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do
Concreto Armado/Protendido
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INTRODUÇÃO
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A patologia não é uma ciência moderna: as falhas, defeitos e
doenças que sofrem as obras de concreto armado são tão velhos
como o próprio material com o qual foram executadas; entretanto,
nos últimos tempos, avançou-se muito no cálculo de estruturas e
na tecnologia do concreto e, por conseguinte, tratou-se de despojá-
las de tudo o que não seja estritamente necessário para que
cumpram sua missão resistente.
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O concreto, material fundamental de nossas estruturas, foi, até
pouco tempo, considerado com desinteresse e até com certo
desprezo; era um material que, em geral, seria revestido e
protegido por materiais aparentes, aos quais havia que prestar a
máxima atenção,
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DURABILIDADE E DESEMPENHO
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TECNOLOGIA DE RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO
1. Descobrir danos
2. Executar ensaios
3. Determinar a(s) causa(s)
4. Avaliar a obra como um todo
5. Recuperação – Especificação e Execução
6. Proteção
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Parte II
Danos
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1 – Danos Mais Comuns nas Estruturas de Concreto Armado
Fissuras
Desagregação
Segregação
Perda de Aderência
Calcinação
Movimentos Estruturais
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1.1 – Fissuras:
A fissuração excessiva de uma estrutura é um dos danos mais
comuns.
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Mapeamento de fissuras em blocos de fundação
devido a reação álcali-agregado
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1.2 – Desagregação:
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1.3 – Despassivação por carbonatação
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1.4 – Perda de Aderência:
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1.5 – Calcinação:
Ressecamento das camadas superficiais do concreto, ocorrido
durante os incêndios.
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2 – Determinação das Causas que Provocam os Danos
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O que diz a NBR 6118?
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6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioração
6.3.1 Generalidades
Dentro desse enfoque devem ser considerados, ao menos, os mecanismos
de envelhecimento e deterioração da estrutura de concreto, relacionados
em 6.3.2 a 6.3.4.
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6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto
a) lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os
compostos hidratados da pasta de cimento;
b) expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando
origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado;
c) expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos;
d) reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos
ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.
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Dos defeitos de construção encontrados, a maioria tem origem no
lançamento defeituoso do concreto, o que geralmente provoca a
segregação entre o agregado graúdo e a argamassa do concreto.
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2.1 – Defeitos de construção
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2.2 – Incêndio e diferenciais de temperatura
Calcinação do concreto
Dilatações
Esfoliação e fissuramento
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2.3 – Corrosão das armaduras
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2.4 – Corrosão do concreto
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2.5 – Efeito abrasivo sobre o concreto
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Desgaste superficial em pavimento de concreto
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Causas químicas
Ataque da água do mar
A água do mar contém sulfatos e ataca o concreto. Além da ação
química, a cristalização dos sais nos poros do concreto pode
provocar a degradação devido à pressão exercida pelos cristais
salinos, nos locais onde há evaporação, acima da linha de água. O
ataque só ocorre quando a água pode penetrar no concreto,
portanto, o nível de impermeabilização é muito importante neste
processo.
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2.6 – Erros de projeto
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Vistoria
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Ao iniciar a fase de recuperação, admite-se conhecidos os
elementos proporcionais pelo recalque estrutural, isto é, nos
níveis de segurança existentes, a determinação das zonas em que
será necessário executar escoramentos, assim como, em presença
também dos dados de levantamento dos danos, quais os pontos
em que sofrerão reforços e quais os pontos em que será necessária
a recuperação da estrutura recompondo-a com as mesmas
características originais.
Os métodos mais empregados são:
Concreto projetado
Encamisamentos
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É importante que a última etapa da recuperação seja a execução
de uma proteção, capaz de evitar o prosseguimento do fenômeno
de agressividade. Logicamente, a escolha do tipo de proteção
deverá ser em função do agente agressivo, considerando-se,
também, as características e os custos de cada solução.
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Tipos de proteção mais empregados:
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Parte III
Estudos de Caso
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Queda de marquise
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Falha de concretagem descoberta por acaso após a entrega do edifício
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Viaduto do Joá - RJ
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CONSTRUÇÃO
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QUINTA, 16/06/1988
SÁBADO 25/06/1988
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Esborcinamento das juntas
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PRINCIPAIS SERVIÇOS:
REFORÇO DE 12 PILARES;
RECUPERAÇÃO DE GUARDA-RODAS.
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Vista de pilar antes da recuperação
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Pilar com a 1° fase da recuperação concluída
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Recomposição de armaduras
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Vista do pilar sendo recuperado 69
Concreto permeável (poroso)
Falha de concretagem- preparação da
junta 70
Broqueamento para fixação dos Injeção de resina 71
bicos
Junta de dilatação sem estanqueidade
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Aplicação de manta de fibra de carbono em viga
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Reforço de viga ao cisalhamento e flexão 74
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INDÚSTRIA QUÍMICA
ALTAMENTE AGRESSIVA
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Deficiência de cobrimento
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Argamassa polimérica destacada, e misturada com areia
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Tratamento inadequado de armadura em serviços de
recuperação
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Parte IV
Estudos Adicionais
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Durabilidade das estruturas de concreto
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Estrutura de formação da Zona de Transição
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Representação do mecanismo de formação da Zona de Transição
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Representação esquemática de formação da Zona de Transição
AGREGADO
PASTA
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A influência da Zona de Transição nas propriedades do concreto
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Melhorando a resistência da Zona de Transição
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Melhorando a resistência da zona de transição
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PRÁTICAS QUE INFLUENCIAM A
DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS
DE CONCRETO
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Muitas estruturas de concreto apresentam deterioração precoce,
devido a muitos erros cometidos na fase de projeto e na execução
obra.
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Deterioração Precoce
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Diretrizes normativas no Brasil
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Agressividade do ambiente
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Classe de
Classificação geral do tipo de ambiente Risco de deterioração da
agressividade Agressividade
para efeito de projeto estrutura
ambiental
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1), 2)
Industrial 1), 3)
IV Muito Forte Elevado
Respingos de maré
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima
seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
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Classe de agressividade
Concreto Tipo
I II III IV
NOTAS
1) O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na
NBR 12655.
2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.
3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.
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Cobrimentos nominais
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Correspondência entre classes de agressividade ambiental e
cobrimento nominal para ∆c = 10mm
Classe de agressividade ambiental
Componente ou I II III IV 3)
Tipo da estrutura
elemento
Cobrimento nominal
mm
Laje 2) 20 25 35 45
Concreto armado
Viga / Pilar 25 30 40 50
1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas,
sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão
fragilizante sob tensão.
2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento
tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as
exigências desta tabela podem ser substituídas pelo item 7.4.7.5 desta norma, respeitando um
cobrimento nominal ≥ 15 mm.
3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,
condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
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NBR 6118 – Controle de abertura de fissuras
CAA I WK ≤ 0,4 mm
CAA IV WK ≤ 0,2 mm
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BIBLIOGRAFIA