorescencia1491502129.PDF

4) Bolhas na película de tinta;

O Empolamento, ou o surgimento de bolhas em superfícies pintadas, se caracterizam pela


falta de aderência da película de tinta naquele ponto ou em regiões imediatas.

Podemos enumerar vários fatores que levam ao surgimento de tal patologia, entre eles:
1. Pintura sobre tinta antiga – quando ocorre uma nova pintura sobre a antiga
sem a devida remoção total do revestimento e da tinta anterior, ou seja, sem
que seja realizado o preparo adequado do local para receber uma nova pintura.
2. Pintura sobre superfície com poeira – A presença de poeira prejudica a
aderência da tinta. Além disso, quando a umidade absorvida naturalmente pela
superfície evapora, ela abandona o substrato e “empurra” a película de tinta
que, como está mal aderida devido a poeira, estica: e acaba formando as
bolhas. Dai a importância de lixar e limpar bem o local para retirar toda a poeira
existente. Nesse caso, também será preciso raspar toda a tinta e preparar a
parede novamente para um repintura.

3. Aplicação de massa corrida em áreas sujeitas ao contato com água – Por não
suportar bem a presença de água, a massa corrida, após absorver muita água,
acaba se “desmanchando”. Toda essa água absorvida tenta evaporar e acaba
“empurrando” a tinta, dando surgimento às bolhas.
4. Pintura feita sob superfícies úmidas - Pintar uma parede úmida pode levar à
formação de bolhas. Isso também acontece quando pintamos uma superfície
molhada ou quando a umidade do ar está acima de 85%, ou ainda logo após
uma chuva.
5. Repintura sem lixamento prévio ou após o lixamento a camada anterior
apresentar brilho.
6. Umidade com surgimento de mofo.
7. Pintura sobre paredes esfarelando ou com placas soltas.
8. Preparação ruim – Se o local não for adequadamente lixado e limpo, a pintura
poderá formar bolhas e descascar.
9. Calor - Caso a área a ser pintada esteja exposta ao sol ou à altas temperaturas
(acima de 29 ºC), é possível que haja o surgimento de bolhas.
10. Aplicação excessiva de tinta ou massa.

Para dar um fim às bolhas na pintura algumas dicas são fundamentais:

 Antes de aplicar a tinta, limpe bem o local com uma vassoura e um pano úmido.
Aguarde secar por completo e só depois comece a pintura;
 Raspe todas as partes danificadas e com bolhas;
 Use um fundo preparador de à base de água para ajudar na aderência da tinta;
 Corrija todas as imperfeições com a aplicação de massa, que pode ser acrílica
(áreas externas e úmidas) ou corrida (áreas internas e secas);
 Lixe toda a superfície com uma lixa para massa nº 180;
 Retire toda a poeira acumulada com um pano úmido;
 Em caso de umidade, elimine a fonte da mesma antes de efetuar a pintura;
 Aplique a tinta respeitando a quantidade e o intervalo entre as demãos.

Sites visitados para a resposta da questão:


https://blog.tocaobra.com.br/bolhas-na-parede/

https://blog.chatuba.com.br/bolhas-na-
pintura/#:~:text=A%20forma%C3%A7%C3%A3o%20de%20bolhas%20na,limpar%20e%20lix
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5) Fissuras verticais;

6) Fissuras horizontais;

7) Fissuras inclinadas e próximo das aberturas de portas e janelas;

8) Fissuras inclinadas;

9) Manchas de umidade próximo ao solo;

10) Nichos de concretagem.

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